Ao que parece, termina, no dia 4, mais uma pantomima das que costumam marcar a política brasileira.
Serra, dizem os jornais, assumirá amanhã sua candidatura, ainda que com o pró-forma de submeter-se a uma prévia no PSDB que só existe porque ele, durante todo o tempo, negaceou – mais do que negociou – com este o seu fado político de só ter, afinal, este caminho político.
Negaceou porque sabe que a posição de prefeito de São Paulo, depois de eleger-se para o cargo, e para o Governo do Estado, que poderia ser “quase uma “nomeação” para Serra, não será fácil de alcançar.
Serra tem vivos na memória os resultados da eleição presidencial de 2010, onde teve apenas escassos 7,3% de vantagem sobre Dilma Rousseff, no segundo turno, e apenas 2,2% a mais no primeiro – quando teve votação 10 pontos abaixo da de Geraldo Alckmin.
Muito pouco para quem se considera “a mais perfeita tradução” da elite paulista, e concorrendo contra aquela a quem chamavam de um “poste” político, Dilma Rousseff.
Quando Lula optou – e levou o PT a ceder – por Fernando Haddad, não estava seguindo um mero capricho político.
Jogou com o fato de que ele é um fato novo no quadro político, como Dilma o foi.
Abriu caminho para fraturar a unidade – já quebrada desde a derrota de Alckmin para Kassab, nas eleições municipais passadas – a aliança entre os tucanos e o DEM – que em SP é, hoje, o PSD.
Por mais que o nome de Serra cole os cacos dessa aliança, por ser irrefutável a sua condição de spimbolo – e já não chefe – da direita, é improvável que a máquina municipal trabalhe furiosamente por ele.
Afinal, se Haddad se abria a uma composição antes com os de Kassab, porque não comporia depois. E Serra? Bem, já se tornou lugar comum dizer que Serra não tem amigos ou aliados…
E, terceiro, Haddad, justamente por não ter ainda uma impressão prévia sobre seu nome no povão, será aquilo que Lula sabe ser imensamente poderoso: a sua projeção.
E Serra morre de medo de enfrentar Lula.
Mesmo que seja uma imagem projetada no que, pejorativamente, chamam de um “poste” político.
Convenhamos: para quem uma simples bolinha de papel já causa traumatismo, bater de frente em outro “poste” é algo que explica bem o temor de Serra.
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Serra, dizem os jornais, assumirá amanhã sua candidatura, ainda que com o pró-forma de submeter-se a uma prévia no PSDB que só existe porque ele, durante todo o tempo, negaceou – mais do que negociou – com este o seu fado político de só ter, afinal, este caminho político.
Negaceou porque sabe que a posição de prefeito de São Paulo, depois de eleger-se para o cargo, e para o Governo do Estado, que poderia ser “quase uma “nomeação” para Serra, não será fácil de alcançar.
Serra tem vivos na memória os resultados da eleição presidencial de 2010, onde teve apenas escassos 7,3% de vantagem sobre Dilma Rousseff, no segundo turno, e apenas 2,2% a mais no primeiro – quando teve votação 10 pontos abaixo da de Geraldo Alckmin.
Muito pouco para quem se considera “a mais perfeita tradução” da elite paulista, e concorrendo contra aquela a quem chamavam de um “poste” político, Dilma Rousseff.
Quando Lula optou – e levou o PT a ceder – por Fernando Haddad, não estava seguindo um mero capricho político.
Jogou com o fato de que ele é um fato novo no quadro político, como Dilma o foi.
Abriu caminho para fraturar a unidade – já quebrada desde a derrota de Alckmin para Kassab, nas eleições municipais passadas – a aliança entre os tucanos e o DEM – que em SP é, hoje, o PSD.
Por mais que o nome de Serra cole os cacos dessa aliança, por ser irrefutável a sua condição de spimbolo – e já não chefe – da direita, é improvável que a máquina municipal trabalhe furiosamente por ele.
Afinal, se Haddad se abria a uma composição antes com os de Kassab, porque não comporia depois. E Serra? Bem, já se tornou lugar comum dizer que Serra não tem amigos ou aliados…
E, terceiro, Haddad, justamente por não ter ainda uma impressão prévia sobre seu nome no povão, será aquilo que Lula sabe ser imensamente poderoso: a sua projeção.
E Serra morre de medo de enfrentar Lula.
Mesmo que seja uma imagem projetada no que, pejorativamente, chamam de um “poste” político.
Convenhamos: para quem uma simples bolinha de papel já causa traumatismo, bater de frente em outro “poste” é algo que explica bem o temor de Serra.
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