quarta-feira, 30 de abril de 2014

PMDB presidirá a CPI da Petrobras e PT fica com relatoria


Oposição briga para ter uma CPI ampla, com a participação de deputados na investigação

PMDB escolhe presidência da CPI da Petrobras no Senado; PT fica com a relatoria

De Congresso em Foco
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que o seu partido vai presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que vai investigar as denúncias de irregularidades na Petrobras. Mas o líder do PMDB não divulgou ainda o nome do senador que vai presidir os trabalhos da CPI.
Com essa escolha, a relatoria coube ao PT. O líder do partido, senador Humberto Costa, disse que “a maior probabilidade” é que o relator seja o senador José Pimentel (PT-CE).
Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a criação de uma CPI mista dependeria de acordo entre os líderes. Ele fez as declarações em meio a notícias de que teria cedido a pressões e decidido instalar a uma comissão com deputados e senadores para investigar a Petrobras, exatamente como quer a oposição. “Não cabe ao presidente decidir quem vai investigar” explicou Renan aos jornalistas, no início desta tarde.
A confusão se instalou depois que Renan anunciou ontem (29) que vai reunir os líderes das duas Casas na próxima terça-feira (6) e pedir que, a exemplo do que foi feito no Senado, que eles indiquem membros para compor a comissão mista.
Enquanto o cenário em torno da comissão continua indefinido, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), diz que o partido vai desistir das indicações de nomes para a CPI só naquela Casa e indicar membros apenas para a comissão mista. “Desisti em razão da decisão do presidente Renan de pedir a indicação da CPI mista, nossa prioridade é a indicação da CPI mista porque ela tem mais força política”.
Já os governistas insistem em uma comissão só do Senado e não pretendem indicar nomes para um colegiado misto. “Quem quer fazer CPI mista não quer apurar nada, quer montar um palco para uma disputa eleitoral exatamente como nós vimos na CPI do Cachoeira”, disse o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).
Mista ou não, uma Comissão Parlamentar de Inquérito só pode ser instalada caso os líderes indiquem nomes. “Quando os líderes não indicam o regimento diz que cabe ao presidente (do Congresso) fazer as indicações e eu vou fazer isso porque acatei o princípio constitucional contido na liminar”, garantiu Renan.
O presidente do Senado também esclareceu que para “manter a coerência” vai entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a liminar da ministra Rosa Weber e ampliar o escopo de investigações da CPI da Petrobras com apurações sobre irregularidades no metrô de São Paulo e no Porto de Suape, em Pernambuco.
_________________________________________________

Caricatura de Dilma serve de alvo para treinamento de policial federal



Jornal GGN - Mais uma vez, a presidente Dilma foi, literalmente, alvo de ataques na internet. Pelo Facebook, o agente da Polícia Federal Danilo Balas – com o perdão pelo trocadilho – meteu bala em uma caricatura de Dilma Rousseff em um treinamento de tiro e em seguida compartilhou as fotos na rede social.
Com a seguinte descrição: “Assim fica fácil treinar”, o agente postou as fotos do seu treinamento em uma fanpage não oficial da Polícia Federal, que concentra, basicamente, críticas ao governo e o PT.
Segundo informações do próprio perfil no Facebook, Danilo Balas é militante do Partido Ecológico Nacional (PEN), que hoje conta com dois deputados federais. Seu lema é: “Contra corrupção, Balas neles”.
O portal Terra entrou em contato com a Polícia Federal e em 24 horas obteve duas respostas diferentes.
Terça-feira (29) – “A PF já requereu ao Facebook que retire a comunidade “Polícia Federal do Brasil” do ar, bem como outros sites da rede social que representam indevidamente a instituição”.
Quarta-feira (30) – “A declaração de ontem não é mais a oficial da PF. A página e, mais especificamente, a postagem que tem a caricatura de Dilma Rousseff como alvo foram encaminhadas para a direção geral da PF para averiguações. A PF não irá fazer declarações adicionais sobre o assunto neste momento”.

BARBOSA DEVOLVE GENOINO À PAPUDA


Vida de Genoino está nas mãos de Barbosa

G1: PRESIDENTE DO STF DETERMINA ‘IMEDIATO RETORNO’ DE GENOINO À PRISÃO

Ex-deputado do PT foi condenado a 4 anos e 8 meses no caso do mensalão. Ele cumpria prisão domiciliar provisória desde novembro do ano passado.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou nesta quarta-feira (30) o “imediato retorno” do ex-deputado José Genoino (PT-SP) à prisão. Condenado no processo do mensalão do PT, Genoino estava em prisão domiciliar provisória desde novembro do ano passado em razão de problemas de saúde.
Pela decisão, ele tem 24 horas para se apresentar no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do presídio da Papuda, em Brasília, onde também cumpre pena o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Caso ele não se apresente, será expedido um mandado de prisão.
“Indefiro o pedido de conversão do regime prisional do apenado José Genoino Neto. Determino o imediato retorno do apenado ao sistema prisional do Distrito Federal, onde deverá cumprir sua pena”, afirmou Barbosa.
(…)
___________________________________________________

“Delsão”: 12 anos de cadeia por mandar matar Dezinho



No Blog do Hiroshi

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”. Foi com esta frase do ativista Martin Luther King que o juiz Raimundo Moisés Alves Flexa iniciou a leitura da condenação a 12 anos de prisão do fazendeiro Décio José Barroso Nunes, o Delsão. 
O mineiro, que mora há 34 anos em Rondon do Pará, foi considerado mentor do assassinato de José Dutra da Costa, o Dezinho. O júri popular realizado em Belém encerra uma luta de 14 anos por justiça empunhada pela viúva do então presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade. Maria Joel Dias da Costa assumiu a presidência da entidade e passou a ser alvo das mesmas ameaças sofridas pelo marido, o que lhe levou a ser inserida em programa de proteção a testemunhas.
O juiz Raimundo Flexa destacou o transcurso normal do julgamento, iniciado às 8h da manhã e encerrado às 21h30, na capital paraense, para onde fora transferido o processo, justamente em função do poder político e econômico do fazendeiro, que poderia, segundo a acusação, influenciar o resultado em favor do réu. “Contamos com uma plenária sempre cheia e ordeira. É mostra de que meu estado tem pessoas educadas. Agradeço a maneira cortês com que se mantiveram”, reiterou Flexa.
O promotor Franklin Lobato afirmou, ao final da sentença, que se sentia satisfeito, certo de que havia sido feita justiça. Na Assistência da Acusação durante o júri, ele contou com Marco Apolo Santana Leão e Anna Cláudia Lins, advogados da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH); e José Afonso Batista, advogado da Comissão Pastoral da Terra no Pará (CPT). Também contou com a presença de observadores das organizações Justiça Global e Terra de Direitos, além de representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Um dos aspectos cruciais no júri de hoje foi o testemunho de Francisco, que é irmão do pistoleiro Pedro, também assassinado. Ele, igualmente, teve de ser inserido no programa de proteção a testemunhas e entrou no júri com rosto coberto. Esse cenário fúnebre é apenas um dos elementos freqüentes em crimes do gênero e que marcam tragicamente a vida de quem mora no Pará. Conforme descreveram os advogados durante o júri, o caso Dezinho é emblemático quando representa a realidade brasileira, onde apenas 8% dos assassinatos por conflitos no campo são levados a julgamento. É simbólico ainda por conter uma série de elementos sintomáticos do conflito agrário: grilagem de terras, denúncias de trabalho escravo, ocupação de áreas improdutivas, contrato de pistoleiros e intermediários para fazer tombar lideranças campesinas, como Dezinho.
Mais mortes e desaparecimento de testemunhas também fazem parte do mesmo processo, concentrando a responsabilidade sobre o fazendeiro Décio Nunes, inclusive no estado do Maranhão.
Advogados da Acusação lembraram ainda que a justiça brasileira, quando chega, é para os menos favorecidos. Raramente se vê cumprir pena o mandante dos crimes. No caso Dezinho, a condenação chegou ao pistoleiro Welington de Jesus da Silva, jovem de 19 anos e semi-analfabeto. Ele foi preso em flagrante e condenado a 27 anos de reclusão, mas está foragido.
Advogado de Defesa, Roberto Lauria insistiu na inocência de seu cliente; reiterou, ao menos três vezes, que, em caso de qualquer dúvida, os jurados deveriam livrar Delsão de culpa; e afirmou que não havia provas suficientes para incriminar o fazendeiro. No entanto, prevaleceu a tese da Acusação e a maioria dos jurados reconheceu Décio como autor intelectual do assassinato do sindicalista Dezinho. (SPDDH)
___________________________________________________________

Jean Wyllys diz que deputada cadeirante denunciou ‘regalia’ de Dirceu sem ter conseguido entrar na cela


Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara que visitaram nesta terça-feira o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, apresentaram avaliações divergentes em relação às supostas “regalias” do ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena por condenação no julgamento do mensalão.
A visita foi motivada pela aprovação, pela comissão, de requerimento apresentado pelo deputado Nilmário Miranda (PT-MG), a pedido da família de Dirceu, que pretendia que os parlamentares averiguassem se o ex-ministro tem privilégios – para o Ministério Público, tudo o que possa ferir a isonomia entre os presos é caracterizado como privilégio.
Por decisão judicial, a tramitação do pedido de Dirceu para trabalhar fora da prisão foi suspensa devido à suspeita de uso de celular dentro da prisão.
“Nós vimos uma cela modesta, uma cela malconservada, cheia de infiltrações, gotejando água no corredor, na porta da cela, é isso que a gente viu. Ao contrário, acho que o tratamento que é dado a ele, muitas vezes, lhe tiram aquilo que é dado a outro preso”, afirmou Luiza Erundina (PSB-SP).
“A gente veio verificar se havia regalias. Pela nossa visita, que a gente fez às celas, e pelas conversas que nós tivemos com os agentes penitenciários, os gestores e o diretor do complexo, a gente viu que não há regalias. Não há privilégio”, disse Jean Wyllys (PSOL-RJ).
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que Dirceu recebe tratamento diferenciado, em uma cela com televisão e micro-ondas, condição distinta, segundo ela, da de outros presos. “Conheci celas em várias unidades aqui [na penitenciária da Papuda] e as que a gente viu hoje lá em cima são celas horrorosas se comparadas à cela dele. A cela dele é iluminada, ampla, o tipo de material do beliche é diferente, tem televisão, tem micro-ondas. E não são todas as celas – é a única cela desse jeito”, declarou.
Jean Wyllys estranhou o depoimento de Mara.
“A Mara foi enfática ao dizer aos jornalistas que a cela de Dirceu é ‘ampla e iluminada’, sendo que nem pôde entrar no local, porque a cadeira de rodas não permitia a passagem”, disse Wyllys. “Respeito muito a Mara, mas ela não visitou a cela. Acho estranho afirmar categoricamente uma coisa sem ter entrado. Ficou na porta.”
Segundo Wyllys, a cela de Dirceu está cheia de infiltrações e é compartilhada com outros presos, que não estavam presentes porque, ao contrário dele, receberam o benefício de sair para trabalhar. “Não tem privilégio algum, aquilo lá é um horror. O próprio Ministério Público apontou isso, é um absurdo dizer o contrário. Eu não tenho relação alguma com Zé Dirceu, meu partido faz oposição ao PT e posso afirmar o que vi com meus próprios olhos: não existem regalias.”
Segundo Arnaldo Jordy (PPS-PA), Dirceu assistia ao jogo entre Bayern de Munique e Real Madrid no momento em que os deputados chegaram à cela. “A televisão estava ligada, e o José Dirceu estava assistindo, inclusive, ao jogo. Eu não estou dizendo que isso está errado. Eu estou dizendo que todos os outros presos deviam ter o mesmo tratamento”, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal negou que Dirceu tenha privilégios. Segundo a secretaria, eletrodomésticos levados por familiares são direito de presos com bom comportamento.
_____________________________________________________

