quinta-feira, 30 de junho de 2016

BOMBA ! QUERENDO AFETAR O EX PRESIDENTE, OTÁRIOS DA LAVA JATO VAZA DELAÇÂO QUE INOCENTA LULA

Jornal GGN - Mais um vazamento seletivo da Lava Jato, com o objetivo de acertar a imagem do ex-presidente Lula (PT), entra para as estatísticas. Mas, dessa vez, a leitura é curiosa. Só quem chegou ao final da matéria publicada pelo Estadão na quarta (29) pode compreender que trechos de duas delações premiadas mais parecem servir de peça de defesa para Lula nas denúncias de tráfico de influência internacional e recebimento de propina via empresa de palestras, a LILS.
As delações, obtidas pelo Estadão, são de Flávio Gomes Machado Filho e Otávio Azevedo, executivo e ex-presidente da Andrade Gutierrez.
Consta nos documentos divulgados pelo Estadão os "detalhes" da participação de Lula em negócio da Andrade Gutierrez na Venezuela.
A edição do jornal, num primeiro momento, leva à interpretação de que Lula ajudou a burlar uma "concorrência internacional" em favor da empresa brasileira, mas as delações explicam o que aconteceu.
Em meados de 2008, a Andrade Gutierrez disputava na Venezuela uma obra com uma empresa de origem italiana, a Danielle. Percebendo que não chegaria a ser escolhida pelo então presidente Hugo Chávez, dirigentes da Andrade buscaram o contato de Lula, que disse que só ajudaria se nenhuma outra empresa nacional estivesse disputando o mesmo projeto.
Pela delação de Machado Filho, é possível compreender que na Venezuela não há lei de licitação como no Brasil. As empresas lá são contratadas por "indicação". A italiana tinha o apoio do governo daquele país. Por isso, a Andrade Gutierrez decidiu recorrer ao presidente brasileiro.
Tanto Mesquita quanto Azevedo afirmam que Lula não pediu nem recebeu nada em troca de apresentar a Andrade Gutierrez para Hugo Chávez numa reunião em Recife. Após o lobby de Lula, a Andrade Gutierrez ganhou o projeto, que foi executado com financiamento do BNDES.
À força-tarefa da Lava Jato, Azevedo ainda negou que a Andrade Gutierrez tenha pago propina à Lula via contratação fictícia de palestras, pela empresa LILS. O executivo afirmou que as cinco palestras foram comprovadamente executadas por Lula.
ONDE ESTÁ A DENÚNCIA?
O destaque do Estadão foi para a denúncia de que pela obra conquistada na Venezuela, com financiamento do BNDES, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, procurou o executivo Flávio Machado para cobrar propina de 1% sobre o contrato fechado.
Segundo Otávio Azevedo - que disse ter ouvido a história de Machado - a Andrade Gutierrez pagou a propina supostamente exigida por Vaccari via doação oficial, contabilizada e registrada na Justiça Eleitoral.

LIBERADO PELA PM, AGRESSOR RETORNA Á SEDE DO PT E FAZ NOVO ATAQUE


É o segundo ataque no mesmo dia 

Liberado pela PM, agressor retorna à sede do PT e faz novo ataque
Pela segunda vez em um dia, o Partido dos Trabalhadores é alvo de atentado. Emilson Chaves Silva, 
38 anos, autor do ataque à sede nacional do partido em SP durante a madrugada desta quinta-feira 
(30), retornou ao local no começo da tarde, munido de um coquetel molotov - bomba incendiária de 
fabricação caseira.
Segundo funcionários presentes no local, Silva entrou na sede do partido, atirou a bomba acesa ao 
chão e saiu correndo em fuga. Felizmente, o artefato não explodiu.
O agressor foi perseguido por policiais militares até a Praça da Sé, onde foi detido e posteriormente 
conduzido ao 1º Distrito Policial de São Paulo (Sé). Ninguém se feriu.
Mesmo detido, ele seguiu proferindo ameaças contra o partido e seus integrantes.
Ataque na madrugada
Por volta da 1h15 da madrugada Emilson havia destruído a fachada do prédio com golpes de picareta 
e ameaçado quem estivesse dentro do prédio. Após ser contido pelo segurança de plantão, Silva foi 
conduzido à delegacia por Policiais Militares e liberado em seguida.
Em post na rede social Facebook, Emilson Chaves Silva assumia a autoria do ataque e dizia que iria 
continuar a atacar.


O Partido dos Trabalhadores está tomando todas as medidas necessárias para apuração e punição ao 
responsável pela depredação na sede do partido e das ameaças que verbalizou. As medidas serão 
tomadas nas esferas criminal e cível.
Vigília na Sede do PT
O Diretório Estadual e o Municipal de São Paulo convocaram para a noite de hoje, quinta-feira (30), 
uma vigília na sede do partido, a partir das 18h, assim que acabar a perícia que está sendo feita no 
local.
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PC FARIAS DE EDUARDO CAMPOS E BLABLARINA FOI ENVENENADO


Só falta saber quem envenenou...

Da Folha-PE

A causa da morte de Paulo César de Barros Morato foi envenenamento. A informação foi apurada 
pela reportagem da Folha de Pernambuco, com exclusividade, na tarde desta quinta-feira (30). Com 
o resultado, a polícia ficará responsável em apurar se o empresário se envenenou ou foi envenenado.
O corpo de Morato já está liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), que aguarda a família dele. 
Segundo nossas fontes, a causa da morte que aparece no laudo é "intoxicação exógena". De acordo 
com outra fonte da Folha, o produto que causou o envenenamento foi um pesticida.
Morato é considerado o “testa de ferro” da organização criminosa suspeita de levar dinheiro para as 
campanhas do ex-governador Eduardo Campos e foi encontrado morto no dia 22 de junho, no Motel 
Tititi, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
(...)
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PEDRO PARENTE MENTE; CONSELHO DA PETROBRAS APROVA CRIAÇÃO DE DIRETORIA PARA SEU APADRINHADO NELSON SILVA


