sábado, 21 de dezembro de 2019

PAIS, FILHOS E ESPIRITOS....NADA SANTOS


POR FERNANDO BRITO
Flávio Bolsonaro e Marcelo Odebrecht ocuparam hoje as manchetes dos sites de notícias.
São dois “filhos” – nada demais, todos somos, apesar de, no discurso do presidente, só termos como 
comprovante que papai e mamãe transaram aquela amarelada certidão de nascimento.
Mas, apesar de não estar escrito nelas o sobrenome “filho”, ambos são o que são apenas por serem 
filhos.
No fundo, esta é a “profissão” de ambos.
Fizeram, de per si, quase nada ou rigorosamente nada.
Tornaram-se adultos no mando, administrando pedaços do que já estava pronto, brandindo o 
sobrenome que, nas suas atividades, abria portas e negócios.
Tudo podiam, porque o poder do dinheiro e da política herdado lhes permitia.
Agora, na desgraça, tomam atitudes opostas no sentido, mas semelhantes na natureza.
Um ergue-se contra o pai que lhe deu o comando de uma megaempresa.
Outro agarra-se no pai que lhe deus mandatos e, agora, uma senatória que é o céu na terra.
Num e noutro caso, porém, não consideram nada de mais os destruírem para safarem-se.
Um empurra o pai para a ruína política. Outro o confronta e sai demitido por chutar as ruínas da 
empresa que o enriqueceu.
Por mais diferentes que sejam os dois casos, há este traço comum: os herdeiros a destruírem os 
impérios herdados.
Meus pais não me deixaram votos ou fortunas, nem eu os deixarei para meus filhos.
Caráter é o único barco que não afunda.

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