O que o DCM contou e o que ainda vai contar sobre a apreensão de coca no helicóptero dos Perrellas



por : Kiko Nogueira

A série de reportagens sobre a apreensão de 445 quilos de pasta base de cocaína no helicóptero da família Perrella trouxa à tona uma série de revelações.
Elas são fruto do nosso segundo projeto de crowdfunding, bancado inteiramente pelos leitores.
Eis onze dos pontos mais importantes levantados até agora pelo repórter Joaquim de Carvalho:
A Polícia Federal conduziu um inquérito sobre o qual o Ministério Público Federal vê indícios de farsa. O procurador Fernando Amorim Lavieri preferiu enxergar indícios de grampo, não de tráfico. O processo que poderia ser mortal para os acusados – os cinco conhecidos e outros que poderiam ser apontados – já nasceu com um antídoto. O juiz decidiu libertar os réus sem ouvi-los.
Na investigação, a polícia não informa quem financiou a operação – que custou pelo menos R$ 6 milhões –, mas isentou rapidamente a família Perrella do rol dos suspeitos. Entre os servidores da Justiça Federal, a ação foi apelidada de “Helicoca”. O nome de Zezé Perrella aparece na transcrição de uma troca de mensagens entre um dos pilotos, Rogério Almeida Antunes, e um primo dele chamado Éder, de Minas Gerais. “Man, eu quase derrubei a máquina do Zezé”, escreveu ele em seu Iphone, usando o Whatsapp.
Há outros envolvidos no transporte da cocaína, além dos cinco denunciados, que não foram ouvidos pela Polícia Federal.
A droga, importada do Paraguai, ficou guardada num hotel fazenda em Jarinu, interior do estado de São Paulo, mas a polícia não aprofundou a investigação que poderia levar aos financiadores do tráfico.
O local exato de onde o helicóptero da família Perrella trouxe cerca de meia tonelada de pasta base de cocaína é Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O pouso ocorreu por volta das 9 horas do dia 22 de novembro. Dois homens, um deles brasileiro, ajudaram a colocar a carga preciosa no bagageiro e nos bancos do helicóptero.
A rota do “Helicoca” foi a seguinte: São Paulo-Avaré-Porecatu (Paraná)-Pedro Juan Caballero-Porecatu-Avaré-Jarinu-SãoPaulo-Jarinu-Divinópolis-Afonso Cláudio (Espírito Santo).
Os traficantes ficaram apenas três meses e meio na cadeia e foram soltos no dia em que prestariam depoimento à Justiça.
Um juiz federal estuda anular o processo por uso de provas ilícitas e o helicóptero pode ser devolvido à família Perrella.
O piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, que foi libertado, contou como foi o voo da coca. Alexandre afirmou que foi “usado por pessoas poderosas” e que agora teme morrer.


Alexandre no Campo de Marte

Há dois envolvidos no caso que têm relações com o futebol: Robson Ferreira Dias, vulgo Vovô, qualificado no inquérito como comerciante em Araruama (RJ), e o empresário Élio Rodrigues, do Espírito Santo. Em 2013, os dois se associaram num negócio: levaram do Rio para Vitória um jogador chamado David. O atleta ficou hospedado numa quitinete de Élio enquanto treinava no Desportiva, time capixaba.
A origem da investigação que levou à prisão no Espírito Santo é São Paulo, mas a polícia não diz onde e como soube que o helicóptero dos Perrellas pousaria em Afonso Cláudio com quase meia tonelada de cocaína.

Há grandes perguntas: Quem financiou a operação? Para onde ia a droga?
A apuração continua e, nas próximas semanas, teremos mais informações. Fique ligado.
_________________________________________________________

BOMBA ! OUTRO VAZAMENTO DA PF DO ZÉ !!!

NILMÁRIO MIRANDA SOBRE DIRCEU: PIG E PSDB MENTEM !


Tucana só faltou distribuir santinho do Aécio …​

A propósito da vista de deputados à cela de Dirceu – só Nilmário Miranda, de Minas, é do Governo – o Conversa Afiada conversou com Nilmário sobre o que o Globo Overseas e a tucana paulista Mara Gabrilli disseram.
Disse Nilmário:
- É mentira que o Dirceu assistisse ao Real Madrid vs Bayern numa tevê de plasma: era uma televisão de vinte polegadas;
- há tevês de plasma em outras celas, mas NÃO na dele !;
- a cela é grande porque ali estavam TODOS os presos na AP-470;
- e por uma medida universal de proteção, presos políticos e filhos de policiais e de ricos (alvo de se tornar reféns numa rebelião) ficam isolados;
- Dirceu toma o mesmo café da manhã de todos os presos, mas mantém uma dieta sem sal nas outras refeições;
- como todos os outros presos, ele tem direito a R$ 125 por semana para comprar o que quiser nas cantinas;
- Dirceu não tem queixa da prisão: na hora e meia de conversa com a comissão, disse que é tratado com respeito;
- “sou um preso exemplar”, ele disse;
- a deputada Mara Gabrilli é cadeirante e não conseguiu entrar na cela – ficou na porta; portanto, surpreende que saiba que o colchão dele é de ferro, uma regalia de reais dimensões, segundo ela;
- quando estava na porta, caiu água nela, de uma goteira dessa cela “cinco estrelas” ;
- Gabrilli, segundo Nilmário, “partidarizou”a visita;
- na verdade, ela não faz parte da Comissão de Direitos Humanos, mas pediu para ir e Nilmário considerou uma boa ideia, porque alargaria o espectro político da visita. Mas, não esperava “partidarização;
Luiza Erundina e Jean Willys, outros visitantes, não compartilharam das “opiniões” de Gabrilli e pertencem a partidos que têm candidato próprio a presidente;
- Nilmário não tem a menor ideia de quem fotografou e filmou o encontro na cela, já que é proibido entra com celular ou câmera;
- em resumo, o que interessava era saber se Dirceu tem alguma regalia ou algum privilegio que o impeça de trabalhar em regime semi-aberto;
- e a Comissão concluirá que não há nada – NADA! – que impeça o regime semi-aberto a que foi condenado de ser praticado imediatamente;
- por fim, Dirceu não está moribundo, decrépito, deprimido, não se deixou destruir na prisão.
Segundo Nilmário, ele está mais magro – por causa da dieta – mas fisicamente bem, saudável, de bom aspecto;
- e cabeça funciona como sempre – e esse é o grande perigo, não, Presidente Barbosa ?
______________________________________________________________

ANONIMO, DE BONÉ NO ROSTO E ESCONDIDO ATRÁS DO TAMANHO DO PREFEITO ALEXANDRE VON, SIMÂO JATENE PASSOU PARA SANTARÉM

Simão Jatene ao lado do prefeito de Santarém Alexandre Von

De passagem a Santarém para entrega de migalhas às polícias Civil e Militar dos municípios de Óbidos, Alenquer, Almeirim e Oriximiná e. depois de um seculo, inauguração da nova sede do CPC, o governador Simão Jatene declarou publicamente pela primeira vez que é pré-candidato à reeleição para o Governo do Estado do Pará.
De gozação com os quatros gatos pingados que o acompanharam Simão se saiu com essa: “Se você me perguntar se sou candidato vou dizer que ainda há muito tempo, mas quero lembrar que disseram que eu tinha morrido, que eu tinha uma doença incurável, que não seria candidato. Mas eu estou aqui, graças a Deus, vivo, bem vivo. Mas se você me perguntar se sou pré-candidato, eu sou, pois estou ouvindo o anseio de grande parcela das lideranças políticas, comunitárias e do povo. Mas a definição oficial só vai acontecer em junho”.
Sobre investimentos para Santarém, Jatene destacou mais uma assinatura de contrato, desta vez com a Cosanpa para obras que demoram décadas para serem executadas Vide o caso da escola tecnológica. cujas obras só agora as obras estão sendo retomadas.
No Terminal Fluvial Turístico de Santarém Simão Jatene fez a entrega de oito viaturas tipo pick up, das quais quatro são adaptadas para o transporte de detentos; quatro embarcações; 104 coletes balísticos e 70 armas (30 carabinas e 40 submetralhadoras) para as Polícias Civil e Militar. 
Os equipamentos foram adquiridos com recursos de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, por conta da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron).

Governador Simão Jate. Foto: Antonio Silva/Agência Pará

À tarde, segundo despacho da Agência Pará, Simão Jatene declarou que vai acelerar o ritmo das obras de ampliação do estádio Barbalhão (rsrsrsrsrrsrs).
Sua última mentira foi: "Vou chamar as empresas para conversar em Belém, e discutir o ritmo das obras. Até porque, quando nós começamos essas obras, me deram um prazo de execução. Eu não começo obra sem caixa para execução. Eu quero saber o motivo de elas estarem fora de ritmo", disse o governador, após as visitas ao estádio e ao ginásio poliesportivo.  
________________________________________________________

Luiza Erundina e Jean Willys contestam afirmações de que há regalia para Dirceu na prisão

override-if-required

"Nós nunca questionamos o regime carcerário. O meu problema é o regime prisional, regime 
fechado", diz. "A rigor, sábado e domingo, saio [para tomar sol] duas horas aqui. Durante a 
semana, eu saio sete horas. Na verdade, não é semi-aberto, eu não tenho a classificação para 
trabalhar", disse. Ele se queixou que em alguns casos ele só pode sair para o pátio às 17h, pouco 
antes de escurecer.
No vídeo, Dirceu usa o uniforme branco típico dos detentos da Papuda. Ele não aparenta estar 
mais magro ou mais gordo do que à época de sua prisão, e fala pausadamente, entrecortado por 
explicações de um funcionário da cadeia à comitiva.
O grupo está em uma cela vazia, cujos detentos estão fora. Em um dado momento, Dirceu 
interrompe o funcionário e diz: "Ó lá a goteira".
Dirceu também relata ao grupo que está fazendo cursos de direito do consumidor, direito da 
família e direito constitucional, e que deverá fazer outros, como de direito penal e civil. Ao 
estudar na cadeia, são descontados dias de sua pena.