Pedro Parente mente para os trabalhadores e para a sociedade 

Nota da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

“Não haverá indicações políticas na Petrobrás”. O presidente interino da Petrobrás, Pedro Parente, mentiu para os trabalhadores e para a sociedade ao fazer essa declaração no dia 19 de maio em entrevista coletiva, logo após ter sido indicado para a empresa. Sua afirmação foi repercutida com estardalhaço pela imprensa e elogiada pelo mercado.
Agora não há mais dúvidas de que Pedro Parente mentiu quando afirmou que não haveria mais indicações políticas na Petrobrás.
Na quarta-feira, 29, o Conselho de Administração da empresa aprovou a criação da Diretoria de Estratégia para abrigar Nelson Silva, apadrinhado do presidente interino, que, no dia 06 de junho já havia lhe agraciado com o cargo de consultor sênior de estratégia, criado especialmente para ele.
Os conselheiros e diretores que aprovaram sem pestanejar tal medida são os mesmos que até alguns meses atrás vinham defendendo a “disciplina de capital” a ferro e fogo, impondo aos trabalhadores drásticos cortes de custos e o esquartejamento da Petrobrás. Durante meses, o Conselho de Administração discutiu a reestruturação da empresa e, em momento algum, foi sequer ventilada a ideia de uma diretoria de estratégia.
A representação dos trabalhadores, através de Deyvid Bacelar, chegou a propor que a gerência executiva de SMS, que já tem toda uma estrutura montada, passasse a atuar como diretoria, para que dessa forma pudesse haver autonomia na implementação de uma nova política de segurança. Nem isso foi aprovado, sob a alegação de que iria onerar as contas da empresa.
Agora, de uma tacada só, o CA aprova a criação de uma nova diretoria com o propósito mais do que evidente de empoderar o escudeiro de Pedro Parente, dando-lhe total autonomia para cumprir os compromissos que Temer assumiu com os financiadores do golpe: entregar o Pré-Sal às multinacionais, tirando a Petrobrás da função estratégica de operadora única, e doar ao mercado os ativos da companhia.
Nelson Silva, que já vinha executando a toque de caixa a venda de ativos, terá agora à sua disposição uma estrutura completa para tentar acelerar o desmonte da maior empresa do país. Experiência é o que não lhe falta. Por onde passou, deixou sua marca registrada: reestruturações e privatizações. Fez isso na Vale do Rio Doce, na Comgás e na BP, onde foi um dos articuladores da fusão com a Shell, que passou a deter participações estratégicas nos principais campos do Pré-Sal, tornando-se, assim, a maior concorrente da Petrobrás.
E, sem a menor dificuldade, o interino Pedro Parente colocou a raposa para tomar conta do galinheiro. Tudo com a conivência do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, que já vinham atuando a serviço do mercado. Agora contam também com uma ajudinha extra da conselheira eleita que ocupou a vaga dos trabalhadores, com o apoio das gerências.
Se não houver reação à altura dos trabalhadores e dos setores da sociedade organizada que defendem a soberania nacional, eles vão aniquilar os maiores patrimônios desse país que são o Pré-Sal e a Petrobrás. Essa é a luta que está posta para os petroleiros. E não é de hoje.
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FRAUDADOR DA LEI RUANET VIVIA PROTESTANDO CONTRA CORRUPÇÂO, LULA E DILMA


Empresário que desviou verba da Lei Rouanet para bancar casamento luxuoso na praia de 
Jurerê Internacional era frequentador de passeatas “contra a corrupção”. Confira os posts 
indignados de Júlio Plácido contra Lula, Dilma e Haddad

Revista Fórum

Júlio Plácido, sócio diretor da J2A Eventos, empresa acusada pela Policia Federal de desviar verbas 
da Lei Rouanet para bancar casamentos e festas privadas posta com frequência xingamentos e 
ofensas a Dilma, Lula, ao prefeito de São Paulo Fernando Haddad e frequenta passeatas contra a 
corrupção.
É provável que ele esteja entre as pessoas que foram presas nesta terça-feira (28) na Operação Boca 
Livre. Em alguns posts Júlio Plácido pede para que Lula seja assassinado e xinga a presidenta 
afastada de “vaca”.
A operação deflagrada ontem diz que produtores culturais, dentre eles a empresa J2A Eventos, 
integram um grupo ligado a eventos e são responsáveis pelo desvio de cerca de R$ 180 milhões de 
recursos da Lei Rouanet, do governo federal. Foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária de 
integrantes desse grupo, que atua desde 2001 em São Paulo.
Um dos episódios que mais chamou a atenção da PF foi o casamento de Felipe Amorim e Caroline 
Monteiro, organizado pela empresa de Plácido, que aconteceu na luxuosa praia em Florianópolis 
chamada de Jurerê Internacional no dia 22 de abril deste ano na boate 300 Beach Club.
O evento contou com a atração musical do sertanejo Leo Rodriguez, que interpreta hits como “Vai 
No Cavalinho”, “Bara Bará Bere Berê” e “Gordinho da Saveiro”.
Confira abaixo uma seleção de algumas postagens feita por Plácido:







PRESIDENTE TUCANO DO TSE JÔAO PLENÁRIO, REÚNE BASE DO SINDICATO DE LADRÔES PARA CRITICAR FIM DAS DOAÇÕES EMPRESARIAIS

Presidente do Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, 
ofereceu um café da manhã 
para membros da base aliada do 
governo provisório de Michel 
Temer (PMDB), entre eles os 
senadores Renan Calheiros 
(PMDB-AL), Romero Jucá 
(PMDB-RR) – ambos 
investigados pela Lava Jato – e 
Ricardo Ferraço (PSDB-ES); 
segundo o ministro, "em 80% dos 
municípios o limite de gasto é de 
R$ 100 mil para prefeito, R$ 10 
mil para vereadores, é um limite 
muito estrito"; Mendes disse que 
"certamente vamos ter muitos 
questionamentos de um lado e de 
outro, vamos ter uma intensa 
judicialização"

Nesta quinta-feira (30), o ministro
do Supremo Tribunal Federal
(STF), Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ofereceu um café da manhã
para membros da base aliada do governo provisório de Michel Temer (PMDB), entre eles os
senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) – ambos investigados pela Lava
Jato – e Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O objetivo do encontro foi discutir com os parlamentares as eleições de 2016 e as maneiras de 
viabilizar a reforma política no Legislativo e repensar o financiamento de campanhas eleitorais.
Vale lembrar que Gilmar Mendes demorou um ano e cinco meses para devolver o pedido de vista da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade, que questiona o financiamento empresarial de campanhas 
eleitorais, mesmo com a maioria dos ministros votando pelo fim das doações empresariais.



Coincidentemente, Gilmar Mendes disse que o encontro buscou aproximar as instituições e mostrar 
as dificuldades em relação à próxima eleição, principalmente no que diz respeito à proibição das 
doações de pessoas jurídicas.
"É um quadro especial e queríamos conversar com os líderes sobre isso para chamar atenção de que 
algumas vicissitudes que ocorrerão não serão causadas pela Justiça Eleitoral, mas pelo modelo 
institucional que foi aprovado na legislação", explicou.
Segundo o ministro, "em 80% dos municípios o limite de gasto é de R$ 100 mil para prefeito, R$ 10 
mil para vereadores, é um limite muito estrito".
Na linha de que tais medidas foram prejudiciais, Gilmar Mendes disse que "certamente vamos ter 
muitos questionamentos de um lado e de outro, vamos ter uma intensa judicialização".
De acordo com o ele, o prazo menor de campanha vai fazer com que muitas candidaturas sejam 
provisórias. "Certamente haverá mudança de resultado por conta da mudança do coeficiente eleitoral, 
anulação de votações e impugnações", declarou.
Ao contrário do que pensa Gilmar Mendes e outros defensores do financiamento de empresa para 
campanha, o fim da medida foi um importante avanço no combate à corrupção, fato demonstrado 
amplamente nas investigações da Operação Lava Jato.
Outro tema que pertence à agenda da direita conservadora e fez parte das conversas no café da 
manhã de Mendes foi urnas eletrônicas.
"Conclamei os líderes a participarem dessa verificação para que a gente possa superar as eventuais 
dúvidas que existem sobre o sistema eletrônico de votação que nos enche de orgulho. Esse é um 
sistema desenvolvido pelo Brasil e permite que o país tenha padrão civilizatório superior às vezes 
aos países mais desenvolvidos", disse o ministro.
Pouco depois da proclamação da vitória da presidenta Dilma Rousseff nas eleições de 2014, que 
derrotou a campanha tucana de Aécio Neves (MG), o seu partido, o PSDB, entrou com ação junto ao 
TSE pedindo a recontagem de votos por conta de boatos de fraudes nas urnas propagado nas redes 
sociais.
Reforma política
O encontro também tratou de maneiras de viabilizar a reforma política que a cúpula da base de 
Temer considera adequada para o país. Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) afirma 
que o sistema político brasileiro "chegou a um grau de esgotamento que precisa ser reformado com 
urgência a partir de cláusula de barreiras e do fim da coligação partidária".
Ele aproveitou para defender o financiamento empresarial de campanha. "Em toda parte do mundo 
as pessoas jurídicas podem fazer doações, desde que haja controle, haja fiscalização. Então você 
criminalizar a participação das pessoas jurídicas no pleito não acho que seja algo positivo", disse.
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CIRO: É BOM REAÇA SAIR DO ARMÁRIO



