sábado, 30 de agosto de 2014

LOGICA E LOGISTICA NA BEIRA DO RIO TAPAJÓS EM SANTARÉM

Estas ideias vão aqui, assim de modo simples, como sugestão ao debate político nesta campanha eleitoral, e aos ambientes acadêmicos onde bem se poderia pensar novas realidades. E a todos que se empenham por novas formas de convivência para que percebam que os problemas sociais visíveis quase sempre têm raízes não visíveis e que, no entanto, precisam ser procuradas.

Estas imagens mostram dois momentos reveladores da lógica da economia da Amazônia. Na beira do rio Rio Tapajós, diante de Santarém, Oeste do Pará, centenas de embarcações que se comprimem por falta de espaço e de local adequado para movimentar passageiros e cargas. Na BR-163, o crescente acúmulo de carretas que transportam grãos do Brasil Central para o porto da multinacional Cargill.
Caminhões e barcos misturados. Emblema do provisório
O transporte fluvial é o sustentáculo da economia regional, no entanto esse setor não recebe investimentos. O transporte rodoviário é a correia da economia para fora, muito pouco deixando na região, pois obedece à lógica mais antiga do caráter provisório de tudo que se realiza na Amazônia, realizações que objetivam a solução de problemas externos.
Há 400 anos é assim. Aqui os investimentos são provisórios, característica de fronteira, de onde se retira a riqueza natural que vai gerar a riqueza real mais adiante. Se algum dia alguém tiver a ideia de erguer um monumento à Provisoriedade na Amazônia, talvez deva homenagear o porto flutuante de Manaus com seu roadway construído pelos ingleses há 107 anos. Não havia razão para construir algo permanente, fixado ao solo, pois a pressa do saque proíbe esses detalhes.
A substituição da vocação natural da Amazônia, com
o abandono dos rios que, agora, servem para o saque
Do ponto de vista imediato, o provisório da economia exportadora de grãos pela BR-163 indica que aquela rodovia já dá sinais de que não foi construída para suportar o peso de milhões de toneladas de grãos, com o tráfego de carretas geminadas, em fila indiana 24 horas por dia. Logo aquele asfalto estará imprestável, como já dá sinais na altura da localidade de Cipoal, na verdade um bairro de Santarém, 14 quilômetros distante do porto. 
Para a lógica extrativa-exportadora e para o agronegócio talvez isso importe pouco. Se a rodovia ligando o centro do País ao coração da Amazônia se inviabilizar, eles encontrarão alternativas, também provisórias. O que ficará para trás não interessa, vale mesmo o volume a ser retirado da região e levado, de um jeito ou de outro, para os centros de consumo. Menos ainda, ou nada, importa a vida dos amazônidas, meras “ocorrências” humanas, lembrando a frase de antigo relatório da Eletronorte, quando se referia a “ocorrências indígenas” no caminho de suas linhas de transmissão. 
Poderia ser diferente, se as elites (governos, políticos, empresários, intelectuais, universidades) não fossem tão solidárias com esse velho e enraizado modelo de “desenvolvimento” da Amazônia. Por exemplo, a questão dos portos fluviais nos principais municípios, sobretudo Santarém, que serve de ponto de encontro de vários municípios do Baixo Amazonas paraense, ou Oeste do Pará. Principal ponto intermediário entre as duas maiores cidades amazônicas, o porto de Santarém já ultrapassa o limite do insustentável, com a desordem urbana, sobretudo na orla do Tapajós, destruindo o caráter de uma cidade cantada pelas suas belezas e tradições. 
A economia para fora terá algo em torno de 70 bilhões de reais para as hidrelétricas e suas linhas de transmissão, e para as rodovias. Para a economia de dentro e para dentro, o abandono visto no porto de Santarém, com a conivência das “autoridades” locais, quase todas entusiasmadas com a visão cada dia mais assustadora de tantas carretas muitas das quais sequer encontram espaço adequado para estacionar. 
E, no entanto, é pelos rios que se movimenta a economia regional, inclusive o high-tec da Zona Franca de Manaus, outro contemporâneo exemplo de provisoriedade, pois a ZF da capital amazonense é, por lei, provisória, mesmo perdurando contraditoriamente nesse caráter. Aliás, na Amazônia o permanente é o provisório, mesmo as mega-estruturas das barragens, como a de Tucuruí, e provavelmente das outras planejadas. Ficam coladas ao chão, porém o que interessa escapa pelas linhas de transmissão, consagrando a provisoriedade desse modelo de “desenvolvimento” inaugurado no século 17. 
Quem se dispuser a ir ao centro do Estado do Amapá para dar uma olhada nas crateras que ficaram na Serra do Navio, depois da exaustão das minas de manganês, poderá observar ao vivo e em tristes cores o que significa uma economia provisória. O permanente que ela deixou é a pobreza no Porto Santana. 
Outro dos ícones do caráter de provisoriedade Amazônia são os garimpos. No Pará, esse mundo ainda verde, porém vago, como diria Benedicto Monteiro, guarda as lembranças de uma economia tão provisória quanto devastadora dos 600 garimpos de Itaituba e do concentradíssimo garimpo de milhares de homens em Serra Pelada. 
Tudo seria – e um dia será – diferente quando houver amor pela Amazônia, pelas suas grandezas (ainda relutantes) pelas suas belezas (permeadas de tanta feiúra), pelas suas enormes riquezas (permeadas sempre mais de uma pobreza inaceitável). Parece tatibitate falar em amor e, no entanto, é ele que resume valores como responsabilidade, desejo de construir uma outra Amazônia, outras cidades, novas formas de convivência, desejo e decisão de refazer a relação histórica com o País Brasil e com o mundo. Para que isso aconteça, é urgente repensar-se a persistente solidariedade das elites locais com aqueles que exploram secularmente a região. Se não pensarmos diferente desse modo de agir e de construir o mundo, a mudança não virá. 
Estas ideias vão aqui, assim de modo simples, como sugestão ao debate político desta campanha eleitoral, aos ambientes acadêmicos, onde bem se poderia pensar novas realidades. E a todos que se empenham por novas formas de convivência, para que vejam que os problemas que enxergamos quase sempre têm raízes que não vemos e que, no entanto, precisam ser procuradas.
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Interromper exploração do pré-sal. Sabe o que significa?



No Blog do Rovai

O Globo de hoje anuncia em primeira página que a candidata do PSB, Marina Silva, planeja reduzir a
importância do pré-sal na produção de combustíveis. Num encontro com produtores de etanol, na Feira 
Internacional de Teconologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho, Marina, para foi 
ovacionada quando disse: “temos que sair da idade do petróleo”. E também quando prometeu disse vai 
revigorar o álcool, dando incentivo para os produtores do setor.
O governo estima que em dez anos o Brasil extrairá US$ 112,5 bilhões em recursos para a área de 
saúde e educação com o pré-sal. E que em pouco tempo o país se tornará um exportador de petróleo.
Isso significará não apenas a nossa auto-suficiência energética, mas o Brasil também se tornará um país 
mais importante do ponto de vista geopolítico.
É isso que está em jogo e que incomoda profundamente os falcões americanos. Eles não querem o 
desenvolvimento do Brasil e muito menos o nosso fortalecimento internacional.
Um Brasil forte não interessa aos EUA. Desde sempre.
E por isso, sempre houve pressão para que a extração nas camadas de pré-sal fosse entregue a grandes 
empresas privadas, se possível americanas. E não fosse realizada pela Petrobras.
Os gringos querem o pré-sal para eles.
Mas como a campanha de Marina vai lidar com o assunto, segundo o Globo. Ela vai criar um grupo de 
especialistas para avaliar os riscos envolvidos na exploração do pré-sal e vai apresentá-los à sociedade.
Que especialistas, cara-pálida? A turma do Eduardo Gianetti da Fonseca, que defende a cobrança de 
mensalidade para “estudantes que podem pagar” nas universidades públicas.
O Globo procurou um especialista que pelo jeito não é da turma do Gianetti e a resposta à consulta foi 
óbvia. Nivaldo de Castro, coordenador do setor Elétrico da UFRJ disse que “seria uma decisão 
estratégica que alteraria substancialmente a capacidade de investimentos do país em duas áreas 
fundamentais para o Brasil entrar numa rota de desenvolvimento social, a Educação e a Saúde”.
Castro ainda acrescenta que diminuir investimento não seria uma boa estratégia porque o país perderia 
a liderança tecnológica na exploração da camada do pré-sal.
Mas aí vem a pergunta. Não seria uma boa estratégia para quem interromper os investimentos da 
Petrobras no pré-sal para o Brasil perder a liderança tecnológica neste setor?
Só não seria uma boa estratégia para o Brasil, os brasileiros e a Petrobras. Para os EUA e para suas 
empresas de exploração, como a Exxon isso seria lindo e maravilhoso.
Mesmo que depois de interromper a exploração por um determinado tempo o Brasil decidisse voltar a 
explorar o pré-sal, já estaríamos defasados tecnologicamente. E superados. E aí teríamos de terceirizar
a exploração.
É um jogo absolutamente bruto que está por trás dessa decisão. Em nome de uma causa em tese 
ecológica, vamos entregar nossas reservas e abrir mão do nosso futuro.
Ao mesmo tempo que promete interromper o pré-sal para discutir as consequências da exploração, 
Marina diz que nunca foi contra os transgênicos.
E ainda está se comprometendo a priorizar acordos bilaterais em detrimento do Mercosul.
Marina está virando ex-Marina. É muita mudança em pouquíssimo tempo.

