sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O veredicto da história

Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil

Cabe aos tribunais julgar os atos humanos admitidos previamente como criminosos. Cabe aos cidadãos, nos regimes republicanos e democráticos, julgar os homens públicos, mediante o voto. Não é fácil separar os dois juízos, quando sabemos que os julgadores são seres humanos e também cidadãos, e, assim, podem ser contaminados pelas paixões ideológicas ou partidárias – isso, sem falar na inevitável posição de classe. Dessa forma, por mais empenhados sejam em buscar a verdade, os juízes estão sujeitos ao erro. O magistrado perfeito, se existisse, teria que encabrestar a própria consciência, impondo-lhe sujeitar-se à ditadura das provas.
Mesmo assim, como a literatura jurídica registra, as provas circunstanciais costumam ser tão frágeis quanto as testemunhais, e erros judiciários terríveis se cometem, muitos deles levando inocentes à fogueira, à forca, à cadeira elétrica.
Estamos assistindo a uma confusão perigosa no caso da Ação 470, que deveria ser vista como qualquer outra. Há o deliberado interesse de transformar o julgamento de alguns réus, cada um deles responsável pelo seu próprio delito – se delito houve – no julgamento de um partido, de um governo e de um homem público. Não é a primeira vez que isso ocorre em nosso país. O caso mais clamoroso foi o de Vargas em 1954 – e a analogia procede, apesar da reação de muitos, que não viveram aqueles dias dramáticos, como este colunista viveu. Ainda que as versões sobre o atentado contra Lacerda capenguem no charco da dúvida, a orquestração dos meios de comunicação conservadores, alimentada por recursos forâneos – como documentos posteriores demonstraram – se concentrou em culpar o presidente Vargas.
Quando recordamos os fatos – que se repetiram em 1964, contra Jango – e vamos um pouco além das aparências, comprova-se que não era a cabeça de Vargas que os conspiradores estrangeiros e seus sequazes nacionais queriam. Eles queriam, como antes e depois, cortar as pernas do Brasil. Em 1954, era-lhes crucial impedir a concretização do projeto nacional do político missioneiro – que um de seus contemporâneos, conforme registra o mais recente biógrafo de Vargas, Lira Neto, considerava o mais mineiro dos gaúchos. Vargas, que sempre pensou com argúcia, e teve a razão nacional como o próprio sentido de viver, só encontrou uma forma de vencer os adversários, a de denunciar, com o suicídio, o complô contra o Brasil.
Os golpistas, que se instalaram no Catete com a figura minúscula de Café Filho, continuaram insistindo, mas foram outra vez derrotados em 11 de novembro de 1955. Hábil articulação entre Jango, Oswaldo Aranha e Tancredo, ainda nas ruas de São Borja, depois do sepultamento de Vargas, levara ao lançamento imediato da candidatura de Juscelino, preenchendo assim o vácuo de expectativa de poder que os conspiradores pró-ianques pretendiam ocupar. Juscelino não era Vargas, e mesmo que tivesse a mesma alma, não era assistido pelas mesmas circunstâncias e teve, como todos sabemos, que negociar. E deu outro passo efetivo na construção nacional do Brasil.
Os anos sessenta foram desastrosos para toda a América Latina. Em nosso caso, além do cerco norte-americano ao continente, agravado pelo espantalho da Revolução Cubana (que não seria ameaça alguma, se os ianques não houvessem sido tão açodados), tivemos um presidente paranóico, com ímpetos bonapartistas, mas sem a espada nem a inteligência de Napoleão, Jânio Quadros. Hoje está claro que seu gesto de 25 de agosto de 1961, por mais pensado tenha sido, não passou de delírio psicótico. A paranóia (razão lateral, segundo a etimologia), de acordo com os grandes psiquiatras, é a lucidez apodrecida.
Admitamos que Jango não teve o pulso que a ocasião reclamava. Ele poderia ter governado com o estado de sítio, como fizera Bernardes. Jango, no entanto, não contava – como contava o presidente de então – com a aquiescência de maioria parlamentar, nem com a feroz vigilância de seu conterrâneo, o Procurador Criminal da República, que se tornaria, depois, o exemplo do grande advogado e defensor dos direitos do fraco, o jurista Heráclito Sobral Pinto. Jango era um homem bom, acossado à direita pelos golpistas de sempre, e à esquerda pelo radicalismo infantil de alguns, estimulado pelos agentes provocadores. Tal como Vargas, ele temia que uma guerra civil levasse à intervenção militar estrangeira e ao esquartejamento do país.
Vozes sensatas do Brasil começam a levantar-se contra a nova orquestração da direita, e na advertência necessária aos ministros do STF. Com todo o respeito à independência e ao saber dos membros do mais alto tribunal da República, é preciso que o braço da justiça não vá alem do perímetro de suas atribuições.
É um risco terrível admitir a velha doutrina (que pode ser encontrada já em Dante em seu ensaio sobre a monarquia) do domínio do fato. É claro que, ao admitir-se que José Dirceu tinha o domínio do fato, como chefe da Casa Civil, o próximo passo é encontrar quem, sobre ele, exercia domínio maior. Mas, nesse caso, e com o apelo surrado ao data venia, teremos que chamar o povo ao banco dos réus: ao eleger Lula por duas vezes, os brasileiros assumiram o domínio do fato.
Os meios de comunicação sofrem dois desvios à sua missão histórica de informar e formar opinião. Uma delas é a de seus acionistas, sobretudo depois que os jornais se tornaram empresas modernas e competitivas, e outra a dos próprios jornalistas. A profissão tem o seu charme, e muitos de nossos colegas se deixam seduzir pelo convívio com os poderosos e, naturalmente, pelos seus interesses.
O poder executivo, o parlamento e o poder judiciário estão sujeitos aos erros, à vaidade de seus titulares, aos preconceitos de classe e, em alguns casos, raros, mas inevitáveis, ao insistente, embora dissimulado, racismo residual da sociedade brasileira.
Lula, ao impor-se à vida política nacional, despertou a reação de classe dos abastados e o preconceito intelectual de alguns acadêmicos sôfregos em busca do poder. Ele cometeu erros, mas muito menos graves e danosos ao país do que os de seu antecessor. Os saldos de seu governo estão à vista de todos, com a diminuição da desigualdade secular, a presença brasileira no mundo e o retorno do sentimento de auto-estima do brasileiro, registrado nos governos de Vargas e de Juscelino.
É isso que ficará na História. O resto não passará de uma nota de pé de página, se merecer tanto.
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SURGE UMA ONDA VERMELHA?


Tido como partido de chegada, o PT vinha apanhando feito boi bandido por conta do julgamento da Ação Penal 470, mas, de repente, seus candidatos começam a crescer, com destaque para Nelson Pelegrino, em Salvador, Fernando Haddad, em São Paulo, Patrus Ananias, em Belo Horizonte, e Elmano de Freitas, em Fortaleza; é o começo de uma virada? 

247 – No retrato pintado pelos grandes meios de comunicação, o PT está sentado no banco dos réus e prestes a ir para a cadeia. Já há até certa excitação com os capítulos finais da novela do mensalão, que, na próxima semana, colocará em cena atores como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Coincidência ou não, eles serão julgados às vésperas da eleição municipal de 7 de outubro.
Para a oposição, o julgamento representava a esperança de uma vitória histórica nas eleições municipais, pois o PT, além de condenado no STF, seria também julgado nas urnas. Só faltou combinar com o eleitor.
A última rodada de pesquisas eleitorais mostra o que pode vir a ser o início de uma “onda vermelha”, em várias capitais importantes. A começar por Salvador, onde Nelson Pelegrino arrancou e superou ACM Neto, que concorre pelo DEM e contava, até recentemente, com uma vitória em primeiro turno. Pelegrino tem 34% contra 31% de ACM Neto.
No Nordeste, outra capital simbólica é Fortaleza, onde Elmano de Freitas, do PT, passou a liderar, com 24%, deixando para trás Moroni Torgan, também do DEM, que caiu para 18%, segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal O Povo.
No Sudeste, as disputas que têm caráter nacional também trouxeram boas notícias para o PT. Em São Paulo, Fernando Haddad aparece empatado com José Serra segundo três institutos: Vox, Ibope e Datafolha – e este é o único que ainda o coloca ligeiramente atrás do tucano. Em Belo Horizonte, a possibilidade de segundo turno entre Márcio Lacerda, do PSB, e Patrus Ananias, do PT, que antes parecia impossível, já não é mais tão improvável. A distância entre ambos diminuiu cinco pontos e há espaço para uma arrancada final.
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Marcado para morrer



Um jornal australiano obteve um documento do governo americano em que Julian Assange e o Wikileaks são classificados como “inimigos do Estado”.
A notícia está repercutindo em todo o mundo, e com razão.
“Inimigos do Estado” é a mesma categoria em que estão catalogados o Talibã e a Al-Qaeda, por exemplo. Na prática, pela legislação de segurança americana, significa que eles podem ser presos sem processo formal por tempo indeterminado.
Podem também ser executados. Mortos. Eliminados. Como se estivéssemos vivendo o seriado 24 horas.
Onde, no Brasil, o repúdio à perseguição movida pelo governo americano a Assange? Ninguém se importa com ele? Algum colunista brasileiro o defendeu? Assange foi alvo de um único editorial? Ou, por criticar os Estados Unidos, ele não pode ser defendido?
Não só a perseguição americana já passou dos limites. Também a intransigência inglesa em não dar a ele salvo conduto para que pegue um avião rumo ao Equador vai passar para a história como um dos maus momentos da história recente do Reino Unido, em seu alinhamento com a política externa americana.
Assange está confinado na modesta embaixada equatoriana em Londres. Ontem, numa fala na ONU, o ministro das relações exteriores do Equador, Ricardo Patiño, alertou para os riscos físicos que Assange enfrenta em sua presente situação. Lembremos que o pretexto para isso é o sexo que duas suecas fizeram consensualmente com ele.
Por teleconferência, Assange também falou ontem num fórum da ONU. Como sempre, num gesto de elegância, falou menos de si mesmo e mais do soldado Bradley Manning. (Também numa atitude admirável, Assange recusou um prêmio de “liberdade de expressão” concedido pela editora argentina Perfil — que no Brasil é sócia da Abril na Caras — quando soube que também estava sendo homenageado um jornalista do Equador que recebe subvenções americanas e trata a patadas o governo constitucional de Rafael Correa.)
Manning é acusado de ter passado ao Wikileaks os documentos americanos que, entre outras coisas, mostravam a Guerra do Iraque como ela era e é, não como os Estados Unidos fingiam que era.
Manning está preso à espera de julgamento, e pode ser condenado à morte por traição. Até que ativistas fizessem pressão, ele foi submetido a condições degradantes numa cadeia militar americana. Estava privado de qualquer contato com outros presos, e durante boa parte do tempo era impedido de vestir qualquer roupa. Tecnicamente, como lembraram os ativistas, estava sob tortura contínua.
E agora: o mundo vai esperar o quê para gritar pela libertação de Assange? Que ele morra?
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CASO 'DAVID MARTINS' VIROU UM BALAIO DE GATOS, EM QUATRO DIAS TRÊS DELEGADOS E NENHUMA RESPOSTA A SOCIEDADE


