quinta-feira, 31 de julho de 2008

CHORORÓ

É preciso saber ler o noticiário econômico. Se o leitor ouvir o tal de Olavo Neves da ACES, vai achar moleza uma série de declarações de lideranças empresariais reclamando da economia e expressando grande preocupação com a "crise".
Em várias dessas declarações, os empresários dizem que "já estão sentindo de novo" os efeitos do aperto econômico.
Olavo só fala isso desde sempre.
Bem, não é o que mostram as estatísticas dos próprios empresários. O mesmo vale para o comércio, que chora todas as pitangas e quando o leitor vai ver, a notícia é que a venda dos supermercados aumentou espantosos 8,7%.
Essa gente faz lembrar o velho ditado: quem não chora não mama...

CONVERSA AFIADA

GOVERNADORA DO PARÁ: É DIFÍCIL OS 509 MIL HECTARES DE TERRAS DE DANTAS SEREM LEGAIS

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quinta-feira, dia 31, que o Governo do Pará investiga a legalidade das terras de Daniel Dantas no Estado. Ana Júlia Carepa disse que acha difícil que os 509 mil hectares de terras – o equivalente ao território do Distrito Federal – que Dantas tem no Pará sejam legais.

“É difícil dizer que 500 mil hectares, essas terras sejam todas legais, que os títulos sejam todos legais. Nós estamos fazendo essa investigação, na verdade, desde o início do ano, desde o ano passado até. Independente da situação que está ocorrendo, nós estamos atuando em relação à licença ambiental e também à regularidade da área, a legalidade dela”, disse a governadora Ana Júlia Carepa.

No último dia 25 o MST ocupou a área chamada fazenda Maria Bonita, que pertence ao grupo de Daniel Dantas, no Pará. A fazenda Maria Bonita é um nome fantasia e essa área faz parte, na verdade, do Complexo Castanhal. A governadora Ana Júlia Carepa disse que essas terras eram áreas de aforamento, destinadas para exploração de castanha e, por isso, não poderiam ser vendidas a Daniel Dantas.

“Por isso mesmo é que o Estado está exigindo o licenciamento ambiental e fazendo uma análise se ele realmente poderia ter essa área... Ele não pode dizer realmente que essa área é legal... Se cedeu uma área por aforamento para as pessoas fazerem a exploração da castanha”, disse Ana Júlia Carepa.

A governadora Ana Júlia Carepa disse que se for comprovado que as terras de Dantas no Pará são ilegais, o Estado vai cumprir seu papel e retomá-las para uso em Reforma Agrária. “Existe uma possibilidade de esses títulos não serem legais, serem ilegais. E se forem ilegais, o Estado vai cumprir o seu papel e vai retomar as terras para o Estado”, disse Ana Júlia Carepa.

CONVERSA AFIADA

POR QUE PROCURADORA DIZ QUE MENDES DÁ HC A RICO

Por Paulo Henrique Amorim

A Procuradora da República em São Paulo Ana Lucia Amaral fez um levantamento sobre um conjunto de habeas corpus de que participa o Supremo Presidente Gilmar Mendes.\Os dados são públicos e podem ser coligidos no site do Supremo Tribunal Federal de que Gilmar Mendes é o Supremo Presidente.

A Procuradora se deu ao trabalho de fazer esse levantamento depois que o Supremo Presidente se inscreveu no livro Guiness dos Records, ao dar a um quadrilheiro, Daniel Dantas, dois HCs em 48 horas.

O levantamento demonstra a consistência dos votos do Presidente Supremo: para beneficiar ricos, ele prefere julgar na última instância, o Supremo, em lugar de mandar, como prevê a tradição do próprio Supremo (Súmula 691), que as instâncias inferiores decidam.

É uma questão de opção preferencial pelos ricos.

O que reforça a percepção dos brasileiros de que o Supremo Tribunal Federal é o tribunal dos ricos.

A Procuradora Ana Lucia Amaral – ao contrário do que disse reportagem da Folha (da Tarde *) de domingo passado – NÃO desistiu de pedir o impeachment do Supremo Presidente Gilmar Mendes.

Ela aguarda a decisão sobre o mérito dos HCs que o Supremo Presidente concedeu a Dantas.

E isso é responsabilidade, no primeiro round, do Ministro Eros Grau.

A depender da decisão de Grau, a Procuradora – com colegas de Ministério Público – vai ou não pedir o impeachment.

O amigo leitor vai perceber que o advogado Alberto Zacharias Toron, defensor de Dantas e autor da memorável frase "bom era quando algema era para pobre, preto e p...", e organizador de manifestações públicas em apoio ao Supremo Presidente aparece em vários pedidos de HCs.

Acompanhe agora o levantamento da Procuradora sobre como vota o Supremo Presidente: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=456

A LULOMANIA E O OPORTUNISMO

Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que pelo menos 179 candidatos em todo o país pediram registro do apelido "Lula" para a disputa eleitoral. A maior parte está em Pernambuco (53), sua terra natal. A maioria (160) é de candidatos a vereador.
O PT tem o maior número de candidaturas nesse grupo (23), mas há também registros de Lulas tucanos (10) e democratas (10). O agricultor Luiz Francisco de Souza (DEM), por exemplo, candidato a vereador em Correntes (PE), vai disputar como "Lula-lá" -refrão usado em campanhas presidenciais do Presidente Lula.
Os candidatos a vereador Luiz Inácio Lacerda Conceição (PT), de Ipatinga (MG), e José Eurípedes Fradique, de Franca (SP), subirão ao palanque como "Lulinha". Outros dez postulantes fizeram a mesma opção.Ainda foram inscritos o "Lula da Ambulância", o "Lula da Capivara", o "Lula do Povo" e o "Lula vem aí".
Especialmente no Nordeste, Lula passou a ser um apelido comum para quem se chama Luiz. Dos candidatos que pediram o registro, 121 compartilham esse primeiro nome. É o caso dos seis "Lulas" de Recife (PE), a cidade que concentra o maior número de candidatos com registro semelhante.
"Desde pequeno me chamam de Lula. Coincidiu de ser o nome do presidente", diz o tucano Luiz Carlos Antônio da Silva, o "Lula Cal", que não se importa em compartilhar o apelido com um adversário político. "O presidente é um homem popular. Quando ouvir meu nome, o povo vai lembrar dele."
(Fonte Folha Online)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

CONVERSA AFIADA

MST: 509 MIL HECTARES DE TERRAS DE DANTAS SERÃO OCUPADOS SE NÃO HOUVER REFORMA AGRÁRIA

Por Paulo Henrique Amorim

Numa conversa por telefone, Ulisses Manaças, integrante da coordenação do MST que mora no Pará, explicou que todas as terras do complexo agro-industrial “Santa Bárbara” de Daniel Dantas devem ser destinadas à Reforma Agrária, segundo o pleito do MST junto ao Governo do Estado do Pará.
Este seria o caminho oficial, diz Manaças.
Se não for assim, o MST usará o seu método de luta, que é a ocupação da terra.
Segundo Manaças, os 509 mil hectares de terra foram vendidos de forma ilegal.
O ex-governador do Pará Simão Jatene deu um título de propriedade ao empresário Mutran, que não podia ter dado, porque são terras para aforamento – ou seja, para uso em assentamento ou aplicação num programa de Reforma Agrária.
Mutran, de acordo com Manaças, vendeu a Dantas, de forma definitiva, o que não poderia ter vendido.
A ocupação da fazenda Maria Bonita, a primeira de Dantas a ser ocupada, começou com 324 famílias, no dia 25 deste mês.
Hoje, segundo Manaças, há quase 500 famílias cadastradas na ocupação.
Manaças reafirma que Dantas plantava cana na fazenda, embora isso seja proibido.
Manaças também diz que não existe a fazenda “Maria Bonita”.
Isso é uma marca fantasia, que faz parte do “Complexo Castanhal”, de que fazem parte as fazendas Espírito Santo e Cedro.
O que Dantas chama de “Maria Bonita” são terras deste complexo, que soma 509 mil hectares (o que corresponde à área do Distrito Federal).
(“Banco Opportunity” também é uma marca fantasia. Dantas não é dono de banco nenhum. É outro estratagema do quadrilheiro.)
Na segunda-feira dessa semana, segundo Manaças, tropas federais foram à área ocupada e depois saíram.
Ontem, a Polícia Militar também foi lá e depois saiu.
Manaças diz não ter condições de prever quando ocupará outras terras de Dantas, uma vez que espera a resposta oficial à reivindicação de transformar aquelas terras em área de Reforma Agrária.
Para o líder do MST no Pará, a operação de Dantas ali não passa de “lavagem de dinheiro”.
Clique aqui para ler "MST ocupa fazenda de Dantas para protestar contra corrupção".

terça-feira, 29 de julho de 2008

PIG

O PIG e a Globo adoram meter pau em tudo que é social na politica do governo Lula.
São neoliberais e adoram ganhar dinheiro em cima de pobres e otários.
Vez em quando colocam no ar (na publicidade) campanhas humanitárias e solidárias, enquanto promovem em todos os noticiários a luta ao "assistencialismo".
E todo ano vem aí o showzinho da Globo: O criança e esperança. Para ganhar audiência, fama, e...dinheiro.
Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro, é mentira. Porque, a Tv Globo ganha de patrocinadores como a Tramontina e também ganha na ligação tarifada ( você paga quando liga) .
Atenção: você não pode colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 ou mais reais para o Criança Esperança. Sabe por que você não pode? Porque Criança Esperança é uma "marca" e não é uma entidade beneficente.
Entretanto, a doação feita com o seu dinheiro diretamente para o Unesco não é aceita pela Receita, porque a Unesco é uma organização internacional beneficente.

Para driblar o PIG e a Globo faça o seguinte:
Doe diretamente á UNICEF que não cobra por sua ligação... ligue para 0800 601 8407
A UNICEF TEM BONS PRÓPOSITOS E REALIZAÇÕES INTERESSANTES NO BRASIL E NO EXTERIOR. VISITE O SITE http://www.unicef.org.br/ CONHEÇA E FAÇA A SUA DOAÇÃO DIRETAMENTE, SEM INTERMEDIÁRIO E SEM PAGAR LIGAÇÃO
Além do mais, você deixa de pôr azeitona na empada do PIG que, em vez de produzir informação de qualidade, direito de todos, só existe para ganhar dinheiro, deformar a informação e nos fazer de otários.

