quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Marcelo Crivella é o novo ministro da pesca

Pedro França / Agência Senado O governo federal anunciou nesta quarta 29 uma troca na Esplanada dos Ministérios. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) assume a pasta da Pesca e Aquicultura no lugar de Luiz Sérgio de Oliveira (PT-RJ), que deve voltar à Câmara.
A nota oficial do governo diz que Luiz Sérgio deu “inestimável contribuição ao governo federal”. O petista, segundo a informação oficial, “desempenhou com dedicação e compromisso com o país todas as tarefas que lhe foram atribuídas pela presidenta Dilma Rousseff”.
A nota do palácio do Planalto indica que a mudança ocorre para dar lugar a “um importante aliado da base do governo”.
Pastor da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, Marcelo Crivella é um dos principais nomes da bancada evangélica do Congresso Nacional. É radicalmente contra a união civil de homossexuais e a criminalização da homofobia. É nome influente na política fluminense, sobretudo no interior do estado. Passa a ser o primeiro ministro ligado oficialmente à cúpula da Iurd.
O agora novamente deputado Luiz Sergio, por sua vez, foi muito criticado por congressistas em sua atuação como ministro das Relações Institucionais, cargo que ocupou por seis meses. Ganhou o apelido de “garçom”, pois anotava todos os pedidos dos aliados, mas, segundo estes, nunca os resolvia. Foi substituído em junho de 2011 por Ideli Salvatti. Na Pesca, teve naturalmente uma atuação discreta, dado o baixo orçamento e caráter periférico da pasta.
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Extrema pobreza cai na América Latina

FRANCE PRESSE - O número de pobres que vivem com menos de US$ 1,25 por dia caiu a níveis recorde na América Latina no triênio 2005-2008, a 6,5% da população, a mesma tendência apresentada em todos os países em desenvolvimento, informou nesta quarta-feira o Banco Mundial.
Em 2008, um total de 1,29 bilhão de pessoas, o equivalente a 22% da população dos países em desenvolvimento, vivia em extrema pobreza, ou seja, com menos de US$ 1,25 por dia, a cota internacional fixada pelo Banco Mundial.
Isso representa uma queda pela metade em relação a 1990, quando o BM começou a avaliar de forma sistemática e integral a pobreza no mundo.
Também significa que o primeiro objetivo de desenvolvimento do Milênio, que era reduzir a extrema pobreza à metade em relação a 1990, foi cumprido antes da data limite de 2015, segundo as estatísticas do Banco.
Um total de 1,94 bilhão de pessoas vivia em extrema pobreza em 1981, o que acentua o êxito desta redução da pobreza, levando-se em conta o aumento geral da população mundial.
"Esta redução geral ao longo de um ciclo trienal de seguimento se dá pela primeira vez desde que o Banco começou a contabilização da extrema pobreza", explicou o texto.
AL E CARIBE
Na América Latina e no Caribe, "a partir de um máximo de 14% de pessoas que viviam com menos de US$ 1,25 por dia em 1984, a taxa de pobreza alcançou seu nível mais baixo até então [6,5%] em 2008", explicou o texto.
A porcentagem de pobres que vivem com menos de dois dólares por dia na região era de 12% em 2008, explicou em uma coletiva de imprensa por telefone Martin Ravallion, diretor do Grupo de Pesquisas do Banco.
Na América Latina, o número de pobres aumentou até 2002, mas veio diminuindo de forma pronunciada desde então.
BRASIL
O Brasil costumava competir com a África do Sul como o país com mais desigualdades sociais no mundo, mas as políticas sociais e o crescimento econômico também estão fechando esta lacuna no país sul-americano, assim como no resto da região, explicou Ravallion.
Embora o estudo tenha terminado em 2008, a crise econômica mundial que explodiu neste ano não teve a repercussão que se temia, disse o Banco.
"Análises mais recentes (...) revelam que, embora as crises dos alimentos e dos combustíveis, além da crise financeira ocorrida nos últimos quatros tenham provocado em alguns casos fortes impactos negativos (...), a pobreza mundial, em conjunto, seguiu caindo", explicou o texto.
Mas os especialistas do Banco advertiram contra qualquer sentimento de vitória.
"Os 663 milhões de pessoas que superaram os limites da pobreza típicos dos países mais pobres continuam sendo pobres em comparação com o nível de vida que impera nos países de renda média e alta", disseram.
Embora os países pobres tenham alcançado em seu conjunto o nível de redução de pobreza fixado pela ONU, regionalmente apenas a Ásia (Leste Asiático e Ásia Central) atingiu concretamente este objetivo.
"Diante do ritmo atual de progresso, cerca de um bilhão de pessoas seguirão vivendo na pobreza extrema em 2015", explicou Ravallion.
A pesquisa se baseou em 850 estudos e pesquisas em 130 países até 2008, em comparação com os 22 estudos utilizados pelo BM no início de suas medições mundiais da pobreza, em 1990. 
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Dilma enquadra golpistas

"Há muito, os clubes dos militares da reserva se transformaram em refúgio de saudosistas da ditadura. Há quem veja delírio na manifestação dos militares de pijama..."  
 
Valdemar Menezes, Adital
 
A presidente Dilma Rousseff ordenou aos comandantes militares, através do ministro da Defesa, Celso Amorim, que enquadrassem os presidentes dos clubes militares das três forças armadas por nota assinada por eles contra a própria presidente, na qual exigiam que esta desautorizasse críticas à ditadura de 1964, feitas pelas ministras Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria das Mulheres). Foi o bastante para que os golpistas dessem o dito por não dito, fazendo uma retratação como o exigido. A ação enérgica da presidente desmontou a tentativa de desmoralizar o governo legítimo e incentivar a insubordinação contra a Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.
SAUDOSISTAS
Há muito, os clubes dos militares da reserva se transformaram em refúgio de saudosistas da ditadura. Há quem veja "delírio” na manifestação dos militares de pijama, pois estão isolados e cegos ao fato de que o País vive sob um Estado Democrático de Direito, não mais tolerando "pronunciamentos” militares, como se isto aqui fosse uma "Banana Republic”. E que tem uma presidente da República altamente aprovada e respeitada, cuja história de resistência à ditadura (sendo presa e torturada por isso) é admirada, aqui e no Exterior (basta ver a fala de Obama, no Brasil, quando enfatizou esse aspecto heroico de Dilma).”
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Polícia espanhola prende quatro hackers da rede 'Anonymous'

Jornal do Brasil / AFP
 
“A polícia espanhola anunciou nesta terça-feira a prisão de quatro hackers membros da organização internacional "Anonymous", acusados de publicar dados confidenciais, no âmbito de uma operação da Interpol que se estende à Argentina, Chile e Colômbia.
"Dois dos presos (na Espanha) foram detidos por ordem judicial, outro ficou liberdade sob fiança e o quarto, menor de idade, sob a custódia de seus pais", afirma o comunicado.
Esta operação, chamada de "Thunder", faz parte de uma operação internacional da Interpol, "Exposure", que conduziu ao indiciamento de dez pessoas na Argentina, seis no Chile e cinco na Colômbia.”
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Celpa, pede recuperação judicial

A Celpa, distribuidora de energia elétrica do Estado do Pará controlado pelo Grupo Rede Energia, entrou com pedido de recuperação judicial, informou a companhia em fato relevante nesta terça-feira.
"A despeito dos esforços da administração junto a credores e potenciais investidores, o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo de proteger a continuidade dos serviços públicos por ela prestados", informa a empresa.
Segundo o comunicado a medida visa proteger o valor dos ativos da Celpa, atender aos interesses dos credores, na medida dos recursos disponíveis e manter a continuidade das atividades da companhia.
A Celpa é uma das distribuidoras com pior desempenho do Grupo Rede Energia e segundo o balanço patrimonial fechado em setembro de 2011, tinha uma dívida de curto prazo de 1,4 bilhão de reais e de longo prazo também no mesmo valor.
Uma fatia de 54 por cento do acionista majoritário da Rede Energia, Jorge Queiroz Jr, está a venda em uma operação da qual o grupo AES e a a chinesa State Grid já desistiram, diante dos riscos regulatórios e do preço pedido pela participação.
A CPFL ainda estaria conversando com o grupo, segundo fontes, mas analistas chegaram a afirmar que a venda desmembrada dos ativos de distribuição poderia atrair mais interessados.
A Rede Energia também convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para 19 de março, na qual serão discutidas contratações de assessorias especializadas para propor alternativas à superação da crise econômico-financeira da companhia.
O pedido de recuperação judicial ocorre no momento em que empresas do setor de distribuição discutem os efeitos das novas regras do terceiro ciclo de revisão tarifária em suas receitas, com expectativa de que haja redução.
A Celpa, no entanto, não deu detalhes, sobre se esse fator teria ajudado a motivar o pedido de recuperação judicial.
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Lula avisa que voltará ao trabalho no dia 15


 
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve voltar a despachar na sede do seu instituto, na zona sul paulistana, no dia 15 de março. Lula repassou essa informação a aliados no final da semana passada.
Apesar de ainda rouco por causa da radioterapia que faz para combater um câncer na laringe, o ex-presidente chegou a comentar a decisão do ex-governador José Serra de entrar na disputa paulistana, levando com ele o apoio do PSD, de Gilberto Kassab.
Lula disse ao aliados que já esperava que Kassab migrasse para a campanha Serra, assim que o tucano decidisse entrar na disputa. Afirmou ainda não estar surpreso com a decisão.  Alguns petistas avaliam que a movimentação de Kassab em direção ao PT foi um blefe para embaralhar a articulação da campanha de Fernando Haddad (PT). A senadora Marta Suplicy disse hoje no seu Twitter que o PT foi precipitado ao tentar uma aproximação com o prefeito.
O ex-presidente pretende mergulhar nas articulações políticas assim que voltar ao Instituto Lula. A mulher do petista, Marisa Letícia, reclamou que ele “anda falando mais do que deveria”. Lula tem feito consultas diárias de fonoaudiologia para recuperar a voz. Tem mantido também uma dieta com comidas pastosas.”
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CHARGE


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Nos rincões dos Mendes

Por Leandro Fortes

Esse fascistoide de quinta categoria se chama Márcio Mendes. É um técnico rural que a família do ministro Gilmar Mendes, do STF, mantém como cão raivoso na emissora de TV do clã para atacar adversários e inimigos políticos. A TV Diamante, retransmissora do SBT, é, acreditem, uma concessão de TV educativa apropriada por uma universidade da família do ministro. Mendes, vcs sabem, é o algoz do fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício de jornalistas. Vejam esse vídeo e vocês vão entender, finalmente, a razão. Esse cretino que apresenta esse programa propõe a criação de um grupo de extermínimo para matar meninos de rua. Pede ajuda de empresários e comerciantes para montar um “sindicato do crime”, uma espécie de Operação Bandeirante cabocla, para “do nada” desaparecer com esses meninos. E preconiza: “Faz um limpa, derrete tudo e faz sabão”.
Repito: trata-se de transmissão em concessionária educativa na TV da família de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu denunciei isso, faz dois anos, na CartaCapital, em uma das matérias sobre os repetidos golpes que o clã dos Mendes dá para derrubar o prefeito eleito da cidade de Diamantino, que ousou vencer a família do ministro nas urnas. Vamos ver o que diz o Ministério das Comunicações e a Polícia Federal, a respeito. Seria bom saber qual a posição do SBT, também.