CAI O SEGUNDO DELEGADO NO CASO DO VIGILANTE EXECUTADO PELO POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL


A sociedade santarena, assiste com perplexidade a fragilidade o desentendimento que tomou conta da Segurança Pública do Governo Simão Jatene. Quatro dias após o assassinato do vigilante David Martins, o caso já está nas mãos de um terceiro delegado.
Após a vinda do Secretário Estadual de Segurança Luiz Fernandes Rocha, que convocou a imprensa, afastou imediatamente o delegado Tiago Rabelo e nomeou para o caso o delegado Silvio Birro, surge gora nova mudança inesperada no caso.
Foi a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos e Controle Externo da Atividade Policial, do MP (Ministério Público) do Pará em Santarém, Ione Missae Nakamura, que pediu para o juiz de plantão, Valdeir Salviano da Costa, mandar prender o PRF Carlos André, que acatou a representação da Promotora e determinou a prisão imediata do assassino confesso.
As acusações do Ministério Público, foram totalmente contrárias as da polícia, desde a tese do delegado Tiago Rabelo até a do Secretário Luiz Fernandes, que sustentava a mesma, foram desmontadas pela promotora Ione Nakamura que sustenta a execução do vigilante pelo policial rodoviário federal e não legítima defesa como alegou a polícia.
Para a polícia, o assassino agiu corretamente ao disparar dois tiros no vigilante a queima roupa, porque se sentiu ameaçado, coisa que a sociedade não aceitou e exige uma resposta e apuração dos fatos com rigor e que o policial pague pelo crime que cometeu.
Então foi que nesta sexta feira (28), desembarcou em Santarém o delegado Gilvandro Furtado, trazendo escrivãs, investigadores, uma equipe gigantesca para investigar novamente o Caso David Martins. A caravana policial veio da capital do Estado e assumiu o caso.
Esse fato causou grande descontentamento entre os policiais de Santarém, que não aceitam serem tratados dessa maneira pelo Governo do Estado, pois foram colocados de lado, sem nenhum respeito aos profissionais da segurança local, revelando assim um claro desentendimento entre os policiais do Pará, se instalando grave crise de moralidade na SEGUP.
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PARA JULGAR TUCANO, BARBOSA NÃO SERVE


A frequência com que Marco Aurélio (Collor de) Mello vota no PiG, faz a cabeça do PiG e constrói maiorias na opinião pública e publicada – isso, por acaso, é virtuoso ?
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello levantou na tarde desta quinta-feira, durante intervalo do julgamento do mensalão, a possibilidade de que o ministro revisor do processo, Joaquim Barbosa, não seja conduzido à presidência do tribunal após a aposentadoria compulsória do ministro Carlos Ayres Britto, em novembro.
“Fico preocupado diante do que percebo no plenário. O presidente deve ser algodão entre metais e não um metal entre os metais”, disse, em referência aos embates que Barbosa tem tido com o ministro revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski.
Pelas regras da Corte, assume o posto o vice-presidente do tribunal, que é também o membro mais antigo que ainda não foi presidente. No caso, Joaquim Barbosa. Mas Marco Aurélio disse que esse modelo não é automático. “Não é por aclamação. As cédulas são distribuídas e há votação”, afirmou.
Em um dos mais duros embates, ocorrido ontem, Marco Aurélio chegou a interferir na discussão para pedir a Barbosa compostura em suas intervenções. (....)

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Impedir a ascensão de Joaquim Barbosa à Presidência é um Golpe de Estado.
Quem disse que o Supremo não seria capaz de um Golpe brasiguaio ?
Agora que está na hora de devolver legitimidade às Operações Satiagraha e Castelo de Areia; de julgar o mensalão tucano…
Na hora em que o Supremo se aproxima do arraial da inimputabilidade tucana, agora a severidade do Joaquim Barbosa não presta ?
Barbosa só é bom para botar petista na cadeia ?
Joaquim Barbosa deixou de ser o queridinho do PiG ?
Por acaso, o comportamento de Gilmar Dantas na presidência do Supremo foi exemplar ?
Quem foi acusado de “desmoralizar a Justiça”, pelo próprio Barbosa ?
E a forma de o Presidente Cezar Peluso tratar o próprio Barbosa foi, por acaso, exemplar, um “algodão entre metais” ?
Por acaso, a frequência com que Marco Aurélio (Collor de) Mello vota no PiG, faz a cabeça do PiG e constrói maiorias na opinião pública e publicada – isso, por acaso, é virtuoso ?
Barbosa é o substituto de Ayres Britto – doa a que tucano doer.
Qualquer alternativa é Golpe !

Paulo Henrique Amorim
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Garçom espanhol vira herói após proteger manifestantes em Madri



Frente à truculência da polícia madrilenha para conter os protestos de milhares de espanhóis contra o governo de Mariano Rajoy, na terça-feira (25/09), o garçom do restaurante de um hotel da capital espanhola serviu de escudo humano para proteger os manifestantes e virou um símbolo instantâneo do movimento 25S.
Alberto Casillas, de 49 anos, não deixou a polícia entrar no estabelecimento para deter ou dispersar as muitas pessoas que ali se refugiaram. Casado, pai de dois filhos, Villa trabalha no Restaurante Prado, parte do hotel Vincci Soho, no centro de Madri, perto do epicentro da manifestação.
Sua atitude virou destaque nos principais jornais espanhóis e foi "trending topic" no Twitter. "Não sou herói, foi um ato humano e qualquer cidadão teria feito o mesmo", disse à imprensa espanhola. "Ouvi um dos agentes dizer que ia entrar para 'identificar' as pessoas. Disse-lhe que ali não entravam, porque só tinha gente inocente. Eu estava com muito medo, porque caso eles entrassem, poderia ser um banho de sangue", afirmou.
Durante a meia hora de tensão, algumas pessoas que estavam no outro lado da rua começaram a atirar pedras contra a polícia e uma delas acabou acertando o braço de Casillas. O garçom pediu para que parassem imediatamente, como é possível ver no vídeo. "A ação policial foi desmedida. Havia mulheres feridas. Reconheço que votei no PP [Partido Popular], mas não concordo com isso, com um governo que se esconde atrás das pistolas", desabafou.
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JANETE NÃO PAGOU O COMBINADO, PROFESSORES AMEAÇAM ENTRAR EM GREVE


PROFESSOR DO ESTADO AMEAÇA PARAR EM OUTUBRO

Professores da rede pública de ensino ameaçam entrar em greve no Pará a partir do dia 17 de outubro. A categoria justifica que o governo do Estado descumpriu acordo feito em março deste ano, quando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) e o governo do Estado acertaram que a diferença da integralização do piso salarial relativa aos meses de janeiro e fevereiro seria pago em três parcelas, a partir de setembro. A direção do sindicato alega que, ao visualizar os contracheques deste mês na internet, os servidores constataram que a primeira parcela do acerto não foi paga.
Em março deste ano, o salário-base do professor da rede estadual de ensino do Pará alcançou o piso nacional, estipulado pelo governo federal em R$ 1.451,00. Com esta integralização do piso salarial, o Estado teve um acréscimo de R$ 14,5 milhões na folha de pagamento. Como o valor era considerado vultoso para os cofres públicos, ficou acertado que o aumento valeria a partir do terceiro mês do ano – período em que foi fechada a negociação -, e que os meses anteriores (janeiro e fevereiro) seriam pagos em três parcelas, nos meses de setembro, outubro e novembro deste ano.
De acordo com o coordenador-geral do Sintepp, Mateus Ferreira, os servidores esperavam que o aumento viesse embutido no contracheque de setembro, conforme combinado. "Ficamos espantados ao ver em nossos comprovantes de pagamento que o acertado não havia sido cumprido", diz. Ele assegura que, se o Estado não pagar por meio de uma folha suplementar até 10 de outubro, a categoria voltará a cruzar os braços. "Já estamos em estado de greve. Se não acertarmos até a primeira dezena de outubro, no dia 17 realizaremos uma assembleia e paralisamos no dia seguinte", avisa.
Governo - O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead) - que participou das negociações -, comprometeu-se em pagar a primeira parcela do retroativo junto com os salários de setembro, mas por meio de folha suplementar. De acordo com o governo, cada parcela representará um acréscimo de R$ 8 milhões na folha, totalizando, nos três meses acordados, um montante de R$ 24 milhões, somados os encargos.
(Amazônia – ORM)
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Desenho de bomba de Netanyahu vira hit na internet

Agora a equipe de Benjamin Netanyahu conta com novos recursos audiovisuais para criticar o programa energético nuclear do governo de Mahmoud Ahmadinejad, do Irã. Durante a 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o premiê expôs à cúpula de diplomatas e demais lideranças uma cartolina com a imagem de uma bomba digna dos desenhos do Pernalonga e do Patolino. A ideia era indicar (como em um infográfico) o nível máximo de enriquecimento de urânio iraniano que Israel irá tolerar antes de recorrer a uma intervenção armada contra o país. 





Assista o vídeo da apresentação de Netanyahu:


Assange ironiza Obama e pede fim de "perseguição" dos EUA


O fundador do Wikileaks, Julian Assange, falou via videoconferência para grupo de diplomatas na Assembleia Geral

A Assembleia Geral das Nações Unidas foi marcada por um evento pouco usual e que expos suas controvérsias na noite de quarta-feira (27/09) quando Julian Assange se pronunciou via videoconferência para um grupo de representantes. Longe dos discursos de diplomatas e chefes de estado, a fala do fundador do Wikileaks trouxe à tona a hipocrisia dos Estados Unidos e de outros estados que defendem princípios na ONU, mas atuam de forma diferente.
“O tempo das palavras acabou”, disse ele se referindo ao discurso do presidente norte-americano, Barack Obama, na Assembleia. “Chegou a hora dos EUA terminarem com a perseguição ao Wikileaks, a nossa gente e às nossas fontes. Chegou a hora dos EUA se juntarem às forças da mudança não em belas palavras, mas em boas ações”, acrescentou.
Durante 15 minutos, Assange denunciou as verdadeiras práticas políticas do governo norte-americano que contrastam com tudo aquilo que Obama defendeu na terça (25/09) durante a sessão na ONU.
Para ver o vídeo na íntegra, clique aqui.
Segundo ele, os EUA não defendem a liberdade de expressão em suas ações; pelo contrário, perseguem aqueles que divulgam informações e apoiam ditadores. “É um desrespeito aos mortos afirmar que os EUA apoiaram as forças de mudança”, afirmou Assange.