CONVERSA AFIADA

GRAMPO: O PRESIDENTE QUE TEM MEDO PROTEGE OS PODEROSOS

Por Paulo Henrique Amorim

O Presidente Lula, aquele que tem medo, mandou os ministros da Justiça, Abelardo Jurema, e das Relações Institucionais (?), José Múcio, apressar, rápido, sem perda de tempo, a lei que coíbe o uso de grampos pela Polícia Federal.. Clique aqui para ler.
Quer dizer, o Presidente que tem medo faz o que o Supremo Presidente, Gilmar Mendes, aquele que, de fato, governa o Brasil, mandou fazer.
O Supremo Presidente ganhou mais uma.
A próxima vitória do Supremo Presidente será suprimir as instâncias inferiores da Justiça para os ricos.
Rico vai direto ao Supremo Tribunal Federal, o tribunal dos ricos, onde o combate à corrupção pára.
Clique aqui para ler “Corrupção: o problema é a Justiça”.
O grampo é a maneira mais eficaz de combater o crime do “colarinho grampo”.
Há várias maneiras de combater o crime do “colarinho branco”.
Uma delas é acabar com a impunidade.
Mas, enquanto o Supremo for esse Supremo, não adianta ter esperança.
Outra forma é ouvir o que os criminosos dizem no telefone e por e-mail.
Se não houvesse interceptação telefônica, Daniel Dantas não teria passado uma noite na cadeia, antes que o Supremo Presidente, rápido, rapidinho, o mandasse de volta para Ipanema.
O Presidente que tem medo presta o melhor serviço a que os criminosos de colarinho branco poderiam aspirar: não deixar provas, rastro.
O Presidente que tem medo tem medo da elite branca.
E do Supremo Presidente.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Datafolha mostra esquerda bem posicionada nas capitais

O Datafolha publica na edição desta sexta-feira (25) os resultados de uma série de pesquisas realizadas em cinco grandes capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba.
Em todas elas, candidatos do PT e PCdoB aparecem na primeira ou na segunda colocação.
A petista Marta Suplicy lidera em São Paulo.
Na capital mineira, é a candidata do PCdoB (Jô Moraes) quem lidera a disputa.
No Rio, outra candidata do PCdoB, Jandira Feghali aparece em segundo lugar.
Em Recife, também em segundo lugar está o candidato do PT, João Costa.
Curitiba é a cidade que apresenta o cenário menos favorável para a esquerda: a candidata do PT está em segundo, mas tem apenas 12% das intenções de voto contra 72% do tucano e atual prefeito Beto Richa.

CHARGE

quinta-feira, 24 de julho de 2008

BOAS NOVAS PARA O MUNICIPIO DE BELTERRA

A Justiça Eleitoral negou o registro da candidatura à Prefeitura de Belterra ao ex prefeito Oti Santos, um cipoalense do PMDB.

A sentença foi assinada pelo juiz Gabriel Veloso, da 20ª ZE (Zona Eleitoral).

O negativa do magistrado em oficializar a candidatura do ex-prefeito belterrense por 2 mandatos (1997-2004) deu-se pelo fato do nome dele constar tanto na lista de pessoas com contas irregulares do TCE (Tribunal de Contas do Estado) como na do TCU (Tribunal de Contas da União).

Há outros nomes de candidatos a prefeito na região que correm o mesmo risco, por integra a lista do TCE.

CONVERSA AFIADA

A PROPINA DA “BrOi” VAI PARA O “CAIXA DOIS” DE DILMA ?

Por Paulo Henrique Amorim

O jornal O Globo publica reportagem que diz: “Ligações perigosas – Lobby de US$ 260 milhões – Relatórios da PF acusam grupo de Greenhalgh, ligado a Dantas, de cobrar para viabilizar super-tele”.
Diz, em resumo, a reportagem de Ricardo Galhardo e Soraya Aggege:
Luiz Eduardo Greenhalgh exigiu US$ 260 milhões para que a “BrOi” pudesse ser criada.

O dinheiro seria usado para “caixa dois” de uma campanha presidencial.

Os US$ 260 milhões cobririam o custo do trabalho de tráfico de influência de Greenhalgh para aprovar a mudança da legislação que permita a criação da “BrOi”.

Dos US$ 260 milhões, Daniel Dantas entraria com US$ 130 milhões e o Citi com US$ 130 milhões.

O Citi regateou: queria pagar US$ 20 milhões a menos.

Mas Greenhalgh insistiu: US$ 130 milhões OU NADA !

O delegado Protógenes Queiroz
que o Presidente Lula, aquele que tem medo, afastou do comando da investigação – determinou a abertura de investigação especial sobre Greenhalgh, na sexta feira em que foi ejetado do cargo.
O relatorio de Queiroz sobre a participação de Greenhalgh no negócio contém 175 páginas.

Essa é outra denúncia que joga a “BrOi” no colo do Presidente Lula, aquele que tem medo. (*)
Esses US$ 260 milhões de dólares só podem ter uma finalidade, como admitiu o Dr. Queiroz: fazer o “caixa dois” de campanha presidencial.
De que candidato ?
Do candidato in pectoris do Presidente que tem medo, é a conclusão inevitável: a ministra Dilma Rousseff, que, nas gravações dos quadrilheiros, é chamada de “Margaret”, em homenagem à “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher.
Roussef aquela que, além do PAC, cuida também do projeto que os quadrilheiros chamam de “leite longa vida” ...
Que Dantas distribui propinas, isso não é novidade.
Dantas corrompeu metade do Brasil.
A outra, inutilmente, tenta colocá-lo na cadeia.
Agora, que o Citi dê uma propina de US$ 130 milhões a um lobbista a serviço de um grupo criminoso, isso vai dar cadeia – NOS ESTADOS UNIDOS.
Porque, aqui, banqueiro não fica em cana (muito tempo...).
O Citi se submete, nos Estados Unidos, à Lei Sarbanes-Oxley.
Clique aqui para ler.
Isso vai dar cadeia, NOS ESTADOS UNIDOS !
E não só para os administradores do Citi, apanhados nessa corrupção explícita, mas também cadeia para os dirigentes da Brasil Telecom, liderados por certo Sr. K (a letra “K”, como se percebe, aponta para direções divergentes).
A Brasil Telecom é negociada na Bolsa de Nova York e, portanto, responsável, perante a Sarbanes-Oxley, por honestidade, lisura e transparência na administração da empresa.
A Lei Sarbanes-Oxley saiu das entranhas da maioria conservadora do Congresso americano, depois do escândalo da Enron.
O escândalo da Enron é brincadeira de criança diante da metástase que Dantas espalhou nos órgãos vitais da administração pública brasileira (clique aqui).
O Conversa Afiada tentou entregar à alta direção do Citi, em Nova York, um pendrive com informações sobre a gestão de Daniel Dantas na Brasil Telecom – o que deveria impedir que um administrador sério do Citi fizesse acordo com Daniel Dantas.
O Citi não me recebeu. Agora, se entende por que.
A alta administração do Citi estava na barganha com Greenhalgh – US$ 20 milhões a mais ou a menos ...
Esse relatório extra do delegado Queiroz precisa vazar, urgentemente, para que sociedade brasileira faça a “lista suja” dos homens públicos brasileiros: na Anatel, na CVM, Banco Central, BNDES, Banco do Brasil, Legislativo, Executivo, Judiciário, PT, PSDB, DEM, PFL, PMDB, PiG...
Dos US$ 260 milhões – vai sobrar um troco para a Anatel – clique aqui para ler sobre a suspeita de corrupção na Anatel ?
Vai sobrar um troco para a CVM, para o Banco Central, para o BNDES, para o Banco do Brasil, para a Bancada Dantas no Congresso, para os juízes que dão “facilidades”, ou vai tudo para o “caixa dois” da campanha da Ministra Dilma Rousseff ?
Descontada , é claro, a comissão de Greenhalgh, que deve ser coisa pouca ...)
Como previu o Conversa Afiada, ainda há muito tempo para Daniel Dantas derrubar o Presidente que tem medo.
Em tempo: como previsto, o nome do Ministro do Futuro Mangabeira Unger, começa a aparecer. Clique aqui para ler no UOL.
Em tempo 2: o Conversa Afiada enviou este artigo às seguintes pessoas: Daniel Gaspar, responsável pela assessoria de imprensa do Citibank no Brasil; Leonardo Guerra, responsável pelo contato da imprensa brasileira com o Citibank em Nova York; Valda Carmo, funcionária da assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência da República e Ministro Franklin Martins, responsável pela comunicação social da Presidência da República.
O Conversa Afiada aguarda o que eles têm a dizer sobre a denúncia.
(*) O Presidente que tem medo está com tanto medo que vai transformar Daniel Dantas no esqueleto no armário do PT. E Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Luiz Carlos Mendonça de Barros, André Lara Resende, Pérsio Arida, Ricardo Sérgio de Oliveira e Elena Landau vão morrer de rir !!!
Clique aqui para ler "Dantas se preocupou com destino de Dilma: poderia atrasar a "BrOi".

Não Perca! Barack Obama na Revista Fórum

A Revista Fórum deste mês traz um artigo (matéria de capa) sobre Barack Obama. Aí vão os três primeiros parágrafos do texto:

O fenômeno Barack Obama deixou atônita a liderança do Partido Democrata, surpreendeu a favorita Hillary Clinton e fez proliferar um sem-fim de clichês. Da infeliz declaração de Caetano Veloso -- “prefiro Obama a Hillary porque gosto mais de preto que de mulher” -- à irresponsável previsão de um assassinato por Doris Lessing, sua condição de primeiro candidato negro à presidência tem funcionado como uma metonímia à qual tudo deveria ser redutível. O simplismo se exarcerbou pelo fato de que as primárias democratas foram disputadas entre ele e a primeira mulher em condições de aspirar à Casa Branca. Sexismo e racismo – elementos muito presentes na sociedade estadunidense – passaram a ser chaves explicativas mágicas. É de magnitude inegável e merecedor de análise o fato do Partido Democrata ter ungido um negro como seu candidato. Mas para se entender a dimensão do movimento Obama, há que se começar por outro lado.

A vitória de Obama representa o declínio da política consagrada no Partido Democrata pela dinastia Clinton. Depois de surrados durante década e meia pelos Republicanos, os Democratas nos acostumamos a ver a ascensão de Bill Clinton em 1992 como prova de que nossa viabilidade eleitoral dependia da estratégia clintoniana de apropriação de bandeiras Republicanas como o rigor fiscal, a “transição da ajuda social para o trabalho”, a ênfase na segurança e a política externa agressiva. Junte-se as táticas violentas de corpo-a-corpo contra os adversários, a sanha controladora sobre jornalistas e um populismo simbólico, baseado no carisma e na inteligência de Bill Clinton, e você terá os componentes do sucesso do primeiro Democrata a cumprir dois mandatos presidenciais desde Roosevelt.

Um elemento importante foi a profissionalização das campanhas eleitorais, que passaram a ser focadas em certos grupos. Ficou famosa a expressão soccer mom, cunhada por Mark Penn, conselheiro da campanha de Clinton em 1996. As “mamães do futebol” seriam aquelas que levam as filhas para a prática de um esporte que é, nos EUA, com a exceção da população latina, praticado pela classe média alta. Para essas senhoras, a questão da segurança seria decisiva e a isso havia que responder. Embora a devastação planetária dos anos Bush tenha criado a sensação de que a administração Clinton foi um paraíso, seus dois mandatos foram marcados por uma série de traições a negros, sindicalistas, feministas, gays/lésbicas e ambientalistas, parceiros fracos, sem opções à esquerda, que foram sendo rifados para que o Partido Democrata pudesse ocupar o centro do espectro político sem questionar o movimento da sociedade rumo à direita. Essa política foi vitoriosa nas eleições presidenciais dos anos 90, mas deixou um desastre no Congresso e nas eleições estaduais. Com os Clinton na Casa Branca, o Partido Democrata passou de 30 governadores em 1992 a 18 em 2000, 258 deputados em 1992 a 212 oito anos depois.

A Fórum está nas bancas, por 6 mangos e 90 centavos. Há outras matérias muito boas, incluindo-se uma sobre a Nicarágua.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O JORNALISTA JESO CARNEIRO SOFRE MAIS UM ATENTADO

Um incêndio criminoso destruiu parcialmente a casa do Jornalista e blogueiro Jeso Carneiro, na madrugada de hoje.
Dois homens, em uma motocicleta, modelo Bros, de cor preta, foram os autores do crime que, por sorte, não deixou vítimas.
Na casa, estavam a sogra do jornalista, de 81 anos, uma de suas filhas e seu cunhado, que possui uma deficiência física.
Esse é o segundo atentado sofrido pelo Jeso, que já teve seu carro queimado uns anos atrás.
Recentemente seu Blog sofreu censura por uma ação judicial da cúpula do DEM que não admite criticas e opiniões contrarias às do ex Prefeito Lira Maia.
Enfim, é só cavar um pouquinho, para descobrir o mandante dessas acoes criminosas.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

SIGAM O DINHEIRO

Por Luiz Carlos Azenha

Raras vezes vi a internet tão nervosa quanto nos últimos dias.