PS: A defesa do Banco Central independente e da interrupção da exploração do pré-sal vão ajudar 
muito a campanha do PSB a arrecadar. Por isso o tesoureiro Márcio França já disse que não tem essa 
de não aceitar recursos de empresas de armas ou qualquer outra área. 
Vale tudo, desde que seja legal, segundo ele. Vai chover dinheiro na hortinha do PSB com esses novos 
compromissos que passam a a ser assumidos agora. Não vai ser necessário nem usar semente 
transgênica para multiplicar os recursos.
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COMPARAÇÕES: DATA FALHA REPETE FAÇANHA DE 2010


Em abril de 2010, mesmo com o governo Lula pontificando com uma popularidade de 73%, o 
instituto Datafolha estimava que Serra teria 50% dos votos num eventual segundo turno, contra 
40% de Dilma.

Pouco mais de 1 mês depois, sem campanha na TV, Dilma ultrapassaria Serra, com 46% a 45%.




Ironicamente, são os mesmos números que atribuem hoje à Marina (50%) e Dilma (40%).Depois que Dilma deixou claro, no debate na Band, que pensa em fazer uma “regulação 
econômica” da mídia, alguns escrúpulos podem estar sendo deixados de lado pelos institutos de 
pesquisa.
Ah, não, o fato de estarmos no fim de agosto não quer dizer nada. Ou melhor, é vantagem para 
Dilma, porque se, em 2010, ela conseguiu mudar uma diferença de 10 pontos para uma 
vantagem de 1 ponto, em pouco mais de 30 dias, sem ajuda de rádio e TV, então ela pode agora, 
com ajuda de rádio e TV, repetir o feito e desmontar uma possível armação estatística. 

Miguel do Rosário
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Os dilemas do PT: esquerda, vou ver?


“Parte do PT torce para que a elite – apavorada com a inconsistência marineira – apóie Dilma. Isso 
significaria aceitar que Dilma vá mais para a direita para ganhar. Outra parte do PT imagina que a 
melhor forma de enfrentar Marina é aprofundar um programa trabalhista: Dilma teria que 
defender o fim fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, mais direitos sociais, combate 
ao rentismo.”

por Rodrigo Vianna


Nunca acreditei que essa eleição seria decidida num turno único. O grau de insatisfação e a onda anti-
petista no Brasil deixavam claro que – mesmo com Aécio e Eduardo no páreo, dois candidatos que 
tinham dificuldade evidente para representar a “mudança” – Dilma teria que enfrentar um turno final 
para conseguir o segundo mandato.
Aécio (com apoios fortes em Minas, São Paulo, Bahia e Paraná) deveria bater em 25% até o começo 
de outubro. Eduardo talvez chegasse a 15%. Dilma, com cerca de 37% ou 40%, teria que enfrentar os 
tucanos no segundo turno.
O PT se preparou pra isso. Para esse cenário. Era a velha estratégia de fazer pouca política, acreditando 
que mais uma vez bastaria dizer: “o governo deles é o de FHC, com desemprego e quebradeira; 
o nosso é o governo do povão e da inclusão social”. Agora, a campanha de Dilma parece desorientada 
para lidar com a nova realidade pós 13 de agosto (dia do acidente que matou Eduardo Campos), que 
não é propriamente nova.
Por uma questão operacional e jurídica, Marina não conseguiu legalizar a Rede ano passado. Por isso, 
e só por isso, o difuso mal-estar de junho de 2013 seguia ausente da campanha de 2014. Por isso, e só 
por isso, o número de brancos/nulos e de “não votos” era tão grande. A queda do avião mudou tudo. 
A força de Marina (com o perdão do péssimo trocadilho, nesse agosto fatídico) não caiu do céu. Ok, 
Marina é candidata da Neca Setúbal. Ok, esse papo de “nova política” é falso, além de perigoso e 
despolitizante. Mas acontece que o eleitorado que vai com a Marina não é a velha classe média anti-
petista e tucana. É mais que isso. É a turma dos “celulares na mão”: Luiz Carlos Azenha foi quem 
melhor traduziu essa nova conjuntura aberta com junho de 2013.
Parte do PT (setor que parece ser majoritário) torce para que os tucanos desonstruam Marina – na base 
de escândalos e pauladas midiáticas. Mais uma vez, sem política de verdade. Ou então, para que a elite 
– apavorada com a inconsistência marineira – apóie Dilma num segundo turno. Isso significaria aceitar 
que Dilma poderia enfrentar Marina como opção pela direita. Seria desastroso para o PT, para os 
movimentos sociais e sindicatos.
Outra parte do PT e da militância de esquerda não se ilude com essa ideia, e imagina que a melhor 
(talvez a única) forma de enfrentar Marina é aprofundar um programa de esquerda. Dilma terá que 
caracterizar Marina como a candidata do grande capital, dos banqueiros. Ela, Dilma, terá que assumir 
as bandeiras da classe trabalhadora: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, mais 
direitos sociais, combate ao rentismo.
A mim, parece que a primeira das escolhas é – além de tudo – uma ilusão. Acreditar que Dilma pode 
virar a opção “confiável” da direita seria desconhecer o ódio que leva empresários, banqueiros e donos 
da mídia a preferirem “qualquer coisa menos o PT” (como se ouve nas ruas dos bairros nobres de São 
Paulo, Rio e Brasília).
Mais que isso: quem acompanha os bastidores da eleição diz que jamais os candidatos petistas 
enfrentaram tamanha seca de recursos. Empresários decidiram que o PT já cumpriu seu papel, e 
gostariam de virar essa página.
A direção petista pode apostar na saída pela direita. E, numa conjuntura especialíssima, pode até colher 
uma vitória eleitoral com isso. Mas essa escolha, mesmo que traga vitória eleitoral (pouco provável), 
seria acompanhada de uma tripla e estrondosa derrota: política, ideológica e simbólica. Se o PT 
escolher esse caminho, selará seu destino ao lado do PS francês e do SPD alemão…
A outra alternativa é virar alguns graus à esquerda. Essa segunda alternativa pode levar a uma vitória 
apertada, num clima de grande confrontaçã política e ideológica no segundo turno. Ou pode levar a 
uma derrota eleitoral (com Marina ganhando apoiada pelos liberais e tucanos), mas que prepare o PT e 
o bloco de esquerda para uma reorganização: mais próximo dos movimentos sociais e dos sindicatos, 
esse bloco político pode ser decisivo no enfrentamento de uma agenda liberal que (com Marina ou com 
Aécio) será imposta ao Brasil.
Trata-se, portanto, de uma eleição decisiva para os rumos do Brasil, da América Latina e também para 
o futuro do PT como força (ainda) capaz de comandar um processo de reformas e democratização.
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Uma eleição reduzida aos banqueiros: PIB menor, bolsa em alta, Itaú derrota Dilma e mercado elege Marina


De nada!

Do viomundo


Vamos ver se entendemos direito:

1. O mercado financeiro dispara às custas de especulação eleitoral, praticamente depondo Dilma Rousseff do Planalto;

2. A “educadora” Maria Alice Setubal, a Neca, acionista do Banco Itaú, foi uma das coordenadoras do programa de governo de Marina Silva. O programa de Marina Silva, socialista, apresentado oficialmente hoje, como pode-se ver abaixo promete “assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”. Ou seja, as pessoas eleitas pela população para representá-la não vão apitar nada na chamada macroeconomia; elas que se virem na microeconomia. E se der na telha do BC provocar recessão e desemprego para controlar a inflação? As pessoas não vão apitar, através de seus representantes eleitos, nos aumentos das taxas de juros que eventualmente beneficiem a acionista Neca, rentistas e banqueiros. BC independente de quem?



Para fechar o círculo perfeito, o Itaú informa a clientes, ainda segundo o G1, que a bolsa subiu porque a derrota de Dilma foi “precificada”, ou seja, a presidente foi sacrificada no altar dos que vão se beneficiar da implementação de um programa de governo que uma acionista do Itaú ajudou a escrever.


Tudo isso com você, caro eleitor, apenas assistindo.
Para completar, nas 242 páginas do programa de governo de Marina Silva, já “eleita” pelo mercado, há um eixo inteiramente dedicado a “aprofundar” a democracia e aumentar a participação popular. Se depender do que está escrito lá, o brasileiro vai poder apitar em absolutamente tudo, desde que deixe SÓ a macroeconomia na mão dos banqueiros.
Falta inventar alguma coisa?
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Marina abre o jogo: deixa o pré-sal para os gringos! Energia, só de catavento e espelhinho!