O fundador do Wikileaks contou a história de Bradley Manning, soldado norte-americano responsável pelo vazamento de documentos secretos para o site e que há mais de 800 dias, enfrenta abusos e torturas em prisões dos EUA. Assim como Assange, Manning pode ser condenado pela justiça do país a pena de morte.
(Cartaz com o rosto do fundador do Wikileaks, Julian Assange, em frente à embaixada equatoriana em Londres)
Assange ainda acrescentou que é muito audacioso da parte de Obama afirmar seu apoio e colaboração à Primavera Árabe, quando o governo dos EUA amparou até o fim os regimes ditatoriais que o povo derrubou. O jornalista lembrou que durante as revoltas, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o vice-presidente, Joe Bidden, chegaram a descrever o governo de Hosni Mubarak no Egito de “estável” e “democrático”.
Para o fundador do Wikileaks, que considera a si mesmo um perseguido político pelas autoridades norte-americanas, os EUA construíram um “regime de segredos” que deve terminar.
Assange falou para um grupo de diplomatas na Assembleia Geral da ONU por meio de uma videoconferência transmitida por satélite da embaixada equatoriana em Londres, onde ele está asilado há mais de três meses. O fundador do Wikileaks espera a permissão do governo britânico para deixar a sede diplomática e viajar ao país latino-americano que lhe concedeu asilo político.
O encontro desta quarta (26/09) foi organizado pelo ministro de Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, que pediu mais uma vez ao Reino Unido conceder o salvo-conduto para Assange. “O Reino Unido disse que defende os direitos humanos. Seria humano tentar deixar Assange na embaixada por meses ou por anos?”, questionou ele.
Patiño encontrará o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, ainda nesta quinta-feira (27/09) para discutir o caso de Assange.
O caso
Assange, que lançou o Wikileaks em 2010, é procurado pela Justiça da Suécia para responder por um suposto crime sexual. Ele ainda não foi acusado ou indiciado. No Reino Unido, ele travou uma longa batalha jurídica contra sua extradição para o país escandinavo, que se recusava a interrogá-lo em solo britânico. No entanto, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que ele deveria ser extraditado. Há mais de três meses, o jornalista buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres, em uma jogada classificada como “tenaz” pela imprensa local.
Assange teme que, após ser preso na Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição, onde poderá ser julgado por crimes como espionagem e roubo de arquivos secretos. O Wikileaks obteve acesso e divulgou centenas de milhares de arquivos diplomáticos norte-americanos, muitos deles confidenciais.
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POLÍCIA TENTOU CAMUFLAR A EXECUÇÃO DE DAVID MARTINS, DIZ MINISTÉRIO PÚBLICO



CASO MIRANTE: VIGILANTE FOI EXECUTADO, DIZ MP

Por Jeso Carneiro

Para a promotora Ione Missae Nakamura, o policial federal rodoviário Carlos André Costa, 33 anos, praticou “grave violação dos Direitos Humanos” ao matar com 2 tiros o vigilante David Martins, 38 anos, na segunda-feira (24) na Praça do Mirante.
É o que consta no pedido de prisão temporária ajuizado por ela, e subscrito também por mais 2 promotores, ontem (28).
No documento, Nakamura é enfática ao afirmar que o vigilante foi executado.
“No entender do Ministério Público as provas trazidas tentam camuflar um crime com nuances de execução, pois, repita-se a vítima foi atingida com dois tiros de Pistola .40 em região letal, ou seja, no coração!”, escreveu a promotora.
“A suposta construção de legítima defesa não poderia jamais ser analisada em juízo de valor da autoridade policial, mas sim do Poder Judiciário! O representado poderia ter efetuado disparo de advertência ou em região não letal, mas preferiu fuzilar a vítima com dois tiros, causando-lhe o óbito”, lembrou. (Blog do Jeso)
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O STF não merece ter Barbosa na presidência


Autor: Luis Nassif

Este tema é de decisão estrita do Supremo Tribunal Federal, é óbvio. E não vai, de forma alguma, influir no resultado final do julgamento do “mensalão”. E nem influirá porque, a esta altura, provavelmente todos os Ministros já firmaram sua convicção em relação aos acusados.
Mas, inegavelmente, Joaquim Barbosa não está apto a assumir a presidência do STF. De forma alguma. É uma pessoa emocionalmente desequilibrada, incapaz de entender regras mínimas de convivência com seus pares. Sua truculência é tamanha que, nas sessões do Supremo, um presidente vacilante, como Ayres Brito, mal consegue contê-la. Foi necessário que Marco Aurélio de Mello se manifestasse duramente para Joaquim Barbosa sair do surto que o acometeu.
Como presidente, o que ocorreria? Uma desmoralização completa da corte.
Barbosa é o tipo de pessoa que faz questão de exercer seus poderes ultrapassando seus próprios limites. Não lhe basta a plenitude de poderes de que goza um Ministro da Suprema Corte. Ele quer mais e mais, calar dissidentes, proibir o contraditório, indignar-se com quem tem a petulância de pretender divergir.
Ontem, comportou-se como um valentão de bar disputando a menina (a opinião pública). A ponto de invocar suposta inveja do revisor Ricardo Lewandowski, acusando-o de copiar até seu tempo de exposição. Como se a exposição do revisor pretendesse atrapalhar seu grande momento. Como se o momento solene de um julgamento fosse um palco iluminado com apenas um ator.
O Supremo não pode correr esse risco de desmoralização alçando-o à presidência.
A exploração da imagem de Joaquim Barbosa é veneno na veia do Supremo. Ele é enaltecido por jornalistas e populares que sempre trataram a questão da Justiça como vingança, acerto de contas, linchamento, efeito manada.
Seus seguidores e os exploradores da sua imagem são os mesmos que aplaudiram o linchamento da Escola de Base, do Bar Bodega, os mesmos que exploraram a religiosidade mais obtusa, o preconceito mais escancarado, o ódio mais acendrado, o esgoto mais fétido que já jorrou da mídia.
Se o Supremo quiser atropelar garantias, é prerrogativa dele. Que pelo menos seja através da imagem de um Celso de Melo, Marco Aurélio, até Rosa Weber, não desse protótipo de lutador da UFC togado.
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APROVAÇÃO DO GOVERNO DILMA BATE RECORDE E ATINGE 62%,



A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff atingiu o maior índice desde o início da gestão em 2011, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (26).
O percentual dos entrevistados que consideram o governo Dilma “ótimo” ou “bom” subiu de 59% para 62%.
O índice de brasileiros que avaliam o governo “ruim” ou “péssimo” caiu um ponto percentual e passou de 8% para 7%. (…)

Só a Golpe.
Só com um Golpe brasiguaio !
Clique aqui para ver que o Gilmar Dantas tratou Presidenta tão popular como se fose um Zé Mané do botequim.
Clique aqui para ver que a queda da desigualdade tem sido es-pe-ta-cu-lar !
Só o Supremo para derrubá-la, pela mão da Globo e do MP desgastado peloTênue Gurgel e seu apressado antecessor.
Em tempo: será que o Cerra vai ao debate da Record ? O Amaury o aguarda ansiosamente !

Paulo Henrique Amorim
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LEWANDOWSKI: ELES VÃO TER QUE REBOLAR


O Ministro Lewandowski dá um xeque de Rainha em seus pares, a cada voto que emite.

Saiu no Estadão: COMPRA DE VOTOS É ‘CONJECTURA’, DIZ REVISOR DO PROCESSO DO MENSALÃO

Revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou não haver provas de que houve compra de deputados pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a aprovação de projetos de interesse do Executivo.
A linha adotada por Lewandowski levou à condenação daqueles que se beneficiaram do mensalão, mas isentou o governo Lula da acusação de compra de votos no Congresso. Seria, no entendimento do ministro, um esquema de caixa 2 de campanha.(…)

Para justificar as condenações, Lewandowski repetiu o argumento de que o STF mudou sua jurisprudência ao decidir, de acordo com ele, que o mero recebimento do dinheiro pelo parlamentar configura o crime de corrupção passiva, sem que seja necessária a indicação precisa de que ato ou decisão se cobrariam em troca dos recursos. Com isso, ele condena os deputados e ex-deputados que receberam dinheiro, mas isenta o governo Lula da acusação de compra de votos.
O Ministro Lewandowski dá um xeque de Rainha em seus pares, a cada voto que emite.
O PiG tem uma “certa dificuldade” de perceber que Lewandowski, com votos tecnicamente irretocáveis, mostra, a cada dia, que o STF vai “ter que rebolar” – como disse conceituado jurista a este ansioso blogueiro – para condenar o Dirceu sem provas, sem ato de ofício, e com uma larga interpretação do que seja “domínio do fato”.
A cada dia fica mais claro que, para condenar Dirceu, o STF vai ter que re-inventar a Lei que o próprio STF sempre seguiu.
É o xeque de Rainha.
Para Lewandowski, a “compra de votos” é uma quimera !
Mas, esse é um “julgamento de exceção”, como demonstrou o professor Wanderley Guilherme, de forma inequívoca.
Um julgamento que só vale para pegar o Dirceu e, portanto, o Lula – leia artigo do Mauro Santayana sobre a caça do PiG ao Lula – e a Dilma.
O que vale para o Dirceu não valerá para mais ninguém.
O STF refará a “excepcional” jurisprudência, quando necessário.
Assim, como no capítulo do “bônus de volume”, o que vale para a Visanet não vale para a Globo.
Como já se percebeu neste “excepcional julgamento”, a Globo constrói a sua própria jurisprudência.
Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim
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JUIZ RESGATA A CIDADANIA DO POVO SANTARENO - MANDA PRENDER O ASSASSINO DE DAVID MARTINS, PONDO UM FIM NA TESE INSUSTENTÁVEL DA POLÍCIA



