quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Criador da Dilma Bolada critica sua inspiradora no Facebook



Publicitário Jeferson Monteiro, conhecido como aliado incondicional da presidente, a quem só 
elogia, postou duras críticas contra Dilma depois de notícias sobre a reforma ministerial; 
"Dilma não precisa do meu apoio no Governo dela, nem o meu e nem do apoio de ninguém que 
votou nela. 
Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que 
ela se mantenha lá onde está", escreveu, acrescentando que a presidente "pagou com traição a 
quem sempre lhe deu a mão", em referência a seus eleitores. Mas ressaltou, em outra mensagem, 
não ver motivos para impeachment, apesar das críticas. "Sou contra a saída de Dilma porque 
respeito a democracia e nossas instituições e não porque apoio a gestão dela. Uma coisa não tem 
nada a ver com outra. Dilma fica e vai até o final porque esse é o combinado. Que sirva de lição 
para a próxima".
A postagem foi feita um dia depois da notícia de que a presidente cedeu e deverá entregar sete 
ministérios ao PMDB na reforma administrativa do governo. Ao responder um comentário em sua 
postagem, Jeferson escreveu que a personagem Dilma Bolada não vai acabar, mas que "...a 
Rousseff e seu Governo sim".


 

 

CIRO: SE CANDIDATO, VOU VENCER!


O que vai salvar a Dilma de um impeachment é o povo!

O Conversa Afiada reproduz da RedeTv entrevista de Ciro Gomes, que já tinha dito à TV Afiada que
pode ser candidato: Ciro Gomes disse:
- Lula quer voltar;
- parte da campanha Golpista é para queimar o Lula e a Dilma, para evitar o Lula;
- o PSDB não aguenta fica 16 anos fora do poder;
- Eduardo Cunha é o bandido maior;
- Aécio não tem preparo e por isso violenta a memória do Tancredo;
- Cerra passou. Graças a Deus!;
- Marina queria que a gente assumisse um compromisso internacional dizendo que a energia hidráulica não é renovável!;



 - Lula não caiu no mensalão porque tinha o povo;
- o que vai salvar a Dilma de um impeachment será o povo;
- hoje há uma mágoa, mas o povo ainda pode se reconciliar com ela;
- o Governo mentiu: votamos numa coisa e recebemos outra;
- o PMDB quer saber onde tem lugar para roubar;
- Ciro não participaria de um Governo que não é nosso, mas do PMDB;
- Ciro não participaria de um Governo do PMDB;
- sobre FHC e o "pacto da Dilma com o demônio" - FHC pode andar nu, e a imprensa é complacente com ele;
- Dilma replica o que FHC fez;
- quem comandava o mensalão do PMDB no Governo do FHC era o mesmo Eliseu Padilha;
- o líder do FHC no Senado era o Romero Jucá;
- Michel Temer transformou a coordenação política a uma distribuição de cargos;
- e depois lava as mãos;
- quando precisou , FHC comprou voto com dinheiro, por R$ 200 mil pessoas, na reeleição;
- impeachment trará vinte anos de ingovernabilidade no país;
- operação da Caixa com dinheiro do Bolsa Família não é pedalada, não é crime!;
- não foi ela quem fez, mas o Secretario do Tesouro;
- isso não é razão para impeachment e ponto final!;
- Michel Temer é um sem-voto - 71 deputados de São Paulo e ele era o menos votado!;
- se o Temer assumir, vou exigir o impeachment dele no dia seguinte!;
- duas tarefas hoje: defender a Democracia e brigar para a Dilma mudar;
- estou na linha de frente, encabeço movimento contra Temer;
- Golpe agora não é sargentada, mas via manipulação das instituições para dar versão jurídica ao Golpe;
- TSE aprovou por unanimidade contas da campanha da Dilma e teve a coragem de reabrir a votação;
- se o TSE condenar a Dilma, assume o Aécio, o segundo colocado: com que cara íamos ficar? qual a governança?;
- povo não suporta Golpe!;
- Fernando Henrique fez pedalada a rodo, o Lula também!;
- a única qualidade moral do Helio Bicudo é ser ex-petista! que legitimidade ele tem?;
- Temer conspira de forma vulgar: nunca vi vice se mexer tanto;
- se eu for presidente vou fazer o que precisa ser feito e pode haver crises de popularidade;
- são os ricos que mandam na mídia;
- popularidade se apura é na eleição;
- essa escalada de ódio, agredir pessoas no individual daqui a pouco vira briga de rua;
- eu digo à Dilma o que digo aqui agora, com todo o respeito;
- ela é uma senhora - essa agressividade contra ela... se eu pego um cara desses ele vai se ver comigo!;
- essa austeridade fiscal é estúpida;
- essa alternativa do ajuste é que não presta;
- a picaregatem está novelizada no horário nobre;
- no Plano Real, nosso rating era zero!;
- a Marina é esse negocio de todo mundo é podre e eu sou santa;
- Marina é o ambientalismo difuso;
- que autoridade moral tem o PSDB depois de votar contra o Fator Previdenciário e a CPMF?;
- o PT tem que fazer auto-crítica;
- o PT se encantou com o carrão preto;
- a Petrobras vendeu uma refinaria na Argentina abaixo do preço e comprou Pasadena acima do preço;
- a Graça fechou um monte de off-shores da Petrobras;
- a Lava Jato não vai fazer milagres;
- quem soltou a Polícia Federal foi o Marcio Thomaz Bastos;
- e a Policia Federal do Fernando Henrique? O Procurador dele era o Engavetador;
- na Democracia tudo se resolve!
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O QUE MAIS EDUARDO CUNHA TEM QUE FAZER PARA SER DETIDO?


O extraordinário caso de impunidade do presidente da Câmara

por : Paulo Nogueira

Intocável
O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para que o detenham?
Assaltar um banco à luz do sol? Bater na sogra no Dia das Sogras?
Um, dois, três, quatro, cinco depoimentos coincidem em acusá-lo de coisas pesadíssimas no terreno
da corrupção.
Daqui a pouco não haverá mais dedos para fazer essa contagem macabra.
E o que se vê é Eduardo Cunha conspirando como se estivesse livre de qualquer suspeita.
Sabe-se que ele quer agora derrubar uma decisão, a um só tempo, do STF e de Dilma, a que vetou
dinheiro de empresas nas campanhas.
Cunha tenta achar uma gambiarra que permita a manutenção dessa que é a fonte primária de
corrupção no país.
Em qualquer situação, seria um acinte. Nas presentes circunstâncias, é um crime de lesa pátria.
Como sempre, ele legisla em causa própria. Cunha simplesmente não existiria sem os milhões que as
empresas investem nele para que, no Congresso, defenda os interesses delas.
Ele se elege com este dinheiro e, como sua capacidade arrecadadora é enorme, ajuda a eleger outros
políticos que comerão depois em sua mão.
Foi assim que virou presidente da Câmara.
Tantas evidências se acumulam contra ele e Cunha age como um Napoleão do Congresso, para
vergonha do país.
Por que essa impunidade não termina?
Cunha simplesmente desmoraliza a tese de que o Brasil trava um combate épico contra a corrupção.
Ao contrário, ele reforça a suspeita de muitos de que este combate épico é seletivo, cínico e
demagógico. É fácil engaiolar Dirceu, Genoíno, Vaccari. E virtualmente impossível dar o mesmo
destino ao outro lado, mesmo com a folha corrida de um Eduardo Cunha
Fiz a pergunta que abre este artigo no Facebook: o que Cunha tem que fazer para responder por suas
delinquências?
Uma resposta foi aplaudida por muitos internautas: filiar-se ao PT.
Parece que esta é uma condição na Lava Jato de Moro e da PF: ser do PT.
Rir ou chorar?
Os filósofos sempre recomendaram rir da miséria humana em vez de chorar.
Riamos, então, da miséria da Justiça brasileira.
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Chico Buarque e o tempo da delicadeza



POR FERNANDO BRITO

Pode parecer estranho aos jovens, mas o Brasil já viveu um tempo de delicadeza, mesmo em meio a
uma realidade opressiva e sangrenta como aquela da ditadura em que vivi minha infância e 
adolescência.
Porque a crueldade e a burrice eram as oficiais, mas as pessoas – a imensa maioria – eram gentis, 
algo que parece estar demodê.
Vendo pedacinhos do documentário “Chico Buarque – Um artista brasileiro”, de Miguel Faria Jr. (o 
que reproduzo abaixo e o doFantástico, também muito bom), que estréia amanhã, no Festival de 
Cinema do Rio, senti vontade de agradecer a Chico ter sido um dos que proporcionou a minha (e a 
várias) gerações este privilégio.
Não perco tempo em falar sobre sua obra, a poesia, o ritmo, a coerência, a combatividade que lhe 
valeu um exílio, a brasilidade e tudo o que todos aprendemos a ver nele.
Fixo-me no que mais precisamos agora, do que nos faz tanta falta, o tempo de delicadeza que sempre 
está presente nele e tão ausente de nós, hoje, na vida brasileira.
E me sirvo de quem escreve muito melhor isso, ele próprio: “Pretendo descobrir/No último 
momento/Um tempo que refaz o que desfez/Que recolhe todo sentimento/E bota no corpo uma outra 
vez”.

