terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ANALISE: Porque 2019 não é um ano para ser esquecido


Blog do Rovai
Há muita gente se perguntando se não era melhor ter passado direto de 2018 para 2010, como se o 
ano que termina não tivesse existido.
Uma sensação de gosto amargo na boca, de que tudo ou quase tudo deu errado é o mantra da vez.
A sensação dos que defendem a democracia, o meio ambiente, os direitos humanos, as liberdades é 
de que estamos saindo piores do que entramos deste ano.
Há muito de verdade nisso, mas nem sempre tudo é tão verdadeiro quanto parece.
Sem querer fazer o papel de Polyana, fazendo o jogo do contente e tentando extrair algo de bom e 
positivo de tudo, quero dizer que sim, aprendemos muitas coisas neste 2019 e que serão 
fundamentais pra gente seguir adiante.
  • Aprendemos, por exemplo, que ampla maioria dos neoliberais se danam para a democracia e as liberdades. Eles estão de olho nas planilhas da bolsa e na política econômica. E que se as tais reformas estiverem sendo feitas eles se fazem de cego em relação às outras coisas.
  • Que a mídia brasileira nunca esteve preocupada de fato com a liberdade de imprensa ou com ameaça autoritária aos meios de comunicação, porque Bolsonaro fez o que quis com os veículos e ouviu no máximo lamurias de um ou outro, com destaque especial à Folha de S. Paulo, que premia o presidente no último dia do ano com um artigo onde um energúmeno (usando o vocabulário presidencial) defende com destaque avanços nos direitos humanos no atual governo.
  • Aprendemos neste ano que muitos artistas que berravam forte contra qualquer decisão do governo Lula ou Dilma, como a tentativa correta de criação da Ancinav, não são tão corajosos assim para contestar a destruição, por exemplo, da Ancine.
  • Aprendemos que um ministro como o da Educação pode tirar duas férias no ano sem que isso se torne um escândalo, quando antes um comprar uma tapioca virava horas de matérias televisivas.
  • Aprendemos que um presidente da República pode esconder os gastos de seu cartão corporativo e fazer viagens internacionais sem agenda que as justifiquem.
  • Aprendemos que muitos ambientalistas de botequim e de boutique não choram pela Amazônia quando ela está sofrendo seu maior ataque ambiental.
  • Aprendemos que fazer política é algo mais complexo. Que o bom mocismo do Papai Noel é coisa só para o Natal e que precisamos levar mais a sério a luta popular. Olhar mais para o andar de baixo da sociedade e voltar a dialogar com o povo.
Porque também aprendemos que hoje aquela base social que considerávamos mais próxima aos 
valores que defendemos está sendo disputada com unhas e dentes por usurpadores da fé alheia e por 
milícias do crime organizado. Que a desestruturação social é algo muito mais complexo do que 
imaginamos e não é algo que vai ser resolvido numa penada ou pelos desígnios de um líder como 
Lula ou pela força do Papa Francisco.
Estamos num momento de virada da curva, de mudança de ciclo e este aprendizado vai 
obrigatoriamente nos fazer reinventar. Ou a gente faz isso levando em conta 2019 ou a gente vai sair 
muito pior lá na frente.
2019 não é um ano para ser esquecido.

FELIZ ANO NOVO


PARA OS BRIGADISTAS DE ALTER 
Beira de rio
Beira de mar
No Tapajós vou me banhar
Purificar de zoiogrande
Tempo bom de meditar
O menino queima unzinho
Para Jah sintonizar
Latitudes
Altiplanos
Alter
No chão
Altar de especulações
Gula de imobiliárias
Sanha de bufões
No limbo oligarca
Especula-se a partir de convicções
Onde existe fumaça
Grilo engole traça em rede de trapaça
Puliça forja flagrante
Justiça planta indiciamentos
Mídia estridente não apura nem a superfície
Plana sobre o céu organizado crime
É puliça, mídia, cartório, corretor, juiz, desembarhador...
Cadê o pastor? Alemão, cadê o pastor???
É terrá, é água, é planta, é vida, é índio, é preto, é reza, é sabença  na mira de ladrões

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Jornalista detalha seu encontro com o Guru de Bolsonaro Olavo de Carvalho : me chamou de vagabunda. Idiota. Maliciosa. Filha da puta... puta


Letícia Duarte, que publicou um perfil do ideólogo da direita na revista americana The 
Atlantic, revela nas redes sociais mais bastidores de sua segunda ida à casa de Olavo de 
Carvalho no estado de Virgínia, EUA. “Estava ciente de que Olavo costuma atacar jornalistas, 
mas foi pior do que eu pensava”, desabafa
247 - A jornalista brasileira Letícia Duarte, autora de um perfil sobre Olavo de Carvalho publicado 
na revista americana The Atlantic, publicou em sua conta no Twitter ao longo deste domingo uma 
série de tuítes contando mais bastidores de seu segundo encontro com o ideólogo da direita na cidade 
de Petersburg, no estado da Virgínia, Estados Unidos.
Em um trecho do texto da revista, Letícia já trazia alguns detalhes de como havia sido a conversa 
(leia mais na Fórum). “Em pouco tempo, ele estava estendendo o braço direito e apontando o dedo 
indicador para o meu rosto. “‘Você é muito maliciosa, perversa, mentirosa – está me difamando!’
Ele gritou. ‘Você é uma vagabunda’, continuou, apontando o dedo. ‘Você vem à minha casa com esse 
sorriso cínico … Você não vale nada, mulher!'”, contou na publicação americana.
Desta vez, pelo Twitter, ela lembrou que já havia entrevistado Olavo em outubro de 2018 e que por 
quatro meses fez contato para tentar uma segunda conversa, já em 2019, a fim de atualizar os 
acontecimentos após a posse de Jair Bolsonaro e o andamento de seu governo. Depois de concluir 
seu mestrado na Universidade de Columbia, a jornalista foi selecionada como uma das repórteres do 
projeto global Democracy Undone, que analisa como líderes autoritários estão ameaçando a 
democracia pelo mundo. “Fui encarregada do capítulo brasileiro”, relata.
“Voltei à casa de Olavo porque acredito que história precisava ser contada. Porque Olavo é um 
personagem importante para entender o momento que o Brasil está vivendo, goste-se ou não dele. 
Estava ciente de que Olavo costuma atacar jornalistas, mas foi pior do que eu pensava”, escreve.
“Ao longo de 90 minutos de conversa, Olavo de chamou de vagabunda. Idiota. Maliciosa. Filha da 
puta... puta. Nós dois estávamos gravando a entrevista. Ao final, ele disse que não me autorizava a 
publicar nada do que ele falou. ‘Eu é que vou publicar’, ele disse”, prossegue Letícia.
Ao fim dos 16 tuítes publicados, ela raciocina: “Como jornalista, quero entender como essa lógica 
autoritária opera, porque ela é perigosa para a democracia. A propósito, Olavo começou a me atacar 
porque eu escrevi que ele era de ‘extrema-direita’, quando ele mesmo assume isso em outros 
escritos”.
“Estou convencida de que esta cartilha de ataques é muito danosa à democracia. Tenho pensado 
muito em como ultrapassar essa polarização cega para retomar o diálogo social. O que pode ser 
maior do que o ódio? Quais são nossos valores comuns? Precisamos refletir”, conclui.
A repórter publicou sua conversa com Olavo em seu podcast Weaponize Fear (ouça aqui). A parte 
sobre Olavo começa depois de uns 15 minutos.