Abaixo o vídeo:


Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara que visitaram nesta terça-feira o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, apresentaram avaliações divergentes em relação às supostas “regalias” do ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena por condenação no julgamento do mensalão.
A visita foi motivada pela aprovação, pela comissão, de requerimento apresentado pelo deputado Nilmário Miranda (PT-MG), a pedido da família de Dirceu, que pretendia que os parlamentares averiguassem se o ex-ministro tem privilégios – para o Ministério Público, tudo o que possa ferir a isonomia entre os presos é caracterizado como privilégio.
Por decisão judicial, a tramitação do pedido de Dirceu para trabalhar fora da prisão foi suspensa devido à suspeita de uso de celular dentro da prisão.
“Nós vimos uma cela modesta, uma cela malconservada, cheia de infiltrações, gotejando água no corredor, na porta da cela, é isso que a gente viu. Ao contrário, acho que o tratamento que é dado a ele, muitas vezes, lhe tiram aquilo que é dado a outro preso”, afirmou Luiza Erundina (PSB-SP).
“A gente veio verificar se havia regalias. Pela nossa visita, que a gente fez às celas, e pelas conversas que nós tivemos com os agentes penitenciários, os gestores e o diretor do complexo, a gente viu que não há regalias. Não há privilégio”, disse Jean Wyllys (PSOL-RJ).
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que Dirceu recebe tratamento diferenciado, em uma cela com televisão e micro-ondas, condição distinta, segundo ela, da de outros presos. “Conheci celas em várias unidades aqui [na penitenciária da Papuda] e as que a gente viu hoje lá em cima são celas horrorosas se comparadas à cela dele. A cela dele é iluminada, ampla, o tipo de material do beliche é diferente, tem televisão, tem micro-ondas. E não são todas as celas – é a única cela desse jeito”, declarou.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal negou que Dirceu tenha privilégios. Segundo a secretaria, eletrodomésticos levados por familiares são direito de presos com bom comportamento.
_______________________________________________

Banana? A absolvição de Gentili no caso em que ofereceu bananas a um negro


por : Kiko Nogueira

1) Na Espanha, o sujeito que atirou uma banana para Daniel Alves no jogo entre Barcelona e Villarreal foi banido do estádio El Madrigal.
O time liberou um boletim oficial:
“O Villarreal quer comunicar que lamenta e rechaça profundamente o incidente ocorrido ontem (domingo) na partida contra o Barcelona, na qual um torcedor atirou um objeto sobre o campo de jogo. Obrigado à equipe de segurança e à estimável colaboração exemplar da torcida amarela. O clube já localizou o autor e decidiu retirar o carnê e proibir o acesso ao estádio El Madrigal por toda a vida”.
O Villarreal ainda corre o risco de ser punido pela federação espanhola de futebol. O jornal espanhol Marca deu o nome do cidadão: David C.L, de 25 anos, técnico de uma das equipes de categoria de base do clube.
2) Nos EUA, Donald Sterling, dono do Los Angeles Clippers, foi flagrado numa conversa de teor racista com a namorada V. Stiviano.
O empresário lhe dava uma dura por publicar uma foto ao lado de Magic Johnson no Instagram. “Fico muito incomodado em você querer aparecer ao lado de pessoas negras. Por que você faz isso? Você pode dormir [com eles], pode fazer o que quiser. A única coisa que peço é que não divulgue isso. E não os traga aos meus jogos”.
Houve uma onda de indignação parecida com a que se seguiu ao ocorrido com Daniel Alves. Obama se declarou enojado. Os atletas dos Clippers usaram meias pretas e camisas do avesso em protesto.
Sterling foi suspenso para sempre da NBA e terá de pagar uma multa de 2,5 milhões de dólares (em torno de 5,5 milhões de reais). Ele também não poderá frequentar nenhuma quadra da liga de basquete em dias de jogos ou treinos.
3) No Brasil, a 10ª Vara Criminal da Justiça do Estado de São Paulo absolveu Danilo Gentili da acusação de racismo.
Em 2012, após uma troca de mensagens no Twitter com o redator Thiago Ribeiro, Gentili escreveu o seguinte: “Quantas bananas você quer para deixar essa história para lá?”. Thiago entrou com um processo.
O juiz Marcelo Matias Pereira não viu nada de mais. Sua sentença é uma pérola: “Não comprovado este animus, não há que se falar em crime contra a honra”.
“Se a afirmação do réu tivesse sido feita em uma situação completamente descontextualizada, fora do ambiente em que costuma criar piadas com os ‘posts’ de seus seguidores, poderíamos pensar naquele intuito de ofender”.
“Seria necessário algo a mais do que uma piada grosseira e infeliz, vale dizer, um intuito de realmente ofender a vítima, desqualificando-a pela cor de sua pele, o que não ocorreu no caso em questão”.
Como Thiago já se autointitulara “King Kong”, estava tudo liberado. “São pelo menos três mensagens que o ofendido dizia ser um ‘King Kong’, bem como que iria fazer o réu pagar por supostos crimes cometidos”.
O juiz Pereira se permitiu apenas uma chamada paternal no humorista: “O réu tem que entender que há limites para as brincadeiras, ainda mais quando direcionadas a um indivíduo específico”.
***
Além da derrota, Thiago Pereira está sendo xingado pela canalha de fãs do comediante. Nas redes sociais, um deles já escreveu que ele merece ser chicoteado. Outro, que, se ele quer aparecer, coloque uma banana no pescoço. E por aí vai.
Thiago avisou que, agora, vai “processar Gentili, Band e o Estado!” Provavelmente, vai ganhar mais uma banana, só que da Justiça brasileira.
________________________________________________

PADILHA VAI PROCESSAR A PF ?


Vazamento da PF é da categoria “criminal”.

Saiu na primeira pagina do Estadão em comatoso estado:
“Doleiro teria (sic) influência sobre Padilha, aponta (sic) PF”.
Lá dentro, na pág A8, lê-se:
“Se o Padilha ganhar o governo ajudo ele e muito”, disse o doleiro de tucanos, o Youssef.
Segundo os dois (dois !) repórteres do Estadão, para a PF, o diálogo grampeado “indica (sic) possivelmente (sic) que Youssef tem (sic) influência política junto (sic) ao candidato do Governo de São Paulo, Alexandre Padilha”.
“Junto” como ?
O Padilha lava dinheiro com o Youssef ?
O Padilha joga biriba na casa do Youssef ?
O Padilha também tinha conta no Banestado ?
“Junto”, como ?
Quem dirige esse inquérito em que aparece o Padilha mais do que o Youssef ?
Quem vaza ?
Padilha já entrou na Justiça contra o deputado André Vargas.
O que fazer diante dessa Polícia Federal do zé da Justiça, essa PF que, um dia, ainda vai derrubar a Dilma ?
Não basta fazer, como ele disse aos disciplinados “entrevistadores” do PiG (*) no Roda Morta: pedir à PF a íntegra do inquérito.
Neste caso e da Petrobras, a PF atravessou a barreira da legalidade.
Sem líder, sem chefe, sem Governo, ela se tornou o braço armado do Golpe !
Se o Governo Federal não faz nada, – sabe como é, amigo navegante, quem nasce pra zé … – cabe ao Padilha reagir: porque, se não, a PF acaba com a candidatura dele.
Não é o Youssef.
Não é o Vargas.
É o zé !
Em tempo: esta é a nota oficial da campanha do Padilha sobre a interpelação a Vargas e o pedido de acesso aos vazadores da PF:

São Paulo, 29 de abril de 2014 – O advogado Marcelo Nobre, que representa o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, protocolou em cartório nesta terça-feira (29/04), em Brasília, interpelação solicitando esclarecimentos ao deputado federal André Vargas. O deputado deverá explicar o uso indevido do nome de Alexandre Padilha em mensagem escrita por ele, e interceptada pela Polícia Federal. Procurado pelo oficial responsável pela intimação, André Vargas não foi localizado hoje em Brasília. Nova tentativa será feita nesta quarta-feira (30/04) e pelo tempo necessário até que o deputado seja efetivamente notificado.
O advogado Marcelo Nobre também formalizou na segunda-feira (28/04) um pedido de acesso integral aos autos eletrônicos de investigação da Polícia Federal.
As medidas, com respaldo legal, são mais uma demonstração da seriedade e da transparência com que Alexandre Padilha tem tratado a questão do envolvimento indevido do seu nome na operação da Polícia Federal, mesmo sem ter nenhuma acusação ou denúncia contra ele.

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 29 de abril de 2014

Os escândalos que assombram a canonização de João Paulo II


João Paulo II, o papa que promoveu e encobriu pedófilos e violadores da Igreja, recebeu, ao 
mesmo tempo em que João XXIII, a canonização.

Eduardo Febbro (Carta Maior)