Se você escreve algo que remotamente não combina com a plataforma do internauta imediatamente se torna petralha ou demo-tucano.

Os dogmas se enrijeceram.

De repente, Daniel Dantas se tornou apenas um cliente do Opportunity. Ou se tornou a origem de todos os males do universo.

Como diria uma amiga, menos.

A Polícia Federal não precisa de "mocinhos". O delegado Protógenes Queiroz fez seu trabalho. Cometeu erros? Sim. Mas não pode e nem deve ser desqualificado por isso. Também não deveria ter vazado a gravação de uma conversa que teve com um chefe que, na verdade, não prova nada contra o chefe.

Prova apenas que o próprio delegado vaza informações para a mídia. O que o enfraquece. Se ele gravou um chefe sem que o chefe soubesse e ainda vazou o conteúdo para um jornalista isso poderá ser usado pela defesa de Daniel Dantas para levantar suspeitas sobre o próprio delegado. Será que foi ele que vazou outras informações sigilosas para a mídia, dirão os advogados?

O delegado tem a obrigação de vir a público e sepultar de vez todas as dúvidas que foram levantadas em nome dele nos últimos dias. Ele foi boicotado durante a investigação? Outros integrantes da Polícia Federal vazaram informações sigilosas do inquérito? Quem fez isso? Houve boicote da corporação contra ele? Como? O ministro da Justiça Tarso Genro concorreu para esvaziar a investigação? Como? O presidente Lula sabia?

Em resumo, o delegado não pode falar mais através de terceiros. Ele elogia os chefes em uma reunião gravada mas, através de amigos, diz a jornalistas que está sendo boicotado?

A quem serve esse "herói perseguido"? Olhem para o noticiário e tirem suas próprias conclusões.

O que mais importa neste momento são as provas coletadas e o tratamento que será dado a elas pela Polícia Federal - que anunciou a criação de uma força-tarefa para cuidar dos inquéritos.

É aí, na análise das provas, que o trabalho comandado por Protógenes Queiroz será validado ou não.

Se o que se busca, de fato, é matar a investigação, isso será feito na análise das provas recolhidas pela Polícia Federal.

Elas poderiam comprovar o envolvimento do banqueiro com empresários, políticos, jornalistas e juízes? Talvez, mas duvido.

Em 26 de abril de 2008 o jornal Folha de S. Paulo noticiou a existência da investigação sigilosa.

É fato que os interessados em fazer isso tiveram quase três meses para se livrar de qualquer prova material comprometedora. Ou estou errado?

Pessoalmente acredito que se deva correr atrás do dinheiro.

Do dinheiro depositado em paraísos fiscais.

Do dinheiro em contribuições de campanha.

Afinal, de onde sairam os 865 mil reais que foram apreendidos na casa de Hugo Chicaroni?

O dinheiro veio mesmo de Humberto Braz, assessor de Daniel Dantas?

O que Dantas disse a Naji Nahas quando ambos falaram por telefone no dia 13 de maio de 2008?

Humberto Braz, fotografado no dia 14 de maio pela Polícia Federal ao sair do prédio onde estava Nahas, foi combinar com o empresário a "caixinha" para subornar o delegado?

E o bilhete apreendido na casa de Dantas, que fala em "contribuição para que um dos companheiros não fosse indiciado criminalmente"?

A que se refere o "1.500.000,00", "cash", "Pedro, 2004"?

Como se vê, há muitos caminhos para seguir o dinheiro.

Curiosamente, desta vez só temos UMA CERTEZA: não haverá CPI.

PS: Li o texto de Bob Fernandes no Terra Magazine. Não há motivo para duvidar do que ele escreveu. E, sendo assim, está claro que o que se pretende, através do delegado Protógenes Queiroz, é atingir Lula. É transformar o delegado num instrumento contra o governo. Um herói incensado no Jornal Nacional naquela dramática narração do Cesar Tralli. Pode não ser isso o que querem os dois, repórter e delegado. Mas é a essa narrativa que "servem" neste momento.

CUT protocola pedido de impeachment de Gilmar Mendes

Um grupo de sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Distrito Federal protocolou nesta sexta-feira, 18, no Senado um pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

O embasamento para a ação é que o presidente do STF teria agido com parcialidade, ao conceder dois habeas-corpus ao dono do Grupo Opportunity, Daniel Dantas.

A ORIGEM DE DANTAS

abaixo um diálogo, interceptado pela PF, ainda no tempo de FHC, entre Ricardo Sérgio, diretor do BB, e um ministro de Estado, o Luiz Carlos Mendonça de Barros:

"Mendonça de Barros - Está tudo acertado. Mas o Opportunity está com um problema de fiança. Não dá para o Banco do Brasil dar?

Ricardo Sérgio - Acabei de dar.

Mendonça de Barros - Não é para a Embratel, é para a Telemar [nome de fantasia da Tele Norte Leste].

Ricardo Sérgio - Dei para a Embratel, e 874 milhões para a Telemar. Nós estamos no limite da irresponsabilidade.

Mendonça de Barros - É isso aí, estamos juntos.

Ricardo Sérgio - Na hora que der merda, estamos juntos desde o início.

E assim Dantas, com dinheiro emprestado pelo BNDES e fiança do Banco do Brasil, iniciou seu império no mundo das telecomunicações. Lembrem que, nesta época, o setor telefonico estava às margens de profunda revolução tecnológica. As empresas que receberam, de bandeja, o patrimônio comunicacional braileiro, ganharam uma mina de ouro virgem, ainda não explorada.
Leiam o texto complete neste link.

Alvo de Dantas, Lula dizia: "É um escroque"

Foto: Marcelo Pereira/Terra (Dantas), Wilson Dias/ABr (Lula)

Por Bob Fernandes / Terra Magazine

O que estava, sempre esteve por trás dos movimentos de Daniel Dantas e os seus. O que, quem, era seu alvo.

Este é o capítulo, derradeiro, desse drama, mas também comédia, daqui para sempre conhecido como o caso Dantas/Satiagraha.

Se tratará aqui da batalha pelo controle no Estado. Do Estado. De seus principais atores, dos grandes dutos de dinheiro.

Na reprodução de conversas legalmente interceptadas (leia aqui a íntegra), uma tomografia do cérebro, e das intenções de Daniel Dantas.

Os diálogos mostram quem é ele, como ator político, e de até onde pretendia e era, é, capaz de chegar.

Nas entrelinhas do que ele diz, combina, não é difícil adivinhar quem eram, quem são, tantos dos coadjuvantes.

Aqueles, aquelas que ecoavam e ecoam, reverberam Daniel Dantas & negócios.

A olhar-se apenas do viés econômico-financeiro, o que se vê na aparência é a maior batalha societária da história do capitalismo à brasileira.

Os primeiros tiros, ainda surdos, se deram nos bastidores - da economia e também da política - da privatização do Sistema Telebrás.

Dentre os protagonistas visíveis um dos maiores, senão o maior banco do mundo à época das primeiras escaramuças, o Citibank, sócio do fundo CVC/ Opportunity.

No palco também a maior empresa, italiana, a Pirelli, controladora da Brasil Telecom. E os mais poderosos fundos de pensão do Brasil: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica)... sentados em algo como R$ 100 bilhões.

Os subterrâneos dessa "aranha" de empresas e personagens - desvelados pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal - escondem ainda um labirinto.

Nos diálogos que se seguem, o fio de Ariadne, aquele que permitiu a Teseu entrar, entender, e voltar do labirinto.

Em 13 de novembro de 2007, via VOIP, um diálogo de contornos hitchcockianos entre Daniel Dantas e a diretora jurídica do Opportunity, Danielle Silbergleid Ninio.

Quem acompanha de perto as refregas judiciais do banqueiro com o Citibank às vésperas da fusão BrOi, identifica um debate sobre as minúcias do processo.

Instruções. Malícias. Não passariam de estratégias banais de defesa se do rol de conversas não emergissem dois nomes.

Um deles, o do ex-prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, seqüestrado e morto na noite de 18 de janeiro de 2002, em São Paulo. O outro, o de Lula, o presidente do Brasil.

Dantas busca - reprodução de suas próprias palavras -, "incruar" o processo judicial com temperos político-partidários.

Ele mesmo pede:

- Eu quero suspender o tamanho do drama, tá?...no foco de dramatização do evento...drama dropping...

Danielle, a jurídica, puxa os mortos:

- Desses mortos (NR: Celso Daniel, Toninho, ex-prefeitos de Santo André e Campinas...) foram seis ou sete, tá tendo uma divergência aqui...

Daniel, apenas ri.

Danielle emenda:

- ...eu acho que a divergência não é significativa (mais risos).

Daniel, o homem do cérebro privilegiado, recomenda:

- O melhor é dizer que são sete (NR: os mortos), e aí ele tem que dizer que são seis...

Daniel e Danielle riem.

Leitores, radiouvintes, telespectadores e internautas certamente já leram, viram e ouviram o ecoar da tese, por anos e anos a fio.

Daniel Dantas propõe a tese, para ser exposta nos seus processos e, dali, saltar para os ecos Brasil afora:

- ...quero saber o de Santo André...é como se dissesse pra ele o seguinte: olha, no rastro desse negócio de dinheiro de campanha já tem tantos mortos, tá?

Daniele sugere ao escalado para o papel de vítima, Daniel Dantas, num futuro depoimento:

- ...você não precisa contar os detalhes, mas se você não tinha medo de ser morto...

Responde a vítima:

- ...não, isso eu vou falar, isso eu vou falar...(...) mas eu lhe digo, uma coisa é não ter medo de ser, e a outra coisa é ter um na Itália...("Ininteligível", anota o perito da PF)...Brasil...é diferente.

No Brasil, realmente, é diferente. Recomenda a jurídica, ainda dia 13, às 10h54 minutos, e 13 segundos:

- Oi! é só pra te dar uma informação que no caso do Celso Daniel é que tem essas dos itens seis ou sete... é que tem mais um caso eu não sei se você lembra... que é do prefeito de Campinas... aquele Toninho do PT, aí...

Por mais de uma vez, ao referir-se a relatórios, Dantas revela uma ligação que sempre negou. Com a empresa de investigação e espionagem Kroll:

"Daniel Dantas: Tá, deixa eu te falar o seguinte, eu queria que você desse uma olhada no relatório da KROLL tá?

Danielle: Tá...

Daniel Dantas: E olhasse pontos que... porque eu quero in... incruar esse assunto da KROLL dentro da... do processo, entendeu?

Danielle: Uhum...

Daniel Dantas: Então eu queria que você procurasse pontos tipo... por exemplo... no relatório da KROLL fala que a Telefônica Itália pagou ao prefeito de SANTO ANDRÉ tá...

Danielle: Uhum...

Daniel Dantas: E o prefeito de SANTO ANDRÉ foi morto...

Danielle: Uhum..."

Hummmm.

Descobre-se, na gramparia da Satiagraha, onde era a caverna, e quem era o minotauro.

