quinta-feira, 31 de agosto de 2017

LULA AO VIVO EM PERNAMBUCO

MORO FOI GRAVADO EM CONVERSA COM AMIGO ADVOGADO


Em 2004, o juiz Sérgio Moro foi gravado de forma clandestina em conversa com o advogado 
Carlos Zucolotto, seu amigo pessoal; na época, a Justiça impediu a divulgação dos áudios da 
conversa, princípio que Moro desrespeitou 11 anos depois, ao divulgar conversas privadas da 
ex-primeira dama Marísa Letícia e diálogos entre o ex-presidente Lula e a presidente deposta 
Dilma Rousseff; reportagem do Diário do Centro do Mundo.

Por Joaquim de Carvalho

A denúncia do advogado Rodrigo Tacla Durán, antigo prestador de serviços da Odebrecht, de que 
um amigo de Moro tentou lhe vender facilidades na Lava Jato desenterrou um passado incômodo 
para o juiz federal de Curitiba.
A relação de Moro com o advogado Carlos Zucolotto Júnior vai além da amizade. Além de ter 
dividido um escritório de advocacia com a mulher de Moro, Zucolotto figurou como advogado em 
um processo no qual Moro era parte — nesse caso, parte mesmo, já que ele foi alvo de escutas 
telefônicas clandestinas realizada pelo advogado e lobista Roberto Bertholdo.
O passado incômodo foi revelado em dois CDs entregues à jornalista Denise Mello, então na rádio 
Bandnews de Curitiba. Ali estavam as transcrições das conversas de Moro. Bertholdo divulgou os 
registros da interceptação clandestina para se defender de um processo em que se encontrava preso, 
acusado de lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Na entrevista que concedeu à rádio, 
de dentro da cadeia, ele contou que 
o doleiro Alberto Youssef, solto por 
Moro num acordo de delação 
premiada em 2004, estava operando 
intensamente no mercado paralelo 
e, com a delação dele, outros 
doleiros haviam sido presos ou 
saíram do mercado. Youssef ficou 
praticamente sozinho no comando 
do submundo da lavagem de 
dinheiro.
Segundo Bertholdo, “a delação 
premiada concedida pela 2.ª Vara 
Criminal Federal de Curitiba ao doleiro Alberto Youssef tem feito com que ele estabeleça um 
monopólio do câmbio no Brasil”, conforme registro da entrevista, feito pelo jornal O Estado do 
Paraná.
A Bandnews, propriedade do grupo J Malucelli, cujo dono é hoje muito amigo de Moro, publicou a 
entrevista, mas não levou ao ar o conteúdo da interceptação telefônica.
Segundo Denise contou em depoimento à Justiça, a razão foi a origem clandestina das gravações. O 
depoimento dela foi relatado num processo que tramitou no Tribunal Regional Federal da 4a. Região:
“Denise arrematou, ainda, que, uma vez terminada a entrevista, relatou o ocorrido ao seu 
coordenador, Gladimir Nascimento. Após deliberarem em conjunto sobre o assunto, levando em 
conta que os áudios tinham sido obtidos de forma clandestina, resolveram não divulgá-los (sic), 
motivo pelo qual a entrevista em questão foi ao ar no dia seguinte, 15/03/2006, sem que fosse 
divulgado ao público o conteúdo das gravações ilícitas.”
Denise Mello já não trabalha mais na Bandnews. Eu a localizei na Banda B, outra emissora de 
Curitiba.
Pouco antes de entrar no ar, ela falou comigo por telefone. “Lembro vagamente desta história”, 
contou. Você prestou depoimento à Justiça? “Não lembro, posso ter prestado”. Quando eu li o que a 
Justiça relatou sobre seu depoimento, ela disse que ocorreu, sim, o depoimento, mas que não havia 
registrado na memória em razão da falta de notoriedade do Moro à época.
“O Moro não era ainda o MORO, entende?”, afirmou. Houve alguma pressão do Malucelli para que 
as gravações da escuta não fossem divulgadas? “Não, de jeito nenhum. Foi uma decisão minha e do 
meu chefe na época, Gladimir”, respondeu, e em seguida disse que entraria no ar e que não poderia 
mais falar.
Em outra ação, apresentada como recurso perante o Superior Tribunal de Justiça, existe o registro de 
um depoimento de Moro prestado à forca-tarefa do Ministério Público Federal na época, da qual 
fazia parte o procurador da república Carlos Fernando dos Santos Lima. É relatado que, no grampo 
clandestino, há a gravação de uma conversa entre Moro e o advogado e amigo Zucolotto.
” (…) foram ouvidas as conversas referentes às fitas apreendidas e que constam nos autos, podendo 
o depoente reconhecer sua própria voz e diálogos mantidos com o Delegado de Polícia Federal Paulo 
Roberto Falcão, com o Procurador da República Vladimir Aras, com a Desembargadora Maria de 
Fátima Labarrère, com o Promotor de Justiça do Estado do Paraná Cruz (de Maringá), com um 
amigo de nome Carlos Zucolotto, com familiares (filha e esposa) e, segundo lhe parece, também uma 
conversa com o DPF Luiz Pontel “(fls. 11/12 do Apenso I, volume I).
Apenas a partir desse instante (da obtenção dessa prova) é que o Magistrado pôde ser considerado 
vítima do delito estando, assim, impedido para o julgamento do feito. O MP, na mesma data da oitiva 
do Julgador, ingressou com a respectiva Exceção (fls. 281/284, do apenso V, volume II). Em 
29.08.05, Sérgio Moro acolheu o pleito, dando-se como impedido (fl. 285 do apenso V, volume II).”
O juiz Sérgio Moro se mobilizou para que Roberto Bertholdo fosse condenado por crimes contra a 
honra. Sua mulher e o amigo Zucolotto atuaram no processo em que o advogado e lobista pretendia 
que fosse aceita exceção da verdade — isto é, quando a alegada injúria ou difamação são decorrentes 
de fatos ocorridos efetivamente.
O expediente da exceção da verdade não foi aceito, e as fitas foram colocadas sob segredo de justiça 
e jamais divulgadas, o que é correto.
Grampos ilegais atentam contra o direito à intimidade e à privacidade, princípio que o juiz Moro, 
onze anos depois, não respeitaria, ao divulgar conversas privadas e de autoridades com foro por 
prerrogativa de função ao Jornal Nacional, da TV Globo.
O que faria Moro de 2006 se julgasse Moro de 2016, quando as conversas da presidente Dilma, de 
ministros e dona Marisa Letícia foram expostas como gasolina atirada a uma fogueira que ardia em 
praça pública?
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EM UM ANO, TEMER PAGOU R$ 4.5 BILHÕES A MAIS DO QUE DILMA EM EMENDAS PARLAMENTARES


Helena Borges

UM ANO APÓS o Congresso, em um grande acordo nacional, expulsar do Planalto a presidente eleita Dilma Rousseff, seu vice Michel Temer — o escolhido para estancar a sangria — governa com o aval de deputados e senadores para quem pagou cerca de R$ 4.5 bilhões a mais em emendas parlamentares do que sua antecessora. Nos últimos 12 meses de governo da petista foram desembolsados R$188.9 milhões (ajustados pela inflação) para atender a demandas dos políticos das duas Casas. Em comparação, nos primeiros 12 meses de governo Temer, o valor chegou a R$4.7 bilhões, cerca de 25 vezes mais do que no mesmo período de gestão de Dilma.
Dilma pagou menos e a um grupo menor, mas obteve maior fidelidade entre os poucos que privilegiou. Já Temer demonstra bilionária e indiscriminada generosidade, mas isso não tem sido suficiente para garantir a fidelidade da maioria; e a vitória apertada na votação sobre a primeira denúncia apresentada pelo Ministério Público é o sinal cabalístico disso. Não à toa, nas vésperas da segunda denúncia chegar à Câmara, ele já começou a dança das cadeiras no cargos conhecidos como “cabides eleitorais”.
No início de agosto, 474 dos deputados que estiveram presentes na votação que afastou Dilma voltaram à Câmara para decidir o futuro de Temer. Os dados detalhados sobre cada um desses parlamentares, quanto eles receberam por mês, como votaram no impeachment de Dilma e sua posição sobre a primeira denúncia de Temer você pode ver no infográfico abaixo, feito com exclusividade por The Intercept Brasil.

Nesta semana, uma nova denúncia contra Temer se encaminha na direção da Câmara dos Deputados. Levantamos os valores pagos a estes parlamentares nos 12 meses que precederam cada votação e a forma como se posicionaram nos dois casos. Os números abrangem o período entre junho de 2015 e julho de 2017 e foram extraídos do sistema de informações do orçamento federal (Siga Brasil), com última atualização no dia 31 de julho.
Junho de 2016: O pagamento pelo impeachment
No mês seguinte ao afastamento da ex-presidente Dilma, os 474 deputados selecionados pela reportagem receberam, juntos, R$ 242 milhões. Cerca de 85% dos pagamentos foram direcionados aos deputados que votaram para tirar o poder de Dilma e entregar a Temer. 