Vítimas, que vítimas? – perguntou o cardeal Velasio de Paolis. E acrescentou: “Não são apenas estas vítimas”. Depois houve um silêncio de corpo e alma e o olhar um tanto perdido do superior geral dos Legionários de Cristo, nomeado em 2010 para esse cargo pelo então papa Joseph Ratzinger. À pergunta de de Paolis se seguiu uma resposta: as vítimas não eram só os milhares de menores que sofreram com os apetites sexuais das batinas hipócritas, mas também o próprio Vaticano. As vítimas não eram unicamente os menores ou adultos abusados e violentados pelo padre Marcial Maciel, o fundador dessa indústria dos atentados sexuais que foi, durante seu mandato, o grupo dos Legionários de Cristo. A vítima era a Santa Sé, que foi “enganada”.
João Paulo II, o papa que, entre outros horrores, promoveu e encobriu pedófilos e violadores da Igreja, recebeu, ao mesmo tempo em que João XXIII, a canonização. Para além do espetáculo obsceno montado para esta ocasião, dos milhares de fieis na Praça de São Pedro, dos três satélites suplementares para transmitir o ato, para além da fé de muita gente, a canonização do papa polonês é uma aberração e um ultraje para qualquer cristão do planeta. 
Declarar santo a Karol Wojtyla é se esquecer do escandaloso catálogo de pecados terrestres que pesam sobre este papa: amparo dos pedófilos, pactos e acordos com ditaduras assassinas, corrupção, suicídios jamais esclarecidos, associações com a máfia, montagem de um sistema bancário paralelo para financiar as obsessões políticas de João Paulo II – a luta contra o comunismo -, perseguição implacável das correntes progressistas da Igreja, em especial a da América Latina, ou seja, a frondosa e renovadora Teologia da Libertação.
O “vítimas, que vítimas?” pronunciado em Roma pelo cardeal Velasio de Paolis encobre toda a impunidade e a continuidade ainda arraigada no seio da Igreja. Jurista e especialista em Direito Canônico, De Paolis fazia parte da Congregação para a Doutrina da Fé na época em que – anos 80 – se acumulavam as denúncias contra Marcial Maciel. 
No entanto, foi ele quem firmou a segunda absolvição do sacerdote mexicano. O ex-padre mexicano Alberto Athié contou à Carta Maior como Maciel sabia distribuir dinheiro e favores para comprar o silêncio das hierarquias. Athié renunciou em 2000 ao sacerdócio e se dedicou à investigação e denúncia dos abusos sexuais cometidos por clérigos e organizações.
O destino de Maciel foi selado por Bento XVI a partir de 2005. Em 2004, antes da morte de Karol Wojtyla, Maciel foi honrado no Vaticano. Neste mesmo ano, Ratzinger reabriu as investigações contra os Legionários. O dossiê Maciel havia sido bloqueado em 1999 por João Paulo II e mantido invisível por outra das figuras mais soturnas da cúria romana, Angelo Sodano, o ex-secretário de Estado de Giovanni Paolo. Sodano é uma pérola digna de figurar em um curso de manobras sujas. Decano do Colégio de Cardeais, ele tinha negócios com os Legionários de Cristo. Um sobrinho dele foi um dos assessores nomeados por Maciel para construir a universidade que os legionários de Cristo têm em Roma, a Universidade Pontífica Regina Apostolorum.
Sodano, que foi o número dois de Juan Paulo II durante quase 15 anos, tinha um inimigo interno, Joseph Ratzinger, um clube de simpatias exteriores cujos dois membros mais eminentes eram o ditador Augusto Pinochet e o violador Marcial Maciel. Sodano e Ratzinger travaram uma batalha sem tréguas: o primeiro para proteger os pedófilos, o segundo para condená-los. Em 2004, Ratzinger obrigou Maciel a se demitir e a se retirar da vida pública. Dois anos depois, já como Bento XVI, o papa o suspendeu “a divinis”. As investigações reabertas por Ratzinger demonstraram que Maciel era um pederasta, tinha duas mulheres, três filhos, várias identidades diferentes e manejava fundos milionários.
As denúncias prévias nunca haviam passado o paredão levantado por Sodano e o hoje Santo João Paulo. A carreira de Sodano é uma síntese do Papado de Karol Wojtyla, onde se mesclam os interesses políticos, as visões ideológicas ultraconservadoras, a corrupção e as manipulações. Angelo Sodano foi Núncio no Chile durante a ditadura de Pinochet. Manteve uma relação amistosa com o ditador e isso permitiu que organizasse a visita que João Paulo II fez ao Chile em 1987. Seu irmão Alessandro foi condenado por corrupção após a operação Mãos Limpas. Seu sobrinho Andrea teve a mesma sorte nos Estados Unidos. O FBI descobriu que Andrea e um sócio se dedicavam a comprar – mediante informação privilegiada – por um punhado de dólares as propriedades imobiliárias das dioceses dos Estados Unidos que estavam em bancarrota devido aos escândalos de pedofilia.
Mas o mundo sucumbiu ao grito de “santo súbito” que reclamava a canonização de um homem que presidiu os destinos da Igreja em seu momento mais infame e corrupto. O papa “viajante”, o papa “amável”, o papa “dos jovens”, era um impostor ortodoxo que deixou desprotegidas as vítimas dos abusos sexuais e os próprios pastores da Igreja quando estes estiveram com suas vidas ameaçadas.
Sua visão e suas necessidades estratégicas sempre se opuseram às humanas. Na trama desta história também há muito sangue, e não só de banqueiros mafiosos como Roberto Calvi ou Michele Sindona, com quem João Paulo II se associou para alimentar com fundos secretos os cofres do IOR (Banco do Vaticano), fundos que serviram para financiar a luta contra o comunismo no leste europeu e contra a Teologia da Libertação na América Latina.
João Paulo II deixou desprotegidos os padres que encarnavam, na América Latina, a opção pelos pobres frente às ditaduras criminosas e seus aliados das burguesias nacionais. Em 2011, cinquenta destacados teólogos da Alemanha assinaram uma carta contra a beatificação de João Paulo II por não ter apoiado o arcebispo salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado em 24 de março de 1980 por um comando paramilitar da extrema-direita salvadorenha, enquanto celebrava uma missa. Romero sim que é e será um santo. 
O arcebispo enfrentou os militares para pedir-lhes que não assassinassem seu povo, percorreu bairros, zonas castigadas pela repressão e pela violência, defendeu os direitos humanos e os pobres. Em resumo, não esperou que Bergoglio chegasse a Roma para falar de “uma Igreja pobre para os pobres”. Não. Ele a encarnou em sua figura e pagou com sua vida, como tantos outros padres aos quais o Vaticano taxava de marxistas ou comunistas só porque se envolviam em causas sociais.
João Paulo II é um santo impostor que traiu a América Latina e aqueles que, a partir de uma igreja modesta, ousaram dizer não aos assassinos de seus povos. Se, no leste europeu, João Paulo II contribuiu para a queda do bloco comunista, na América Latina favoreceu a queda da democracia e a permanência nefasta de ditaduras e sua ideologia apocalíptica. Um detalhe atroz se soma à já incontável dívida que o Vaticano tem com a justiça e a verdade: o expediente de beatificação de Óscar Romero segue bloqueado nos meandros políticos da Santa Sé. João Paulo II beatificou Josemaría Escrivá, o polêmico fundador da Opus Dei e um de seus protegidos. Mas deixou Romero de fora, inclusive quando estava com sua vida ameaçada. “Cada vez mais sou um pastor de um país de cadáveres”, costumava dizer Romero.
João Paulo II foi eleito em 1978. No ano seguinte, Monsenhor Romero entregou a ele um informe sobre a espantosa violação dos Direitos Humanos em El Salvador. O papa ignorou o informe e recomendou a Romero que trabalhasse “mais estreitamente com o governo”. Como lembrou à Carta Maior Giacomo Galeazzi, vaticanista de La Stampa e autor de uma magistral investigação, “Wojtyla Secreto”, em “seus 25 anos de pontificado nenhum bispo latinoamericanao ligado à ação social ou à Teologia da Libertação foi nomeado cardeal por João Paulo II”. A resposta está em uma frase de outro dos mais dignos representantes da “Igreja dos Pobres”, o falecido arcebispo brasileiro Hélder Câmara. “Quando alimentei os pobres me chamaram de santo; mas quando perguntei por que há gente pobre me chamaram de comunista”.
O show universal da canonização já foi lançado. A imprensa branca da Europa tem a memória muito curta e sua cultura do outro é estreita como um corredor de hospital. Todos celebram o grande papa. Ela promoveu à categoria de santo um homem que tem as mãos sujas, que cometeu a infâmia de encobrir violadores de crianças, de beijar ditadores e legitimar com isso o rastro de mortos que deixavam pelo caminho, de negociar benefícios para a máfia, que sacrificou em nome dos interesses de uma parte da Europa a misericórdia e a justiça de outros, entre eles os da América Latina. Estão canonizando um trapaceiro. O cúmulo da esperteza, do erro imemorial.
Em que altar se ajoelharão as vítimas dos abusadores sexuais e das ditaduras? Podemos levantar todos juntos um lugar aprazível e justo na memória com as imagens do padre Múgica ou do Monsenhor Romero para nos reencontrarmos com a beatitude o sentido de quem, por um ideal de justiça e igualdade, enfrentou a morte sem pensar nunca em si mesmo, ou em baixas vantagens humanas.
____________________________________________________

Conflitos no campo recuam. Crescem despejos na Amazônia e violência contra índios

 Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília - O número de conflitos no campo brasileiro recuou no último período, conforme atesta o relatório Conflitos no Campo Brasil 2013, divulgado nesta segunda (28), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Brasília. Foram 1.266 em 2013, contra 1.364 no ano anterior. Os crimes de pistolagem contra a pessoa, também diminuíram: os assassinatos caíram de 36 para 34, as tentativas de homicídio, de 77 para 15, e o número de ameaçados de morte, de 241 para 195.
Para o presidente da CPT, Dom Enemésio Lazzaris, a queda se deve à forte vigilância social, materializada no acompanhamento e denúncia sistemática dos crimes, tanto por agentes das pastorais ligadas à comissão como de outras organizações diversas da sociedade civil. “Quanto mais olhos abertos, menos situações de conflitos nós teremos”, afirmou.
O bispo avalia que preocupa, sobretudo, o aumento exponencial do número de expulsões e despejos na Amazônia Legal, a grande fronteira em disputa pelo capital e principal palco dos projetos desenvolvimentistas do governo. As expulsões praticadas por particulares, em especial grandes latifundiários e seus agentes, cresceram 11%, deixando 525 famílias sem ter onde viver. Em 2012, haviam sido 472.
Os despejos judicias provocaram efeitos ainda mais devastadores: explodiram em 76% e geraram 3.167 novos sem-terra em 2013, contra 1.795 no ano anterior. Acre, Tocantins e Amapá, que não registraram nenhum despejo judicial em 2012, identificaram, respectivamente, 676, 625 e 118 em 2013. No Pará, o número saltou de 193 para 710, um aumento de 274%.
“O modelo de desenvolvimento aplicado não preserva o direito das famílias que vivem nas áreas que abrigam os grandes projetos”, afirmou o secretário da Coordenação Nacional da CPT, Antônio Canuto, lembrando que 45 conflitos ocorreram em áreas com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
A Amazônia concentra também a maioria dos demais crimes computados: 20 dos 34 assassinatos ocorreram na região, assim como é lá que residem 174 das 241 pessoas ameaçadas, 63 das 143 presas e 129 das 243 agredidas. O número de famílias com casas destruídas aumentou 126%, passando de 503 para 1.186. No Acre, o número de casas destruídas mais do que dobrou, registrando um aumento de 1.038%. Foram 26, em 2012, e 296, em 2013.
Mudança no perfil das vítimas
A geopolítica do desenvolvimentismo, com a forte pressão do capital para ter acesso a novas áreas agrícolas e de mineração, é o que ajuda a explicar a mudança no perfil das vítimas dos conflitos, registrada pelo documento. Se antes eles eram tradicionalmente camponeses e homens, hoje surpreende o número de índios, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas, em grande parte mulheres.
Dos 1.226 conflitos registrados no país, 205 estão relacionados aos povos indígenas: 154 referem-se a conflitos por terra ou retomada de territórios e 11 a conflitos pela água. Das 829 vítimas de violências, 238 são indígenas. Dos 34 assassinados, 15 eram índios, assim como o são 10 das 15 vítimas de tentativa de homicídio.
Para o coordenador do Centro Indigenista Missionário (CIMI), Cleber Bruzatto, os dados da CPT reafirmam e comprovam a dura realidade vivida pelos indígenas brasileiros, sob forte ataque dos setores ligados ao latifúndio e ao agronegócio, incluindo os agentes políticos que os representam. “Há um ataque ao direito constitucional dos povos aos seus territórios tradicionais, que limitam o avanço do capital”, afirmou.
O número de mulheres envolvidas nos conflitos também aumentou. Em 2013, três foram assassinadas, um sofreu tentativa de homicídio e 40 foram ameaçadas.
Entre essas últimas, está Raimunda Pereira dos Santos, posseira da Gleba Tauá, em Barra do Ouro, no Tocantins, que despontou como liderança da comunidade contra os grandes fazendeiros que tentam se apropriar da área em que ela vive há décadas.
Guerra pela água
O relatório da CPT registra, pela primeira vez desde 2012, o aumento do número de conflitos pela água. Foram 79 ocorrências em 2012, contra 104 em 2013, um aumento de 32%, que resultou, inclusive, na morte de dois ribeirinhos. Um deles foi o pescador o pescador Clayton Luiz dos anjos Medeiros, 41 anos, executado com quatro tiros na cabeça, no Rio de Janeiro. A família acredita que o crime está relacionado às disputados por pontos de pesca na Baía de Guanabara.
O outro foi José Ribeiro dos Santos, 74 anos, que morreu eletrocutado em um manguezal de Maragogipe, na Bahia. O empresário conhecido como João Amazonas, o “Coscoba”, havia mandado instalar uma cerca elétrica na área, reconhecida como remanescente de quilombo pela Fundação Palmares, da qual tentava se apropriar.
Apesar dos dois casos extremos apontarem situações diversas, o relatório sustenta que o maior número de conflitos pela água está relacionado com a construção de hidrelétricas (43 ocorrências) e com a exploração da mineração (28). A maioria deles ocorre no nordeste (43,26%), seguido pelo norte (25%) e sudeste (18,26%).
Impunidade para os grandes
De 1985 a 2013, a CPT computou 1.678 pessoas assassinadas em 1.268 conflitos. Mas a mesma Justiça que despeja milhares de brasileiros, só levou 106 a julgamento. Do total, 26 mandates e 85 executores foram condenados e 14 mandantes e 58 executores, absolvidos. Nenhum mandante está preso. “A impunidade é o que alimenta constantemente a violência no campo”, acrescentou Canuto.
______________________________________________________________________