JUIZ MANDA PRENDER ASSASSINO RISONHO

O juiz Valdeir Costa determinou no fim da tarde desta quarta (26) a prisão do Policial Rodoviário Federal, Carlos André Conceição, que assassinou na segunda(24), o vigilante David Martins. O oficial de justiça foi até a DEPOL e entregou o mandado para o delegado Nelson Silva.
Ao receber o mandado de prisão calado, o delegado que levantou muitas ‘teses furadas’ permaneceu calado, pois com a decisão do juiz, encerra de vez as desculpas esfarrapadas, onde só prevalecia a versão do assassino, levada muito a sério pela polícia.O juiz pede que prendam, algemem e tragam para Santarém imediatamente o assassino frio que matou o vigilante David Martins, que num show de impunidade, a polícia de Santarém, levou com honras militares o meliante para o aeroporto para fugir da cidade.
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O transformismo perigoso de uma toga


Saul Leblon, Carta Maior / Blog das Frases

“O desequilíbrio emocional do relator Joaquim Barbosa na sessão desta 4ª feira do STF escancara o papel híbrido - e temerário - assumido por ele desde o início desse julgamento. Barbosa ora veste a toga de relator, ora de acusador; faz as vezes de juíz e de Ministério Público, ao mesmo tempo e com igual intensidade. Alterna-se nesse trasformismo à sua conveniência e arbítrio. Causa constrangimento seu descontrole. Acima de tudo, preocupa os riscos dessa escalada.
A espiral ascendente desenha uma linha de colisões que atropela os limites e a liturgia da função, desrespeita a presunção de inocência dos réus e agride os demais membros do Supremo. Sobretudo o revisor, no seu papel sagrado de contemplar um segundo olhar sobre cada linha do processo, tem sido alvo da intolerância dessa toga que se evoca uma suficiência ubíqua estranha ao Direito - exceto em um tribunal de exceção.
Em qualquer sociedade onde impera o Estado de Direito, comportamento assemelhado autorizaria arguir se os extremos dessa conduta já não teriam resvalado a fronteira do impedimento. Não basta apenas conhecimento jurídico fascicular. A missão de relator pede serenidade, equilíbrio e grandeza histórica.
Foi esse o sentido da advertência figurativa feita pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, quando declarou a Carta Maior: "A cabeça de um juiz não pode pensar como a de um taxista" (leia a íntegra nesta pág).
A figura algo caricata que vai se delineando sob a toga híbrida pode dar razão aos temores mais pessimistas de segmentos democráticos e ecumênicos da sociedade brasileira, signatários de um manifesto de ampla adesão nos meios artísticos e culturais.
A volúpia condenatória ameaça a isenção e o contraditório. São esses os requisitos que diferenciam um julgamento de um linchamemto, mutação abertamente encorajada por certa mídia, mas que não pode contagiar o relator, a ponto de ser capturado como personagem desfrutável de um simulacro de Justiça.”
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Sem provas contra Assange

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“Uma pergunta que não quer calar: como se explica o fato de a ação na Suécia contra Julien Assange, o fundador do site Wikleaks, praticamente ter saído do noticiário? O que terá acontecido?
Notícias procedentes da capital sueca, quase não divulgadas, dão conta de que os advogados de defesa de Assange descobriram que o material de prova sobre o qual se baseou toda a acusação até agora não contém DNA do acusado.
O fundador do WikiLeaks vem sendo acusado de ter abusado sexualmente de uma mulher e por isso foi aberta uma ação penal contra ele. Como se sabe, por temor de ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos, onde pode até ser condenado à morte ou pegar prisão perpétua, Assange pediu asilo ao Equador e se encontra na Embaixada daquele país em Londres à espera do governo britânico permitir a viagem para Quito.
Os advogados de Assange, com base em relatório de cem páginas da investigação policial que contém os depoimentos das vítimas e laudos periciais, demonstraram que o material recolhido do preservativo apresentado como prova pela mulher que se diz vítima de estupro não contém DNA do acusado.
Os advogados encaminharam pedido para que se investigue a possibilidade de a acusadora ter encaminhado material falso à polícia, o que, se comprovado, acarretará a anulação de todo o processo. Aguarda-se agora manifestação do Procurador Geral da Justiça sueca sobre o relatório da investigação policial.
Assange não pode correr o risco de sair de Londres rumo a Suécia, porque se isso acontecer, a Justiça de lá poderá conceder o que os Estados Unidos tanto querem, ou seja, a extradição para julgá-lo e condená-lo à pena rigorosa.
Inicialmente, o governo britânico, acenou com a possibilidade de prender Assange, até mesmo invadindo a sede da embaixada equatoriana. Mas diante das pressões limitou-se a dizer que não permitiria a saída do local rumo ao aeroporto.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DELFIM DEFENDE LULA E PEDE LEY DE MEDIOS


LULA

por Antonio Delfim Netto

Desde a Constituição de 1988, as instituições vêm se fortalecendo e o poder incumbente tem, com maior ou menor disposição, obedecido aos objetivos nela implícitos: primeiro, a construção de uma República onde todos, inclusive ele, são sujeitos à mesma lei sob o controle do Supremo Tribunal Federal; segundo, a construção de uma sociedade democrática com eleições livres e à prova de fraudes; terceiro, a construção de uma sociedade em que a igualdade de oportunidades deve ser crescente, por meio de um acesso universal e não oneroso de todo cidadão à educação e à saúde, independentemente de sua origem, cor, credo ou renda.
Vivemos um momento em que se acirram as legítimas disputas para estabelecer a distribuição do poder entre as várias organizações partidárias e que é propício aos excessos verbais, às promessas irresponsáveis e à agressão selvagem.
Afrouxam-se e liquefazem-se os compromissos com a moralidade pública, revelados no universo da “mídia”. Esta também, legitimamente, assume o partido que melhor reflete sua “visão do mundo”.
A situação é, agora, mais crítica porque a campanha eleitoral se processa ao mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal julga um intrincado processo que envolve o PT e, em breve, vai fazê-lo em outro, da mesma natureza, que envolve o PSDB.
O que alguma mídia parece ignorar é que o uso abusivo do seu poder é corrosivo e ameaçador à necessária e fundamental liberdade de opinião assegurada no artigo 220 da Constituição, onde se afirma que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”.
Primeiro, porque o parágrafo 5º do mesmo dispositivo previne que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”. E, segundo, porque no art. 224 a Constituição fecha o ciclo: “Para os efeitos do disposto nesse capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei”. Dois dispositivos suficientemente vagos que podem acabar criando problemas muito delicados no futuro.
Um exemplo daquele abuso é a procura maliciosa de alguns deles de, no calor da disputa eleitoral, tentar destruir, com aleivosias genéricas, a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ignorando o grande avanço social e econômico por ele produzido com a inserção social, o fortalecimento das instituições, a redução das desigualdades e a superação dos constrangimentos externos que sempre prejudicaram o nosso desenvolvimento.
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O que levou os espanhóis a ficarem tão indignados


Protesto ontem na Espanha

Por Paulo Nogueira

A Espanha enfrenta uma convulsão social – algo que é pior do que uma mera crise econômica.
Ontem, num protesto chamado “Ocupe o Congresso”, ou “25S” (de 25 de setembro), registraram-se cenas impressionantes no centro de Madrid.
Veja o vídeo abaixo.



O que acontece, essencialmente: os “indignados”, o nome dado aos manifestantes espanhóis, perderam a paciência com a iniquidade social que foi tomando conta do país ao longos dos últimos anos.
Na Espanha, como em quase todo o mundo, e os Estados Unidos são um exemplo formidável, grandes corporações e multimilionários foram concentrando cada vez mais riqueza com a evasão – legalizada e amoral – de impostos, sobretudo através de paraísos fiscais.
Essa predação leva inevitavelmente à escassez de recursos públicos.
E então o governo espanhol, como tantos outros, pede sacrifícios a quem ficou de fora da festa da evasão fiscal – o chamado povo. Viúvas, aposentados e assalariados são convocados a pagar a conta. Programas sociais são cortados um atrás do outro. Uma hora a paciência popular se esgota, e irrompem situações dramáticas como a de ontem na Espanha.
O caso espanhol merece atenção dos brasileiros.
O que teria acontecido no Brasil se a iniquidade extrema social que caracteriza o país tivesse seguido o curso livre de sempre?
Nossos indignados já estariam há muito tempo protagonizando cenas como as de ontem na Espanha. Viveríamos, todos, em estado de sobressalto. A classe média estaria encolhida, sitiada por favelas – e as ruas tenderiam a ser um território livre para bandidos, como esboçaram ser no final do século passado.
Administrações que diminuíram – menos do que o desejado, é certo – a iniquidade garantiram, paradoxalmente, a paz dos que mais as combatem, interessados apenas na manutenção e ampliação de seus privilégios. Ainda que involuntariamente, tais administrações prestaram um enorme serviço – não enxergado – aos ricos brasileiros.
Paz social não coexiste com iniquidade extrema. Para que sociedades sejam harmoniosas elas devem ter as características da Escandinávia.
Lá, graças à cultura da chamada Janteloven, ninguém se acha no direito de se julgar melhor que ninguém por causa do dinheiro (de resto quase sempre herdado) – e os que mais podem contribuem mais, nos impostos, pelo bem comum.
A Espanha seguiu outro caminho – e as consequências agora estão aí.
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SECRETÁRIO VEIO A SANTARÉM PARA PUNIR DOIS, MAS SÓ CONSEGUIU AFASTAR UM




ROLOU A PRIMEIRA CABEÇA DO SHOW DA IMPUNIDADE DO 'CASO DAVID MARTINS'

No Blog Espalha Brasa

O secretário Estadual de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, veio a Santarém trazido pelo candidato do Governador, Alexandre Von PSDB para tentar dar uma solução para a tragédia cometida por seus subordinados no caso David Martins. Segurança morto covardemente por um policial que saiu de Santarém escoltado pela policia como um herói, sorrindo e contente, após cometer o crime.
Informações palacianas nos confirmaram nesta tarde de quarta (26), que o Chefe da Segup do Pará, veio com a missão de afastar o Delegado Tiago Rabelo e o Comandante do 3° BPM Coronel Antenor Oliveira, mas chegando em Santarém percebeu que não iria conseguir cumprir a sua missão, por motivos que estamos apurando para mostrar aqui a verdadeira história de o porque o Secretário não conseguiu afastar o Ten Cel Antenor.
Então afastou imediatamente o delegado que nem sabia que o assassino havia sido levado da delegacia para viajar como um herói de guerra, só não condecoraram o assassino porque não houve tempo... A qualquer momento, mais informações...
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Em defesa do amigo e cidadão José Dirceu

