segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Partido de Bolsonaro montou esquema ilegal com policiais durante campanha eleitoral

O Diretório Nacional do PSL contratou 64 policiais civis e militares ativos para atuar em serviços de 
segurança privada durante a campanha eleitoral, prática vedada pela legislação. O partido de Jair 
Bolsonaro gastou mais de R$ 50 mil nestes serviços. A atuação irregular de policiais em segurança 
privada durante o contra-turno é vista como um dos braços da milícia.
Segundo levantamento de Felipe Bächtold e Italo Nogueira, da Folha, com base nos dados revelados 
pelo PSL no TSE, foram 64 agentes públicos de segurança contratados para atuar no contra-turno. 
Mais de cem diárias foram pagas, totalizando R$ 50 mil vindos do fundo partidário do PSL e com 
receitas de campanha. As diárias eram de R$ 500, incluindo alimentação e transporte.
Além destes 64, há um ex-PM que foi expulso da corporação após ser acusado de cobrar propina de 
traficantes da Rocinha. O ex-cabo Claudio Botelho chegou a ser absolvido, mas não reverteu o 
desligamento.
Os contratos foram assinados por Gustavo Bebbiano, ex-presidente da sigla e ex-ministro, que 
coordenou a campanha de Jair Bolsonaro.
Os policiais contratados informavam documentalmente que estavam prestando o serviço “com 
autorização legal”, no entanto, a atuação de PMs e policiais civis como segurança privado é 
estritamente proibida. Isso está explicitado nos estatutos dos policiais civis e militares do Rio de 
Janeiro exigem dedicação exclusiva.
Os serviços de segurança privada no contra-turno de oficiais são uma das formas pelas quais as 
milícias se sustentam.

VÍDEOS SHOW: Como Burro Empacado, Bolsonaro se nega a dar entrevista até que a imprensa fale bem sobre o desastre dele na ONU


Jair Bolsonaro ameaça não dar entrevistas se a imprensa não escrever o que ele quer. O
presidente ainda se recusa a falar sobre o assassinato da menina Ágatha. Ele não sabe lidar com
o contraditório e sempre foge daquilo que o desagrada. No fundo, é um tremendo covarde.


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Luana Piovani reclama que dava trabalho ser “cidadã” no 
Brasil: “Não dava tempo de postar foto de biquíni”.
O PT acabou com a vida da Luana Piovani, ela não conseguia nem mais postar foto de biquíni, gente.

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RETARDADO MENTAL, ASSESSOR DE dePUTAdo do 
Partido Só Laranja - PSL do Ceará, posta vídeo atirando em 
foto de Lula  

Glenn Greenwald anuncia nova bomba: “Hoje é o pior dia para eles”

Hoje pela manhã em seu Twitter Glenn Greenwald, do 
Intercept, anunciou a publicação até o final do dia de novos 
vazamentos para a série de reportagens sobre a Lava Jato.
Veja a postagem:


O desespero aqui é triste. Vamos esperar até o final do dia - hoje - e depois me dizer se o que o @Estadao publicou aqui hoje é verdade ou não. Eu acho que a resposta será bem clara. https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/desgaste-gera-receio-de-mais-atraso-na-reforma/ 



Ver imagem no Twitter
"A versão de integrantes da inteligência do governo dá conta de que já se esgotou o arsenal do The Intercept contra Moro."- rindo muito. De todos os dias para afirmar isso, hj é o pior dia possível para eles. E obviamente, eles não têm ideia do que temos, então por que fingir?


SENSACIONAL !! O PROTESTO DE ELZA SOARES NO ROCK EM RIO


Cantora Lellê denuncia assassinato de Marielle
Marielle Presente!

Cantora Lellê faz primeira manifestação política na edição de 2019 do Rock in Rio e denuncia o assassinato de Marielle Franco.