A BOBAGEM DO DIA

"Declaração de Lula é grave e merece repúdio"

 presidente do STF Joaquim Barbosa, em nota, criticando uma entrevista do ex presidente Lula á Imprensa.
____________________________

USTRA SOUBE ANTES DA MORTE DE MALHÃES



Do infatigável Stantley Burburinho:​

Rio – Entre as primeiras pessoas que souberam da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães na sexta-feira está o também coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo (1970-1974). O DIA descobriu no Twitter do site de Ustra “A Verdade Sufocada” uma postagem sobre o assassinato de Malhães às 13h08 — 31 minutos antes da primeira notícia em página de empresa jornalística, às 13h39. O site “A Verdade Sufocada” tem o mesmo nome do livro escrito por Ustra, com sua versão sobre a repressão.


No site de Ustra, a informação sobre a morte do coronel Malhães foi divulgada às 13h08 da sexta-feira Foto: Reprodução Internet

A postagem no Twitter traz um link para a matéria no site do militar. A notícia diz que Malhães foi morto com quatro tiros. Há também uma referência ao assassinato do coronel Júlio Molinas Dias em 2012, e que ele guardava em casa documentos do caso Rubens Paiva.
A polícia informou na sexta-feira que o corpo de Malhães tinha sinais de asfixia. A viúva, Cristina, contou que os bandidos cortaram o telefone da casa. O coronel Ustra mora em Brasília.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, considerou a informação importante para as investigações. “Esse levantamento vai ser importante. Acredito que vão ter que ouvir pessoas em função disso. É uma informação relevante”, afirmou Dallari, que ressaltou que todas as hipóteses devem ser investigadas.
O assessor da Comissão da Verdade de São Paulo Ivan Seixas disse que o site é uma referência entre os militares. “É a mais importante referência dos torturadores. É altamente suspeito ter essa notícia antes mesmo da própria imprensa. Isso chama a atenção e acho que devíamos exigir que a PF entre no caso”, observou Seixas.
Durante entrevista ao DIA em março deste ano, Malhães contou que ele e Ustra tinham trabalhado juntos em algumas operações. Ustra também prestou depoimento à Comissão da Verdade, em maio de 2013. Na ocasião, negou sua participação em torturas e assassinatos.
Procurado para falar sobre o caso do coronel Paulo Malhães, Brilhante Ustra não retornou até o fechamento da edição.
MPF apreende documentos e computadores
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e a Polícia Federal cumpriram ontem mandado de busca e apreensão na casa do coronel reformado Paulo Malhães, em Marapicu, em Nova Iguaçu.
Durante as buscas foram apreendidas três computadores, mídias digitais, agendas e documentos do período da ditadura, inclusive relatórios de missões das quais Malhães participou.
O mandado, feito no sábado por procuradores da República do grupo de trabalho Justiça de Transição, foi concedido pelo juiz federal Anderson Santos da Silva. Segundo o MPF, o objetivo era apreender documentos e possíveis provas que possam contribuir para a elucidação de crimes cometidos por servidores públicos durante a ditadura militar.
Paulo Malhães foi agente do Centro de Informações do Exército na década de 1970. Os procuradores já investigavam o militar devido aos relatos em que confessou ter torturado e assassinado presos políticos.
Em dezembro de 2013 e março de 2014, o MPF tentou, inclusive, intimá-lo a depôr, mas o militar recusou-se a receber a intimação. A recusa foi antes de ele ser ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Em março, antes do depoimento à CNV, Malhães admitiu ao DIA que participara de torturas e mortes durante a ditadura e que integrara uma missão em 1973 para desenterrar e ocultar a ossada do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido dois anos antes.
______________________________________________________

“Delsão” será julgado nesta terça


A cara feia do "Ogro" Negócio


A partir das 8 horas da manhã desta terça-feira, 29, será aberto o júri popular do fazendeiro Décio José Barroso Nunes, conhecido como Delsão (foto acima), acusado de ser mandante da morte do sindicalista José Dutra da Costa, o ‘Dezinho’, no plenário térreo do Fórum Criminal da Capital, sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa.
O caso, que já foi analisado pela OEA, será acompanhado por organizações nacionais de direitos humanos e pela Coordenação do Programa Nacional de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos da Presidência da República.
O advogado Nildo León, que atua como assistente de acusação em conjunto com o promotor de justiça Fraklin Lobato, requereu o adiamento da sessão para ter mais tempo para estudar o processo. O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, que preside o processo, indeferiu o adiamento considerando que o mesmo promotor já atuou no júri anterior de outros dois envolvidos no mesmo crime. Na defesa do fazendeiro atua o advogado Roberto Lauria.
O sindicalista foi assassinado em 21 de novembro de 2000, na cidade de Rondon do Pará, sudeste do Estado, a 500 quilômetros de Belém. Na época, ele presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará. Cerca de 10 pessoas, entre testemunhas da acusação e da defesa, devem depor no julgamento.
Welligton de Jesus da Silva, preso logo após o crime, foi o primeiro julgado e condenado. A pena aplicada ao executor foi 27 anos de reclusão em regime fechado. Em 24 de outubro de 3023, Domínio de Souza Neto e Lourival de Souza Costa também foram julgados e absolvidos pelo mesmo crime.
Consta da acusação que a motivação do crime ocorreu em razão da atuação do sindicalista em defesa de trabalhadores rurais. 
Dezinho era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará e denunciava a prática de trabalho escravo em fazendas da região, além de apoiar famílias de trabalhadores sem terra e a desapropriação de latifúndios improdutivos.
O fazendeiro Décio José Barros Nunes foi pronunciado para ser submetido a júri, apontado como mandante da execução do sindicalista, mas teve o processo desmembrado por ter recorrido da sentença de pronúncia para escapar.
O julgamento contará com a presença de observadores das organizações nacionais de Direitos Humanos Justiça Global e Terra de Direitos, além de representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Advogados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Sociedade Paraense de Direitos Humanos (SDDH) farão a assistência de acusação, nesse que é um dos julgamentos mais importantes na luta pela responsabilização de latifundiários que violam direitos humanos no Pará.
Na tarde desta segunda-feira (28), a viúva do sindicalista e coordenadora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRI-PA), Maria Joel Costa; O coordenador da Comissão Pastoral da Terra e assistente de acusação no caso, José Afonso Batista e; o presidente da SDDH e assistente de acusação no caso
Marco Apolo Santana Leão, além da coordenadora da Justiça Global, uma das ONGs que levou o caso à OEA, Sandra Carvalho, concederam coletiva à imprensa sobre o caso.
Dezinho (foto abaixo)foi morto por pistoleiros em 2000. Na época, ele presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará. Em dezembro de 2010, o governo brasileiro assinou um acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA) assumindo sua responsabilidade pela morte e se comprometendo a implantar diversas políticas públicas Relacionadas a luta pela reforma agrária.



O pistoleiro acusado de matar Dezinho, Welington de Jesus Silva, foi julgado e condenado a 27 anos de prisão, mas está foragido. Logo após o assassinato, Décio José foi preso, mas foi colocado em liberdade dias depois por decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça de Belém. O madeireiro possui serrarias e fornos de fabricação de carvão.
Após a morte, a viúva de Dezinho, Maria Joel Dias da Costa, Dona Joelma, assumiu a direção do sindicato no lugar do marido, apoiando a luta de famílias sem terra pela desapropriação dos latifúndios improdutivos em Rodon do Pará, e por isso, também passou a ser ameaçada. Há anos está inserida do Programa deProteção dos Defensores de Direitos Humano s e vive sob escolta policial. 
Dona Joelma tornou-se uma grande lutadora de direitos humanos e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. 
Desde 2005 ela integra o grupo de Defensores de Direitos Humanos da organização internacional Front Line e em 2012 esteve em Bruxelas na Bélgica para prestar um depoimento junta à Delegação da União Européia e Parlamento Europeu sobre a violência contra trabalhadores e defensores de direitos humanos no Pará.
_______________________________________________________

O vídeo mostra como Padilha depena Alckmin e jornalistas demotucanos em entrevista na TV.