Do Balaio do Kotscho 

Dez anos atrás, nesta mesma época, todo mundo queria ser amigo de José Dirceu, o coordenador da campanha que dali a alguns dias levaria Lula à sua primeira vitória nas eleições presidenciais.
Hoje, é tratado pela maior parte da imprensa como se fosse o inimigo público número um, alguém a ser execrado e combatido de todas as formas, embora ainda lhe restem muitos amigos.
Nomeado ministro-chefe da Casa Civil, Dirceu teve papel importante na formação do governo eleito, sem maioria no Congresso Nacional. Discutida durante várias semanas, a aliança com o PMDB, o maior partido no parlamento, não deu certo.
Nascem aí, a meu ver, as dificuldades políticas do PT, que três anos depois levariam o partido a ser denunciado no caso do mensalão, dando início ao processo ora sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Bem antes, porém, do STF abrir suas portas para colocar em pauta a ação penal 470, José Dirceu já parecia condenado às penas máximas, e ponto — só não se exigindo a pena de morte porque não consta da nossa legislação.
O bombardeio contra Dirceu na opinião pública foi de tal ordem que não podia mais haver nenhuma discussão sobre os autos e as provas constantes do processo.
Simplesmente, não se admitia dos ministros do STF outra decisão a não ser condená-lo e mandá-lo para a cadeia, com ou sem provas, quaisquer que fossem os argumentos da defesa.
Programado para coincidir com a reta final da campanha eleitoral, o julgamento de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares na próxima semana é tratado como causa vencida, antes que seja dado o primeiro voto no STF.
Dirceu tornou-se o símbolo do PT a ser destruído, mas na verdade o que se busca com a sua condenação é desconstruir a imagem do governo de Lula, aprovado por mais de 80% da população, e do seu partido. No noticiário, nas colunas, nos blogs e nos comentários das redes sociais, virou uma guerra de extermínio, a vingança de quem perdeu o poder em 2002.
É nesse clima de esfola e mata que um grupo de artistas, intelectuais e acadêmicos está preparando um documento, que já conta com mais de 200 assinaturas, em defesa de um julgamento que respeite os réus e não ceda ao massacre promovido pelos meios de comunicação.
"Não reivindicamos a inocência de ninguém. Mas esperamos que os ministros do STF saibam punir quem tem de ser punido. E inocentar quem tem direito à inocência", diz um dos articuladores do texto, o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, 82 anos, velho amigo do ex-ministro.
"Não é um manifesto. É um texto filosófico-doutrinário de cidadãos brasileiros preocupados com a manutenção de alguns direitos constitucionais, sobretudo o direito à presunção da inocência", explicou Barreto a Fabio Brisolla, da Folha.
"Somos contra a espetacularização do julgamento, o pré-julgamento e a pré-condenação que vem se fazendo publicamente. Esperamos que o julgamento seja feito no tribunal". O nome de José Dirceu nem é citado no texto.
Um dos signatários é o arquiteto Oscar Niemeyer, que disse a O Globo: "Desde o início há uma campanha contra o José Dirceu. Um exagero.” O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, que foi ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso, justificou sua adesão ao documento por se tratar de "um texto que fala sobre como se aplicam os princípios de direito em geral, que precisam ser seguidos".
Os autores do documento ainda não decidiram se a mensagem será enviada aos ministros do STF. Entre outros, assinam o texto o compositor e poeta Jorge Mautner, a empresária Flora Gil, mulher de Gilberto Gil, os cineastas Bruno Barreto e Tizuka Yamazaki, o escritor Fernando Morais e o músico Alceu Valença.
Em outras palavras, questões jurídicas e político-eleitorais à parte, o que o documento dos seus amigos reivindica é respeito aos direitos do cidadão José Dirceu.
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REQUIÃO DEFENDE LULA E DENUNCIA PRECONCEITO DE CLASSE

Manifesto exige ´legalidade´ e repudia ‘linchamento´: julgamento ou espetáculo?