Baltasar Garzón é absolvido por investigar crimes do franquismo



As organizações de extrema-direita “Manos Limpias” e “Libertad e Identidad” queriam que ele fosse multado e expulso da carreira jurídica por 20 anos, a pena máxima prevista para o crime de prevaricação. As duas organizações alegaram que Baltasar Gárzon incorreu no crime de prevaricação ao ordenar uma investigação sobre o desaparecimento de mais de 114 mil pessoas, que teriam sido assassinadas durante a ditadura fascista de Francisco Franco.
 O juiz espanhol Baltasar Gárzon foi absolvido da acusação feita pelas organizações de extrema-direita “Manos Limpias” e “Libertad e Identidad” que queriam que ele fosse multado e expulso da carreira jurídica por 20 anos, a pena máxima prevista para o crime de prevaricação.
As duas organizações alegaram que Baltasar Gárzon incorreu no crime de prevaricação ao ordenar uma investigação sobre o desaparecimento de mais de 114 mil pessoas, que teriam sido assassinadas durante a ditadura do general Francisco Franco (1939-1976), o que teria contrariado a lei "Manos Limpias", que prevê anistia aos crimes cometidos durante o franquismo.
O Tribunal Supremo espanhol, contudo, por seis votos contra um, deu razão a Garzón. O processo deu origem a inúmeras iniciativas de apoio ao juiz, que afirmou não se arrepender do inquérito e demonstrou a sua solidariedade para com as vítimas do franquismo.
Esta decisão surge uma semana depois de Baltasar Garzón ter sido proibido de exercer a carreira jurídica durante 11 anos após ter sido condenado por ordenar escutas consideradas ilegais no "caso Gürtel", que envolveu pessoas de altos cargos regionais do conservador Partido Popular, agora no governo.
Garzón já pediu ao Tribunal Supremo que anule esta decisão "arbitrária", argumentando que a instituição "violou de forma muito grave vários dos direitos fundamentais que tem como cidadão, segundo a Constituição, e o seu direito à independência judicial".
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O perdão dos fortes




O presidente Rafael Correa, do Equador, acaba de dar um tapa  de luvas em seus detratores.
Anunciou o perdão da indenização judicial a que foram condenados editorialistas e donos do jornal “El Universo”, que o acusaram de mandar o Exército abrir fogo contra civis na tentativa de insurreição policial em que foi agredido.
Pouco importava à direita que não tenha sido aberto fogo e que a ordem jamais tenha sido dada.
A condenação por danos morais, de US$ 40 milhões de dólares, foi perdoada pelo presidente “tirânico e autoritário”. Bem como a sentença de três anos de detenção que a Suprema Corte aplicou-lhes.
“”Embora eu saiba que muitos querem que não seja feita nenhuma concessão aos que não merecem, e embora tenha tomado a decisão de iniciar este julgamento, decidi ratificar algo há tempos decidido em meu coração (…) perdoar os acusados, concedendo a eles a remissão das condenações que merecidamente receberam”, disse Rafael Correa.
Mas essa gente é tão desavergonhada que, mesmo diante desse ato de grandeza, vai criar mil e uma chicanas para chamar a Correa de tirania e ataque á liberdade de imprensa.
Que, entretanto, sai com um estigma indelével deste episódio.
Porque, bem o disse Correa, há perdão, mas não o esquecimento.
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Piso dos professores é um avanço


Não se pode falar em educação sem uma remuneração, um salário, que permita ao professor e à professora desempenhar suas funções nas escolas em todo Brasil.
O piso salarial dos professores será de R$ 1.451 este ano. Ele é, pelo menos, 50% abaixo do necessário. Ainda assim, é um grande avanço.
Foi reajustado em 22,22% pelo Ministério da Educação (MEC). O cálculo leva em conta o crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) ao longo de um ano.
 A Lei do Piso determina que nenhum professor possa receber menos do que o valor de uma jornada de 40 horas semanais. Chegou mesmo a ser questionada na Justiça por governadores. No entanto, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Assim, em 2009, os professores em todo o país passaram a receber, no mínimo, R$ 950; em 2010, R$ 1.024; e em 2011, R$1.187. 
Temos que reconhecer que os encargos da dívida interna - que, em alguns casos, chega a 17% da receita líquida de alguns Estados - e a atual estrutura tributária federativa limitem a capacidade de pagamentos dos entes federados.
No entanto, nada justifica a alegação de alguns Estados de que não podem arcar com o novo piso do professor.
É hora de os governadores se mobilizarem para exigir do Congresso a aprovação da reforma tributária e uma renegociação na Câmara e no Senado da dívida dos Estados a ser apresentada ao governo federal em busca de um acordo.
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A fantástica queda do Fantástico


Keila Jimenez informa, na seção de televisão, na Folha:
Nos últimos dez anos, a audiência do Fantástico caiu 38%.
No ano 2000, era de 34%.
Em 2002%, 33%.
Aí, começou o Governo do Nunca Dantes e a Classe C passou a ter dinheiro para levar os filhos para tomar sorvete na praça, comer pizza com os amigos, visitar a família no Nordeste.
Aí, a queda se acelerou.
Caiu para 30 pontos de audiência em 2007.
E no domingo passado, quando completou 2.000 edições,  foi para 20 pontos.

Amigo navegante (que prefere o anonimato) sugere que os filhos do Roberto Marinho digam ao Ali Kamel para parar de estudar Antropologia Comparada e trate de dar audiência ao programa.
A contragosto, o ansioso blogueiro oferece a sugestão: torna a bordo, Ali !

Paulo Henrique Amorim
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Capitalismo de Estado venceu. E melhorou a vida do pobre

A Economist entendeu quase tudo. Os neolibelês demoram um pouco mais

Um artigo de Delfim Netto na Carta Capital que está nas bancas trata de importante estudo da revista inglesa Economist, um dos bastiões do Neolibelismo, sobre o Capitalismo de Estado.
Nada que se compare à obra da Urubóloga, a única, de fato, herdeira do pensamento de Milton Friedman no Hemisfério Sul.
A própria Economist é obrigada a reconhecer que as multinacionais dos países emergentes, como a Petrobras e a Vale, são a prova da ascensão vertiginosa do Capitalismo de Estado, em prejuízo do sistema Neolibelês que nasceu com Ronald Reagan e Margaret Thatcher.
(Aqui no Brasil, o mensageiro da boa nova foi o Farol de Alexandria, que, com seu Planejador Maximo, Padim Pade Cerra, naufragou na Privataria Tucana.)
O neolibelismo levou um tiro no peito com a quebra do banco americano Lehman, em 2008, e “agora sufoca boa parte do mundo rico”, diz a revista.
Ela se concentra, sobretudo, na associação indistinguível entre Estado, Partido Comunista e Empresas na China.
O Capitalismo de Estado tenta reunir o poder  do Capitalismo com o poder do Estado.
A China de Deng se inspirou em Cingapura, que praticava o Capitalismo de Estado, em oposição ao liberalismo da vizinha Hong Kong, ainda inglesa.
A China engoliu o mestre.
Nos últimos 30 anos, o PIB chinês cresceu a 9,5 ao ano e nos últimos dez anos o PNB mais do que triplicou para chegar a US$ 11 trilhões (o do Brasil é de $3 trilhões).
Das 13 maiores empresas de petróleo, com mais de 3/4 das reservas mundiais, todas são de alguma forma estatais – inclusive as do Oriente Médio.
As empresas estatais são 80% dos negócios da Bolsa chinesa e 62% da russa.
No Brasil, representam 38%.
A maior empresa de gás do mundo , a Gazprom, é russa e estatal.
A China Mobile tem 600 milhões de clientes.
O Estado é o maior acionista das 150 maiores empresas da China.
A Saudi Basic Industries é uma das mais rentáveis empresas químicas do mundo.
A Dubai Ports é a maior operadora de portos do mundo.
Capitalismo de Estado já houve antes.
No berço da hegemonia (liberal) inglesa está a Companhia das Índias.
A Alemanha da reunificação no século XIX foi Capitalista de Estado.
Como o Japão do pós Segunda Guerra.
Como Alexandre Hamilton, o primeiro Ministro da Fazenda dos Estados Unidos, que montou uma furiosa e impenetrável rede de proteção à nascente manufatura americana.
(Os neolibeles fazem de conta que Hamilton morreu num duelo antes de tomar posse. Foi muito depois …)
Só que, agora, diz a Economist, o desenvolvimento do Capitalismo de Estado se dá numa amplitude muito maior – e mais rápido !
Além disso, o Capitalismo de Estado hoje usa mecanismos muito mais sofisticados.
Por  exemplo, a nova engenharia financeira das empresas do Capitalismo de Estado.
O Estado não é dono, mas um acionista do bloco de controle.
O que profissionaliza a gestão e dá mais flexibilidade.
As economias do Capitalismo de Estado criaram bancos de fomento – como o BNDES e a BNDESpar – que estabelecem as políticas industriais.
E criaram fundos soberanos para garantir recursos para a inovação e financiar os riscos das empresas estatais.
Progressivamente, as economias do Capitalismo de Estado – observa a Economist – fazem operações diretamente entre si e dispensam as casas de intermediação em Wall Street e na City de Londres.
A coisa pode ficar feia para os bancos das economias ricas, acredita a Economist.
O estudo dispensa a Índia – onde as empresas beneficiadas parecem ser, apenas e ainda, capitanias escolhidas pelo Raj.
E se concentra na ligação entre Capitalismo de Estado e autoritarismo na Rússia e na China.
Mas, ressalva, sempre, que o Brasil é uma democracia.
Talvez seja um exagero dizer que o “livre mercado chegou ao fim” – pondera a Economist.
Mas, é verdade que um número surpreendente de países, sobretudo entre os emergentes, aprendeu a usar o mercado para atingir objetivos políticos.
A mão invisível do mercado é substituída pela mão visível e muitas vezes autoritária do Estado, diz a Economist.
Não é o caso do Brasil – onde o Estado não rompe contratos nem confisca empresas, uma marca registrada de Putin.
E, no Brasil, a Presidenta foi vítima, sob tortura, da mão autoritária.
Autoritários e torturadores são os que se beneficiam de uma Lei de Anistia -  e, não, ela.
A Economist diz que o Capitalismo de Estado é bom para a infra-estrutura (o PAC), mas fraco em bens de consumo.
(No Brasil, o problema são as empresas da privataria: o amigo navegante já ligou para reclamar de uma conta de telefone ?)
A Economist acredita que o Capitalismo de Estado encoraja a corrupção.
(O repórter inglês não teve o prazer de conhecer Mr Big, o Dr Escuta e o Itagiba …)
Acha também que a empresa do C de E é lenta para inovar.
A Petrobras e as pesquisas no pré- sal parecem não concordar …
Delfim Netto, que tem especial apreço pelos neolibelês brasileiros, se preocupa com a fome da China por energia e comida – e a disponibilidade de um e outro no mercado.
A Economist lembra que a China não tem nenhum compromisso com as regras de um jogo – o mercado de petróleo e comida – que, por muito tempo, a marginalizou.
E isso pode ser um perigo.
Como se chama Economist, a revista inglesa pouco se dá sobre a relação entre pobreza e desigualdade e neolibelismo e Capitalismo de Estado.
Enquanto a pobreza e a desigualdade crescem nos Estados Unidos, o Marcelo Neri, ao analisar o Ano I da Dilma, observou que a pobreza e a desigualdade continuam a cair.
Que horror ! 

