terça-feira, 25 de setembro de 2012

DILMA DESAFIA OBAMA NA ONU


A régua e o compasso são outros

Na abertura da 67ª Assembléia da ONU, a Presidenta Dilma Rousseff decepcionou os que achavam que ela ia rever a política externa de Celso Amorim e do Nunca Dantes, os que, com destemor e competência, romperam com a Diplomacia da Dependência, a do tirar os sapatos ao entrar nos Estados Unidos.
Dilma desafiou Obama e seus interlocutores no PiG – clique aqui para ler “Correa enfrenta a “Globo e a Globo enfrenta o Governo”.
Dilma criticou a política monetária americana de inundar o mercado de liquidez, para valorizar moedas como o Real e prejudicar as exportações de países emergentes.
Dilma desafiou os Estados Unidos a chamar de “protecionismo” as medidas de legítima defesa que o Brasil adota, amparado pelas normas da Organização Mundial do Comércio.
Dilma desafiou os Governos da Europa – leia-se Angela Merkel – e a ortodoxia neolibelista, que se vale da ortodoxia para sepultar a própria recuperação da economia.
Dilma avisou Obama que não há solução militar na Síria.
E condenou a ajuda (americana) à oposição na Síria.
(Ainda que tenha condenado veementemente a violência cometida pelo Governo da Síria contra velhos e crianças.)
Dilma criticou os que difundem a islamofobia.
Da mesma forma que condenou o atentado terrorista que matou o embaixador americano na Líbia.
Dilma desafiou Obama ao lembrar que, sem a integração completa do Estado Palestino à comunidade internacional e à ONU, não haverá paz com Israel.
Dilma desafiou Obama a modernizar o Conselho de Segurança da ONU, já que a ilegitimidade do CS serve para dar aparencia de normalidade a ações de guerra – como a americana no Iraque – praticadas à revelia do Direito Internacional.
Dilma defendeu (sem se referir diretamente) o ato de expulsar o Paraguai do Mercosul, por causa do Golpe perpetrado com a mão do PiG e a toga do Supremo (do Paraguai).
(As expressões aí mais fortes são do ansioso blogueiro e, não, dela – PHA.)
Dilma desafiou Obama ao condenar o bloqueio econômico a Cuba.
A diplomacia da Dilma não se desviou da régua e do compasso do Nunca Dantes.
Dilma não traiu: por isso, não será poupada da fúria Golpista.

Paulo Henrique Amorim
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