por Rodrigo Vianna

Depois do fracasso do golpe contra Chavez, em 2002, a tática dos conservadores mudou. Em Honduras, o golpe teve aparência de legalidade. No Paraguai, o caminho foi o mesmo. E no Brasil? Não chega a ser golpe o que vemos no Supremo Tribunal Federal. Mas é um ensaio. Ministros do STF emparedados pela mídia. Magistrados que invertem a lógica e afrontam a Constituição, exigindo que réus comprovem sua inocência. Entramos na era da “presunção da culpa”. E, pra completar, um julgamento marcado – e fatiado – para coincidir com as eleições. Coincidências?
Não se trata de negar os atos ilícitos praticados por gente do PT e “partidos aliados”. Erraram, que sejam punidos. Mas e o Mensalão tucano, muito anterior: por que não foi a julgamento até hoje? E o escândalo do Cachoeira: por que o Procurador Geral sentou em cima da investigação que atingia líder e governador da oposição, além de jornalistas da revista mais suja do Brasil?
O País precisa ficar atento. Os golpes do século XXI não são mais liderados por generais. Mas tramados em redações e TVs, com apoio de políticos de oposição. Se o golpe do delegado não deu certo em 2006, e o golpe da bolinha de papel fracassou em 2010, avança-se para uma técnica mais sutil.
Diante desse ensaio de “golpe institucional”, a sociedade reage. Confira abaixo o Manifesto à Nação, que pede o óbvio: o STF precis agir como Poder Judiciário, e não como um órgão a serviço da oposição midiática.
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CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO
Desde o dia 02 de agosto o Supremo Tribunal Federal julga a ação penal 470, também conhecida como processo do mensalão. Parte da cobertura na mídia e até mesmo reações públicas que atribuem aos ministros o papel de heróis nos causam preocupação.
Somos contra a transformação do julgamento em espetáculo, sob o risco de se exigir – e alcançar – condenações por uma falsa e forçada exemplaridade.  Repudiamos o linchamento público e defendemos a presunção da inocência.
A defesa da legalidade é primordial. Nós, abaixo assinados, confiamos que os Senhores Ministros, membros do Supremo Tribunal Federal, saberão conduzir esse julgamento até o fim sob o crivo do contraditório e à luz suprema da Constituição.
Fernando Morais, jornalista e escritor
Hildegard Angel, jornalista
Luiz Carlos Barreto, produtor cinematográfico
Olgária Matos, filósofa, professora universitária Unifesp
 cartaabertaadesoes@gmail.com
Abelardo Blanco, cientista politico, publicitário
Adilson Monteiro Alves, sociólogo
Adriano Pilatti, professor de direito PUC/RJ
Afonso Celso Lana Leite, professor universitário UFU
Alceu Valença, músico
Alcides Nogueira, escritor
Aldimar Assis, advogado
Altamiro Borges, jornalista
Amélia Cohn, socióloga, professora Faculdade de Medicina USP
Ana Carolina Lopes, fotógrafa
Ana Corbisier, pesquisadora
Ana Fonseca, economista, professora universitária
Ana Helena Tavares, jornalista
Ana Maria dos Santos, advogada
Ana Maria Freire, escritora
André Borges, escritor e poeta
André Klotzel, cineasta
André Medalha e Almada, designer
André Tokarski, presidente da UJS – União da Juventude Socialista
Antonio Abujamra, ator
Antonio Carlos Fon, jornalista
Antonio Celso Ferreira, historiador, professor Unesp/Assis
Antonio Gilson Brigagão, jornalista e diretor teatral
Antonio Grassi, ator
Antonio Ibañez Ruiz, educador, professor universitário UNB
Antonio Pitanga, ator
Armando Freitas Filho, poeta
Arnaldo Carrilho, servidor público aposentado
Artur Henrique, sindicalista, secretário relações internacionais da CUT para as Américas
Artur Scavone, jornalista
Aton Fon Filho, advogado
Beatriz Cintra Labaki, socióloga
Beilton Freire da Rocha, médico
Benedito Prezia , antropólogo e escritor
Bernadette Figueiredo, professora
Betinho Duarte, administrador de empresa
Bruno Barreto, cineasta
Carlos Azevedo, jornalista
Carlos Duarte, advogado
Carlos Eduardo Niemeyer – Fotógrafo
Carlos Enrique Ruiz Ferreira, professor, coordenador assuntos institucionais e internacionais da UEPB
Carlos Roberto Pittoli, advogado
Carlos Walter Porto-Gonçalves, geografo, professor universitario UFF
Carlota Boto, pedagoga e professora da FEUSP
Carolina Abreu
Ceci Juruá, economista
Cecilia Boal, psicanalista
Célio Turino, historiador, gestor cultural
Celso Frateschi, ator
Celso Horta, jornalista
Cenise Monte Vicente, psicóloga, ex-diretora do UNICEF/SP
Christina Iuppen, professora
Clara Charf, militante feminista
Claudio Adão, jogador de futebol
Claudio Kahns, cineasta
Cloves dos Santos Araújo, advogado, professor universitário UNEB
Consuelo de Castro, dramaturga
Cristiane Souza de Oliveira
Daniel Tendler, cineasta
David Farias, artista plástico, escultor e pintor
Dayse Souza, psicóloga
Débora Duboc, atriz
Derlei Catarina de Lucca, professora
Domingos Fernandes, jornalista
Drauzio Gonzaga, professor universitário UFRJ
Dulce Maia de Souza, ambientalista
Dulce Pandolfi, historiadora, pesquisadora CPDOC/FGV
Edmilson José Valentim dos Santos, engenheiro
Eduardo Ebendinger, ator
Edvaldo Antonio de Almeida, jornalista
Eide Barbosa, gestora de pessoas
Eleonora Rosset, psicanalista
Emiliano José, jornalista e escritor
Emir Sader, sociólogo, professor universitário UERJ
Eneida Cintra Labaki, historiadora
Ercílio Tranjan, publicitário
Eric Nepomuceno, jornalista e escritor
Ernesto Tzirulnik, advogado
Erotildes Medeiros, jornalista
Eugenio Staub, empresário
Fabio Dutra, estudante de direito USP
Fabio Roberto Gaspar, advogado
Felipe Lindoso, produtor cultural
Fernando Nogueira da Costa, economista, professor universitário Unicamp
Fernando Sá, cientista político
Fernando Soares Campos, servidor público
Fidel Samora B.P. Diniz, músico
Flora Gil, produtora cultural
Francis Bogossian, engenheiro, Academia Nacional de Educação e Academia Nacional de Engenharia
Gabriel Cohn, sociólogo, professor USP
Gabriel Landi Fazzio, estudante de direito USP
Gabriel Pereira Mendes Azevedo Borges, estudante de direito USP
Gabriel Priolli, jornalista
Gabriela Shizue S. de Araujo, advogada
Galeano Bertoncini, cirugião dentista
Gaudêncio Frigoto, educador, professor universitário UERJ
Gegê, vice-presidente nacional da CMP – Central de Movimentos Populares
Giane Alvares Ambrósio Alvares, advogada
Gilson Caroni, sociólogo, professor universitário Faculdades Integradas Hélio Alonso/RJ
Gisela Gorovitz, empresária e advogada
Glaucia Camargos, produtora de cinema
Gonzalo Vecina Neto,  médico sanitarista, professor da FSP/USP
Guilherme Silva Rossi, estudante de direito USP
Heloísa Fernandes, socióloga, professora USP e ENFF
Hugo Carvana, ator e cineasta
Humberto de Carvalho Motta, estudante universitário
Ícaro C. Martins, cineasta
Idacil Amarilho, administrador
Iná Camargo, professora universitária USP
Iolanda Toshie Ide, professora universitária aposentada Unesp/Marília
Isa Grispun Ferraz, cineasta
Ivan Seixas, presidente do Condepe – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
Ivo Rosset, empresário
Ivone Macedo Arantes, arquiteta
Ivy Farias,  jornalista
Izabel de Sena, professora universitária, Sarah Lawrence College, NY
Izaias Almada, escritor
Jacy Afonso de Melo, secretário de organização da CUT Nacional
Jane Argollo, coordenadora de Ponto de Cultura
Jessie Jane Vieira, historiadora, professora da UFRJ
Jesus Chediak, jornalista
João Antonio de Moraes, sindicalista, coordenador geral da FUP – Federação Única dos Petroleiros
João Antonio Felício, sindicalista, secretário de relações internacinais da CUT
João Carlos Martins, pianista e maestro
João Feres, cientista político
João Jorge Rodrigues dos Santos, advogado e presidente do Grupo Olodum
João Lopes de Melo
João Paulo Possa Terra, estudante de direito USP
João Pedro Stédile, presidente nacional do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
João Quartim de Morais, cientista político, professor universitário Unicamp
Jorge Ferreira, empresário
Jorge Mautner, cantor e escritor
José Antonio Fernando Ferrari, antiquário
José Arrabal, professor, jornalista e escritor
José Carlos Asbeg, cineasta
José Carlos Henrique, arquiteto
José Carlos Tórtima, advogado
José Fernando Pinto da Costa, presidente do grupo educacional Uniesp
José Ibrahim, líder sindical
José Luiz Del Roio, escritor
José Marcelo, pastor batista
Josefhina Bacariça, educadora popular em Direitos Humanos
Julia Barreto, produtora cinematográfica
Julio Cesar Senra Barros, interlocutor social
Jun Nakabayashi, cientista político
Juvandia Moreira, sindicalista, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
Ladislau Dowbor, economista, professor universitário PUC/SP
Laio Correia Morais, estudante de direito USP
Laurindo Leal Filho, jornalista e sociólogo, professor universitário USP
Lauro Cesar Muniz, dramaturgo
Levi Bucalem Ferrari, escritor e professor de ciências políticas
Lia Ribeiro, jornalista
Lincoln Secco, historiador, professor universitário USP
Lorena Moroni Girão Barroso, servidora pública federal
Lucas Yanagizawa Paes de Almeida Nogueira Pinto, estudante de psicologia
Lucy Barreto, produtora cinematográfica
Luiz Carlos Bresser Pereira, economista, professor FGV
Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior, memorialista
Luiz Fenelon P. Barbosa, economista
Luiz Fernando Lobo, artista
Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, professor universitário Unicamp
Luiz Pinguelli Rosa, professor da UFRJ
Maia Aguilera Franklin de Matos, estudante de direito USP
Maira Machado Frota Pinheiro, estudante de direito/USP
Malu Alves Ferreira, jornalista
Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, publicitário
Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto
Marcelo Santiago, cineasta
Marcílio de Freitas, professor da UFAM
Márcio Souza, escritor
Marcionila Fernandes, professora, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UEPB
Marco Albertim, jornalista
Marco Antonio Marques da Silva, desembargador
Marco Aurélio Belém Purini, estudante de direito USP
Marco Aurélio de Carvalho, advogado
Marco Piva, jornalista e empresário da área de comunicações
Marcos José de Oliveira Lima Filho, doutorando em Direito da UFPB
Marcus Robson Nascimento Costa
Maria Carmelita A. C. de Gusmão, professora
Maria das Dores Nascimento, advogada
Maria do Socorro Diogenes, professora
Maria Guadalupe Garcia, socióloga
Maria Izabel Calil Stamato, psicóloga, Universidade Católica de Santos
Maria José Silveira, escritora
Maria Luiza de Carvalho, aposentada
Maria Luiza Quaresma Tonelli, professora e advogada
Maria Victoria Benevides, socióloga, professora universitária USP
Mariano de Siqueira Neto, desembargador aposentado
Marilene Correa da Silva Freitas, professora da UFAM
Marília Cintra Labaki, secretária
Marília Guimarães, escritora, Comitê Internacional de intelectuais e artistas em defesa da humanidade
Mário Cordeiro de Carvalho Junior, professor da FAF/UERJ
Marlene Alves, professora, reitora da UEPB
Marly Zavar, coreógrafa
Marta Nehring, cineasta
Marta Rubia de Rezende, economista
Martha Alencar, cineasta
Maryse Farhi, economista, professora universitária
Matheus Toledo Ribas, estudante de direito USP
Michel Chebel Labaki Jr.
Michel Haradom, empresário, presidente da FERSOL
Mirian Duailibe, empresária e educadora
Ney de Mello Almada, desembargador  aposentado
Nilson Rodrigues, produtor cultural
Noeli Tejera Lisbôa, jornalista
Oscar Niemeyer, arquiteto
Otavio Augusto Oliveira de Moraes, estudante de economia PUC/SP
Otávio Facuri Sanches de Paiva, estudante de direito USP
Pablo Gentili, educador, professor universitário UERJ, FLACSO
Paula Barreto, produtora cinematográfica
Paulo Baccarin, procurador da Câmara Municipal de São Paulo
Paulo Betti, ator
Paulo Roberto Feldmann, professor universitário, USP, presidente da Sabra Consultores
Paulo Thiago, cineasta
Pedro Gabriel Lopes, estudante de direito USP
Pedro Igor Mantoan, estudante de direito USP
Pedro Rogério Moreira, jornalista
Pedro Viana Martinez, estudante de direito USP
Raul de Carvalho, pesquisador
Regina Novaes, socióloga/RJ
Regina Orsi, historiadora
Renato Afonso Gonçalves, advogado
Renato Tapajós, cineasta
René Louis de Carvalho, professor universitário UFRJ
Ricardo Gebrim, advogado
Ricardo Kotscho, jornalista
Ricardo Miranda, cineasta
Ricardo Musse, filósofo, professor USP
Ricardo Vilas, músico
Ricardo Zarattini Filho, engenheiro
Risomar Fassanaro, poetisa e jornalista
Roberto Gervitz, cineasta
Rodrigo Frateschi, advogado
Ronaldo Cramer, professor de direito PUC/RJ
Rose Nogueira, jornalista
Rubens Leão Rego, professor Unicamp
Sandra Magalhães, produtora cultural
Sebastião Velasco e Cruz, cientista político, professor universitário Unicamp
Sérgio  Ferreira, médico
Sergio Amadeu da Silveira, sociólogo e professor da UFABC
Sergio Caldieri, jornalista
Sérgio Mamberti, ator
Sergio Mileto, empresário, presidente da Alampyme – Associação Latino Americana de Pequenos Empresários
Sérgio Muniz, cineasta
Sérgio Nobre, sindicalista, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Sérgio Ricardo, cantor
Sérgio Vampre, advogado
Silvio Da Rin, cineasta
Tatiana Tiemi Akashi, estudante de direito USP
Teresinha Reis Pinto, biomédica e pedagoga Consultora UNESCO
Tereza Trautman, cineasta
Theotônio dos Santos, economista
Tizuka Yamasaki, cineasta
Tullo Vigevani, professor Unesp/Marília
Urariano Mota, escritor e jornalista
Vagner Freitas de Moraes, sindicalista, presidente nacional da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Valter Uzzo, advogado
Venicio Artur de Lima, jornalista e sociólogo
Vera Lúca Niemeyer
Vera Maria Chalmers, professora universitária Unicamp
Verônica Toste, professora universitária IESP/UERJ
Vitor Fernando Campos Leite, estudante de direito USP
Vitor Quarenta, estudante de direito Unesp/Franca
Vladimir Sacchetta, jornalista e produtor cultural
Wadih Damous, advogado/RJ
Walnice Nogueira Galvão, professora de literatura comparada USP
Walquikia Leão Rego, professora Unicamp
Zé de Abreu, ator
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PRESSIONADO PELA OPINIÃO PÚBLICA VON PEDE APURAÇÃO DO CRIME DO VIGILANTE




O deputado Alexandre Von, candidato a prefeito de Santarém, apoiado pelo Governador Simão Jatene, acuado e sem saída, após a mobilização da sociedade, que exigiu a apuração do caso, foi procurar auxílio em Belém com o Secretário de Segurança do Estado.
Após a Polícia Militar e a Polícia Civil de Santarém, protagonizarem um espetáculo de impunidade que chocou a sociedade, liberando um assassino frio, que veio a Santarém, cometeu um crime bárbaro, e saiu rindo apoiado pela própria polícia, Von parece que acordou para a vida.
Von é deputado estadual e imediatamente, após o noticiário que tomou conta de toda a cidade, deveria por obrigação ter se manifestado a favor da apuração dos fatos, mas não foi o que aconteceu, só agora que a opinião pública repercutiu em sua campanha, que ele aparece pedindo para que a própria policia que errou, se corrija.
O candidato do Governador, esperou a sociedade clamar por justiça, agonizar diante dos meios de comunicação pelo absurdo que foi liberar o assassino, para só agora que a opinião pública pode prejudicar a sua campanha, se mobilizar e ainda foi bater na porta errada, pois na nossa opinião, Von deveria pedir as autoridades federais para apuração deste caso, para que não pairasse no ar, nenhum suspeita de favorecimento.
Após mexerem no local do crime, pois nem o IML foi chamado para ir ao local do assassinato, quem recolheu as armas não estava de luvas para preservar a perícia técnica para colheita das digitais, uma série de irregularidades cometidas que o cidadão viu, aí Von aparece.
Aparece num jogo de cena, o assassino foi liberado e ninguém sabe nem por onde anda, as provas e o local do crime foram alterados, então porque só agora Von aparece cobrando a apuração dos fatos? Cidadão santareno é de deixar qualquer um indignado.
Alexandre Von, nesta terça (25), foi até o Secretário de Segurança do Pará, Luiz Fernando Rocha, em Belém, pedir que ele mande o delegado Nilton Atayde apurar o caso da morte do vigilante, assim anuncia o Blog do Jeso, um dos mais respeitados de Santarém.
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terça-feira, 25 de setembro de 2012

14 anos depois da privatização Celpa é vendida a R$ 1.