Paulo Henrique Amorim
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BOA LEITURA

Para onde irão os Indignados e os “Occupiers”?

Por Leonardo Boff


Uma das mesas de debates importante no Forum Social Temático em Porto Alegre, da qual me coube participar, foi escutar os testemunhos vivos dos Indignados da Espanha, de Londres, do Egito e dos USA. O que me deixou muito impressionado foi a seriedade dos discursos, longe do viés anárquico dos anos 60 do século passado com suas muitas “parolle”.
O tema central era “democracia já”. Revindicava-se uma outra democracia, bem diferente desta a que estamos acostumados, que é mais farsa do que realidade. Querem uma democracia que se constrói a partir da rua e das praças, o lugar do poder originário. Uma democracia que vem de baixo, articulada organicamente com o povo, transparente em seus procedimentos e não mais corroída pela corrupção. Esta democracia, de saida, se caracteriza por vincular justiça social com justiça ecológica.
Curiosamente, os indignados, os “occupiers” e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Forum Social Mundial. Encontramo-nos num outro tempo e surgiu uma nova sensibilidade.
Postula-se outro modo de ser cidadão, incluindo poderosamente as mulheres antes feitas invisíveis, cidadãos com direitos, com participação, com relações horizontais e transversais facilitadas pelas redes sociais, pelo celular, pelo twitter e pelos facebooks. Temos a ver com uma verdadeira revolução.
Antes as relações se organizavam de forma vertical, de cima para baixo. Agora é de forma horizontal, para os lados, na imediatez da comunicação à velocidade da luz. Este modo representa o tempo novo que estamos vivendo, da informação, da descoberta do valor da subjetividade, não aquela da modernidade, encapsulada em si mesma, mas da subjetividade relacional, da emergência de uma consciência de espécie que se descobre dentro da mesma e única Casa Comum, Casa, em chamas ou ruindo pela excessiva pilhagem praticada pelo nosso sistema de produção e consumo.
Essa sensibilidade não tolera mais os métodos do sistema de superar a crise econômica e derivadas, sanando os bancos com o dinheiro dos cidadãos, impondo severa austeridade fiscal, a desmontagem da seguridade social, o achatamento dos salários, o corte dos investimentos no pressuposto ilusório de que desta forma se reconquista a confiança dos mercados e se reanima a economia.
Tal concepção é feita dogma e ai se ouve o estúpido bordão:“TINA: there is no alternative”, não há alternativa. Os sacrílegos sumos sacerdotes da trindade nada santa do FMI, da União Européia e do Banco Central Europeu deram um golpe financeiro na Grécia e na Itália e puseram lá seus acólitos como gestores da crise, sem passar pelo rito democrático.
Tudo é visto e decidido pela ótica exclusiva do econômico, rebaixando o social e o sofrimento coletivo desnecessário, o desespero das famílias e a indignação dos jovens por não conseguirem trabalho. Tudo pode desembocar numa crise com consequências dramáticas.
Paul Krugmann, prêmio Nobel de economia, passou uns dias na Islândia para estudar a forma como esse pequeno pais ártico saiu de sua crise avassaladora. Seguiram o caminho correto que outros deveriam também ter seguido: deixaram os bancos quebrar, puseram na cadeia os banqueiros e especuladores que praticaram falcatruas, reescreveram a constituição, garantiram a seguridade social para evitar uma derrocada generalizada e conseguiram criar empregos. Consequência: o pais saiu do atoleiro e é um dos que mais cresce nos paises nórticos. O caminho islandês foi silenciado pela midia mundial de temor de que servisse de exemplo para os demais países. E a assim a carruagem, com medidas equivocadas mas coerentes com o sistema, corre célere rumo a um precipício.
Contra esse curso previsível se opõem os indignados. Querem um outro mundo mais amigo da vida e respeitoso da natureza. Talvez a Islândia servirá de inspiração. Para onde irão? Quem sabe? Seguramente não na direção dos modelos do passado, já exauridos. Irão na direção daquilo que falava Paulo Freire “do inédito viável” que nascerá desse novo imaginário. Ele se expressa, sem violência, dentro de um espírito democrático-participativo, com muito diálogo e trocas enriquecedoras. De todas as formas o mundo nunca será como antes, muito menos como os capitalistas gostariam que ficasse.
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Luz para Todos fará mais de 400 mil novas ligações elétricas até 2014, diz presidenta

Agência Brasil 

“A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que mais de 400 mil novas ligações elétricas devem ser feitas no país até 2014 por meio do Programa Luz para Todos. 
Apenas no ano passado, segundo ela, 253 mil famílias que vivem no campo, em assentamentos da reforma agrária, em aldeias indígenas e em comunidades quilombolas e ribeirinhas, além de produtores rurais, foram beneficiados pelo programa.
“Isso chega a quase 1 milhão de pessoas que saíram da escuridão”, disse no programa semanal Café com a Presidenta. Dilma lembrou que desde 2003, quase 12 milhões de pessoas passaram a ter acesso à energia elétrica no Brasil. “Já fizemos muito, mas agora ainda temos um desafio grande, que é o de levar luz elétrica para as pessoas que moram em lugares de acesso mais difícil, em áreas isoladas, no meio da floresta, em serras e ilhas”, explicou.
Uma das estratégias do governo para os próximos meses será o uso de novas tecnologias, como postes de fibra de vidro, que pesam menos que os de concreto e podem flutuar na água, facilitando o transporte por rios.
Para Dilma, investimentos no programa impulsionam a economia brasileira, já que criam novas oportunidades para comunidades antes desassistidas. “O Luz para Todos é um dos caminhos para melhorar a qualidade de vida, garantir cidadania, dar oportunidades de crescimento a todos os brasileiros”, concluiu.”
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CHARGE


Era uma vez um Império que fazia cinema


Hollywood padece da mesma anemia de poder que foi se apoderando do império americano. Embora não tenha deixado de impor densos valores culturais ao resto do mundo, o glamour de suas estrelas já não brilha como antes e seu modelo narrativo já não produz tanto impacto. Vítima de seu próprio êxito, Hollywood se esforça a cada ano em renovar as expectativas em um mundo no qual os relatos se tornaram mais dispersos e menos hegemônicos graças à proliferação das novas tecnologias da comunicação. "And the winner is… "a periferia do mundo, que tem ainda muito para dizer e não pode nem quer dizer do jeito hollywoodiano.  

Oscar Guisoni, Carta Maior 

Os prêmios da Academia de Hollywood foram entregues pela primeira vez no dia 16 de maio de 1929. O contexto político e social não pode ser mais significativo: faltam apenas alguns meses para o grande Crack de outubro, os Estados Unidos vive montado na maior bolha especulativa de sua história, a Europa se contorce no caos sob os efeitos das crises políticas que afetam a maior parte de seus países e, na periferia do mundo, poucos sabem ainda o que significa a palavra Hollywood, embora muitos já tenham percebido na própria pele em que consiste o novo poderio norte americano.
O prêmio de melhor filme coube a Wings, um melodrama de William Wellman sem nenhuma importância cinematográfica hoje em dia, mas cuja história se mostra reveladora do papel que jogou o cinema norte americano ao longo da maior parte do século XX. O filme conta a história de dois homens (Jack Powell e David Armstrong) confrontados pelo amor de uma mulher (Jobyna Ralston), até que estoura a Primeira Guerra Mundial e os sentimentos patrióticos se colocam acima das disputas amorosas. No final, todos terminam contentes e felizes, os homens compreendem que não existe mulher que valha mais que a amizade que se estabelece entre eles na frente de guerra e matar o inimigo é mais importante que qualquer ciúme doméstico. 
 Desde que sintetizou sua extraordinária maneira de narrar, no começo do século XX, baseada na síntese extrema dos relatos, a importância das imagens acima dos textos e na construção de heróis de fácil assimilação pública, o cinema americano cumpriu dois papéis de vital importância em nível político: enviou uma mensagem de unificação nacional à convulsionada América da época, construindo uma potente mitologia patriótica e estabeleceu um modelo ideal de relato impregnado de densos valores morais, que seria estabelecido como padrão de um modelo de contar as histórias na periferia do mundo. O novo império político e econômico havia encontrado no cinema um instrumento de poder soft de primeiríssima importância.
Ao glamour das novas estrelas, que começariam a brilhar com mais força a partir do cinema sonoro em 1930, se oporia, após1933, um relato muito mais tosco e menos soft: a delirante propaganda nazista instrumentalizada por Joseph Goebbels. Como Hollywood, Goebbels também pretendia criar heróis e exaltar os valores patrióticos. Mas não tinha em conta que os principais recursos artísticos alemães marcharam para o exílio e estavam pondo todo seu conhecimento cinematográfico à serviço dos Estados Unidos.
Iluminadores, atrizes, diretores, muitos dos grandes mestres do esplendor em preto e branco do cinema americano da convulsa década de 40 provêm da Alemanha e deixaram sua marca indelével na nova estética de Hollywood.”
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É Serra, de novo, contra o “poste”