Por: Fernando Brito

Não foi preciso nem que a diretora da Chevron, Patrícia Pradal, fosse pedir, como fez com José Serra, em 2010.
Marina Silva, espontaneamente, anunciou que vai deixar o petróleo do pré-sal lá embaixo, bem enterradinho, para que, um dia, os gringos venham tirar.
Seu programa, dizem os jornais, vai tirar a prioridade “da exploração do petróleo da camada do pré-sal na produção de combustíveis”.
Ou seja, deixar por lá mesmo uma quantidade imensa de petróleo, tão grande que faz a Agência Internacional de Energia prever que o crescimento da oferta de petróleo no mundo, nas próximas décadas, virá mais do Brasil do que do Oriente Médio.
Adeus, 75% da renda do petróleo do pré-sal para a educação. Goodbye, 25% para a saúde! Tchau, indústria naval, engenharia nacional e empregos!
Fiquem lá esperando até que os gringos venham te buscar!
O que ela sugere no lugar ma maior reserva de petróleo descoberta no século 21?
Energia eólica e energia solar.
Claro que ninguém é inimigo, muito pelo contrário, do uso da energia dos ventos e do sol para gerar eletricidade, e o Brasil vem avançando muito neste campo.
Só que, com a ciência de almanaque de Marina Silva, deixa-se de lado a sinceridade.
Um parque eólico muito bom – que é caríssimo – vai gerar perto de 40% de sua capacidade instalada, porque o vento, óbvio, não é constante. Ou seja, para produzir um 1 megawatt é preciso instalar turbinas capazes de gerar pelo menos 2,5 MW.
O parque eólico de Osório, do Rio Grande do Sul, um dos maiores da América Latina, ocupa com seus cataventos uma área de 130 km², quase tanto quanto a usina de Santo Antonio inundou além da área que já era antes ocupada pela calha do Rio Madeira, para gerar de meros 51 Mw médios, menos que uma só das 30 turbinas que já operam naquela usina!
E a energia solar?
A maior usina solar do mundo só consegue abastecer – se tiver sol todo o tempo – a cidade de Niterói!
Produz 340 Mw, o que é meio por cento do que o Brasil consome!
Recém inaugurada pela empresa Google, gera menos que 15% da energia gerada por Santo Antônio e para isso transforma 13 km² do deserto de Mojave, na Califórnia, numa fornalha solar. São 3.150 campos de futebol cobertos de espelhos refletindo energia do sol para caldeiras a vapor!
Só para cobrir o crescimento da demanda, precisaríamos fazer umas dez fornalhas gigantes destas por ano!
E, claro, com problemas ambientais, só que trocando a ecologia do bagre pela do calango.
Qualquer pessoa com conhecimento técnico ouve o que Marina diz com o espanto de quem olha um energúmeno.
E qualquer empresa de petróleo do mundo ouve o que Marina diz com o salivar de quem tem grandes apetites.
Ela só agrada aos bobos e aos muito espertos.
Marina Silva seria a P-36 do petróleo brasileiro.
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DATA FALHA E GLOBOPE: HÁ UM NOVO COLLOR NA PRAÇA



Por: Fernando Brito

Há menos de um ano, Marina Silva não conseguia reunir meio milhão de assinaturas para formar sua Rede Sustentabilidade.
Hoje, diz o Datafolha, ela teria 100 vezes mais pessoas – 51 milhões de brasileiros – dispostos a entregar-lhe não o comando de um partido, mas o comando de suas vidas e seu destino.
Mesmo que a gente já saiba que pode haver aí alguma “bonificação” das pesquisas, é um fato concreto que ela é a candidata de uma parcela expressiva de brasileiros.
A ilusão de que não há um fato real turbinado no irrealismo estatístico das pesquisas é um erro que só nos leva à confusão e à perda da capacidade de combate.
Os números podem ser irreais, o que importa? É apenas parte da máquina de propaganda que já se enfrentou e sabia-se que não seria diferente agora.
O projeto de Brasil justo e desenvolvido está, de fato, em perigo.
O que produziu isso?
A resposta é a mais simples possível, evidente a todos: a mídia.
Nada se parece mais com Marina Silva que a eleição de Fernando Color de Mello.
É um factoide destinado a produzir um único efeito: derrotar Dilma e Lula, como Collor destinava-se apenas a derrotar Brizola e o próprio Lula em 1989.
Só que agora, para derrotar o projeto nacional-desenvolvimentista que ambos representam.
O que era Collor, senão um político local transformado pela mídia em “caçador de marajás”, tanto quanto a “nova política” diz ser a negação dos vícios da democracia brasileira, não importa que reproduzindo e empolgando tudo o que há de mais retrógrado neste país que, sem cerimônia, migra de Aécio Neves para ela?
É um cogumelo – que brotou mais rapidamente, é verdade, porque a mídia, na esteira de uma tragédia, a transformou, em 15 dias, em tudo o que ela não é – mas também algo sem densidade, sem projeto, sem nada que seja a sua imagem de mulher autoritária, sempre capaz de projetar-se como não-política, embora o seja há 20 anos, e uma moralista.
Marina ainda pode ser evitada, mas não com uma campanha insossa e “propositiva”.
Marina não propõe coisa alguma senão o que já propunha Aécio Neves, sem o mínimo sucesso.
Seu trunfo é, alem da exposição nauseante na mídia, a despolitização do país.
Despolitização que boa parte do PT ajudou a se construir.
O Datafolha solidifica o que já está claro para todos.
Marina é a candidata da direita e a sua penetração na juventude e na classe média emergente é fruto de uma visão limitada de que o progresso social, sem a polêmica política, é o bastante para fazer vitorioso um projeto político.
Só há um discurso correto para enfrentá-la: é dizer claramente ao povo brasileiro que ela é a negação deste progresso.
Que, por detrás de sua figura frágil, estão as forças que fizeram tudo o que este país procurou vencer nestes 12 anos.
Mas o PT e o Governo comportam-se de forma tímida e covarde diante disso.
Tornaram-se “pragmáticos” e não reagem com a coragem que a hora exige.
Parece que há um temor reverencial que, no máximo, permite-lhes dizer que é inexperiente.
Pode não ser experiente em administração, embora o mais correto seja dizer que nisso é desastrosa.
Mas Marina não é inexperiente, porque há uma década constrói um processo pessoal de poder, pulando de galho em galho e não hesitando em conspirar contra tudo que a tornou uma personagem conhecida.
É preciso dizer claramente ao povo brasileiro o que sua candidatura significa, ainda que isso possa não ser o mais “simpático” eleitoralmente.
Que ela é a candidata das elites que Aécio Neves não conseguiu ser e que suas poucas propostas em nada diferem das do tucanato em ocaso: liberdade total ao capital financeiro, destruição de “era Vargas” que Lula representou, ruína do projeto nacional.
O povo brasileiro não a identifica com isso, até porque ninguém o diz.
Porque a construção da Marina candidata é feita de vazio e não se derrota o vazio sem conteúdo.
Não é desaparecendo ou calando que vamos contribuir para que o povo brasileiro compreenda o que está em jogo.
Nem tratando Marina Silva como uma “pobre coitada” a quem faltaria capacidade.
Ela a tem, sobretudo a de se emprestar às piores causas sob o discurso da moralidade.
Quem não tiver coragem de enfrentar o que ela representa, não merece representar algo diferente.
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Gilmar Mendes trava decisão sobre doações privadas, que fica para o pós-eleições


Em público, Mendes reclamou de associação entre eleição e morosidade. Em privado, teve 
reuniões com deputados

Brasília – É improvável a apreciação breve da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.650, que avalia se é legal ou não o financiamento privado de campanhas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chegou a solicitar formalmente pressa em relação ao tema e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que pediu vista da matéria em abril, afirmou por duas vezes que levaria o voto ao plenário neste segundo semestre. No entanto, conforme informações de ministros de tribunais superiores e magistrados ligados a Mendes, as chances de a discussão ser retomada são previstas, no mínimo, para o início de novembro, depois das eleições.
Mesmo com o assunto constantemente abordado pela mídia e por entidades da sociedade civil, o que continua em jogo é o intrincado relacionamento entre empresariado e políticos. A ADI proposta pelo Conselho Federal da OAB tem, na prática, o intuito de moralizar essas relações.
A entidade pediu ao STF que avalie a Lei 9.504/1997 (legislação eleitoral brasileira) no item que permite às empresas privadas fazer doações para campanhas, a partidos políticos e ao fundo partidário. A visão da Ordem é de que o sistema atual cria uma situação desigual ao permitir que pessoas jurídicas, que não são agentes diretos das eleições, tenham um peso muito grande no processo, em detrimento das pessoas físicas, que são agentes diretos da política. A OAB solicitou, ainda, que o tribunal casse os dispositivos do texto que estabelecem um limite para as doações feitas por pessoas físicas e que o Congresso Nacional seja instado a editar legislação sobre o tema.
Manobras e protelação
A matéria já teve relatório favorável do ministro relator da ADI, Luiz Fux, votos favoráveis de seis ministros e um voto de divergência, aberto pelo ministro Teori Zavascki. Quando faltava a posição de Gilmar Mendes, em abril, o ministro pediu vista, interrompendo o julgamento. Embora não tenha dado entrevista à RBA, Mendes disse, durante participação num evento do Judiciário, que não "é justo ser acusado de fazer manobras para tentar adiar a decisão com o gesto", para favorecer a tese das doações, sobretudo porque a campanha está em plena realização. "É uma irresponsabilidade ficarem fazendo esse tipo de piada", observou.
As críticas ao fato de o ministro Gilmar Mendes ter segurado a matéria partiram, principalmente, das entidades que têm realizado manifestações pela realização de uma reforma política no país o quanto antes. Dão conta de que o magistrado tenta, com a iniciativa de protelar a questão, aguardar alguma posição relacionada a matéria legislativa pelo Congresso Nacional, em atendimento a pedido feito a ele por alguns deputados e senadores, dentre os quais o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) – neste caso, a proposta seria de favorecer a manutenção do sistema atual, com forte peso das doações feitas por pessoas jurídicas.
Em maio passado, voltou a ser formado um movimento entre parlamentares para idas ao STF em busca de conversas com Gilmar Mendes. O que se comenta em alguns gabinetes de lideranças na Câmara é que a preocupação se deu diante da possibilidade de que, a poucos meses do início das eleições, alguma decisão dos ministros despertasse um clima acalorado que pudesse levar a questionamentos ou mesmo interrompesse previsões de financiamento nas eleições.
Eduardo Cunha, que além de líder é um dos políticos que tem a missão dentro do PMDB de receber doações que são rateadas entre os demais candidatos, não foi pessoalmente a nenhum desses encontros. Contudo, teria enviado intermediários, de acordo com um deputado da mesma legenda, segundo o qual “houve preocupação latente em relação a isso, sobretudo por parte do PMDB, PP e DEM”. Procurado, Cunha não retornou aos contatos da RBA.
“O principal problema em relação a isso é o sistema político. Nosso sistema eleitoral é insustentável, baseado no abuso do poder econômico. Não podemos falar de impunidade, porque muitas coisas estão feitas de acordo com a lei. Há coisas que são toleradas e até estimuladas pela legislação eleitoral. Daí a necessidade de mudança”, diz o juiz Marlon Reis, autor do projeto que resultou na Lei da Ficha Limpa e que lançou recentemente livro sobre as complexas relações entre políticos e financiadores.
Os pedidos para que o ministro apresente logo o voto foram reforçados por meio de uma petição apresentada pelo presidente da OAB, Vinícius Furtado, no final de junho, ao relator da ADI no Supremo, ministro Luiz Fux. No documento, Furtado Coelho, em nome da entidade, pede para que Fux use a função de relator para pressionar por celeridade no julgamento.
Marcus Vinícius Furtado Coelho destacou que o sistema de financiamento privado cria desigualdades no processo eleitoral e afasta os que não têm como buscar recursos para campanhas. Isso transforma as desigualdades econômicas em desigualdades políticas, atrapalhando a democracia. “Pessoas jurídicas são entidades artificiais criadas pelo Direito para facilitar o tráfego social e não cidadãos com a legítima pretensão de participarem do processo político-eleitoral”, destaca trecho do texto encaminhado por ele a Fux.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Veja se preocupa com quem vai ser Presidente. Do Banco Central, não do Brasil