QUEM GANHA COM DESERÇÕES NA ESQUERDA?



por Breno Altman 

Atravessando crise brutal e alvo de ataques incessantes da velha mídia, o PT sofre sangramento sem transfusão em suas bancadas parlamentares e representações executivas, mas menos do que previsto, ao menos até o momento.
Perdeu um punhado de prefeitos em cidades pequenas, concentradamente em São Paulo, mas ganhou outro tanto no Piauí, em Minas e na Bahia, estados nos quais governa e pode oferecer algum atrativo a quem tem olhos postos nas eleições do próximo ano.
Não se pode menosprezar, no entanto, o impacto da saída de Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, ou a do importante deputado Alexandre Molon, o mais votado entre os parlamentares petistas do Rio de Janeiro.
O primeiro foi direto para o colo da direita, inscrevendo-se no PSD de Kassab, enquanto o segundo registrou-se na Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.
Outras defecções ainda podem ocorrer.
O PCdoB também teve perdas em sua bancada, com dois dos dez parlamentares – o ex-judoca João Derly (RS) e Aliel Machado (PR) – pedindo baixa em sua filiação e também buscando oportunidades na sigla da ex-senadora acreana.
Não é fácil a vida de partidos progressistas, afinal, quando um governo do qual fazem parte gira contra sua própria base social e bate recordes de impopularidade.
A combinação entre desalento programático e possível definhamento eleitoral seiva o ambiente de ruptura tanto para militantes legitimamente dissidentes dos rumos adotados quanto para quadros afoitos por salvar o pescoço sem maiores compromissos com projetos coletivos.
Mas o curioso é que o PSOL, com todo o espaço para se apresentar como alternativa de esquerda e “diferente de tudo que está aí”, além do mais poupado pela imprensa, com alguns de seus integrantes adulados por certos veículos, tenha sofrido perdas relativas até piores que as de PT e PCdoB.
Não tem mais senadores, com o descolamento de Randolfo Rodrigues, e foi-se embora seu único prefeito de capital, o de Macapá.
Despediu-se definitivamente a vereadora Heloisa Helena, de Maceió, estrela máxima do partido em seus primeiros anos, a partir de agora também aderida à agremiação liderada por Marina.
Ganhou a adesão do deputado Glauber Braga e do vereador Brizola Neto, mas isso só prova que o partido continua, como opção viável e atraente, limitado ao Rio de Janeiro. Mesmo assim, fraquejando: o deputado estadual Paulo Ramos, o vereador carioca Jefferson Moura e seu colega de Rezende, Dr. Julianeli, também pegaram o chapéu e saíram de mansinho, igualmente tendo a Rede como destino.
O que está acontecendo, enfim, é mais um indício de que a derrota eventual do PT e do governo não carrega em seu bojo o fortalecimento de uma suposta esquerda da esquerda, mas a escalada das forças mais conservadoras.
A polarização política, mesmo ameaçada a médio e longo prazo, ainda está marcada pelo confronto entre dois campos blocados, um liderado pelo PT e outro pelo PSDB.
Esta é a expressão institucional do conflito entre esquerda e direita, trabalhadores e oligarcas, pobres e ricos. Uma disputa ao redor da qual, a propósito, se organizam o Estado e a sociedade há mais de vinte anos.
Não há qualquer sinal que o esvaziamento ou a derrocada do bloco petista criaria chances de uma alternativa à esquerda.
Enfraquecida, a hipótese principal de superação desta bipolaridade está ao centro, com uma costela oriunda do campo progressista (como é o caso da Rede) ou uma fração do conservadorismo governista (a exemplo do PMDB) assumindo o papel de liderar um bloco de partidos e classes capaz de reordenar a hegemonia burguesa no país, sobre os eventuais escombros do processo comandado pelo PT desde 2003.
A despeito das ilusões nas franjas aparentemente mais radicalizadas da esquerda, as correntes progressistas, gostem ou não da ideia, só terão futuro se forem capazes de resistir à ofensiva conservadora em curso, pressionando pela mudança de rumo do governo Dilma e viabilizando o aprofundamento da agenda vitoriosa há quase treze anos.
Fora dessa equação, o caminho que estará aberto é o da contrarreforma e o da restauração conservadora, pela via que tiver mais condições de sepultar a experiência petista por uma ou duas gerações, enterrando junto as demais variáveis de esquerda.
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A ‘arrogância e antipatia’ de Mercadante segundo Dirceu


A presidente Dilma Rousseff cedeu ao seu antecessor e decidiu retirar o ministro Alozio 
Mercadante da Casa Civil. Para esse posto vai Jaques Wagner, atualmente ministro da Defesa.

Pouco antes de ser preso pela primeira vez, Dirceu conversou informalmente com jornalistas em seu 
apartamento de São Paulo.
A conversa caiu, em certo momento, sobre o governo Dilma. Mais, especificamente, para 
Mercadante, hoje afastado da Casa Civil, cargo que ele, Dirceu, ocupou no primeiro governo Lula 
em seus tempos de fausto.
Dirceu fechou o rosto ao falar de Mercadante, a quem classificou como uma das maiores arrogâncias 
e antipatias da República.
E com uma imagem encerrou o assunto: “Se ele entrar aqui nesta sala agora, não cumprimenta 
ninguém.” 

Depois de muitas insistidas por alas do PT e principalmente pelo ex-presidente Lula, a presidente 
Dilma Rousseff decidiu ceder e tirar da Casa Civil o ministro Aloizio Mercadante, considerado por 
ela o principal aliado do Planalto.
A mudança acontecerá em um momento crucial para o governo, que precisa de votos no Congresso 
para manter os vetos da presidência da República a medidas que prejudicariam o ajuste fiscal e 
também para barrar um eventual processo de impeachment.
Mercadante, porém, não deixará o governo. Ele deve voltar a assumir o ministério da Educação, 
pasta que já comandou por dois anos e que hoje está com Renato Janine Ribeiro, da cota da 
presidente. 
Dilma já teria conversado com Mercadante na noite desta terça-feira e lamentado ter de abrir mão de 
seu grande assessor. 
O nome mais cotado para a Casa Civil é o do atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, defendido 
por Lula desde o ano passado. Ele foi chamado para uma conversa com Dilma na noite de ontem no 
Palácio do Planalto.
Aldo Rebelo, ministro da Ciência e Tecnologia, deverá assumir a Defesa no lugar de Wagner. 
Segundo o colunista Ricardo Noblat, Wagner passou o dia no Planalto nesta terça reunindo as 
informações necessárias para a mudança de função.
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Quantos tiroteios a PM forja por dia para incriminar as vítimas?



por : Mauro Donato

Após encurralar e render o menor Eduardo Felipe Santos Victor, cinco policiais da UPP (Unidade de 
Polícia Pacificadora) do Morro da Providência atiraram e mataram-no. Eduardo tinha 17 anos e havia 
levantado as mãos. Segundo testemunhas, ele tinha envolvimento com o tráfico.
Depois de atirar à queima-roupa, um dos policiais então coloca um revólver na mão de Eduardo e 
efetua dois disparos utilizando o dedo indicador da vítima. Isso comprovaria que: A arma teria sido 
usada contra os policiais; Eles teriam atirado em legítima defesa; o exame residográfico acusaria 
pólvora na mão do atirador.
O clássico “auto de resistência”.
Tudo certinho não fosse ele, o onipresente celular. Uma testemunha registrou tudo em vídeo. A 
armação não se sustentou em pé por mais que algumas horas.
A corregedoria da PM determinou a prisão dos cinco policiais da UPP que foram levados ao 4º DP 
onde, na noite de ontem, dezenas de pessoas moradoras do Morro da Providência protestaram. O 
Batalhão de Choque foi chamado para conter os indignados e lançou bombas de efeito moral para … 
bem, para moralizar, eu acho.
Que moral tem a polícia hoje em dia?
O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que “repudia atos como esse” e que irá 
determinar “rigor nas investigações” e “punição exemplar” e blablabla.
Outros militares, em entrevistas, também repetem o discurso de não se poder avaliar toda uma 
corporação tomando por base um “caso isolado”, algum comandante/major/tenente disserta sobre 
“frutas podres”.
Quantos casos iguais a esse ocorreram? Não faz nem uma semana debatíamos isso em virtude de 
caso semelhante ocorrido no bairro do Butantã em São Paulo.
No Rio de Janeiro, o número de mortes decorrentes de autos de resistência teve um aumento de 
48,2% se compararmos o mês de fevereiro deste ano com o mesmo período de 2014. Foram 83 
mortes em apenas um mês. São muitas as frutas podres então, concorda?
Está mais que na hora de debater de onde vêm essas frutas podres. Já chegam assim à corporação ou 
tornam-se podres após o ingresso?
Eduardo aumentará a estatística divulgada em estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança 
Pública na qual um jovem negro tem 25 vezes mais chance de ser assassinado do que um branco.
Não importa se Eduardo tinha ou não envolvimento com o tráfico. Foi assassinado e sua cor e 
condição social têm muito a ver com isso. Fosse um rapaz branco de classe média, seria detido e 
polícia e mídia o tratariam como “acusado de tráfico”.
É assim sempre e não foi diferente com Pedro Henrique Sequeira, de 29 anos, e Thyago Barcellos 
Teixeira, 27, presos em março deste ano no mesmo Rio de Janeiro. Eles estavam com 300 quilos de 
maconha mas foram tratados como suspeitos e todos os verbos conjugados no modo condicional.
A missão da polícia é prender, não sentenciar e executar. Não tem que acariciar o fuzil e dizer: “Olha 
o meu bebezinho aqui. Neném vai cantar, né? Neném vai cantar para o bandido mimir”, como 
fizeram há poucos meses policiais do Batalhão da Maré.
Na ocasião, a Polícia Militar do Rio informou que os PMs receberiam “orientações educativas 
quanto à postura esperada deles enquanto servidores públicos.” De duas, uma: ou as orientações não 
estão sendo ministradas ou elas vão no sentido de ensinar o fuzil a cantar mesmo.
Os justiceiros andam assombrando o país. Com ou sem farda. E essas frutas podres que vêm no cesto 
dos Bolsonaros da vida ainda nos trarão imensos problemas. Anote aí.
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AÉCIO DESAFIA O STF E DEFENDE DOAÇÕES PRIVADAS


"Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves discordou, nesta terça (29), da decisão do 
Supremo que proibiu as doações empresariais para as campanhas eleitorais; segundo o tucano, 
a decisão do STF "sem a devida discussão pode estar, no futuro, nos remetendo ao tempo do 
Caixa 2, ao tempo em que aqueles que têm estrutura política, portanto que detêm nacos de 
poder e são governo, terão uma prevalência, terão um favorecimento muito grande em relação 
aos outros candidatos"; para Aécio, a decisão que deve prevalecer é a tomada pelo Congresso e 
não a do STF; o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, no entanto, já estabeleceu que 
a posição da Corte é superior; a presidente Dilma vetou nesta terça o trecho do projeto que 
permitia as doações empresariais