Ciro Gomes sempre sai do figurino.
Num vídeo postado ontem, num debate com estudantes, é perguntado como seria debater, em 
campanha, co Jair Bolsonaro.
E disseca um fato: a direita facistóide sempre existiu, apenas pôs a cara de fora. A cara, porque os 
pés estão na mesma lama da corrupção que lhe serve de falsa bandeira.
Aliás, o “preso de hoje” (estamos assim, no Brasil), Carlinhos Cachoeira,e seu ex-pupilo 
Demóstenes Torres são um bom exemplo disso.
Vale a pena assistir o que diz Ciro.

O TRAÍRA INTERINO QUER ENTREGAR À GE O PROGRAMA NUCLEAR


Made in Brazil - Será que os militares sabem disso?

O Ministério de Minas e Energia estuda a possibilidade de participação de empresas estrangeiras na
construção de futuras usinas nucleares no Brasil. Segundo o órgão, a alternativa será viável se for 
comprovado o benefício aos consumidores, com preços aderentes ao mercado e respeito à regulação. 
Além disso, as formas de viabilização da expansão da fonte nuclear estão sendo avaliadas sob 
diversos aspectos, como econômicos e ambientais.
Para o vice-presidente da americana Westinghouse para a América Latina, Carlos Leipner, a 
proposta em estudo é interessante. Segundo ele, é preciso criar um modelo de negócio em que uma 
empresa fique responsável por todo o projeto (...)
Para completar o serviço, o Ministro (sic) Jungmann poderia sublocar à GE a construção dos 
submarinos nucleares.
E o Padim Pade Cerra entregar logo o pré-sal à Chevron.
Antes que se construa um paredón para os traidores da Pátria...

PHA
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REQUIÃO REUNE G30 CONTRA O GOLPE!



No Blog do Esmael Morais: Requião diz que “distraídos venceremos” o golpe no Senado

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), reuniu ontem à noite (29), em Brasília, o G-30 — grupo de 
30 senadores éticos e desenvolvimentistas — num jantar contra o golpe de Estado.
Requião, que é uma espécie de embaixador informal da luta pela legalidade democrática no país, 
citou o escritor e poeta curitibano Paulo Leminski para resumir o resultado do encontro: “distraídos 
venceremos!”.
“Reunimos ontem em jantar senadores éticos indignados com o que acontece. Como diria Leminski: 
distraídos venceremos!”, informou animado. Ele não quis nominar os presentes, mas assegurou que o 
grupo acolheu três novos senadores…
O senador do PMDB comparou o sucesso do jantar em sua casa com o fiasco do jantar pró-golpe 
realizado anteontem na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença 
do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
“Consenso entre os senadores que Meirelles foi vazio e inconsistente no jantar do Renan. Afinal 
esperavam o quê?”, comparou Requião.
O G-30 reagiu positivamente à entrevista de Dilma Rousseff concedida ao jornalista Kennedy 
Alencar, do “SBT Brasil”, ainda na noite de ontem.
A presidente eleita confirmou apoio à proposta de realização de um plebiscito sobre novas eleições, 
caso o Senado rejeite o impeachment.
Dilma também falou o que o G-30 do Senado queria ouvir: a divulgação de uma carta de intenção ao 
povo brasileiro anunciando mudanças na economia e redução de juros.
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Governador autoriza edital de concessão florestal para as Glebas Mamuru-Arapiuns

Por Denise Silva - Agência Pará

O governador do Pará, Simão Jatene, autorizou na manhã desta quarta-feira (29) a publicação do Edital de Concessão Florestal do lote II do Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, em solenidade realizada no Hangar - Convenções e Feira da Amazônia. O documento também foi assinado por Thiago Valente, presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor-bio), durante o lançamento oficial do Projeto ”Pará 2030”, mais uma iniciativa do governo do Estado destinada a incentivar a economia local com sustentabilidade e geração de emprego e renda em todas as regiões. 
O Ideflor-bio abriu concorrência pública para concessão florestal no Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, localizado no oeste do Pará, com o objetivo de autorizar a exploração de produtos florestais na área, que abrange 102.468,18 hectares.
Neste mês de junho foram realizadas audiências públicas, para discutir o processo de concessão, nos municípios de Santarém, Juruti e Aveiro. Moradores participaram das audiências, debatendo o objeto da concessão, as unidades de manejo, critérios e indicadores, categorias e lista de espécies e potencial de produtividade, dentre outros temas.
Segundo Thiago Valente, a assinatura do documento permitirá aos moradores da área uma alternativa econômica com bases sustentáveis e de longo prazo. “Com a concessão, o patrimônio florestal é gerenciado de forma a combater a apropriação indevida de terras públicas. 
Como já concluímos as audiências públicas, elaboramos a parte técnica e realizamos a reunião com a Comissão Estadual de Florestas (Comef), o próximo passo será a publicação do edital, que deverá acontecer no final do mês de julho”, informou.
Ainda segundo o presidente do Ideflor-bio, “o processo também contribui para a oferta de madeira legalizada, gerando arrecadação para os municípios abrangidos pelo lote de unidades de manejo florestal, para o Estado e para o Fundo de Desenvolvimento Florestal (Fundeflor), que reverterá o recurso em projetos que trarão benefícios para toda a sociedade”, ressaltou.
Além da autorização para publicação do edital de concessão florestal, mais 16 medidas voltadas a fomentar o desenvolvimento do Estado foram assinadas, além do decreto que cria o Programa “Pará 2030” e o termo de acordo de resultado com 19 secretarias e órgãos do Estado.
Diretrizes - A Comissão Estadual de Florestas é uma instância presidida pelo Ideflor-bio com a finalidade de assessorar, avaliar e propor diretrizes para a gestão de florestas públicas do Estado. A comissão ainda pode manifestar-se sobre o Plano Anual de Outorga Florestal (Paof) e exercer a função de órgão consultivo do Instituto. A comissão é formada por representantes do Poder Público, de entidades de pesquisa, movimentos sociais, classe empresarial e da sociedade em geral.
Conforme o Plano Anual de Outorga Florestal de 2016, publicado no Diário Oficial do Estado nº. 33.116, edição de 28 de abril de 2016, as florestas públicas estaduais estão distribuídas por 11 regiões de integração, com destaque para a região do Baixo Amazonas, que detém 59,3% do total dessas áreas, entre as quais o Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns.
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ESCARNIO ! RELATOR DO TCU AGORA RENEGA PEDALADAS !!


