sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

EM PARIS, LULA RECEBERÁ TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO E VISITARÁ JARDIM MARIELLE FRANCO


Crédito: Ricardo Stuckert)
Via Rádio França Internacional - Anne Hidalgo, prefeita de Paris, remeterá nesta sexta-feira (28) a 
cidadania honorária da cidade de Paris a Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil. A 
cerimônia será precedida por uma visita ao Jardim Marielle Franco, inaugurado em setembro de 
2019 no 10º distrito da capital francesa, em homenagem à vereadora e ativista de direitos humanos 
brasileira, assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro.
A cerimônia oficial de entrega do título de Cidadão Honorário de Paris ao ex-presidente Luiz será 
realizada na Prefeitura, na presença da também ex-presidente Dilma Rousseff, e do ex-ministro 
Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores nas eleições presidenciais de 2018. A 
viagem é realizada a convite da prefeita Anne Hidalgo e a honraria “reconhece o legado de Lula no 
combate à miséria e sua luta contra a fome”.
O Conselho de Paris [equivalente à Câmara dos Vereadores da capital francesa] decidiu em 3 de 
outubro de 2019 agraciar Lula com o título de Cidadão Honorário da cidade, considerando que “os 
direitos civis e políticos do ex-Presidente da República Federativa do Brasil, particularmente 
engajados na luta contra as desigualdades sociais, foram desprezados”, segundo texto do convite 
oficial do evento.
Lula foi libertado em 8 de novembro de 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro, 
tendo cumprido 580 dias de detenção na sede da Polícia Federal de Curitiba.
Agenda
A agenda do ex-presidente continua no dia 3 de março, com um grande evento do festival Lula Livre 
no mítico Théâtre du Soleil, em Paris, teatro criado pela diretora Ariane Mnouchkine na década de 
1970. Lula participará do encontro, acompanhado de Dilma Rousseff e Fernando Haddad.
Além disso, Lula tem encontros previstos com diversas lideranças políticas da França, além de 
intelectuais e organizações franco-brasileiras. Na sequência, ele parte no dia 5 de março para 
Genebra onde fica até o dia 9. Na pauta, encontros com representantes sindicais e representantes do 
Conselho Mundial das Igrejas (CMI), que congrega mais de 340 igrejas em mais de 120 países.
Em Berlim, a partir do dia 9, Lula deve se reunir com lideranças políticas e representantes do 
movimento sindical alemão. No dia 9, o ex-presidente participa ainda do Encontro em Defesa da 
Democracia no Brasil, um ato público em que deve encontrar representantes dos comitês 
internacionais Lula Livre.

Doença de pobre, com 300 vezes mais notificações este ano que a Coronavirus, Dengue é ignorada no Brasil


Mais 8 mil doentes em uma semana no Paraná. Mapas de casos da doença deixam claro o 
destaque em uma faixa do país que começa no Acre, passa pelo Centro-Oeste e por parte do 
Sudeste, terminando no Paraná. Estados do Nordeste, como Paraíba e Pernambuco, tiveram 
poucos casos em comparação com unidades de outras regiões.
Por Luis Nassif
Coronavirus se pega em viagem internacional. Dengue se pega com falta de atendimento na saúde. 
Uma depende de passaporte; outra, da Lei do Teto. Coronavirus é doença de rico e classe média; 
dengue é doença de pobre.
É o que explica o alarido em torno de uma gripe com pouco mais de uma centena de suspeitas e 
nenhuma morte. E o silêncio ante 94.149 casos prováveis e 14 mortes da dengue.
Abaixo, matéria da BBC sobre o tema.
Da BBC News Brasil em São Paulo