VIDEO BOZO SHOW: Véio da Havan diz que chinelo fez mais pela educação que Paulo Freire e Weintraub agradece “as palavras”


“Você acha que o Bolsonaro está no poder? Não, senhor: isso é o plano do Haddad”, diz Olavo

Presidente do STJ condena conduta “exibicionista” do juiz duplo Auxilio Moradia Marcelo 
Bretas

Véio da Havan diz que chinelo fez mais pela educação que Paulo Freire e Weintraub agradece 
“as palavras”

Frota Cutuca Bolsonaro: Até a Pescaria é Fake


O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), batedor oficial do governador Doria, provocou pelo
Twitter o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Frota diz que o vídeo divulgado no domingo (29),
pelo Palácio do Planalto, onde Bolsonaro aparece com um peixe de mais de 15 kg, é fake.
“Bolsonaro pesca na Base Naval de Aratu durante recesso de fim de ano na Bahia. Esse peixe deve 
ter sido colocado para foto e filmagem é muito marketeiro. Até o peixe é fake”, escreveu o deputado 
neotucano.
Frota provocou ainda: “Faltou o Queiroz do lado”, se referindo ao ex-assessor e motorista de então 
deputado estadual, Flávio Bolsonaro, filho do presidente e alvo de investigações sobre “rachadinha” 
em seu gabinete.
O presidente passa o período de fim de ano na Base Naval de Aratu e volta a Brasília no próximo dia 
5 de janeiro.

‘Fakenomics” a Nova Moda do Verão?


O discurso da “retomada da economia”, inaugurado com a chegada de Michel Temer ao poder, em
2016.
E não era só nas colunas dos analistas econômicos, também o “mercado” previa, no início de cada 
ano, uma expansão do PIB (2,7% em janeiro de 2017 e 2,6% em janeiro desta ano) que foi se 
concretizar em algo perto de 1%, ao afinal do período.
A realidade era substituída pelos desejos mas os indicadores econômicos permaneciam reais, 
desmentindo toda as marolas de otimismo que eram ideologicamente construídas.
A crise real, porém, tinha lá a sua utilidade: era utilizada como elemento “terrorista” para legitimar a 
retirada de direitos sociais: com Temer e com Bolsonaro, a “ameaça” de não pagar os já aposentados 
para tornar aceitável que não se pagasse, no futuro, aos “novos velhos”.
Tivemos outra onda, nos últimos meses, com a situação “menos pior” que nos levou a liberação de 
fundos públicos (FGTS e PIS). Improvável que se sustente, pelo baixo apetite de investimentos, pela 
imensa capacidade ociosa que não os exige, e por uma quase estagnação da renda.
Estão surgindo, porém, sinais de que o “agora a coisa vai” possa estar se transferindo também para 
os índices da economia.
Começou com o estranhíssimo “esquecimento” de US$ 10 bilhões – bilhões de dólares, mesmo – nas 
contas de nossas exportações, divulgada pelo Ministério da Economia.
Veio a fuga de capitais estrangeiros em grau recorde (R$ 43 bilhões, até o dia 21) de uma Bolsa de 
Valores que solta foguetes com níveis de valorização recordes).
Depois, a desatenção com a alta do indicador antecedente dos preços ao consumidor, o Índice de 
Preços ao Produtor Amplo (IPA), que avançou 2,84% em dezembro, a maior em 16 anos.
Na última live presidencial, ouve-se que “a economia deslanchou”, refletindo o clima criado pela 
associação de shoppings que disse terem cresci mais de 9% as vendas nominais (o que daria mais de 
5% de crescimento real). Logo vieram os comerciantes menores dizer que não foi assim: as vendas 
de Natal deste ano empataram com 2018, dizem eles e vários, identificando-se, dizem que venderam 
menos.
Há, portanto, algum temor de que fantasias como a do “motoqueiro incendiário”, o “navio grego”, os 
“dados errados do Inpe” estejam se formando também nos números da economia, malgrado a 
capacidade dos órgãos oficiais de aferi-los corretamente.
O verão é, tradicionalmente, uma época de elevação de preços dos alimentos, exceto – ironicamente
a carne bovina, que entra em período de safra no final de novembro. Mais que os corpos na praia, 
acho que vai ser difícil esconder a alta dos preços que, este ano, fez uma avant-première em 
dezembro.

Arlindo Jr. simbolo do Boi Caprichoso de Parintins morre aos 51 anos,



Morreu na noite deste domingo (29) o cantor, ex-levantador do boi-bumbá Caprichoso e ex-vereador
Arlindo Júnior aos 51 anos, em Manaus, após uma luta contra o câncer. A informação foi confirmada 
pela assessoria do Boi Caprichoso.
Em nota ao G1, o Boi Caprichoso falou sobre a sensação de perda para a cultura amazonense. "Na 
memória e no coração azulado, estamos com os grandes clássicos do Festival em sua voz", diz trecho 
do pronunciamento.
A carreira de Arlindo Jr. como levantador de toadas teve início no fim dos anos 1980, quando ele se 
tornou levantador de toadas do Boi Caprichoso, em Parintins. A função foi responsável pelo salto 
profissional. Por mais de 20 anos, Arlindo conquistou títulos e cantou as toadas clássicas que 
embalam festas de bumbás pelo Amazonas até os dias de hoje.
Na Rede Amazônica, sua última aparição foi durante a campanha dos 350 anos de Manaus, cidade 
onde ele ajudou a popularizar a musicalidade de Parintins.
O cantor confirmou em 2016, por meio de redes sociais, que estava com câncer de pleura. Na 
postagem, ele informou que doença foi diagnosticada como inflamação no pulmão. Após o primeiro 
turno das eleições naquele ano, quando não conseguiu reeleição, Arlindo Jr. voltou ao hospital 
porque sentia falta de ar, e lá descobriu que teve um derrame pleural, ou seja, água na pleura.

sábado, 28 de dezembro de 2019

VIDEOS SHOWS: OS MÉTODOS MIDIOTICOS DA GLOBO: Popular entrevistado “aleatoriamente” várias vezes pela Globo levanta suspeita sobre métodos da emissora


Batedor de Dizimo Magno Malta levanta da tumba e diz que 
comediantes do Porta dos Fundos serão castigados

“Tem abuso prazeroso para a criança porque o pedófilo sabe 
como tocar, onde tocar”, diz DoiDamares

Público grita “Ei, Bolsonaro, VTNC” em show de Ivete 
Sangalo e ela diz que “é lindo demais”

“O Fascismo e a Idiotice... Duas Faces da Mesma Moeda: internauta revela a voz de homem que assumiu atentado ao Porta dos Fundos; vídeo


Da Redação
Em alguns segundos o internauta Jorge Alberto (@jorgebyalberto no twitter) desmascarou o homem 
que assumiu o ataque com coquetéis molotov à produtora do Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro.“O 
fascismo e a burrice andam lado a lado”, ele escreveu na rede social.
Explicou: “Peguei o vídeo dos integralistas terroristas e corrigi o pitch do áudio, que deveria estar 
cruzado com dois tons, agudo e grave, mas só tem a grave. Caminho livre pra ouvir a voz original 
dos caras. Eu não vou rir sozinho”.
Na manhã deste sábado, o tweet de Jorge Alberto já tinha sido compartilhado mais de 6 mil vezes.
A polícia do Rio já identificou os donos da moto e de um segundo veículo utilizados no ataque. Eles 
serão chamados a depor.
Agora, com a voz não adulterada à disposição dos investigadores, fica mais fácil saber quem são as 
três pessoas que aparecem no vídeo assumindo o atentado terrorista em nome da Frente Integralista 
Brasileira, que disse não ter relação com o bando.

MORO O MINISTRO LAMBE-BOTAS, É O JUIZ DE "GARANTIAS" PARA O QUEIROZ E A FAMÍLIA BOLSONARO!