Ao que parece, termina, no  dia 4, mais uma pantomima das que costumam marcar a política brasileira.
Serra, dizem os jornais, assumirá amanhã sua candidatura, ainda que com o pró-forma de submeter-se a uma prévia no PSDB que só existe porque ele, durante todo o tempo, negaceou – mais do que negociou – com este o seu fado político de só ter, afinal,  este caminho político.
Negaceou porque sabe que a posição de prefeito de São Paulo, depois de eleger-se para o cargo, e para o Governo do Estado, que poderia ser “quase uma “nomeação”  para Serra, não será fácil de alcançar.
Serra tem vivos na memória os resultados da eleição presidencial de 2010, onde teve apenas escassos 7,3% de vantagem sobre Dilma Rousseff, no segundo turno, e apenas 2,2% a mais no primeiro – quando teve votação 10 pontos abaixo da de Geraldo Alckmin.
Muito pouco para quem se considera “a mais perfeita tradução” da elite paulista, e concorrendo contra aquela a quem chamavam de um “poste” político, Dilma Rousseff.
Quando Lula optou – e levou o PT a ceder – por Fernando Haddad, não estava seguindo um mero capricho político.
Jogou com o fato de que ele é um fato novo no quadro político, como Dilma o foi.
Abriu caminho para fraturar a unidade – já quebrada desde a derrota de Alckmin para Kassab, nas eleições municipais passadas – a aliança entre os tucanos e o DEM – que em SP é, hoje, o PSD.
Por mais que o nome de Serra cole os cacos dessa aliança, por ser irrefutável a sua condição de spimbolo – e já não chefe – da direita, é improvável que a máquina municipal trabalhe furiosamente por ele.
Afinal, se Haddad se abria a uma composição antes com os de Kassab, porque não comporia depois. E Serra? Bem, já se tornou  lugar comum dizer que Serra não tem amigos ou aliados…
E, terceiro, Haddad, justamente por não ter ainda uma impressão prévia sobre seu nome no povão, será aquilo que Lula sabe ser imensamente poderoso: a sua projeção.
E Serra morre de medo de enfrentar Lula.
Mesmo que seja uma imagem projetada no que, pejorativamente, chamam de um “poste” político.
Convenhamos: para quem uma simples bolinha de papel já causa traumatismo, bater de frente em outro “poste” é algo que explica bem o temor de Serra.
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Governo libera R$ 5 milhões para atender 117 mil pessoas atingidas por enchentes no Acre

Ministros e governador em "estacionamento" no centro de Rio Branco
Na medição feita pela Defesa Civil às 15h local (17h em Brasília), o Rio Acre alcançou, em Rio Branco, 17,56 m de profundidade, ficando 3,56 m acima da cota de transbordamento, que é 14m. A enchente começa a atingir famílias em Cruzeiro do Sul, no extremo-oeste do país, banhada pelo Rio Juruá. 
Os ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) sobrevoaram Rio Branco para avaliar a situação das áreas atingidas. Na capital do Acre, 22,3 mil imóveis já foram atingidos e 5,8 mil pessoas foram levadas para abrigos públicos.
Fernando Bezerra anunciou a liberação de R$ 3 milhões para o Estado e R$ 2 milhões para Rio Branco, para que sejam empregados no socorro às vítimas. Os valores correspondem aos R$ 5 milhões gastos pelo governo do Acre na organização do “Carnaval legal que só”, em Rio Branco.
- Eu me enxeri e vim de bicão - declarou o ministro das Cidades, após o sobrevoo na companhia do governador Tião Viana e do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, ambos do PT.
Os ministros visitaram os desabrigados no parque onde anualmente o governo estadual promove a Feira Agropecuária do Acre, que se transformou no local que concentra a maioria de flagelados que tiveram que deixar suas casas. O cerimonial providenciou até a instalação da foto oficial do governador Tião Viana no parque.
Segundo a Defesa Civil, a maioria dos desabrigados de Rio Branco está em casa de parentes e amigos. No município de Brasiléia, fronteira com a Bolívia, 95% da área urbana foi atingida, desabrigando mais de 14,7 mil pessoas.
Em Xapuri, o rio começou baixar, alcançando 15,04 m. O mesmo rio apresenta tendência de vazante em Brasiléia,  mas parte da área urbana da cidade ainda permanece alagada.
Clique aqui e veja centenas de fotos das enchentes que atingem o Acre.
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A economia europeia entre a estupidez e a ganância


A política de Obama se moveu em sentido inequivocamente progressista, enquanto a política de Merkel, apoiada por Cameron (Inglaterra) e Sarkozy (França), é indiscutivelmente regressiva, além de que ancorada nas principais tecnocracias europeias – entre as quais o BCE, cujo presidente, Mario Draghi, acaba de decretar o fim da social democracia numa entrevista ao Wall Street Journal.
 Da Europa sob o tacão alemão, pode-se dizer que seu destino é consumir-se num incêndio social jamais previsto, do qual a crise grega de recorrente decréscimo do PIB e de alto desemprego é o prenúncio geral. 
O artigo é de J. Carlos de Assis.
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CHARGE


Os ataques rasteiros a PH Amorim


por Rodrigo Vianna

Inimigos de Paulo Henrique Amorim (seria tolo chamá-los, apenas, de adversários) utilizaram a internet nas últimas horas para espalhar a informação de que ele teria sido condenado por racismo. Mentira dupla: não houve condenação (mas um acordo, ainda em primeira instância)  e o autor do processo (o também jornalista Heraldo Pereira, da Globo) reconheceu (ao assinar o tal acordo) que não teria havido ofensa de cunho racista.
Figura emblemática na internet, PH Amorim fez muitos inimigos nos últimos anos. Claro que os inimigos tentaram aproveitar a situação para atacá-lo. Dizer (ou insinuar) que PH Amorim é racista foi a vingança de parte dessa gente que vive nas sombras – protegida pelos cargos oficiais, pelas amizades político-financeiras ou pelas posições ocupadas em Redações da velha mídia. Claro que essa gente não botou a cara pra bater; preferiu utilizar sites e/ou portais que fazem o serviço pesado para o PIG.
Esse é o método dessa gente. Senti isso na pele quando sai da TV Globo em 2006, e recebi ataques sistemáticos  daqueles que agiam de forma dissimulada para agradar meus ex-patrões: apareceram notas plantadas nos jornais, comentários maldosos na web (vindos até de gente que hoje se esconde na Itália).  
Isso posto, vale esclarecer mais dois pontos:
1) Não concordo com a expressão utlizada por Paulo Henrique Amorim nas críticas a Heraldo Pereira (“negro de alma branca”); ele utilizou a expressão de forma irônica, vá lá, justamente para relembrar a forma dissimulada como parte da “elite branca” se refere a negros que aceitam fazer o jogo dessa elite. Ainda assim, foi infeliz – além de injusta com Heraldo. 
Isso, no entanto, não pode (e nao vai) apagar a luta incansável de Paulo Henrique que – ao longo dos últimos anos -vem-se dedicando a denunciar a tentativa idiota de negar o racismo no Brasil. O diretor da TV Globo Ali Kamel escreveu um livro (“Não Somos Racistas”) para “provar” que o racismo não existe. Heraldo Pereira – que trabalha na Globo- foi à Justiça porque se sentiu atingido pela frase de Paulo Henrique Amorim. Então, o racismo não existe, Ali?
2)  Considero Heraldo Pereira um ótimo sujeito; e até onde sei, é um jornalista correto. Assim como qualquer um que exerce atividade pública, ele está sujeito a críticas. E tem o direito óbvio de buscar a Justiça quando se sentir atacado de forma exagerada ou injusta. Ao aceitar um acordo na primeira instância, Heraldo mostrou grandeza, mostrou que não pretende usar processos como arma de intimidação política e/ou econômica.
Não é o caso de outros personagens, conhecidos, que utilizam a Justiça (a mesma que às vezes prefere proteger Naji Nahas a garantir o direito à moradia de centenas de famílias) para intimidar e calar os críticos… A mim, não intimidam.
Paulo Henrique Amorim recebeu muitos ataques rasteiros nas últimas horas  – vindos, inclusive, da turma que se diz de “esquerda” (é aquele povo que Brizola e Darcy Ribeiro definiram tão bem: “a esquerda que a direita adora”).
Mas PH Amorim recebeu também a solidariedade de milhares de leitores e colegas jornalistas.
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FOTO DO DIA: Menino dá um olé nos policiais em manifestação grega

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As viúvas da ditadura


Mas o que dizer da nota publicada pelos clubes militares com críticas ao governo Dilma Rousseff - e desautorizadas pela cúpula das Forças Armadas - no decorrer desta semana? 
Esses militares da reserva representados pelos seus clubes são uns saudosistas. 
Mas não passam de uma minoria. Tampouco falam em nome das Forças Armadas. 
O que choca é a insistência de certa mídia, que sempre rondou os quartéis no passado, sempre apoiou golpes e quarteladas, conspirações contra a Constituição e a democracia. Suas vozes são como viúvas da ditadura que usam essas notas dos clubes militares para tentar incompatibilizar os militares com o governo e o PT. 
Os representantes desta estranha mídia se calaram quando nossas Forças Armadas foram abandonadas e sucateadas, nossa indústria de defesa nacional liquidada e privatizada, nossa segurança externa ignorada e nossa política externa e de defesa nacional submetida aos interesses das super potências.
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Acordo fechado com TDH: Abaré continua no Tapajós

No Blog da Rede Mocoronga

Como sabido, em respeito às Instituições envolvidas em pleno processo de negociações internas, o PSA aguardou o esgotamento das tratativas entre a Prefeitura de Santarém e a Terre des Hommes – TDH – para tornar publica sua insatisfação com a decisão pela retirada imediata do Barco Abaré de nossa região, ocasionando a interrupção dos serviços assistenciais junto a 15 mil ribeirinhos do Tapajós – os maiores prejudicados.
Em 10 de fevereiro ultimo, enviamos Carta ao “Board of Trustee” (Conselho de Gestão e Fiscalização) da TDH relatando o histórico dos fatos e o nosso descontentamento com a forma com que procederam, solicitando que revejam a decisão de modo a restabelecer as negociações com a Prefeitura de Santarém e demais Instituições envolvidas.
Em seguida, recebemos uma mensagem de retorno diretamente do Presidente do Conselho da TDH – Sr. Albert Jaap Van Santbrink – que demonstrou preocupação e parecia pouco informado das consequências da saída do Abaré. Pediu mais tempo para avaliar o caso, assim como uma reunião por telefone para nos ouvir antes de tomar uma decisão relativa às nossas solicitações da Carta de 10/fev.
Esta conversa ocorreu na manhã de ontem, onde tivemos a oportunidade de esclarecer nossas inquietudes diretamente à autoridade máxima da Terre des Hommes, reconhecer a determinante contribuição desta Organização holandesa à nossa região, e também manifestar nosso respeito à sua decisão de saída progressiva de nosso país, uma vez que entendem que o Brasil hoje está mais forte, em melhores condições para responder aos desafios sociais dos seus cidadãos.
No entanto, reafirmamos que, apesar de já aguardarmos o fim da cooperação bilateral com o PSA, fomos surpreendidos com a decisão pela retirada do Abaré do Tapajós a partir de 2012, sobretudo após a maior participação dos Governos (que assumiram a coordenação das operações desde o inicio do ano passado) e a entrada de recursos públicos, principal condicionante apresentada por meio de Termo de Acordo em meados de 2010 para a continuidade, exigência esta alcançada antes do prazo e acima das expectativas com a Portaria 2.191/MS de Saúde da Família Fluvial.
Lembramos o Sr. Albert que a Terre des Hommes inclusive reconhece estes avanços em página do seu site (Relatório 2010, Resultados/Brasil, lançado ano passado), onde sinaliza para o cumprimento do compromisso assumido desde o inicio da cooperação, de transferência da embarcação à nossa região.
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Chávez viaja para Cuba e promete vitória eleitoral apesar de doença