Esse é o Tribunal das Contas... E o Nardes tem o japa da PF nas costas... 

Do Uol: "Relator das pedaladas" diz que atos de Dilma "não são tão importantes" para 
impeachment

O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes afirmou nesta quarta-feira (29) 
que as "pedaladas fiscais" no governo Dilma Rousseff "não são tão importantes" para justificar o 
processo de impeachment contra ela.
Em entrevista ao "Blog do Eliomar", em Fortaleza, o ministro disse que o ato mais grave foi a 
abertura de crédito sem autorização do Congresso.
A fala de Nardes ocorre dois dias após perícia do Senado apontar que Dilma não agiu --nem direta, 
nem indiretamente-- para as "pedaladas", que é termo usado para definir o atraso de pagamentos aos 
bancos públicos.
Nardes foi o relator das contas de 2014 da gestão Dilma no TCU, que foram reprovadas de forma 
unânime pela Corte. O ministro fez o parecer denunciando as "pedaladas" e os decretos 
suplementares, que serviram de fundamento para o processo de impeachment que está em curso no 
Senado.
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DEPOIS DE SOFRER A INVASÂO DA MILICIA DO MORO, A SEDE NACIONAL DO PT É ATACADA EM SP POR FASCISTAS


Vidros de entrada do prédio, que fica no centro de São Paulo, foram destruídos, na madrugada 
desta quinta-feira; segundo a assessoria de imprensa do PT, por volta de 1h15, um segurança 
ouviu um barulho e viu um homem quebrando a porta com uma picareta; um carro da Polícia 
Militar apareceu logo em seguida e levou o suspeito para registrar um boletim de ocorrência.

247 - A sede nacional do PT, no centro de São Paulo, foi atacada na madrugada desta quinta-feira. 
Os vidros de entrada do prédio foram destruídos.
Segundo a assessoria de imprensa do PT, por volta de 1h15, um segurança ouviu um barulho e viu 
um homem quebrando a porta com uma picareta. Um carro da Polícia Militar apareceu logo em 
seguida e levou o suspeito para registrar um boletim de ocorrência.
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CACHOEIRA DO CARLINHO E.... O DOLEIRO DOS TUCANOS !


Assad está a um palmo do "Afrodescendente" e a dois palmos do Padinho Pade Cerra ...  Mas 
será que os almofadinha da PF edo MPF Vão ter peito de chegar à Veja? À Globo? À Marginal 
de SP? 

Como se sabe, Carlinhos Cachoeira, através do "Caneta", sublocou o detrito sólido de maré 
baixa. Quem também se banhava nessa Cachoeira era um notório "repórter" do Globo em 
Brasília. Como se sabe, da Delta se chega a um "afrodescendente" e seu padrinho, um 
"padinho" pade cerra,  autores de obra marginal (sic) em São Paulo. Vamos ver até onde 
chega o moralismo furioso da PF e do MPF ou se, a certa altura, "não vem ao caso"...


Operação acontece no Rio, São Paulo e Goiás; eles são acusados de usar empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370 milhões obtidos pela empreiteira Delta
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã desta quinta-feira a "Operação Saqueador" para cumprir cinco mandados de prisão em São Paulo, Rio e Goiás. Entre os alvos estão o ex-presidente da empreiteira Delta Construções Fernando Cavendish, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e o empresário Adir Assad, que já foi condenado na Operação Lava-Jato. No Rio, a polícia não encontrou Cavendish, que estaria no exterior e já é considerado foragido pelas autoridades.
A investigação constatou que os envolvidos, "associados em quadrilha", usaram empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370 milhões, obtidos pela Delta direta ou indiretamente, por meio de crimes praticados contra a administração pública, para o pagamento de propina a agentes públicos.
Também são alvo da operação Cláudio Dias Abreu, que já foi diretor regional da Delta no Centro-Oeste e Distrito Federal, e Marcelo José Abbud, que, segundo o MPF, é dono de empresas de fachada usadas no esquema de lavagem.
O MPF do Rio ofereceu esta semana denúncia contra Cavendish, Cachoeira, Adir Assad e mais 20 pessoas por envolvimento num esquema de lavagem de verbas públicas federais. O caso foi distribuído ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
(...)
Será que a PF e o MPF sabem em que vespeiro se meteram?
Adir Assad é o doleiro do coração dos tucanos:
http://www.cartacapital.com.br/blogs/direto-de-sao-paulo/adir-assad-o-doleiro-das-obras-
Já, já, isso tudo aí não vem ao caso!

Em tempo: a PF e o MPF poderiam esclarecer dúvida cruel da Cynara Menezes, no twitter: será que 
o ministro (sic) Gilmar (PSDB-MT) pegava carona no jatinho do Carlinhos?

Em tempo2: tampe o nariz, mas não deixe de ver o que o Demóstenes, o amigão do Gilmar, o outro 
lado da linha do grampo sem áudio, disse do Caiado: http://oglobo.globo.com/brasil/demostenes-diz-

PHA
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Dilma, no SBT: “é claro que Temer e Cunha não falaram sobre futebol”. Assista.



A presidente Dilma Rousseff, disse, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do “SBT Brasil”, 
hoje,desta que o deputado afastado Eduardo Cunha representa “uma ameaça integral” ao presidente 
interino, Michel Temer. “Certamente eles não falaram sobre futebol. Com certeza trataram de 
assuntos que dizem respeito à governabilidade”, afirmou a presidente afastada sobre o encontro entre 
Temer e Cunha no último domingo.
Dilma afirmou que, se Cunha fosse afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) antes da votação 
da Câmara sobre a admissibilidade do processo de afastamento – no dia 17 de abril – , a 
admissibilidade do impeachment ficaria comprometida. “Criaria uma situação muito ruim para o 
impeachment se ele tivesse sido afastado antes.” E prometeu que recorrerá ao STF caso o processo 
de afastamento definitivo seja aprovado pelo Senado Federal.

Veja, em dois blocos, a entrevista de Dilma.