Dados para as primeiras cinco semanas deste ano mostram mais casos na comparação com ano
passado; Acre, Mato Grosso do Sul e Paraná têm situação mais 
preocupante.
No mesmo mês em que o Brasil confirmou seu primeiro caso de paciente com um novo tipo de 
coronavírus surgido na China, um velho conhecido dos brasileiros deu sinais de que vai infectar 
ainda mais pessoas em 2020: o vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde com dados sobre a dengue aponta 
que o número de casos prováveis da doença ? aqueles que são notificados à pasta pelos Estados ? 
cresceram 19% nas cinco primeiras semanas do ano em comparação com o mesmo período de 2019.
Foram notificados 94.149 casos prováveis até a quinta semana do ano (mais precisamente de 
29/12/2019 a 01/02/2020), ante 79.131 no mesmo período no ano passado.
Neste início de 2020, há a confirmação de que pelo menos 14 pessoas morreram por dengue no país. 
A comparação de óbitos com 2019 ainda é incerta, já que os números ainda podem mudar bastante 
conforme chegam os resultados de análises laboratoriais e à medida que os Estados e municípios 
enviam seus informes ao ministério. Os dados do boletim atual, por exemplo, ainda não computam 
os casos e as mortes registrados a nível local em fevereiro.
Mas o ministério já trabalha com um cenário de aumento de casos de dengue para este ano, e alguns 
municípios e Estados pelo país decretaram alerta para uma epidemia de dengue ? que é definida 
quando há uma taxa de 300 casos confirmados de doença para cada 100 mil habitantes.
Hoje, o país tem em média uma incidência de 44,8 casos prováveis para cada 100 mil habitantes, 
valor que também é maior do que o registrado no boletim de mesmo período do ano passado (26,3 
casos por 100 mil; a comparação entre boletins de diferentes anos deve ser feita com cautela, já que 
há muitas alterações e atualizações de números depois que eles são publicados).
A situação varia drasticamente dentro do país, e três Estados já dispararam com mais de 200 casos 
por 100 mil habitantes: Acre (taxa de 281,65/100 mil); Mato Grosso do Sul (249,98/100 mil) e 
Paraná (220,75/100 mil).
No entanto, a tendência de alta da dengue neste ano só poderá ser confirmada nos próximos meses ? 
historicamente, o número de doentes cresce a partir de março.
Especialistas e representantes de governos entrevistados pela BBC News Brasil atribuem a tendência 
de alta da dengue em 2020 a uma combinação de fatores: primeiro e talvez mais importante, um 
novo ciclo poderoso de circulação do sorotipo 2 ( existem 4 sorotipos do vírus da dengue, uma 
classificação que corresponde à resposta de diferentes anticorpos no infectado); soma-se a isso 
condições meteorológicas particulares nos últimos meses e fatores culturais e comportamentais da 
população.
Confira informações sobre sintomas, prevenção e tratamento da dengue no site do Ministério da 
Saúde.
Mais 8 mil doentes em uma semana no Paraná
Mapas de casos da doença deixam claro o destaque em uma faixa do país que começa no Acre, passa 
pelo Centro-Oeste e por parte do Sudeste, terminando no Paraná. Estados do Nordeste, como Paraíba 
e Pernambuco, tiveram poucos casos em comparação com unidades de outras regiões.
No Paraná, os dados do crescimento da dengue impressionam. Em fevereiro do ano passado, o 
Ministério da Saúde apontou que o Estado tinha 14 doentes por 100 mil habitantes; já hoje, esse 
número chega a 220,7 ? alta de 1.471% na incidência na comparação entre boletins dos dois períodos.
Desde agosto, quando o Estado passou a contar um novo período epidemiológico, foram 
confirmados quase 35 mil casos da doença. Só na última semana, foram 8,2 mil novos doentes. 
Ainda de acordo com o governo estadual, 14 pessoas morreram de dengue neste ano ? por serem 
fornecidos pelo Estado, esses dados são mais atualizados do que os compilados pelo Ministério da 
Saúde.
“Nesse momento, estamos com um quadro de curva ascendente da doença. A tendência é de uma 
situação de piora impactante, pois o período de maior incidência ainda vai começar em março”, diz 
Ivana Belmonte, coordenadora de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde do Paraná.
Segundo ela, a alteração do tipo de vírus circulante é uma das explicações para o aumento da dengue 
no Estado e em boa parte do Brasil. De 2010 ao ano passado, a grande maioria das pessoas que teve 
dengue no Paraná foi infectada pelo tipo 1 da doença. Já a partir de agosto de 2019, o sorotipo 2 foi 
responsável por 83% das infecções por dengue no Estado.
Uma pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas uma vez ocorrida a infecção por um deles, 
adquire-se imunidade permanente para este tipo. 
“Quando você pega o tipo 1, fica imunizado contra ele. Por isso que, depois de uma alta, o número 