Por: Fernando Brito

No melhor estilo daquele William Bonner do Maranhão, que perguntou ao candidato Flávio Dino se ele ia “implantar o comunismo” no Estado,a chamada de capa da Veja, esta manhã, adverte contra o perigo que “facções ideológicas mais perigosas” do PT trazem ao país porque…um site de campanha ligado ao partido publicou “um texto na noite de terça-feira com potencial de fazer tremer bancos, investidores, empresas e o próprio eleitor.”
O que teria feito o tal site – o Muda Mais, várias vezes citado aqui – para provocar tamanho terremoto? Defendeu uma ditadura? Sugeriu uma invasão soviética? Pregou a estatização dos nacos ou das multinacionais?
Não, apenas defendeu que valha o que está escrito na Constituição Brasileira e que vem sendo praticado há décadas, dentro da lei e da hierarquia dos poderes: que o Presidente da República, eleito pelo povo, tenha o poder de indicar quem vai dirigir o Banco Central!
Exatamente como indicaram todos os presidentes anteriores – o “querido” Fernando Henrique Cardoso, inclusive - e nunca fizeram, por isso, “tremer bancos, investidores, empresas e o próprio eleitor”.
Lula e Dilma, aliás, foram extremamente cuidadosos – muito além da conta, eu diria – nas suas indicações. Ele, com Henrique Meirelles, que dispensa apresentações, e ela com Alexandre Tombini, funcionário do Banco concursado e membro da diretoria de Meirelles por cinco anos.
Aliás, nenhum dos dois – ao contrário de FHC – demitiu nenhum presidente do BC.
Agora, se o Presidente da República não pode orientar, sugerir e apontar os grandes objetivos da política econômica, melhor elegermos um rei ou rainha da Inglaterra e entregarmos o comando do país ao mercado de capitais.
Como fez, aliás, Fernando Henrique quando o real foi por água abaixo após as eleições de 98 e ele pediu emprestado a George Soros o economista Armínio Fraga para “arrumar a casa” a juros cavalares de 45%.
É por isso que o “mercado” não se assusta com Marina. Como já garantiu sua Ministra-Chefe de Tudo, Maria Alice Itaú Setúbal, o BC terá autonomia.
Nada além da frase de Mayer Amschel Bauer, que mudou seu sobrenome para Rothschild:
“”Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis.”
Traduzindo: o que chamam de autonomia é um presidente do BC escolhido pelos bancos e que a eles prestará contas.
Viva a democracia!

PS. O artigo da Veja é sensacional. Termina lembrando – vejam a semelhança – as críticas do Muda Mais ao presidente da CBF, José Maria Marin, aquela triste figura. Será que querem uma figura semelhante para o Banco Central?
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ELEIÇÃO: DEVAGAR COM O ANDOR



DEVAGAR COM O ANDOR

Site de João Paulo Cunha


Em 30 de julho de 2002 o então candidato Ciro Gomes (PPS) alcançou, segundo o Datafolha, 28% de intenção de voto estimulada, contra 33% de Lula (PT). Antes, em fevereiro, segundo o mesmo instituto, Roseana Sarney (PFL) havia alcançado 24% contra 27% de Lula. A história registrou que foram ao 2º turno daquela eleição Lula (46,4%) e Serra (23,1%). Ganhou Lula no 2º turno, com 61,2% contra Serra (PSDB) 38,7%.
Esse extrato da história eleitoral brasileira recente serve para registrar a ocorrência de um espasmo político circunstancial, havido naquele momento e que destoava do confronto eleitoral que a sociedade brasileira já vivenciava (1994/1998) e que posteriormente ficaria ainda mais forte. Ou seja: o Brasil estava polarizado entre duas forças políticas, PT e PSDB e ficaria, assim, por mais três eleições.
Evidente que vivemos em um momento diferente. Aliás, muito diferente. Na bancada do primeiro debate presidencial de 2014, na TV Bandeirantes, em 26.08, o PT esteve representado pela presidenta Dilma. Outros três candidatos saíram da costela petista: Marina, Eduardo Jorge e Luciana Genro. É uma amostra da importante contribuição política que o PT deu ao Brasil. Aécio Neves, representou o PSDB, enquanto Pastor Everaldo e Levy Fidelix fizeram o papel de coadjuvantes.
A marca específica do momento atual estaria localizada na ascensão e afirmação de uma terceira via política e eleitoral, representada por Marina, sua Rede Sustentabilidade e o PSB, partido onde está filiada apenas para disputar as eleições. Anabolizada pela trágica morte de Eduardo Campos, Marina entra na disputa já ocupando o segundo lugar nas intenções de voto e deslocando o PSDB e seu candidato Aécio Neves para o terceiro lugar.
Como ainda estamos há trinta e sete dias do primeiro turno, um olhar mais detalhado na história dessa e de outras eleições presidenciais no Brasil mostra que devemos ter cautela para afirmar categoricamente que a disputa eleitoral, nesta primeira fase, já estaria resolvida com a definição de um segundo turno entre Dilma e Marina Silva. Esta cautela passou a ser mais exigida depois de assistirmos ao primeiro debate, com o enfrentamento direto entre os candidatos.
Como o debate começou mais de 22h e terminou depois da uma da manhã é evidente que foram poucos os brasileiros que assistiram ao confronto, ainda mais por ser na Bandeirantes, que já tem normalmente uma audiência baixa. Os que resistiram até o fim, apesar das regras que engessaram o debate de ideias e propostas, puderam retirar importantes conclusões políticas.
Dilma é de fato a mais preparada. Mostra profundo conhecimento da administração do governo federal, apresentando e defendendo bem as muitas e importantes obras e programas, apresenta também as melhores propostas para avançar as mudanças no Brasil. Com uma postura sempre séria é incisiva, firme e clara nas suas respostas, aparentando algumas vezes irritação com críticas levianas levantadas, sobretudo, por Aécio Neves.
Aécio, uma mistura do Conselheiro Acácio com Pedro Bó, roda em torno de platitudes, aparentando ser um candidato genérico e vazio. Orienta apenas para o ataque ao PT e ao governo federal, sem conseguir apresentar propostas consistentes para melhorar o país. Como Aécio dependia deste primeiro debate para se afirmar frente a ameaça real de ficar fora do segundo turno, se deu mal com um desempenho fraco, marcado por uma postura rancorosa, estudada e maquinada para se impor pela arrogância.
Marina se saiu bem, até porque já tinha experiência deste tipo de debate nas eleições de 2010. Sabe falar olhando para a câmera e as mudanças em seu rosto apontam as variações de tonalidade e ênfase no que diz, ao contrário de Aécio que mantêm a fisionomia congelada, não importando o que esteja falando. Apesar desta postura televisiva favorável, Marina apresenta também uma postura de fragilidade ideológica, muita aparência e pouca consistência em suas análises políticas e propostas.
Sem responsabilidade, Marina aparenta ser corajosa, quando na prática está apenas flertando com o incerto e o perigo de uma postura política oca de conteúdo. Acena dar a condução econômica para o PSDB, numa tentativa de acalmar o mercado, em particular o agronegócio, e por outro lado, a parte social para o PT, na lógica de tentar conquistar eleitores simpatizantes do partido. Com isso, promete fazer uma catação (mistura heterogênea de sólidos) para administrar, o que pode gerar um desgoverno monstruoso e sem rumo, que acabará por devorar o que a população mais pobre conquistou em 12 anos de governos petistas. Enquanto a elite rica e endinheirada estará protegida pelo Itaú, que não terá mais intermediário e conduzirá diretamente o Banco Central.
Neste contexto, devemos esperar as próximas semanas para ver se Marina conseguirá manter-se em segundo lugar e consolidar uma terceira via eleitoral, rompendo a polarização entre PT e PSDB que marca a política brasileira nos últimos 20 anos. É um tempo necessário também para observar se suas intenções de voto estão apenas momentaneamente anabolizadas pela morte de Eduardo Campos ou se aquele trágico evento a catapultou em definitivo para a condição de protagonista da disputa presidencial.
Será um tempo necessário também para a consolidação da influência dos programas e comerciais de TV e rádio nas intenções de voto dos eleitores. Novos debates, sabatinas, entrevistas e eventos de campanha, onde veremos se Marina está mesmo preparada para encarnar a figura de uma nova liderança política, capaz de se afirmar como uma real alternativa de poder, apesar das gritantes contradições e divisões internas entre o PSB e sua Rede Sustentabilidade.
Os próximos dias, portanto, serão de muitas emoções, articulações e ações políticas, que poderão confluir para quatro possíveis cenários. Um deles apenas com a definição no primeiro turno e os outros três prevendo a realização do segundo turno, que agora é mais do que uma forte tendência.