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A CASA DESMORONANDO: DELEGADO ACUSA LAVA JATO DESTRUIU PROVAS

Delegado da Polícia Federal apresentou à Justiça um documento com mensagens que mostram 
tentativa de destruição de provas da Lava Jato por colegas que atuaram na operação.
247 - A defesa de Mario Renato Castanheira Fanton, delegado da Polícia Federal denunciado sob 
acusação de vazar informações sigilosas, apresentou à Justiça um documento com mensagens que 
indicam claramente tentativa de destruição de provas da Lava Jato por colegas que atuaram na 
operação. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo. 
São anexadas capturas de tela de WhatsApp que a defesa diz ser de um conflito a respeito do assunto 
que ocorreu em 2015 entre Fanton e outro delegado, Maurício Moscardi Grillo.
Nas mensagens atribuídas a Moscardi, ele pede a Fanton que um depoimento da doleira Nelma 
Kodama não seja anexado em um inquérito que investigava policiais desafetos da operação. ​
Moscardi também teria solicitado que esse depoimento fosse refeito com “pitacos” dele. As 
mensagens, diz a defesa, foram submetidas à perícia.
A reportagem ainda informa que o documento apresentado pelos advogados é uma manifestação 
preliminar, protocolada na 14ª Vara Federal de Curitiba em setembro deste ano, em resposta à 
acusação de desvio de função por vazamento de dados. A denúncia ainda não foi analisada pela 
Justiça e é sigilosa.
Os advogados de Fanton afirmam que seu cliente não cometeu nenhum desvio funcional e que tentou 
alertar o procurador Januário Paludo, da força-tarefa do Ministério Público Federal, sobre suspeitas 
de irregularidades que teriam sido cometidas pelos delegados da Lava Jato. Também é anexada uma 
captura de tela de conversa com Paludo em que é feito esse alerta.
Representante da defesa de Fanton, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. afirma que irá 
oficiar à OAB para que acompanhe os casos relativos ao seu cliente, informa a reportagem de José 
Marques.
Em 2015, quando as conversas teriam ocorrido, Fanton conduzia um inquérito que tinha como 
objetivo apurar se havia um conluio entre delegados da Polícia Federal do Paraná e advogados para 
produzir um dossiê contrário à Lava Jato.

DOSSIÊ: "COMPRE UM JUIZ POR R$ 750


Encontramos 21 juízes e desembargadores investigados por vender decisões judiciais. O preço? 
R$ 750 a R$ 400 mil.
Nayara Felizardo
Em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, uma decisão judicial para livrar um político de uma acusação de corrupção sai por R$ 400 mil. Em Xinguara, no Pará, um habeas corpus para um acusado de assassinato, por R$ 70 mil. Na pequena Ceará-Mirim, no interior do Rio Grande do Norte, o valor é mais humilde: R$ 750 cada liminar.
Esses são apenas alguns exemplos do lucrativo mercado de venda de sentenças envolvendo juízes e desembargadores – alguns até corregedores – que encontrei em dezenas de processos investigados pelo Conselho Nacional de Justiça. Há casos em nove tribunais estaduais e três tribunais federais.
Como o crime “venda de sentenças” não existe tipificado dessa forma no Código Penalnem na Lei Orgânica da Magistratura, solicitei ao CNJ, por meio da Lei de Acesso à Informação, todos os casos de juízes e desembargadores investigados por corrupção, prevaricação ou outros crimes em que a expressão “venda de liminares” ou “venda de sentenças” pudesse se encaixar.
Cheguei a uma lista com 140 processos administrativos disciplinares instaurados pelo conselho desde a sua criação, em 2005 – o levantamento pode ser acessado aqui. Mais de um terço deles está relacionado a algum tipo de corrupção e exatos 21 tratam da tal venda de sentenças, com valores que vão de R$ 750 a R$ 400 mil envolvendo sete juízes e 14 desembargadores. Há ainda outros 13 casos em que os relatores dos processos não deixam claro que o magistrado recebeu dinheiro em troca de uma decisão – mas há fortes indícios de que isso tenha ocorrido. Tocantins, Bahia e o Ceará são os estados campeões: têm quatro casos cada um. Como alguns casos seguem em andamento, optamos por citar apenas os magistrados já condenados pelo conselho.
EXTORSÃO, SUBORNO E CARGO PARA A NAMORADA 
DO FILHO
A sentença mais cara foi cobrada pelo desembargador Rubem Dário Peregrino Cunha, do Tribunal de Justiça da Bahia: R$ 400 mil.
Em 2007, o então prefeito de São Francisco do Conde, Antônio Pascoal Batista, do PDT, recorreu ao desembargador para ajudá-lo a se livrar de uma acusação de corrupção. Ele havia sido denunciado pelo Ministério Público do estado por roubar cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres da prefeitura e corria o risco de perder o cargo e ser preso. O processo foi parar no gabinete do desembargador Cunha, que, além do dinheiro, ainda pediu um cargo para a namorada do filho.
Depois de ter pago cerca de R$ 300 mil em parcelas, o ex-prefeito enviou um funcionário da prefeitura com um gravador a um encontro com o filho do desembargador, o advogado Nizan Gomes Cunha Neto, que fazia a ponte entre eles. O servidor gravou a conversa com o advogado na hora em que entregava mais uma parcela de R$ 50 mil pela sentença. Foi o próprio ex-prefeito, de acordo com o processo no CNJ, que decidiu denunciar o desembargador ao MPF, alegando que se sentiu coagido pela cobrança de um valor tão alto. O prefeito morreu em 2015, após uma cirurgia de câncer de próstata. O desembargador Cunha foi condenado em 2012.
Em Ceará-Mirim, o negócio era no atacado, e o juiz José Dantas de Lira se contentava com receber R$ 750 por liminar – valor ainda dividido com outras cinco pessoas. No esquema, descoberto em 2007, o grupo, formado por Lira, o filho dele, um amigo advogado, um funcionário do tribunal e dois corretores de empresas de empréstimo, ganhava um “extra” com uma espécie de consórcio de decisões. A margem era pequena, mas eles lucravam na quantidade de liminares, que saíam entre R$ 750 e R$ 1,8 mil cada. Em seis meses, por exemplo, Lira concedeu 22 liminares a apenas três pessoas.