Brasil 247

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves discordou, nesta terça-feira (29), da decisão do 
Supremo Tribunal Federal que proibiu as doações empresariais para as campanhas eleitorais. Em 
coletiva, o tucano citou algumas posições tomadas pelo STF que, segundo ele, geraram 
consequências negativas. Aécio defendeu que o Congresso vote a proposta de financiamento das 
campanhas mesmo após o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski afirmar que o projeto não 
terá validade.
"Acho que é necessário que se vote aqui, independentemente de qual seja o resultado. Quero aqui 
externar uma preocupação que tenho com essa decisão do Supremo, tomada obviamente com a 
melhor das intenções. Da mesma forma em que foi muito bem intencionado que o Supremo, lá atrás, 
por exemplo, revogou a cláusula de barreira, que havíamos, em um trabalho muito árduo, aprovado 
aqui na Câmara. Isso trouxe como consequência um número enorme de partidos políticos. Hoje, se 
ela estivesse funcionando, ou vigendo, teríamos 7 ou 8 partidos políticos no país. Temos 30 partidos 
políticos no Congresso. Foi com a melhor das boas intenções que o STF definiu que o mandato 
pertencia aos partidos, mas criou uma saída, para os novospartidos é possível que se mude e que se 
leve o tempo de televisão e uma parcela do fundo partidário. A consequência qual foi? Essa 
proliferação de novos partidos políticos por coisas inusitadas. Partidos que já nascem garantindo uma 
coligação com outro determinado partido, que são tudo, menos partidos políticos", afirmou Aécio.
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FACHIN ENQUADRA PAVÂO DE DIAMANTINO


Ministro (sic) pensa que manda no Supremo!

Na Rede Brasil Atual: Fachin: fim de doações de empresas vale para 2016 e não precisa ser 
rediscutido

Ministro explicou que agora caberá ao TSE regulamentar a decisão, decidindo como será 
aplicada quais serão os mecanismos de fiscalização e controle para o seu cumprimento

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fachin defendeu hoje (28), em 
entrevista ao programa Brasilianas.org, da TV Brasil, que a proibição da doação de empresas a 
partidos políticos já está valendo para as próximas eleições, em 2016, conforme a decisão tomada 
pelo STF no dia 17 de setembro último. O ministro Gilmar Mendes defende que a Corte retome o 
debate e defina a vigência da decisão.
"Eu estou subscrevendo o entendimento de colegas ministros daqui da corte que, na sua composição 
majoritária, pelo menos até o presente momento, entendem que essa decisão já é aplicável para as 
próximas eleições. A decisão tomada aqui é uma decisão já publicada e que está já surtindo os seus 
efeitos", disse Fachin.
O ministro explicou que agora caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentar a decisão, 
decidindo como será aplicada e quais serão os mecanismos de fiscalização e controle para o seu 
cumprimento. A decisão foi consequência de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 
que questionou artigos da lei dos Partidos Políticos e da lei das Eleições.
O ministro Luiz Edson Fachin foi empossado no STF em junho deste ano, ocupando a vaga deixada 
pelo ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado. Fachin foi indicado para 
o cargo pela presidenta Dilma Rousseff.
Durante a entrevista, indagado se o STF está tomando posições mais liberais em comparação a um 
Congresso Nacional mais conservador, tratando de questões, por exemplo, como adescriminalização 
das drogas, ele disse que é importante que o tribunal atue para garantir espaços de liberdade 
individual em conformidade com a Constituição.
Disse, no entanto, que não cabe ao Judiciário interferir no Legislativo e que questões do outro poder 
são tratadas quando há descumprimento, seja da lei, seja do regimento interno. "Ai o Judiciário pode 
e deve examinar para que a Constituição seja cumprida".
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Zé Ruela Cardozo se omite diante de grampo ilegal da PF!


Com um Ministro da Justiça desses o Lula passa o Natal na cadeia!

Na FalhaRelator da CPI da Petrobras, deputado petista critica ministro da Justiça e PF

O relator da CPI da Petrobras da Câmara, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), criticou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e a Polícia Federal por não colaborarem com os trabalhos do colegiado.
Em sessão da CPI nesta terça-feira (29), Luiz Sérgio queixou-se do fato de Cardozo não respondido a um requerimento enviado pela CPI.
Segundo o deputado, tratava-se de um pedido de informações sobre a investigação do episódio em que foi encontrada uma escuta na cela do doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba.
No primeiro momento, de acordo com Luiz Sérgio, o ministro afirmou que a colocação do esquipamento foi ilegal, sem amparo de uma decisão judicial, e adiantou que uma sindicância deveria ser concluída em 30 dias.
A CPI, então, emitiu nova solicitação 60 dias depois, ainda segundo o deputado petista, que jamais foi respondida pelo Ministério da Justiça. O silêncio de Cardozo irritou Luiz Sérgio.
"(São) questões nebulosas que trazem preocupação a esse relator. Não estamos conseguindo avançar porque não estamos tendo colaboração", afirmou o parlamentar.
(...)

Por que a Dilma não manda o embora?
Porque o zé presta um serviço inestimável.
Ele é o petista não-petista!
Ocupa um posto do PT e se presta a combater o PT, por omissão!
Perfeito!
E deixa o campo aberto ao Moro, aos procuradores que preferem esquecer do sombra do Banestado
e aos delegados grampeadores - eles morrem de medo do Fanton.
Com esse Ministro (sic) da Justiça o Lula passa o Natal na cadeia!
É ou nao é uma serventia!
Dilma, chama o Jobim de volta!
Em tempo: o Brizola dizia que o PT é a UDN de tamancas. É porque ele não conheceu o zé. Se tivesse conhecido, ele diria que o zé é a UDN de ... cócoras !-

Paulo Henrique Amorim
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Eduardo Cu...nha chega a dar saudade de Severino Cavalcanti



No Blog da Cidadania

Lembra-se de Severino Cavalcanti? Ele foi presidente da Câmara dos Deputados entre 14 de fevereiro e 21 de setembro de 2005. Seu mandato deveria ser de dois anos, mas foi abreviado por um cheque de dez mil reais.
Aqui vai uma ajuda-memória para o leitor avaliar que éramos felizes e não sabíamos.
Em 2005, surgiram denúncias de que havia na Câmara pagamento de “mensalinho”, um esquema de propinas em que o então presidente da Casa, Severino Cavalcanti, estaria envolvido.
Naquele ano, foi mostrada, em rede nacional, cópia do cheque utilizado para pagar ao presidente da Câmara o “mensalinho”. Sebastião Buani, o dono de um restaurante da Câmara, acusou Severino de cobrar-lhe a mensalidade de 10 mil reais sob ameaça de fechar o estabelecimento.
Em 21 de setembro, Severino renunciou à Presidência da Câmara e ao mandato de deputado federal em decorrência das denúncias.



Bons tempos aqueles, não? Hoje, denúncias incomparavelmente mais graves nem fazem cócegas no atual dono da Presidência da Casa dos Representantes do Povo.
Senão, vejamos:
O lobista João Henriques acaba de se juntar à fila de delatores que acusam o presidente da Câmara dos Deputados de ter recebido 5 milhões de dólares de propina. Com essa nova delação, já são cinco os investigados da Lava Jato que acusam Cunha de se beneficiar do esquema de corrupção na Petrobras.
Como bem notou o colunista da Folha Bernardo de Mello Franco, “Nenhum outro político foi citado por tantas testemunhas do escândalo. Mesmo assim, ele continua no cargo e ainda articula a abertura de um processo de impeachment contra a presidente da República”.
O doleiro Alberto Youssef, o lobista Júlio Camargo, o ex-gerente da Petrobrás Eduardo Musa, o lobista Fernando Baiano e, agora, o lobista João Henriques fazem a mesma acusação.
Cunha, porém, nunca esteve mais forte. Na Câmara, ninguém sequer cogitou abrir um processo contra ele. No STF, a denúncia do procurador-geral da República não anda. Na mídia, quase não se fala dele – do contrário, já teria caído.
Como se pode ver, essa Operação Lava Jato só tem um objetivo: desgastar o PT e fragilizar o governo Dilma. Qualquer tentativa de atribuir algum caráter saneador a essa aventura não passa de cinismo.
Diante da quantidade de acusações que pesam contra Cunha, se a Câmara não se mexe o Judiciário e o Ministério Público deveriam estar pedindo que fosse afastado do cargo. Porém, vão empurrando com a barriga.
Enquanto isso, o ex-tesoureiro do PT permanece preso sabe por que? Por ter sido acusado por um delator. Não cinco, como no caso de Cunha. Para prender um petista, basta uma acusação sem provas. Para prender um antipetista, não há prova que baste.
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A SIMBOLOGIA DE HADDAD EM CLASSE ECONOMICA


Clap, clap, clap

por : Paulo Nogueira

É uma maravilha, do ponto de vista da simbologia, o prefeito Haddad viajar de classe econômica.
Um homem público não é apenas o que ele fala e faz: é também o que transmite.
O Brasil é indigente no capítulo da frugalidade simbólica na política.
E o mundo tem exemplos formidáveis. Cito dois deles, Francisco e Mujica.
Francisco andava de táxi por Buenos Aires quando cardeal, e foi para o conclave do qual sairia papa 
de classe econômica.
Mujica é seu Fusquinha azul.
Mesmo políticos conservadores estão agindo de acordo com os tempos agudos de crise mundial. 
Dias atrás, o premiê inglês David Cameron foi flagrado na classe econômica de um voo a caminho 
de Portugal, a serviço.
Compare esse tipo de coisa ao que vigora no Brasil.
Aécio fez 124 viagens para o Rio no avião de Minas nos dias de governador para fazer jus a sua 
fama de garoto do Leblon.
Joaquim Barbosa, quando presidente do STF, pegou o jato da FAB, encheu de jornalistas amigos e 
foi fazer uma palestra de majestosa insignificância na Costa Rica.
Você poderia e deveria esperar que, com o PT no poder, os governantes dariam um exemplo de 
simplicidade.
Não foi, no entanto, o que ocorreu. Mercadante, segundo um levantamento divulgado por Boechat, é 
um dos maiores usuários de voos ao estilo tristemente consagrado por Aécio.
Nem Lula e nem Dilma foram eficientes neste quesito, e é uma pena. Sobretudo Lula, faz tempo que 
é muito mais comum vê-lo se deslocando em jatos e helicópteros de amigos plutocratas do que como 
um mortal comum num avião.
Esse tipo de comportamento alimenta a descrença da sociedade na política, o que é péssimo para o 
país.
Na Escandinávia, chefes de governo e ministros costumeiramente vão trabalhar de bicicleta.
A jornalista e escritora Claudia Wallin contou, em seu livro Um País sem Excelências nem 
Mordomias, o caso de uma líder política sueca que se encrencou por usar táxi em vez de trem em 
seus descolacamentos.
O Brasil precisa de uma mudança de mentalidade.
Ver Haddad na classe econômica é um passo para isso. Pequeno, tímido, é verdade.
Mas, como diz a sabedoria oriental, toda caminhada começa no primeiro passo.
Haddad deu este passo.
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As viagens do Aécio? "Muito adequadas" Qua...qua...qua....