Como o amigo navegante sabe, o ministro da Justiça, Sergio Moro, não tem poupado palavras para 
criticar a decisão de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, de sancionar o pacote "anticrime" com a 
criação da figura do juiz de garantias.
Na sexta-feira 27/XII, em mais um episódio público de divergência com o patrão, Moro escreveu no 
Twitter: “nas comarcas com um juiz apenas (40 por cento do total) será feito um ‘rodízio de 
magistrados’ para resolver a necessidade de outro juiz. Para mim é um mistério o que esse ‘rodízio' 
significa. Tenho dúvidas se alguém sabe a resposta”.
Segundo o Painel da Folha de S.Paulo na véspera, Moro disparou mensagens a parlamentares e disse 
estar decepcionado com Bolsonaro. Parlamentares avaliam que o ministro entrou em terreno 
pantanoso e, diante disso, recebeu o recado de quem é que manda.
Neste sábado 28/XII, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), propôs uma 
reflexão interessante a Moro sobre o que representa o juiz de garantias:

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

O incrível indiciamento de Lula pelas palestras


POR FERNANDO BRITO 
Li as 130 páginas do relatório do indiciamento de Lula pelas palestras de seu instituto.
Todos os delatores premiados – sobretudo Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar, da Odebrech, 
dizem que os pagamentos de palestras, aqui e, sobretudo no exterior, nata tinha a ver com a história 
das tais “planilhas italianas”, que Lula jamais solicitou as palestras e suas remunerações e que 
nenhum favor administrativo lhe foi prestado pela contratação dos eventos, todos realizados com 
Lula fora do governo.
O único delator que liga estas contas às palestras é – adivinhe! – o ex-ministro Antonio Palocci, 
justamente quem, segundo Marcelo, tratava de dinheiro, sem qualquer prova de que o fazia em nome 
de Lula.
O relatório do delegado Dante Pegoraro Lemos conclui ao inverso das provas, tomando como base 
não os fatos apurados, mas a sentença de Sergio Moro no caso do apartamento do Guarujá – que 
nada tem a ver com o Instituto Lula -, copiado e colado sem qualquer parcimônia, assim como junta 
à história outro processo – a entrega, que não houve, de um prédio para o Instituto, que é objeto de 
outro processo.
Tanto que, em relação a outros contratantes das palestras, diz não per elementos para indiciar.
O resto é um abuso inenarrável, porque criminaliza o fato de que o Instituto tenha contratado 
serviços de empresas ligadas à família de Lula, como se um instituto privado tivesse de abrir 
licitação pública para adquiri-los. Olhem o que ele escreve:
Portanto, ainda que se considerem regularmente prestados os serviços contratados, e por preços 
justos, há de se reconhecer que houve um direcionamento de vantagem financeira a terceiros do 
círculo familiar do ex-presidente.
Quer dizer: não houve superfaturamento, nem contratos fantasmas, mas virou crime uma 
organização privada contratar a empresa de um familiar.

IBGE: INFORMALIDADE CRESCE, BATE NOVO RECORD E ATINGE 38 MILHÕES


Vagas temporárias conduzem a leve queda no desemprego
A taxa de informalidade (considerando a soma de todas as ocupações consideradas informais) ficou 
em 41,1% no trimestre encerrado em novembro e, com isso, o Brasil tem um record de 38,833 
milhões de pessoas atuando na informalidade, segundo levantamento do IBGE divulgado nesta sexta-
feira 27/XII.
Nesse período, houve alta de 1,2% no número de trabalhadores por conta própria, que chegou a 24,6 
milhões de pessoas – novo recorde na série histórica do IBGE. A população desalentada (que 
desistiu de procurar trabalho) ficou em 4,7 milhões, estatisticamente estável, e equivalente a 4,2% do 
total da população na força de trabalho ou desalentada.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro ficou em 11,2%, atingindo 11,9 milhões 
de brasileiros. No trimestre encerrado em outubro, ela era de 11,6%.
De acordo com o IBGE, contribuíram para a leve queda no desemprego no mês passado as vagas 
temporárias abertas no comércio visando as festas de fim de ano.
Em termos de empregos com carteira de trabalho, o crescimento foi de 1,1% na comparação com o 
trimestre anterior.
Já a taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,3%, uma queda de 1 ponto percentual 
frente aos três meses anteriores. Por sua vez, a população subutilizada somou 26,6 milhões de 
pessoas, uma queda de 4,2% na mesma comparação.
Leia a íntegra do novo PNAD no site do IBGE.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

DOSSIÊ: A rede de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro

Vamos entender o sistema de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro, a partir das 
informações divulgadas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro
Luis Nassif
Vamos entender o sistema de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro, a partir das informações 
divulgadas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, tendo como fio condutor uma 
Peça 1 –os imóveis de Flávio Bolsonaro
No dia 15 de abril, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro pediu a quebra do sigilo bancário 
e fiscal de 95 empresas, de alguma forma relacionadas com as instigações sobre o senador Flávio 
Bolsonaro.A suspeita maior era de uso dos imóveis para lavagem de dinheiro. Pelos cálculos dos 
promotores, entre 2010 e 2017, Flávio Bolsonaro teria lucrado R$ 3,089 milhões em operações 
“suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”.
Teria investido R$ 9,425 milhões na compra de 19 imóveis. O caso que mais chamou a atenção foi o 
da venda, em outubro de 2010, de 10 imóveis para a MCA Exportação e Participações, que tem 
como sócia uma empresa de nome Listel S.A. Flávio adquiriu 10 imóveis, por R$ 2,6 milhões, e 
pouco depois revendeu para a MCA por R$ 3,2 milhões.
Peça 2 – métodos de lavagem de dinheiro
Uma das modalidades de lavagem de dinheiro muito usada no Brasil se vale de doleiros, na 
modalidade dólar cabo.
O cliente dá o dinheiro para o doleiro. Ele transforma em dólar e um doleiro associado no exterior 
disponibiliza um dinheiro lá fora. Arrumam um laranja que integraliza o valor como capital social na 
offshore (empresa aberta no exterior) que é apenas papel. A off shore compra imóveis no país de 
origem de onde saiu o dinheiro (no caso o Brasil) ou compra quotas de capital de uma empresa que 
existe de fato. Dessa forma, o dinheiro que era ilícito, volta limpo na forma de um bem material.
Como os Bolsonaro lidam com dinheiro vivo, provenientes das “rachadinhas”, é provável que usem 
esse mecanismo.Muitas vezes, o doleiro atua em paraísos fiscais através de duas empresas, 
modalidade que é chamada pelos especialistas em investigação de “dupla camada”, destinado a 
dificultar o rastreamento do dinheiro. Na maior parte das vezes, a segunda empresa, a segunda 
camada, se conecta a algum banco.
Peça 3 – a Listel S.A. e a MCA Exportação e Participações
No caso Flávio Bolsonaro, a empresa central da operação é a Listel S.A. É uma empresa criada em 
20 de março de 1979 pelo tradicional Escritório Icaza, González-Ruiz & Alemán, o maior 
especialista em abertura de empresas em paraísos fiscais, o preferido dos políticos e potentados, que 
já abriu mais de 1.500 empresas pelo mundo, inclusive de clientes brasileiros revelados pelo Panama 
A ficha da Listel S.A. mostra vários diretores. Os mais ostensivos são Carlo Cattaneo Adorno[i]
Marcelo Cattaneo Adorno[ii] e Delio Thompson de Carvalho Fiho[iii], que assumiram em 2014 
depois da renúncia de Carlos Bryden, Itzkra de Trute e da Jedburgh. No Brasil, aparecem como 
Marcello é proprietário da Orion Consultoria.
Peça 4 – a Impala Limited
A segunda camada da Listel S.A. é a offshore Impala Limited. Aí o jogo vai ficando mais denso.
inquérito conduzido pelo juiz Baltazár Garzon. O notório escritório de advocacia panamenho Icaza, 
González-Ruiz & Alemán criou duas empresas e uma fundação fantasma para lavar o dinheiro de 
Bárcenas. Portanto, Flávio não tratava com pequenos contraventores
A Impala atuava especialmente com o Arner Bank, diretamente envolvido nos escândalos de 
A Impala tinha dois sócios notórios.
Um deles, Carlos Briden[iv]. O outro, Itzkra de Trute, proprietário da Holding Inc[v].
Pode ser que na prática os imóveis continuem de fato com o Flávio, ou com algum comparsa das 
milícias que eles controlam.
[i] https://opencorporates.com/events/1135475183
https://www.facebook.com/profile.php?id=599621302
Quantidade de empresas pertencentes a Delio Thompson De Carvalho Filho : 6
Delio Thompson De Carvalho Filho é sócio de 6 empresas no estado de Rio De Janeiro.
Capital social das empresas de Delio Thompson De Carvalho Filho: R$ 23.754.987,00
Primeira sociedade de Delio Thompson De Carvalho Filho foi firmada em: 13/03/1998
Sócios de Delio Thompson De Carvalho Filho : Delio Thompson de Carvalho Filho, Marcello 
Cattaneo Adorno, Luiz Fernando de Miranda Braga Alvarenga, Sandra Cattaneo Adorno, Edgar 
Andrew Lynch, Sergio Luiz Borges de Azevedo, Listel Sa, Mca Exportacao E Participacoes Ltda, 