Conversam, no dia 15 de novembro de 2007, Daniel e a irmã, Verônica, e a jurídica Daniele. Humberto Braz presente. O assunto é enfiar Lula na história:

- ...e aí, vamos dizer, o discurso do presidente da República é um indício, mas pode não ter acontecido antes, mas eu acho que aconteceu, e quanto mais indícios eu tiver, melhor...

Parênteses. Em outros tempos e locais, em conversas com um "companheiro de esquerda", Daniel refere-se a Lula como "o barba". E ao companheiro envia garrafas de vinho.

A 15 de novembro, com Danielle, combina:

"Danielle: Oi! oh não sei se é suficiente mas eu olhando aqui o timeline (cronograma-inglês) eu me toquei o seguinte... o LULA ele foi eleito em outubro de dois mil e dois, toma posse em janeiro, em novembro de dois mil e dois você sela o documento que você é informado que vinha uma...

Daniel: (Ininteligível)... já vou usar, mas eu queria mais elementos...

Danielle: Tá bom então... beijo.

Daniel: Tá..."

A Daniel Dantas, segundo seu próprio roteiro, cabe um papel: o de vítima.

Vítima de uma orquestração do governo, e de Lula, e é essa, será, a estratégia nos processos que enfrenta. Nos Estados Unidos, na Itália. E no Brasil.

"Estratégia Presidencial"

O que Daniel Dantas não sabia, e agora Terra Magazine revela, é que seu alvo, Lula, sabia.

Em Maio de 2003, cinco meses depois de iniciado seu governo, o presidente Lula chamou o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e ordenou:

- Esse negócio de Opportunity, esse Daniel Dantas, você cuida desse problema pra mim?

Lula, a um amigo, perguntou:

-Como é que pode um cara com um porcento controlar um negócio de bilhões, mandar nos fundos de pensão?

O presidente recordava-se de um único encontro com o banqueiro, e da impressão que dele guardou:

-É um escroque.

Ministro-chefe da Casa Civil, Dirceu teria, pelo menos, dois encontros com Daniel Dantas.

Isso antes de deixar o governo. Depois...

O primeiro, dias depois da determinação de Lula, na primeira quinzena de Maio daquele 2003. O segundo, pouco depois.

O próprio Dantas relatou os encontros na CPI dos Correios e à justiça de Nova York.

Informou, nas ocasiões, ter sido avisado por Dirceu que os fundos de pensão estavam interessados em tomar dele, Dantas, o controle da Brasil Telecom.

Segundo Dantas, José Dirceu teria dito ainda que quem resolveria o assunto seria Cássio Casseb, então presidente do Banco do Brasil - e um dos principais espionados no caso Kroll.

Dantas revelou à CPI ter havido uma segunda conversa com Dirceu, para reportar ao ministro o encontro com Casseb. As palavras ditas foram:

- Expliquei para ele (Dirceu) o que tinha acontecido (na reunião com Casseb) e ele (Dirceu) me disse que o governo não tinha que tomar partido nessa disputa e que se porventura eu detectasse que o governo estava intervindo a favor de outro que eu teria liberdade de lhe comunicar.

José Dirceu, à época, contou a pelo menos dois interlocutores, em uma conversa em seu gabinete, que o governo "não prejudicaria nem beneficiaria" Daniel Dantas, apenas "seguiria a lei".

Lula seria informado dos fatos três anos e cinco meses depois daquela determinação a seu ministro. Na terça feira, 24 de outubro de 2006.

A cinco dias do segundo turno e de sua reeleição para a presidência da República, Lula foi informado.

Não em toda a inteireza, mas de maneira superficial, o presidente da República saberia da dimensão, da grandeza do que se movia.

A menos de 120 horas de sua reeleição, Lula começava a conhecer aos menos os contornos do que contra ele se movia há meses.

Movia-se, quase sempre, realimentado pelos ecos.

Uns, inocentes. Outros, pautados.

Lula entendeu, enfim, o que se movia já há meses, há mais de um ano para ser exato. Entendeu em toda a dimensão, todo o barulho, e decidiu:

-...bem, o que tiver que ser, será. E, por mais quer tentem, não conseguirão me atingir... E quem tiver que ser preso, será.

Lula, 10h da manhã de um dia em março de 2007, sala reservada no aeroporto de Congonhas, São Paulo:

-... não, não sei como anda investigação, nem quero saber, mas se tiver que prender, vai prender qualquer um...

Interlocutor:

- Mas, presidente, e se isso chegar no governo, na sua gente?

Lula:

- A mim não interessa em quem vai chegar. Se chegar, se provas existirem, e não fofocas, se a justiça mandar, vai ser preso. Qualquer um vai ser preso, não importa quem.

Interlocutor:

- Presidente, vão tentar interromper a investigação...

Lula:

- Se os crimes existem, e não sei como esta nem se está a investigação, não é assunto meu, eles serão presos...

O presidente Lula soube ali apenas de ligeiros contornos da operação que Dantas e os seus chamavam entre si de "Estratégia presidencial".

A estratégia era, foi desde sempre, ajudar a bombardear Lula, derrubá-lo se possível, impedir sua reeleição se tanto não se conseguisse.

Lula soube então, da estreita vinculação entre os movimentos dos estrategistas e importante porção do que ecoava para atingi-lo.

Quem nele mirava para salvar-se, agora, depois de curta temporada interrompida pelo Supremo, experimenta a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.

Aguarde-se o contra-ataque.

PIG

Está publicado no Globo Online, basta clicar no link para conferir. Sim, é isto mesmo que o leitor leu no título: a colunista da Globo (jornal, rádios e televisão) Míriam Leitão obteve "em primeira mão", diretamente do Banco Central, a incrível informação de que Daniel Dantas é apenas um cliente do Opportunity, e não o dono do banco.
Bem que o jornalista Bob Fernandes reparou, logo no começo do escândalo, quando Dantas foi preso, que até o apresentador Carlos Alberto Sardemberg, que de lulo-petista não tem absolutamente nada, achou que Míriam "estava estranha" ao falar da detenção do banqueiro (ou será cliente?) do Opportunity.
Que Míriam Leitão diga ou escreva tamanho despautério, problema dela. Incrível é o portal do jornal O Globo avalizar a barbaridade da colunista. Mais um pouco vão dizer que Dantas é que é o laranja do tal Dório Ferman...

Fonte Entrelinhas

quinta-feira, 17 de julho de 2008

CHARGE

CONVERSA AFIADA

QUEM MANDA NA POLÍCIA FEDERAL ? LULA OU JOSÉ DIRCEU ?

Paulo Henrique Amorim

Reproduzo o diálogo que mantive com um amigo:

Você leu a reportagem do Bob Fernandes no Terra (clique aqui para ler), sobre o racha na Polícia Federal ?, perguntou meu amigo.

Sim, respondi.

O que você achou ?

O Dantas conseguiu: o Lula destruiu a Polícia Federal.

O que você acha que vai acontecer ?

O Dantas ainda vai derrubar o Lula.

Não acredito, diz o meu amigo. O Governo e a oposição estão na mesma posição: estão de quatro.

Quem você acha que manda, hoje, na Polícia Federal ?, pergunto.

Ele diz: o José Dirceu.

E o Gilmar Mendes ?, pergunto.

O Gilmar Mendes e o Dirceu são a mesma coisa.

Que coisa ?

Os dois são duas das muitas caras do Dantas.

Estamos perdidos ? pergunto.

Estamos nas mãos da Justiça, o que não é de todo mau.

(Pano rápido)

(Exeunt)

Em tempo: como demonstra de forma cabal a investigação da Polícia Federal, quando deixaram o Delegado Queiroz trabalhar, José Dirceu é funcionário de Dantas e recebe na “conta-curral”.

CAGANDO E ANDANDO (2)

SE A ABIN SABIA, LULA SABIA

Paulo Henrique Amorim

Uma das acusações contra o Delegado Protógenes Queiroz é a de que ele requisitou de forma irregular a cooperação da ABIN, dirigida pelo Delegado Paulo Lacerda.
E, segundo Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, que boicotou a investigação sobre Daniel Dantas, o Delegado Queiroz tinha que pedir a ele, Corrêa, autorização para requisitar os serviços da ABIN.
Acontece que o Delegado Queiroz sabia que, se dependesse de Corrêa e do Ministro da Justiça Abelardo Jurema, Dantas estaria hospedado no hotel de Cacciola, ali perto da Praça de Espanha, em Roma.
A ABIN é o órgão máximo de inteligência a serviço do Presidente da República.
Se a ABIN sabia, o Presidente que tem medo, Luiz Inácio Lula da Silva, também sabia.
E, se o Presidente que tem medo sabia e não tomou as providências para facilitar o trabalho do Delegado Queiroz, e coibir as ações de boicote de Luiz Fernando Corrêa, o Presidente que tem medo prevaricou.
Se o Presidente que tem medo sabia, e mandou o BNDES e o Banco do Brasil abrirem os cofres para pagar o cala-a-boca de US$ 1 bilhão a Daniel Dantas, o Presidente que tem medo prevaricou.
Não é à toa que o Presidente que tem medo diz que vai mas não vai: se ele quer que o Delegado Queiroz continue no caso é só mandar.
Ou não é ele quem manda ?

Em tempo: um amigo leitor do Conversa Afiada chegou a uma conclusão interessante. Lula diz que o Delegado Queiroz tem que voltar. A Polícia Federal já nomeou o Delegado Saad para o lugar de Queiroz. Conclusão: o Presidente Lula, aquele que tem medo, joga para a platéia e a Polícia Federal, como é do conhecimento de todos, se reporta diretamente ao Supremo Presidente Gilmar Mendes. Aí, eu perguntei: “e como fica o Ministro da Justiça nesse raciocínio ?” Resposta do amigo leitor: “o Ministro da Justiça não foi ao jogo”.

CAGANDO E ANDANDO

O PRESIDENTE QUE TEM MEDO ESTÁ COM MEDO ?

Paulo Henrique Amorim

O Presidente Lula deu hoje a seguinte declaração sobre o delegado Protógenes Queiroz:

“Quem contou essa mentira que eles [os delegados] foram pressionados [para sair] eu espero que amanhã ou depois de amanhã divulgue [a verdade]. Primeiro, porque eu sou talvez o mais fervoroso defensor do trabalho da Polícia Federal, porque eu acho que ela é garantia para o combate à corrupção, ao narcotráfico e ao crime organizado neste País. Segundo, eu estranhei a notícia e já conversei com o ministro Tarso Genro [Justiça] e acho que esse delegado tem que ficar no caso (...)Esse cidadão não pode, depois de fazer uma investigação de quase quatro anos e de apurar e de fazer todas as coisas que foram feitas no processo, na hora de finalizar o relatório, dizer: eu vou fazer meu curso. E ainda dar vazão para insinuações de que ele foi tirado”.

O Presidente Lula disse isso nesta quarta-feira, dia 16, em entrevista a jornalistas logo após sair de uma cerimônia no Palácio do Planalto.

O Presidente que tem medo está com medo ?

Será que a demissão do Delegado Queiroz pegou mal ?

O Delegado Queiroz é funcionário público.

É muito simples: o Presidente da República perde o medo, mantém Queiroz e os outros dois delegados na investigação e cancela ou adia o início do curso do Delegado Queiroz.

Se ele realmente não tem medo, ele demite o Gilberto Carvalho, o Mangabeira Unger, a Ministra Dilma Rousseff e o Ministro Abelardo Jurema.

Cancela a “BrOi” e troca toda a diretoria do BNDES e o chefão da Polícia Federal.

Está todo mundo a serviço do Dantas.