10 coisas que você não vai ver no programa do PSDB na TV

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) listou, em sua página no Facebook, 10 assuntos que não serão vistos no programa do PSDB veiculado esta semana nas emissoras de rádio e TV. Confira a lista de temas censurados pelos tucanos.

1) Explicação sobre os 124 voos particulares de Aécio com dinheiro público;

2) Defesa do financiamento privado de campanha, apontado por especialistas como a principal causa da corrupção;

3) Sob gestão tucana, o estado de São Paulo sofre diariamente com a crise da água;

4) Por que eles querem privatizar o Pré-Sal, a maior jazida de petróleo do mundo, retirando bilhões da saúde e da educação dos brasileiros;

5) Explicação sobre a propina de R$ 5 milhões recebida por Aécio, segundo depoimentos da Lava Jato;

6) Como o Senador Aécio Neves usou recursos públicos para construir um aeroporto particular em propriedade familiar;

7) Explicação sobre a compra de votos para a PEC da Reeleição de FHC;

8) Por que FHC extinguiu a comissão especial para apurar a corrupção no Brasil;

9) Na era FHC o Brasil era recordista na criação de impostos;

10) Sem perspectiva de voltar a governar o país pelo voto do povo, o PSDB é a favor do Golpe.
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Levy no Ministério é o Ronaldinho no Fluminense?


Nove jogos, nenhum gol; nove meses, só retrocessos econômicos.

POR FERNANDO BRITO

Mesmo sendo imprópria, a comparação do desempenho de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda guarda certa semelhança com o craque Ronaldinho em sua reaparição no Fluminense.
Antes de tudo, não queiram mal a estes comentários, porque o escriba é tricolor doente desde que guarda de cor na memória o esquadrão de 69/70: Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denílson, Samarone e Lulinha; Wilton, Flávio e Lula, com entradas constantes de Cláudio e Gilson Nunes.
Não se diga que Ronaldinho não deu certo porque lhe faltou apoio, assim como era esperado que os adversários lhe criassem dificuldades, mesmo com todas as cortesias de tapinhas nas costas e pedidos de camisa. Adversário faz isso, embora os de hoje estejam na base das botinadas.
Da mesma forma, não se diga que faltou apoio dos técnicos do Flu, porque não apenas o escalaram como levaram o time a centralizar nele as jogadas.
Levy teve tanto apoio de Dilma que a fez perder muito politicamente, com a adoção de políticas que contrariavam seu discurso e até, volta e meia, suas opiniões mais profundas, deixando a sua torcida irritada.
Da mesma forma que Ronaldinho, também teve apoio dos companheiros de Ministério: Nelson Barbosa recolheu-se como pôde e os demais, mesmo lutando, como era de se esperar, para preservar a “posse de bola” dos seus orçamentos sempre colaboraram com ele.
Que o time tricolor não estava bem, todo mundo sabe. Não era culpa de Ronaldinho. Mas o esquema de jogo a que a presença dele obrigava não rendia, não dava certo.
Usou-se a terapia de choque com os preços públicos que, é verdade, precisavam ser realinhados. Reforçou-se a defesa com os cortes orçamentários, que recuaram todo o time até a última linha, quase. Fez-se o governo irritar sua torcida, jogando sempre para trás.
Tudo aceitável, a hora é difícil. Estamos perdendo. Mas não se avançou sobre o adversário, não se mostrou força no contra-ataque, mesmo que eventual. Afunilou-se o jogo no centro, com um imposto “neutro” como a CPMF – já cheio de uma carga de “maldição política” que o fez ser rejeitado quando o adversário estava mais fraco, em 2007, e havia a ressalva, adotada aos 45 minutos do segundo tempo, de que ela não incidiria sobre a baixa renda e parte da classe média.
Levy apostou que um mergulho profundo e rápido produziria uma volta triunfante, com uma grande respirada de alívio.
Não duvido que Ronaldinho tenha acreditado que suas cobranças de falta antológicas e seus passes precisos pudessem suprir, também, o volume de jogo que não era capaz de estimular.
Ontem, o craque divulgou um comunicado, em termos gentis, dizendo que se “orgulhou (em) vestir esta camisa” e que não estará mais “em campo mas estarei na torcida pelo sucesso deste grande clube”.
Já a turma de Levy vem fazendo chegar aos jornais a história de que ele está desconfortável, insatisfeito, preparando sua saída. A conversinha rola há tempos, sem desmentido inequívoco e com toda a aparência de vitimização.
Hoje, tem, de novo, uma “pegadinha na Folha: “Aliados de Dilma temem que Levy esteja forçando saída do cargo
É evidente que Levy joga com seu “apoio do mercado”, embora “o mercado” não lhe dê apoio algum, mas certamente se servirá de sua saída – exceto se para seu lugar for escolhido um “tanque de guerra” – para seguir na desestabilização do governo Dilma. Afinal, o que eles querem mesmo é a presidência do clube…
Não é objetivo deste texto leve propor “esquemas táticos” infalíveis, nem deixar de reconhecer que o craque gaúcho sabe muito mais de futebol do que eu, mas me fica melhor impressão de Ronaldinho que de Levy, mesmo que ele tenha feito o Flu correr o risco de passar de um dos líderes do campeonato a um time até ameaçado de rebaixamento, do qual parece estar escapando com a “prata da casa”.
Ah, a propósito: sem esquerdismo, até porque Ronaldinho é destro e ninguém deixou de vibrar quando, de direita, ele fez aquele golaço no jogo contra a Inglaterra, em 2002.
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Guilherme Boulos: É preciso retomar trabalho de base


Nem Lula-2018, nem novo partido. Para líder do MTST, reconstrução exige trocar palácios 
pelas ruas, formular novo projeto de país e retomar “trabalho de base”

Entrevista à Redação de Outras Palavras | Guilherme Boulos faz uma proposta à esquerda

Numa época árida, em que a esquerda brasileira parece incapaz de produzir inovações políticas ou mesmo de se livrar das contradições em que atolou, o MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto – tem despontado como uma fonte singela, mas promissora, de boas surpresas. Há dois anos, a organização voltou a mostrar que é possível mobilizar a sociedade – em especial, os mais pobres – em favor de mudanças estruturais. Três enormes ocupações de terrenos ociosos em São Paulo reacenderam as chamas da Reforma Urbana e de metrópoles para todos.
Mas até que ponto o MTST tem condições de ir além das lutas específicas por moradia e se converter num ator político universal – ou seja, capaz de inspirar e estabelecer diálogos com o conjunto da sociedade? Para tentar encontrar a resposta, a redação de Outras Palavras conversou por várias horas com Guilherme Boulos, o coordenador dos sem-teto com mais visibilidade pública. 
O encontro foi o primeiro de uma série que busca sondar caminhos para algo que nos parece cada vez mais crucial: construir um novo projeto de país, que supere os tímidos avanços dos últimos 13 anos, agora bloqueados pela acomodação e pela recusa a enfrentar o ranger de dentes das elites.
O resultado foi uma vasta entrevista, que começamos a publicar abaixo, em quatro capítulos provocadores. Neles, Boulos expõe sua visão particular sobre a conjuntura brasileira. Sua ideia de que o período de conciliações se encerrou. Sua crítica a uma esquerda que se institucionalizou a ponto de associar mudanças na correlação de forças na sociedade à mera conquista de prefeituras, governos de estado ou bancadas parlamentares. Sua aposta num programa de “reformas de base” semelhante ao que eletrizou o país no pré-1964, mas ausente na fase de “mudanças fracas” que marcou os governos a partir de Lula. 

Você acaba de lançar um novo livro: De que lado você está.Devolvemos a pergunta: de que lado você está, Guilherme Boulos?

Esse título é provocativo. A possibilidade de não escolher lado está ficando mais reduzida na sociedade brasileira. Os doze anos de governo petista foram uma tentativa de construção de uma ideologia do consenso. Não havia lados: era o lado do Brasil, onde estavam Odebrecht, Friboi, sindicatos, movimentos sociais… Um consenso em que, aparentemente, todos ganhavam.
Fizeram-se manejos na política orçamentária que permitiram avanço gradual no salário mínimo, crédito farto, programas sociais e, ao mesmo tempo, lucros recordes no setor financeiro, com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) distribuindo dinheiro para alguns setores escolhidos, particularmente agronegócio e construção.
Quando encolhe a situação econômica, não dá mais para bancar tudo isso. Temos uma primeira explosão em junho de 2013 já como expressão do esgotamento desse modelo de consenso. E isso foi se revertendo numa polarização da sociedade: a que tivemos depois de junho de 2013, nas eleições do ano passado, no primeiro semestre desse ano são expressões da necessidade de tomar lado.
Não há mais condições de pensar a política brasileira sem fazer essa pergunta: de que lado você está? Se está do lado do andar de baixo, dos trabalhadores, das classes populares, isso significa propor reformas estruturais. É muito difícil pensar novos avanços sem tocar no tema distributivo, dos privilégios, das reformas tributária, urbana, agrária, política, das comunicações. Ou então se toma o outro lado, que é o caminho que, lamentavelmente, o governo Dilma Rousseff tem tomado, que é reproduzir um ajuste no pior estilo neoliberal, recessivo, que faz o andar de baixo pagar pela crise.