No portal do Diário On line:
"Equatorial fecha compra de parte da Celpa por R$ 1

Nesta terça-feira (25), a companhia Equatorial Energia fechou contrato de compra e venda de ações com a distribuidora de energia Celpa (Centrais Elétricas do Pará).
A Equatorial se comprometeu, em contrato, a adquirir 39,179 milhões de ações de emissão da Celpa pelo valor total de R$ 1 (um real).
O comunicado foi feito hoje pela própria empresa e publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No Maranhão, a Equatorial Energia controla a CEMAR (Companhia Energética do Maranhão), única concessionária de distribuição de energia elétrica daquele estado.
O montante comprado pela Equatorial corresponde a uma participação de 65,18% do capital votante e 61,37% do capital social total da Celpa.
Diante do processo de recuperação judicial Celpa, a aquisição ocorreu com o preço de R$ 1.
O plano de recuperação da Celpa foi aprovado e homologado no dia 1º deste mês, tendo uma proposta para equacionamento do financeiro e do chamado passivo operacional, que diz respeito ao ciclo operacional da empresa, tais como fornecedores, salários, encargos e impostos, assim como a aquisição do controle concessionária de energia do Pará por um investidor.
Entrentanto, a conclusão da operação ainda depende da aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), além de estar sujeita a outras condições precedentes previstas no contrato de compra e venda".
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Políticos de todo o Brasil são donos de terras na Amazônia e Cerrado

Por Altino Machado, no Blog da Amazônia

Dados do livro “Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro”, obtidos a partir de declarações de bens à Justiça Eleitoral, mostram que políticos de todas as regiões do país possuem terras na Amazônia e no Cerrado.

O jornalista Alceu Luís Castilho, autor do livro, lançamento recente da Editora Contexto, analisou quase 13 mil declarações de políticos eleitos em 2008 e 2010. No município de São Félix do Xingu (PA), o segundo maior do país, com o maior rebanho bovino, os políticos possuem mais de 12 mil hectares.
O Pará é um dos principais destinos dos políticos – inclusive nos municípios do Arco do Desmatamento, no Pará e em Mato Grosso.
O livro expõe a tese de um “sistema político ruralista”, do qual emerge um fenômeno mais conhecido, a famosa bancada ruralista.
De acordo com o livro, entre os deputados estaduais e federais, senadores e governadores, eleitos em 2010 e 2006, de 548 mil hectares, 88 mil ficam em outros estados que não aqueles onde eles têm domicílio eleitoral.
Das áreas rurais declaradas pelos prefeitos, 22,56% também estão em outros estados. São 262 mil mil hectares, de um total de 1,16 milhão de hectares informados por eles ao TSE.
Dos 22 prefeitos do Acre eleitos em 2008, 10 são proprietários de terras rurais. Somando os vice-prefeitos, 13 municípios do Acre (59,09%) possuem políticos proprietários de terra à frente de prefeituras. A porcentagem entre os prefeitos é de 45,45%.
O estado que mais possui “prefeitos e vice-prefeitos com terra” é o Mato Grosso (com 62,41% entre prefeitos, 78,72% incluindo vice-prefeitos). Em seguida vêm Paraná, Bahia e Espírito Santo, contando os vice-prefeitos. Em todos estes estados mais de 70% dos municípios têm o prefeito ou o vice “com terra”.
Contando só os prefeitos a ordem muda: depois do Mato Grosso vêm Bahia (53,62%), Tocantins (53,24%), Rondônia (52,73%), Goiás (52,05%), Espírito Santo (51,95%) e Piauí (51,12%). Em todos estes casos mais da metade dos prefeitos é proprietária de terras rurais.
A lista dos 31 políticos com mais hectares, conforme as declarações entregues por eles mesmos à Justiça Eleitoral, possui um prefeito do Acre: Hilário Melo (PT), de Jordão. Ele declarou a posse de 17.842 hectares, em 2008, por R$ 42.942,87.
Uma das terras de Melo, de 17.731 hectares, foi declarada por R$ 642,87. A relação R$/hectare dessas terras é uma das mais baixas das 13 mil declarações analisadas: R$ 2,41 – equivalente ao preço de uma lata de cerveja.
Entre os latifúndios (pelo menos 2 mil hectares), essa proporção só é maior que a de uma fazenda do senador mato-grossense Jayme Campos, com relação R$/há de R$ 0,017.
A obra também enumera crimes ambientais em terras de políticos. Um dos casos é o do ex-prefeito eleito de Feijó, Juarez Leitão, do PT, afastado pela Justiça Eleitoral, que já teve obra embargada pelo Ibama, por desmatamento. Leitão era seringueiro, companheiro do sindicalista Chico Mendes e chegou a presidir o Conselho Nacional dos Seringueiros.
“Partido da Terra” traz também uma lista inédita de políticos madeireiros: são mais de 60 nomes. Quatro são do Pará, um do Amapá, um de Rondônia. Vários já foram acusados – alguns, até presos – de crimes ambientais.
Um dos capítulos sobre ambiente conta o caso de Luiz Augusto Ribeiro do Valle. Ele já foi diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre. Teve uma área embargada pelo Ibama, em 2007, por destruição ou danificação de florestas.
Outro nome que aparece (sempre no 17º capítulo do livro, Arco do Desmatamento) é o de Darly Alves da Silva Filho, por desmatamento em Xapuri.
O livro trata também de crimes contra camponeses, indígenas e trabalhadores, a mando de políticos.
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DILMA DESAFIA OBAMA NA ONU


A régua e o compasso são outros

Na abertura da 67ª Assembléia da ONU, a Presidenta Dilma Rousseff decepcionou os que achavam que ela ia rever a política externa de Celso Amorim e do Nunca Dantes, os que, com destemor e competência, romperam com a Diplomacia da Dependência, a do tirar os sapatos ao entrar nos Estados Unidos.
Dilma desafiou Obama e seus interlocutores no PiG – clique aqui para ler “Correa enfrenta a “Globo e a Globo enfrenta o Governo”.
Dilma criticou a política monetária americana de inundar o mercado de liquidez, para valorizar moedas como o Real e prejudicar as exportações de países emergentes.
Dilma desafiou os Estados Unidos a chamar de “protecionismo” as medidas de legítima defesa que o Brasil adota, amparado pelas normas da Organização Mundial do Comércio.
Dilma desafiou os Governos da Europa – leia-se Angela Merkel – e a ortodoxia neolibelista, que se vale da ortodoxia para sepultar a própria recuperação da economia.
Dilma avisou Obama que não há solução militar na Síria.
E condenou a ajuda (americana) à oposição na Síria.
(Ainda que tenha condenado veementemente a violência cometida pelo Governo da Síria contra velhos e crianças.)
Dilma criticou os que difundem a islamofobia.
Da mesma forma que condenou o atentado terrorista que matou o embaixador americano na Líbia.
Dilma desafiou Obama ao lembrar que, sem a integração completa do Estado Palestino à comunidade internacional e à ONU, não haverá paz com Israel.
Dilma desafiou Obama a modernizar o Conselho de Segurança da ONU, já que a ilegitimidade do CS serve para dar aparencia de normalidade a ações de guerra – como a americana no Iraque – praticadas à revelia do Direito Internacional.
Dilma defendeu (sem se referir diretamente) o ato de expulsar o Paraguai do Mercosul, por causa do Golpe perpetrado com a mão do PiG e a toga do Supremo (do Paraguai).
(As expressões aí mais fortes são do ansioso blogueiro e, não, dela – PHA.)
Dilma desafiou Obama ao condenar o bloqueio econômico a Cuba.
A diplomacia da Dilma não se desviou da régua e do compasso do Nunca Dantes.
Dilma não traiu: por isso, não será poupada da fúria Golpista.

Paulo Henrique Amorim
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UM CRIME MUITO ESTRANHO


Esta foto é no momento que o policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa, natural de Campinas (São Paulo), está no aeroporto comprando sua passagem.


POLICIAL RODOVIÁRIO QUE MATOU VIGILANTE, DEIXOU SANTARÉM ESCOLTADO E FARDADO DE POLICIAL MILITAR

A população está indignada com o desfecho de um crime bárbaro ocorrido em Santarém na manhã desta segunda (24/09). A versão do policial rodoviário federal Carlos André, que atirou em David Martins, foi que após o vigilante abordar alguns jovens com uma suposta arma, o policial então pensou que fosse um assalto e reagiu mantando o vigilante.
Mas outra fonte de informação que chegou em nosso blog é que o vigilante tentou impedir que dois jovens colocassem uma bandeira do candidato Alexandre Von 45 no Mirante do Tapajós, pois por ser local público é proibido pela Lei Eleitoral a utilização do espaço para a propaganda política, então o vigilante tentou impedir e foi surpreendido pelo assassino.
Existem outras versões que a cada momento surge na cidade, que faz do crime um quebra cabeça, inclusive suspeitas de crime de pistolagem e outras versões mais. Mas o que deixou a população estarrecida foi a maneira de como a policia tratou o crime.
Logo após o assassinato o policial Carlos André, permaneceu no local armado até a chegada da polícia militar, então aí começou um jogo de cena de deixar qualquer cidadão desconfiado pela forma de como os policiais tentaram manobrar e encobrir o crime.
Os policiais militares ao isolarem a área onde estava o criminoso e a vítima, ficaram por horas conversando sem permitir a presença de ninguém, e por fim conduziram o assassino que demonstrava estar sorrindo, para a delegacia de polícia civil.


Mirante do Tapajós, local onde ocorreu o assassinato sendo isolado pela polícia - Foto: O Impacto

O DRAMA DOS FAMILIARES QUE COBRAVAM JUSTIÇA
Na delegacia os policiais militares não permitiram que a imprensa e ninguém se aproximasse do assassino, causando estranheza, pois a PM sempre expõe para a imprensa em geral, até com o intuito de ser transparente, qualquer suspeito ou criminoso.
Foi que os familiares e conhecidos da vítima, chegaram em caravana para cobrar justiça em frente a delegacia, inclusive a mãe de David, Dona Raimunda que é professora. Então começou uma trama por parte dos policiais inaceitável, que revoltou a população.
O que se esperava por todos os cidadãos santarenos da polícia, é que o assassino fosse conduzido para o presídio, e pedido sua prisão temporária de 5, 10 ou até 30 dias, para que fosse esclarecido o crime e acabasse de vez com as dúvidas sobre o episódio.
Mas o que a população assistiu na tarde desta segunda (24), foi um espetáculo de impunidade. A polícia Militar de Santarém que tem como comandante o tenente Coronel Antenor Oliveira, que foi indicado ao Governador Simão Jatene, para este cargo, por Alexandre Von 45 e Lira Maia, surpreendeu a família santarena.