Moro não quis a delação do Cunha, mas aceitou as mentiras do Pulhocci


[Moro se ajoelha para Bolsonaro assim como Bolsonaro se ajoelha para Trump e segue no 
governo babando o ovo do clã’.
O novo capítulo da série Vaza Jato traz a informação de que o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-
RJ) mencionou, em uma fracassada tentativa de delação premiada, cerca de 120 políticos. Ele disse 
ter arrecadado R$ 270 milhões (70% em caixa dois) em cinco anos para repartir com aliados, como 
proposta de delação a procuradores da Operação Lava Jato em 2017, mas seus relatos foram 
considerados "superficiais demais" e não houve acordo. Entre os alvos da delação de Cunha estariam 
Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, peças-chave no Golpe de 2016.
Em julho, outro episódio da série Vaza Jato mostrou um diálogo em que o então juiz (sic) Sergio 
Moro discute com o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, a possibilidade de delação de 
Cunha. Moro diz, naquele momento, que espera que os rumores a respeito "não procedam". "Sou 
contra, como se sabe", afirmou ele.
Diante disso, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) propôs uma reflexão no Twitter:
Repórter é agredido por bolsonarista na loja de chocolates de 
Flávio Bolsonaro

Polícia já tem como identificar terroristas que atacaram produtora do Porta dos Fundos


Um câmera de rua mostra placa de caminhonete e criminosos com capuzes. Seriam três 
suspeitos e um deles estaria com o rosto descoberto, o que facilitaria a identificação dos que 
atacaram a sede da produtora O2 em razão do especial de Natal com um Jesus gay.

247 – "Um vídeo gravado por uma câmera de segurança identifica a placa da caminhonete onde 
estavam parte dos criminosos que atacaram o prédio da produtora do Porta dos Fundos, no Humaitá, 
com dois coquetéis-molotov, no sábado por volta das 4h. Seriam três suspeitos e um deles estaria 
com o rosto descoberto, o que facilitaria a identificação. Um dos homens estava numa moto, e fugiu 
na contramão da Rua Capitão Salomão, onde fica a empresa. O material será entregue nesta quinta-
feira à polícia", aponta reportagem publicada no jornal O Globo.
"Agentes da 10ª DP (Botafogo), que investigam o caso, também vão buscar outras imagens na 
região. Ao todo, há seis câmeras que apontam para a entrada do prédio. Ainda esta semana, 
testemunhas do ataque serão ouvidas, como o segurança do prédio que conseguiu apagar o fogo", 
aponta o texto. O humorista Fábio Porchat, um dos integrantes do grupo, disse, em sua conta no 
Twitter, que o episódio não vai intimidá-lo. “Não vão nos calar. Nunca! É preciso estar atento e 
forte”.

Acredite se quiser – Goleiro Bruno é tietado por torcedores do Flamengo em shopping


De O Dia.
Campeão brasileiro com o Flamengo em 2009, o goleiro Bruno foi “tietado” por torcedores do clube
carioca na última segunda-feira, enquanto fazia suas compras de Natal, em um shopping de Cabo
frio, no Rio. Condenado pela morte de Eliza Samudio em 2010, o atleta utilizou sua conta no
Instagram para agradecer o carinho dos fãs.
“Queria agradecer a receptividade, carinho de todos ! Me senti muito amado, querido, acolhido e
muito feliz!!! Que Deus possa abençoar a cada pessoa que veio até mim hoje, que pediu uma foto,
autógrafo, ou que simplesmente veio apertar a minha mão, me desejar sorte, me parabenizar pelo
meu recomeço!!”, publicou o jogador.(…)

Após depor contra brigadistas, militar diz que suspeita foi ‘em tom de brincadeira’

Esse é o "BRINCADEIRA JEAN" o autor de 
um dos seis depoimentos que baseiam o 
indiciamento dos brigadistas voluntários de 
Alter do Chão (PA) pelos incêndios na região 
disse que a suspeita relatada à Polícia Civil 
do Pará e revelada pelo blog foi dita 
originalmente ‘em tom de brincadeira’.
“Eu disse que a gente estava lá conversando 
entre nós e surgiu essa conversa lá no meio do 
pessoal: ‘será que não foram esses caras que 
tocaram fogo aí?’. E foi até em tom de 
brincadeira que todo mundo estava, num 
momento de descontração”, disse Jean Carlos 
Leitão, militar da reserva e membro da Ares 
(Associação dos Reservistas de Santarém).
A declaração foi ao ar na manhã desta quinta-
feira (26) em uma entrevista ao programa Cartas 
na Mesa, da rádio Guarany FM, de Santarém 
(PA). Nela, Leitão também nega ter acusado os 
brigadistas de crime.
“Não tenho envolvimento algum nessa questão de afirmar, até porque eu não vi. O que eu não 
vejo, eu não tenho como afirmar nada em relação a isso”, ele conclui.
Questionado pela rádio se ele acredita que os brigadistas tenham cometido o crime, Leitão 
respondeu: “eu não sei, não tenho absolutamente ideia, entendeu? Se foi criminoso ou não foi 
criminoso”.
“Inclusive no meu depoimento deixo isso claro”, disse Leitão à rádio. No entanto, o registro de seu 
depoimento, acessado pelo blog, traz uma série de suspeitas sobre a atuação dos brigadistas, sem 
nenhuma ressalva.
Confira o registro do depoimento na imagem abaixo.


Depoimento prestado por Jean Carlos Leitão à Polícia Civil do Pará no caso que investiga brigadistas 
por incêndio na APA Alter do Chão. (Foto: Reprodução) 
“Eu fui depor porque a Polícia Civil veio aqui atrás de mim”, disse Leitão à rádio local.
O depoimento dele, de mais três pessoas ligadas à Ares e ainda de dois caseiros são listados como de 
‘extrema relevância’ para “inferir que a responsabilidade da ocorrência de focos de incêndio na APA 
de Alter do Chão encontra esteio na atuação de integrantes da Brigada de Alter do Chão”, segundo o 
relatório de conclusão do inquérito da Polícia Civil do Pará.

Conhecido como o "Antropelego" dos 
Ruralistas, Edward Luz foi Expulso da 
Associação Brasileira de Antropologia em 
2013.
ONGs
Leitão, que também é presidente do ICPET 
(Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós), nega 
ser contrário à atuação das ONGs – “respeito 
muito e até ajudo algumas”. Ele atribuiu à 
polarização uma possível confusão entre seu 
depoimento e sua posição política. “Fui jogado 
no meio desse temporal aí”, disse na entrevista à 
rádio.
No entanto, ele defendeu sua relação com um 
inimigo famoso de ONGs ambientalistas e 
comunidades indígenas na região, Edward Luz, 
que atua como assessor parlamentar do ICPET.
Em sua página na internet, Luz comentou sobre 
o indiciamento dos brigadistas em um texto sob 
o título “Boas notícias para o Brasil que ajudam 
a desintoxicar a Amazônia e o oeste do Pará 
infestado de militantes esquerdistas”.
“A gente aceita ajuda dele como aceita de qualquer outra pessoa”, defendeu Leitão.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