Dilma: poucos privilegiados e pagamentos menores
O montante pago após o afastamento de Dilma foi significativamente maior do que a média recebida durante seu governo. Os pagamentos feitos pela petista seguiam um padrão: valores baixos e bem distribuídos. As quantias flutuavam entre R$2 milhões e R$4 milhões e as diferenças de pagamento aos dois grupos (dos que viriam a votar a favor ou contra o impeachment) não foram significativas.
O mês anterior à votação do impeachment na Câmara registrou a alta mais expressiva do fim do governo petista, em abril de 2016. Dilma aumentou os pagamentos a todos, mas apostou de forma mais intensa em 124 deles: os que viriam a votar em seu favor.
Isso confirma que ela usou o dinheiro de emendas para fazer o jogo político dos parlamentares como última cartada para se manter no poder. Também mostra que investiu menos dinheiro público nisso do que Temer, e em um grupo menor de deputados. E, por isso, obteve resultado proporcional. A estratégia não garantiu votos os suficiente para mantê-la no cargo e Dilma foi removida do Planalto sob as críticas de “falta de habilidade política” e “pouco diálogo”.
Temer leva o jogo político das emendas a outro patamar
Há exatamente um ano, em agosto de 2016, Temer foi oficialmente empossado no cargo. No mês seguinte, em setembro, já com a base conquistada pela alta nos desembolsos dos meses anteriores, ele baixa o nível de pagamentos para usar as emendas de forma mais seletiva. Em dezembro, por exemplo, quando foram apresentadas à Câmara as matérias da Reforma Trabalhista e da Reforma da Previdência, fez um aporte bilionário à Casa.
Os deputados selecionados nesta análise receberam, juntos, R$ 1,7 bilhão em pagamentos de emendas parlamentares naquele mês. Os que viriam a votar em defesa de Temer na primeira denúncia receberam R$909 milhões, pouco mais da metade.

É a partir de maio — com o fim do sigilo que pesava sobre a gravação da conversa com Joesley Batista— que a distribuição de pagamentos começa a se tornar desigual. Dá-se o divisor de águas: os fiéis a Temer receberam R$ 214 milhões e os favoráveis à investigação receberam R$ 97 milhões. Na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Sérgio Zveiter (então PMDB-RJ) produziu um relatório favorável ao afastamento de Temer e à investigação. , Hoje ele está sem partido.
Com a perda de apoio e impopularidade recorde em junho, Temer decide que pode não agradar ao povo, mas que sabe agradar os políticos: mantém os já altos pagamentos à sua base de apoio e dá um aumento até mesmo aos que concordam com a investigação. Em julho, véspera da votação sobre a primeira denúncia, ele chega a pagar ainda mais aos que se posicionavam por seu afastamento: R$243 milhões. Aos que estavam a seu favor, foram R$ 104 milhões.
A banalização do uso das emendas como moeda de troca por votos fez com que os deputados pedissem mais do que dinheiro: eles querem poder. Parte do centrão (PP, PSD e PR) começou a exigir os cargos dos “traidores” que receberam muito e, ainda assim, votaram contra Temer. Para premiar aqueles que votaram a seu favor, o peemedebista remanejou 140 cargos. Resta ver, nas próximas semanas, se isso garantirá sua manutenção no poder.

NORDESTE MANDA RECADO: SÓ ACEITA LULA COMO PRESIDENTE DO BRASIL


"Dada a realidade irreversível da Caravana, enquanto a mídia continua brigando com a 
realidade e vivendo da ficção do filme de propaganda da Lava Jato, o nordeste manda um 
recado politico para todo o Brasil: pela manifestação apaixonada da esmagadora maioria do 
seu povo, não aceita outro presidente do Brasil que não seja o Lula", diz o sociólogo Emir 
Sader, colunista do 247, sobre as andanças do ex-presidente Lula pelo Nordeste; "Como se 
comportará o país diante disso? Como reagirá o sistema politico? E a mídia conservadora? 
Como se poderia governar o Brasil contra o nordeste, uma região em que 8 dos 9 governadores 
estão com o Lula, em que a maioria esmagadora da população está com o Lula?", , questiona.

A Caravana do Lula ainda tem uma semana intensa pela frente. Mas nas duas semanas em que percorreu 7 estados do Nordeste, deixa perguntas, recados, esperanças.
A primeira pergunta é, diante do aluvião que ela tem representando, mobilizando cada vez mais gente, nos atos programados e nas concentrações na beira de estrada, quando corre a notícia de que o Lula vai passar, como isso é possível, a que se deve tudo isso? Muita tinta vai correr, tentando explicar, lançando mão da sociologia, da psicanálise, da antropologia, da política, tal a dimensão arrasadora do fenômeno. Tais as cenas emocionantes, que arrancam lágrimas de felicidade de idosos e de jovens, estes sobre os quais Lula desperta o encanto do PT.
Dá para elencar, num primeiro momento, o que Lula representa para todos, o legado do seu governo e a esperança de um futuro melhor. Amor, agradecimento e esperança, como costuma dizer Marcio Macedo, jovem dirigente da nova direção do PT. É preciso nos voltamos sobre isso, para entender em todas suas dimensões uma coisa tão grande como esta. Imensa, pela quantidade de gente que se mobiliza, mas também por ser quem são: o povo do Lula, aquele que teve suas vidas muito melhoradas com o governo do Lula. E por ser o Brasil escondido, censurado pela mídia conservadora. Uma viagem deste porte, mas eles não mandam ninguém para cobrir, nem podem publicar as fotos do Lula no meio da maré de povo, porque desmente tudo o que eles dizem dele, porque revela o seu fracasso em destruir a imagem dele.
Mas dada a realidade irreversível da Caravana, enquanto a mídia continua brigando com a realidade e vivendo da ficção do filme de propaganda da Lava Jato, o nordeste manda um recado politico para todo o Brasil: pela manifestação apaixonada da esmagadora maioria do seu povo, não aceita outro presidente do Brasil que não seja o Lula.
Enquanto o governo golpista quer construir uma democracia sem povo, um Estado sem patrimônio e uma nação sem soberania, o povo do nordeste reivindica o direito de eleger o seu presidente e tem em Lula o depositário de todas as suas esperanças.
O país não será o mesmo depois da Caravana. Por mais que se soubesse do apoio que o Lula tem no nordeste, não há quem não se surpreenda com o tamanho e a forma da manifestação desse apoio. Uma região importante do Brasil, aquela que foi a maior responsável pelas quatro vitorias eleitorais do PT, reafirma, e de maneira ainda mais maciça e enfática, que está cada vez mais disposta a definir quem vai presidir o Brasil. E escolheu o seu mais ilustre conterrâneo para voltar a ser presidente.
Como se comportará o país diante disso? Como reagirá o sistema politico? E a mídia conservadora? Como se poderia governar o Brasil contra o nordeste, uma região em que 8 dos 9 governadores estão com o Lula, em que a maioria esmagadora da população está com o Lula?
Em 2005, quando a direita ameaçou Lula com impeachment, ele convocou os movimentos populares para defender o seu governo e bastou para que a direita recuasse. Passaram a dizer que iam sangra o seu governo, até derrota-lo em 2006.
Não deu certo, os efeitos das politicas sociais do governo já tinham produzido uma nova maioria no pais, a favor do Lula. E o nordeste já passou a ser decisivo, por ser a reunião historicamente mais esquecida e passou a ser a que mais melhorou suas condições de vida.
Agora o Lula apela de novo para os movimentos populares e começa suas caravanas pelo nordeste. E tem a mais extraordinária resposta que um líder politico poderia ter. O reconhecimento e a disposição de luta de milhões e milhões de pessoas, que compõem uma vontade de toda a região de que ele volte a ser presidente do Brasil.
Mesmo fingindo que não existe tudo o que está acontecendo no nordeste, a direita, pelos seus dirigentes e pela sua mídia, está registrando tudo, reagindo, mediante seu silencio ensurdecedor, ao demonstrar seu desconcerto. Mas o Brasil não será o mesmo depois deste Caravana, que aponta para outras, já contando com os ecos formidáveis desta primeira.
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"VIVA RODA" ENTREVISTA ROBERTO REQUIÃO

WLADIMIR COSTA SERÁ DENUNCIADO POR COMPARTILHAR FOTO DA FILHA DA DEPUTADA MARIA DO ROSÁRIO


Deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) , que tatuou o nome de Michel Temer no ombro e 
foi flagrado epedindo para que uma mulher mostrasse a bunda pelo Whatsapp em meio a 
votação da denúncia de corrupção passiva contra Temer pela Câmara, deverá ter um processo 
aberto pelo Conselho de Ética da Casa; Costa compartilhou imagens de uma adolescente 
seminua, que a legenda identificava como sendo a filha da também deputada Maria do Rosário 
(PT-RS), de 16 anos, com membros da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle por 
meio das redes sociais.