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viaja nesta sexta-feira (24/02) para Havana, capital cubana, onde fará uma cirurgia para a retirada de uma lesão na região pélvica, mesmo local de onde um tumor maligno foi retirado no ano passado.
A previsão é que a operação aconteça no começo da próxima semana.
A oito meses das eleições presidenciais, a notícia da operação deixou a Venezuelana em alerta, já que o presidente tentará a reeleição contra o candidato da oposição MUD (Mesa de Unidade Democrática), Henrique Capriles. Até então em recuperação do câncer, Chávez agora se ausenta mais uma vez do país para se tratar, deixando dúvidas se poderá concorrer em outubro desse ano. Ele chegou a declarar que há grandes chances de ter mais um tumor maligno.
Na véspera da viagem à Havana, Chávez disse estar preparado para enfrentar o "pior dos cenários", porém, reiterou sua candidatura à Presidência e prometeu sair vitorioso das urnas.
"Se esse novo elemento que eu tenho aí encubado for maligno, iremos combatê-lo e expulsá-lo da mesma forma", disse Chávez, diante de centenas de simpatizantes em um ato governamental em homenagem a ele, realizado em um teatro no centro da capital. "Tenham certeza que os guiarei, ainda na pior das dificuldades, a uma nova vitória em 7 de outubro. É preciso me preparar para enfrentar o que for. Isso não é uma despedida, eu vou ali e já volto", acrescentou.
Há oito meses, Chávez fez uma cirurgia em Havana também para a extração de um tumor na região pélvica – a mesma área que novamente é alvo de um tumor. Na ocasião, ele fez sessões de quimioterapia e radioterapia em Cuba e na Venezuela, no Hospital Militar de Caracas. A viagem do presidente a Havana foi autorizada pela Assembleia Nacional da Venezuela ontem por unanimidade.
“O presidente da República é, acima de tudo, um ser humano que merece exercer o direito de se tratar", disse o vice-presidente do Parlamento, Aristóbulo Istúriz. O deputado da oposição Alfonso Marquina acrescentou que os opositores desejam a Chávez sua pronta recuperação e defendeu que o vice-presidente Elías Jahúa exerça as funções presidenciais, e não o presidente, a distância.
"Não se pode governar de outro ponto que não seja o território nacional. À frente do país deve estar o vice-presidente executivo, não se pode emitir decretos nem assinar leis", disse Marquina.
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Jornalista da Rede Globo atribui culpa da crise aos gregos

Não, a culpa não é do mercado”. Este é o título de um artigo de Carlos Alberto Sardenberg, publicado nesta quinta-feira, 23, pelo jornal O globo. O tema é a crise na Grécia, que o jornalista, especializado em economia, atribui aos próprios gregos. 
 
Umberto Martins
 
Afinado, desde sempre, com a ideologia neoliberal, Sardenberg revela preocupações com o fato de que já “se espalha” pelo mundo “o entendimento de que o mercado, os banqueiros e a União Europeia, com suas exigências de austeridade, são os culpados pelas desgraças da Grécia”.
Qual nada, argumenta o funcionário das Organizações Globo, remando contra a maré e o novo senso comum que se forma acerca deste tema, em defesa da verdade neoliberal. O mercado, os banqueiros, o FMI, a União Europeia, e o capitalismo (este sistema maravilhoso, perene e insuperável), não têm culpa alguma no cartório. Muito pelo contrário. 
 Os trabalhadores gregos, ignorantes ingratos que esbravejam em Atenas contra a troika e a oligarquia financeira, deveriam erguer as mãos para o céu e agradecer ao capitalismo, e aos seus personagens e agentes, pelo (suposto) surto de prosperidade que precedeu a crise da dívida. 
 Suportar com estoicismo e resignação os venenos impostos pela troika, abdicando dos protestos e "arruaças" nas praças, eis a receita do nosso articulista, digo articulista das Organizações Globo, ao povo. Mas o escriba desconfia que os rebeldes gregos rejeitam seu diagnóstico impecável e os sábios conselhos que dele emanam. “Se perguntarem aos manifestantes nas ruas de Atenas, eles dirão que tudo ia bem até que a crise financeira estragou tudo”, lamenta.
Matéria Completa, ::Aqui::
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Vaticano responde a acusações de corrupção

Representantes da Sala de Imprensa do Vaticano emitiram dois comunicados esclarecendo acusações de corrupção feitas pelos jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi, no programa “Gli Intoccabili”; e Angela Camuso, autora do artigo “Riciclaggio, quattro preti indagati: I silenzi del Vaticano sui controlli”, publicado no último dia 8.
Os jornalistas acusam o governo depois  terem acesso a uma suposta carta enviada pelo secretário geral de governança para o papa Bento XVI, reclamando de ações de corrupção e desperdício de dinheiro, que levaram a prejuízos nas contas públicas da cidade-estado.
A Sala de Imprensa negou todas acusações que, segundo a suposta carta, envolviam membros do governo e do IOR (Instituto para as Obras Religiosas), que fiscaliza e administra patrimônios doados à Santa Sé. O comunicado afirma ainda que o artigo representa “uma notável falta de seriedade” e que “as informações divulgadas no programa não representam a verdade”. O documento esclarece cada ponto abordado pelos jornalistas, e responde apresentando dados e explicações já dadas à Justiça Italiana.
Segundo o documento, o “efeito difamatório das acusações é resultado do uso do termo ‘incriminado’ em relação ao Presidente da IOR, Ettore Gotti Tedeschi, e o Diretor Geral, Paolo Cipriani. Nem um, nem o outro jamais foram incriminados, apenas prestaram esclarecimentos perante a justiça italiana”, conclui.
Leia parte do comunicado:
"Além disso, o artigo não diz que, a partir dos anos 2006-2007, o IOR está se esforçando com determinação na análise das contas e na verificação de seus clientes para acertar e descobrir a eventualidade de ações suspeitas. O artigo curiosamente preferiu ignorar este esforço do IOR.
A IOR tem cooperado repetidamente com às Autoridades Italianas em todos os níveis. Vale destacar que o IOR sempre forneceu as informações necessárias, até fora dos canais formais. Os fatos mostram que a transmissão (que acusa o Vaticano de corrupção) resulta parcial e não contribui para um quadro objetivo da realidade"
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CHARGE


Gilmar, Heraldo e a Globo. Quem processa PHA

O que se segue é a defesa oral de Paulo Henrique Amorim na ação penal que Heraldo Pereira de Carvalho move contra mim, acrescida de informações parcialmente lidas na defesa oral, na audiência de conciliação na ação Cível, em 15 de fevereiro de 2012.

(Clique aqui para ler “A verdadeira conciliação entre PHA e Heraldo”.)