Segundo turno entre Dilma e Marina

Com a exibição do horário eleitoral, a tendência é ocorrer uma melhora na avaliação do governo, o que naturalmente pode levar a uma melhora no desempenho eleitoral de Dilma. Nesse cenário, Dilma poderá chegar e até superar os 40% de intenção de voto, ficando, talvez, um pouco abaixo do desempenho petista nas últimas três eleições presidenciais, em primeiro turno, (46, 48, 46% em 2002,2006 e 2010 respectivamente). Neste cenário, Dilma iria para o 2º turno em 1º lugar.

Segundo turno entre Marina e Dilma

Neste cenário, que é uma variação do primeiro, temos a inversão nas colocações do primeiro turno, com a candidatura de Marina incorporando definitivamente quem quer qualquer mudança (pouca, média ou muita mudança), avançando sobre uma parte do eleitorado tradicional da oposição (PSDB) e sobre os ainda indecisos e ultrapassando Dilma, indo para o 2º turno, contra o PT, em 1º lugar.

Segundo turno entre Dilma e Aécio

Neste cenário, Dilma fica em torno de 40%, Marina recuaria para a casa dos 20% e Aécio recuperaria o eleitorado que perdeu com a entrada de Marina na disputa, retomando o segundo lugar com algo acima de 20% dos votos. Para ocorrer este segundo turno entre Dilma e Aécio, será necessário que o candidato tucano, contando com a ajuda de setores da grande mídia, consiga desconstruir parte do discurso e propostas de Marina. Não bastará à candidatura de Aécio ficar batendo em Dilma, no PT e no Governo. Se desconhecer Marina e mantiver o ataque focado em Dilma, a candidata do PSB pode crescer e fortalecer o segundo cenário descrito. O PSDB sabe disso e não foi à toa que a primeira pergunta que Aécio fez no debate foi dirigida a Marina, questionando sua coerência política.

Vitória de Dilma no primeiro turno

Neste cenário, uma parte do eleitorado que estaria pensando em votar na oposição, vendo a desidratação eleitoral de Aécio e diante da insegurança política e econômica representada pelas contradições da candidatura de Marina, com medo do desarranjo institucional que pode vir, opta por votar no projeto atual de desenvolvimento do país, capitaneado pelo PT, já conhecido e mais seguro para o Brasil seguir melhorando.
Nesta hipótese, a candidatura de Dilma seria beneficiada por um voto útil enrustido, que viria de setores da elite econômica e da oposição em geral, que tem criticas a sua conduta, mas temem, sobretudo, as incertezas que Marina Silva representa para a economia e para e estabilidade política. Este movimento atrairia um percentual de eleitores suficiente para dar a vitória no 1º turno a Dilma, impedindo o 2º turno entre ela e Marina, que seria uma derrota humilhante para Aécio e seu PSDB.
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SINDICATO DE CHICO MENDES QUESTIONA MARINA SILVA


Nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), 
fundado por Chico Mendes, contesta afirmações da candidata, como a de que ele seria 
representante da "elite nacional"; assinado pelo atual presidente do sindicato, José Alves, texto 
coloca Chico, morto por fazendeiros em 1988, como um sindicalista, não um ambientalista que 
se une ao capital; sindicato também condena a política ambiental "idealizada pela candidata 
Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de 
grandes Ong's internacionais"

Um texto que circula pelas redes sociais desde ontem (27), data da sua publicação, chama a atenção 
por expor contradições da candidata à presidência, Marina Silva, em relação a sua origem ambientalista 
no Acre. 
O texto é assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri 
(Acre), José Alves e pelo assessor jurídico, Waldemir Soares. Chico Mendes foi um dos fundadores 
desse sindicato em 1975. Ele foi assassinado em 1988 por fazendeiros contrários a sua luta pelos 
direitos dos trabalhadores extrativistas da floresta.
Como o sindicato não possui página na internet, o Blog do Esmael entrou em contato por telefone com 
a entidade e em conversa com o presidente José Alves foi verificada a autenticidade do texto que 
reproduzimos a seguir:

Diante da declaração da candidata à Presidência da República para as próximas eleições, Marina Silva, onde esta coloca o companheiro Chico Mendes junto a representantes da elite nacional, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), legítimo representante do legado classista do companheiro Chico, vem a público manifestar-se nos seguintes termos:
Primeiramente, o companheiro Chico foi um sindicalista e não ambientalista, isso o coloca num ponto específico da luta de classes que compreendia a união dos Povos Tradicionais (Extrativistas, Indígenas, Ribeirinhos) contra a expansão pecuária e madeireira e a consequente devastação da Floresta. Essa visão distorcida do Chico Mendes Ambientalista foi levada para o Brasil e a outros países como forma de desqualificar e descaracterizar a classe trabalhadora do campo e fortalecer a temática capitalista ambiental que surgia.
Em segundo, os trabalhadores rurais da base territorial do Sindicato de Xapuri (Acre), não concordam com a atual política ambiental em curso no Brasil idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais. Essa política prejudica a manutenção da cultura tradicional de manejo da floresta e a subsistência, e favorece empresários que, devido ao alto grau de burocratização, conseguem legalmente devastar, enquanto os habitantes das florestas cometem crimes ambientais.
Terceiro, os candidatos que compareceram ao debate estão claramente vinculados com o agronegócio e pouco preocupados com a Reforma Agrária e Conflitos Fundiários que se espalham pelo Brasil, tanto isso é verdade, que o assunto foi tratado de forma superficial. Até o momento, segundo dados da CPT, 23 lideranças camponesas foram assassinadas somente neste ano de 2014. Como também não adentraram na temática do genocídio dos povos indígenas em situação alarmante e de repercussão internacional.
Por fim, os pontos elencados, são os legados do companheiro Chico Mendes: Reforma Agrária que garanta a cultura e produção dos Trabalhadores Tradicionais e a União dos Povos da Floresta.

Xapuri, 27 de agosto de 2014

José Alves – Presidente

Waldemir Soares – Assessor Jurídico
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MARINEIROS FRAUDAM VÍDEO DE LULA E ESPALHAM NA REDE


Ex-presidente aparece pedindo votos para "Marina, que eu conheço há mais de 30 anos", em 
vídeo com logotipos da campanha de Marina Silva, do PSB, no início e no fim; "Ela é a mais 
preparada para levar adiante os programa sociais do governo"; trata-se, porém, de uma 
fraude; a Marina a qual Lula se refere é a deputada federal Marina Santana (PT-GO), 
candidata ao Senado por Goiás; PT anuncia que entrará com representação na Justiça Eleitoral 
e no Ministério Público; o que parece uma brincadeira é, na verdade, crime eleitoral; suspeitas 
recaem sobre quem se beneficia da fraude do apoio do maior cabo eleitoral do País

247 – Uma fraude eleitoral está circulando na internet. Envolve ninguém menos que o maior cabo 
eleitoral do País, o ex-presidente Lula e, por todos os ângulo que seja visto, beneficia a candidata a 
presidente Marina Silva, do PSB. Uma gravação oficial de Lula para o horário político do PT, no qual 
ele pede votos para Marina Santana (PT-GO), candidata ao Senado, que foi adulterado antes do início 
e do fim, com os acréscimos do logotipo de campanha de Marina.
- Eu conheço a Marina há trinta anos, diz Lula. "Ela é a mais preparada para levar adiante os 
programas sociais do governo e fazer a reforma política".
No curso do vídeo, não fica claro, à primeira vista, se Lula falou o nome inteiro da candidata a 
senadora ou apenas o primeiro nome, como foi publicado nas redes sociais. Não é difícil, com recursos 
de edição, tirar uma palavra da boca de um personagem. O certo é que, na peça fraudada, Lula diz que 
Marina "vai fazer um grande trabalho no governo federal".
A dimensão do alcance do vídeo falso ainda não pode ser medido, mas o presidente nacional da 
legenda, Rui Falcão, convocou uma entrevista coletiva no comitê de campanha da presidente Dilma 
Rousseff, em Brasília, para falar das providências que serão tomadas (leia aqui). O Instituto Lula foi 
informado sobre o vídeo pelo seu departamento jurídico.
A primeira suspeita de autoria recai, inevitavelmente, sobre os marineiros. A candidata, no debate entre 
presidenciáveis, na Rede Bandeirantes, elogiou Lula, a quem atribuiu, assim como ao ex-presidente 
Fernando Henrique Cardoso, "visão estratégica". Mas não houve de Lula nenhuma frase pró-Marina, 
quanto mais um depoimento formal para passar em horário político. Se foi brincadeira, Lula não achou 
a menor graça. E tanto ele como o PT devem manifestar, nesta tarde, que houve crime eleitoral.

