Delegado da Polícia Federal apresentou à Justiça um documento com mensagens que mostram
tentativa de destruição de provas da Lava Jato por colegas que atuaram na operação.
247 - A defesa de Mario Renato Castanheira Fanton, delegado da Polícia Federal denunciado sob
247 - A defesa de Mario Renato Castanheira Fanton, delegado da Polícia Federal denunciado sob
acusação de vazar informações sigilosas, apresentou à Justiça um documento com mensagens que
indicam claramente tentativa de destruição de provas da Lava Jato por colegas que atuaram na
operação. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.
São anexadas capturas de tela de WhatsApp que a defesa diz ser de um conflito a respeito do assunto
que ocorreu em 2015 entre Fanton e outro delegado, Maurício Moscardi Grillo.
Nas mensagens atribuídas a Moscardi, ele pede a Fanton que um depoimento da doleira Nelma
Nas mensagens atribuídas a Moscardi, ele pede a Fanton que um depoimento da doleira Nelma
Kodama não seja anexado em um inquérito que investigava policiais desafetos da operação.
Moscardi também teria solicitado que esse depoimento fosse refeito com “pitacos” dele. As
mensagens, diz a defesa, foram submetidas à perícia.
A reportagem ainda informa que o documento apresentado pelos advogados é uma manifestação
preliminar, protocolada na 14ª Vara Federal de Curitiba em setembro deste ano, em resposta à
acusação de desvio de função por vazamento de dados. A denúncia ainda não foi analisada pela
Justiça e é sigilosa.
Os advogados de Fanton afirmam que seu cliente não cometeu nenhum desvio funcional e que tentou
Os advogados de Fanton afirmam que seu cliente não cometeu nenhum desvio funcional e que tentou
alertar o procurador Januário Paludo, da força-tarefa do Ministério Público Federal, sobre suspeitas
de irregularidades que teriam sido cometidas pelos delegados da Lava Jato. Também é anexada uma
captura de tela de conversa com Paludo em que é feito esse alerta.
Representante da defesa de Fanton, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. afirma que irá
Representante da defesa de Fanton, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. afirma que irá
oficiar à OAB para que acompanhe os casos relativos ao seu cliente, informa a reportagem de José
Marques.
Em 2015, quando as conversas teriam ocorrido, Fanton conduzia um inquérito que tinha como
Em 2015, quando as conversas teriam ocorrido, Fanton conduzia um inquérito que tinha como
objetivo apurar se havia um conluio entre delegados da Polícia Federal do Paraná e advogados para
produzir um dossiê contrário à Lava Jato.
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