É simples.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

TUCANOS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

O ex-banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Cacciola deixou a prisão em Mônaco às 13h30 de hoje (8h30 em Brasília), rumo ao Aeroporto de Mônaco, escoltado por agentes da Polícia Federal. Cacciola estava preso em Mônaco desde 15 de setembro do ano passado.
Ele embarcou em um helicóptero, seguindo para o aeroporto de Nice, na França, onde embarcará em um vôo da Air France rumo a Paris.
O embarque para o Brasil deve acontecer ainda hoje, às 22 horas (17 horas de Brasília) com chegada prevista ao Rio de Janeiro às 5 horas de amanhã.
Cacciola é procurado pela Justiça desde 2000, quando deixou o Brasil, via Paraguai, em direção à Itália. Em 2005, ele foi condenado, à revelia, no Brasil, a 13 anos de prisão por crimes de peculato - apropriação ilegal de recursos por funcionário público ou com auxílio de um - e gestão fraudulenta. A sentença diz que os Bancos Marka e FonteCindam deram R$ 1,5 bilhão de prejuízo à União durante a crise cambial de janeiro de 1999.

JEITO CAGÃO DE GOVERNAR 2

Por Paulo Henrique Amorim

Daquela entrevista coletiva patética, do Supremo Presidente Gilmar Mendes e do Ministro da Justiça Abelardo Jurema – clique aqui para ler sobre os ministros de Estado que o Presidente que tem medo poderia nomear – se extraem algumas conseqüências políticas.
Primeiro, o coronel Job de Santana deveria ter sido convidado para participar.
Clique aqui para ler sobre o coronel Job.
Teria sido mais convincente.
O Governo Lula, positivamente, é um desastre ferroviário em matéria de explicações.
Queria demonstrar que não havia conflito e expôs o conflito – chamou a imprensa para uma aula de anatomia na tentativa de provar que o cadáver estava vivo.
Segundo, Gilmar Mendes assumiu a República, de direito.
Ele É o Legislativo.
É ele quem vai redigir e fazer aplicar a “Lei do Abuso de Autoridade”, conhecida como a “Lei Toron” (*) – aquele que disse que bom era quando só quem usava algema era preto, pobre e p...
Mendes assumiu o Judiciativo.
E o Ministro da Justiça Abelardo Jurema, acha ótimo.
Entre eles não há conflito.
E os parlamentares brasileiros calam o bico, porque metade deles se encontrava trancado atrás daquela parede falsa do apartamento de Daniel Dantas, em Ipanema.
Diante da posição suplicante do Ministro da Justiça Abelardo Jurema diante de Mendes, concluiu-se também que o Presidente que tem medo realizou seu sonho: co-governar com os tucanos, para não ser derrubado.
Veja bem, caro leitor.
Quem nomeou Mendes ? O Farol de Alexandria
Quem participou da reunião, na qualidade de Ministro da Defesa do Serra, foi o Ministro Nelson Jobim, o maior amigo do presidente eleito.
Naquela reunião ficou implícito que não se abrirão as contas da empresa que a irmã de Dantas financiou para a filha de Serra (clique aqui).
Isso, a Polícia Federal Não-Republicana vai esquecer lá atrás da parede falsa ...
Quer dizer, naquela mesa de reuniões do Palácio do Planalto foi dois a dois: PT 2 x PSDB 2.
Nos pênaltis, como sabe, o PT perde todas.
(*) E se o Supremo Presidente Gilmar Mendes nomear o Dr. Toron para Diretor Geral da Policia Federal ? Seria o homem certo para o lugar certo – no Governo do Presidente que tem medo. Além do mais, o Dr. Toron é um dos mais ilustres advogados criminalistas de São Paulo. E os advogados criminalistas prestaram singela homenagem ao Supremo Presidente, quando ele veio a São Paulo. Foi um mega-evento organizado pelo “jornalista” Marcio Chaer, assalariado de Dantas – clique aqui para ler sobre o “Sistema Dantas de Comunicação” – e amigo pessoal do Supremo Presidente – clique aqui para ler sobre o grau de separação que o aproxima de Dantas.

JEITO CAGÃO DE GOVERNAR

Por Paulo Henrique Amorim

O Dr. Paulo Lacerda foi “demovido para cima” quando pediu o indiciamento do “Vavá”, o irmão do Presidente que tem medo, o Presidente Lula.
O Delegado Protógenes Queiroz foi afastado quando chegou ao Palácio, no Gabinete do Presidente e no gabinete da Chefia da Casa Civil, onde se travaram os negócios para Daniel Dantas vender a Brasil Telecom à Oi – a maior patranha empresarial do Brasil.
O Presidente que tem medo, o Presidente Lula, poderia levar para casa a fama de ter reinventado a Polícia federal.
Parecia que ele tinha criado, de fato, uma Polícia Republicana.
Muito diferente daquela do Governo do Farol de Alexandria, que operou para beneficiar o Presidente da República, seu candidato a presidente, o presidente eleito José Serra, e destruir a candidatura de uma concorrente, a Senadora Roseana Sarney. (*)
Não, o Presidente que tem medo abriu e fechou a Polícia Federal.
Ele e seu Ministro da Justiça, Abelardo Jurema – clique aqui para ler transformaram a Polícia Federal numa policiazinha municipal, de burgo, onde o prefeito autoriza os “espetáculos” e coíbe os “excessos”.
Mas, o Presidente Lula, o que tem medo, Abelardo Jurema e o Supremo Presidente Gilmar Mendes não podem, ainda, dormir em paz.
Muito menos Daniel Dantas.
O inquérito do Delegado Protógenes Queiroz, um policial de que o Brasil se orgulha já está nas mãos do Juiz Fausto de Sanctis e do procurador Rodrigo de Grandis.
O Brasil também se orgulha de Sanctis e de Grandis.
Está nas mãos deles.
E eles o Supremo Presidente não pode demitir.
Nem que faça representação ao Conselho Nacional de Justiça.
E, agora que se abriu a parede falsa do bunker de Daniel Dantas, o que estava lá dentro não pode sumir.
Não pode sumir como somem “as coisas” que o Denarc de São Paulo apreende.
Para cada 100 quilos de cocaína apreendida, o Denarc só dá conta de 20.
Tem que ir tudo direitinho para as mãos de Sanctis e Grandis.
(*) Um dos heróis da “Batalha da Lunus” que destruiu a candidatura Sarney foi o delegado Itagiba, hoje deputado federal. No complexo “Serra-Dantas”, Itagiba já tinha atuado para mandar fazer um curso de especialização o delegado Deuler Rocha, que investigava. Um curso para onde o presidente Lula mandou o Delegado Queiroz – na Faculdade da Ilha do Diabo. Agora, o delegado Itagiba procura juízes e autoridades com a tarefa de convocá-los para depor na CPI dos Grampos. É uma CPI encomendada pelo Supremo Presidente Gilmar Mendes, para acabar com os grampos e deixar a elite branca em paz.
O Delegado Itagiba está sempre do mesmo lado: o lado de José Serra.
Por falar nisso, será que o presidente eleito e o Farol de Alexandria concordam com a demissão do delegado Queiroz. Eles também são contra o grampo ?

terça-feira, 15 de julho de 2008

O CAGÃO EM AÇÃO

GOVERNO LULA TENTA ABAFAR CASO DANTAS

Paulo Henrique Amorim

Até sexta-feira o Delegado Protógenes Queiroz deve ser afastado do Caso Dantas.

O Governo Lula considera que ele se envolveu muito no Caso e sexta-feira concluirá a parte dele, que são as prisões.

O Governo Lula estuda se os outros delegados que ajudaram Queiroz ficam ou não.

Dantas venceu.

O Governo Lula está cercado de Dantas por todos os lados.

CONVERSA AFIADA

Por Paulo Henrique Amorim

A reunião do Presidente Lula com os ministros para analisar o “caso Dantas” parecia uma reunião de editorialistas do PiG.
A palavra chave é “excesso”. Sinônimo de “espetacularização”, usada pelo Supremo Presidente Gilmar Mendes. Ou seja, a Polícia Federal não está aí para prender rico.
Ou, se prender, prender na moita, escondido, de forma a não se perceber.
É como diz o nobre petista de São Paulo, o “Gomes”, o Luiz Eduardo Greenhalgh, o delegado Protógenes Queiroz é um “descontrolado”.
O Governo Lula está cercado de Daniel Dantas por todos os lados.
Só no Palácio do Planalto são dois e meio.
Um é o secretário particular Gilberto Carvalho, que conversou com Greenhalgh muito mais do que apareceu no JN.
Gilberto Carvalho era a ponte de “Gomes” – logo, de Dantas – na ante-sala do Presidente da República.
Outro é o Ministro do Futuro, Mangabeira Unger, que aparece no relatório da Polícia Federal.
Mangabeira trabalhou para Dantas na qualidade de trustee da Brasil Telecom, e só defendia os interesses de Dantas – e, não, dos acionistas da Brasil Telecom. Se fosse nos Estados Unidos, o ilustre professor de Harvard estava atrás das grades.
Aqui, é Ministro do Presidente Lula ...
O 1/2 é a Ministra Dilma Rousseff. No início da patranha da “BrOi”, ela dizia que só poderia haver fusão da Brasil Telecom com a Oi se aparecessem brasileiros que botassem dinheiro do próprio bolso.
Carlos Jereissati e Sérgio Andrade não vão botar um tusta.
Vai ser tudo grana do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo aos Trabalhadores, administrados pelo BNDES.
E ainda sobra US$ 1 bilhão para calar a boca de Daniel Dantas.
Naquela altura, a Ministra Dilma também dizia que não adiantava o PiG dizer que o Plano de Outorgas ia mudar para permitir a “BrOi”, porque só mudaria se o Presidente Lula quisesse ...
No relatório da Polícia Federal, há várias reuniões da Ministra Dilma com os representantes da quadrilha de Dantas.
Várias.
Até elogiam a capacidade que ela tem de descobrir “onde está a sacanagem”.
Mas, no fim da contas, a “BrOi” só saiu do Palácio do Planalto do jeito que Dantas quis (clique aqui para ler a frase fantástica de Dantas no relatório: eu vendi a Brasil Telecom à Oi ...) porque a Ministra Dilma coonestou.
Vamos colocá-la na coluna do meio: quem sabe ela descobre “a sacanagem” e diz ao presidente Lula, aquele que tem medo, que é melhor mandar o Luciano Coutinho de volta à assessoria em que planeja mega-fusões de empresas brasileiras ...
A tibieza do Ministro Tarso Genro é um dos combustíveis dessa crise.
Tem tudo para ser o Abelardo Jurema do Presidente Lula.
Desde o início, Genro se curvou aos pés do Supremo Presidente Gilmar Mendes.
Foi lá no gabinete do Presidente Supremo, pediu desculpas, falou mal do Delegado Queiroz, prometeu não usar mais algemas – a não ser em preto, pobre e p ..., como quer o Dr. Toron -, disse que vai parar de usar escuta telefônica contra criminosos de colarinho branco – fez tudo o que os editorialistas do PiG exigem.
Chegou a dizer que, em nenhum momento, JAMAIS ousou criticar, discordar, discrepar, dissentir, divergir, JAMAIS ousou colidir com as opiniões do Supremo Presidente.
Quando já estava prostrado, recebeu o golpe pelas costas: o Supremo Presidente disse aos jornalistas, ontem, que não tinha tomado conhecimento do que Genro pudesse ter dito sobre ele, mas, de qualquer maneira, não reconhecia em Genro COMPETÊNCIA para discordar dele.
Chamou Genro de “incompetente”.
Quer dizer, “quanto mais você se abaixa...”, dizia a minha santa mãe.
Sobre o Presidente Lula, aquele que tem medo, não há nenhuma surpresa.
O Presidente Lula tem medo da elite branca. E dos editorialistas do PiG.
Ele só vai perceber a altura do despenhadeiro, quando voltar para São Bernardo e a elite branca não convidá-lo para jantar.