Os principais clientes eram servidores públicos que buscavam aumentar, via judicial, seu limite de crédito e, assim, conseguir fazer novos empréstimos consignados. Nessa modalidade, as parcelas de pagamento ao banco credor são descontadas diretamente no contracheque do servidor e, por isso, os juros são mais baixos.
Os corretores cooptavam, segundo a investigação do CNJ, servidores sabidamente endividados e apresentavam os possíveis clientes ao advogado Ivan Holanda Pereira. Amigo do juiz, era ele quem preparava as ações, mas, para evitar que o magistrado tivesse que se assumir impedido de julgar os casos devido à amizade pública entre os dois, as peças eram assinadas por outros advogados. Como a maioria dos servidores vivia em Natal e as ações judiciais precisavam ser julgadas pela comarca de Ceará-Mirim para o esquema funcionar, o advogado ainda falsificava os endereços dos clientes.
As reuniões do grupo aconteciam no escritório do filho do juiz, e a contabilidade ficava por conta de um assessor, funcionário do tribunal. Somente de 2007 a 2009, o Ministério Público do Rio Grande do Norte descobriu que foram movimentados mais de R$ 3 milhões na conta de um dos envolvidos no esquema. Lira foi condenado em 2017 a aposentadoria compulsória.
ALUGUEL TAMBÉM ENTRA NA CONTA
Em tese, cabe aos corregedores dos tribunais fiscalizar a garantir o trabalho dos outros magistrados. Mas encontramos dois deles envolvidos no “mercado de sentenças”.
Jovaldo dos Santos Aguiar, corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas, que chegou a ser presidente interino da corte, foi afastado após ser denunciado por um empresário e advogado que pagou, mas não recebeu a decisão negociada. O desembargador ainda foi condenado por deixar parados, durante o período em que foi corregedor, 31 processos contra outros juízes. Aguiar, aposentado compulsoriamente em 2010, também foi o primeiro corregedor a ser investigado pelo CNJ.
Já o desembargador Antônio Fernando Guimarães, do TRT de Minas Gerais, não viu problema em deixar que um escritório de advocacia “subsidiasse” o aluguel de seu apartamento. Guimarães, que também foi vice-presidente do TRT, passou dez anos pagando a bagatela de R$ 200 reais por um apartamento de luxo em Lourdes, um dos bairros mais caros de Belo Horizonte. Os 380 metros quadrados em que o desembargador morou entre 2001 e 2011 hoje não sairiam por menos de R$ 8 mil por mês, em média. Em troca, o escritório Vilhena&Vilhena tinha a segurança de contar com a mão amiga do magistrado.


Ele deu ganho de causa a pelo menos nove reclamações dos advogados, que alegavam erros ou vícios em decisões judiciais de outros magistrados, e ainda aceitou 89 recursos, patrocinados pelo mesmo escritório, que questionava sentenças recebidas em processos. Com isso, os casos foram encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, o TST. Em dez anos, segundo a investigação do CNJ, o desembargador deixou de gastar, em valores corrigidos, mais de R$ 1 milhão com aluguel e taxas. Ele também foi aposentado compulsoriamente em 2011.
A punição mais grave que um magistrado pode receber do 
CNJ é a aposentadoria compulsória.