de casos tende a diminuir por um período. Porém, quando o sorotipo circulante se altera para o 2, as 
pessoas não estão imunizadas e acabam contraindo a doença. É isso o que está acontecendo no 
Paraná e em outros lugares”, explica Belmonte.
Sorotipo 2 da dengue avança no país
De fato, segundo informações enviadas pelo Ministério da Saúde à BBC News Brasil, a participação 
do sorotipo 2 no número de casos de dengue cresceu nos últimos cinco anos no país, chegando em 
2019 ao maior percentual: 65,6% dos casos, seguido pelo sorotipo 1 (30,4%) e sorotipo 4 (3,9%). Os 
dados para 2019 são preliminares e, para 2020, não estão disponíveis ainda.
“No fim de 2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depois de 10 anos e vem encontrando 
populações suscetíveis à doença desde então”, explicou o ministério em nota enviada à reportagem.
A bióloga Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do 
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e idealizadora da campanha “10 minutos contra o Aedes”, 
explica que, em 2019, o sorotipo 2 já puxou para o alto o número de casos de dengue em vários
Estados. No entanto, para vários outros lugares, a chegada deste tipo de vírus é uma novidade e, por
isso, os números para 2020 devem ser altos também.
“Em 2019, o sorotipo 2 circulou muito, mas não circulou em todas as regiões do Brasil. Além disso, 
estamos tendo um verão muito molhado, com bastante chuva ? o que também colabora para 
aumentar a quantidade de criadouros”, aponta.
Valle explica que o país é “hiperendêmico para a dengue, com períodos epidêmicos” ? o que 
significa, com “endêmico”, que as infecções ocorrem o ano todo, apesar de crescerem no verão; e, 
com “hiper”, que há mais de um sorotipo circulando. A pesquisadora destaca também que, por ter 
dimensões continentais, o país tem padrões diferentes de contaminação por Estado e até dentro de 
uma mesma cidade.
Mas, para a bióloga, é digno de nota o que vem sendo observado no Sul nos últimos anos, 
simbolizado neste 2020 com a presença do Paraná entre os Estados brasileiros com mais casos.
“O Brasil tem dengue o tempo todo, mas o Sul, com clima mais frio, Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH) maior e cidades melhor estruturadas, vinha atrasando a instalação do Aedes aegypti. 
Hoje vemos uma consolidação da instalação da dengue na região Sul também”, aponta Valle.
‘Não dá para ficar esperando o poder público limpar o seu quintal’
Apesar de apontar para a importância do saneamento e da urbanização no controle do mosquito 
Aedes aegypti ? que também transmite zika e chicungunha ?, Valle chama a atenção para o papel das 
pessoas no combate à dengue e outras doenças.
“O Aedes é um mosquito doméstico. De cada 10 criadouros, 8 estão dentro da casa das pessoas”, 
destaca.
Ivana Belmonte também menciona questões climáticas, como o aumento das chuvas em 
determinadas regiões, além de questões culturais para explicar o avanço da dengue no Paraná neste 
ano.
“A cultura da eliminação de criadouros do mosquito ainda é pequena no Brasil. É preciso sensibilizar 
ainda mais a população de que o risco é real, de que você ou um parente pode morrer de dengue”, 
explica.
Segundo ela, municípios do Paraná têm feito mutirões para verificar e eliminar criadouros do  
Aedesaegypti, mas, mesmo assim, os dados de contágio têm subido.“Os servidores fazem 
checagensa cada dois meses em residências, mas isso precisa partir das pessoas também. Não dá para 
você ficar esperando o poder público limpar o seu quintal”, diz.
Santa Catarina, embora ainda não tenha tido um aumento significativo dos casos de dengue em 2020, 
já projeta uma alta nos próximos meses. O número de focos do mosquito ? quando as cidades 
identificam criadouros do Aedes aegypti ? cresceu 54% até 15 de fevereiro, chegando a mais de 
7.600 pontos. O último boletim epidemiológico também aponta que 100 dos 295 municípios de 
Santa Catarina enfrentam uma “infestação” de Aedes aegypti.
“Pela proximidade com o Paraná e a circulação de turistas, enxergamos um cenário de crescimento 
da dengue”, diz Tharine Dal Cim, bióloga da Secretaria de Saúde de Santa Catarina. “Nós tivemos 
verões mais quentes e invernos menos rigorosos. Normalmente, o inverno mais frio controla a 
proliferação do mosquito. Mas as temperaturas mais amenas, e o fato de o Aedes estar se adaptando 
a essas condições, têm feito aumentar os focos no Estado”.
Para a bióloga, parte da região Sul ainda não está acostumada a enfrentar a dengue, pois, no 
imaginário da população, Estados mais frios são livres da doença ? a temperatura alta de fato é um 
fator importante na proliferação dos mosquitos, mas isso não blinda a região Sul do país.
“As pessoas pensam que aqui não tem dengue, que ela só atinge o Sudeste e Nordeste. Então, acaba 
existindo um descuido com a proliferação do mosquito”, diz Dal Cim.