JANAINA, INEPTA E ESCRACHADA


Inepta

por : Paulo Nogueira

Janaína Paschoal não é apenas desequilibrada e reacionária. Ela é também inepta.
A peça de acusação contra Dilma, centrada nas chamadas pedaladas, se revelou uma portentosa 
miséria. O PSDB poderia pedir de volta os 45 mil reais que pagou a ela.
Sequer golpistas levam agora a sério o trabalho de Janaína. Isso ficou especialmente claro quando a 
senadora Rose de Freitas, líder do governo Temer no Congresso, negou as pedaladas atribuídas a 
Dilma.
Antes dela, o ministro Gilmar Mendes, o conhecido Toga Falante, dissera uma coisa parecida numa 
viagem à Suécia. Um estudo do Senado desmentiu também as pedaladas. Diante das novas 
circunstâncias, um juiz do TCU que falava horrores das alegadas pedaladas de Dilma voltou atrás e 
agora diz que elas não são importantes.
Vê-se agora que o PSDB aceitou qualquer coisa para iniciar o processo de impeachment. Não houve 
sequer o cuidado de preservar as aparências. A intenção de lesar a democracia era a única motivação 
dos golpistas.
Não fosse isso, alguém entre os tucanos teria verificado o conteúdo do projeto apresentado por 
Janaína e devolvido. Faça algo melhor, teriam dito a ela.
A peça de Janaína simboliza a esculhambação generalizada que é o golpe de 2016. Nem as 
aparências foram preservadas.
O golpe é, a esta altura, uma piada.
Até as marchas “contra a corrupção” não resistem a um olhar retrospectivo. Corruptos que 
participaram das manifestações acabaram presos em quantidade copiosa por roubalheiras variadas.
Políticos que apoiaram ostensivamente os protestos estão enredados até o pescoço na Lava Jato. O 
exemplo mais vistoso é o de Aécio Neves. Quem não se lembra dos vídeos convocatórios que ele 
gravou antes que viessem à luz, pelos delatores, seus esquemas?
Num caso recente, um picareta que fraudou a Lei Rouanet para lucrar com casamentos era um 
implacável militante anticorrupção que clamava nas redes sociais a morte de Lula, o “Nove Dedos”.
O projeto de Janaína, repito, simboliza a palhaçada. A única coisa que rivaliza com ele é a sessão da 
Câmara que admitiu o impeachment, sob o comando de Eduardo Cunha.
Cunha, em si, é outro elemento cômico na trama. Jamais serão esquecidas suas declarações de 
inocência mesmo diante de provas esmagadoras. Era como se ele estivesse gritando indignado aos 
brasileiros: “Vocês vão acreditar nos suíços ou em mim?”
Mas a pedra fundamental do golpe paraguaio é mesmo o parecer de Janaína. Ela pretendeu 
incriminar Dilma, mas acabou atirando contra si própria. Hoje, é vista como uma jurista 
incompetente — e careira. Dificilmente alguém lhe encomendará um novo trabalho por 45 mil reais.





COM AS PROVAS DA PROPINA... CADÊ O JANETE?




Surgem imagens do processo que acusou Temer de receber propina em Santos


Imagens do processo em que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) foi acusado de receber recursos públicos desviados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foram divulgadas pelo portal Conversa Afiada nesta terça (28). Os documentos mostram que houve, de fato, a denúncia de que Temer teria um acordo com seu apadrinhado na Codesp para receber 50% da propina sobre contratos de licitações ou concessões de portos.

A denúncia foi revelada em 2001, quando Veja publicou uma reportagem sobre corrupção no Porto de Santos. A revista citou um processo de dissolução de união estável que tramitou em São Paulo, no qual Erika Santos, então companheira de Marcelo de Azeredo (presidente da Codesp), pedia R$ 10 mil de pensão mensal e mais 50% do patrimônio do dirigente.

Para provar o enriquecimento de Azeredo, Erika teria citado as negociatas das quais teve conhecimento, todas na Codesp, com divisão das propinas entre o companheiro, o atual presidente interino e "um tal de Lima”.

No documento divulgado pelo CA, consta que em meados de 1997 houve uma viagem de Erika e Azeredo com contornos de “lua de mel” para os Estados Unidos.

“Antes desse momento, o requerido [Azeredo], na qualidade de presidente [da Codesp], efetuou uma série de licitações para terceirização de alguns serviços, ou concessão de outros, ou concessão de uso de terminais para embarque/desembarque. Estas ‘caixinhas’ ou ‘propinas’ eram negociadas com os vencedores das licitações ou com os concessionários, e repartida entre o requerido, seu ‘padrinho político’, o deputado Michel Temer, hoje presidente da Câmara dos Deputados, e um tal de Lima.”

O texto ainda sugere que graças a "indicações" de políticos, Azeredo “sempre ocupou cargos públicos”. Foi diretor administrativo da Eletropaulo, diretor comercial da Sabesp, coordenador geral de administração da Secretaria de Estado de Saúde e diretor de agências da Nossa Caixa, antes de chegar à Codesp.

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DIVISÃO DA PROPINA
Pelas licitações e concessões “arranjadas”, Temer recebia, geralmente, o dobro da propina destinada a Azeredo, indicam os documentos. No caso da concessão dos terminais 34/35 do Porto de Santos para a empresa Libra, diz o processo, R$ 640 mil supostamente foram para o bolso do interino, R$ 320 mil para Azeredo e outros R$ 320 mil para "Lima", que não tem primeiro nome nem função identificados nas páginas disponíveis no CA.
“Da empresa RODRIMAR", Azeredo recebeu R$ 150 mil, "sempre com participação dos outros dois sócios [Temer e Lima], constando, ainda uma doação para a campanha de Michel Temer de mais de R$ 200 mil”, aponta o documento assinado pela defesa de Erika, em agosto de 1999.
Em 2011, Veja tocou novamente no assunto, em alusão à primeira reportagem. Michel Temer, já vice de Dilma Rousseff (PT), negou novamente o envolvimento no esquema e afirmou “ter pedido o afastamento de Azeredo da presidência da Codesp quando surgiram os primeiros boatos de irregularidade”.
Ainda segundo a reportagem, os advogados de Erika, uma estudante de Psicologia, “detalharam seis negócios fechados pelo trio, com base em planilhas de controle copiadas por Erika do computador pessoal do ex-companheiro”.
Como Temer ameaçou entrar no circuito e fazer uma queixa-crime contra a estudante, Azeredo entrou em acordo com a ex-companheira e ela desistiu da ação judicial. Isso foi usado como argumento favorável à defesa de Temer. Depois que o escândalo veio à tona, Erika ainda chegou, segundo a Folha de S. Paulo (ver imagem abaixo), a "desautorizar" seus advogados, dizendo que só soube dos fatos relatados através de uma denúncia anônima e que eles não deveriam constar em seu processo de separação.
 
 INVESTIGAÇÃO EM DUAS FRENTES
Por conter indícios de outros crimes de corrupção, contudo, o processo não foi arquivado de imediato. Numa primeira frente, a parte que cita Temer virou base para um processo administrativo encaminhado ainda em 2001 para a Procuradoria-Geral da República, mas Geraldo Brindeiro arquivou.
“Em 2006, as denúncias [contra Temer] deram origem a uma investigação na Polícia Federal. Só em setembro de 2010 o caso foi remetido pela Procuradoria da República ao Supremo Tribunal Federal. O caso chegou ao Supremo em fevereiro [de 2011] e, na semana passada, seguiu para análise da Procuradoria-Geral da República", descreveu a Veja.
Ainda em 2011, o Supremo Tribunal Federal decidiu, a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Gurgel, excluir o nome de Temer do processo e arquivá-lo, por entender que nenhum fato novo surgiu desde a revelação do caso. A parte sobre propina que atingia Marcelo Azeredo foi encaminhada à primeira instância, segundo CartaCapital.
Abaixo, as imagens reveladas por Conversa Afiada:


quarta-feira, 29 de junho de 2016

ALARME MIDIOTICO !! O PIG AGONIZA !!