Em meio às dezenas de processos que analisei não faltaram ainda casos de venda de habeas corpus, decisões, no geral, tomadas por um magistrado em caráter de urgência. O juiz José Admilson Gomes Pereira, da comarca de Xinguara, no interior do Pará, por exemplo, cobrou R$ 70 mil pelo habeas corpus que garantiu a liberdade de Carlos José Campos Souto, acusado de contratar dois pistoleiros para matar um homem que ele acreditava ser amante da sua esposa. Não havia nem muita preocupação em esconder o esquema. Uma investigação do CNJ, concluída em 2016, revelou que o dinheiro foi pago por uma irmã de Souto, que mandou um motoboy depositar o valor na conta do irmão do magistrado.
TOGAS PENDURADAS
órgão responsável por punir administrativamente os desvios de conduta dos juízes é o CNJ. Os processos podem ser instaurados tanto a partir de denúncias das corregedorias dos tribunais e do Ministério Público quanto de qualquer cidadão. O próprio Conselho também pode optar por investigar os magistrados, após realizar inspeções nos tribunais. O andamento é parecido com o de uma ação judicial: são ouvidos representantes do Ministério Público, o juiz investigado e testemunhas de defesa e de acusação. O julgamento ocorre no plenário do CNJ, composto por 15 membros, incluindo o presidente do STF, um ministro do STJ e um ministro do TST.
Não é fácil, no entanto, saber o que acontece nesses julgamentos — os processos administrativos contra juízes e desembargadores costumam correr sob sigilo. Em boa parte dos casos do levantamento, só consegui chegar ao conteúdo das investigações assistindo às horas de julgamentos gravados disponíveis no canal do YouTube do CNJ.
A punição mais grave que um magistrado pode receber do CNJ é a aposentadoria compulsória. Não que seja realmente um castigo: o magistrado segue com a mamata de receber um salário vitalício proporcional ao tempo de serviço.

Dos 21 magistrados investigados pelo CNJ por venda de sentença, 11 foram obrigados pelo conselho a se aposentar. Só em junho deste ano, o desembargador Cunha, aquele que vendeu uma sentença por R$ 400 mil, recebeu brutos R$ 45,7 mil como membro inativo do Tribunal de Justiça da Bahia. Já o juiz José de Lira, que trocava liminares por meros R$ 750 no Ceará, ganha cerca de R$ 30 mil brutos por mês, o triplo do que recebia 12 anos atrás, quando era juiz da comarca de Ceará-Mirim. O desembargador Antônio Guimarães, do TRT mineiro, vive com R$ 37 mil brutos mensais depois de que foi descoberto que um escritório de advocacia pagava seu aluguel, e o juiz José Pereira, do Pará, ganha quase R$ 25 mil mesmo condenado por cobrar R$ 70 mil por um habeas corpus. O corregedor Jovaldo Aguiar é quem tem o rendimento mais humilde – R$ 13 mil por mês de aposentadoria da justiça do Amazonas, mesmo depois de ter dado um calote em um advogado que havia comprado uma decisão.
Em média, os juízes e desembargadores investigados pelo CNJ por venda de sentenças recebem R$ 32 mil* por mês de aposentadoria.
A investigação do conselho independe dos processos em outros tribunais, mas somente o CNJ pode aposentar um juiz ou desembargador. O órgão funciona como o patrão de uma empresa: pode demitir, mas não prender. Para sofrer uma punição mais severa, como prisão, o juiz suspeito precisa ser denunciado e virar réu de uma ação penal na justiça comum. O corregedor Guimarães, por exemplo, foi alvo de um inquérito policial, que acabou morrendo depois dele ter sido aposentado pelo CNJ. Já um processo contra Cunha correu paralelamente no Tribunal de Justiça da Bahia e no CNJ – enquanto o conselho optou por aposentá-lo, os colegas do tribunal baiano preferiram extinguir o caso.
Entre os magistrados afastados por venda de sentenças há um recordista: o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Edgard Antônio Lippmann Júnior. Ele acumula não uma, mas três aposentadorias compulsórias por venda de sentenças, recebendo R$ 35 mil por mês. Lippman foi condenado em 2012, 2013 e 2015 por desvios de conduta e por receber dinheiro para determinar a urgência no pagamento de uma dívida que o governo do estado do Rio Grande do Sul tinha com uma empresa.
Além das 11 aposentadorias compulsórias por venda de sentenças, outros dois magistrados foram punidos com “censura”, uma advertência por escrito que os impede de serem promovidos por um ano. Oito casos seguem em andamento.
No total de 140 casos que investiguei, há também 11 magistrados aposentados por “quebra de imparcialidade”, uma das formas como eles são enquadrados quando há indícios da venda de sentença, mas não provas suficientes para confirmar o benefício financeiro. Desde 2005, 24 investigações foram motivadas por suspeita de que o juiz ou desembargador agiu “parcialmente”. Mas, em pelo menos nove desses processos, não foi o dinheiro que influenciou a sentença, e, sim, os vínculos familiares ou de amizade dos magistrados.
Para o cientista político Moisés Lazzaretti Vieira, que pesquisa a corrupção no Judiciário, a falta de publicidade dos processos incentiva a corrupção. Outro ponto é o “espírito de corpo”, o forte corporativismo presente nas decisões do CNJ. Na dissertação de Vieira, que considera dados de 2008 a 2017, a venda de sentenças aparece em terceiro lugar como o principal motivo que levou magistrados à aposentadoria compulsória, punição máxima a que um magistrado pode ser submetido pelo Conselho. Parcialidade e desvio de recursos ficam com as primeiras posições. Nesse cenário de pouca transparência e pouca punição, não surpreende que a troca de dinheiro por decisões aconteça com tanta frequência em tantos tribunais.
Afinal, são os magistrados que fazem as regras e que definem suas próprias punições.