O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT) participou do Programa ‘Roda Viva’, transmitido pela TV Cultura.
A TV Cultura é do governo do Estado de São Paulo, em mãos tucanas, e escalou um grupo de jornalistas para fazer perguntas contra Padilha, em vez de vez perguntar sobre temas do interesse do cidadão telespectador, como o bom jornalismo deve fazer.
Para piorar tentaram interromper as respostas de Padilha sempre que ele criticava o Alckmin na resposta.
Mas não deu certo. Padilha trucidou um por um de seus inquisidores, e ainda, sem perder em nenhum momento a elegância, mesmo sendo bastante firme diante de perguntas venenosas.
No twitter, que serve para ver um pouco como os telespectadores estavam reagindo, o que eu vi foi tuiteiros demotucanos irritados dizendo que iam desligar a TV ou mudar de canal. Sinal de que Padilha estava se saindo bem nas respostas e os jornalistas não conseguiam fazer ele cair nas cascas de bananas e armadilhas preparadas nas perguntas.
Os tuiteiros que já simpatizam com Padilha estavam e estão todos comemorando e achando que ele se saiu melhor do que a encomenda. Foi inteligente, simpático, firme, com um discurso afiado que enche de confiança de que vai vencer.
E vi tuiteiros neutros politicamente (nem tucanos, nem petistas), uns dizendo que ainda não tinham visto ele falando e gostaram dele, outros ficaram bem impressionados com o preparo de Padilha, outros com a firmeza, outros dizendo que ele vai dar trabalho para o Alckmin.
Em algumas semanas de campanha e nos debates acho que Padilha já garantirá seu lugar no segundo turno. Se brincar ele ultrapassa Alckmin ainda no primeiro turno.
___________________________________________

PADILHA TIRA RODA MORTA DO TRILHO

A estrutura organizacional do crime em São Paulo está nos presídios do Alckmin !

O futuro governador de São Paulo, Alexandre Padilha, enfrentou nesta segunda-feira o pelotão de fuzilamento do programa Roda Morta, da TV Cultura de São Paulo.
O objetivo do programa não era saber o que Padilha vai fazer no Governo – o que seria do interesse dos espectadores tucanos e não tucanos.
Mas, desconstrui-lo e tentar fazer com que os tucanos permaneçam mais 4 anos – já são vinte ! – na única donataria que lhes resta.
(Ao perder, em outubro, São Paulo, Minas e a Presidência, os tucanos de São Paulo perderão a serventia e a Big House procurará outra barriga de aluguel.)
A função do Roda Morta era implicar Padilha nas suspeitas que cercam o deputado André Vargas e o doleiro de tucanos, o Youssef.
(Mas, da Polícia Federal só partem em direção ao PiG informações que envolvam petistas. É a Polícia Federal do zé, que um dia vai derrubar a Dilma.)
E, aí, foi a sopa no mel, porque Padilha repetiu, didaticamente, com vigor, o que já tinha dito: “mentem, mentem e mentem”.
E anunciou mais: que pediu à Polícia Federal do zé acesso à íntegra do processo para tomar as medidas judiciais cabíveis.
(Há uma nova geração de petistas no horizonte: o Haddad não deixa o PiG sem resposta e o Tião Viana entrou na Justiça contra Secretária de Alckmin que o chamou de coiote. Clique aqui também para ler sobre os “gasparis e Alckmin”).
Padilha desafiou os portadores de metralhadora sub-automática, à sua volta: tomara que o PSDB “bata nessa tecla” na campanha.
Tomara !
Porque ele vai ganhar ainda mais fácil !
E na campanha pelo interior do Estado – há 20 anos adormecido, estagnado, basta olhar para a Roda Morta … -, o que Padilha vê é cidadãos e empresários cansados da falta de energia e dinamismo do Governo do Estado.
E vê mais: está todo mundo apavorado com a crescente falta de Segurança !
O PSDB se esgotou !, disse Padilha.
(Poderia dizer: como o Roda Morta !)
“A insegurança tomou conta do Estado”.
Ainda mais que a estrutura organizacional do crime em São Paulo – ele lembrou – está nos presídios de São Paulo !
(Se Padilha pendurar o PCC nas costas do Alckmin e seus tambores pigais … vai ser um estrago !)
Houve uma intervenção muito interessante de entrevistador provavelmente nordestino que incorporou elementos culturais da elite paulista:
“Mas, como, se no Piauí, governado por um petista, os homicídios cresceram !”
Sensacional !
A Dilma vai desmoralizar o Aécio na campanha por causa dos males da administração da Segurança Pública do tucano de Alagoas, do Pará …
Só no Roda Morta !
Padilha lembrou que, enquanto a Polícia Federal investiga o doleiro de tucanos, o Youssef, em São Paulo, o trensalão, onde fontes dos entrevistadores estão envolvidas até o talo, o trensalão é investigado no exterior !
Na Suíça e na Alemanha !
E depois no CADE e na PF, porque, em São Paulo, Covas, Cerra e Alckmin são inimputáveis !
O programa começa às 22 horas, hora de trabalhador dormir.
E depois dos dois primeiros blocos só a elite deveria assistir à frustrada fuzilaria.

Em tempo: os entrevistadores cumpriram obedientemente o papel de fazer as perguntas que seus patrões esperavam que fizessem. Sim, porque nenhum patrão gostaria de ver um empregado fazer perguntas que divergissem de sua linha editorial. Daí, a necessidade de um programa de debates contemplar entrevistadores de diferentes linhas editoriais – e patronais.

Em tempo2: o Roda Morta voltará ao trilho no Governo Padilha. Os tucanos, como se sabe, entre outras grandes obras em São Paulo, destruíram a TV Cultura. Porque dela não precisam. Têm a Globo. O âncora do Roda Viva deverá ser o Vicentinho, o único petista visível na fuzilaria de ontem ! Deveria ser treinamento …

Paulo Henrique Amorim
_______________________________________________

VIANA ENTRA NA JUSTIÇA CONTRA SECRETÁRIA DE ALCKMIN


“A elite paulista não entende a dimensão humana desse problema”, disse Viana

Governador do Acre, Tião Viana (PT-AC), como tinha prometido, entrou hoje na justiça do Acre como cidadão contra a secretária de Justiça do governador Alckmin, que o acusou de desempenhar o papel de coiote.
O governador cogita também entrar com uma ação em nome do governo do Estado do Acre.
Em telefonema, Tião Viana conta que conversou com o prefeito Fernando Haddad, que desqualificou a declaração de um secretário que protestava contra a chegada de haitianos a São Paulo.
Tião Viana contou a história de um haitiano no Acre, ainda subjugado pela exploração de um coiote, que não conseguiu dinheiro suficiente para mandar para a família no Haiti e um dos seus cinco filhos morreu de subnutrição.
“A elite paulista não entende a dimensão humana desse problema”, disse Tião Viana.
“Não há um único caso de violência de haitianos no Acre”, concluiu Viana.
_______________________________________________________

GLOBO DESABA FANTASTICAMENTE


Singela homenagem do Bessinha aos filhos do Roberto Marinho. 13% num ano. 30% em dez 
anos … Melhor subir a escadaria da Penha !

Saiu no “Outro Canal”, da Folha (outra que desaba …) , de Keila Jimenez:
“Globo perde público rápido e se aproxima da Record”
Só a Copa pode salvar a Globo, que perde audiência “vertiginosamente”, diz a Keila!
(Aqui pra nós, amigo navegante, se o destino dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – está nas mãos do Galvão, melhor subir a escadaria da Penha … E isso tudo sem mostrar o DARF).
(Clique aqui para ler “o PT deve uma Ley de Medios ao Brasil”.)
A Globo deve encerrar abril com média diária de 13 pontos.
Contra 13,6 de março.
A diferença entre ela e a Record nunca foi tão pequena.
A Record tem 6,6 e o SBT, 5,5.
“A líder não consegue estancar a fuga de Globope anual, perdendo cerca de 13% de audiência nos últimos doze meses”
13% em doze meses.
E 30% em dez anos !
Não fosse uma empresa para-estatal, que vive de BV, já tinha caído todo mundo: dos filhos do Roberto Marinho ao Gilberto Freire com “ï”.
A última do “i” foi o desastre retumbante do “relançamento” do Fantástico:
“Mudança na forma não melhora o Fantástico – recauchutado, o programa marcou 17,7 pontos de audiência, abaixo da média alcançada este ano”, diz Mauricio Stycer, na “Crítica – Televisão”, da mesma Folha.
Será que o Globope resolveu “acertar a margem de erro”, logo agora que o instituto alemão de pesquisa está para chegar ?
Qualquer dia desses um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vai culpar o Globope …

Paulo Henrique Amorim
____________________________________________

#Somos Todos Macacos Coisa Nenhuma


Apimentando a relação

por : Marcos Sacramento

A reação foi rápida. Horas depois de Daniel Alves reagir com maestria a uma provocação racista, Neymar postou no Instagram uma foto segurando uma banana com a hashtag “somostodosmacacos”. O protesto viralizou e ganhou a adesão de famosos: Luciano Huck e Angélica, Ivete Sangalo, Alexandre Pires e até Inri Cristo posaram com a banana.
Seria tudo lindo e altruísta não fossem duas coisas.
A primeira é que nós, negros e pardos, não somos e nem gostamos de ser chamados de macacos. Chamar uma pessoa de cor de macaco é um dos xingamentos mais comuns e cruéis. Coloca o negro em uma posição subalterna em relação ao branco, ao aludir a um animal que apesar de semelhante aos humanos está alguns andares abaixo na escala evolutiva. É pesado e cheio de subtextos, diferente de “tição”, por exemplo, que alude só ao tom da pele.
Admitir que “somos todos macacos” é uma defesa equivocada e perigosa. Equivocada porque nenhum racista questiona que os humanos são primatas. Perigosa porque traz o significado implícito de que somos todos iguais, mas para combater o racismo de frente é melhor destacar as diferenças.
O outro problema é que o movimento “Somos todos macacos” não foi tão espontâneo. A sacada de Neymar na verdade já estava planejada por uma agência de publicidade. Até aí tudo bem, porque as ofensas são tão corriqueiras que não surpreende deixar uma resposta pronta.
Só que hoje a grife do Luciano Huck lançou a camisa referente à campanha. Com uma estampa fazendo referência à manjada banana de Andy Warhol, está sendo vendida a 69 reais. A imagem promocional mostra um casal de modelos brancos.
Daniel Alves protestou com espontaneidade e irreverência. Seu ato já pode ser considerado um marco na luta contra o racismo no futebol. Mas não significa que devemos dar de ombros para o racismo e achar que a melhor saída é ignorar a ofensa. Ele fez o melhor que possível naquele momento, em pleno campo e antes de cobrar um escanteio.
Foi notícia no mundo inteiro e o problema do racismo voltou para a agenda de discussão sem a necessidade de hashtags artificiais e famosos forçando semblante indignado no Instagram.
Aí vem a tal campanha e na cola dela uma camisetinha bem oportunista, sem buscar questionamentos mais elaborados sobre a questão racial. Tudo bem superficial, na velocidade das redes sociais, sem se prender a questões mais profundas como defender cotas raciais ou questionar porque morrem mais negros do que brancos por causas violentas.
Talvez porque, como eles dizem, “somos todos macacos”, ou seja, iguais, e racismo é uma coisa de idiotas que estão lá do outro lado do mundo.
__________________________________________