Haveria condições de o governo tomar outro caminho? A correlação de forças permitiria?

Você pode legitimar as posturas mais conservadoras dizendo que não há relação de forças. Você legitima os doze anos de PT, a aliança com PMDB, fechar acordo com o agronegócio sem fazer reforma agrária, fechar acordo com a construção civil sem fazer reforma urbana, tudo porque não tem correlação de forças. Ora, correlação de forças se constrói.
Quando se tem o Executivo federal na mão, tem-se um instrumento poderosíssimo para alterar relações de forças. Se, ao invés de indicar Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, indicar um ministério vergonhoso, ficar refém do parlamento; se, em vez disso, Dilma tivesse falado no discurso de posse: “Estou mandando um projeto de reforma tributária com taxação de grandes fortunas para a Câmara amanhã.” Iria passar? Claro que não. Mas você criava outra agenda política.
O Congresso ia ter que explicar por que não quer que rico pague imposto. Não íamos estar discutindo redução da maioridade penal. Medidas assim poderiam construir um caldo social: aqueles mesmos setores que se mobilizaram no segundo turno, os movimentos sociais, iriam pressionar o Congresso. Mas não se teve nem opção política, nem coragem de fazer isso. Para eles, o argumento da relação de forças é uma muleta. É de um pragmatismo político rasteiro, que acaba degenerando num conservadorismo em que não há outras saídas.

O que Dilma fez não foi ponto fora da curva. Dada a trajetória do PT e a trajetória pessoal da presidente, era algo esperado. Por que nos tornamos reféns?

Não acho que a gente ficou refém. Se você pensar no posicionamento da esquerda crítica, que alternativas nós tínhamos no segundo turno das eleições? Não sou daqueles que acham que era melhor o candidato do PSDB, Aécio Neves, ter ganhado. Pode-se dizer que, nesse caso, o PT seria forçado a tomar posição. Ora, cá entre nós, que legitimidade teria o PT, hoje, para conduzir uma oposição de esquerda num governo do PSDB depois de doze anos tendo feito o que fez?
Dilma era a alternativa que estava colocada no segundo turno. Não acho que foi um erro dos movimentos sociais, que declararam apoio crítico à Dilma, tê-lo feito. Mesmo antevendo o que aconteceria. Como você mesmo disse, não foi uma surpresa: “Ah, fomos traídos! Depositamos nossa confiança na Dilma e fomos traídos!” Não, nós sabíamos o que estava em jogo e sabíamos as limitações e os níveis de comprometimento do projeto petista.
Dilma teve mais financiamento empresarial do que Aécio no segundo turno. Do ponto de vista do projeto econômico, de comprometimento com as elites, só se iludiu quem quis. O que está colocado, para nós, é precisamente o desafio de pensar política além do processo eleitoral, da institucionalidade e das urnas. Talvez uma das lições que a gente pode tirar de doze anos de PT é que o projeto de tentar provocar alguns avanços dentro desse sistema político, de tentar tensioná-lo, sem mudar nada no essencial… – a lição é que esse projeto se esgotou.
É preciso recuperar algo que tivemos com força na década de 1980, com um ascenso da mobilização social no Brasil, que o neoliberalismo matou e que o PT sepultou. São as ruas como espaço de decisão política, transformação política. Esse é nosso desafio, para além de pensar 2016, 2018 ou ficar se remoendo de 2014.

Mas temos que criar espaço e ampliar espaço a partir de margens estreitas hoje. Para a grande maioria da população, esquerda é PT. Acrítica tanto à onda conservadora quanto ao PT reúne uma parcela reduzida da sociedade

Não concordo. Penso que o campo que defende reformas profundas e estruturais no Brasil talvez nunca tenha sido tão grande. Não nos vejo isolados ou apequenados. Desde a década de 1990 esse campo, ou uma parte dele, importante, colou-se ao projeto e à estratégia petista. Vivemos a consolidação de um discurso fortíssimo dentro do PT – muito antes de 2002 – que era: “Temos que fazer as concessões necessárias para poder chegar ao governo federal. Lá é onde temos que fazer nosso projeto.” Os governos do PT chegaram a ter 80% de aprovação, mais que isso, e não ousaram colocar uma agenda política mais dura no país. Isso é uma opção, é o caminho que o PT trilhou e ao qual uma parte da esquerda brasileira, que defende mudanças estruturais – uma esquerda anticapitalista – ficou muito associada, achando que dava para fazer a disputa por dentro.

Nunca fomos tão grandes, você disse. Num certo sentido, é chocante, mas é verdade, porque estávamos diluídos. Agora, as coisas estão claras. Podemos ser uns 10% da sociedade.

Essa é a vantagem de as coisas ficarem mais claras. A estratégia de fazer mudanças sem grandes rupturas está definitivamente esgotada. Isso cria condições para o nascimento de uma nova esquerda e a construção de um novo ciclo de esquerda no Brasil. Mas é preciso ponderar um ponto. Quando falamos em nova esquerda, logo vem à cabeça das pessoas o Podemos – ou algum movimento ao estilo do Podemos –, da Espanha. Há uma euforia, e acho que justificada, pelo fenômeno Podemos. Ganhou as eleições em Barcelona, é uma força política expressiva com chances reais de ganhar o poder na Espanha. Mas o Podemos nos ensina coisas interessantes. Uma delas é que não se constrói um processo dessa natureza sem centenas de milhares de pessoas nas ruas, que foi o movimento dos Indignados. O Podemos é herdeiro direto disso.
Temos que transformar nosso ânimo com um fenômeno como esse em disposição política de retomar trabalho de base na esquerda. A esquerda tem que se mobilizar, tem que fazer a lição de casa que deixou de lado nos últimos vinte anos. A lição de casa que as Comunidades Eclesiais de Base nos ensinaram na década de 1970 e 1980, batendo de porta em porta. Por que a bancada evangélica está tão forte? Por muitas razões, claro: tem canais de TV, mas, dentre outras coisas, eles fazem trabalho de base nas periferias. Cada rua de qualquer bairro periférico da região metropolitana de São Paulo tem duas ou três igrejas, em garagens, distribuindo panfletos. Esse trabalho de base, que acabou sendo desprezado por uma parte da esquerda, precisa ser retomado. Não vamos reconstruir ascenso de massa no Brasil sem isso. Não surge.

Fundando um partido novo, não é?

Fundar partido a frio não vai resolver o problema político da esquerda brasileira. O que vai resolver é botar a mão na massa e reconstruir capacidade de mobilização social para reverter a relação de forças e aí pensar em instrumentos políticos.

Que agenda poderia aglutinar essas pessoas?

Às vezes, a gente fica esperando uma agenda, uma palavra mágica, pra “pegar”, com a lógica do marketing. Qual é a agenda do Podemos? Qual foi a agenda do Syriza? Agendas óbvias e simples: contra os despejos, contra as políticas de austeridade. Não inventaram a roda! Nada disso. Mas são agendas que tocam em problemas essenciais de uma sociedade capitalista em crise, de um processo de indignação diante da contradição entre os padrões de vida decrescentes e um sistema político voltado para os negócios privados, onde os agentes desse sistema se locupletam com dinheiro público. A partir disso construíram-se palavras de ordem que mobilizaram centenas de milhares – e continuam mobilizando.
O tema que está posto para nós, hoje, é o das reformas populares. São aquelas alterações essenciais na estrutura da sociedade brasileira que, com todas as suas limitações, João Goulart colocou em 1964, tomou um golpe 15 dias depois e então essa agenda desapareceu. O PT não retomou essa agenda, em nenhum momento.
Reforma tributária parece uma coisa abstrata. Mas 51% da arrecadação tributária brasileira no último ano foi sobre o consumo, menos de 4% sobre a propriedade e menos de 20% sobre a renda. É uma coisa impressionante, uma estrutura tributária regressiva: pobre paga proporcionalmente mais imposto que rico. Não temos imposto sobre distribuição de lucros e dividendos, grandes fortunas, herança, remessas de lucros para o exterior. São questões elementares que uma parte do capitalismo mundial fez e que, se fossem feitas no Brasil, dariam as condições econômicas para que não se precisasse pensar em nenhum ajuste fiscal no estilo que está sendo feito.
Reforma do sistema político? Temos uma coisa esquizofrênica. Surgem a cada semana novos escândalos de corrupção, cada um mais evidentemente que o outro ligado ao financiamento empresarial de campanha. Mesmo nesse período, legitima-se o financiamento empresarial de campanha no Congresso Nacional, e a mídia e os paneleiros guardam a panela na gaveta. São questões escandalosas.
O tema da democratização das comunicações, a reforma urbana, a reforma agrária, essas questões estruturais precisam ser condensadas num programa popular. Esta é a saída. Nós temos de reconstruir uma pauta estratégica da esquerda brasileira que é uma agenda de enfrentamentos.
Você vai construir reforma agrária de braços dados com o agronegócio, que recebe créditos públicos? A Odebrecht vai querer uma reforma urbana no Brasil? Os grandes financiadores de campanha vão aceitar uma reforma tributária? Vamos fazer acordo com os donos da mídia para aprovar a democratização das comunicações? É impensável. O PMDB vai aprovar a reforma política? São temas de uma estratégia de conflitos, de tomar lado. É o que precisamos reconstruir no debate brasileiro.

No Brasil, o que poderia organizar uma alternativa com potencial político – de movimento e eleitoral – está mais para uma frente, como o Syriza na Grécia, ou uma rede de cidadãos, como o Podemos na Espanha?