247 - O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) , que tatuou o nome de Michel Temer no ombro e
foi flagrado epedindo para que uma mulher mostrasse a bunda pelo Whatsapp em meio a votação da 
denúncia de corrupção passiva contra Temer pela Câmara, deverá ter um processo aberto pelo 
Conselho de Ética da Casa.
Ele será investigado por ter enviado imagens de uma adolescente seminua, que a legenda 
identificava como sendo a filha da também deputada Maria do Rosário (PT-RS), de 16 anos, em uma 
conversa ontem no grupo de WhatsApp dos membros da Comissão de Fiscalização Financeira e 
Controle.
O presidente da Comissão, deputado Wilson Filho (PTB-PB), repreendeu a divulgação das imagens 
no mesmo grupo. O caso aconteceu na noite desta quarta-feira (30). A denúncia contra Costa deverá 
ser protocolada pelos deputados Jorge Solla e Wadih Damous, ambos do PT. 
A deputada Maria do Rosário não se pronunciou sobre o caso.
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PUTZ.... BEÓCIO É MAIS REJEITADO EM MINAS DO QUE NO RESTO DO PAÍS


Pesquisas realizadas tanto pelo PT como pelo PSDB de Minas teriam chegado ao mesmo 
resultado, o senador Aécio Neves acabou não só em nível nacional, mas também no plano local; 
o presidente afastado do PSDB tem índices estrondosos de rejeição no estado, o que inviabiliza 
completamente a possibilidade de que venha arriscar uma candidatura a governador ou a 
senador; o tucano teria rejeição maior em Minas do que na média do Brasil.

O presidente afastado do PSDB tem índices estrondosos de rejeição no estado, o que inviabiliza 
completamente a possibilidade de que venha arriscar uma candidatura a governador ou a senador.
Para se ter uma ideia, a fonte do blogue afirmou que o tucano teria rejeição maior em Minas do que 
na média do Brasil.
Restou a Aécio uma candidatura a deputado federal para tentar se manter com imunidade 
parlamentar e só ser julgado dos crimes pelos quais é acusado no Supremo Tribunal Federal, onde 
conta com amigos como Gilmar Mendes, Alexandre Morais e Marco Aurélio Mello, que lhe 
devolveu o mandato de senador fazendo-lhe rasgados elogios.
“O agravante [Aécio] é brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado 
federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em 
dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – 
ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua 
sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da 
Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira.”
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VÍDEO: Lula em Cedro, Quixelô e Iguatú, no Ceará













VÍDEO: Como o Sen. Evangélico Otário Magno Malta consegue ter uma linguagem mais cafajeste que a de Bolsonaro



Um saboroso retrato da Venezuela que a grande mídia Vira Lata Brasileira insiste em esconder



O repórter Jeff Goddin foi à Venezuela para responder a algumas das afirmações feitas pelos Estados
Unidos: na Venezuela, o povo não tem o que comer e precisam desesperadamente da ajuda de 
Donald Trump.
O resultado do trabalho do jornalista é uma série de reportagens “Venezuela files” (Dossiê 
Venezuela), legendada pelo Nocaute.
Na primeira delas, Jeff Godin questiona uma venezuelana se ela concorda com a seguinte afirmação 
de Mike Pence, o vice-presidente dos EUA: “Como o presidente Trump disse, em suas palavras, o 
povo venezuelano está sofrendo, eles estão morrendo”.
E também tirou a prova a história de que falta comida – afirmação repetida não somente pelo 
governo norte-americano, mas propagandeada pela oposição ao presidente Nicolás Maduro e por 
alguns veículos da imprensa tradicional.
Assista à primeira parte:

Parte 2
Na segunda parte, Jeff Godin mostra uma sorveteria em Caracas, e mostra a vida normal no centro da 
cidade, sem crianças morrendo de fome e sem guerra civil. Veja:

Parte 3
Não acredite no que a imprensa tradicional fala sobre a Venezuela. Na terceira parte da reportagem, 
Jeff Godin acompanha uma marca de apoiadores do governo para revelar o que a mídia esconde.

NO CEARÁ, LULA PROTESTA CONTRA USINA FECHADA PELO GOVERNO POSTIÇO


Caravana Lula pelo Brasil está cada vez maior e ex-presidente confessa que só “coração de 
corintiano” para aguentar tanta emoção; a caminho de Juazeiro, parou para participar de 
protesto contra desativação de unidade da Petrobras que produzia biocombustível;

Juazeiro (CE) – As viagens da Caravana Lula pelo Brasil talvez possam ser inseridas em algum tipo
de livro dos recordes. Como diria o ex-presidente, “nunca antes na história desse país” se levou tanto
tempo para percorrer um trajeto. O desta quarta-feira (30), décimo quarto dia de viagem, deveria
levar em torno de cinco horas para vencer os 326 quilômetros que separam Quixadá de Juazeiro do
Norte. Mas durou cerca de nove horas, com oito paradas em estradas e ruas totalmente tomadas pelo
povo que não arreda pé, enquanto Lula não desce para pelo menos um aceno e uma palavra de
carinho.
E ele não se furta a isso. A primeira parada não prevista foi por volta de 11h, um protesto de
petroleiros e moradores da região tomava o portão da Unidade de Produção de Biodiesel de Quixadá,
fechada em outubro de 2016.

lula em quixada.jpg
Silvano Lima trabalhava na usina desde 2008. “Foi quando este homem de coragem, nordestino, a
inaugurou. De lá para cá já tivemos mais de 30 mil agricultores produzindo mamona e vendendo
para a Petrobras Biocombustível. Embora não fizesse o biodiesel, a companhia fazia gestão de
estoque e ganhava lucro em cima da mamona. Também temos 800 catadores de lixo que catam óleo
de gordura residual da região metropolitana, matéria prima aqui para a usina. E mais 300
piscicultores do projeto Curupati-Peixe, no açude Castanhão, em Jaguaribara, que também
produzem, por meio de vísceras de peixe, o óleo para fazer o biodiesel”, relatou. “A usina já
empregou, na sua construção, mais de 5 mil trabalhadores. Durante seu pico de produção – que hoje
é de 100 mil toneladas de óleo por ano – já teve mais de mil empregados. Próximo ao seu
fechamento ainda tinha 200, contratados aqui de Joatama, conteúdo local.”


Lula lembrou que o mundo caminhava muito rapidamente para ter cada vez mais energia renovável e
limpa. E esse foi um dos objetivos da construção da usina. “O Brasil tem um potencial extraordinário
de produzir biodiesel para misturar no nosso óleo diesel. Da mesma forma, etanol para misturar na
gasolina. A nossa ideia e o nosso sonho, quando a gente construiu essa empresa, era fazer uma
combinação perfeita entre o agricultor familiar e o trabalhador da cidade para que se contratasse
milhares de pequenos produtores.”
E recorda dos debates à época. “Tínhamos possibilidade de fazer o bioediesel de sebo, de mamona,
mas é um óleo muito precioso, utilizado para cosméticos, para aviação e nem sempre tem preço
acessível para produzir biodiesel”, afirmou. “E a gente não conseguiu, através da Embrapa, a
capacidade produtiva que é necessário ter. A gente tinha possibilidade de fazer de pinhão manso, que
é uma planta que se pode colher dela por muitos e muitos anos. Mas não sei porque, parece que
parou essa experiência. Podia fazer de óleo de soja, de caroço de algodão, de girassol. Mas a coisa
mais produtiva é o dendê.”
Lula falou de mais um sonho que não se concretizou e ainda parece longe de se tornar realidade, para
a tristeza da humanidade. “O mundo inteiro tinha assumido o compromisso que até 2020 iriam
adicionar mais biodiesel e mais etanol tanto à gasolina, quanto ao óleo diesel. Essa empresa, quando
vim inaugurar, era efetivamente um sonho, para poder desenvolver as pequenas e médias cidades do
nordeste brasileiro, para que a gente pudesse ter a energia mais limpa do mundo, não apenas para a
gente utilizar, mas para exportar também.”
A alegação da Petrobras Biocombustível para o fechamento, revela Silvano, foi de que a matéria
prima vinha de muito longe e com isso não dava lucro. “Mas esse governo golpista quis fechar a
usina porque ela politicamente representa um projeto que nasceu da grande sacada desse homem
aqui (abraçando Lula) que é unir o ambiental, o tecnológico e o social. Gera emprego, renda e um
combustível renovável”, critica, contando que todos os esforços foram feitos, no final do ano
passado, quando foi anunciado o fechamento. “O governo Camilo Santana (PT) de pronto acenou
com a redução de 99% do ICMS. Só isso, já colocava a usina no patamar de competitividade. Mas
foram irredutíveis”, lamenta.