O CAGÃO FALOU

Luiz Inácio Lula da Silva condenou ontem o uso indiscriminado de algemas e o "sensacionalismo" da Polícia Federal na Operação Satiagraha, que teve como principal alvo o banqueiro Daniel Dantas. Em reunião com os ministros que compõem a coordenação política do governo, Lula cobrou menos espetáculo nas investigações e manifestou preocupação com a legalidade das ações dos agentes federais.
"Para que humilhar uma pessoa se ela se dispõe a prestar esclarecimento e tem endereço fixo?", perguntou Lula, que retornou ontem ao Planalto após oito dias de viagem por Japão, Vietnã, Timor Leste e Indonésia. "Eu sou contra essa exposição desnecessária, antes de comprovada a culpa."
Além de Dantas, o megainvestidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta saíram algemados por agentes da PF quando foram presos. Pitta chegou a ser filmado de pijamas quando recebeu a polícia em casa.
Tarso Genro, afirmou que o único reparo a fazer dizia respeito à forma como a operação foi divulgada para uma emissora de TV. Ao contrário de Lula, Tarso defendeu o uso das algemas - sob a alegação de que não se sabe quando os suspeitos mostrarão resistência à prisão.
Aborrecido com a divulgação das conversas grampeadas envolvendo seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, Lula disse ontem que a PF pode ter cometido abuso.
Embora ministros afirmem que "não teve nada demais" a conversa telefônica interceptada entre o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) - advogado de Dantas - e Carvalho, o clima é de cautela.
Lula avalia que a Operação Satiagraha pode ter desdobramentos imprevisíveis. Além das ameaças do banqueiro de apontar a metralhadora para o Planalto e para o PT, os próprios petistas se engalfinham em disputas.
Greenhalgh e o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu dizem que Tarso usa a PF para tirar dividendos políticos próprios. Ele, por sua vez, avisa que não vai proteger ninguém do PT nas investigações.

”Grito da magistratura” reúne 400 em apoio ao juiz que prendeu Dantas

Quatrocentos juízes federais e procuradores da República realizaram ontem em São Paulo manifestação pública em apoio a Fausto Martin De Sanctis, magistrado que viu duas decisões suas - ambas mandando para a cadeia o banqueiro Daniel Dantas - serem reformadas pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora sob ameaça de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), De Sanctis é protagonista do maior ato da toga em defesa de um colega, acirrando fortemente o clima de confronto entre o primeiro grau da classe e o presidente da instância máxima do Judiciário.
“Esse gesto espontâneo representa a gota d'água”, disse o juiz. “Está na hora de colocar os pingos nos is. Custo a acreditar que é necessário um manifesto para a defesa da atividade natural da magistratura.
Titular da 6ª Vara Criminal Federal, De Sanctis chamou a atenção para propostas de lei que, segundo ele, buscam o enfraquecimento do Judiciário. “Muitas reflexões têm que ser feitas, o Judiciário não é eficaz. Recentemente foram aprovadas duas leis, e estão vindo mais duas, que vão contribuir apenas para a morosidade e o término dos processos criminais. A realidade hoje é extremamente grave. O que já foi mudado vai dificultar enormemente o trabalho da primeira instância, a tarefa do juiz. A quem interessa? É bom que vocês concluam.”
Sobre o apoio maciço de advogados ao ministro do STF, ele disse: “Existem defesas que ganham muito para ser parte, para agir como parte.
“Não é incomum liminares sendo dadas sem mesmo ouvirem o juiz do primeiro grau, isso é um fato. Ele (ministro) não me ouviu antes de dar a liminar, nem pediu minha decisão. Estranho que uma decisão judicial em 170 folhas, num trabalho insano para tentar fazer o melhor, acabou sendo revista.
O juiz se disse constrangido. Avalia que os habeas corpus em favor dos acusados de Satiagraha deveriam ser decididos coletivamente na corte máxima. “Liminar individual de uma pessoa (Gilmar Mendes)que não se debruçou sobre um fato complexo no mínimo tinha que ser referendada pelos demais colegas. Uma pessoa individualmente desfaz todo o trabalho da polícia e do Ministério Público. Há tempos pessoas sérias estão trabalhando nesse caso e, de repente, isso é desfeito.”
Protógenes Queiroz, delegado da Polícia Federal que comandou a Operação Satiagraha autorizada por De Sanctis, engrossou o protesto, que ocorreu no auditório do Fórum Federal Criminal. Ele não discursou, mas aplaudiu quando o juiz Hélio Egydio leu o documento Em Defesa da Independência Funcional dos Juízes.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O ÚNICO QUE COMBATEU DANTAS

No início do Governo Lula, um dos principais auxiliares, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, comandava com mão de ferro as indicações do Governo para os fundos de pensão.
Gushiken sempre acreditou que Daniel Dantas era um péssimo parceiro no mercado financeiro, e tentou a todo custo expulsá-lo das negociatas em que estava envolvido.
Esta luta de Gushiken merece o registro, para que não caia no esquecimento.
Luiz Gushiken foi atacado frontalmente pela lobby de Daniel Dantas na época do mensalão e acabou derrotado no Governo tendo que pedir demissão.

OS JORNALISTAS DO SISTEMA DANIEL DANTAS DE COMUNICAÇÃO

O sistema é antigo, e foi criado pelo PSDB e pelo PFL para a compra de jornalistas. Seu idealizador foi o falecido ministro Sérgio Motta, o Serjão, responsável por enorme série de falcatruas no reinado de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, a imprensa "comia na mão se farto fosse o grão".
Daniel Dantas, filhote daquela época criou o seu.
Para alguns desses jornalistas e formadores de opinião, o ofício sempre foi uma prática de comércio apartada de valores morais ou de condutas éticas.
É o caso do "empoado" Augusto Nunes, do Jornal do Brasil, e de Eurípedes Alcântara, da revista Veja.
Mas tem mais....
Ricardo Noblat, Miriam Leitão, Fernando Rodrigues, Claudio Humberto, Merval Pereira, Otavio Cabral, Lucia Hipolito, Luciano Dias, Lilian Witte Fibe, Mauro Calliari, Mario Sabino, André Petry, Diogo Mainardi, entre outros, não citados porque se beneficiam de nossas incertezas, figuram entre os alegres ganhadores da loteria do golpe. Cabe aos bons jornalistas, descobrir quem os tem premiado.

FRASE DO ORELHUDO

"Meu problema é na PRIMEIRA INSTÂNCIA. Depois, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, resolvo com facilidade".

Daniel Dantas em entrevista à Revista Piauí

CHARGE

O impeachment como remédio Apoio na Constituição

Por Mauro Santayana

A evocação é inevitável. Quando o nome do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, foi encaminhado ao Senado, para ocupar uma das cadeiras do STF, muitos manifestaram estranheza. O libelo mais forte coube ao professor Dalmo Dallari. Em artigo publicado antes da votação, o mestre paulista advertiu que, aprovado o nome do advogado-geral da União, estariam "correndo sério risco a proteção aos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional". Dallari lembrou que Gilmar, derrotado no Judiciário, "recomendou aos órgãos do Poder Executivo que não cumprissem as decisões judiciais". Outro caso, lembrado por Dallari, foi o de que a Advocacia-Geral da União, cujo titular era Gilmar, havia pago R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o atual presidente do STF era um dos proprietários, a fim de que seus subordinados ali fizessem cursos.
Advogados, como o ex-presidente da OAB Reginaldo de Castro, e alguns jornalistas, entre eles este colunista, consideraram que faltavam ao indicado títulos para a alta posição. O fato de haver freqüentado universidades estrangeiras não era recomendação suficiente. Inúmeros ostentam este mesmo título. Há, mesmo, os que se fizeram professores em renomados centros universitários europeus e americanos, e nem por isso foram convocados à alta magistratura nacional. Sua carreira era relativamente curta. A muitos incomodava o comprometimento com o governo Collor – a quem serviu, na Secretaria da Presidência, até o impeachment – e com o de Fernando Henrique. Com Itamar no Planalto, o senhor Gilmar Mendes se transferiu para o Poder Legislativo.
Cabia ao advogado, no governo de Fernando Henrique, examinar e redigir os projetos de lei e medidas provisórias. Algumas dessas medidas foram consideradas inconstitucionais e, com ligeiras modificações, reeditadas. O mais grave é que ele se encontrava subjudice, processado por improbidade administrativa – conforme a denúncia de Dallari – quando seu nome foi levado à Comissão de Justiça do Senado para ocupar a vaga no Supremo. O fato foi comunicado à Câmara Alta, mas o rolo compressor do governo quebrou a resistência da maioria dos senadores. Ainda assim, seu nome foi recusado por 15 parlamentares. Normalmente não há tão expressiva manifestação contrária às indicações presidenciais para o STF. A Associação dos Magistrados Brasileiros também se opôs à sua nomeação. Mais ainda: o Ministério Público questionara, antes, a presença de Gilmar, que pertencia a seus quadros, na Advocacia-Geral da União.
Permito-me citar trecho de artigo que publiquei no Correio Braziliense, no dia mesmo em que o nome do advogado Gilmar Mendes foi levado à Comissão de Constituição e Justiça do Senado:
"De um juiz se pede juízo. O advogado-geral da União excedeu-se no desempenho de suas funções, e excedeu-se também nas relações necessárias com o Poder Judiciário e com o Ministério Público. A firmeza na defesa dos atos governamentais, e das teses jurídicas em que eles possam sustentar-se, não permite o desrespeito para com os que tenham posição diferente. O senhor Gilmar Mendes poderia criticar, com alguma razão, o desempenho do Poder Judiciário, desde que ele atribuísse a deficiência ao acúmulo de leis confusas e conflitantes, situação constatada por todos os magistrados, e o fizesse em termos serenos. Mas se esqueceu o aclamado jurista de que tais leis, em sua maioria, procedem da incompetência do próprio Poder Executivo, a maior fonte legislativa destes últimos anos, com suas medidas provisórias, portarias, decretos, normas – e memorandos". Até aqui o texto de maio de 2002.
Quando Gilmar, como advogado-geral da União, recomendou aos órgãos públicos que não cumprissem ordens judiciais, excluiu-se eticamente do direito de pertencer ao Poder Judiciário.
Soube-se ontem à noite que um grupo de cidadãos de São Paulo se articula para pedir ao Senado Federal o impeachment do ministro Gilmar Mendes, de acordo com o artigo 39, item V da Constituição Federal, combinados com os artigos 41 e 52, II, da Carta Maior. Conforme dispõe a Constituição, qualquer cidadão, de posse de seus direitos políticos, pode solicitar o impeachment de um membro do Supremo.

LUTA CONTRA O GOLPE DO SUPREMO MENDES

Estão sendo convocadas, Brasil afora, uma série de manifestações contra o Presidente do STF, Gilmar Mendes, para o próximo sábado, dia 19. Aqui em São Paulo ela acontece na Avenida Paulista, a partir das 10 horas da manhã. Quem convoca é o Eduardo Guimarães, do Movimento dos Sem-Mídia, que tem experiência bem-sucedida com esse tipo de evento.
Em Belo Horizonte, o ato acontece na Praça da Liberdade, também a partir das 10 horas.
Em Porto Alegre, a manifestação será na Feira do Brique da Redenção, no mesmo horário. A concentração se iniciará no Monumento ao Expedicionário. Ajude a divulgar, é importante. Se souber de iniciativas em outras cidades, avise.