INDULTO DE BOLSONARO É PRESENTE DE NATAL PARA AS MILÍCIAS E SERÁ A VERGONHA DO MORO


POR FERNANDO BRITO
Foi, reconheça-se, hercúleo o esforço do Ministro da Justiça em formular um decreto de indulto que, 
atendendo à vontade do chefe Jair Bolsonaro, pudesse escandalizar menos a sociedade com casos 
bárbaros sendo perdoados, ainda que certamente um ou outro fossem surgir com o tempo.
Mas quem lê o texto, publicado hoje no Diário Oficial, não precisa ir além do Artigo 2° do decreto 
para ver onde a “mula” jurídica manca e o que irá, com poucas chances, ao exame do Supremo 
Tribunal Federal.
Permitam-me antes apontar a estupidez do texto, concedendo indulto, no dia 24, a crimes cometidos 
até o dia 25 de dezembro de 2019, o que cria a tragicômica figura do “indulto prévio” para sentenças 
publicadas até a meia-noite de amanhã, uma “mancada” que mostra a desqualificação de quem o 
redigiu.
Mas a fragilidade do texto nem é essa, essencialmente, que pode ser revertida com uma republicação.
É que o indulto coletivo tem por princípio a não discriminação dos beneficiários senão pelas 
restrições legais existentes, como a dos crimes hediondos, a tortura e outros tipos penais que têm 
vedação expressa e anterior ao perdão presidencial. Portanto, não pode ser discricionário senão a eles 
– foi o que decidiu o Supremo, no caso do indulto de Temer – ou ao tempo de remissão da pena, a 
fração da condenação que já se tenha cumprido.
Jamais em relação a quem foi o autor do crime.
E é exatamente o que faz o decreto presidencial, ao restringir aos agentes públicos de segurança – 
militares, policiais, bombeiros, guardas municipais, agentes de trânsito, etc… – os efeitos da medida.
(Outro parêntesis: é um primor incluir a palavra “também” ao indulto a policiais depois de um 
primeiro parágrafo mera (e falsamente) humanitário, indultando quem tenha ficado paralítico, cego 
ou esteja em estado terminal de câncer ou Aids, únicos outros beneficiários do indulto)
Isso leva a uma situação esdrúxula e escancaradamente inconstitucional: um não-policial que tiver 
cometido os mesmos crimes, culposos, que um integrante das forças de segurança, recebendo a 
mesma pena e tendo cumprido dela tanto ou mais que aquele, não terá direito a indulto.
Isso pode se aplicar em um sem-número de situações. Por exemplo: atropelamentos de trânsito, 
imperícia ou negligência médicas, inc~endios como o da boate Kiss, desmoronamentos como o de 
Brumadinho, todos crimes culposos, mas praticados por não-policiais.
Claro que o indulto poderia ter sido modulado pelo tempo de cumprimento de pena, que está dentro 
do arbítrio presidencial na sua previsão constitucional – o Supremo também derrubou a tese de Luís 
Roberto Barroso que pretendia limitá-lo a, no mínimo, 1/3 da pena. Mas jamais segundo a natureza 
do autor.
Fica escancarado, se já não o estivesse pelas declarações prévias de Bolsonaro – até “personalizadas” 
em determinados crimes, como os do Carandiru e o de Eldorado de Carajás – que o ato de indulto 
tem destinação específica, destinada a privilegiar um grupo de servidores ou ex-servidores policiais 
que integram o santuário do bolsonarismo.
Portanto, as inúmeras exclusões providenciadas por Sérgio Moro para atenuar o vexame presidencial 
não têm o poder de eliminar a ilegalidade do decreto.
Dos pontos que serviram para Carmen Lúcia suspender liminarmente o decreto de indulto de Temer, 
a maioria se repete, ainda mais gravemente, do decreto de Bolsonaro e Moro: Temer previa um 
quinto da pena, Bolsonaro quer 1/6 ou zero (!!!), nos casos de excesso culposo, não exclui quem é 
réu em outros crimes, inclusive hediondos, nem a existência de recurso pendente de julgamento.
É difícil que, mesmo com a boa vontade que lhe tem Dias Toffoli, o ato não seja suspenso, como o 
de Temer foi.
Para Jair Bolsonaro o prejuízo é zero, porque o que ele pretende é o efeito de propaganda de que 
protege policiais envolvidos em abusos. Para Moro, mais um vexame de sabujismo de fazer o que o 
mestre mandou, mesmo que vá cair na Justiça.
"Meu destino a mim pertence (sic)", diz Moro 😂

LEITURA OBRIGATÓRIA!!! QUEM É QUEM NA FARSA SOBRE BRIGADISTAS


PorAna Carolina Amaral
“A conclusão do inquérito da Polícia Civil do Pará que acusa brigadistas voluntários de terem
causado incêndios em Alter do Chão foi feita a partir de depoimentos de pessoas ligadas a Militares
da Reserva e a Proprietários Rurais da região.
Entre os depoentes estão "DOIS CASEIROS" de Proprietários Rurais das regiões incendiadas e
"QUATRO PESSOAS" que declaram vínculo com a Associação de Reservistas de Santarém (Ares),
de onde teria partido a suspeita contras os brigadistas, segundo os depoimentos!! 😱😱😱😱😱😱
😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱
O BLOG TEVE ACESSO AO RELATÓRIO FINAL DO INQUÉRITO.
Os Depoentes "NÃO SÃO TESTEMUNHAS OCULARES" do crime investigado, mas relatam
suspeitas, como o fato de os brigadistas identificarem os focos de incêndio de forma antecipada em
relação a outras instituições e grupos de voluntários que estavam no local.
"DOIS DEPOENTES" contam terem sentido odor de gasolina no contato com brigadistas. 😂😂😂
Também se repetem entre os depoimentos os relatos de que eles teriam uma preocupação
considerava excessiva em registrar as ações com fotos e vídeos.
QUEM ACUSA OS BRIGADISTAS:
1) “O declarante e membros da Ares comentara ‘será que não foram esses caras que botaram fogo?’,
em razão de que não viam os brigadistas com drones e esses pareciam sempre saber onde
estavam os focos de incêndio”.
🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔

O trecho é do depoimento de JEAN CARLOS LEITÃO, que se
identifica aos policiais como Servidor Público Municipal e
Reservista membro da Ares.
* No entanto, Ele também é Presidente do Instituto Cidadão Pró
Estado do Tapajós (ICPET), que busca criar um estado
independente do Pará.
O Instituto tem como Assessor Parlamentar um inimigo famoso de
ONGs Ambientalistas e comunidades indígenas, Edward Luz.
Conhecido como “antropólogo dos ruralistas”, ele é contratado por
proprietários rurais para produzir laudos contrários ao
reconhecimento de terras indígenas.😱😱😱😱😱😱😱😱😱
😱😱😱😱😱😱
Na foto Edward Luz😱😱😱😱
Uma convocação para uma mobilização do ICPET foi feita por
vídeo em uma página do Facebook chamada ‘Fora ONGs de
Santarém’.
O vídeo é gravado com Coronel Tomaso, militar da reserva que
anunciou, em agosto, sua pré-candidatura à prefeitura de Santarém.
Na semana passada, após viagem a Brasília, Tomaso se tornou
presidente municipal do partido Patriota, que negocia com
Bolsonaro o aluguel da legenda para as eleições do ano que vem.
LEIA MAIS AQUI
👇👇👇👇👇👇👇
https://ambiencia.blogfolha.uol.com.br/2019/12/23/sem-provas-
indiciamento-de-brigadistas-se-baseia-em-depoimentos/

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

O show de horrores na Funai

Índios confrontam extrativistas ilegais na Amazônia. Foto: Reprodução/Twitter
São estarrecedoras as declarações do subprocurador-geral da República, Antônio Carlos Bigonha,
sobre a condução de Marcelo Augusto Xavier da Silva no comando da Fundação Nacional do Índio.
Em entrevista ao Globo, afirma que em 27 anos de PGR nunca viu uma administração da autarquia 
como a atual.
Marcelo Xavier ignora recomendações do MPF e, segundo o procurador, não responde aos pedidos 
de audiência para tratar de decisões que têm colocado os direitos dos índios em xeque.
Entre as medidas apontadas como irregulares está a proibição pela Funai de deslocamentos de 
servidores para dar assistência a Terras Indígenas.
Bigonha conta que a Defensoria Pública da União solicitou a anulação da diretriz, sob pena de 
responsabilização civil, criminal e administrativa, mas Xavier ignora os pedidos, ferindo direitos 
garantidos pela Constituição.
O procurador lembra que a obrigação constitucional da autarquia é trabalhar pela defesa dos i
interesses dos indígenas, mas o que ocorre é justamente o oposto.
Na realidade, a Funai está seguindo os preceitos que Bolsonaro já anunciava na campanha eleitoral, 
quando o Brasil o tinha como um louco varrido e exótico.
Só que esse sujeito ganhou a eleição e está no comando do país.
– Vejo na Funai hoje uma forte tendência ideológica contra o indígena, diz o procurador. Eles não 
são pagos para fazer ideologia. São pagos para cumprir a lei e a Constituição. É uma postura 
incompatível com o estado democrático de direito.
Incrédulo com o show de horrores que está assistindo, Bigonha alerta para os riscos que Marcelo 
Xavier está correndo.
– Ele é delegado de polícia e sabe que isso pode ser um problema para vida inteira.
Já se falou aqui que Bolsonaro não tem pudor em destilar ressentimento contra setores como 
educação, cultura e comportamento, para ficar em apenas três exemplos. O problema com relação a 
índios e quilombolas é mais grave por colocar em risco vidas humanas.
– Nunca vi uma coisa dessas, sem precedente no Brasil e no mundo, diz o procurador. Um presidente 
de uma autarquia indigenista que não gosta de índio. É inédito.
Alguém precisa deter Bolsonaro.