Segundo Silvano, a usina de Quixadá é a que tem o maior mercado. Todo o biodiesel dela é vendido
do Rio Grande do Norte até o Pará. “E é a única nesse raio de 5 mil quilômetros que produz
biodiesel, com exceção de uma no Tocantins, que é bem menor. E ela tem a última tecnologia em
flexibilidade: qualquer óleo que chega vira biodiesel.”
Ele diz que hoje ainda há 22 mil agricultores contratados, “sem poder honrar com a venda da sua
produção”, mais os 800 catadores e os 300 piscicultores. “Esse projeto é vitorioso, nos não aceitamos
o fechamento e nós temos fé e força que hoje nos estamos reinaugurando, pela luta, esta usina.”
Lula pediu aos trabalhadores que se mantenham dispostos a brigar. “Vamos fazer a denúncia onde for
possível. E os companheiros da Petrobras têm de fazer a denúncia. Porque a Petrobras, embora seja
uma empresa de petróleo, óleo e gás, ela é mais do que isso: é a cabeça pensante da política de
energia limpa nesse país”, disse, sob fortes aplausos. “Eu parei aqui só pra dizer: eu tava com vocês
antes, tava com vocês quando inaugurou e tô mais com vocês agora que ela fechou.”
Um marco no sertão
E conforme passam os dias e a caravana segue pelo sertão nordestino, mais gente parece querer estar
com Lula e ele com mais gente.
Em Banabuiú, contou sobre sua passagem pela usina aos milhares de trabalhadores que fechavam a
rua por onde a caravana deveria passar. “Lamentavelmente, a irresponsabilidade da direção da
Petrobras fechou. Eles não entendem que usina não é só parede, máquina, mas são homens e
mulheres desse país que precisam trabalhar para sustentar sua família.”
Como tem feito em suas paradas, voltou a pedir ao povo que não desanime diante das dificuldades.
“Não percam a esperança. A minha geração não acreditava que um filho de pobre podia fazer
universidade. A gente provou que todo mundo pode vencer na vida”, perguntando de quem era a
criança que estava com ele. “Se não tiver dono, levo embora”, brincou.
“Eu não penso mais em mim, que tenho mais de 70 anos, mas nessa criança que estava no meu colo,
aquela outra que está ali no colo da mãe. A gente precisa garantir que elas tenham sonhos, porque
sem sonho a gente não vira nada.” Agradecido pela acolhida, disse que queria beijar cada coração
daqueles que o assistiam. “Esteja onde estiver, eu quero que saibam: vocês têm um brasileiro e
nordestino a defender vocês e o Nordeste.”
Talvez por isso, a passagem do ex-presidente esteja sendo considerada um grande acontecimento
para esse povo. “Fica um marco no nosso sertão central”, disse Edna Carla de Oliveira Souza, dona
de casa de 31 anos, em Banabuiú, segunda parada no dia. “O Lula ajudou muito os pobres a sair da
miséria com o bolsa família, que é uma coisa que muita gente agradece. É uma passagem que deixa
marcas. Nós estamos passando um momento muito difícil pela seca, mas vamos sair dessa crise
trazendo ele de volta para mudar o Brasil de novo”, disse a mãe de dois filhos, beneficiária do bolsa
família.
Injeção de ânimo
Raimunda Alves da Costa, de Fortaleza, está seguindo a caravana desde Morada Nova. A
comerciária aposentada é uma das centenas de pessoas que, no estado do Ceará, passaram a
acompanhar com seus carros e tomam as cidades onde serão realizados os atos. O presidente que em
seu governo proporcionou um grande período de crescimento e desenvolvimento para o Brasil, agora
consegue, apenas com sua passagem, animar a economia dessas regiões. A cidade de Quixadá, por
exemplo, tinha 100% de seus hotéis ocupados em função da caravana.
“Desde que Lula vive a política, acompanha ele”, conta Raimunda, durante a terceira parada extra da
caravana, em Solonópolis. “E esse momento pra mim é muito importante e para todo povo brasileiro.
É o momento em que estamos passando muita dificuldade, muita desesperança. E o Lula vem e traz
essa esperança na palavra. Esse senhor de 71 anos vem aqui, andando de ônibus nesse Nordeste
quente, e traz essa esperança para esse povo nosso, sofrido. E a gente sabe, essa esperança vai se
transformar em vitória, em realidade.”
O dia avançava quente e a caravana também, mansamente, com todo respeito ao ritmo do povo.
Depois de Solonópolis, a comitiva ainda fez paradas no distrito de São José, Quixelô, Cascudo e
Iguatu.
Isabela Rodrigues, 16 anos, conta que foi uma das organizadoras da manifestação que parou a
caravana em São José. A estudante segurava um cartaz com um grande coração. “Eu amo o Lula
porque graças a ele milhões de brasileiros pobres podem ser formar e ser alguém na vida.” Parece
clichê, mas na vida real faz toda diferença. “Lula mudou muita coisa na vida da minha família. Pobre
hoje em dia tem direito de tudo. Direito de falar, de ser alguém.”
Às 18h, em Cedro, oitava parada desde Quixadá e ainda a cerca de 90 quilômetros do destino,
Juazeiro – onde um ato estava previsto para o Centro de Convenção do Cariri –, Lula não se conteve:
“Se eu não fosse corintiano e não tivesse o coração forte, ia morrer de tanto amor, do carinho que
tenho recebido do Ceará.”

NOTA DO MAM : POSTIÇO QUER ENTREGAR RENCA ÀS TRANSNACIONAIS; REAL OBJETIVO DA EXTINÇÃO É SAQUEAR RESERVAS DE OURO, COBRE, FERRO, MANGANÊS, NIÓBIO, A PREÇO VIL


Fonte dos gráficos: Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)

Nota do MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração


Na mesma semana da conformação das comissões para tratar das Medidas Provisórias sobre as novas
regras para a extração mineral no País (MP 789, 790 e 791), o Governo Golpista encaminhou o
Decreto 9.142/2017 que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA) localizada
nos estados do Pará e Amapá.
Estas medidas sinalizam para o setor financeiro da mineração a entrega das reservas estatais, assim
como tem sinalizado essa intenção com diversas medidas de “aliviar” o licenciamento ambiental,
autorizar mineração em terras indígenas, estrangeirização de terras e mineração em área de fronteira.
A Reserva possui cerca de 46.500 km², o que equivale a um país como a Bélgica, Dinamarca, Países
Baixos ou o estado do Espírito Santo.
As reservas minerais que foram mapeadas antes de 1984 necessitam ser revisadas por conta de
tecnologias diferenciadas a época.
Mesmo com o baixo nível de tecnologia daquele período, sabe-se que a reserva possui duas áreas
que estão no centro da questão, principalmente, para as empresas canadenses, inglesas e australianas.
São os grupos de Ipitinga e Vila Nova, a primeira tendo 175 km de extensão com 46 ocorrências de
ouro, 1 de cobre associado ao ouro e outra de diamante.
Enquanto que Vila Nova, possui 355 Km de extensão, com ocorrência de Ferro, Ouro, Manganês e
Cromo.
Além dessas duas principais ocorrências, tem-se ainda 21 pontos de ouro, 1 de tântalo, 2 de estanho,
1 de cobalto e 1 de nióbio. Isso pra citar os bens minerais que foram mapeados nas décadas de 70 e
início de 80, sem considerar que esses estudos necessitam ser atualizados.
A RENCA foi criada pela ditadura militar com a justificativa de garantir soberania nacional com o
domínio de minérios estratégicos em território brasileiro.
Para ter noção do tamanho do crime de lesa pátria com a extinção da RENCA, comparamos alguns 
dados de empresas que já atuam na extração de minérios presentes na Reserva.


A empresa Anglo Gold, terceira maior produtora de ouro do mundo, na sua segunda maior mina de
ouro, em Crixás (GO), extrai cerca de 7,4 gramas de ouro para cada tonelada de rocha retirada.
Esse valor no ramo do ouro representa um valor altíssimo perante as outras minas em atividade no
Brasil, a exemplo da canadense Kinross (Paracatu-MG) que extrai ouro a 0,40 gramas por tonelada
de rocha.
A proporção de ouro mapeada por estudos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)
na RENCA é de 21,2 gramas por tonelada de rocha retirada, o que a coloca como uma reserva
estratégica pela quantidade de ouro.
No caso do ferro, o maior teor encontrado no planeta está na mina de Carajás e corresponde a 67%,
ou seja, 67% do material extraído é ferro!
A mais alta concentração do mundo. Na RENCA, esse percentual está no patamar de 61,35%,
enquanto que no ano de 2015 a Samarco obteve o maior lucro do setor no Brasil e o teor do minério
de ferro era de 45%. Imaginemos a empresa que for explorar o minério de 61,35%, o quanto de lucro
terá somente com a extração desse minério?
Temos ainda nesse território tão vasto, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas
Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a
Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as
Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d’Este. Onde possuem populações ribeirinhas, quilombolas e
indígenas que vivem na região e serão direta ou indiretamente afetadas pelos impactos que a
mineração gera.
O argumento utilizado pelo Governo Golpista de que o “objetivo é atrair investimentos” e arrecadar
maior recurso para o estado brasileiro é uma inverdade, pois as mineradoras não pagam a
integralidade da Compensação Financeira pela Extração Mineral (CFEM), através de manobras
fiscais.
Mais além: a taxa de CFEM é uma das mais baixas do mundo; e as mineradoras são beneficiadas
pela Lei Kandir que as isenta de pagar o imposto do ICMS pela exportação das commodities.
A extinção da RENCA faz parte de um pacote de medidas ultraneoliberais, que tendem apenas a
sacrificar a vida dos trabalhadores, entregar o nosso território (solo e subsolo) e deixar o passivo
social e ambiental, enquanto o setor financeirizado da economia ligado a mineração especulam na
bolsa de valores e lucram “rios de dinheiro”.
A repercussão negativa sobre a extinção da reserva, que possui áreas de sobreposição com unidades
de conservação, terras indígenas e parques federais e estaduais, pressionou o governo que revogou o
decreto de 22 de agosto e reformulou o envio no Decreto 9147. Que tenta separar as sobreposições,
dizendo que não poderá ocorrer mineração nessas áreas.
E ao mesmo tempo desconsidera que uma atividade de mineração necessita de infra-estrutura para
poder chegar no local da mina, energia elétrica, residência para os trabalhadores,
ferrovia/mineroduto/rodovia para escoar o minério e o porto, a questão que fica sem resposta é por
onde passarão essas obras de infra-estrutura para atender as mineradoras?
Além de tentar amenizar os problemas relacionados com a extinção da Reserva, o Decreto
entreguista de Temer cria ainda o “Comitê de Acompanhamento das Áreas Ambientais da Extinta
RENCA”.
Comitê que não possui participação popular e que se restringe à esfera federal e ligado a Agência
Nacional de Mineração, sendo assim, mais uma estrutura do governo que não atenderá aos interesses
populares.
Sabemos que o verdadeiro interesse está nos minérios localizados na reserva, que possibilitará altas
taxas de retorno para o setor empresarial. Iremos continuar denunciando os desmontes que o
Golpista tem feito ao Estado brasileiro, a entrega dos nossos bens naturais e lutaremos nos nossos
territórios.
Todo este cenário reafirma a necessidade de fortalecermos e impulsionarmos as Assembleias
Populares na Mineração com a intenção de construir um profundo debate com a sociedade brasileira
a respeito da necessidade do exercício de soberania popular na Mineração construindo uma força
social que coloque em movimento o povo como protagonista na direção da política mineral
brasileira, contribuindo na construção do Projeto Popular para o Brasil.