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Há uma petição online exigindo a saída de Gilmar Mendes do Superior Tribunal Federal. A petição rapidamente amealhou 1.500 assinaturas. Assine e divulgue você também.

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Paulo Henrique Amorim, que vem dando um show de cobertura do caso – ele realmente entende do assunto –, noticia que apareceu um “Gilmar” nas fitas gravadas pela Polícia Federal. Quem será? Gilmar dos Santos Neves, claro, o maior goleiro do Brasil em Copas do Mundo, aquele em quem tudo parava.

QUEM É GILMAR MENDES

Em um artigo publicado na Folha de São Paulo, em 8 de maio de 2002, o jurista Dalmo Dallari falava sobre a indicação de Gilmar Mendes para o STF. Dizia Dallari:
É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo [Gilmar Mendes] especializou-se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.

Dallari sabia do que falava. No mesmo mês, ele se juntaria a Fábio Konder Comparato em uma manifestação contra a indicação feita pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, promovida por estudantes de Direito. Ali, Dallari voltou a lembrar o "currículo" de Mendes, alertando que o hoje ministro do STF propôs a ação declaratória de constitucionalidade sobre a medida provisória do Apagão, deixando de lado a possibilidade de incidência do Código de Defesa do Consumidor. Dallari citou também a oposição feita por Mendes em relação à investigação de contas no exterior de Paulo Maluf.

Outros também se insurgiram contra a indicação de FHC. O advogado mato-grossense Celso Araújo entrou com uma ação popular para impedir a nomeação e a posse de Gilmar Mendes. Ele finalizou seu pedido afirmando que o artigo 5º da Constituição é uma "quimera", pois existem pessoas "mais iguais que outras", fazendo referência ao fato de que ele foi retirado da lista tríplice para o cargo de juiz no TRE local, com base no fundamento de que tinha contra si um processo criminal, mas o mesmo não se deu com Gilmar Mendes. O futuro ministro respondia à ação de improbidade administrativa, extinta em abril de 2008 por seus colegas de Supremo.

A Associação dos Magistrados Brasileiros também se posicionou publicamente contra a indicação, já que, uma vez no STF, Mendes poderia julgar causas as quais ele mesmo como advogado-geral da União havia sustentado a favor do governo. Mas nenhum tipo de movimentação comoveu o então presidente e Mendes foi ao STF.

sábado, 12 de julho de 2008

PROTESTEM CONTRA O GOLPISTA

Não se tem notícia, na história recente do Brasil, de revolta tão grande contra um membro do Poder Judiciário. Mesmo com a farta documentação recolhida pela Polícia Federal e com provas materiais de uma tentativa de suborno a um juiz, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mandou soltar duas vezes, em menos de 24 horas, um banqueiro sobre quem pesam as acusações de formação de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e espionagem. Gilmar Mendes fez plantão para um criminoso, negou que a PF houvesse coletado dados novos e ignorou a jurisprudência que diz que liminar em habeas corpus liberatório só pode ser concedida em casos de abuso evidente.

O Sr. Gilmar Mendes atuou como cúmplice de um criminoso. O juiz aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Wálter Maierovitch (também fundador do Instituto Brasileiro Giovanni Falconi), disse claramente que Mendes está atuando com abuso de direito e que está na hora de se pensar num impeachment para Gilmar Mendes. No momento em que escrevo este post, 130 juízes federais lançam uma carta duríssima de protesto, que afirma que o estado democrático de direito foi atingido e que a decisão de Mendes foi “inédita e absurda”.

Seria muito bom se os outros membros do tribunal suspendessem suas férias. Nos próximos dias, o titular deste blog espera poder recolher material para escrever um relato acerca de como a revolta popular na Argentina levou a uma completa limpeza na Corte Suprema daquele país, em 2003. Não custa lembrar, claro, que o STF possui um serviço para que você envie sua mensagem.

UM CAGÃO?

DANTAS, “BrOi”, MENDES – É PORQUE LULA TEM MEDO

Por Paulo Henrique Amorim


“Eu até imaginava que quando assinasse o acordo (da “BrOi”) até evitava isso e não estimulava”.
Foi o que disse Daniel Dantas, ao Estadão, na primeira pág. desta edição de sábado.
Isso é o que define a crise institucional provocada por um Presidente da República que tem medo: o Presidente Lula.
O que "evitou isso" foram três brasileiros de que devemos nos orgulhar: o Juiz De Sanctis e os delegados Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda.
O Supremo Presidente Gilmar Mendes acaba de provocar a maior crise institucional do Governo Lula.
O Presidente Supremo do Supremo Tribunal Federal rachou o sistema Judiciário brasileiro ao meio e transformou a mais alta Corte numa rinha para se vingar do Juiz De Sanctis, governar o Brasil, e ser, de direito, seu futuro Presidente. Mendes deu o Golpe.
Deu o Golpe nas barbas de um Supremo omisso, que está em casa, a assistir a crise pela televisão.
De onze juizes do Supremo, o Presidente Lula, o que tem medo, nomeou 6 ministros.
Cadê eles ?
Vão deixar Mendes, o Supremo Presidente, acabar de destruir o Supremo ? Estão na missa ? Estudam Yoga ? Escrevem novelas picantes ?
enquanto o Supremo Presidente desmoraliza o sistema Judiciário ...
Se o Presidente Lula não tivesse medo, aumentava o número de juízes da Suprema Corte, como fez o general Castello Branco.
Ou como o presidente Nestor Kirchner, esse, sim, um presidente que não tem medo: mandava para a rua os ministros nomeados pelo Carlos Menem.
Dantas deu dois golpes no Presidente que tem medo, o Presidente Lula.
Este, de Mendes, é o segundo.
O primeiro, foi o mensalão.
Dantas é o pai e a mãe do mensalão.
Agora, para desmoralizar o Governo do Presidente que tem medo, o PiG diz que a investigação sobre Dantas nasceu no mensalão.
Não é verdade, o gérmen de Dantas é a privatização do Farol de Alexandria. Mas, na época do mensalão, o PiG escondeu e protegeu Dantas.
Naquele momento, como disse o assessor do Presidente, Gilberto Carvalho, que está atolado até o pescoço na patranha da “BrOi”, no mensalão, dois ministros (ligados a Dantas) foram a Lula dizer para ele renunciar ao segundo mandato. Foram os ministros Márcio Thomaz Bastos (*) e Antônio Palocci, que, a certa altura dessa investigação, vão aparecer, ligados de forma umbelical a Dantas. Dantas quase derrubou o Presidente que tem medo ali, naquela primeira crise. Na crise em que a Folha (da Tarde*2) transformou Roberto Jefferson em Thomas Jefferson.
Agora, nessa segunda crise, com a ajuda de um presidente do Supremo notoriamente insensato, Dantas é o pai e a mãe, também.
Um dia, Dantas vai derrubar o presidente que tem medo.
Ainda dá tempo.
O presidente que tem medo achou que, se fizesse a “BrOi”, calava a boca de Dantas e silenciava a turma do Farol de Alexandria, o FHC, que inscreveu Dantas na lista dos “mais ricos do mundo”.
O Presidente que tem medo achou que ia fazer “el gran acuerdo”.
Mandava a Dilma botar uma grana do BNDES no negócio; dava a Dantas um cala-a-boca de US$ 1 bilhão; e obrigava os fundos a perdoar as ações que moviam contra Dantas (na vã esperança de que Dantas renunciaria a processá-los na Justiça).
De quebra, calava-a-boca do Farol, que sua nas mãos quando ouve falar em “Daniel Dantas” e “disco rígido”.
O presidente que tem medo, o Presidente Lula, também deve ter medo do “disco rígido” do Opportunity.
Por isso, deixou que a metástase de Dantas subisse a rampa do Palácio.
O chefe da Casa Civil, José Dirceu, aparece numa degravação da PF associado ao nome da jornalista da Folha (da Tarde*) Andréa Michael, como sendo especialista numa chamada “conta-curral”.
Diz Humberto, o Humberto Braz, o genial “Guga”, da quadrilha de Dantas, segundo a Polícia Federal: vamos resolver a consultoria dele em duas vezes ... na “conta-curral”.
Diz Gilberto Carvalho, assessor pessoal do Presidente da República, o que tem medo: tá.
Completa “Guga”: 50% já e 50% quando o meio ambiente aprovar...
Esse é o presidente eterno do PT e chefa da Casa Civil do Presidente que tem medo.
No lugar dele, entrou a Ministra Dilma Rousseff.
A Ministra Rousseff me disse a mim, Paulo Henrique Amorim, que a fusão da Brasil Telecom com a Oi só sairia se um grupo empresarial brasileiro botasse dinheiro do próprio bolso.
Mas, o presidente que tem medo convenceu Rousseff a mudar de idéia.
E ela aparece nas investigações com o “Gomes”.
“Gomes” é, na quadrilha de Dantas, o codinome de Luiz Eduardo Greenhalgh. “Gomes” era um dos heróis do PT, quase eleito Presidente da Câmara. Advogado de presos políticos.
No auge da crise do “caso Celso Daniel”, o presidente que tem medo incumbiu “Gomes” de acompanhar pessoalmente o caso, a investigação, os bastidores para fazer um relatório reservado ao presidente que tem medo.
Tal era a confiança que unia os dois: Lula e “Gomes”.
A “BrOi” está no centro desta crise.
A “BrOi” é a maior patranha empresarial brasileira e ela foi negociada dentro do Palácio do Planalto, com o aval do presidente que tem medo.
Dantas está certíssimo.
Ele tem razão.
A “BrOi” era para pacificar tudo. Botar uma pedra em cima. Esquecer o passado. Deixar o disco rígido no cofre da ministra Ellen Gracie.
E cochichar no ouvido do Farol:
Fica tranqüilo. O disco rígido está debaixo do tapete. Ninguém vai meter a mão naquilo. Liga pro Serra e diz pra ele pra ficar tranqüilo. Eu seguro a tua barra e você segura a minha. Lá na frente a gente acerta isso tudo com o Aécio.
A “BrOi” só saiu porque Dantas recebeu o cala-a-boca.
Ele mandou o empregado José Dirceu dizer ao presidente que tem medo: se não pagar, chuto o pau da barraca e o PT vai virar um PTB.(*3)
Dantas, o “blue eyes” das gravações da PF, falou com aquele sotaque rouco do Marlon Branco no “Poderoso Chefão”: “I’ll make you an offer you can’t refuse”. Em tempo: quem quiser entender a “lógica” da decisão do Supremo Presidente Gilmar Mendes ao dar fuga a Dantas pela segunda vez, basta ler a capa da “revista” IstoÉ Dinheiro, assinada pelo chefe de redação do Sistema Dantas de Comunicação, o “jornalista” Leonardo Attuch. Está lá toda a “lógica" do Supremo Presidente. Especialmente o “argumento” de que as provas foram plantadas. O Supremo Presidente não perdoa: chamou os policiais federais de gangsters e agora de plantadores de provas. A explicação está no Attuch.