A Professora Raimunda, mãe do vigilante assassinado - Foto: O Impacto

A FUGA CINEMATOGRÁFICA DO ESTRANHO ASSASSINO
O povo exigia uma resposta da polícia sobre o desfecho do episódio, e para todos que estavam ali na frente da delegacia, o assassino iria ser detido em algum quartel, ou dos Bombeiros, do exercito ou em uma cela da PF, mas não foi isso que aconteceu...
Usando uma farda oficial da Policial Militar do Pará, o assassino saiu do prédio da Polícia Civil de Santarém e foi escoltado por policiais fortemente armados até o aeroporto, e rindo comprou uma passagem, trocou de roupa no banheiro do aeroporto e viajou.
Tudo com a proteção da Polícia Militar de Santarém que em nenhum momento,deixou a imprensa se aproximar do assassino. Isso causou grande repercussão nas redes sociais, começou então a grande desconfiança que há por trás desse crime algo que os policiais tentaram esconder, pois não é a prática da polícia militar fazer esse tipo de coisa.


Momento em que o policial saiu do banheiro do aeroporto,já sem a farda da PM - Foto: O Impacto
 
QUESTIONAMENTOS QUE ESTÃO SURGINDO NAS REDES SOCIAIS
1_O policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa, é natural de Campinas (São Paulo), mas segundo a policia local, ele trabalha na PRF em Brasília, o que causa mais desconfiança na população é que ele comprou uma passagem para Belém.
Viajou tranquilamente na tarde do dia em que cometeu o crime, para a capital do estado, onde foi recebido segundo nossas fontes, por pessoas que supostamente seriam policiais militares, ao descer no aeroporto de Belém, essa foi a informação que recebemos, não podemos comprovar, só com as filmagens das câmeras do aeroporto.
2_Outra mais intrigante que surgiu após o assassino fugir da cidade, foi: por que não pediram a prisão temporária dele? Para que fosse esclarecido para a população, se o vigilante foi morto mesmo ao impedir que colocassem a bandeira do candidato do governador no Mirante? Ou se a versão do policial rodoviário federal era a correta? Ou se há outra versão que esclareça este crime afinal?
3_O que ficou para a população de Santarém é que a polícia militar tentou esconder algo que poderia ser grave, ou para o candidato do governador, caso aí o Alexandre Von 45, ou algo inexplicável que só uma investigação federal pode esclarecer de vez os fatos.
O que deixa o cidadão indignado é que houve clara facilitação para que o assassino deixasse Santarém de maneira impune, após assassinar um pai de família, trabalhador que estava cumprindo com suas obrigações em seu posto de trabalho.
4_Porque nos leva a desconfiar que em menos de 24 horas, sumiram com os supostos cabos eleitorais que queriam colocar a bandeira do Von 45 no Mirante e com o assassino que pode até ter cometido o crime por pura fatalidade, mas se quisessem esclarecer, não deveriam deixa-lo sair de Santarém.
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AMAZÔNIA TEM MAIOR DESMATAMENTO DESDE JULHO DE 2009


Perda florestal volta a crescer e o Estado mais atingido foi o Pará, com 227,8 quilômetros quadrados, seguido do Mato Grosso, com 208 quilômetros quadrados.

BRASÍLIA, 24 Set (Reuters) - A Amazônia Legal registrou desmatamento de 522,34 quilômetros quadrados no mês de agosto, o maior dado mensal desde julho de 2009, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgadas nesta segunda-feira.
A perda florestal de agosto mostrada pelo sistema Deter, do Inpe, aponta ainda crescimento de 219,8 por cento no desmatamento na comparação com agosto do ano passado.
O Pará foi o Estado da Amazônia Legal que registrou o maior desmatamento, 227,82 quilômetros quadrados, seguido do Mato Grosso, que apontou perda de 208,98 quilômetros quadrados de florestal.
A Amazônia Legal está localizada nos Estados do Acre, Amazonas, parte do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Segundo o Inpe, em agosto, somente 4 por cento da área da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, que impedem o satélite de verificar áreas desmatadas.
Nos últimos 12 meses, segundo os números do Deter, o desmatamento somou 2.409,96 quilômetros quadrados, com o Mato Grosso liderando a perda florestal, à frente do Pará, que está em segundo.
Nos últimos 12 meses até agosto do ano passado, o Deter apontou desmatamento de 2.577,8 quilômetros quadrados.
O Ministério do Meio Ambiente informou, por meio de nota, que o pico de desmatamento registrado em agosto "se deve a fatores como a quebra da safra de milho nos Estados Unidos, que levou à abertura de novas áreas para o plantio de soja no Brasil, a alta da cotação do ouro no mercado internacional, que está provocando o incremento da atividade garimpeira ilegal e, principalmente, o aumento das queimadas".
Segundo a nota, os registros de desmatamento nos meses de agosto, setembro e outubro são historicamente mais altos, por conta do período de seca na Amazônia, que favorece a disseminação de focos de incêndio.
A pasta informou ainda que o mês de setembro deve mostrar uma reversão no quadro e que até o dia 20 deste mês foram registrados 130 quilômetros quadrados de áreas desmatadas.
O coordenador de campanhas de florestas do Greenpeace, Márcio Astrini, concorda com a influência que o mercado de commodities exerce sobre o desmatamento, mas acrescenta que o aumento do ritmo de destruição da floresta pode ser reflexo de uma postura leniente do governo.
"O governo tem dado um recado para o desmatador da Amazônia. E o recado é: pode desmatar, vale a pena", disse o ambientalista, citando o fato de a presidente Dilma Rousseff ter diminuído o ritmo de criação de Unidades de Conservação e as discussões sobre o Código Florestal, que alimentam, na opinião do coordenador, um sentimento de impunidade a quem cometer crimes ambientais.
OUTROS FATORES
André Lima, assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), cita ainda outros fatores que, em conjunto, ajudam a explicar a alta no desmatamento da Amazônia em agosto. Entre eles, a eleição municipal, o esgotamento das ações de fiscalização e a discussão em torno do Código Florestal.
"Se você for olhar, em 2008 (ano de eleição municipal) também teve um pico grande de desmatamento", disse. "Não posso te dizer que isso esteja acontecendo agora, mas a gente sabe que em ano eleitoral existe uma pressão para que a fiscalização faça vista grossa."
O Deter é um sistema de alerta do Inpe que auxilia a fiscalização e o controle do desmatamento. O levantamento usa imagens e sensores de satélites para mapear áreas de degradação da vegetação.
Essa leitura, no entanto, é limitada pela resolução das imagens e pela cobertura de nuvens no momento em que as informações são colhidas.
Em agosto, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comemorou a divulgação de dados que apontavam uma tendência de queda no desmatamento da Amazônia Legal.
Na ocasião, Izabella anunciou um queda de 23 por cento no ritmo de desmatamento medido entre agosto de 2011 e julho de 2012, comparado aos números de um ano antes. Também com base no Deter, a ministra divulgou ainda a menor área desmatada para o mês de julho, de 212 quilômetros quadrados, nos últimos quatro anos. 
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O passado, o presente e o futuro da China segundo o filósofo Bertrand Russell



Por Paulo Nogueira

Há quase cem anos, o filósofo, historiador e matemático britânico Bertrand Russell se debruçou sobre o fenômeno chinês. Ele escreveu um livro chamado “O Problema da China”, do qual extraímos as passagens abaixo para a nossa série Conversas com Escritores Mortos.
Mr Russell: o senhor passou uma temporada na China e escreveu um livro sobre o país. Como o senhor definiria a China?
A China pode ser considerada uma nação artista, com as virtudes e os defeitos típicos dos artistas: virtudes quase sempre úteis para os outros, e os defeitos quase sempre prejudiciais para ela mesma. A China vai conseguir preservar as virtudes? Ou, para sobreviver, ela vai adquirir os defeitos que provocam miséria para os outros apenas? E se a China copiar o modelo estabelecido pelo Ocidente, o que será de todos nós?
Qual é este modelo ocidental, Mr Russell?
Nossa prosperidade, e muito daquilo que fazemos pela nossa segurança, só pode ser obtida com uma ampla opressão e exploração dos países mais fracos. 
E os chineses ..
O que eles conseguem eles devem apenas a eles mesmos.
Como o senhor vê o futuro da China?
A China é o país mais paciente do mundo; pensa em séculos, enquanto os outros países pensam em décadas. É essencialmente indestrutível, e sabe esperar. As nações “civilizadas”, com seus bloqueiros, seus gases envenenados, suas bombas, seus submarinos, seus exércitos sinistros, vão provavelmente destruir uma à outra nos próximos cem anos, deixando o palco para aqueles países cujo pacifismo os deixou vivos, ainda que pobres e sem poder bélico.
Suponhamos que o modelo chinês de país artista, como o senhor define, triunfe. O que a humanidade deveria esperar?
Os chineses descobriram, e praticaram por muitos séculos, um estilo de vida que, se adotado em todo o mundo, tornaria o mundo todo feliz.
Mas o Ocidente é militarmente mais forte, e para muitos tem uma civilização superior.
A superioridade militar do Ocidente sobre a China não é uma lei eterna da natureza, como somos tentados a imaginar. E nossa superioridade como civilização é apenas ilusão.
O senhor poderia desenvolver este último tema?
Um escritor do passado escreveu: “Os ocidentais reduziram singularmente o campo da história do mundo em torno de Israel, da Grécia e de Roma, por completa ignorância da existência do resto do mundo. Eles desconheciam as histórias dos viajantes que tinham singrado o Mar da China e o Oceano Índico, ou cavalgado pelas imensidões da Ásia Central rumo ao Golfo Pérsico. A maior parte do universo, e ao mesmo tempo uma civilização diferente mas certamente tão desenvolvida quanto a Grécia Antiga e Roma, permaneceu desconhecida daqueles que escreveram a história de seu pequeno mundo acreditando que estavam escrevendo a história do mundo como um todo.”
E o senhor, o que diz disso?
Nos dias de hoje, este provincianismo, que impregna toda a nossa cultura, pode ter consequências desastrosas para a humanidade. Ou abrimos espaço para a China ou ela vai tratar de se erguer por si mesma.
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