BARBOSA REJEITA CRÍTICA DE LULA AO MENSALÃO


Quem desmoralizou o STF foi o próprio STF

por : Paulo Nogueira

Você pode discordar da porcentagem utilizada por Lula para definir o que foi o julgamento do Mensalão.
Lula falou em 80% de critérios políticos e 20% de critérios jurídicos.
O que não dá, a não ser que você seja um fanático antipetista, um caçador de petralhas, é discordar de que os juízes se pautaram muito mais pela política do que pela justiça em si.
O julgamento foi político do início ao fim. Você começa pelo empenho em juntar quarenta réus com um único propósito. Fornecer à mídia – visceralmente envolvida na politização do julgamento – a oportunidade de usar a expressão “Ali Babá e os quarenta ladrões”.
Outras coisas foram igualmente absurdas. Por que, em situações juridicamente semelhantes, Eduardo Azeredo do PSDB percorreu o caminho jurídico normal e os réus do Mensalão foram direto ao Supremo, sem chance, portanto, de outras instâncias?
E depois, como classificar a Teoria do Domínio do Fato, que dispensou provas para condenar?
E a dosimetria, pela qual, numa matemática jurídica abstrusa, condenados tiveram penas maiores do que o assassino serial da Noruega?
Num gesto cínico bizarro, o ministro Marco Aurélio de Mello disse que o STF é “apartidário” para rebater as afirmações de Lula.
Quem acredita nisso acredita em tudo, como disse Wellington. Um simples olhar para Gilmar Mendes – que até a jornalista Eliane Cantanhede num perfil classificou como tucano demais.
O STF se desmoralizou não porque Lula falou nos 80%, mas pelo comportamento de seus juízes.
Ou eles estavam zelando por sua honra e prestígio ao posar festivos ao lado de jornalistas “apartidários” como Merval Pereira e Reinaldo Azevedo, como se entre mídia e justiça não houvesse um problema de conflito de interesses?
E quando emergiram as condições em que Fux conquistou seu lugar no STF com o famoso “mato no peito” depois de uma louca cavalgada na qual se ajoelhou perante Dirceu?
A completa falta de neutralidade do STF se estenderia para além do julgamento. Como classificar a perseguição de Joaquim Barbosa a Dirceu e a Genoino?
E a tentativa de negar o direito aos chamados recursos infringentes fingindo que a Constiuição não previa isso? Apartidarismo?
Um argumento falacioso que se usa a favor do STF é o seguinte: mas foi o PT quem tinha indicado a maioria dos juízes.
Ora, então indicou mal, a começar por Barbosa, nomeado por Lula. Eles foram antipetistas estridentes a despeito de terem sido nomeados pelo PT.
Seria horrível se agissem como petistas, é claro. Mas foi igualmente horrível terem se comportado como antipetistas.
O que a sociedade queria, ali, era uma coisa chamada neutralidade, uma palavra muito usada hoje por conta do Marco Civil da internet.
Outro argumento desonesto é o que estica os dedos acusatórios para Lewandowski. Ora, Lewandowski não emplacou uma. Foi voto vencido sempre que se contrapôs à manada.
Entre os juízes da primeira leva, foi o único que se salvou, e isto provavelmente vai ficar claro quando a posteridade estudar o Mensalão.
Se pareceu petista foi porque o ar estava viciadamente antipetista. Era como no passado da ditadura: num ambiente tão anticomunista, todo mundo era comunista.
O STF é hoje um arremedo de corte suprema, mas por culpa sua, e apenas sua.
O Mensalão deixou claro, ao jogar luzes sobre o STF, que uma reforma na Justiça é urgente para que o Brasil possa avançar.
____________________________________________________

Como a Copa do Brasil deve virar a Copa da Banana. Tchau, Fuleco



Por: Fernando Brito

As grandes ideias são assim.
Ficam dias, meses, anos brotando, despercebidas dentro da cabeça e, uma hora, saem parecendo – e sendo – um improviso.
O lateral Daniel Alves comer a banana ofensiva que lhe atiraram foi uma destas, genial porque não premeditada.
E deu margem a transformar em fato o que muita gente não percebe.
Que a Copa no Brasil é a oportunidade de nosso país servir de símbolo para algo muito além de ser o “país do futebol”.
Para ser o país da miscigenação, para cá e para o mundo.
Daniel Alves percebeu isso melhor do que ninguém, na hora e depois.
Reclamou da punição ao torcedor que arremessou a banana, que foi desligado do quadro social do clube Villarreal.
Nada disso, disse ele.
Disse que achava melhor publicarem a voto e fazê-lo passar a vergonha diária por seu ato.
“Pudesse pegaria a foto e colocaria publica só para envergonhar, banir não é solução. Estaria pagando mal com mal, tem de educar as pessoas e não tentar banir ele do futebol”.
Alves mostrou-se mais consciente que grande parte da pseudamente letrada elite brasileira, que continua achando que os estrangeiros nos são superiores.
““11 anos sofrendo a mesma coisa, primeira vez que jogaram a banana. Sem dúvida nenhuma, eles vendem (a Espanha) como país de primeiro mundo e bastante evoluído, mas evoluídos em um certo tipo de coisa, em outros estão atrasado. Preconceito ou é com estrangeiro ou com cor. Aconteceu com outros companheiros que pensaram em abandonar jogo. Preocupação deles é mais com quem vem de fora do que com uma cor. Acho que não deveria acontecer, até porque o brilho, algo que amam tanto, o futebol quem dá a maioria das vezes são estrangeiros. Deveriam estar agradecidos de nos ter aqui”
Se o Brasil quiser fazer algo de bom, é aposentar o tal Fuleco e trocar o mascote da Copa por um macaco devidamente embananado.
Afinal, para desespero da elite branca fundamentalista, que crê ter sido gerada num laboratório celestial superior e nega até mesmo a evolução de Darwin, #somostodosmacacos.
Já usaram o “marketing” para tanta porcaria, porque não usar para uma coisa boa, a ridicularização do que é ridículo: a discriminação de seres humanos?
Quem sabe a Presidenta Dilma, que enxergou com muita sabedoria o significado do gesto de Alves e disse que o Brasil “levanta a bandeira do combate à discriminação racial” mande esta turma de marqueteiros meia-boca agarrarem este episódio e transformar esta Copa, de fato, na Copa das Copas, fazendo o que o negro Jesse Owen fez nas Olimpíadas de 1936, vencendo prova após prova diante de um Hitler furibundo?
Quem sabe a gente faça um Castro Alves tropicalérrimo?
Porque se achamos que a Copa é um momento de fraternidade , de igualdade, de encontro entre os povos do mundo, o que de melhor ela pode deixar como legado do que ajudar a abolir a praga do racismo, que faz mais de cem anos que a gente vem tentando eliminar?
____________________________________________________

MÍDIA TEM, MAS ESCONDE NOTÍCIA FAVORÁVEL A PADILHA


Ao entrevistar o empresário Leonardo Meirelles, um dos sócios do Labogen, o jornal Estado de 
S. Paulo obteve uma revelação crucial: ao contrário do que disse o deputado André Vargas 
(sem partido-PR) num torpedo, o executivo Marcus Cezar Moura não foi indicado para o cargo 
pelo ex-ministro Alexandre Padilha (acima), mas sim pelo empresário Pedro Paulo Leoni Ramos 
(abaixo), outro sócio do laboratório; no entanto, entre escolher este ângulo, favorável ao pré-
candidato do PT em São Paulo, e outro que, embora frágil, poderia prejudicá-lo, qual foi a 
escolha dos Mesquita? A de que Marcus Moura foi contratado para ser a ponte com a saúde, o 
que, na prática, não significa nada demais

247 - O jornal Estado de S. Paulo, da família Mesquita, publica, nesta terça-feira, uma informação crucial e que, em tese, poderia retirar o ex-ministro Alexandre Padilha da fogueira em que foi atirado desde que a Polícia Federal vazou um trecho da Operação Lava Jato, em que o deputado André Vargas (sem partido-PR) dispara um torpedo para o doleiro Alberto Youssef, dizendo "foi o Padilha quem indicou", referindo-se ao executivo Marcus Cezar Moura, contratado pelo Labogen.
Esta frase aproximou o ex-ministro e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo do escândalo do laboratório Labogen, acusado pela Polícia Federal de lavar US$ 113 milhões e de tentar entrar, sem dispor de qualificações, no Ministério da Saúde. Por isso mesmo, na última sexta-feira, Padilha concedeu entrevista coletiva para negar que tivesse indicado Moura para o cargo, prometendo ainda interpelar judicialmente o deputado André Vargas.
Pois bem: nesta terça, o Estado publica uma reportagem sobre o caso depois de ouvir Leonardo Meirelles, um dos sócios do laboratório. Eis um trecho:
"O sócio do negócio controlado por Youssef diz que o ex-assessor de Padilha não chegou por indicação do ex-ministro, mas sim de outro personagem do escândalo da Lava Jato. Segundo o sócio da Labogen, a indicação de Moura foi feita pelo fundo GPI Participações, controlado por Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Fernando Collor (1990-1992). Pedro Paulo, conhecido como PP, é suspeito de integrar o esquema de Youssef. "Ele (Moura) veio através desse fundo de investimentos. Não tive nenhuma influência (na contratação) e nenhum contato com o ex-ministro (Padilha)."
Qual poderia ser, portanto, a manchete do jornal desta terça-feira do jornal Estado de S. Paulo? "Sócio do Labogen nega que Padilha tenha indicado diretor". No entanto, qual foi a escolha editorial da casa chefiada pela família Mesquita? "Ex-assessor de Padilha era canal com Saúde, diz Labogen".
O que justifica essa decisão? O fato de Leonardo Meirelles ter dito que Marcus Cezar Moura foi contratado para fazer "contatos institucionais" com o Ministério da Saúde. Ora, se ele foi contratado como diretor de relações institucionais, exatamente por conhecer a estrutura do órgão, o que se esperava que ele fizesse? Ressalte-se que, qualquer grande empresa, seja na saúde ou em outras áreas, possui diretores de relações institucionais, que muitas vezes são chamados de lobistas, justamente para lidar com os poderes constituídos, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário.
Portanto, entre uma notícia relevante, que era favorável a Padilha, e uma irrelevante, que contribui para a cortina de fumaça em torno do caso, o jornal da família Mesquita optou pela segunda alternativa. Assim como também fizeram outros veículos de comunicação, como Folha, Uol e Globo.
Roda Viva
Ontem, o ex-ministro Padilha foi ao programa Roda Viva, onde teve a oportunidade de falar sobre o caso. “A única citação que é feita a mim (no relatório da PF) é por conversa de terceiros, alheios ao Ministério da Saúde. Fiz questão, inclusive, de interpelar formalmente a própria Polícia Federal para ter acesso ao relatório completo. E também meu advogado já foi para o Paraná hoje e amanhã chega a Brasília fazendo uma interpelação direta ao deputado André Vargas, porque naqueles trechos divulgados pela imprensa ele faz uma citação que não é verdadeira. Mente quem disse que indiquei o Marcus Cezar”, disse.
Segundo ele, Vargas o procurou pessoalmente no fim do ano passado, propondo uma parceria entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde: “Sou ministro da Saúde e recebo o vice-presidente da Câmara, inclusive eleito para esse cargo por outros partidos, entre eles os da oposição. E esse é o papel do ministro. Se existisse alguma irregularidade (na parceria), filtros que eu criei impediriam que isso pudesse acontecer”.
_________________________________________________