PARA AGRADAR SEU CHEFE, MINISTRO MORO DÁ VOLTINHA DE BLINDADO


Reprodução: Twitter/@DefesaGovBr
O ministro da Justissa Sérgio Moro publicou ontem 27/II em seu perfil no Twitter imagens de uma 
visita que realizou ao perímetro externo da penitenciária da Papuda, em Brasília.
O ex-Judge Murrow acompanhou os trabalhos de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem 
(GLO) na quarta-feira 26/II, ao lado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo.
Segundo Moro, a penitenciária se utiliza do "apoio das Forças Armadas na segurança. Presídios 
federais desde 2006 sem celulares, sem rebeliões e sem fugas".
Para coroar a visita, o ministro deu uma voltinha em um blindado do Exército Brasileiro: um carro 
de combate Guarani, de cerca de sete metros de comprimento.
O vídeo foi publicado originalmente no Twitter do Ministério da Defesa.
O que levou Moro a fazer esse passeio?
É possível que seja uma forma de agradar o chefe Jair Bolsonaro.
Em agosto de 2019, quando esteve a ponto de ser demitido do ministério da Justiça, Moro postou - 
também no Twitter - uma foto de seus tempos de Tiro de Guerra, de submetralhadora nas mãos, em 
comemoração ao Dia do Soldado.

Reprodução: Twitter/@SF_Moro
É uma forma garantida de Moro demonstrar seu apoio ao presidente - especialmente em meio à crise 
causada pelos vídeos do WhatsApp.
Afinal, como se sabe, a família Bolsonaro tem amor às armas.
E, suspeita-se, o Moro também...
Em tempo: esse tipo de foto também pode ser capaz de enterrar uma carreira política. Em 
1988, durante a campanha presidencial norte-americana, o candidato democrata Michael Dukakis 
posou em cima de um tanque de guerra, utilizando um capacete muito maior que sua cabeça. O golpe 
de marketing não funcionou: o republicano George Bush foi eleito naquele ano.

Quem São os Empresários do Brasil 200, os Otários que Apoiam o Golpe convocado por Bolsonaro


O grupo reúne nomes como Flávio Rocha da Riachuelo, e Luciano Hang, o Verme da Havan
Apoiadores fervorosos de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, os empresários do 
grupo Brasil 200 agora usam sua influência, poder e recursos para financiar ataques contra o 
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e apoiar o ato golpista do próximo 15 
de março convocado por Bolsonaro.
O grupo é liderado por Gabriel Rocha Kanner, sobrinho do empresário Flávio Rocha, e por Helcio 
Honda, advogado da Fiesp e de Paulo Skaf. O instituto também traz donos de grandes redes do 
atacado e varejo nacional, tais como a Havan, Centauro e Riachuelo.
O grupo é o mesmo que, em dezembro de 2018, lançou o projeto “Empregue Mais Um” para 
estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo Bolsonaro. Os empresários também 
atuaram ao longo do primeiro ano do governo Bolsonaro em prol de pautas liberais, como a reforma 
da Previdência.
No começo do ano passado, o grupo chegou a abrir um escritório em Brasília e contratar 12 lobistas 
para atuar em prol da reforma.
‌Além de Rocha e Honda, fazem parte do Brasil 200 Luciano Hang (Havan), João Apolinário 
(Polishop), Sebastião Bonfim (Centauro), Washington Cinel (Gocil), Edgar Corona (Smart Fit e Bio 
Ritmo), Cris Arcangell (Beauty’in e Shark Tank Brasil), Marcelo Pessoa (Galápagos Capital Gestora 
de Fundos), Afrânio Barreira (Coco Bambu) e Marcelo Braga (BNZ e Instituto Eu Amo o Brasil). 
Juntas, as empresas do Brasil 200 faturam mais de 40 bilhões de reais.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

GLOBO COLOCA TROPA DE CHOQUE PARA COMBATER BOLSONARO, MONSTRO QUE AJUDOU A CRIAR


A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi ao Twitter nesta quinta-feira 27/II para
cobrar da TV Globo a famigerada "autocrítica", após as mais recentes ameaças autoritárias de Jair
Bolsonaro.
"Globo, se têm vergonha do governo que colocaram no Planalto, pra vender o Brasil e destruir as
conquistas do povo, façam a autocrítica q tanto cobram do PT", escreveu Gleisi.
Veja o tweet:


Globo, se têm vergonha do governo que colocaram no Planalto, pra vender o Brasil e destruir as conquistas do povo, façam a autocrítica q tanto cobram do PT. E façam jornalismo isento de parcialidade, porque sua TV é concessão pública, ñ propriedade famíliar
395 pessoas estão falando sobre isso

O exemplo de Sobral: o Estado tem que subordinar a PM


Meu tema desta semana seria Frente Democrática, Ampla e de Esquerda, mas a greve dos
petroleiros e o motim – que é crime e assim deve ser encarado e punido – generalizado da
Polícia Militar do Ceará se tornaram questões relevantes da ordem do dia.
A gravidade constitucional dos acontecimentos na cidade de Sobral, no Ceará, não pode ser
desconsiderada ou apagada pela ação imediata, legal e necessária do senador Cid Gomes, uma
vez que os amotinados desobedeciam ordens e decisões dos três Poderes do Estado –
Legislativo, Executivo e Judiciário.
Com o uso da força, das armas, encapuzados tomaram de assalto uma unidade militar e
impunham, tal como as milícias e o tráfico, o fechamento do comércio. E aterrorizavam a
população desarmada e pacífica a quem a eles, como impõem a lei, cabia a missão sagrada de
defender e proteger.
Não fosse a ação do senador e ex-governador Cid Gomes, o governo federal e o ministro da
Justiça, sem esquecer o falante chefe do GSI, nada teriam feito. Esses são os fatos, o restante é
propaganda e luta política.
Sinal aos golpistas
Condenar a ação de Cid Gomes, que propôs simplesmente que eles obedecessem à ordem
judicial e pacificamente se retirassem e deixassem de, com apoio de milícias encapuzadas,
ameaçar e aterrorizar o povo, chantageando os poderes constituídos, é dar sinal aos golpistas,
às milícias e ao crime organizado que toleraremos a violação da lei e da Constituição.
E que assistiremos impassíveis e coniventes, em nome não sei do que, para além dos interesses
de uma minoria que vive da exploração do povo trabalhador, ao retorno de uma ditadura, não
interessa sua natureza ou forma.
Se compararmos esse fato gravíssimo com a greve dos petroleiros, veremos a realidade nua e
crua de nosso país. Uma greve legal, apoiada em decisões de convenções e acordos coletivos,
violados e rompidos unilateralmente pela direção da Petrobras, com demissões em massa e
fechamentos de fábricas, apoiadas de forma inédita pelo TST, em tempo recorde, com decisões
sumárias e políticas, com o único objetivo de sufocar e reprimir, via Justiça do Trabalho, um
direito liquido, certo e sagrado do trabalhador, pelo qual lutamos décadas para restituir: o direito
de greve.
Pano de fundo
Tanto isso é fato que a Federação dos Petroleiros e os grevistas suspenderam a
paralisação assim que obtiveram na Justiça a suspensão das demissões em massa. O pano de
fundo dos acontecimentos de Sobral e da greve corajosa e mais do que justa dos petroleiros é
como nos comportaremos, os cidadãos, frente ao poder militar e judicial quando estes perdem
sua legitimidade pelo uso da força ou da lei para violar os direitos fundamentais consagrados em
nossa Constituição.
Ou seja, a subordinação absoluta do poder militar ao civil e à lei, e o poder judicial a serviço da
lei, e não do poder econômico ou do governo de plantão.
Há tempos assistimos ao poder militar se sobrepor ao civil e o poder judiciário servir a governos
e elites econômicas. No caso das Políticas Militares, elas são hoje uma instituição sem controle
estatal, militarizada, com corregedorias de faz de conta, governadores ou coniventes ou, mais
grave ainda, a maioria reféns, sem falar nos incentivadores de sua ação criminosa e fora da lei,
como Doria e Witzel, respectivamente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
PMs com poder demais
Se no passado já fugiam ao controle do aparato do Estado, as polícias militares sentiram-se
ainda com mais poder e acima das leis estimuladas pelo presidente da República e pelo ministro
da Justiça, que buscaram legalizar – isso mesmo – a pena de morte aplicada na prática por
facções das PMs, a famosa exclusão de ilicitude e outras barbaridades, sem esquecer o
envolvimento de oficiais superiores das PMs com o crime organizado e as milícias.
A gravidade do status hoje das PMs exige de nós ir além da denúncia e da cobrança ao poder
Judiciário para que detenha essa escalada de violações à Constituição e às leis. Exige uma ação
de luta e combate, a exemplo de Cid Gomes e dos petroleiros, para, no futuro, reformar
radicalmente essas instituições.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