Como o objetivo do juiz Daniel Felipe Machado, da 12ª Vara Cível de Circunscrição Especial de Brasília foi, desde o início da audiência, promover um conciliação, a leitura integral pareceu ao Juiz e a meu advogado, Dr Cesar Marcos Klouri, desnecessária.
Além disso, o objetivo do Dr Klouri e meu sempre foi, desde sempre, obter do autor da ação um documento formal em que ele reconhecesse que a expressão “negro de alma branca”, nos artigos mencionados, não continha ofensa moral e muito menos um conteúdo racista.
Como isso foi plenamente obtido, com a assinatura do autor da ação, na presença de seus advogados e do Juiz, no termo de conciliação – em que não há assunção de qualquer tipo de culpa -, de novo, a defesa oral parecia imprópria.
Mas, como aqui estão os argumentos que usei na ação penal, e uma menção às minhas enobrecedoras testemunhas na específica ação Cível, acho por bem reproduzí-la, com as alterações:
SOU JORNALISTA HÁ 51 ANOS.
FUI ESTAGIÁRIO DO JORNAL A NOITE EM 1961.
COMECEI ENTÃO A FINANCIAR OS PRÓPRIOS ESTUDOS.
TRABALHEI NA REVISTA MANCHETE E NA REALIDADE, ENTÃO, A MAIS IMPORTANTE DO PAÍS.
AINDA NA EDITORA ABRIL, ABRI O ESCRITÓRIO DA REVISTA VEJA EM NOVA YORK COM 25 ANOS.
FUI EDITOR DE ECONOMIA DA REVISTA VEJA E DIRETOR DE REDAÇÃO DA REVISTA EXAME.
EDITOR DE ECONOMIA , REDATOR CHEFE E DIRETOR DE REDAÇÃO DO JORNAL DO BRASIL, QUANDO ERA O MELHOR JORNAL DO BRASIL.
DIRETOR DE JORNALISMO DA TEVÊ MANCHETE.
EDITOR DE ECONOMIA, COLUNISTA DE ECONOMIA DO JORNAL DA GLOBO, ÂNCORA E DIRETOR DA REDE GLOBO NO ESCRITÓRIO EM NOVA YORK.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA JORNAL DA BAND.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA FOGO CRUZADO, NA BANDEIRANTES.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA “CONVERSA AFIADA” , DA TV CULTURA – ÚNICO PROGRAMA DIÁRIO, EM TEVÊ ABERTA, NO HORÁRIO NOBRE, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, POR DOIS ANOS.
SOU ÂNCORA DO PROGRAMA DOMINGO ESPETACULAR, A SEGUNDA MAIOR AUDIÊNCIA DA TEVÊ BRASILEIRA, AOS DOMINGOS.
HÁ DEZ ANOS SOU RESPONSÁVEL PELO SITE CONVERSA AFIADA QUE, EM 2012, ENTRE 100 MIL BLOGS DO BRASIL, FOI O MAIS VOTADO NUMA ELEIÇÃO DA RESPEITADA EMPRESA DE ADMINISTRAÇÃO DE PRODUTOS NA INTERNET, A TOP OF MIND.
NA MESMA ELEIÇÃO, O CONVERSA AFIADA FOI ELEITO O MAIS IMPORTANTE BLOG POLÍTICO DO PAÍS.
DIGO ISSO PARA RESSALTAR QUE, COMO O AUTOR, TIVE UMA ORIGEM HUMILDE, DE PAIS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE BAIXA REMUNERAÇÃO, QUE TEVE QUE TRABALHAR MUITO PARA ESTUDAR E SUBIR NA VIDA.
O AUTOR NÃO TEM O MONOPÓLIO DA LUTA CONTRA A ADVERSIDADE.
OU DA CAPACIDADE DE SUPERÁ-LA.
ISSO NÃO QUALIFICA A DENÚNCIA DELE.
PELO MENOS DIANTE DESTE SUPOSTO RÉU.
EM 51 ANOS DE CARREIRA, COMO REPÓRTER, REDATOR, EDITORIALISTA, ARTICULISTA, ÂNCORA OU EDITOR JAMAIS , N U N C A
- SUSPEITARAM
- INSINUARAM
- OU ME ACUSARAM DE RACISMO
OU SEQUER DE PRECONCEITO CONTRA NEGROS, JUDEUS, ÍNDIOS, PALESTINOS, NORDESTINOS, BOLIVIANOS, HOMOSSEXUAIS, TRAN-SEXUAIS OU QUALQUER MINORIA OU SEGMENTO SOCIAL.
AO CONTRÁRIO.
OS AUTOS DEMONSTRAM QUE SOU UM DEFENSOR DAS POLÍTICAS QUE IMPEDEM E COMBATEM O RACISMO E O PRECONCEITO.
QUERO AQUI AGRADECER O GENEROSO TESTEMUNHO DO DEPUTADO EDSON SANTOS, DO PT DO RIO, EX-MINISTRO DA IGUALDADE RACIAL, E JEAN WILLYS, DO PSOL DO RIO, QUE LUTA PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA.
OS DOIS SE DISPUSERAM A DEPOR A MEU FAVOR NESTA CAUSA, SE FOSSE NECESSÁRIO.
AGRADEÇO TAMBÉM AO SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, PAI DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, QUE DEU UM TESTEMUNHO EM MINHA DEFESA, ESPECIALMENTE PARA ESTA AÇÃO, ONDE ATESTA QUE JAMAIS MANIFESTEI QUALQUER ATO OU IDEIA DE CARÁTER RACISTA.
AO CONTRÁRIO.
DEFENDO, POR EXEMPLO, AS COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES -
POLÍTICA QUE O SUPOSTO RÉU DEFENDE DESDE QUE, CORRESPONDENTE DA GLOBO NOS ESTADOS UNIDOS, PODE ACOMPANHAR SEUS EFEITOS BENÉFICOS PARA NEGROS QUE NASCEM NA ADVERSIDADE.
NUNCA EM 51 ANOS DE ATIVIDADE PÚBLICA , À VISTA DE TODOS, EM REDE NACIONAL, DISSERAM, INSINUARAM OU SUSPEITARAM QUE EU FOSSE RACISTA.
OU QUE, COMO ACUSA O AUTOR, INCITASSE O RACISMO.
ESSE MESMO SITE NA INTERNET, AGORA ACUSADO DE SER UM INSTRUMENTO DO RACISMO, UMA ESPÉCIE DE MEIN KAMPF DA BLOGOSFERA, ESSE MESMO CONVERSA AFIADA DIVULGOU DEZENAS DE TEXTOS CONTRA O RACISMO E O PRECONCEITO.
E A FAVOR DA COTAS.
ISSO ESTÁ FARTAMENTE DOCUMENTADO NOS AUTOS.
NÃO HÁ UMA FRASE, UM ATO, UMA PALAVRA, UM GESTO, EM 51 ANOS NA VITRINE DA IMPRENSA, QUE POSSA OU QUE J A M A I S TENHA SIDO ASSOCIADO A RACISMO.
SOBRE A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA”, QUE PARECE SINTETIZAR A ACUSAÇÃO, ESSA, SIM, INFAMANTE, QUERO PONDERAR.
PRIMEIRO, O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO NÃO É UNIVOCO.
ELA SE ASSOCIA, POR EXEMPLO, A ZUMBI DOS PALMARES, UM HERÓI DA RESISTÊNCIA DOS NEGROS QUE NÃO SE SUBMETEM À OPRESSÃO.
TAMBÉM SE EMPREGOU EM RELAÇÃO AO PAI TOMÁS , SEM NENHUMA CONOTAÇÃO OFENSIVA – E MUITO MENOS RACISTA.
UM DOS SIGNIFICADOS DA EXPRESSÃO – QUE, ADMITO, POSSA MELINDRAR E, SE ASSIM FOR, LAMENTO PROFUNDAMENTE – UM DOS SIGNIFICADOS CORRENTES E USUAIS É PARA DESCREVER O NEGRO QUE NÃO DEFENDE NEM SE DEFENDE DO RACISMO E DOS RACISTAS.
É A ACEPÇÃO A QUE RECORRI.
NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO QUE NÃO OLHA PARA TRÁS – PARA A CHAGA DA ESCRAVIDÃO, OU, COMO DIRIA JOAQUIM NABUCO:
“NÃO BASTA ACABAR COM A ESCRAVIDÃO. É PRECISO DESTRUIR SUA OBRA.”
É A OBRA QUE ESTÁ ABERTA AINDA HOJE, COMO COMPROVAM AS ESTATÍSTICAS DO IBGE, DOS CÁRCERES BRASILEIROS, DAS CRACOLÂNDIAS.
NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER AQUELE QUE NÃO ASSUME A SUA PRÓPRIA CONDIÇÃO DE NEGRO PARA COMBATER O RACISMO E O PRECONCEITO CONTRA O NEGRO.
CONTRA ELE, CONTRA A MÃE, O PAI, OS IRMÃOS.
É O NEGRO QUE OLHA PARA OUTRO LADO.
QUE FINGE QUE NÃO VÊ.
ACHA QUE NÃO É COM ELE.
NEGRO DE ALMA BRANCA DE PRESTÍGIO, UMA CELEBRIDADE, É O NEGRO QUE NÃO SE VALE DA POPULARIDADE E DO PRESTÍGIO PARA DEFENDER O NEGRO PRESO À CORRENTE DA ADVERSIDADE.
NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER TAMBÉM AQUELE QUE SE PRESTA A COONESTAR AS POSIÇÕES, AS TESES DE QUEM É CONTRA OS DIREITOS CIVIS DOS NEGROS OU DOS QUE COMBATEM AS POLÍTICAS QUE PODEM DAR INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E RECONHECIMENTO SOCIAL AOS NEGROS.
SÃO AQUELES QUE DEFENDEM PSEUDO POLÍTICAS ANTROPOLÓGICAS QUE CONGELAM A DESIGUALDADE E A DISCRIMINAÇÃO.
NESSE PAÍS DE MAIORIA NEGRA MORREM MAIS NEGROS QUE BRANCOS NA MESMA FUNÇÃO.
HÁ MENOS NEGROS NAS FACULDADES.
QUANTOS NEGROS HÁ NA MAGISTRATURA ?
A CARA DA MISÉRIA, A CARA DA POBREZA NO BRASIL, É NEGRA.
ESSA É UMA QUESTÃO CENTRAL DA DEMOCRACIA BRASILEIRA – E O LOCAL
PARA DISCUTÍ-LA NÃO É NESTA SALA, COM ESTE TIPO DE AÇÃO, QUE NÃO PASSA DE UMA PERIPÉCIA, UMA MANIFESTAÇÃO DE PODER.
DE PODER PARA TENTAR MANIPULAR O SISTEMA JUDICIÁRIO EM BENEFÍCIO DO AUTOR, FUNCIONÁRIO DA MAIS PODEROSA EMISSORA DE TEVÊ DA AMERICA LATINA, ONDE OCUPA CARGO DE PRESTÍGIO E DESTAQUE.
NA MINHA MODESTA OPINIÃO, TODO NEGRO DEVERIA DEFENDER O NEGRO.
ESPECIALMENTE SE FOR FAMOSO, TIVER PRESTÍGIO.
ESPECIALMENTE SE DISPÕE DO PÚLPITO DA REDE GLOBO.
ESTIVE NESSE PÚLPITO GLOBAL, TOTAL, POR DEZ ANOS E SEI O QUANTO ELE VALE.
VALE MUITO, PARA, EM ATIVIDADES PÚBLICAS, ATIVIDADES QUE DERIVAM DO FATO DE SER UM PROFISSIONAL DA GLOBO, PODER DEFENDER CAUSAS NOBRES.
POR EXEMPLO, COMBATER O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO – COMO FEZ ESTE SUPOSTO REU EM ATIVIDADES PÚBLICAS NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL.
É O PÚLPITO QUE DÁ DIMENSÃO AO TRABALHO ARTÍSTICO E POLÍTICO – NÃO PARTIDÁRIO – DE MILTON NASCIMENTO, LECY BRANDÃO, LÁZARO RAMOS E, SOBRETUDO, DE MARTINHO DA VILA, UM DIVULGADOR INCANSÁVEL DA CULTURA AFRICANA E SEU ENRAIZAMENTO NA CULTURA BRASILEIRA.
E ENFATIZO O PAPEL DE MARTINHO, MARTINHO DA VILA.
ASSIM COMO O DE MARTIN, MARTIN MARTINHO LUTHER KING JR, O DOCTOR KING – SEM DÚVIDA, O DR KING, COMO MARTINHO, NÃO ERA UM NEGRO DE ALMA BRANCA.
MARTINHO … MARTINHO LUTERO, QUE SE INSURGIU CONTRA AS VERDADES ESTABELECIDAS E CONGELADAS.
CRITICO TAMBÉM A GLOBO.
E SEU IDEÓLOGO, SUA IDEOLOGIA.
MEU PROBLEMA COMO CIDADÃO DE UMA REPÚBLICA LAICA, ONDE DEVE IMPERAR A DEMOCRACIA, É, NO CASO EM TELA, NESTA ACUSACAO, COM A GLOBO.
CONCESSIONÁRIA DE UM BEM PÚBLICO – O ESPECTRO ELETRO-MAGNETICO – A GLOBO CONGELA A DESIGUALDADE. CRISTALIZA SUPOSTAS VERDADES CONVENIENTES, APROPRIADAS, QUE TOMAM A FORMA DE DOGMAS.
GLAMURIZA A INJUSTIÇA.
E, SOBRETUDO, IMPEDE O DEBATE.