Antes de pensar no formato de incidência eleitoral, nós precisamos pensar no que é o pressuposto para fazer isso de forma mais autônoma. Na situação política brasileira, nenhum formato daria certo se não houvesse, por trás, um amplo movimento social – que nós não temos ainda. Aqui, quem ocupou este espaço de enfrentamento da política tradicional, do discurso da horizontalidade, foi Marina Silva. É uma caricatura desgastadíssima disso. O que também pode ser uma caricatura de frente popular é a eventual articulação para a candidatura de Lula em 2018. Seria mais do mesmo e poderia significar uma forma de o PT se blindar atrás de uma frente que não acrescenta nada em termos de enfrentamento de classes.
Por isso, antes de pensar numa alternativa eleitoral, e talvez independentemente de qualquer alternativa eleitoral, temos de pensar num fortalecimento da luta popular. É importante, hoje, pensar numa estratégia de frente – mas uma estratégia de frente de movimentos, construindo uma unidade popular, fazendo trabalho de base, mobilizando milhares de pessoas pelo país: tanto para enfrentar a ofensiva conservadora como para enfrentar as políticas esgotadas do governo do PT. Precisamos de uma frente que faça isso no Brasil. Ela não é eleitoral, porque, se for, acaba no dia seguinte.
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Nos próximos dias a sequência da entrevista com Boulos, em quatro capítulos:

Boulos detalha a “política das ruas”
Para líder do MTST, Junho de 2013 deve ser visto como ponto de partida. E só será possível superar onda conservadora por meio da mobilização social
“Da crise surgirá uma nova esquerda”
Guilherme Boulos aposta: agravamento das condições de vida levará maiorias a buscar saída não-capitalista. Por isso, ascenso da direita é passageiro
O papel de Marx e o de Freud
Coordenador do MTST fala de sua formação, dos caminhos para transformação política e cultural do país e da possível sintonia entre marxismo e psicanálise
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Proibição de doações de pessoas jurídicas, a festa do $$$ vai acabar



No Blog do Parsifal

Levantamento feito pelo Estadão junto ao TSE mostra que entre 2009 e 2014, os diretórios nacionais 
dos três maiores partidos do País, PT, PMDB e PSDB, receberam um total de R$ 2,951 bilhões entre 
doações e fundo partidário e que desse total, R$ 2,004 bilhões (67,9%) foram doações de pessoas 
jurídicas, agora proibidas pelo STF.
Abaixo a composição da receita dos três maiores partidos do Brasil, de 2009 a 2014:
> Tabela 01


Abaixo a distribuição por partido dos valores arrecadados no período de 2009 a 2014 e o percentual 
correspondente às doações de pessoas jurídicas :

> Tabela 02


Se a proibição de doações de pessoas jurídicas tivesse vigência desde 2009, os três principais 
partidos do Brasil só teriam recebido:

> Tabela 03


Nas receitas das tabelas especificadas estão incluídas apenas as doações feitas aos diretórios 
nacionais dos três partidos. Além destas receitas, os diretórios regionais e municipais, embora com 
raridade, podem receber doações.
Observe-se que o valor de R$ 2,952 bilhões refere-se às receitas arrecadadas, de 2009 a 2014, pelos 
três diretórios nacionais, não incluídas as doações feitas aos candidatos e comitês financeiros em 
época de campanhas eleitorais, que também estão, desde a decisão do STF, proibidos de receber 
doações de pessoas jurídicas.
As campanhas municipais de 2016, portanto, mesmo que se inventem malabarismos criativos para 
burlar a fiscalização dos órgãos competentes e da sociedade civil, deverão inaugurar uma nova 
composição do poder econômico nos pleitos.
É fácil aferir a arrecadação de imposto de renda da população de cada município e, através de médias 
ponderadas, calcular, com base no máximo percentual legal permitido para doações de pessoa 
físicas, o quanto poderá circular nas campanhas de cada cidade.
O que aparecer muito além da curva permitida na meta é caixa 2, 3 ou 4 e aí é só seguir os números 
para verificar quem fugiu da curva.
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PETROLEIROS PEITAM SENADOR ENTREGUISTA (CHEVRON-SP)


É o mesmo que mandou o FHC vender a Vale a preço de banana

No site da FUP (Federação Única dos Petroleiros): FUP em audiência com Serra: "É patriótico 
entregar nossas reservas às multinacionais?"

A FUP participou nesta segunda-feira, 28, de audiência pública no Senado, que debateu a participação da sociedade na gestão do Pré-Sal e os impactos do PLS 131/2015, que retira da Petrobrás a exclusividade na operação dessas reservas e a participação mínima em 30% dos campos. A audiência foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), a pedido do senador Paulo Paim (PT/RS). O senador José Serra (PSDB/SP), autor do PLS 131, participou do debate, que também contou com a presença do diretor da CUT, Vitor Carvalho, além de representantes da NCST, da Aepet e da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul (Socecon).
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, começou sua fala, lembrando que a Lei 12.351/2010, que estabelece o regime de partilha para o Pré-Sal, foi amplamente discutida no Congresso Nacional, durante 15 meses, antes de ser aprovada e que, portanto, não se pode querer "mudar algo que é estruturante para o nosso país por um problema conjuntural pelo qual a Petrobrás está passando".
Ele provocou o senador José Serra, que tem alegado que o seu projeto (PLS 131) é patriótico. "É patriótico a gente entregar nossas reservas para as empresas multinacionais?", retrucou o coordenador da FUP, criticando a argumentação dos entreguistas de que mudar a lei trará novos investimentos para o país. "O setor petróleo no Brasil foi aberto em 1997 e qual foi o investimento que as multinacionais fizeram no nosso país nesses quase vinte anos?", questionou José Maria, ressaltando que sem a Petrobrás, não haveria política de conteúdo nacional, nem o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor.
"Como operadora única e sendo uma empresa do Estado, a Petrobrás é que vai ditar o ritmo de produção do pré-sal para evitar a produção predatória", destacou o coordenador da FUP, esclarecendo que a participação mínima, prevista na lei de partilha e que José Serra quer acabar, é uma prática adotada também no regime de concessão, onde a orientação da ANP é de que a operadora tenha pelo menos 30% do campo.
José Maria Rangel provocou os parlamentares, declarando que "nesse momento, o Senado e a Câmara deveriam estar gastando energia, buscando resolver os problemas da Petrobrás". Ele afirmou ainda que o governo tem que assumir sua responsabilidade como acionista majoritário da Petrobrás e financiar os projetos da empresa. "Isso não é novidade. Na crise do capital, em 2008, o governo Obama investiu 30 bilhões de dólares na General Motor e investiu agora 10 bilhões de dólares nas empresas exportados de gás dos Estados Unidos", lembrou ele.
Ao encerrar a sua fala, o coordenador da FUP fez um chamado ao Congresso Nacional, ao governo e à sociedade para que denfendam a Petrobrás e o Pré-Sal. "O que temos que fazer é buscar financiar os investimentos da Petrobrás. Não podemos tratar o pré-sal como se fosse um ônus para a companhia. Quantas empresas mundo afora gostariam de ter as reservas do pré-sal, cerca de 300 bilhões de barris de petróleo? Portanto, a Petrobrás, o governo e a sociedade brasileira não podem abrir mão disso", afirmou.
Veja a íntegra da fala do coordenador da FUP na audiência no 
Em tempo: é por isso que o Serra quer entregar o ouro (negro) aos bandidos:

Pré-sal: perfuração confirma potencial de petróleo de boa qualidade em Carcará
A perfuração do terceiro poço na área de Carcará (Bloco BM-S-8), localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, confirmou a descoberta de petróleo leve e de boa qualidade (31º API) nos reservatórios do pré-sal. 

O poço 3-SPS-104DA (nomenclatura Petrobras), informalmente conhecido como Carcará Noroeste, está situado na área do Plano de Avaliação da Descoberta do poço descobridor 4-SPS-86B (Carcará) e se localiza a 5,5 km a noroeste do poço descobridor, em profundidade de água de 2.024 metros, a cerca de 226 km do litoral do estado de São Paulo.
Dados de pressão comprovam tratar-se da mesma acumulação dos outros dois poços anteriormente perfurados na área, confirmando a extensão para oeste da descoberta do poço 4-SPS-86B. O poço está situado em reservatórios carbonáticos com excelentes características, situados logo abaixo da camada de sal, a partir de 5.870 metros de profundidade, e constatou uma expressiva coluna de 318 metros de óleo, não tendo atingido o contato óleo/água dessa acumulação.
Nos próximos dias serão iniciadas operações previstas no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) para a avaliação da produtividade dos reservatórios do pré-sal por meio de testes de formação no poço 3-SPS-105, cuja perfuração foi recentemente concluída. O Plano de Avaliação da descoberta de Carcará aprovado pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem término previsto para março de 2018.
A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).
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Por que o Lula vai lutar (sempre)

CRISE É NA GLOBO. RENATO MACHADO VAI TOMAR VINHO NACIONAL!


Se você desligar a Globo, o Brasil melhora

A Globo troca os caros pelos mais baratos.
Como fez a Falha, quando mandou embora a Eliane Tucanhêde e aquele repórter investigativo (sic) 
que poupou os patrões da lista do HSBC.
O notável enólogo Renato Machado, que fala todas as linguas no Mau Dia Brasil para impressionar 
os parvos, voltará ao Brasil, substituído pela filha de Pedro Malan, que chegou ao estrelato mundial 
na crise do Charlie Hebdo.
Nos Estados Unidos, a correspondente da chinelada do Obama assume o poder que Otário Bonner 
decidiu lhe conferir.