Robert De Niro diz que queria “jogar um saco de merda” em Trump


Em uma entrevista recente ao podcast Rumble With Michael Moore, Robert De Niro falou sobre 
política e, obviamente, sobre Donald Trump. Mas ao invés de apenas discordar do político, o astro 
revelou o que, na opinião dele, Trump merece.
Sem medir palavras, o ator, que só em 2019 participou de clássicos instantâneos como Coringa e
Irlandês, aproveitou o papo para contar que adoraria jogar um "saco de merda" na cara do atual e 
polêmico presidente dos Estados Unidos.
"Gostaria de jogar um saco de merda na cara dele — acertar bem na cara, e deixar essa imagem 
circular o mundo. Isso seria a coisa mais humilhante, e ele merece ser humilhado", falou.
E De Niro não parou por aí. O ator disse ainda que Trump "precisa ser confrontado e humilhado" por 
quem quer que seja o oponente político dele. "Precisam bater de frente com ele [...]. Precisam 
confrontá-lo e colocá-lo no devido lugar, as pessoas precisam vê-lo dessa forma, sendo humilhado", 
acrescentou.
Para finalizar os insultos, ainda explicou o motivo de não chamar mais o presidente de porco: 
"Porcos têm dignidade. Ele não tem dignidade, nada. Ele é uma desgraça para a humanidade."

BATEDOR DE DIZIMO DEFENDE COBRADOR DE RACHADINHAS PARA SER CANDIDATO DE BOLSONARO


POR FERNANDO BRITO  
É patético.
Marcelo Crivella divulgou um vídeo “prestando solidariedade” a Flávio Bolsonaro no escândalo das 
rachadinhas.
Diz que é uma conspiração contre o senador e contra Jair Bolsonaro. Mostra, de passagem, que
Sergio Cabral – “com pena maior que o “Maníaco do Parque” – será sua arma contra Eduardo Paes.
Escandalosamente oferece este sacrifício atrás dos votos bolsonaristas na eleição do ano que vem.
Acha que, se abiscoitar os 20% que Bolsonaro teria no Rio, mais alguma coisa da máquina 
administrativa, tem chances de ir ao segundo turno.
No quebra-cabeças da sucessão, Witzel terá dificuldades em apoiar seu adversário de 2018.
Crivella, como já disse aqui, tem vantagens para os Bolsonaro: manter sua base fundamentalista 
evangélica e arranjar alguém que, perdendo, perca por seus próprios deméritos e que tire o caráter 
plebiscitário da eleição.
Veja a fala sabuja de Crivella.

INQUÉRITO DOS BRIGADISTAS: UMA FARSA

A versão é inverossímil, inacreditável, maluca. Segundo ela, cinco integrantes de uma brigada de 
voluntários contra incêndio de Alter do Chão, que se tornou o mais famoso balneário do Pará (e dos 
mais celebrados balneários brasileiros em todo mundo), simulavam combater o fogo, mas, na 
verdade, o desencadearam. De declarados bombeiros se transformaram ardilosamente em 
incendiários para bater fotos e espalhá-las à cata de doações para si e sua causa. Um golpe inédito 
nos anais desse tipo de história, além de temerário e certamente insustentável.
Com base em diz-que-disse, a polícia prendeu os acusados, jogou-os na cadeia, raspou-lhes os 
cabelos, vestiu-os como presidiários e os humilhou o quanto pôde. Inicialmente, o juiz estadual 
manteve a arbitrária prisão, voltando atrás dois dias depois, tal foi a reação ao absurdo.
O governador tirou o delegado que iniciara a investigação, mandando - novamente de Belém - outro 
para continuar o serviço. Trocou seis por meia dúzia, já que o relatório final sustenta as mesmas 
ilações do primeiro delegado. Quando se esperava por sólidas provas para sustentar a algaravia 
acusatória, o que se vê é ainda pior. Tudo se baseia em testemunhos, dados por pessoas sem 
legitimidade ou credibilidade.
Percebe-se facilmente o ânimo de incriminar e dar por definida uma culpa que não se sustenta em 
nenhuma prova, parecendo que a acusação, a prisão e o indiciamento servem a um enredo oculto, 
embora não invisível. Se é isso que a polícia civil tem para sustentar o seu procedimento, então se 
espera que haja um deslocamento de competência e a participação do Ministério Público para que o 
Pará seja poupado, mais uma vez, de se apresentar ao mundo como um lugar de abusos sem os freios 
do direito e da justiça. Um sítio da violência, inclusive institucional.

"Toca pro Lula, Ele tá Livre", comemora Chico Buarque


Brasil de Fato - No jogo de futebol que foi considerado uma celebração das forças 
progressistas e democráticas do país, os amigos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do 
cantor Chico Buarque venceram os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra 
(MST) por 2 a 1. Lula e Chico foram os autores dos gols dos vencedores, ambos de pênalti. O 
deputado Nilto Tatto (PT-SP) fez o gol pelo MST.
A partida – e a festa – foi jogada no campo Doutor Sócrates Brasileiro, na Escola Nacional Florestan 
Fernandes, centro de formação política daquele movimento social. em Guararema-SP.

Cerca de 4 mil pessoas, entre militantes, ativistas, políticos, artistas e juristas estiveram presentes. 
Entre os jogadores, nomes como o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, os músicos Chico César, 
Otto, Renato Brás e Carlinhos Vergueiro, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o vereador 
Eduardo Suplicy (bastante aplaudido), o advogado Cristiano Zanin, o ex-jogador Afonsinho e outros.
“Artilheiro” da equipe dos amigos do MST, Nilto Tatto ressaltou que a celebração deste domingo 
“representou a esquerda no Brasil, solidária e generosa”. “Pra você ter uma ideia, no campo tinha 
crianças, jovens, mais velhos, mulheres, homens. E o gol que eu tive a alegria de fazer, foi um gol 
que teve a marca mesmo da democracia e da generosidade que também tem na esquerda hoje. Recebi 
o passe do Juliano [Medeiros, presidente] do Psol, e tive a felicidade de acertar o ângulo”, 
comemorou.
Acompanhe o gol de Lula, batendo pênalti com total liberdade:

“Muito importante encerrar esse ano com o retorno do ex-presidente Lula e participar desta festa é
um momento de grande alegria”, disse o coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), 
Raimundo Bonfim. “Foi um ano difícil, mas também de muita resistência e perseverança. E nós 
temos que recarregar nossas baterias, porque em 2020 nós teremos várias batalhas em defesa da 
classe trabalhadora, do povo brasileiro e da democracia e estamos bastante otimistas”, afirmou o 
ativista, que disse ter preferido “ficar mais na torcida”, em vez de jogar.
Rose Gaspar, da executiva estadual do PT em São Paulo, foi árbitra do jogo durante parte do tempo, 
depois de substituir Juca Kfouri, que começou apitando. Para ela, além de considerar que sua atuação 
“representou muito bem o papel das meninas”, o evento marcou uma significativa união das forças 
da esquerda do país, com vistas à construção de um grande projeto progressista para disputar as 
eleições do ano que vem. “Nós precisamos continuar trabalhando. Não podemos esmorecer em um 
só momento”, disse a secretária de mobilização do partido.
Já para a filha de Lula, Lurian da Silva, o jogo de futebol foi também uma representação da luta para 
a libertação do ex-presidente: “Ele estar livre pra gente já é uma simbologia, pra gente que sofreu 
muito. Não só o povo brasileiro, mas a família em particular, que teve todo o sofrimento, as ofensas, 
as agressões. Então, pra gente tem uma simbologia muito grande. É maravilhoso poder estar aqui.”
Ao fim da partida, o jornalista Juca Kfouri comemorava sua participação em mais um evento que 
marcou a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores do país e deixou recado para o novo ano. 
“Que o ano que vem a gente faça esse jogo comemorando a eleição de prefeitos democráticos e 
progressistas pelo Brasil inteiro.”             

sábado, 21 de dezembro de 2019

PAIS, FILHOS E ESPIRITOS....NADA SANTOS


POR FERNANDO BRITO
Flávio Bolsonaro e Marcelo Odebrecht ocuparam hoje as manchetes dos sites de notícias.
São dois “filhos” – nada demais, todos somos, apesar de, no discurso do presidente, só termos como 
comprovante que papai e mamãe transaram aquela amarelada certidão de nascimento.
Mas, apesar de não estar escrito nelas o sobrenome “filho”, ambos são o que são apenas por serem 
filhos.
No fundo, esta é a “profissão” de ambos.
Fizeram, de per si, quase nada ou rigorosamente nada.
Tornaram-se adultos no mando, administrando pedaços do que já estava pronto, brandindo o 
sobrenome que, nas suas atividades, abria portas e negócios.
Tudo podiam, porque o poder do dinheiro e da política herdado lhes permitia.
Agora, na desgraça, tomam atitudes opostas no sentido, mas semelhantes na natureza.
Um ergue-se contra o pai que lhe deu o comando de uma megaempresa.
Outro agarra-se no pai que lhe deus mandatos e, agora, uma senatória que é o céu na terra.
Num e noutro caso, porém, não consideram nada de mais os destruírem para safarem-se.
Um empurra o pai para a ruína política. Outro o confronta e sai demitido por chutar as ruínas da 
empresa que o enriqueceu.
Por mais diferentes que sejam os dois casos, há este traço comum: os herdeiros a destruírem os 
impérios herdados.
Meus pais não me deixaram votos ou fortunas, nem eu os deixarei para meus filhos.
Caráter é o único barco que não afunda.

MÍDIA JÁ VENTILA IMPEACHMENT DE BOLSONARO

Bolsonaro quebrou decoro e pode sofrer 
impeachment, aponta editorial do AbEstado de 
S. Paulo
"O que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente 
da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Tal 
comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País", aponta editorial do jornal que 
dialoga com a elite empresarial do País. Descontrolado pelos escândalos de corrupção da 
família, Bolsonaro perguntou a um jornalista se ele teria o comprovante de que sua mãe tinha 
mesmo dado para seu pai.
Bolsonaro não tem compostura, beira a 
insanidade e o impeachment já está colocado, 
de Merdal Pereira, porta-voz do Globo

O colunista Merval Pereira, aquele que mais expressa os interesses políticos da família 
Marinho, também sugere a interdição ou o impeachment de Jair Bolsonaro. "Motivos 
Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a 
última", diz ele.
Reinaldo sugere interdição de Bolsonaro e diz 
que Brasil não pode se transformar em seu 
hospício privado

O jornalista Reinaldo Azevedo avalia que Jair Bolsonaro não tem pleno controle das 
faculdades mentais, ao comentar os insultos extremamente grosseiros que ele proferiu a 
jornalistas no dia de ontem, quando questionou se um deles tinha recibo de que a mãe havia 
mesmo transado com seu pai.

"Sabemos que Bolsonaro é reacionário, agressivo, homofóbico, misógino… E essas 

características se manifestaram na sua conversa com repórteres, com as manifestações de 
praxe de seus seguidores, que representam o coro da boçalidade da bolha de opinião na qual é 
herói", 
"Sim, estou convencido de que Bolsonaro tem um problema que é clínico. Suas respostas, a 
meu juízo, o evidenciam com clareza. Ocupa, no entanto, um lugar de quem está obrigado a 
responder por seus atos. O único remédio que o institucionalidade tem de ministrar a ele é o 
triunfo da lei. O Brasil não pode se transformar em seu hospício privado",