OMITE A DISCUSSÃO SOBRE POLÍTICAS QUE COMBATAM A DESIGUALDADE.
FECHA A PORTA À VÍTIMA DA INJUSTIÇA.
ATRIBUI-SE AO FUNDADOR DA REDE GLOBO, O EMPRESÁRIO ROBERTO MARINHO, A FRASE SÍNTESE DESTE MONOPÓLIO:
O IMPORTANTE – DIZIA ELE – NÃO É O QUE A GLOBO DIVULGA, MAS O QUE … NÃO … DIVULGA !
A MINHA CRÍTICA – EXPRESSA NOS TEXTOS EM QUE SE SUSTENTA O AUTOR – É A ESSA POLÍTICA E A SEU IDEÓLOGO, AQUELE QUE, NOS MEIOS JORNALÍSTICOS , É CHAMADO DE CARDEAL RATZINGER DA GLOBO, O GUARDIÃO DA FÉ DE ROBERTO MARINHO.
É O JORNALISTA ALI KAMEL, O MAIS PODEROSO DIRETOR DE JORNALISMO DA HISTÓRIA DA REDE GLOBO.
E ESTE SUPOSTO RÉU CONVIVEU COM OS OUTROS TRÊS .
NENHUM TEVE TANTO PODER QUANTO KAMEL.
TRATA-SE DE UM PSEUDO ANTROPÓLOGO OU FALSO BIÓLOGO QUE SUSTENTA O DISPARATE DE QUE NO BRASIL QUASE NÃO HÁ NEGROS.
HÁ, SIM, SEGUNDO O SUPOSTO CARDEAL, PARDOS.
E PARDOS, PORQUE NÃO SÃO NEGROS, NÃO PRECISAM DE COTAS PARA ENTRAR NA UNIVERSIDADE.
E ISSO O QUE EU CRITICO.
E PORQUE USOU – ELE, SIM, KAMEL – O PÚLPITO DA GLOBO E DO JORNAL O GLOBO
PARA ESCREVER UM LIVRO COM TÍTULO QUE É SABIDAMENTE UMA FRAUDE.
O TÍTULO É … NÃO SOMOS RACISTAS.
ONDE COMBATE FEROZMENTE AS COTAS RACIAIS.
A CRÍTICA DESTES ARTIGOS EM QUESTÃO É À IDEOLOGIA QUE NUTRE O RESPONSÁVEL PELA POLÍTICA EDITORIAL DA MAIOR REDE DE TELEVISÃO DA AMÉRICA LATINA.
A GLOBO NÃO É UMA ABSTRAÇÃO.
ELA É FEITA DE HOMENS DE CARNE, OSSO E IDEIAS.
A GLOBO TEM IDEIAS, IDEOLOGIA – E ACIMA DE TUDO, INTERESSES.
INTERESSES POLÍTICOS.
E ISSO DEVERIA SER DISCUTIDO NOUTRO FORUM, QUE NÃO ESSE, QUE O AUTOR NOS IMPÕE.
COMO JORNALISTA E HOMEM PÚBLICO TENHO UMA TRADIÇÃO DE CRITICAR A GLOBO.
ISSO TAMBÉM ESTÁ NOS AUTOS.
O TÍTULO DA REPORTAGEM EM TELA FALA POR SI MESMO:
“A GLOBO MENTE EM REDE NACIONAL E DESMENTE EM REDE LOCAL”
O QUE É INACEITÁVEL DO PONTO DE VISTA ÉTICO.
COMO DISSE A PEÇA INICIAL NA DEFESA QUE FIZ NO CRIME – SIM, PORQUE ME PROCESSAM POR UM CRIME TAMBEM -
” NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO BEM SUCEDIDO QUE NÃO DEFENDE OS NEGROS – QUE DESMENTE A NECESSIDADE DE POLÍTICAS FOMENTADORAS DA IGUALDADE RACIAL E CORROBORA A TESE DE ALI KAMEL DE QUE O BRASIL NAO É RACISTA.”
O COMPORTAMENTO PUBLICO E PROFISSIONAL DO AUTOR É, ASSIM, A CONFIRMACAO DA TESE DO ALI KAMEL.
E A PERIPECIA DO AUTOR É DIZER QUE ISSO É UMA FORMA DE RACISMO…
SE BARACK OBAMA OU PELÉ FOSSEM À JUSTICA TODA VEZ QUE OS CHAMAM DE NEGROS DE ALMA BRANCA, O SISTEMA JUDICIAL BRASILEIRO E AMERICANO NAO FARIA OUTRA COISA !
RECENTEMENTE, UM DOS MAIS RESPEITADOS INTELECTUAIS AMERICANOS, CORNELL WEST, PROFESSOR DE HARVARD E PRINCETON, CHAMOU O PRESIDENTE BARACK OBAMA DE NEGRO DE ALMA BRANCA, PORQUE , SEGUNDO ELE, SE VENDEU A WALL STREET.
CORNELL WEST É NEGRO E USA CABELO AFRO.
A CRITICA QUE FIZ NO CONVERSA AFIADA NAO FOI UMA OBSERVACAO SOBRE A ETNIA DO QUERELANTE – NEM DE ALI KAMEL, DE ORIGEM PALESTINA.
FOI UMA CRITICA POLITICA.
UMA CRITICA À IDEOLOGIA DA GLOBO.
QUERO ME REPORTAR AQUI À NOTAVEL CONTRIBUIÇÃO DA GLOBO À CULTURA BRASILEIRA.
ESTE PRODUTO IMPORTADO CHAMADO BIG BROTHER BRASIL, TAMBÉM CHAMADO DE BIG BROTHEL BRASIL.
QUERO INVOCAR TAMBÉM O DEPOIMENTO DE MINO CARTA, PROVAVELMENTE O MAIOR JORNALISTA BRASILEIRO E MEU MENTOR, DESDE QUE FOI MEU CHEFE NA REVISTA VEJA.
COMO TODOS SABEM, O BIG BROTHER BRASIL OFERECEU AO PUBLICO BRASILEIRO UMA CENA SUB-EDREDÔNICA ONDE SE SUSPEITA TER OCORRIDO UM ESTUPRO.
O SUSPEITO DE PRATICAR O ESTUPRO É UM MODELO PROFISSIONAL, NEGRO, DE NOME DANIEL.
VEJA O QUE DIZ MINO CARTA SOBRE NEGROS DE ALMA BRANCA E A GLOBO.
Quanto ao Big Brother, é de fonte excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”, crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estréia, Daniel Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial . [...]E não é que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão, como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma colega de aventura global, como a concorrência divulga”.
COMO DIZ O MINO CARTA, EM OUTRO CONTEXTO:
A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA” É EXATAMENTE UMA CRITICA AO RACISMO.
SÓ A GLOBO TEM O DIREITO DE TER OPINIÃO NESTE PAÍS ?
O DIREITO DE ESTABELECER QUEM DEVE E QUEM NAO DEVE ENTRAR NAS UNIVERSIDADES ?
QUEM É RACISTA OU NÃO ?
QUEM PODE TRABALHAR COM O PEDRO BIAL, SENDO NEGRO ?
MINO CARTA DÁ A IMPRESSÃO DE QUE EXISTE UM TESTE DE HIGIENE IDEOLOGICA NA GLOBO.
SIM.
PORQUE NÃO HÁ NOTICIA DE UM NEGRO QUE TRABALHE NO JORNALISMO DA GLOBO QUE TENHA DEFENDIDO PUBLICAMENTE AS COTAS RACIAIS PARA A UNIVERSIDADE.
NÃO SÃO MUITOS OS NEGROS, ALI NAQUELA VITRINE PODEROSA.
E OS POUCOS NÃO DEFENDEM AS COTAS – POR QUE SERÁ ?
ESTA NÃO É UMA AÇÃO PENAL !
O QUE SE JULGA AQUI É A LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
E NAO A SIMPLES LIBERDADE DE IMPRENSA DO ROBERTO MARINHO, SEUS HERDEIROS E ALI KAMEL.
A LIBERDADE DE PENSAR E SE EXPRIMIR DIFERENTE DA GLOBO.
DE NAO SE SUBMETER A UM PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO IDEOLOGICA.
QUERO RELEMBRAR, AQUI, A TESE CENTRAL DO PROFESSOR LUIS FELIPE DE ALENCASTRO, AUTOR DO LIVRO CLASSICO “TRATO DE VIVENTES “, TITULAR DA CADEIRA DE HISTÓRIA DO BRASIL NA SORBONNE, NA FRANÇA, NUM TESTEMUNHO RECENTE EM AUDIENCIA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, A CONVITE DO MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI.
O PROFESSOR ALENCASTRO ESTÁ NOS AUTOS, COMO MINHA TESTEMUNHA.
DISSE ELE NO SUPREMO.
A DIVISÃO DA SOCIDADE BRASILEIRA ESTÁ DADA. É CONCRETA.
PESQUISAS DO IBGE, DO IPEA, DE REPUTADOS SOCIOLOGOS E HISTORIADORES RENOMADOS ATESTAM A ESMAGADORA DEBILIDADE SOCIAL, ECONOMICA, EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO NEGRA.
ESSE MAL JÁ ESTÁ FEITO.
A ESCRAVIDÃO FEZ.
AGORA, É PRECISO TRATAR DESIGUALMENTE AS OPORTUNIDADES PARA CORRIGIR A DEFORMAÇÃO GERADA NA DESIGUALDADE.
POR ISSO SOU A FAVOR DAS COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES, CONCLUIU ELE.
ESSA É A MINHA QUESTÃO.
ESSE É, NESTE CASO, O MEU PROBLEMA COM A GLOBO E SEU IDEOLOGO, O PSEUDO ANTROPOLOG , O CARDEAL RATZINGER.
ESSA É A MINHA CRITICA AOS NEGROS DE ALMA BRANCA.
NUMA PALAVRA, A CONDESCENDÊNCIA COM A DESIGUALDADE.
SUBSIDIARIAMENTE, ESSA AÇÃO – NO CRIME E NO CÍVEL – NÃO PASSA DE UMA BURLA, DE UM ESCÁRNIO AO SISTEMA JUDICIARIO.
O VERDADEIRO AUTOR, NA MINHA INVIOLÁVEL E SOLITARIA INTERPRETACAO, É GILMAR MENDES, TESTEMUNHA DO AUTOR, NA AÇÃO PENAL.
QUE SE ABALOU DO OLIMPICO TRIBUNAL PARA VIR AQUI COMO SE FOSSE TRATAR DE UMA ROTINEIRA QUERELA TRABALHISTA.
NAO !
GILMAR MENDES QUER SE VINGAR DE MIM ATRAVÉS DE TRES PROCESSOS NA JUSTIÇA.
NO CRIME, JÁ FOI SUMARIAMENTE DERROTADO, PORQUE O MINISTERIO PUBLICO NAO VIU POR QUE ME PROCESSAR.
FALTAM DOIS PROCESSOS NO CÍVEL, ONDE A JUSTIÇA, CERTAMENTE, PREVALECERÁ.
E TEM ESTE AQUI, DE QUE TRATAMOS, EM QUE ELE É O VERDADEIRAO AUTOR E O ESPIRITO SANTO DE ORELHA DESTA AÇAO.
FAZ ISSO ATRAVÉS DO CONSPICUO AUTOR, PRO FORMA.
FAÇO ESSA DENUNCIA SERENAMENTE.
E A FAREI EM TODAS AS INSTÂNCIAS NECESSARIAS.
AQUI, ME DEBATO COM GILMAR MENDES.
UM NOTORIO ADVERSÁRIO DA LIBERADE DE EXPRESSAO – TANTAS AS AÇOES INOCUAS QUE MOVE NA JUSTIÇA PARA CALAR JORNALISTAS INDEPENDENTES.
COMO TENTOU FAZER COM MINO CARTA E LEANDRO FORTES, TAMBEM DA CARTA CAPITAL
E PERDEU.
QUAL O PROBLEMA DE GILMAR MENDES COM ESTE SUPOSTO RÉU ?
PORQUE NO SITE CONVERSA AFIADA FAÇO QUESTAO DE RELEMBRAR QUE ELE DEU EM 48 HORAS DOS HCS QUE O MEIO JURIDICO CHAMA DE HCS CANGURU, PARA BENEFICIAR UM PASSADOR DE BOLA APANHADO NO ATO DE PASSAR BOLA, O BANQUEIRO DANIEL DANTAS.
PORQUE O SITE CONVERSA AFIADA CONSIDERA QUE GILMAR MENDES NÃO TEM CONDIÇÕES MORAIS NEM INTELECTUAIS PARA SE SENTAR NUMA CADEIRA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
UM MINISTRO QUE MANTEM COM O ADVOGADO SERGIO BERMUDES AS RELAÇÕES PROMISCUAS QUE ELE MANTEM, COM O USUFRUTO DE APARTAMENTO NO CENTRAL PARK, EM NOVA YORK, E UMA LIMOUSINE MERCEDES BENZ – ESSE HOMEM, NA MINHA MODESTA OPINIÃO, NÃO PODE SER UM ARBITRO DE QUESTÕES QUE DIGAM RESPEITO À CONSTITUIÇÃO.
QUERO ENCERRAR MINHAS PALAVRAS COM UM TESTEMUNHO PESSOAL.
NUM RECENTE DOMINGO, O PROGRAMA EM QUE TRABALHO, DOMINGO ESPETACULAR, EXIBIU REPORTAGEM MINHA NUM ABRIGO, NO RIO, DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VICIADOS EM CRACK.
CRIANÇAS TALVEZ DESTRUIDAS DE FORMA IRRECUPERAVEL.
SEUS CIRCUITOS CEREBRAIS JÁ FORAM DANIFICADOS DE TAL FORMA, QUE NÃO CONSEGUEM MAIS ARTICULAR COM NITIDEZ AS PALAVRAS QUE SAEM DA BOCA.
HAVIA, ALI, 23 CRIANÇAS.
TODAS ERAM NEGRAS.
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Não há saída militar para o fim da violência na Síria, afirma ONU