Assista:

Justiça obriga Globo a cobrir campanha de Padilha



Por: Fernando Brito

Deu na Folha que o Tribunal Regional Eleitoral paulista determinou que a Globo registre, diariamente, 
as atividades do candidato petista ao Governo do Estado. Até agora, a Globo só publicava uma vez por 
semana a agenda de Padilha, sob o argumento de decidiu só dar cobertura aos candidatos que 
atingissem 6% nas pesquisas.
Por isso, só tinham reportagens diárias Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB).
Como o Ibope e a Globo são uma espécie de simbiose, o candidato não sobe nas pesquisas porque não 
é mostrado e não é mostrado porque não sobe nas pesquisas, como na propaganda de biscoito.
É claro que, embora sejam ruins suas perspectivas, a candidatura Padilha subirá, pelo próprio tamanho 
que tem o PT no Estado.
Mas é, de fato, terrível que tenhamos uma mídia que precisa ser compelida a cobrir a candidatura do 
maior partido do país, com todas as suas deficiências, ainda mais quando dela participa um ex-
presidente da República, Lula.
É jornalístico e não cobrir, resumindo a uma nota semanal, é antijornalismo.
O que, vindo da Globo, não chega a ser notícia.
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O PT AGASALHOU O JATINHO SEM DONO ? ANTECEDENTES


Depois que o Suplicy tucanou …

“Júlio Delgado pediu minha cassação por um voo. Agora podia explicar por que seu partido usava 
um avião de empresas fantasmas.”
DO DEPUTADO ANDRÉ VARGAS (ex-PT-PR), que voou em avião emprestado por doleiro, sobre
Júlio Delgado (PSB-MG), que o investigou no Conselho de Ética.

Em tempo: e o PT ? Enforca o Vargas e agasalha o jatinho sem dono ?
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Do amigo navegante Odarp Notielc:

Depois que o Mentor enterrou a CPI do Banestado, depois que o Delcídio deixou a oposição deitar e
rolar na CPI dos Correios, que culminou com o Mentirão, depois que o Odair Cunha, ODARELOU
na CPI do Cachoeira e depois que o Marco Maia matou no nascedouro a CPI da Privataria… O que
mais esperar do PT?

Em tempo: depois que Bernardo Plim-Plim engavetou a Ley de Medios …

Paulo Henrique Amorim
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DESPENCANDO.....A REALIDADE É DURA.....NÃO HA GLOBOPE QUE SEGURA



Novelas desabam e jn bate recorde negativo:

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/novelas-da-globo-desabam-e-jornal-nacional-bate-recorde-negativo-4544

Novela tem pior audiência e quase empata com a Praça:

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/o-rebu-tem-pior-audiencia-e-quase-empata-com-a-praca-e-nossa-4522

Tela Quente tem a pior audiência da história:

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/com-filme-getulio-tela-quente-tem-a-pior-audiencia-da-historia-4564


Programa de Regina Casé tem pior audiência:

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/programa-de-regina-case-tem-menos-audiencia-do-que-jack-bauer-4546

Dpois da Tregua, Um comboio com ajuda chega a Gaza procedente do Egito


Após quase 50 dias da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, uma pesquisa de opinião
divulgada na noite desta segunda-feira (25/08) mostra que apenas 38% da população de Israel

está satisfeita com o primeiro-ministro açougueiro Benjamin Netanyahu, enquanto 50%
desaprovam a conduta do premiê.


Jornal GGN – Um comboio com 18 caminhões do Programa Mundial de Alimentos (PMA) chegou
nesta quarta-feira a Gaza, procedente do Egito, com suprimentos essenciais para atender às
necessidades de mais de 150 mil pessoas.
Pablo Recalde, Diretor de Operações e Representantes da PMA para a Palestina, declarou à Rádio
ONU que a abertura da passagem de Rafah irá expandir o volume, qualidade e custo eficácia da ajuda
para mais de meio milhão de pessoas refugidas pela violência recente em Gaza.
Por outro lado, Recalde afirmou que o PMA precisa de mais recursos financeiros para continuar sua
assistência vital para as pessoas que perderam suas casas.
“Necessitamos até o final do ano uns 70 milhões de dólares. Vamos realizar um chamamento
humanitário na próxima semana pedindo à comunidade internacional que nos ajude a manter esta
assistência ao povo de Gaza”, declarou ele.
Recalde disse que desde o início da nova crise, em julho, o PAM forneceu rações alimentares de
emergência para cerca de 350 mil pessoas refugiadas de Gaza e continuam a avaliar as necessidades no
local para prestar a assistência necessária.
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A aliados, Dilma afirma que Aécio está ‘desmanchando’ e que vai disputar 2.o turno com Marina



Reuters

Em reunião com presidentes dos partidos que compõem a aliança para a disputa da reeleição, a 
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que a nova candidata do PSB, Marina Silva, é a 
preferida do sistema financeiro e acredita que as duas disputarão o segundo turno.
Os aliados se dividiram na avaliação do novo quadro eleitoral, mas a maioria deles concordou com o 
diagnóstico de Dilma de que Marina será a concorrente do segundo turno, avaliando que o candidato 
do PSDB à Presidência, Aécio Neves, está vendo seu eleitorado migrar para a candidata do PSB.
“A percepção dela é que a Marina é a candidata escolhida pelo mercado financeiro, principalmente 
pela defesa da autonomia do Banco Central. Ela (Dilma) acha que a Marina tomou o lugar do Aécio 
Neves (nesse segmento)”, disse à Reuters o presidente do PDT, Carlos Lupi.
“Ela acha que o Aécio está desmanchando e acredita que vai enfrentar a Marina (num eventual 
segundo turno)”, acrescentou.
Pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta quarta-feira, mostrou Dilma com 34,2 por cento das intenções 
de voto, seguida de Marina com 28,2 por cento e Aécio com apenas 16 por cento.
Na véspera, sondagem do Ibope mostrou quadro semelhante, com Dilma somando 34 por cento das 
intenções de voto, Marina com 29 por cento e Aécio com 19 por cento. Em ambas as pesquisas, num 
segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora sairia vencedora.
O presidente do PT, Rui Falcão, evitou comentar detalhes da reunião com jornalistas na saída do 
Palácio da Alvorada. Afirmou apenas que o encontro serviu para analisar o cenário político e avaliar o 
debate entre os candidatos na Band na terça-feira.
“Nossa avaliação é que a presidente Dilma se saiu melhor que os adversários”, disse Falcão, 
acrescentando que os demais candidatos participaram de um “conluio” para atacar o governo e Dilma.
Apesar da avaliação de Dilma sobre a possibilidade de enfrentar Marina no segundo turno, Lupi disse 
que ele e outros participantes da reunião discordaram e acreditam que a candidata do PSB ainda vai 
perder força nos próximos dias.
“Eu, o Rui, o (Aloizio) Mercadante (ministra da Casa Civil) e o Renato (Rabelo, presidente do 
PCdoB) achamos que não, que a Marina vai desidratar”, contou Lupi.
SEM GRANDES MUDANÇAS
Apesar do novo cenário eleitoral, os aliados não apontaram para grandes mudanças na estratégia da 
campanha, segundo Lupi.
Ele afirmou, entretanto, que falou para presidente mesclar no programa de TV a apresentação das 
conquistas do governo com propostas para o futuro.
“Eu sugeri que deveria haver mais propostas para o futuro. Ela gostou da sugestão, disse que já estava 
estudando novas propostas, mas não revelou quais”, comentou o pedetista.
“O povo tem que saber o que já conquistou, mas quer saber o que ainda pode conquistar”, argumentou 
Lupi.
Lupi afirmou que os partidos aliados avaliaram que a presidente não deve atacar Marina, porque Aécio 
terá que fazer isso no primeiro momento.
“Ela (Dilma) deve responder aos ataques, mas não deve assumir uma postura de atacar a Marina”, 
disse ele.
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Gilmar Mendes chama de “nazismo” barrar o “ficha imunda” José Roberto Arruda


Arruda, Roger Abdelmassih, Daniel Dantas. Sem comentários.

Por: Fernando Brito

O ministro Gilmar Mendes declarou hoje que a cassação da candidatura do ex-governador do Distrito 
Federal José Roberto Arruda foi um ato “nazista” do Tribunal Superior Eleitoral, no qual só ele votou 
a favor da impugnação do registro do candidato.
O argumento essencial é que, como a condenação de Arruda em 2a. instância ocorreu dias depois da 
entrada de seu pedido de registro eleitoral, deveria ser considerada sua elegibilidade naquele dia e não 
a do momento da concessão do registro pedido.
Arruda pediu registro no dia 4 de julho, sexta-feira, e foi condenado por improbidade pelo Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal no dia 9, quarta-feira.
Por três dias úteis, Arruda, no entender de Mendes, seria “ficha limpa”.
É curioso que um magistrado que pensa com este rigorismo formal tenha, tempos atrás, abraçado tão 
fervorosamente a tal “teoria do domínio do fato”, que estica o elástico do pensamento jurídico até o 
“ah, mas ele não podia deixar de saber”…
Gilmar Mendes, o homem dos habeas-corpus para Daniel Dantas e Roger Abdelmassih é assim, um 
extremado liberal, dependendo de quem esteja sendo julgado.
Se é de lá, pau; se é de cá…
Até porque, como fundamento jurídico, parece que o que valeu mais no voto de Gilmar foi
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Marina no Jornal Nacional. O jogo está aberto — exceto para Aécio, cuja candidatura se parece cada vez mais com um cadáver.