Sem falar que a Globo está à venda 

Se o amigo navegante ainda não assistiu à ultrajante desmoralização do Otavio Frias Filho em 
Londres, nem viu a explicação para a venda da Globo, acompanhe o velório do PiG, descrito 
com minúcias pelo Miro Borges, presidente vitalício do Instituto de Mídia Alternativa Barão 
de Itararé:

Falência e cortes. Crise na mídia é grave


Em artigo publicado neste domingo (26), a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, até fez um baita esforço para relativizar a crise vivida pelo jornal que a emprega. Mas, com base nos próprios dados apresentados no texto, fica evidente que a situação é dramática. Ao tratar dos correspondentes do diário no exterior, ela relata que "a rede murchou. Sucumbiu ante os altos custos em moeda forte e a evolução tecnológica que trouxe acesso instantâneo à notícia em qualquer lugar do mundo". Quase não há mais jornalistas em outros países. O mesmo quadro de cortes e até de falências é vivido pelo restante da imprensa tradicional - e não apenas da mídia impressa. A agonia do setor é crescente.
No seu relato, a ombudsman registra que, no passado, a Folha teve um forte time no exterior. "Paris, Londres, Roma, Berlim, Moscou, Nova York, Washington, Miami, Chicago, Jerusalém, Pequim, Buenos Aires e Tóquio. A exaustiva lista de cidades espalhadas por todo o mundo representava, em 1991, a rede de correspondentes internacionais da Folha... O jornal não possui hoje hoje nenhum jornalista contratado baseado no continente europeu. Dispõe de apenas quatro correspondentes, sendo dois deles bolsistas: nos EUA (Washington e Nova York) e América Latina (Buenos Aires e Caracas). Usa extensa lista de colaboradores em várias cidades, com diferentes tipos de vínculo com o jornal".
Ela destaca que "a crise não é só brasileira, nem só da Folha. Grandes jornais americanos reduziram à metade seus escritórios de trabalho no exterior". E lamenta o triste cenário: "O olhar próprio em terra estrangeira dá força e originalidade ao relato jornalístico. Nada substitui a presença do profissional nos grandes (e pequenos) acontecimentos". Ela dá como exemplo da perda de qualidade a "timidez jornalística" na cobertura do plebiscito no Reino Unido, que pode implodir União Europeia. No final, Paulo Cesarino até se esforça para convencer o leitor que, apesar da decadência, a Folha não perdeu a sua qualidade. "A redação em São Paulo tem hoje vários ex-correspondentes. Isso enriquece o debate jornalístico, permite a realização de reportagens à distância, dá fôlego para textos de apoio".
Agonia no mundo e no Brasil
O artigo da ombudsman da Folha é mais uma prova da agonia da mídia tradicional - principalmente dos meios impressos. Vale exemplificar com alguns casos mais recentes, Em maio passado, o jornal britânico "The New Day" anunciou o fim de sua edição diária. O motivo foi a queda nas vendas em bancas, o que tornou a publicação financeiramente insustentável. "Embora tenha recebido críticas positivas e construído uma forte rede de seguidores no Facebook, a circulação do jornal ficou abaixo das nossas expectativas", informou o Grupo Trinity Mirror. A mesma empresa vem sofrendo quedas de circulação em seus jornais regionais e no "Daily Mirror", o tabloide que é seu principal título.
Dias antes, no final de abril, o "New York Times", um dos símbolos da imprensa ocidental, anunciou o fechamento da sua sucursal e gráfica em Paris, com a dispensa de 70 profissionais. Segundo Sidney Ember, em texto postado no próprio diário, a decisão faz parte "da proposta para mudar o projeto do jornal internacional publicado pelo grupo em papel, e simplificar o processo de edição e produção, de acordo com memorando interno enviado ao pessoal do 'International New York Times'. A empresa concentrará as operações de edição e pré-produção gráfica em Nova York e Hong Kong". E o autor conclui: "Como a maioria das publicações em papel, o 'NYT' continua a enfrentar dificuldades para compensar a perda de circulação e de faturamento publicitário de sua edição em papel".
Já no Brasil, o caso mais recente da agonia na mídia impressa é bastante emblemático. Ocorreu com o "Jornal do Commercio", o mais antigo diário do país - editado há 188 anos. Em 29 de abril, circulou a sua última edição. O motivo alegado pelo grupo Diários Associados foi o da brusca queda da receita em publicidade. Com o fim da edição em papel e da sua verão digital, 30 jornalistas foram demitidos. O restante da equipe foi "reaproveitada" na Rádio Tupi, que ainda pertence aos Diários Associados. Segundo o presidente do "Jornal do Commercio", Mauricio Dinepi, o fim do jornal era inevitável: "Os anunciantes estão deixando com muita rapidez a mídia impressa e cada dia fica mais difícil".
Crise terminal da Band?
Mas na era da internet e das novas formas de comunicação, como já teorizou o renomado intelectual Ignacio Ramonet no livro "A explosão do jornalismo - Das mídias de massa à massa de mídias", não é apenas a mídia impressa que agoniza. Os impactos também são sentidos nas emissoras de rádio e televisão. No início de maio, uma auditoria concluiu que as operações da Grupo Bandeirantes - que controla a Band e outros canais de TV e rádio - correm sério risco de continuidade. Vale conferir a reportagem de Lígia Mesquita, do blog Outro Canal, sobre a decadência do império da famiglia Saad:
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Relatório da auditoria Ernst & Young em cima do balanço financeiro de 2015 do Grupo Bandeirantes diz que "há dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da companhia". O balanço foi publicado no jornal "Metro". Segundo a auditoria, o Grupo Bandeirantes tem prejuízos acumulados consolidados na ordem de R$ 440 milhões (era de R$ 363 milhões em 2014, segundo valores da época). Um alto executivo da Band nega qualquer risco de continuidade da operação. O canal anunciou nesta semana que não exibirá o Campeonato Brasileiro por questões financeiras. Na quinta-feira (5 de maio), o Yahoo publicou que a Turner estaria negociando a compra de 30% da Band. Procuradas, Turner e Band dizem não comentar especulações.
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No mesmo rumo, o jornalista Ricardo Feltrin postou no jornal "A tarde" um longa matéria, intitulada "Band enfrenta pior crise e poder cair para quinto lugar no Ibope", em que destrinha a decadência do grupo presidido por Johnny Saad. Segundo afirma, "a Band vive hoje seu pior momento desde que foi fundada nos anos 60 por João Jorge Saad (1919-1999). Endividada, quase sem nenhum programa relevante, a emissora agora sofreu um novo e duríssimo golpe: perdeu definitivamente a parceria com a Globo para cotransmissão do futebol brasileiro".
"Nos últimos anos a Band, seja na média de audiência em território nacional, seja aqui em Salvador, sempre esteve na quarta posição, atrás de Globo, Record e SBT. A média de Ibope da Band das 7h à 0h hoje está em pouco mais de 2 pontos. Em parte, esse quarto lugar até agora vinha sendo mantido justamente graças ao futebol e, até pouco tempo atrás, ao programa Pânico. De repente, de uma só vez, tudo parece ter desabado: dívidas elevadíssimas em dólar começaram a vencer; os anunciantes começaram a escassear; os programas que antes eram arrimo de audiência, como o Pânico, entraram em crise de criatividade; e agora mais essa pancada: perdeu também o futebol".
"Cerca de dois anos atrás, a Band até tentou reduzir seu estoque de dívida: vendeu antenas, transferiu ou arrendou concessões de rádio, e, principalmente, vendeu muito mais horários de sua grade para igrejas e outros produtores independentes. O problema é que, com essa estratégia, a emissora criou uma arapuca para si própria". Com a venda do horário nobre para a igreja "Internacional da Graça", a audiência despencou para quase zero e os anunciantes sumiram. "Mas isso ainda nem é o pior: o pior mesmo é que a emissora da família Saad vai ter de tomar alguma medida profunda e (muito) dolorosa para sair da crise financeira em que se meteu, e que soma quase meio bilhão de reais em dívidas". O boata que circula é que a Band está bem próxima da falência!
Internet e crise de credibilidade
Como aponta o livro já citado, vários são os fatores que explicam a brutal crise da mídia tradicional. Ignacio Ramonet, porém, destaca dois: o crescimento da internet, que reduz a tiragem e a audiência dos veículos e, como efeito, espanta os anunciantes; e a acelerada perda de credibilidade dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão cada vez mais partidarizados e manipuladores. A queda da receita em publicidade é uma tendência mundial. O governo brasileiro só percebeu tardiamente esta mudança de paradigma, aplicando de forma mais eficiente os seus recursos em publicidade oficial.
Um levantamento de Fernando Rodrigues, da Folha, revela que, em 2015, houve queda acentuada dos gastos publicitários em todos os meios, com exceção da internet. A redução dos recursos em televisão foi de 25%, nos jornais de 42,2%, nas rádios de 22,7% e nas revistas de 44,2%. Já a publicidade na internet cresceu 11,6%. "Com isso, a participação do meio digital nos investimentos totais alcançou 12,54% – o que representa um percentual muito inferior à média internacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, o meio digital abocanha 31,6% dos investimentos totais e já se aproxima da televisão... No Brasil, a grande distorção ainda é a televisão, que recebe 65% dos investimentos, enquanto, nos EUA, a participação é de 37,9%. Meios impressos, lá como aqui, vêm perdendo participação no bolo total, em razão da migração dos leitores para plataformas digitais – sobretudo, os smartphones".
Já a questão da perda de crebilidade foi confirmada por uma pesquisa recente realizada pelo instituto Ideia Inteligência. Ela não atinge apenas os meios impressos, como jornais e revistas. Afeta também duramente os telejornais. Segundo o levantamento, que ouviu 800 empresários, apenas 7,9% dizem confiar sempre no noticiário das emissoras de televisão. Outros 39,6% afirmam crer "muitas vezes". A pesquisa restrita ao chamado "mundo corporativo" serve para orientar os anunciantes privados, o que reforça a tendência de queda na receita publicitária. Como se observa, a crise é grave!
Em tempo: É preciso enfatizar que nem todos perdem neste cenário de decadência da mídia privada. Os jornalistas são demitidos, arrochados e precarizados. A qualidade dos produtos - jornalísticos, culturais e de entretenimento - deteriora-se ainda mais. Mas os patrões seguem acumulando fortunas. Tanto que os três filhos de Roberto Marinho seguem no ranking da Forbes como os maiores ricaços do Brasil. Alguns serviçais destes impérios também não têm do que reclamar. Reportagem recente de Keila, do site R7, dá alguns exemplos das enormes distorções existentes na mídia comercial.
Ela cita Fausto Silva, da TV Globo, que recebe R$ 5 milhões por mês e "é o apresentador mais rico da televisão brasileira"; Galvão Bueno, "que recebe mensalmente algo perto dessa quantia na Globo"; Ana Maria Braga e Luciano Huck, "que com as participações em merchandisings recebem algo em torno de R$ 1 milhão mensais"; e Jô Soares e Angélica, "que têm salário na casa dos R$ 500 mil". A maioria destes privilegiados aderiu as marchas golpistas contra a presidenta Dilma e adora posar de "indignados" com a situação do Brasil. Haja cinismo!
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PUTO DA VIDA COM O DEDO DE "NINE" ALMOFADINHA MORO SE VINGA COM DIRCEU E ACEITA NOVA DENÚNCIA