(*) Num domingo, a revista Veja chegou às bancas em Brasília. Tinha na capa a reportagem que Dantas escreveu, com a ajuda providencial de Márcio Aith, com a conta secreta do presidente Lula no exterior. Na quarta-feira à noite, o então Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, foi comer quibe cru na casa do senador Heráclito Fortes, na companhia de outra parte da Bancada Dantas no Congresso: Sigmaringa Seixas (que reaparece com notoriedade nas degravações da Polícia Federal, sempre ao lado de Dantas), e José Eduardo Cardozo. O convidado de honra do jantar – ele, na verdade, come pouco – era Daniel Dantas. Que negou de pés juntos que tivesse escrito, a quatro mãos, a capa da Veja. Thomaz Bastos é do escritório que Dantas contratou para processar Mino Carta. (A nova Polícia Federal, da gestão Tarso Genro, indiciou Dantas por essa reportagem na Lei de Imprensa !)

(*2) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar, como fez a Folha, que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.

MENDES É O GOLPE: JUÍZES E PROCURADORES PROTESTAM

Carta aberta à sociedade brasileira sobre a recente decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus nº 95.009-4.

Dia de luto para as instituições democráticas brasileiras

1.Os Procuradores da República subscritos vêm manifestar seu pesar com a recente decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus nº 95.009-4, em que são pacientes Daniel Valente Dantas e Outros.
As instituições democráticas brasileiras foram frontalmente atingidas
pela decisão liminar que, em tempo recorde, sob o pífio argumento de
falta de fundamentação, desconsiderou todo um trabalho criteriosamente tratado nas 175 (cento e setenta e cinco) páginas do decreto de prisão provisória proferido por juiz federal da 1ª instância, no Estado de São Paulo.

2.As instituições democráticas foram frontalmente atingidas pela falsa
aparência de normalidade dada ao fato de que decisões proferidas por
juízos de 1ª instância possam ser diretamente desconstituídas pelo
Presidente do Supremo Tribunal Federal, suprimindo-se a participação do Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
Definitivamente não há normalidade na flagrante supressão de instâncias do Judiciário brasileiro, sendo, nesse sentido, inédita a absurda decisão proferida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

3.Não se deve aceitar com normalidade o fato de que a possível
participação em tentativa de suborno de Autoridade Policial não
sirva de fundamento para o decreto de prisão provisória. Definitivamente não há normalidade na soltura, em tempo recorde, de investigado que pode ter atuado decisivamente para corromper e atrapalhar a legítima atuação de órgãos estatais.

4. O Regime Democrático foi frontalmente atingido pela decisão do
Presidente do Supremo Tribunal Federal, proferida em tempo recorde,
desconstituindo as 175 (cento e setenta e cinco) páginas da decisão que
decretou a prisão temporária de conhecidas pessoas da alta sociedade
brasileira, sob o argumento da necessidade de proteção ao mais fraco.
Definitivamente não há normalidade em se considerar grandes banqueiros investigados por servirem de mandantes para a corrupção de servidores públicos o lado mais fraco da sociedade.

5.As decisões judiciais, em um Estado Democrático de Direito, devem ser cumpridas, como o foi a malsinada decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Contudo, os Procuradores da República subscritos não podem permanecer silentes frente à descarada afronta às instituições democráticas brasileiras, sob pena de assim também contribuírem para a falsa aparência de normalidade que se pretende instaurar.
Brasil, 11 de julho de 2008.


Sérgio Luiz Pinel Dias - PRES
Paulo Guaresqui - PRES
Helder Magno da Silva - PRES
João Marques Brandão Neto - PRSC
Carlos Bruno Ferreira da Silva - PRRJ
Luiz Francisco Fernandes - PRR1
Janice Agostinho Barreto - PRR3
Luciana Sperb - PRM Guarulhos
Ramiro Rockembach da Silva Matos Teixeira de Almeida- PRBA
Ana Lúcia Amaral - PRR3
Luciana Loureiro - PRDF
Vitor Veggi - PRPB
Luiza Cristina Fonseca Frischeisen - PRR3
Elizeta Maria de Paiva Ramos - PRR1
Geraldo Assunção Tavares - PRCE
Rodrigo Santos - PRTO
Edmilson da Costa Barreiros Júnior - PRAM
Ana Letícia Absy - PRSP
Daniel de Resende Salgado - PRGO
Orlando Martello Junior - PRPR
Geraldo Fernando Magalhães - PRSP
Sérgio Gardenghi Suiama - PRSP
Adailton Ramos do Nascimento - PRMG
Adriana Scordamaglia - PRSP
Fernando Lacerda Dias - PRSP
Steven Shuniti Zwicker - PRM Guarulhos
Anderson Santos - PRBA
Edmar Machado - PRMG
Pablo Coutinho Barreto - PRPE
Maurício Ribeiro Manso - PRRJ
Julio de Castilhos - PRES
Águeda Aparecida Silva Souto - PRMG
Rodrigo Poerson - PRRJ
Carlos Vinicius Cabeleira - PRES
Marco Tulio Oliveira - PRGO
Andréia Bayão Pereira Freire - PRRJ
Fernanda Oliveira - PRM Ilhéus
Luiz Fernando Gaspar Costa – PRSP
Douglas Santos Araújo – PRAP
Paulo Roberto de Alencar Araripe Furtado – PRR1
Paulo Sérgio Duarte da Rocha Júnior – PRRN
Cristianna Dutra Brunelli Nácul - PRRS

121 Juízes Federais da Magistratura Federal da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) divulgaram carta aberta à população para protestar contra Gilmar Mendes:

MANIFESTO DA MAGISTRATURA FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Nós, juízes federais da Terceira Região abaixo assinados, vimos mostrar, por meio deste manifesto, indignação com a atitude de Sua Excelência o Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que determinou o encaminhamento de cópias da decisão do juiz federal Fausto De Sanctis, atacada no Habeas Corpus n. 95.009/SP, para o Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho da Justiça Federal e à Corregedoria Geral da Justiça Federal da Terceira Região.

Não se vislumbra motivação plausível para que um juiz seja investigado por ter um determinado entendimento jurídico. Ao contrário, a independência de que dispõe o magistrado para decidir é um pilar da democracia e princípio constitucional consagrado. Ninguém nem nada pode interferir na livre formação da convicção do juiz, no direito de decidir segundo sua consciência, pena de solaparem-se as próprias bases do Estado de Direito.

Prestamos, pois, nossa solidariedade ao colega Fausto De Sanctis e deixamos clara nossa discordância para com este ato do Ministro Gilmar Mendes, que coloca em risco o bem tão caro da independência do Poder Judiciário.

Até às 17 horas de hoje, 11 de julho, os Juízes Federais abaixo identificados manifestaram-se conforme o presente manifesto, sem prejuízo de novas adesões.

1 - Carlos Eduardo Delgado
2 - José Eduardo de Almeida Leonel Ferreira
3 - Katia Herminia Martins Lazarano Roncada
4 - Raecler Baldresca
5 - Rubens Alexandre Elias Calixto
6 - Claudia Hilst Menezes
7 - Edevaldo de Medeiros
8 - Denise Aparecida Avelar
9 - Taís Bargas Ferracini de Campos Gurgel
10 - Giselle de Amaro e França
11 - Erik Frederico Gramstrup
12 - Angela Cristina Monteiro
13 - Elídia Ap Andrade Correa
14 - Decio Gabriel Gimenez
15 - Renato Luis Benucci
16 - Marcelle Ragazoni Carvalho
17 - Silvia Melo da Matta
18 - Isadora Segalla Afanasieff
19 - Daniela Paulovich de Lima
20 - Otavio Henrique Martins Port
21 - Cristiane Farias Rodrigues dos Santos
22 - Claudia Mantovani Arruga
23 - Paulo Cezar Neves Júnior
24 - Venilto Paulo Nunes Júnior
25 - Rosana Ferri Vidor
26 - João Miguel Coelho dos Anjos
27 - Fabiano Lopes Carraro
28 - Rosa Maria Pedrassi de Souza
29 - Sergio Henrique Bonachela
30 - Rogério Volpatti Polezze
31 - Wilson Pereira Júnior
32 - Nilce Cristina Petris de Paiva
33 - Cláudio Kitner
34 - Fernando Moreira Gonçalves
35 - Noemi Martins de Oliveira
36 - Marilia Rechi Gomes de Aguiar
37 - Gisele Bueno da Cruz
38 - Gilberto Mendes Sobrinho
39 - Veridiana Gracia Campos
40 - Letícia Dea Banks Ferreira Lopes
41 - Lin Pei Jeng
42 - Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira
43 - Fernando Henrique Corrêa Custodio
44 - Leonardo José Correa Guarda
45 - Alexandre Berzosa Saliba
46 - Luciana Jacó Braga
47 - Marisa Claudia Gonçalves Cucio
48 - Carla Cristina de Oliveira Meira
49 - José Luiz Paludetto
50 - Carlos Alberto Antonio Júnior
51 - Márcia Souza e Silva de Oliveira
52 - Maria Catarina de Souza Martins Fazzio
53 - Nilson Martins Lopes Júnior
54 - Fabio Ivens de Pauli
55 - Mônica Wilma Schroder
56 - Louise Vilela Leite Filgueiras Borer
57 - José Tarcísio Januário
58 - Valéria Cabas Franco
59 - Marcelo Freiberger Zandavali
60 - Rodrigo Oliva Monteiro
61 - Ricardo de Castro Nascimento
62 - Luciane Aparecida Fernandes Ramos
63 - José Denílson Branco
64 - Paulo César Conrado
65 - Alexandre Alberto Berno
66 - Luciana Melchiori Bezerra
67 - Mara Lina Silva do Carmo
68 - Raphael José de Oliveira Silva
69 - Anita Villani
70 - Higino Cinacchi Júnior
71 - Maria Vitória Maziteli de Oliveira
72 - Márcio Ferro Catapani
73 - Silvia Maria Rocha
74 - Luís Gustavo Bregalda Neves
75 - Denio Silva The Cardoso
76 - Fletcher Eduardo Penteado
77 - Leonardo Pessorrusso de Queiroz
78 - Carlos Alberto Navarro Perez
79 - Renato Câmara Nigro
80 - Ronald de Carvalho Filho
81 - Luiz Antonio Moreira Porto
82- Hong Kou Hen
83- Pedro Luís Piedade Novaes
84- Flademir Jerônimo Belinati Martins
85- Luís Antônio Zanluca
86- Omar Chamon
87- Sidmar Dias Martins
88- João Carlos Cabrelon de Oliveira
89- Antonio André Muniz Mascarenhas de Souza
90- Marilaine Almeida Santos
91-Alessandro Diaféria
92- Paulo Ricardo Arena filho
93- Hélio Egydio de Matos Nogueira
94- Ricardo Geraldo Rezende Silveira
95 - Cláudio de Paula dos Santos
96 - Leandro Gonsalves Ferreira
97 - Caio Moysés de Lima
98 - Ronald Guido Junior
98 - Clécio Braschi
99 - Roberto da Silva Oliveira
100 - Vanessa Vieira de Mello
101 - Ivana Barba Pacheco
102 - Simone Bezerra Karagulian
103 - Gabriela Azevedo Campos Sales
104 - Kátia Cilene Balugar Firmino
105 - Fernanda Soraia Pacheco Costa
106 - Leonora Rigo Gaspar
107 - Marcos Alves Tavares
108 - Jorge Alexandre de Souza
109 - Anderson Fernandes Vieira
110 - Raquel Fernandez Perrini
111- Adriana Delboni Taricco Ikeda
112 - Tânia Lika Takeuchi
113- Janaína Rodrigues Valle Gomes
114- Fernando Marcelo Mendes
115- Simone Schroder Ribeiro
116- Nino Oliveira Toldo
117 - João Eduardo Consolim
118 - Raul Mariano Júnior
119 - Mônica Aparecida Bonavina
120 - Dasser Lettiere Júnior
121 - Renato de Carvalho Viana