No Notícias da TV: Globo chama Renato Machado e três 'medalhões' de volta ao Brasil

A Globo vai trocar em janeiro quatro de seus correspondentes internacionais. Voltarão ao Brasil Renato Machado e Roberto Kovalick, de Londres, André Luiz Azevedo, de Lisboa, e Helter Duarte, de Nova York. Considerados "medalhões", todos serão substituídos por jornalistas menos conhecidos, que ganham no máximo 30% do que eles. O anúncio foi feito na sexta-feira (25) à noite, em comunicado interno, por Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo da Globo _encerrando uma semana em que o dólar passou dos R$ 4,00.
Renato Machado não será substituído em Londres, onde está há quatro anos. Suas funções serão acumuladas por Cecília Malan, que passará a fazer entradas diárias ao vivo no Bom Dia Brasil, telejornal que Machado apresentou até 2011. De volta ao Brasil, ele será repórter exclusivo do Globo Repórter.
Já Kovalick, que antes de Londres passou por Nova York e Tóquio, atuará como repórter especial em São Paulo. Na capital britânica, terá dois substitutos: Ernani Lemos assumirá suas funções de coordenador do escritório e Pedro Vedova, atualmente em Berlim, tomará seu lugar nas reportagens.
Assim como Vedova, outro correspondente da GloboNews substituirá Helter Duarte em Nova York. Será Sandra Coutinho. Sandra já vinha colaborando com o Jornal Nacional desde julho, por iniciativa de William Bonner, como recompensa por ter tomado uma "chinelada" de Barack Obama. Durante entrevista de Dilma Rousseff ao lado de Obama, Sandra perguntou à presidente como ela via o fato de os Estados Unidos não considerarem uma potência global. Diante da saia justa, o presidente Obama tomou a iniciativa de responder que os EUA veem o Brasil, sim, como um "grande ator global".
Os substitutos de Azevedo em Lisboa e Vedova em Berlim "serão anunciandos a seu tempo", de acordo com a nota de Kamel. Na GloboNews, a vaga de Sandra Coutinho em Nova York ficará com Michele Marinho, editora internacional do canal no Rio.
No comunicado, Kamel anunciou que os retornos de Renato Machado e Roberto Kovalick ao Brasil já estavam previstos. Helter Duarte, no entanto, ficaria nos Estados Unidos até o final de 2016. Só voltaria após as eleições presidenciais.
Na Globo, os jornalistas atribuíram as mudanças à alta do dólar. O pagamento aos correspondentes é feito na moeda local, mas o cálculo do salário é atrelado ao dólar. Um jornalista, hipoteticamente, vai para a Europa para ganhar US$ 20 mil mensais e recebe o equivalente na moeda local. Renato Machado e Roberto Kovalick, portanto, são remunerados em libras, moeda que também vem subindo na sexta, fechou cotada a mais de R$ 6,00.
Kamel aproveitou o comunicado para elogiar os jornalistas. Disse que Kovalick fez "um trabalho brilhante, que certamente servirá de inspiração a futuros correspondentes". Machado, escreveu o chefe, "demonstrou mais uma vez o grande profissional que é". Azevedo produziu "reportagens de fôlego e muita dedicação". E Helter Duarte fez "coberturas excepcionais".
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Delegados da PF vão calar em CPI. É medo do seu colega Fanton? Leia o que ele diz



POR FERNANDO BRITO 

O Valor, hoje, anuncia que “Os delegados que atuam na Lava-Jato no Paraná já se prepararam para enfrentar os parlamentares que os convocaram para depoimento à comissão instalada na Câmara relacionada às irregularidades na Petrobras desvendadas pela operação”.
Por que tanta preocupação de autoridades policiais que, quando querem, vazam depoimentos, delações e tudo quanto lhes convenha?
A razão pode estar em um dos depoimentos marcados para amanhã na CPI da Lava Jato tem tudo para jogar luz sobre a obscura rede de intrigas e ilegalidades que se formou na Polícia Federal do Paraná.
É o do delegado Mário Fanton, que produziu um despacho em maio deste ano onde aponta, detalhadamente, os indícios de manipulação que, ao final, o fazem recomendar ao Ministério Público que “reanalise as provas, inclusive a sindicância da escuta clandestina, se possível refazendo-a, e conduza diretamente a presente investigação ou com grande proximidade a um novo delegado a se indicar, pois não acreditamos mais nas provas antes constituídas”.
Em julho, Aguirre Talento publicou que “Delegado da PF relata pressão de colegas em investigação no Paraná“, informando que Fanton relatava que as pressões eram “para quererem ter ciência e manipular as provas”. Um mês depois, Marcelo Auler apontava em seu blog mais alguns baldes de lama encontrados suposta investigação sobre a escuta e em outras nas atividades do grupo da Polícia Federal na Lava Jato.
O próprio Auler, na edição desta semana da CartaCapital, descreveu as circunstâncias das pressões narradas pela Folha.
“Em 4 de maio, ao saber que não ficaria na cidade, o delegado [Fanton] colheu o depoimento de [Dalmey] Werlang [agente da PF especializado em escutas], que pela primeira vez admitiu a instalação dos grampos. Em seguida, registrou sua apuração em cinco laudas. Nesse registro, acusou os delegados Igor Paula e sua mulher [ a delegada Daniele Rodrigues]de “quererem ter ciência e manipular provas, sendo que o principal setor de vazamento de informações da superintendência é o NIP”.
Agora, o Tijolaço teve acesso à íntegra do despacho do Delegado Fanton – que está em poder da CPI – , com todos os detalhes de como se deu esta manipulação e tentativa de supressão de provas por parte dos dois delegados.
Agora, o “coletivo de delegados” que se recolher ao silêncio na CPI, alegando que que a comissão “não deve atuar como delegacia de polícia”.
Não mesmo, se é assim que eles fazem funcionar a Delegacia de Polícia Federal em Curitiba, manipulando, ameaçando, escondendo o que é ruim e vazando o que ajuda a se exibirem como os “moralizadores do Brasil”, enquanto praticam, no silêncio, as maiores irregularidades.
E, como a ajuda do Ministério Público local, ai de quem as denunciar.
Leia o despacho de Fanton, pela primeira vez publicado na íntegra.

Haddad participa do Dia Sem Carro, em Paris


À esquerda, Champs Élysées de Paris. À direita, Paulista de São Paulo

O prefeito Fernando Haddad, que acompanhou o evento em importante avenida parisiense, 
anunciou que pretende estender a iniciativa para uma rua em cada subprefeitura de São Paulo,

Jornal GGN - Assim como Fernando Haddad busca dedicar todos os domingos da Avenida Paulista, em São Paulo, como um espaço exclusivo a pedestres e ciclistas, proibindo a circulação de automóveis, a prefeita de Paris, Anna Hidalgo, também também comunga a mesma intenção. Hidalgo escolheu fechar avenidas no último domingo, dia 27 de setembro, o Dia Sem Carro (Journée sans Voiture).
Na data, a grande avenida Champs Élysées e outras ruas da cidade foram totalmente fechadas para carros e várias zonas urbanas tiveram a velocidade máxima dos automóveis reduzida para 20 km/h. Anna Hidalgo caminhou pela histórica avenida, na companhia de Haddad e dos prefeitos de Bruxelas, Yvan Mayeur, e de Bristol, George Ferguson.
Durante a caminhada, ao conceder entrevista a jornalistas e políticos estrangeiros, Haddad fez outros dois anúncios importantes que estuda implementar na cidade paulista. "O projeto agora é fechar pelo menos uma rua em cada uma das 32 subprefeituras aos domingos", afirmou. Além disso, ele contou estar elaborando um projeto de reestruturação dos bairros das margens do rio Tamanduateí.
Haddad explicou que São Paulo já teve a experiência de fechar a Avenida Paulista aos domingos e que, segundo pesquisa Ibope, a medida teve 64% de aprovação da população.
Para o embaixador do Brasil na França, Paulo Campos, a presença de Haddad em Paris é "um reconhecimento da importância da cidade de São Paulo e do esforço do prefeito em rever a questão da mobilidade na cidade e em ousar na inovação de propostas". "Isso tem muita relação com o que está sendo feito em Paris", afirmou.
Durante o trajeto, os prefeitos pararam para cumprimentar vários grupos que ocupavam as ruas e reivindicavam mais espaço para pedestres e ciclistas. Haddad foi abordado por brasileiros que moram ou estavam a passeio na cidade, que elogiaram as inovações urbanas feitas em São Paulo. "O que Haddad está fazendo um São Paulo é uma iniciativa corajosa. Podemos ver que há reações contra, mas é um passo importantíssimo para humanizar a cidade", disse Sérgio Moraes, arquiteto e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, que está morando em Paris para fazer seu pós-doutorado.
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O que é mais engraçado? A Martha ou o Alckmin?


Nem no Maranhão do Sarney! Moro, viu essa? Cunha (E), Temer, ela e o Renan (D)

O que é mais engraçado?
Ao entrar no PMDB de São Paulo, a Martha sempre Suplicy dizer “a gente quer um Brasil livre da
corrupção e das mentiras” ao lado do Temer, do Eduardo Cunha e do Renan Calheiros!
Ou o Alckmin receber o Prêmio Hídrico pela instalação da seca em São Paulo?
Como diz o Conversa Afiada, São Paulo é um Maranhão do tempo do Sarney.
Os tucanos só sobrevivem porque controlam TODO o PiG.
Agora, francamente, nem no Maranhão do Sarney a Martha sempre Suplicy se criava...

Em tempo: liga o Vasco:
- Achei muito mais engraçado o Fernando Henrique do PMDB e do ACM dizer que a Dilma faz 
pacto com o diabo. Quá, quá, quá!, como diz você...

Paulo Henrique Amorim
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AS MELHORES PIADAS DE MARTA

. “Michel Temer vai reunificar o Brasil”

. “Olhei nos olhos de Michel e senti confiança”

. “José Sarney é um gigante da política”

. “O PMDB soube devolver a nós o que há de mais valioso na vida. A liberdade, o direito de ir e vir,
de mudar de ideia”

. “Eu senti que eu caibo por causa disso, é um partido amplo”

. “A gente quer um Brasil livre da corrupção, livre das mentiras, livre daqueles que usam a política
como meio de obter vantagens pessoais”

. “Vamos todos unir o país”

. “Chalita, a vida pública é cheia de armadilhas, mas Deus escreve certo por linhas tortas”

. “Juntos, vamos fazer o PMDB cada vez mais forte”

. “Um, dois, três, quatro, cinco mil, Marta e Michel em São Paulo e no Brasil” (junto com a
audiência, num momento orgástico)

Aplausos. Risos. E segue o baile.
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JOBIM REASSUME O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ?


Em seguida, ele podia destituir o diretor-geral da PF aecista.

Finalmente, há notícia de que o zé da Justiça foi substituído!
Só falta tirar o General Assis Oliva do Palácio para assegurar a integridade do mandato da Presidenta!
Segundo o PiG cheiroso, "Jobim desponta como estrategista da Lava Jato".
"A decisão do STF de fatiar (o Gilmar e o Ataulfo Merval de Paiva ainda não consideram fatiada) a 
Operação Lava Jato contou com um operador discreto e eficiente: o advogado Nelson Jobim (aqui 
conhecido como Johnbim), ex-presidente da Corte, ex-ministro dos Governos do PT (Defesa) e do 
PSDB (Justiça), e relator da revisão constitucional de 1983".