Moro aceita denúncia contra Dirceu e seis investigados na Lava Jato.

Agência Brasil:

André Richter – O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (29) denúncia apresentada contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais seis investigados na Operação Lava Jato. A denúncia foi protocolada ontem (28) pela força-tarefa de procuradores da Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba. Os investigadores acusam Dirceu de receber propina oriunda de contratos de uma empresa fornecedora de tubos que prestava serviços à Petrobras.
Com a decisão, Dirceu passa novamente à condição de réu na Justiça Federal em Curitiba. Em maio, o ex-ministro foi condenado por Sérgio Moro a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem e pertinência à organização criminosa.
Na decisão proferida hoje, o juiz também aceitou denúncia contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, contra o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e outros acusados pelos desvios.
De acordo com Moro, os indícios apresentados pelo MPF apontam que um dos delatores da Lava Jato, o empresário Júlio Gerin de Camargo, repassou à empresa de Dirceu cerca de R$ 1,4 milhão, por meio do "custeio dissimulado de despesas" feitas pelo ex-ministro.
Segundo a denúncia, a simulação era feita por meio de viagens no jatinho particular do empresário. A propina, de acordo com os investigadores, teve origem no contrato assinado pela empresa Apolo Tubulars com a estatal.
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COMO MORO E OS ALMOFADINHAS JURÍDICOS NO BRASIL TRANSFORMARAM A DELAÇÃO PREMIADA EM CORRUPÇÃO PREMIADA


Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a maneira como 
as delações premiadas estão sendo utilizadas no Brasil, assim como as prisões preventivas, 
classificando como um retrocesso. "Prende-se até mesmo para fragilizar o homem e se lograr a 
delação premiada. Enquanto não delata, não é libertado, se recorre sucessivamente e fica por 
isso mesmo. Avança-se culturalmente assim? Não, é retrocesso. É retrocesso quanto a 
garantias e franquias constitucionais", afirmou o ministro.

As delações e as prisões preventivas tem sido largamente utilizadas pela Operação Lava Jato, e 
alguns delatores, como o ex-senador Delcído Amaral, são soltos após firmar o acordo com os 
investigadores. Troca-se a investigação pela “deduragem” e, claro, as “verdades passam a ser 
definidas e limitadas pela vontade das partes: a quem e o que se quer delatar e a quem se quer 
que delate. Prático, simples, injusto e ineficiente. E os ladrões, em troca disso, como estamos 
assistindo sem qualquer “indignação” da mídia, livres para fruir de vidas confortáveis – 
quando não faustosas – com, no máximo, alguns meses de tornozeleira.