Coordenação Nacional do MAM
29 de agosto de 2017.
Por um país soberano e sério

VENEZUELA DOARÁ US$ 5 MILHÕES A VÍTIMAS DO HARVEY APESAR DE CRISE ECONÔMICA


A Citgo, uma unidade da petroleira estatal venezuelana PDVSA sediada nos Estados Unidos, 
cooperará com as autoridades locais de Houston para distribuir os recursos, disse o ministro 
das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, na televisão estatal; o governo socialista da Venezuela 
já forneceu óleo para aquecimento subsidiado a norte-americanos pobres no passado e enviou 
ajuda às vítimas do furacão Katrina em 2005.

Reuters - A Venezuela ofereceu US$ 5 milhões às vítimas do furacão Harvey, que está assolando o 
Estado norte-americano do Texas, apesar da grande crise econômica no país sul-americano, que está 
deixando milhões de pessoas sem alimento e remédios.
A Citgo, uma unidade da petroleira estatal venezuelana PDVSA sediada nos Estados Unidos, 
cooperará com as autoridades locais de Houston para distribuir os recursos, disse o ministro das 
Relações Exteriores, Jorge Arreaza, na televisão estatal.
O governo socialista da Venezuela já forneceu óleo para aquecimento subsidiado a norte-americanos 
pobres no passado e enviou ajuda às vítimas do furacão Katrina em 2005.
As relações já tensas de Caracas com os EUA azedaram neste ano, e Washington impôs várias 
sanções contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a dizer que uma intervenção militar podia ser 
cogitada, embora autoridades norte-americanas tenham descartado a ideia rapidamente.
A Venezuela está atravessando o quarto ano de uma recessão brutal, e vem sendo abalada por uma 
turbulência política e por protestos de rua em massa contra Maduro.
O Harvey, que agora foi rebaixado para tempestade tropical, se abateu sobre o leste do Texas e a 
Louisiana nesta quarta-feira, provocando o tipo de chuva catastrófica que paralisou o polo petrolífero 
de Houston com recordes de precipitação e expulsou dezenas de milhares de pessoas de suas casas.
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FINANCIADOR DO FILME SOBRE A LAVA JATO É INVESTIGADO PELA PF E PELO MPF NO PARÁ


Um perfil do empresário Sérgio Amoroso, cujo nome finalmente veio à tona nos últimos dias 
como financiador do filme que é uma peça de propaganda contra Lula; em dezembro de 2015, 
uma operação da Polícia Federal foi atrás de agentes públicos do estado do Pará envolvidos em 
fraudes no sistema de comércio florestal, beneficiando o Projeto Jari, controlado por Amoroso; 
houve buscas e apreensões em 41 endereços ligados a cinco empresas, duas prisões preventivas 
16 temporárias.


Principal financiador do filme sobre a Lava Jato, o empresário Sérgio Amoroso é um tipo controvertido. Self-made-man, começou a vida como office boy, montou uma companhia de venda de papéis e, em 1999 conseguiu assumir o controle do Projeto Jari, que estava sob intervenção do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), pagando 1 real e assumindo as dívidas.
Desde então, tornou-se uma espécie de Dr. Jekill e Mr. Hide do setor de celulose. Numa ponta, recebeu vários prêmios de responsabilidade corporativa, apregoando a defesa da sustentabilidade, as iniciativas em favor de crianças com câncer, entre outras atividades meritórias.
Em uma entrevista a uma revista de sustentabilidade, Amoroso deu a fórmula de sucesso do grupo:
“Para o Grupo Orsa, o desenvolvimento dos negócios deve ser um fator de transformação da sociedade, por meio de ações economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas. O compromisso com os funcionários, a cooperação com os fornecedores, o apoio às comunidades e a preocupação com o meio ambiente norteiam todas as decisões de negócio”.
No silêncio da selva amazônica, as informações que poucas vezes chegavam ao sudeste mostravam um perfil diferente.
No dia 4 de dezembro de 2015, uma operação de Polícia Federal foi atrás de agentes públicos do estado do Pará, da Secretaria do Meio Ambiente e do Instituto de Terra do Pará, envolvidos em fraudes no sistema de comércio florestal, beneficiando justamente o Projeto Jari. Houve buscas e apreensões em 41 endereços ligados a cinco empresas. Houve duas prisões preventivas e 16 temporárias.
Segundo as investigações, 81% da madeira retirada do plano de manejo fraudulento tinha sido destinada à Jari Florestal, uma das maiores empresas exportadoras de madeira do país. Com o avanço das investigações, a Polícia Federal descobriu que o mesmo tipo de operação com evidência de fraude ocorreu envolvendo a Jari e outros planos de manejo.
O golpe foi batizado de “lavagem de madeira”. Segundo a nota do Ministério Público Federal do Pará, “a madeira retirada em desmatamentos ilegais na Amazôniaentra nos sistemas de controle da comercialização de produtos florestais por meio de fraude em planos de manejo aprovados pelo poder público, geralmente em nome de laranjas. Comprada por grandes empresas exportadoras, a madeira derrubada ilegalmente é vendida com aparência de legalidade para compradores no exterior”.
Só de um dos planos, segundo o Ministério Público, foram movimentados mais de R$ 28 milhões em madeira ilegal entre dezembro de 2014 e fevereiro deste ano, devido ao alto valor comercial do ipê.
Constatou-se que 81% da madeira fraudada tinha sido destinada à Jari Florestal S.A., de Sérgio Amoroso. Era tanta madeira que necessitava do equivalente a uma frota de 220 caminhões para ser transportada.
O golpe da Jari se ampliou com a compra de créditos para comercialização de ipê de sete empresas próximas a Belém. A fraude era tão escancarada que os registros indicavam que a madeira levou 10 minutos para ser transportada de Almerim a Belém, a 800 km de distância.
Foi apenas o desfecho de uma aventura empresarial enganosa. Amoroso criava uma falsa blindagem com seus projetos beneméritos. Mas desde a compra do Jari mergulhou em vários problemas financeiros. Em uma de suas últimas crises, contou com a ajuda de deputados do PT e do PSOL para obter ajuda do BNDES.
Sobram denúncias de abusos cometidos na Amazônia. Montou um negócio de madeira em que o plantio era de sitiantes. Aqueles que não concordavam em aderir ao plantio eram ameaçados.
Em duas ocasiões realizou demissões maciças de trabalhadores. Em 2008 recebeu R$ 170 milhões do BNDES para o financiamento do plantio de eucalipto, com a condição de manter os empregos. Para firmar posição a favor do emprego admitiu 800 trabalhdores. Mal recebeu o financiamento, demitiu 700.
Este ano, surgiram notícias de dificuldade de pagamentos a terceirizados, além de alguns pedidos de falência.
Aparentemente, financiando o filme, Amoroso visou comprar proteção. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

COMENTÁRIO DO DIA: O DEPOIMENTO DE QUEM NÃO CONSEGUE TRABALHAR

WASHINGTON QUAQUÁ E O PARTIDO LULISTA DE CENTRO DIREITA



O ex-prefeito prefeito de Maricá e atual presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, 
publicou um texto defendendo a criação de um partido lulista de centro-direita, nos moldes do que 
era o PSD para Getúlio Vargas e para o PTB.
O texto de Quaquá causou frisson, tanto no PT quanto em militantes e intelectuais de centro-
esquerda.
A repercussão foi mais no sentido de questionamentos se essa deveria ser a preocupação de um 
dirigente partidário num momento tão grave da crise política nacional, que ataca em especial o seu 
partido, no caso o PT.
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LULA: ESTAMOS FAZENDO A CARAVANA PORQUE NINGUÉM PODE PERDER A ESPERANÇA


Em passagem pela cidade de Solenópole, no Ceará, durante sua caravana pelo Nordeste, o ex-
presidente destacou que "nós não podemos admitir o Brasil passe pelo que está passando"; 
"Estamos preocupados com que não haja retrocesso na qualidade de vida que o povo 
conquistou nos últimos anos. Ninguém pode deixar de sonhar nesse país", afirmou; na estrada 
a caminho de Juazeiro do Norte, Lula também foi recebido com carinho pelo povo de 
Banabuiú e Quixelô e homenageado em outros municípios cearenses. 