Quem poderá devolver meu mandato presidencial?, questiona Collor



Jornal GGN - Fernando Collor de Mello (PTB-AL) discursou no Plenário do Senado, hoje (27), comemorando a absolvição pelo Supremo Tribunal Federal de todas as acusações contra ele imputadas. A decisão da Suprema Corte, para ele, não só alivia as angústias que sofria há 23 anos, como também permite reescrever a história do país.
Afastado da Presidência da República em 1992, Collor disse ter vivido “em toda a sua extensão a tortura, a angústia e o sofrimento de quem é agredido meses a fio". Agora, com a decisão unânime na última quinta-feira (24), afirma: “estou absolvido de todas, absolutamente todas as acusações; estou inocentado de todas as delações”.
Para o senador, enquanto comandava a presidência, foi um dos períodos mais importantes da história da República, quando ele “consolidou o processo de redemocratização política por meio da primeira eleição direta para presidente da República, após 25 anos de governo sob um estado de exceção", além de ter implantado medidas macroeconômicos e estruturantes da administração, como a abertura comercial e quebra de monopólios.


____________________________________________________

MIRUNA: NÃO DEIXEM MENTIR SOBRE MEU PAI !



O Blog republica texto de Miruna Genoino: ​

AMIGOS, NOS AJUDEM, EU IMPLORO. Estão veiculando mentiras de que saiu um laudo que afirma que meu pai pode voltar ao presídio. É MENTIRA! Ele precisa de cuidados médicos!!!!! Por favor leiam e divulguem, eu imploro, estou desesperada!
http://familiagenoino.blogspot.com.br/2014/04/por-favor-amigos-me-ajudem-divulgar.html
OBRIGADA!

POR FAVOR AMIGOS, ME AJUDEM A DIVULGAR A VERDADE SOBRE A SAÚDE DE MEU PAI!

Por Miruna Genoino

É VERDADE QUE ELE NÃO ESTÁ EM ESTADO GRAVE?

É verdade, mas ele está assim, estável, porque está cumprindo sua injusta pena em um DOMICÍLIO, sob os cuidados de sua família, o que é FUNDAMENTAL já que, lembremos do artigo que saiu no Jornal GGN (http://www.jornalggn.com.br/noticia/a-cardiopatia-de-genoino-e-as-doencas-especificadas-em-lei),
“Um dos fatores de risco predominantes, tanto na gênese inicial como na recidiva da dissecção de aorta é a hipertensão arterial. Todos sabemos, até os leigos, que situações de ansiedade e estresse podem levar a crises hipertensivas. Onde o periciado tem mais chances de ser submetido a situações estressantes: Em seu domicílio, rodeado de seus entes queridos, que velam por ele, com alimentação adequada e sossego ou em um ambiente prisional brasileiro?”
É VERDADE QUE ELE TEVE “APENAS” UM PROBLEMA NA AORTA E QUE O MESMO JÁ FOI CORRIGIDO COM A CIRURGIA E POR ISSO ELE NÃO PRECISA MAIS SE PREOCUPAR COM ISSO?NÃO. Não foi “apenas” um problema na aorta, foi um problema muito, muito grave, que poucos sobrevivem para contar. Lembremos que
“Em respeito ao Deputado, não vamos ficar expondo estatísticas do mau prognóstico da doença. Basta replicar aqui a parte conclusiva de um trabalho da equipe de cirurgiões torácicos do Hospital Universitário da Universidade de Coimbra-Portugal. Eles atenderam 78 casos de dissecção em dez anos e concluem assim (Atenção! Na primeira frase temos sintaxe Camoniana!):
“A cirurgia é raramente, se é que alguma vez, curativa; por isso, o controlo a longo prazo (provavelmente para toda a vida) é essencial e inclui o controlo apertado da hipertensão arterial e a vigilância dos segmentos aórticos não excisados e, em especial, do falso lúmen patente distal, numa tentativa de evitar a rotura e minimizar as consequências da formação de falsos aneurismas”
“Como factores de risco predominantes observaram-se a hipertensão arterial, a doença do tecido conjuntivo, o tabagismo e a insuficiência renal crónica”
Dissecção Aguda da Aorta – DAVID PRIETO, MANUEL J. ANTUNES
SE A CIRURGIA FOI BEM SUCEDIDA, ENTÃO NÃO HÁ NADA MAIS A CUIDAR?
NÃO!!!! Meu pai teve um episódio de isquemia cerebral que o levou a começar um tratamento com anticoagulantes que ainda NÃO CONSEGUIRAM SE AJUSTAR CORRETAMENTE! Atualmente seu índice de coagulação ainda não está entre o nível 2 e 3 que é o que ele precisa ter, vide relatório de seu médico Dr. Geniberto Campos:
“A medicação anticoagulante oral (warfarina), mesmo com ajustes frequentes, ainda não conseguiu atingir níveis terapêuticos satisfatórios, com RNI abaixo de 2 (valor terapêutico ideal entre 2 e 3).” Brasília, 8 de abril de 2014 – Dr. Geniberto Paiva Campos
QUANDO MEU PAI FOI PRESO NA PAPUDA ELES O DEVOLVERAM COM O ÍNDICE ACIMA DE 5, UM ÍNDICE QUE INDICA UM RISCO ENORME DE HEMORRAGIA!!!!!
Por favor, amigos, me ajudem, Divulguem a verdade, gritem se for preciso. Não deixem que a Folha, a Globo e a grande mídia continuem propagando mentiras que estão colocando em risco a vida de meu pai! ESTES GRANDES MEIOS ESTÃO MANIPULANDO INFORMAÇÕES SOBRE A SAÚDE DE UM SER HUMANO!
E que todos saibam algo, não me importa nada, nem ano de eleição, nem partido, nem moderação, se mandarem meu pai para a Papuda eu juro que vou lutar até o fim para responsabilizar quem quer que seja pela vida de José Genoino, sejam esses que diretamente estão decidindo por isso como se fosse um mero jogo de cartas, sejam aqueles que viram a cara e preferem fingir que não têm nada com o assunto, sejam uns e outros que deixam de honrar sua promessa feita quando se formaram médicos, de sempre colocarem o cuidado com a vida humana acima de qualquer coisa.
NOS AJUDEM POR FAVOR. É PELA VIDA DE JOSÉ GENOINO QUE ESTAMOS AQUI PEDINDO O SEU APOIO.
______________________________________________________

DOCUMENTO PROVA: STF PROTEGEU DANTAS !​



O blogueiro Alexandre Cesar Teixeira, do valente Blog da Megacidadania​ acessou documentos do Ministério Público que reabrem o “mensalão”do PT, porque o dos tucanos jamais será julgado !
Como disse o Lula: 80% do julgamento no STF foi político, porque o mensalão não existiu !​
​É o que o Alexandre agora demonstra inequivocamente:
No exato momento em que o ex presidente Lula declara à imprensa internacional que o julgamento do ‘mensalão’ teve “80% de decisão política e 20% jurídica”, o blog Megacidadania apresenta documento inédito no qual se comprova que Joaquim Barbosa sabia da existência do Laudo 2828 e que ele serviu de base para o ainda sigiloso inquérito 2474.
INFORMAÇÕES PRELIMINARES
No dia 06 de março de 2007 foi aberto no STF o inquérito 2474 que ficou sob a responsabilidade exclusiva de Joaquim Barbosa até o dia 01 de agosto de 2013.
Diversos blogs por toda blogosfera já divulgaram trechos deste sigiloso inquérito 2474, mas, nunca antes se teve acesso a qualquer documento oficial que tratasse publicamente do 2474. Pois agora temos. Trata-se do Voto 3946 de 20 de maio de 2013.


VOTO 3946 DE 20 DE MAIO DE 2013
Neste importante documento o MPF analisa um conflito de atribuições entre o MPF do DF e o de MG, exatamente sobre quem deva acompanhar o caso do inquérito 2474.
E neste Voto 3946 são feitas afirmações surpreendentes, a saber:
* A estrutura básica do esquema criminoso se erigiu sobre a formação de quadrilha, a corrupção, o peculato e a lavagem de dinheiro;
* O inquérito 2474 decorre do fato de a denúncia que originou a AP 470, não ter incluído outros eventos que não puderam ser, naquela altura, objeto de imputação;
* Investigação realizada pela PF encontrou elementos de prova que confirmam que empresas pertencentes ao grupo Opportunity aderiram ao esquema de Marcos Valério.
LEIA A SEGUIR TRECHOS INÉDITOS DO VOTO 3946/2013 (clique aqui para acessar a íntegra)


Clique na imagem para maior nitidez

CRONOLOGIA DEMOLIDORA COMPROVA OCULTAÇÃO DO LAUDO 2828 DA PF




CONCLUSÕES

Este Voto 3946/2013 é bem curto, são apenas 10 (dez) páginas. E nele estão registrados fatos já superados como a denúncia de Marcos Valério contra o ex presidente Lula. Porém, o surpreendente é que pela primeira vez se pode ler, em um documento oficial da própria PGR/MPF, que o Laudo 2828 foi utilizado como instrumento decisivo para fundamentar os trabalhos do sigiloso inquérito 2474. E isso derruba definitivamente o argumento de Joaquim Barbosa de que o 2474 nada tinha que ver com a AP 470.
Joaquim Barbosa como relator da AP 470 e também do inquérito 2474, sempre soube da existência do Laudo 2828 da Polícia Federal. Este Laudo 2828 ficou pronto em 20 de dezembro de 2006. E tudo confirma que, s.m.j., ao ter ciência de que o Laudo 2828 desmontava o principal argumento da acusação que é o desvio de dinheiro público do Banco do Brasil realizado por um petista, o relator encaminhou este Laudo 2828 para dentro do inquérito 2474, impedindo assim que – antes da aceitação da denúncia – as defesas e os demais ministros tivessem acesso a este vital Laudo 2828.
________________________________________________________