por : Paulo Nogueira

Acabou a folga para Marina.
Esta é a principal conclusão que emerge da entrevista com ela no Jornal Nacional.
Até aqui, ela só bateu nos outros. Quer dizer em Dilma e em Aécio, os representantes da “velha política”. Nem Dilma e nem Aécio, tão entretidos um com o outro, revidaram.
Agora, com seu crescimento vertiginoso nas pesquisas, ela vai começar a apanhar.
A pergunta que só encontrará resposta nas próximas semanas é quanto este novo cenário – em que ela passa a ser o alvo preferencial de Dilma e de Aécio – poderá afetá-la.
Que ela tem pontos vulneráveis ficou claro na entrevista do Jornal Nacional.
Patrícia Poeta lembrou, por exemplo, um fato que ninguém usou ainda contra ela: a baixa votação de Marina, em 2010, em sua terra natal, o Acre.
Marina ficou em terceiro, atrás de Serra e de Dilma.
Isso pode ser usado da seguinte forma pelos adversários: atenção, quem conhece não gosta.
Em 2010, ela disse, com voz embargada, que o terceiro lugar era “uma tristeza muito grande”. (Seu então companheiro de chapa, o empresário Guilherme Leal, foi breve: “Não tem explicação.”)
Agora, ela tirou da bolsa o velho clichê que diz que santo de casa não faz milagre.
Invoco aqui, mais uma vez, Wellington com sua sentença definitiva: quem acredita que o provérbio explica a surra de Marina entre seus conterrâneos acredita em tudo.
Marina também se enrolou para dizer por que quando os outros se juntam a pessoas diferentes para compor uma chapa é “velha política” e quando ela se junta a alguém como Beto Albuquerque é “nova política”.
Albuquerque é financiado por empresas de transgênicos, armas e bebidas – algo que um alguém realmente “puro” simplesmente não engoliria.
Marina desconversou. Fez a apologia da “diversidade”, e aproveitou para dizer que trabalhar com pessoas diferentes prova que ela, ao contrário do que se diz, não é “intransigente”.
Marina demonstrou aí a cara de pau cínica não da velha, mas da velhíssima política.
Marina pode ser desconstruída, sem dúvida. Mas vai ser?
A desconstrução leva algum tempo. Dificilmente o cenário vai mudar daqui até o primeiro turno. Dilma e Marina passarão, muito provavelmente, para o segundo turno.
Aí então começará uma nova disputa.
A surpresa já terá passado, a onda também, as emoções associadas à morte de Campos igualmente. E Marina dificilmente sustentará a imagem virginal.
Muitos dos jovens idealistas que viram nela uma resposta ao mofado mundo político nacional – e eles são a essência do fenômeno Marina — perderão as ilusões diante dos fatos como eles são.
Isso tudo quer dizer o seguinte.
Até há pouco tempo, com Campos na corrida, estava espalhada a sensação de que Dilma já ganhara, ou no primeiro ou no segundo turno.
Agora, com o surgimento estrepitoso de Marina na disputa, para muitos ela já ganhou.
Nem Dilma estava garantida antes, e nem Marina agora.
Terminada a fase de pêsames e de luto, liquidada uma situação que a deixava fora dos ataques de Dilma e de Aécio, começa um novo tempo para Marina, muito mais áspero e volátil.
O jogo está aberto — exceto para Aécio, cuja candidatura se parece cada vez mais com um cadáver.
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Não houve empréstimo de avião. Estadão confirma: Eduardo Campos participou da compra


Marina acaba de se associar a um crime eleitoral

Por: Fernando Brito

Novamente, o Estadão confirma, com bom trabalho de seus repórteres, as informações que este blog tinha conseguido reunir e publicar, com os poucos meios de que dispõe.
No final da noite de ontem, Ricardo Brant e Andreza Matais publicam que o ex-governador Eduardo Campos aprovou, pessoalmente, a aquisição do Cessna do grupo AF Andrade, como já tinha ficado claro por uma publicação da Folha, no dia seguinte ao acidente, quando ainda não havia elementos para que a reportagem pudesse ver o quanto obscuro era o negócio.
Portanto, não houve empréstimo de avião dos empresários a Eduardo Campos: o ex-governador participou diretamente da compra do aparelho, dando a palavra final para sua aquisição, segundo os próprios empresários que estariam vendendo o aparelho.
João Carlos Lyra Pessoa de Mello, da JCL Factoring, marcou com os donos da AF Andrade o dia 8 de maio. Diz o jornal que “de Congonhas, o jato partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em agenda de pré-campanha”.
Mas há mais fatos sendo confirmados.
Na noite de ontem, a Polícia Federal confirmou, com mais detalhes, o que havia sido informado aqui no sábado: Campos estendeu os incentivos fiscais dados à empresa Bandeirantes Companhia de Pneus.
Segundo o Valor: “O decreto do ex-governador eliminou limites de importação de pneus à empresa, estabelecidos na gestão anterior à de Campos.”
O dono da Bandeirantes é o próximo personagem que vai surgir: Apolo Santana Vieira, dono da Bandeirantes. Não é à toa que o aparelho em que voava Eduardo Campos antes ca compra do Cessna, era um Learjet da Bandeirantes que, ao ser matriculado na Anac, teve escolhido o prefixo (PP) ASV.
Este prefixo estava desativado desde 1966, quando pertencia a um Handley Page HP-100 Herald, da então Sadia Transportes Aéreos, que viria a se tornar a Transbrasil.
E foi solicitado por causa das iniciais: Apolo Santana Vieira.

Independente do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional – e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da nova candidata do PSB.
Marina confessou o conhecimento de um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.
Ela confessou saber que o avião era produto de um “empréstimo de boca” que seria “ressarcido” – se é ressarcido, tem preço – ao final da campanha.
Poderia, se fosse o caso, dizer que não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa versão do PSB.
Que é uma aberração jurídica e contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de contas eleitorais.
Até no Acre de Marina Silva, o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que seja um Fusca 82, tem de assinar a cessão e atribuir o valor em dinheiro do bem.
O que dirá para um jato de R$ 20 milhões!
Não há um contrato sequer, não há preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinham o controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.
É um escândalo de proporções amazônicas.
Só menor do que o escândalo que é, depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.
Todos se lembram da Procuradora Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.
Está mudo, quieto, silente.
Acovardado diante dos novos santos da mídia.
A partir de agora, prevalecendo isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para Marina ir conversar com Deus.
De boca, sem recibo, sem contrato, sem papel.
Na fé.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O "Homer" Bonner do Maranhão



Por: Fernando Brito

Assisti, no Blog da Maria Frô, o vídeo da entrevista do candidato Flávio Dino, do PCdoB, a TV 
Mirante, a Globo do Maranhão.
Seria uma comédia, se não fosse o retrato da tragédia de um país e um Estado controlados por uma 
mídia oligárquica.
O apresentador -tento não chamar de repórter, em homenagem aos repórteres – pergunta, 
sucessivamente sobre os planos de Dino, que é juiz de direito licenciado, para implantar uma ditadura 
comunista no Maranhão.
- Se o senhor for eleito, o senhor vai implantar o comunismo no Maranhão?
Juro. Assim mesmo, na lata.
Depois vêm perguntas sobre a incompatibilidade com as religiões e sobre o suposto ateísmo do 
candidato.
William Bonner está fazendo escola até no Maranhão.

Por 6x1, TSE decide manter impugnação de Arruda


"Como relator, ministro Henrique Neves recomendou a rejeição ao recurso de José Roberto 
Arruda (PR) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) que o considerou 
inelegível com base na Lei da Ficha Limpa; Gilmar Mendes, único voto a favor do candidato, 
desabafou no plenário e classificou como "rastaquera" a política no Distrito Federal; Arruda 
ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Brasil 247 - Por 5 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a impugnação da 
candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal, informa Cláudio Humberto, 
de Diário do Poder.
O ministro Henrique Neves foi quem primeiro votou e recomendou a rejeição ao recurso de Arruda 
contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) que o considerou inelegível com base na 
Lei da Ficha Limpa. Neves assumiu a relatoria após a ministral Luciana Lóssio declarar suspeição por 
te r prestado serviços a Arruda em 2010, quando ela atuava como advogada.

A Falha faz inacreditável revelação.
Ou melhor, duas.
menor-e-aposta-no-stj.shtml
José Roberto Arruda, lider de FHC no Senado e heroi da Moral do DEM, conversou com o advogado 
sobre suas chances no Tribunal Superior Eleitoral e no Superior Tribunal de Justiça.
Da conversa reproduzida pela Fel-lha depreende-se que:
1) FHC confirma que ligou para Gilmar Dantas (**), ministro do TSE (pobre Dilma !), para tratar do 
assunto;
2) Gilmar nega peremptoriamente que tenha tratado do assunto com FHC.
Não se sabe o que é pior: se a reputação do réu ou dos dois interlocutores que não se entendem (na Fel-
lha).

Paulo Henrique Amorim, com a ajuda de membro da comunidade que, como as vitimas de 
Abdelmassih, analisa cada passo de Gilmar.
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O PEPE MUJICA DO BRASIL ?