Ceará 247 - O ex-presidente Lula fez mais uma pequena fala na tarde desta quarta-feira 30 em 
passagem pela cidade de Solenópole, no Ceará, durante sua caravana pelo Nordeste.
"Nós não podemos admitir o Brasil passe pelo que está passando", enfatizou, num discurso rápido 
por conta da dificuldade com a voz. "Estamos fazendo a caravana porque ninguém pode perder a 
esperança", destacou o petista.
"Estamos preocupados com que não haja retrocesso na qualidade de vida que o povo conquistou nos 
últimos anos. Ninguém pode deixar de sonhar nesse país", afirmou ainda.
Na estrada a caminho de Juazeiro do Norte, Lula também foi recebido por multidões em paradas nos 
municípios de Banabuiú e Quixelô e homenageado em outras cidades cearenses.

Caravana de Lula passa do Rio Grande do 
Norte para o Ceará. Onde a população 
aprendeu que, quando pode enfrentar a seca, 
a falta de escola e de oportunidades, não 
precisa ir embora de seu lugar;  

Quixadá (CE) – De Mossoró, no Rio Grande do
Norte, a Quixadá, no sertão do Ceará. A caravana Lula pelo Brasil chegou nesta terça-feira (29) ao
sétimo estado da Região Nordeste. A visita iniciada no último dia 17 em Salvador passará ainda por
Piauí e Maranhão. Na divisa cearense, em Quixeré, houve a primeira parada para a habitual
passagem da bandeira petista, quando o vice-presidente do partido, Marcio Macedo, coordenador da
caravana, anuncia o novo estado que "cuidará" do ex-presidente.
As professoras Hélia Melo e Maria Rita Xavier estavam lá. Dão aula no ensino fundamental do
pequeno município de 20 mil habitantes, castigado pela seca há seis anos. A pobreza da região não
as impede de revelar orgulho pelo excelente resultado alcançado por sua cidade no Ideb. O Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007 para avaliar o desempenho das escolas de
todo o país, foi de 5,9 nos anos iniciais (superando em quase 50% a meta do município) e de 4,8 nos
anos finais (meta de 3,9) – dados de 2015.
"Lula é uma figura muito importante para o nosso país", diz Hélia. "O pobre teve vez e voz com ele.
A questão da educação, saúde, o bolsa família, tudo melhorou. Por isso quero que volte", diz. Maria
Rita fala em gratidão: "Estamos aqui retribuindo o que ele fez pelo Nordeste e por todos os
brasileiros, pela classe média, pela classe pobre. Eu tenho um filho universitário hoje. Por isso
estamos aqui."
Hélia reforça que a importância de Lula é ainda maior para a população pobre, que mais precisa das
ações do Estado para ter acesso a uma vida digna. "Então, esse respaldo que hoje ele tem,
percorrendo todo o Brasil, vai ser importante para ele. Por onde quer que ele passe, é muito bem
aceito. Aqui está a prova de tudo isso", diz apontando o povo que esperava Lula, num posto à beira
da estrada, sob sol de 40 graus.
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ENTREVISTA AO FERNANDO MORAIS

Fernando Morais, editor do Nocaute é entrevistado pela TV 
247 e a revista Fórum, os temas abordados serão um ano de 
golpe, a possibilidade da volta de Lula e temas internacionais 
como a crise na Venezuela e na América Latina. Acompanhe, 
ao vivo, às 15h

MORO SERÁ ALVO DE CPI NO CONGRESSO



Do Blog do Esmael

O deputado Wadih Damous (PT-RJ), em vídeo distribuído nas redes sociais, informou que articulará 
esta semana uma CPI para investigar o juiz Sérgio Moro no Congresso.



O fato concreto para pedir a instalação da comissão de investigação é a entrevista do advogado Rodrigo Tacla Duran, que, na Folha, revelou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, padrinho de casamento de Moro, intermediou negociações paralelas dele com a força-tarefa lava jato.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), em vídeo distribuído nas redes sociais, informou que articulará esta semana uma CPI para investigar o juiz Sérgio Moro no Congresso.

O fato concreto para pedir a instalação da comissão de investigação é a entrevista do advogado Rodrigo Tacla Duran, que, na Folha, revelou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, padrinho de casamento de Moro, intermediou negociações paralelas dele com a força-tarefa lava jato.


COM BRASIL QUEBRADO, POSTIÇO METE A FACA E SE HOSPEDA NUM DOS HOTÉIS MAIS CAROS DO MUNDO


Pregando a necessidade de um arrocho fiscal sem precedentes para cobrir o rombo das contas 
públicas, que deve chegar a R$ 159 bilhões neste ano, Michel Temer e sua comitiva, que estão 
em viagem à China, fizeram escala em Portugal e se hospedaram no Ritz Four Seasons; é um 
dos hotéis mais luxuosos de Lisboa, cujas diárias chegam a a US$ 15.100; Palácio do Planalto 
não informou o custo da estadia e nem as razões da escala em Portugal que durou cerca de 15 
horas.

247 - Pregando a necessidade de um arrocho fiscal sem precedentes para cobrir o rombo das contas 
públicas, que deve chegar a R$ 159 bilhões neste ano, cortando gastos com programas sociais e 
parecendo não se importar com os quase 14 milhões de Brasileiros desempregados, Michel Temer e 
sua comitiva, que estão em viagem à China, se hospedaram no Ritz Four Seasons, um dos hotéis 
mais luxuosos de Lisboa. Ali, durante a alta temporada, as diárias variam de US$ 480 a US$ 15.100.
Em Lisboa, Temer e sua comitiva ficaram por um período de cerca de 15 horas antes de embarcar 
para a China para participar de uma reunião do Brics. O Palácio do Planalto não informou o custo da 
estadia e nem as razões da escala em Portugal.
Há duas semanas, o governo anunciou uma série de cortes orçamentários e o aumento do déficit nas 
contas públicas para este ano e para os próximos três anos. Os cortes sobre o funcionalismo federal 
incluem o adiamento do reajuste dos servidores. Em paralelo, o governo também anunciou um 
megapacote de privatizações, que inclui o sistema Eletrobras, visando reforçar o caixa.

É IMPOSSÍVEL GOVERNAR COM ESSA DÍVIDA!


Bola de neve dos juros alimenta uma concentração escandalosa da renda! 