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

ANALISE: O Cerco Final ao Esquema Bolsonaro


Todos os personagens envolvidos no caso Marielle tem relação direta ou indireta com o 
esquema Flávio Bolsonaro. Daí, a convicção da Polícia Civil sobre o envolvimento dos 
Bolsonaro com a morte de Marielle.
Por Luis Nassif
Vamos entender melhor as razões da Polícia Civil do Rio de Janeiro ter firmado convicção de um 
envolvimento maior de Jair Bolsonaro nas trapalhadas de seus filhos.
Peça 1 – o fim da rachadinha
As revelações sobre Flávio Bolsonaro, divulgadas nos últimos dias, confirmam que, através de 
seu gabinete, ele financiava a família de Adriano Nóbrega (foragido), o chefe do Escritório do 
Crime, e Fabrício Queiroz, entre outros. Com os escândalos estourando, o esquema foi desfeito. 
E os parceiros aparentemente ficaram à míngua.
No dia 27 de outubro passado, os jornais divulgaram áudio de Queiroz.
“Resolvendo essa pica que está vindo na minha direção, se Deus quiser vou resolver, vamos ver 
se a gente assume esse partido aí. Eu e você de frente aí. Lapidar essa porra”, afirmou ele ao 
interlocutor.
Ele se referia à formação do PSL no Rio de Janeiro. A “pica vindo em minha direção (…) do 
tamanho de um cometa” são as investigações do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.
O início do áudio é significativo do seu estado de espírito: “O cara lá está hiper protegido, mas 
não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar aí”.
Peça 2 – o cerco ao laranjal
O mesmo apuro está passando Adriano Nóbrega. Apesar de foragido, continua sócio de duas 
pizzarias em Rio Comprido, zona de atuação das milícias, o Tatyara e a Pizzaria Rio Cap.
Ambas as pizzarias repassaram dinheiro para Fabrício Queiroz. Um de seus sócios é Francisco 
da Rocha Veras – mesmo sobrenome da mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, que 
também aparece como sócia de uma das pizzarias.
Tanto a mãe de Adriano, Raimunda, como a esposa Danielle Mendonça, ficaram lotados no 
gabinete de Flávio Bolsonaro na ALERJ de setembro de 2007 a novembro de 2018.
O curioso é que, segundo a nota do G1, “o MP suspeita que Adriano da Nóbrega seja sócio oculto
dos dois restaurantes”. Bastaria uma consulta ao CNPJ para constatar que Adriano aparece como 
sócio visível dos dois estabelecimentos.
As investigações foram fundo no esquema de lavagem de dinheiro de Adriano e Queiroz, 
sufocando-os financeiramente, no momento em que a “pica do tamanho de um cometa” parte em 
sua direção.
Peça 3 – os PMs que vendiam segurança
Outro modus operandi do grupo já havia sido atingido ainda na gestão do ex-Secretário de 
Segurança José Maria Beltrame. Era um esquema de PMs que cobravam para retirar moradores 
de rua das calçadas dos prédios da Zona Azul.
Uma das empresas é a Santa Vigilância, registrada como Santa Clara Serviços LTDA., que tem 
entre os seus sócios o cabo da PM Diego Sodré de Castro Ambrósio. Ontem, o PM, lotado na 
Diretoria Geral de Pessoal (DGP) da Polícia Militar, foi exonerado da Secretaria estadual de 
Direitos Humanos, para onde havia sido cedido em 2014.
Quem é Diego Sodré de Castro? É justamente o sargento da PM que pagou R$ 16,5 mil de um 
imóvel adquirido pela esposa de Flávio Bolsonaro.Segundo matéria de O Globo de ontem:
Em 2014, o policial abriu a empresa de vigilância Santa Clara Serviços. Nos anos seguintes 
(2015 a 2018), foram identificados transferências bancárias e depósitos em cheque do próprio 
Ambrósio e da Santa Clara para a conta corrente da loja de chocolates de propriedade de Flávio 
Bolsonaro. Segundo a investigação, a contabilidade da loja era usada por Flávio para mascarar 
dinheiro devolvido por seus asssessores na Alerj. Os promotores também identificaram, em 
2016, transferências do policial para dois assessores de Flávio.
O esquema era claro.
Possivelmente a pedido de Flávio, um deputado (no caso o deputado estadual Pedro Fernandes) 
requisita o PM. Daí, ele é liberado para fazer bico e arrecadar dinheiro.  Pedro Fernandes é de 
uma família de políticos, e, apesar de ser do PDT, foi nomeado Secretário de Educação do 
governo Wilson Witzel.Em maio passado, a Receita anunciou a constituição de uma equipe 
especial para mapear o notável crescimento patrimonial de Flávio Bolsonaro e também as 
denuncias de que parte do dinheiro de Queiroz foi parar na conta da primeira dama. Até agora, 
nada foi divulgado.
Peça 4 – a armação do COAF
Como mostram as investigações do MPE, o esquema era amplo, pegando vários parentes 
próximos dos Bolsonaro. Já em janeiro, se soube que o COAF havia identificado R$ 7 
milhões em movimentação nas contas de Queiroz, e não apenas o R$ 1,2 milhão divulgados. 
Evidentemente a interrupção do fluxo de recursos de tal ordem desestruturou a organização e 
abriu flancos perigosos nos laços de lealdade do grupo.
Além disso, as investigações do MPE trouxeram à tona outro possível crime administrativo 
cometido em 2018, para blindagem da candidatura de Jair Bolsonaro.
Até agora já se sabe que na conta do Queiroz foram depositados, no mínimo, mais de R$ 2 
milhões (a suspeita final é de R$ 7 milhões). Significa que a movimentação financeira dele é no 
mínimo R$ 4 milhões, pois a movimentação é a soma de débitos e créditos na conta da pessoa.
O primeiro relatório do COAF sobre Queiroz apontou uma movimentação de apenas R$ 1,2 
milhão. Obviamente foi fraudado.
O relatório COAF é um resumo de um conjunto de indícios de irregularidades que apontam para 
as autoridades investigativas uma situação que precisa ser esclarecida. Se uma parte desses 
relatórios são manipulados para esconder das autoridades investigativas a real situação de uma 
pessoa, seja para blinda-la, ou para colocá-la em evidência, então as autoridades investigativas 
são enganadas e induzidas ao erro.
Trata-se de um erro gravíssimo cujo objetivo foi deixar Queiroz e Flávio Bolsonaro de fora da 
lista de alvos da Operação Furna da Onça, comandada pela Lava Jato do Rio de Janeiro.No 
Caso Queiroz, está evidente. Se o primeiro relatório COAF estivesse correto, é possível que todo 
o resultado eleitoral de 2018 teria sido diferente
Quem foi a autoridade que encomendou aquele relatório COAF manipulado?
A coordenação da Lava Jato?O Ministério Público do RJ?
O núcleo de inteligência fiscal da Receita Federal que tinha acesso direto ao COAF?
Recorde-se que o chefe da inteligência da Receita Federal de Curitiba, Roberto Leonel, seria 
nomeado por Sérgio Moro para presidente do COAF. E o chefe da inteligência fiscal do Rio de 
Janeiro, Marco Aurélio Canal, também homem de confiança da lava jato, foi preso naquela 
operação extorquindo empresários alvos da Lava Jato
Peça 5 –  o desmanche da ORCRIM   O modelo 
financeiro ruiu. Os principais parceiros – Queiroz e 
Adriano – ficaram desamparados. 
Ao se retirar da defesa de Fabricio Queiroz, o advogado Paulo Klein deu sinal de debandada 
final do sistema.
É aí que se entra na parte mais delicada.
Tudo tem a ver com a falta de dinheiro no esquema. Vários assessores tiveram que ser 
demitidos. Queiroz teve que ser mantido e tiveram que bancar todas as suas despesas.
Há os milicianos que perderam suas tradicionais fontes de renda. Há os foragidos que nem o 
Adriano do escritório do crime que têm que ser bancado.
De onde vem o dinheiro?
Peça 6 – o pedido de quebra de sigilo
Vamos desbastar mais um ponto da história.
Ontem à tarde, o Ministério Público Federal do Distrito Federal, a pedido do Ministro Sérgio 
Moro, divulgou uma denúncia contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe 
Santa Cruz. Moro havia entrado há tempos com a representação. A divulgação foi ontem, horas 
depois de uma nota em O Globo, na qual  Felipe havia pedido abertura do sigilo de Jair e seus 
filhos Flávio, Carlos e Eduardo.
— As acusações são muito graves, mas devemos garantir aos Bolsonaro a presunção de 
inocência. Agora seria a hora do presidente e seus filhos abrirem seu sigilos e dos gabinetes da 
família provando que são inocentes. É hora de o presidente Bolsonaro abrir o sigilo e provar que 
não deve nada. É o momento do presidente desmonstrar que a prática não era sistêmica nos 
gabinetes da família.
Santa Cruz vai mais longe.Acha que deveriam ser abertos também os sigilos dos parentes de 
Bolsonaro que moram no Vale da Ribeira, em São Paulo. Completa Santa Cruz:
— Tem que abrir inclusive do núcleo do Vale do Ribeira que explora atividades comerciais. Só 
assim Bolsonaro pode acalmar o país. À mulher de Cesar não lhe basta ser séria, tem que 
parecer séria. Basta que o presidente apresente ao ministro Sérgio Moro e ao MP a 
documentação necessária para auditoria.
Ali, pegou no nervo exposto e chega-se a um dos pontos enigmáticos do tema:  o aumento 
exponencial dos gastos do cartão corporativo da presidência.
Até novembro, a Presidência gastou R$ 14,5 milhões com cartões corporativos.
Em novembro, o STF ordenou que se abrisse o sigilo do cartão. O Palácio simplesmente decidiu 
ignorar a decisão do STF. Recorreu à Lei de Acesso à Informação para fundamentar o grau de 
sigilo aplicado às despesas.
Alega que “as informações passíveis de pôr em risco a segurança do presidente, do vice-
presidente e dos respectivos cônjuges e filhos serão carimbadas como reservadas, ficando sob 
sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”. Que 
despesas poderiam colocar em risco a família do presidente?
Ouvida na ocasião, a  secretária executiva do Fórum de Direito de Acesso a Informações 
Públicas, Marina Atoji, sustentou que o trecho da LAI citado pelo Planalto para manter os gastos 
com cartão corporativo em segredo não justifica essa decisão.
“Simplesmente porque as informações que eles classificaram sob essa justificativa não colocam 
em risco a segurança do presidente. Elas só são divulgadas depois que a compra foi feita. Ou 
seja, se alguém quisesse usá-las para atentar contra a vida dele (Bolsonaro), por exemplo, 
precisaria ter uma máquina do tempo (…) No máximo, uma ou outra despesa recorrente, a ponto 
de revelar brechas de segurança, trajetos ou outra coisa que comprometa a segurança dele, 
poderia ser enquadrada nesta lei. Mas todas serem dessa natureza, é impossível. Ou o cartão 
está sendo usado de forma indiscriminada”.
Seria muito, mesmo para uma família sem senso algum como os Bolsonaro, imaginar o uso do 
cartão corporativo para bancar amigos colocados ao relento, mesmo sabendo-se do desespero 
do grupo com a desestruturação financeira.
Mas é evidente que o cerco se fechou sobre os Bolsonaro. Desse enorme novelo sairão os fios 
capazes de se chegar ao mistério maior, da morte de Marielle.
Todos os personagens envolvidos no caso Marielle tem relação direta ou indireta com o esquema 
Flávio Bolsonaro. Daí, a convicção da Polícia Civil sobre o envolvimento dos Bolsonaro com a 
morte de Marielle.