Candidato à Presidência da República pelo Partido Verde, Eduardo Jorge abraçou a agenda 
uruguaia, defendendo legalização das drogas e aborto; ontem, no debate presidencial da Band, 
ele afirmou que a legislação atual do aborto é "cruel"; o candidato também defende que o uso 
da maconha tem de ser legalizado; o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, se tornou conhecido 
mundialmente com ideias parecidas: descriminalizou o aborto no país e legalizou o plantio e uso 
da maconha; discurso de Eduardo Jorge gerou grande repercussão nas redes sociais na noite 
desta terça-feira

247 – Dentre muitos fatos que chamaram atenção no debate de ontem à noite na TV Band, certamente um deles foi o discurso do candidato do PV, Eduardo Jorge. O ambientalista levantou bandeiras polêmicas, como a defesa da legalização do aborto – acredita ser inadmissível a prática ser considerada crime em um país como o Brasil – e do uso da maconha, com uma ressalva: "com trabalho de prevenção e tratamento".
Foi ele quem levantou a discussão sobre o aborto, ao perguntar ao candidato do PSDB, Aécio Neves, o que ele pretendia fazer com a legislação. O senador tucano respondeu: "prefiro manter a legislação como está". Irritado em sua réplica, Eduardo Jorge declarou que "a legislação atual é cruel". 
Eduardo Jorge diz que as brasileiras que abortam sofrem na clandestinidade e ainda são taxadas de criminosas.
Sobre a maconha, o candidato, que ao se apresentar lembrou ser médico há 40 anos, disse ser favorável à legalização como forma de acabar com o tráfico de drogas. Segundo ele, a política atual antidrogas só beneficia os barões do crime. Já sobre o crack, ele afirmou ser contra a legalização. Nas considerações finais, Eduardo Jorge defendeu uma cultura de "paz e amor".
A postura do candidato lembra o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, famoso mundialmente pelas mesmas bandeiras. Ele fez do país o segundo da América Latina a descriminalizar o aborto (o primeiro foi Cuba) e, no ano passado, legalizou o uso da maconha e o cultivo de pequenas quantidades da erva.
As bandeiras e o jeito espirituoso de se expressar do candidato do PV geraram grande repercussão nas redes sociais, com dezenas de memes. A expressão "Esse Eduardo Jorge" figurou na segunda posição entre os temas mais comentados mundialmente no Twitter. Os internautas também apontaram semelhanças entre Eduardo Jorge e o candidato do PSOL à Presidência em 2010, Plínio de Arruda Sampaio (morto em julho desse ano).
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Marina diz em debate da Band que Chico Mendes era elite como Guilherme Leal

No Blog do Rovai

O primeiro debate presidencial das eleições 2014 na Band foi muito mais movimentado do que o de eleições anteriores. Talvez o fato de existirem três candidatos disputando uma vaga no segundo turno permitiu mais interação entre eles.
Ninguém ganhou e ninguém perdeu.
Aécio, Dilma e Marina Silva defenderam seus programas e suas histórias políticas.
E ninguém se atacou de maneira mais grosseira ou rude.
Foi um debate de bom nível.
A grande escorregadela da noite acabou sendo de Marina Silva, exatamente ela que estava indo bem e entrou no estúdio como a estrela da noite, embalada pela pesquisa Ibope. Ela se embananou toda numa pergunta de Levy Fidelix, o homem do Aerotrem, que a atropelou falando de Neca Setúbal, do Itaú, e Guilherme Leal, da Natura.
Marina ficou visivelmente irritada e saiu em defesa dos aliados, dizendo que a primeira era educadora o que segundo tem compromisso histórico com a sustentabilidade e o meio ambiente. 
E que ela não tem problema nenhum com quem é de elite. Que o problema do Brasil não é a sua elite. E ao final, cravou a pior das suas frases. Disse que Chico Mendes também era de elite tanto quanto Guilherme Leal.
Esse foi um dos temas mais debatidos no twitter. Muita gente se indignou com a frase de Marina. 
No twitter, quem também fez muito sucesso foi Eduardo Jorge, do PV. Ele defendeu a legalização do aborto e das drogas. E ainda deu uma provocada em Marina, pedindo-lhe para parar de apertar sua bíblia, que provavelmente estava em cima do púlpito onde ela estava, porque senão a bíblia iria ficar tão magrinha quanto ela.
Outro momento quente do debate foi quando Aécio e Dilma debateram a Petrobrás. Dilma atacou de Petrobrax e da plataforma que afundou no mar no governo do PSDB e disse que o discurso do tucano era uma leviandade. Aécio devolveu a leviandade pra Dilma, falando que a empresa nunca se viu envolta em tanta corrupção.
O debate serviu para testar hipóteses. Os marqueteiros certamente estavam fazendo pesquisas qualis para verificar em que momento os argumentos dos seus candidatos fizeram mais estrago na campanha dos adversários.
Ninguém ganhou e ninguém perdeu, mas alguém pode ter passado o recibo que a outra campanha vai usar daqui pra frente.
Marina piscou quando confrontada com a influência que Neca Setúbal e Guilherme Leal exercem ou podem exercer sobre ela.
No final do debate, Boris Casoy fez a pergunta mais estapafúrdia. Quis saber o que Eduardo Jorge achava do projeto do controle da mídia E Dilma avançou no tema. Disse que defende a regulação econômica do setor, porque é contra o monopólio. Os irmãos Marinho devem ter se ligado neste momento. E acertado que vale qualquer um para derrotar Dilma.
Na sua fala final, Aécio diz que não dá pra o país nem continuar como está e nem entrar numa aventura, dando a entender que falava da candidatura de Marina. E anunciou que seu ministro da Economia será Armínio Fraga.
Na verdade, Aécio deixou para o final dois anúncios. O nome do ministro da Economia e a forma como vai atacar Marina. Vai dizer que ela é uma aventura.
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MARINA COPIA FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO



Amigo navegante especialista em design gráfico chama a atenção para a reveladora semelhança
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GLOBO MOSTRA O CANHÃO A MARINA. DE VOLTA AO “VAMOS VER QUEM MANDA AQUI”



Tijolaço

Mais importante que a pesquisa Ibope no Jornal Nacional de hoje foi a reportagem sobre os donos do jatinho que matou Eduardo Campos e transformou Marina Silva em sucesso eleitoral.
Fartamente abastecida – como sempre – pela Polícia Federal, a matéria começou a revelar o “laranjal” montado pelo PSB e pels empresários amigos de Campos para “comprar” o jato que acabaria por matar o candidato.
Até um peixeiro do Recife foi usado como “bucha” na transação.
O JN adiantou a pauta “malvada” da entrevista de Marina Silva, amanhã.
E nem mesmo citou o outro “megabucha” da compra do avião, Apolo Santana, processado por contrabando.
Vale a pena ler a matéria e ver o potencial explosivo do caso. E, querendo assistir em vídeo, clique aqui.
É impressionante.
Marina terá 24 horas para explicar ou, como é mais provável, dizer que não tem nada com isso.
Talvez, até, pessoalmente, não tenha.
Mas fica comprometida a imagem do “São” Eduardo, que a beatifica como candidata da nova política.
Evai ter de ser “boazinha” com William Bonner e Patrícia Poeta.
Afinal, é preciso saber quem manda, não é?
Amanhã, o Tijolaço, que não tem acesso à Polícia Federal e nem faz chantagem política, vai mostrar mais “travessuras” dos homens a quem o PSB atribuiu o “contrato de boca” para ceder o jatinho a Eduardo e Marina.

DOCUMENTOS INDICAM EMPRESAS FANTASMAS NA COMPRA DO AVIÃO EM 
QUE MORREU EDUARDO CAMPOS

O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave.
O Jornal Nacional obteve, com exclusividade, documentos importantes da operação de compra e venda do jato Cessna, que era usado pelo candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos.
O dinheiro que teria sido usado para pagar o avião em que morreu o candidato Eduardo Campos passa por escritórios em Brasília e São Paulo, e por uma peixaria fantasma em uma favela do Recife.
“Rapaz, eu estou até desnorteado. Como é que eu tenho uma empresa uma empresa sem eu saber?”, questiona um homem.
O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave. Mas a AF Andrade afirma que já tinha repassado a aeronave para outro empresário, que emprestou para a campanha de Campos.
Os extratos que já foram entregues à Polícia Federal mostram o recebimento de 16 transferências, de seis empresas ou pessoas diferentes. Num total de R$ 1.710.297,03.
Nos extratos aparecem os números do CPF das pessoas físicas ou do CNPJ, das empresas que transferiram dinheiro para a AF Andrade. Com esses números foi possível chegar aos donos das contas.
A empresa que fez a menor das transferências, de R$ 12.500, foi a Geovane Pescados. No endereço que consta no registro da peixaria encontramos Geovane, não a peixaria.
“Acha que se eu tivesse uma empresa de pescado eu vivia numa situação dessa?”, diz Geovane.
Outra empresa, a RM Construções, fez 11 transferências, em duas datas diferentes. Cinco no dia 1º de julho e mais seis no dia 30 de julho, somando R$ 290 mil.
O endereço da RM é uma casa no bairro de Imbiribeira em Recife. Mas a empresa de Carlos Roberto Macedo não funciona mais lá. “Tinha um escritório. Às vezes, guardava o material o outro”, conta ele.
Tentamos falar por telefone com Carlos, mas ele pareceu não acreditar quando explicamos o motivo da minha ligação.
Repórter: Você andou depositando dinheiro para comprar de um avião?
Carlos: Tem certeza disso?
Já um depósito de quase R$ 160 mil saiu da conta da Câmara & Vasconcelos, empresa que tem como endereço uma sala vazia em um prédio e uma casa abandonada. Os dois lugares em Nazaré da Mata, distante 60 quilômetros do Recife.
A maior transferência feita para a AF Andrade foi de R$ 727 mil, no dia 15 de maio, pela Leite Imobiliária, de Eduardo Freire Bezerra Leite.
E completam a lista de transferências João Carlos Pessoa de Mello Filho, com R$ 195 mil, e Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho, advogado com escritórios em Brasília, Recife e São Paulo, com uma transferência de R$ 325 mil.
Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho disse que realizou, em junho, uma transferência bancária de R$ 325 mil e que esse valor é referente a um empréstimo firmado com o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.
O empresário João Carlos L
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