O senado da República autorizou o TCU a auditar a dívida pública brasileira. Os resultados mostram que, de 2010 a 2015, pagamos R$ 1,287 trilhão de juros da dívida interna. Começamos a pagar R$ 125 bilhões de juros em 2010 e continuamos pagando cada vez mais – R$ 181 bilhões em 2011, R$ 147 bilhões em 2012, R$ 186 bilhões em 2013, R$ 251 bilhões em 2014 e R$ 397 bilhões em 2015.
Para se ter uma ideia da gravidade desse custo da dívida pública brasileira, em 2015 gastamos R$ 100 bilhões em educação, R$110 bilhões com a área da saúde e R$ 27 bilhões com o Bolsa Família. Outro dado significativo é o de que, entre 1995 e 2004, gastávamos R$ 725 bilhões, pelo orçamento realizado, de R$ 884 bilhões em educação, saúde, segurança e infraestrutura!
Mais um fato marcante: fizemos superávit fiscal para pagar juros da dívida e mantê-la estabilizada de 1999 até 2015 — 16 anos de ajustes financeiros –, mas a dívida só cresceu e dobrou na era FHC. Em 1993 representava 33,2% do PIB, 30% no ano seguinte e saltou para 60% em 2002. A principal razão causa do crescimento da dívida foram os juros. A taxa Selic média entre 1995 e 98 foi 33,1% em juros nominais com um IPCA médio de 9,4%. Logo, os juros reais médios foram de 25,7% ao ano, enquanto, no período de 99/2007, foram de 10,1%.
É fácil entender. A verdade é que pagamos juros sobre juros e o principal da dívida não cresceu em termos reais. Não fazemos novas dívidas para investir ou gastar. Fazemos novas dívidas para pagar juros. Tomamos empréstimos de cidadãos, empresas, fundos previdenciários e de investimentos, instituições financeiras segmentadas, governos, não residentes. Mas, atenção, quem pode participar dos leilões que o Tesouro Nacional lança e o BC vende são só 12. Isso mesmo: 12 instituições onde estão os maiores bancos do mundo como Citibank, Itaú, HSBC, Bradesco e Santander.
Se examinarmos quem foram os maiores participantes do Forex, mercado de câmbio internacional, vamos encontrar a mesma situação, o mesmo quadro, onde nove bancos, entre eles HSBC, Goldman Sachs, JP Morgan, Barclays, Deutsche Bank (quase falindo), Bank Of America -Merrill Linch, BNP Paribas, Royal Bank of Scotland e Citibank controlam esse mercado que movimentou US$ 5,3 trilhões por dia em 2013!
Apresento esses dados comparativos para afirmar que não há fronteiras entre a dívida interna e externa, entre dívida, juros e câmbio e mostrar que seus reais detentores são os mesmos, ainda que dividam seus rendimentos com os credores dos títulos de dívida.
E quem são os credores? Não sabemos. O BC não informa e, alegando sigilo bancário, negou a informação até para a CPI da dívida que foi instalada no Congresso Nacional. Acreditem se quiserem. O máximo de informação que temos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é que os não residentes detêm 20,3% da Dívida Pública Mobiliária Federal interna. A fatia das instituições financeiras é de 27,7%; os fundos de investimentos ficam com 20,4%; os fundos da previdência, com 17,4%; governos, com 5,8 %; seguradoras, com 4%; e 4,4% são outros.
Outra informação importante e assustadora é que os títulos são remunerados não só pela Selic, mas também pelo índice de preços, a inflação. Eles podem ser prefixados com prazos de vencimento de até um ano, entre um e três anos, entre três e cinco e com mais de 5 anos. Por exemplo, as instituições financeiras mantêm, em suas carteiras, 26% dos títulos em Selic, 51% prefixados, 26% pelo índice de preços e 22% pela Selic. Já os fundos de previdência mantêm 31% pelo índice de preços, 17% prefixados e apenas 12% pela Selic.
Isso significa que não pagamos juros da Selic, mas sim uma cesta com índices como a inflação, prefixado, Selic e outros índices. Logo, não necessariamente basta colocar a Selic e calcular o juros da dívida interna.
Dessa forma, o retorno médio dos títulos públicos entre 2005 e 2012 (índice do mercado Andima-Ima) foi, para diferentes títulos, em 12,9% a 20,3%!
Desmentindo dogmas
A auditoria da dívida pelo TCU desmente afirmações de que a dívida cresceu até 2015 por causa do déficit público, que gastávamos mais do que arrecadávamos. O próprio BC nos informa que fizemos superávit de 3,3% em 2003, de 3,7% em 2004, 3,8% em 2005, 3,2% em 2006, 3,3 % em 2007, 3,4 % em 2008, 2% em 2009, 2,7% em 2010, 3,1% em 2011, 2,4% em 2012, 1,9% em 2013 e – 0,6% em 2014 — o único déficit em 13 anos.
Mas acumulamos déficits nominais todos os anos após o pagamento dos juros da dívida interna (-5,2% em 2003, -2,9% em 2004, – 3,6% em 2005, -3,6% em 2006, -2,8% em 2007, – 2% em 2008 , -3,3% em 2009, -2,5% em 2010, -2,6% em 2011, -2,5% em 2012, – 3,3% em 2013 e, por fim, -6,7% em 2014).
Foram os juros altíssimos pagos, mesmo descontando a inflação, que aumentaram o custo do serviço – pagamento dos juros e o principal da dívida interna. E isso sem que o governo tomasse empréstimos para investir ou gastar.
E assim cresce a bola de neve. Passamos automaticamente a aumentar nossa dívida, os juros viram capital e sobre esse novo capital vamos pagar, de novo, juros. Assim juros viram títulos e títulos viram juros!
Quanto de nossa dívida é juros sobre juros?
Sabemos que a situação não é legal, nem constitucional. O setor público não pode pagar juros sobre juros e o STF (Súmula 121) decidiu que essa situação é inconstitucional.
Para reforçar a inconstitucionalidade do que vem ocorrendo, vamos analisar nossos gastos com pessoal, geralmente usados como argumento para explicar a dívida pública. Entre 2002 e 2013, esses gastos caíram de 4,86% do PIB para 4,24%. E é bom lembrar que em 2008/2009 enfrentamos a crise mundial dos “subprime”, da bolha imobiliária e, mesmo sem termos responsabilidade, pagamos parte do preço dessa crise.
Outro argumento que desmonta com a análise racional dos números. O déficit da Previdência Social, tido como o bicho papão do déficit público. De acordo com a SNT, caiu de 1,7% do PIB em 2007 para até 1%, em 2013, quando se estabilizou.
Já para os juros da dívida…
São eles que explicam o déficit nominal que faz a dívida crescer, sem novos empréstimos: 8,5% do PIB em 2003, 6,6% em 2004, 7,4% em 2005, 6,8% em 2006, 6,1% em 2007, 5,5% em 2008, 5,3% em 2009, 5,2% em 2010, 5,7% em 2011, 4,9% em 2012, 5,1% em 2013 com projeções para 2014 de 5% e para 2015 de 4,6%.
Temos que levar em consideração que os anos de 2014 a 2016 foram impactados pela crise política e, na prática, por um locaute de investimentos e crédito promovido por razões políticas que agravaram a recessão que passou de 0,1%, em 2014, para 3,8%, em 2015 e 2016. Se compararmos com 2009, em plena crise mundial, a recessão foi de 0,1%, com crescimento de 7,5% em 2010 e 3,9% em 2011.
Os dados reais explicam a brutal queda entre 2015 e 2016 que, repito, foi produto da crise política. Assim, o saldo do déficit primário para 18% do PIB em 2015 é resultado da queda do PIB e da arrecadação, do aumento das despesas, por exemplo, benefícios da Previdência e seguro-desemprego e queda das receitas das contribuições previdenciárias e dos impostos vinculados à seguridade social, PIS-Cofins e CSLL. Isso explica o déficit brutal da Previdência, mas não o aumento da dívida pública total.
Juros, de novo
O aumento da dívida pública total é produto da combinação de ausência de superavit fiscal e aumento do juros entre 2012 e 2014, ano em que os juros chegaram a 14,25% e o déficit nominal a R$ 271.5 bilhões em 2014, quando sua média entre 2010 e 2013 era de cerca de R$ 80 bilhões.
Assim, até 2014 a dívida aumentou sempre por conta dos juros e não do déficit primário.
Entre 2002 e 2012, a dívida praticamente se manteve estável, abaixo dos 50% do PIB, com exceção dos anos da crise mundial, quando superou os 50%. No entanto, nos anos entre 2013 a 2015, a dívida cresceu, pelas razões que já expusemos, e atingiu 55,7% do PIB em 2015 com uma trajetória crescente alarmante, junto à recessão brutal produzida pela crise política induzida para justificar o golpe.
O relatório do TCU que analisou as contas do exercício de 2014 não deixou de sinalizar que “a taxa de juros da economia impacta de forma significativa a dívida pública”.
Outro factoide a ser sempre combatido é a inflação no período de 2002 a 2014. Só para esclarecer, a inflação foi de 3,4% em 2006, chegou a 4,46%, em 2007, registrou 5,90% em 2008, 4,31% em 2009, 5,91%, em 2010, 6,50%, em 2011, 5,84% em 2012, 5,91% em 2013, 6,40 % em 2014 para, somente em 2015, chegar a 10,67%.
Se compararmos com o período do plano Real, veremos como é falaciosa a afirmação de que os governos Lula e Dilma abandonaram o sistema de metas de inflação.
Vamos aos dados estatísticos: segundo o BC e IBGE, entre 1995-1998, a Selic nominal foi de 33,10%, o IPC de 9,4% e a Selic real de 21,7%; e no período 1999/2002 foram de 19, 8%, 8,4% e 10,1%, respectivamente.
Assim, a taxa média de juros nos dois mandatos de FHC ficou acima de 10%, 21,7% e 10,1% para um IPC médio de 9,4% e 8,8%. Ou seja, nem a inflação, nem os juros foram maiores nos governos Lula — 6,4% e 11,3% no primeiro; e 5,0% e 5,7% no segundo. Também as despesas com juros nominais no setor público foram praticamente as mesmas, 4,3% do PIB em média entre 1996 e 2000, 4,3% do PIB entre 2001 e 2005 e 3,9% entre 2006 e 2009.
Nada prova que, no período de 2010 e 2014, o governo Dilma, antes da crise política que agravou a recessão, praticou taxas de juros acima da média de FHC-Lula ou que a inflação passou as médias da era FHC. Como já vimos e provamos, a taxa média de inflação no período 2011-2015 foi de 7,06%. No governo Dilma, as taxas Selic foram de 11,8% em 2011, 8,6% em 2012, 8,3% em 2014, e 11% em seguida, mesmo assim inferior aos 21.7% e 10,1% da era FHC.
Fiz esse giro pelos governo Lula e Dilma, comparando os dois com os de FHC, para provar que a dívida pública federal impacta o déficit nominal independentemente do maior ou menor déficit da Previdência e de pessoal com relação ao PIB. O principal fator do déficit nominal e do aumento da dívida pública são os juros médios pagos pelos títulos da dívida pública seja pela Selic, pela inflação ou pelos títulos pré-fixados.
Nós que pagamos, em cinco anos, R$ 1,287 trilhão de juros, merecemos saber porque são tão altos, quando, no mundo, vivem um ciclo em que são negativos ou não passam de 2%. Como é possível essa inacreditável concentração e expropriação da renda nacional pelo capital rentista e financeiro? Quem são os beneficiários dessa extorsão e quem realmente controla e decide a taxa de juros?
Quem detém os títulos públicos controla as taxas de juros. Essa é a realidade. O 1% dos mais ricos e o sistema bancário-financeiro são os detentores da maior parte da dívida pública, com o agravante de que eles, os bancos, são também os principais beneficiados dos altos juros do crediário!
É verdade que alguns milhões de aposentados participantes dos fundos de pensão e previdenciário e os investidores em fundos de investimentos são beneficiados. Mas são sócios menores, rentistas das centenas de bilhões de reais em juros da dívida interna, pagos principalmente para o cartel, o oligopólio dos bancos e financeiras.
É a maior e mais escandalosa concentração de renda, apropriada de 90% de brasileiros pelos bancos e financeiras.