Brazilian Paulo Sergio Pinheiro, who is mandated by the U.N. Human Rights Council to lead an international investigation of allegations of human rights abuses in Syria, gestures during a press conference at the United Nations headquarters in Geneva, Monday, Nov 28, 2011. Syrian troops have killed hundreds of children and committed other "crimes against humanity" since the government crackdown began in March, the U.N. probe said Monday. (AP Photo/Anja Niedringhaus)

Paulo Sérgio Pinheiro presidiu investigação da ONU.

O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro preside a comissão da Nações Unidas que investiga violações dos direitos humanos na Síria. Em segundo relatório, comissão diz que só diálogo resolverá a crise: "a Síria não é a Líbia". p>Em segundo relatório, divulgado nesta quinta-feira (23/02), a Comissão de Inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU afirma que só o diálogo pode acabar com a violência na Síria. O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que presidiu a investigação, conversou com a DW Brasil sobre as conclusões apontadas no documento.
A situação dos direitos humanos no país comandado por Bashar al-Assad piorou drasticamente desde a apresentação do primeiro relatório, em novembro passado, afirma Pinheiro. E as divisões observadas na comunidade internacional dificultam o quadro. "O governo falhou em sua responsabilidade de proteger sua população", afirma o relatório, acrescentando que os grupos anti-Assad também cometeram abusos – "embora em escala e organização incomparáveis àquelas cometidas pelo governo."

DW Brasil: A comissão concluiu que só o diálogo pode pôr fim à violência na Síria. Não há alternativa?
Paulo Pinheiro: Não existe nenhuma saída militar. Se houvesse saída militar o conflito já tinha terminado. Já faz quase um ano desde a primeira manifestação. É preciso perder essa ilusão sobre no fly zone e outras coisas que funcionaram na Líbia. A Síria não é Líbia.
O que os Estados têm que fazer é trabalhar no sentido de colocarem as várias partes numa mesa virtual. Nós temos uma experiência enorme na América do Sul e na América Central, não é preciso partir do zero sobre como fazer uma negociação. Não devemos esquecer que os franceses negociaram, sem suspender o conflito, na guerra da Argélia, e o Vietnã do Norte negociou com os Estados Unidos sem suspender a guerra.
Não é que eu esteja propondo que a violência não seja suspensa na Síria, ela deve ser. Especialmente agora que estamos vendo o que está acontecendo em Homs. É uma ilusão achar que haverá uma outra solução (que não o diálogo), ou então corredores humanitários impostos à Síria. Isso não vai funcionar. Essa ajuda humanitária só vai ocorrer de forma negociada, como, aliás, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha está tentando fazer de maneira bastante profissional. Não há outra saída. Nós deixamos isso muito claro no relatório.
O fim da violência na Síria seria o fim do regime de Assad?
Não se pode entrar numa negociação dizendo que tem que acabar o governo Assad. Não é assim que as negociações podem ocorrer. Tanto que, se isso fosse possível, a segunda proposta da Liga Árabe teria sido implementada.
É evidente que primeiro é preciso começar a conversar para ver o que vai ocorrer. Eu não tenho a receita de como vai ser essa conversa ou esse debate. A única coisa que a comissão disse com todas as letras é que não há saída militar para essa crise.
Mas essa conversa, até agora, parece que está sendo muito difícil com o governo. A própria comissão presidida pelo senhor, inclusive, não foi recebida na Síria.
Nós temos também o mandato para fazer essa negociação. Para dizer a verdade, nesse ano tivemos um contato fluido com o governo. Não só através de dados, correspondência, mas também através da missão em Genebra. Coisa que não tivemos no relatório passado (divulgado em novembro de 2011).
Há sempre a esperança de que o governo mude essa sua perspectiva.
Sem estar na Síria, como foi feito esse trabalho de coleta de informações?
Não é coisa fácil. Se nós tivéssemos podido ingressar no país teria sido um pouco menos difícil. Mesmo em investigações em situações desse tipo você não irá colocar as vítimas em risco. Nós entrevistamos sírios simpáticos e não-simpáticos ao governo fora do país. Entrevistamos desertores, membros da oposição – fora e dentro do país. Essas entrevistas foram feitas por skype, que não é censurado, e eu não entendo até hoje o porquê.
Usamos informações de organizações internacionais, observações de vídeo, imagens de satélite também foram bastante usadas. Temos assessores militares para nos orientarmos. O relatório tem um corpo sólido de informação para chegar às conclusões que chegamos.
Quem está na lista de perpetradores dos crimes contra a humanidade na Síria, sugerida por vocês?
A lista já foi feita. Depositamos junto ao comissário de Direitos Humanos uma lista de nomes e uma lista de unidades que, nós cremos, são responsáveis por graves violações dos direitos humanos. A lista é confidencial. Quem vai abrir essa lista é um organismo competente, ou o governo da Síria, no futuro, quando quiser fazer uma investigação. Porque a responsabilidade primária por investigar essas violações e crimes é do governo da Síria.
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PHA não é racista



Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no montante de R$ 300.000,00.
Na ação promovida por Heraldo Pereira de Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012, conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado, constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de audiência.
Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho. 

Paulo Henrique Amorim
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Israel não atacará o Irã

Leon Panetta: Caso ataque o Irã, ele não poderá contar com os EUA.  

Washington optou pela diplomacia e não pretende unir forças com o Estado judeu, este sem capacidade militar para agir sem ajuda. 

Gianni Carta (Carta Capital)

Há meses o ataque de Israel contra o Irã é tido como iminente. Na quarta-feira, o vice-ministro russo do Exterior Gennady Gatilov mandou o seguinte recado para Israel: “É claro que qualquer possível cenário militar contra o Irã será uma catástrofe para a região e para o sistema de relações internacionais”.
Em grande parte, a certeza desse ataque israelense vem dos Estados Unidos, visto que candidatos republicanos nas primárias à presidência querem ganhar votos com ameaças contra o Irã.
E, de fato, considerável parte do eleitorado estadunidense, maniqueísta até as orelhas, se entusiasma com o combate contra um inimigo nuclear.
O discurso belicista nos EUA ganha força com o lobby judeu em Washington, que aposta no apoio de Barack Obama (afinal, o lobby judeu contribuiu, e muito, para sua vitória). Diários sequiosos por mais essa guerra, como o Wall Street Journal do senhor Rupert Murdoch, também são favoráveis a uma intervenção.
No entanto, Israel não atacará o Irã.
De saída, Washington não pretende unir forças com Israel no caso de um conflito com Teerã. E, segundo uma reportagem do New York Times publicada no fim de semana, Israel não tem capacidade militar para atacar o Irã.
Em Washington o consenso é este: diplomacia para evitar um confronto com repercussões graves mundo afora. O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior, disse para a rede de tevê CNN que uma guerra conta o Irã seria “desestabilizadora e não realizaria os objetivos de longo prazo de Israel”.
Leon Panetta, Secretário da Defesa, concordou que seria um erro tanto para Israel quanto para os EUA. Por sua vez, Tom Donilon, conselheiro de Segurança Nacional, voltou para a capital dos EUA na segunda após ter estado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Certamente Donilon disse a Netanyahu que Washington não quer uma guerra contra o Irã.
Dempsey, Panetta e Donilon aconselham uma saída diplomática. E Teerã, é claro, também. Suas ameaças são apenas uma reação àquelas dos israelenses e norte-americanos. Teerã disse estar pronta para novas negociações, inclusive com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
De volta de Teerã na quarta, Herman Nackaerts, da AIEA, disse que as negociações não foram conclusivas. No entanto, “o espírito foi construtivo”.
Claro, o Irã não quer sair de negociações de mãos vazias. Terá de ter, por exemplo, o direito de enriquecer urânio. É o mínimo.
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Tucana critica o mais preparado e o mais competente

Em um vídeo divulgado pelo site Sua Metrópole, plataforma colaborativa criada pelo diretório municipal do PSDB paulistano, a militante tucana Catarina Rossi, ligada ao PSDB Mulher da capital, critica duramente o ex-governador de São Paulo, José Serra, e defende a manutenção das prévias. “Ele (Serra) está sendo palhaço. Ele está brincando com a gente.”
A indignação da militante tem a ver com a decisão de dirigentes do partido de pressionar o vencedor das prévias eleitorais do PSDB, que será realizada no dia 4 de março, a desistir da disputa e abrir caminho para a candidatura de Serra.
Após a publicação desta nota, o vídeo foi retirado do site Sua Metrópole, mas segue disponível no YouTube.




De Homs a Valência, não faltam violações aos Direitos Humanos

Basta ver as cenas em Atenas e Valência.
É o caso de se levar as verdadeiras rebeliões, as insurreições populares na Grécia e as manifestações estudantis na Espanha contra seus governos aos organismos de direitos humanos e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como dar apoio material e de propaganda - como já se fez e o fazem em Benghazi, na Líbia e em Homs, na Síria.
Se aplicarmos os critérios e a política da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos sobre a defesa dos direitos humanos, teríamos que apoiar politicamente os movimentos das ruas europeias. Afinal, nas ruas na Espanha e na Grécia a repressão tem a mesma face daquela que se abate contra os anseios populares na Síria e na Líbia.
Por aquelas paragens, as autoridades locais violam o direito sagrado à manifestação e ao protesto. Mas, claro, isso se dá no âmbito da intervenção aberta e direta da Alemanha e França na Grécia e na Itália. Por ali, os governos foram derrubados por pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, sob coordenação da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Políticas desastrosas
Nesses casos, verdadeiros interventores foram nomeados para governar os países em dificuldade. Por sinal, a situação de Portugal não é diferente e, mesmo, a da Espanha, ainda que seus governos, de bom grado, apliquem as políticas equivocadas e desastrosas da União Europeia. Assistimos, ainda, a intervenção de Merkel, e do primeiro ministro britânico, David Cameron, a favor de Sarkozy nas eleições presidenciais francesas.

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