Para completar a saneadora tarefa, o novo e benvindo Ministro da Justiça podia destituir o diretor-
geral da Policia Federal (aquele que tentou impedir a deflagração da Operação Satiagraha) e todos, 
TODOS os diretores regionais, a começar pelo de Curitiba.
E mandar para a cadeia os delegados quegrampearam o Youssef.
Isso dá para fazer em 24 horas.
E reconstruir parte do que zé da Justiça fez (melhor, não fez) para destruir o sistema político-
institucional do país!

Paulo Henrique Amorim
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O problema da foto de Sérgio Moro com João Dória


Mais sorridente que Dória

por : Paulo Nogueira

O problema da foto de Sérgio Moro com João Dória é a absoluta falta de noção demonstrada por Moro.
Dória é político e homem de negócios, e então se entende que ele se faça de papagaio de pirata.
Mas Moro é um juiz.
E um juiz que detém um enorme poder em suas mãos neste momento.
Juízes devem transmitir uma imagem de imparcialidade, ou viram políticos de toga como é o triste caso de Gilmar Mendes.
E a foto é a completa negação disso.
No plano do simbolismo, ela aparece como uma aliança entre Moro e as forças que Dória representa, num primeiro nível, o seu partido, o PSDB, e num nível mais profundo, a plutocracia.
Joseph Pulitzer, o grande nome por trás do jornalismo moderno, tinha uma frase que se aplica a jornalistas e a juízes igualmente.
“Jornalista não tem amigo”, dizia ele.
Amizades interferem no trabalho do jornalístico. Os amigos são, sempre, protegidos.
Eu tinha esta frase, impressa e destacada, no mural de minha sala, nos anos de diretor da Exame e outras revistas da Abril.
E repetia-a constantemente aos jornalistas que trabalhavam comigo.
Relações cordiais e profissionais com fontes, sim, claro. Mas jamais amizade, ou se cria um conflito de interesse do qual a principal vítima é o leitor e, por extensão, a sociedade.
A grande lição de Pulitzer, lamentavelmente, é pouco seguida no jornalismo brasileiro.
Neste final de semana, por exemplo, Marta Suplicy postou no Twitter uma foto de suas “grandes amigas” jornalistas, entre elas Renata Lo Prete, da Globonews, e Vera Magalhães, que acaba de deixar a Folha rumo à seção Radar da Veja. (Casada com um assessor de Aécio, Vera, neste momento de transição, é um conflito de interesses em movimento.)
Todas as “grandes amigas” de Marta estavam sorridentes como Moro e Dória.


Marta e as “grandes amigas”

A máxima impecável de Pulitzer vale para juízes. O único real amigo de um juiz é a Justiça.
Mas não parece ser este o entendimento de Moro, a julgar pela foto infame.
Mais de uma vez escrevi, no DCM, sobre a indecência que eram as imagens de jornalistas como Merval e Reinaldo Azevedo confraternizando com juízes como Gilmar Mendes.
Como esperar qualquer tipo de isenção dos juízes amigos em casos que digam respeito a estes jornalistas e suas empresas?
Da mesma forma, como os jornalistas podem tratar com honestidade juízes dos quais são íntimos?
A foto de Moro com Dória é um triste retrato destes tempos no Brasil. Não exatamente por Dória, um político em campanha.
Mas por Sérgio Moro.
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FHC é a Dilma do neoliberalismo



Luis Nassif

Quando terminaram as eleições de 2002, o candidato derrotado José Serra queixava-se a amigos da suspeita de ter sido boicotado por Fernando Henrique Cardoso. Sua hipótese é que FHC temia um governo bem sucedido, que pudesse realçar ainda mais o desastre do seu governo. E por isso apostara em Lula.
As futuras gestões de Serra na Prefeitura e no governo de São Paulo mostraram que, se havia algum temor da parte de FHC, foi evidentemente exagerado.
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Desde que deixou o governo, esta tem sido a eterna revanche de FHC. Seu sonho seria o país submergir ante um governo completamente desastroso que permitisse, por via da comparação, melhorar a avaliação sobre o seu governo.
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Nesse sentido, o governo Dilma Rousseff veio a calhar: ela está para o desenvolvimentismo como FHC esteve para o chamado neoliberalismo. Ambos comprometeram seus respectivos projetos políticos.
FHC impediu a continuidade do seu modelo econômico, os tais 20 anos de predomínio tucano, conforme imaginava Sérgio Motta, devido à completa ignorância sobre os diversos aspectos da constituição do tecido econômico e social do país.
Dilma comprometeu o modelo desenvolvimentista devido ao uso exagerado das intervenções no domínio econômico.
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FHC só via o mercado e se escondia na presunção de que se deixasse tudo solto, a mão invisível do mercado tudo resolveria.
Dilma só entendia o intervencionismo e se escudava na convicção de que manietando todas as ações de mercado, a verdade prevaleceria.
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FHC escondeu quatro anos de mediocridade controlando o câmbio até o limite da quebra do país. Dilma administrou seus dois últimos anos controlando tarifas até limite da irresponsabilidade.
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Há uma diferença abissal entre ambos: ao contrário de Dilma, FHC nunca demonstrou a menor vontade em transformar a realidade, em melhorar o país, em desenhar o futuro, mesmo sendo de uma família de militares que faz parte da história do país.
Da formação militar familiar não apreendeu os conceitos de planejamento estratégico, mas desenvolveu o estilo das decisões fechadas. Ou melhor, das não-decisões privadas, já que seu governo foi caracterizado pela inapetência de gestão e pobreza de participação.
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De seu lado, a formação de guerrilha de Dilma moldou seu espírito militar, impermeável a qualquer forma de participação externa, de empresários, trabalhadores ou movimentos sociais.
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FHC tornou-se um símbolo do mercado apenas pela necessidade de um contraponto ao símbolo Lula. Sua obra mais lembrada, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) só saiu por imposição do FMI, quando acudiu uma economia em frangalhos.
Sem o creme de leite da propaganda política, há uma estabilidade da economia garantida pelo plano Real - e que seria levada adiante com FHC ou Itamar Franco. E, depois disso, quatro anos de apreciação irresponsável do câmbio e de taxas de juros irresponsavelmente elevadas, que elevaram a dívida pública de menos de 20% para mais de 50% do PIB , mesmo com toda a privatização e com a remonetização - desastre de tais dimensões que torna quase irrelevante o congelamento de tarifas da era Dilma.
Com todo seu esforço, o FHC que ficará para a história será o do apagão e o da desmoralização das políticas de desregulação do Estado, assim como Dilma será reconhecida como a presidente que desmoralizou as teses desenvolvimentistas na economia.
Mesmo com todo esforço, Dilma jamais conseguirá superar FHC no quesito irresponsabilidade econômica.
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sábado, 26 de setembro de 2015

CUZÂO DO SBT E MARCHADORES ABESTALHADOS LINCHAM NA REDE O JORNALISTA QUE ESCREVEU SOBRE HADDAD NO WS JOURNAL


O Idiotismo ao cubo do MBL

por : Kiko Nogueira

. ”Siga o dinheiro”. Tá com cheiro de matéria encomendada
. Pra quem eu mando e-mail pra mandar ele TOMÁ NO CU?
. Mas que filho da puta!!! Levou quanto da prefeitura ?
. Esse ‘’jornalista” (olha a foto que ele tem ao seu lado) deve ser um imprestável mesmo, não teve 
dados suficientes para saber o custo, qualidade e o projeto em si e o seu ínfimo uso.

Esses insultos são dirigidos aos jornalista Rogerio Jelmayer, um dos autores da matéria do Wall Street Journalque chamou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de “visionário”.
Jelmayer está sendo enxovalhado pelo Movimento Brasil Livre, o grupo de extrema direita que teve seus 15 minutos de fama no auge dos protestos anti Dilma e agora atrai anônimos paranoicos.
Na melhor tradição macartista, os cafajestes do MBL se deram ao trabalho de pescar uma foto de Jelmayer em seu Facebook para acusá-lo de desonesto.
Na imagem, Jelmayer está posando ao lado de uma foto de Che Guevara, emulando o olhar distante do registro de Alberto Korda. A foto não significa, rigorosamente, nada.
Mas para esse tipo de boçal é a prova de que se trata, provavelmente, de um comunista e só isso explica o texto que perpetrou.
A legenda fala o seguinte:
O jornalista do Wall Street Journal (e fã do Che Guevara) Rogerio Jelmayer, produz peça de propaganda para tentar alavancar a já defunta gestão de Haddad na prefeitura de São Paulo. Tendo como base seus passeios dominicais de bicicleta, o brilhante jornalista chegou à conclusão que nosso alcaide seria considerado visionário em cidades como Berlim ou São Francisco.
Ficamos um pouco confusos. Veja por quê.
COISAS QUE UM PREFEITO DE BERLIM JAMAIS FARIA:
-Ter um secretário de transportes aliado à mafia de transportes;
-Negociar com traficantes da cracolândia;
-Negligenciar obras na periferia;
-Gastar mais do que devia e tentar equilibrar suas contas criando uma indústria da multa;
-Estar envolvido no escândalo do Petrolão.
A fotografia foi postada no Twitter e imediatamente replicada por Danilo Gentili. O ex-humorista que vive se queixando da ditadura bolivariana e do cerceamento de sua liberdade de expressão achou justo “denunciar” para seus seguidores o esquerdopata.
Claude Chabrol apontou que a estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não, afirmou. Quando ela se junta com a má fé, a combinação é explosiva.
A necessidade de ser dedo duro fez com que um meliante invadisse uma conta privada para roubar uma foto. Se existisse um comitê para entregar o sujeito, ali estariam os justiceiros. Qualquer um que discorde do pensamento único tem uma agenda oculta e obedece a uma cartilha inimiga. Mais eficiente do que discutir é tentar assassinar uma reputação.
É essa a canalha democrática que quer tomar o poder pendurada em Eduardo Cunha.
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