Mal usada, delação premiada 
vira incentivo ao crime de corrupção

Helena Sthephanowitz
Há algo de disfuncional na Justiça brasileira quando oscila entre dois extremos no trato dos crimes de corrupção. De um lado o engavetamento – omitindo-se de investigar – e do outro, a banalização da prisão preventiva seguida de delação premiada como atalho para as investigações.
Ambas as medidas trazem grande risco de erro. E os erros vão além da violação de direitos individuais, pois prejudica a própria redução da criminalidade, uma vez que o Judiciário, sem querer, está indicando um caminho de redução de riscos para a atividade criminosa.
Se um criminoso que ainda não foi pego tem a quem delatar como carta na manga, o risco de vira a ser punido fica reduzido com a jurisprudência da delação. E isto é um incentivo para ele continuar perpetrando seus crimes, ao invés de fazê-lo parar.
Afinal, se não for pego fica com tudo o que roubou. Se for pego e ainda que perca parte do amealhou em seus crimes, a pena pela sua condenação – reclusão domiciliar com tornozeleira eletrônica – é equiparável à aposentadoria em um “resort” de luxo. A delação tornou-se um “plano B” de aposentadoria para um criminoso do colarinho branco e sem escrúpulos.
A banalização das prisões preventivas com apelo midiático sacia a opinião pública de quem já tem escrúpulos, mas para mentes criminosas a alternativa da delação torna sua atividade de crimes menos arriscada e mais recompensadora. O resultado, no conjunto da obra, mais cedo ou mais tarde, será o aumento da corrupção, obviamente com métodos aperfeiçoados, diferentes dos já descobertos.
A sociedade ganharia mais se a Justiça fizesse o óbvio pelo caminho do equilíbrio: engavetasse menos, investigasse sem delongas para obter provas materiais de forma a levar à condenação de criminosos milionários sem o estímulo da “aposentadoria” em uma vida de luxo, via delação.
Peguemos o exemplo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos que mais citados em delações premiadas.
A chamada Lista de Furnas é escândalo público e notório desde 2005. Está nas gavetas até hoje. Onze anos depois, aparecem vários delatores confirmando a lista, o esquema, os envolvidos, tudo. Se tivessem investigado a sério desde 2005 já haveria gente condenada e nem teria o que delatar sobre este fato em 2016. Haveria menos impunidade com menos criminosos premiados.
Quando estourou o mensalão, em 2005, Aécio era governador e estava no ar a campanha publicitária “Déficit Zero” do governo de Minas feita pela agência de publicidade de Marcos Valério. Parece até provocação – ou certeza de impunidade – o governo tucano de Aécio trazer de volta à publicidade governamental mineira os mesmos empresários que já respondiam processo de improbidade administrativa pelo mensalão tucano de 1998.
E parece cegueira dos ministérios públicos estadual e federal não terem visto e investigado discrepâncias na contabilidade do Banco Rural fornecida à CPI dos Correios diferente da que deve ter o Banco Central e que, segundo delação do ex-senador Delcídio do Amaral 11 anos depois, comprometeria o senador Aécio Neves e o ex-senador Clésio Andrade.
O próprio Marcos Valério, na iminência de nova condenação pelo mensalão tucano de 1998, só agora em 2016 negocia delação premiada incriminando políticos tucanos, antes poupados. Houvesse mais investigação e menos engavetamento em todos esses anos, o que ele tem a delatar já seria do conhecimento dos investigadores há muito tempo.
A sensação de impunidade de 1998 e 2005 incentivou novos casos de corrupção nos anos seguintes. No último domingo (26), o jornal Folha de S. Paulo trouxe a manchete “Sócio da OAS relata propina a tesoureiro informal de Aécio”. O sócio é o empreiteiro Leo Pinheiro. A propina seria de 3% sobre a principal obra da gestão do tucano no governo de Minas, um faraônico palácio de governo chamado de Cidade Administrativa. O tesoureiro informal citado na manchete é Oswaldo Borges da Costa Filho, do círculo familiar do tucano, e dono do jatinho particular usado pelo senador.
Quando Aécio era governador, nomeou Oswaldo presidente presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), estatal mineira com orçamento bilionário que custeou a obra. A confirmar a delação, Oswaldo seria uma espécie de Sérgio Machado do Aécio e desempenharia na Codemig papel semelhante ao que Dimas Toledo teria desempenhado em Furnas.
Essa delação não surpreende quem acompanha veículos de imprensa alternativos e blogs que não blindam tucanos, pois evidências de malfeitos em torno da obra foram publicadas há mais de seis anos.
A própria licitação da Cidade Administrativa deixa suspeitas claras de combinação para evitar concorrência. Para construir os três prédios, conciliou nove empreiteiras vencedoras (pelo menos seis delas envolvidas na Lava Jato), organizadas em três consórcios. Cada consórcio construiu um dos prédios. Nenhuma empreiteira se repete, nenhuma ganhou a concorrência no lote da outra.
Causa mais estranheza a construção de dois prédios iguais (com a mesma técnica construtiva e os mesmos materiais) ter sido dividida em dois lotes: um consórcio de três empreiteiras ganhou a construção de um prédio, e outro consórcio (também de três empreiteiras) ganhou a construção do outro prédio, e ambos ficaram praticamente igualzinhos.
Ora, se um consórcio ganhou um dos prédios com preço menor, teria de construir os dois, pois nada justifica pagar mais caro pelo outro praticamente igual. Se os preços foram iguais, a caracterização de formação de cartel fica muito evidente.
A oposição aos tucanos em Minas chegou a denunciar o fato, blogs publicaram e um inquérito chegou a ser aberto em Minas. Mas a necessária investigação fica nas gavetas durante anos sem se aprofundar. De novo o sistema judiciário se move apenas por atos extremos: ou engavetamento ou delação.
Deixando Aécio de lado, lembremos do caso Sanguessuga de 2006. Provas robustas, dezenas de parlamentares e prefeitos indiciados, parte denunciados. Mas cadê a condenação? Muitos deputados daquele escândalo estão aí até hoje reeleitos, inclusive votando no impeachment. Um exemplo recente é o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). Quando a aceitação da denúncia foi a julgamento, nem chegou a se tornar réu, pois já estava prescrito.
A política estaria mais decente, o Congresso Nacional estaria mais limpo, e os governantes honestos livres de achaques, se o sistema judiciário trocasse o excesso de prisões preventivas que ao longo do tempo não traz maiores consequências na redução de crimes, por investigações efetivas e condenações definitivas, com menos engavetamento. E corruptores e corruptos teriam mais medo de descumprir a lei se as delações não fossem tão premiadas como têm sido.
Hoje virou heresia criticar excessos de delações e prisões preventivas. Mas será que a opinião pública continuará aplaudindo quando a revista Caras fizer uma edição sobre a doce vida de delatores milionários presos a suas tornozeleiras eletrônicas? Isso enquanto o cidadão trabalhador honesto é condenado a levar uma vida de privações, por políticas de combate a corrupção tão disfuncionais que levaram Michel Temer ao poder para impor “austeridade” à classe média e aos mais pobres, enquanto as grandes fortunas, inclusive com tornozeleiras, continuam não sendo tributadas.