FLÁVIO DINO FERRA OS MIDIOTAS DA GLOBO DO MARANHÃO


Jornal dos Sarney mente!

O jornal O Estado, de São Luís do Maranhão, estampou a "denúncia" (sic) na primeira página de sua
edição de ontem, 29/VIII: PGR encaminha denúncia contra Flávio Dino ao STJ.
Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, foi eleito em 2014 e quebrou a sucessão de 
governadores alinhados a José Sarney, que governam o estado desde 1965.
O "Estado" pertence ao Grupo Mirante, que controla também a TV Mirante, afiliada da Globo 
Overseas no Maranhão. Até abril deste ano, o grupo era propriedade de Fernando Sarney, filho do ex-
presidente.
A "denúncia" (sic) também foi ao ar no noticiário local:


Só esqueceram de avisar ao público que é mentira !!!

A Procuradoria Geral da República pediu o arquivamento do 

processo contra Flávio Dino. 
O governador apontou diversas inconsistências nos depoimentos 
dos seus acusadores.
Ou seja: a PGR entende que não existem nem indícios para uma 
investigação contra Dino.

A família Sarney tem interesse em inventar falsos escândalos contra Flávio Dino. Afinal, a ex-
governadora Roseana Sarney começa a se mexer para as eleições de 2018.
Isso é fácil.
Difícil vai ser esconder o rombo de R$ 410 milhões aos cofres públicos que Roseana deixou na sua 
última gestão.

Em tempo: o ansioso blogueiro participou, no último fim de semana, do seminário "Os desafios da 
comunicação nas administrações públicas", promovido pelo Barão de Itararé em São Luís.
Em tempo2: Miguel do Rosário, em seu blog O Cafezinho, apresenta em seu post "o 
Manchetômetro do Maranhão" um estudo que mostra como os Sarney utilizam o jornal O Estado 
como instrumento político: uma pluma contra Roseana e uma patada atrás da outra contra Dino.
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TURMA DO NIÓBIO ESTÁ DE OLHO NA AMAZÔNIA


Vale ouro essa mina de nióbio em Minas: entra na composição de aços especialíssimos

Gaspari dá o mapa da mina: Decreto da mineração expõe bagunça do Planalto

(...) A fúria privatizante do governo Temer agrada ao chamado "mercado". Nele, de um lado está a 
turma que fatura com a alta das ações da Eletrobras, mas do outro há gente séria, tanto mineradoras 
capazes de explorar jazidas na Amazônia, como empresas de energia que possam se interessar por 
um setor historicamente administrado por clãs da política nacional.
(...)

O historialista dos múltiplos chapéus faz parte daquele seleto grupo de intelectuais orgânicos da 
Globo Overseas a quem o Xico Sá dedicou mensagem de comovente solidariedade: é a turma do 
"Dentro Temer" e que, agora, fica contra para sair na Globo em defesa da Amazônia ameaçada...
São os marinistas enrustidos...
Na colona dessa quarta-feira 30/VIII, Gaspari, inadvertidamente talvez, faz revelação 
importantíssima: mineradores BRASILEIROS (ênfase minha - PHA) estão de olho no nióbio (que 
jorra no Amapá e no Pará, ao lado do urânio) da "reserva" que o MT da lista de alcunhas da 
Odebrecht reservou aos mineradores canadenses.
Canadenses, não! parece dizer o colonista renomado.
Mas, brasileiros, quem sabe?
Brasileiros de longa tradição mineradora...
Quem sabe?

PHA

AVISO AOS URUBÚS: QUEM COMPRAR O QUE TEMER VENDER VAI PERDER DINHEIRO


Senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Frente Ampla Nacionalista, envia carta 
todas as Embaixadas com as quais o Brasil tem relação diplomática alertando-as — e aos 
investidores — sobre os riscos de comprarem empresas públicas privatizadas; "O atual 
governo não tem nem autorização e nem legitimidade para vender o Patrimônio Brasileiro, 
logo quem comprar será tomado como receptador de mercadorias roubadas e, como tal, pode 
ser também processado", diz um trecho da "Carta Aberta" contra o programa de 
privatizações do governo federal.

Enquanto de um lado (do mundo) Michel Temer (PMDB) se faz de caixeiro viajante para vender a 
pátria, de outro, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Frente Ampla Nacionalista, 
envia carta a todas as Embaixadas com as quais o Brasil tem relação diplomática alertando-as — e 
aos investidores — sobre os riscos de comprarem empresas públicas privatizadas.
“O atual governo não tem nem autorização e nem legitimidade para vender o Patrimônio Brasileiro, 
logo quem comprar será tomado como receptador de mercadorias roubadas e, como tal, pode ser 
também processado”, diz um trecho da “Carta Aberta” contra o programa de privatizações do 
governo federal.
Além da “Carta Aberta” enviada os representantes diplomáticos, Requião vai apresentar durante 
coletiva nesta quarta-feira (30), em Brasília, o Projeto de Decreto Legislativo do Congresso Nacional 
propondo referendo para revogar todos os atos administrativos de Michel Temer. A consulta aos 
eleitores, conforme especifica o projeto do senador do PMDB, seria realizada nas próximas eleições.
A seguir, leia a íntegra da “Carta Aberta” aos embaixadores e investidores a respeito das 
privatizações do governo Temer

Prezados Embaixadores e investidores no Brasil.

Por meio desta carta aberta, alertamos o corpo diplomático e os investidores com interesses no Brasil 
sobre os riscos de participar das privatizações promovidas pelo atual Governo Federal.
Toda as aquisições de bens e direitos públicos vendidos, concedidos, outorgados ou autorizados – 
enfim, privatizados – pelo governo ilegítimo que está instalado na Presidência da República do 
Brasil serão revertida pelo primeiro Chefe de Estado eleito pelo voto popular.
Cuidado, porque essas privatizações não serão apenas revertidas. Serão também duramente 
investigadas. Atenção ao que está acontecendo no Brasil. O mesmo rigor que a Operação Lava Jato 
introduziu no sistema investigativo-punitivo brasileiro será usado contra tudo o que o governo 
ilegítimo produz, ainda que sem os excessos e a parcialidade da referida Operação.
Sim, quem comprar bens e direitos do povo brasileiro vendidos por esse governo extensiva e 
comprovadamente corrupto, será de imediato considerado suspeito de participar da corrupção e, na 
sequência, investigado e punido com firmeza.
Não subestimem a indignação e a ira que o povo brasileiro tem acumulado em razão dos abusos 
desse governo ilegítimo.
Por quatro eleições seguidas, nos últimos 15 anos, o povo brasileiro rejeitou nas urnas qualquer 
privatização. Feito por um governo ilegal desprezado por 95% da população, isso significa uma 
contrariedade ainda mais gritante.
O povo brasileiro não deu procuração ao atual governo para realizar qualquer privatização. Não 
reconhece a validade política e jurídica da venda de patrimônio público realizada no governo Temer. 
Pior, o povo brasileiro, com toda a razão, suspeita que essas privatizações foram e são feitas com 
subornos, corrupção, trapaças e ilegalidades.
Este governo, produto de um golpe parlamentar e o atual Congresso não têm procuração para tomar 
tão graves decisões sem consultar o povo brasileiro. Logo, a aprovação pelo Congresso das leis que 
“formalizam” essas privatizações não reduz a ilegitimidade e a ilegalidade do processo.
Em termos mais claros: a liquidação do Patrimônio
Público promovida por Michel Temer sem a concordância do povo, será considerada por esse mesmo 
povo como a venda de mercadoria roubada, portanto serão considerados criminosos tanto o 
vendedor, quanto o receptador. Punição virá para os dois!
A Privatização ilegítima do Patrimônio Público Brasileiro será um péssimo negócio para os 
compradores. Mesmo que o preço de nosso patrimônio seja oferecido a preços muito baratos, será 
um péssimo negócio, porque esses preços vis serão eles mesmos mais uma prova do crime. E esse 
crime será implacavelmente punido.
Os investidores que subornarem membros do Executivo, Parlamentares ou Juízes para aprovarem ou 
“legalizarem” essas privatizações fraudulentas estarão jogando seu dinheiro no lixo e poderão ainda 
serem punidos com pena de prisão.
O primeiro governo legítimo eleito no país promoverá um Referendo Revogatório de todas as 
privatizações. Elas serão revertidas, porque sabemos o que nosso povo pensa sobre isso. O dinheiro 
gasto com elas será devolvido somente depois das investigações que analisarão cada caso e apenas se 
não houver ocorrido nenhum tipo de corrupção.
A partir desta Carta Aberta, ninguém poderá alegar desconhecimento sobre a ilegalidade, 
ilegitimidade e as consequências por ter comprado os bens do povo brasileiro. A justiça ainda não 
chegou, mas ela chegará. A paciência do povo já está no fim! Não cometam essa temeridade!

Roberto Requião, Senador da República e Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa 
da Soberania Nacional
Patrus Ananias, Deputado Federal e Secretário-Geral da Frente Parlamentar Mista em Defesa 
da Soberania Nacional