sábado, 28 de setembro de 2019

VIDEOS SHOWS: A IMAGEM DO ROCK EM RIO ONTEM !!


 

Exclusivo: A agenda de Ricardo Salles com os destruidores do planeta

Sábado, 28 de setembro de 2019
Ricardo “Yale” Salles não para.
Mesmo condenado por adulterar um 
mapa ambiental para a festa de 
mineradoras, Mr. Yale segue em seu 
cargo no Ministério do Meio 
Ambiente com uma agenda que, se for 
levada a sério, pode acabar com a necessidade
da existência do próprio ministério (porque não teremos mais meio ambiente, de todo modo). 

O funcionário público Salles – que deveria estar viajando o mundo para valorizar os ativos naturais do país – está, neste momento, cumprindo uma agenda secreta no exterior. No site do ministério, sua agenda está assim:
Então vamos a um exercício de transparência forçada, já que atuar nas sombras é uma prática do poder. A editora aqui do TIB Paula Bianchi conseguiu com o pessoal do Unearthed, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace, a via nada sacra de Salles pelo exterior.
E por que o ministro esconde sua agenda da população? Porque, para um ministro do Meio Ambiente, ela mais parece o calendário de compromissos de um ruralista ou de um garimpeiro da Serra Pelada.
Alemanha, segunda-feira: ele vai se encontrar com a farmacêutica Bayer, condenada em maio desse ano a indenizar em 2 bilhões de dólares um casal dos EUA por causa do glifosato, uma das maiores bombas químicas legalizadas do mundo, proibida em muitos países, mas largamente utilizada no Brasil (leiam nossa reportagem sobre a cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu).
Talvez Mr. Yalle estará lá para cobrar que a Bayer respeite nosso meio ambiente e pare de pressionar o país para aprovação de venenos. Vindo do governo que já aprovou mais de 260 (!) produtos só esse ano, nem por milagre. O encontro tem cara de beija-mão.
Outros encontros na segunda-feira: mais uma empresa de agrotóxicos (a Basf), além da montadora Volkswagen. Será que Mr. Yale vai conversar sobre a fraude global que a Volks produziu ao mentir que seus carros eram verdes enquanto emitiam gases altamente tóxicos?
Salles viaja para a Inglaterra na quinta. Lá, sua agenda secreta marca compromissos com – essas aspas são da agenda que conseguimos – “investidores ingleses (mineração, farmacêutica, energia, petróleo e gás e setor financeiro)”. Quem são eles? Quais os objetivos desses encontros? Nada na agenda, ninguém sabe. O ministério de Salles opera como um aparato clandestino de lobby privado.
Antes de viajar para a Europa, Yale boy já havia se encontrado com negacionistas climáticos nos EUA. Seu histórico é um desastre. Em agosto, nossa editora senior Tatiana Dias expôs o método de trabalho da secretaria comandada por ele no governo de São Paulo. “A justiça reconheceu que a Fundação Florestal – então sob o comando de Salles – coagiu funcionários a cometerem ilegalidades, perseguindo os que não queriam se envolver na adulteração dos mapas ordenada pelo secretário.”

Mr. Yale anda mais discreto, mas não menos destrutivo. Seus encontros estão fora da agenda pública. Nós pagamos seu salário mas não podemos saber com quem conversa. O que ele anda aprontando em segredo? Vamos descobrir.
Editor Executivo