OPINIÃO: A hora é agora: só o Congresso e o STF podem deter o autogolpe de Bolsonaro


"Há momentos na vida de um país que exigem a imediata tomada de posição dos responsáveis 
pela institucionalidade para evitar o pior", escreve o jornalista Ricardo Kotscho. "Está em 
jogo a sobrevida da nossa democracia"
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia 

Voltamos a viver dias muito semelhante aos que antecederam o golpe cívico-militar de 1964, que 
afundou o país em duas década de ditadura.
Com uma grande diferença: naquela época, o objetivo era derrubar o governo do civil João Goulart e 
colocar os militares no poder, para “combater a subversão comunista e a corrupção”.
Para isso, movimentos civis e militares organizaram a “Marcha da Família com Deus pela 
Liberdade”, por ironia liderada pelo notório governador de São Paulo, Adhemar de Barros, que era 
conhecido como o “rouba mas faz”.
Agora, trata-se de salvar um governo militarizado, já no poder, liderado por um ex-capitão cercado 
de generais, que subverte a Constituição, e convoca o povo a ir às ruas contra o Congresso e o STF.
Por isso mesmo, só vejo uma saída pacífica para evitar o novo golpe que já tem até data marcada: 15 
de março.Está nas mãos do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal deter esta tragédia 
anunciada.
Assim como em março de 1964, não há povo mobilizado para impedir a marcha do autogolpe, mas 
as instituições ainda podem evitar o pior.
Urge que o Legislativo e o Judiciário se reúnam ainda hoje para responder à ofensiva desencadeada 
por Bolsonaro na noite da terça-feira de Carnaval ao afrontar a democracia e o Estado de 
Direito.Lideranças políticas, de FHC a Lula, já se manifestaram pelas mesmas redes sociais, logo 
após a divulgação do vídeo golpista, pela repórter Vera Magalhães, do Estadão.
Mas só isso não basta para se contrapor à blitzkrieg de estética nazista desfechada pelo vídeo, muito 
bem produzido para botar terror na população.
Em 1964, o STF e o Congresso se acoelharam e garantiram a “eleição” do marechal Castello Branco, 
o primeiro do ciclo de militares que só se encerrou em 1985.
E havia naquela época grandes líderes civis de oposição ao golpe, coisa que hoje não acontece, com 
os partidos esfacelados pela Lava Jato e o movimento sindical destroçado pela reforma trabalhista.
É nesses momentos graves da nacionalidade que podem surgir novas lideranças democráticas nos 
tribunais, no parlamento e na sociedade para dar um basta à escalada golpista agora escancarada.
Não era fake news o vídeo de Bolsonaro que apelou à mais debochada demagogia dos regimes 
fascistas.
Com o cinismo de costume, o ex-capitão voltou hoje às redes sociais para assumir a paternidade do 
vídeo e afirmar que se tratava apenas de um Whatsapp de “cunho pessoal” e que “qualquer ilação 
fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”.
Como assim? O presidente da República assina uma convocação feita por movimentos de extrema 
direita para protestar contra os outros poderes, e ele acha que vai ficar tudo por isso mesmo?
Bolsonaro não faz qualquer menção ao vídeo de “cunho pessoal” produzido com esmero por 
profissionais do marketing, ao som do Hino Nacional, como se o país estivesse em guerra.
Até o momento em que comecei a escrever esta coluna, os presidentes da Câmara, do Senado e do 
STF ainda não haviam se manifestado, mas não pode passar desta Quarta-Feira de Cinzas uma 
tomada de posição conjunta, em defesa do que resta de democracia em nosso país.
O único ministro do Supremo que se manifestou até agora foi o decano Celso de Mello, que enviou 
texto à Folha no qual denuncia a gravidade do desafio lançado por Bolsonaro;
“O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é 
vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica 
da Constituição e das leis da República”.
A pena prevista nesses casos é o impeachment, o afastamento do presidente da República para que 
seja julgado por crime de responsabilidade.
Que os demais ministros do STF e os parlamentares se guiem pelas palavras de Celso de Mello e 
assumam as suas próprias responsabilidades para que não se consume um novo golpe dentro do 
golpe, como aconteceu com o AI-5 em 1968.
Ao revelar “a face sombria de um presidente da República”, escreve o decano, “que desconhece o 
valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que 
demonstra visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de 
inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de 
inaceitável degradação do principio democrático!!!”
Os três pontos de exclamação de Celso de Mello indicam o caminho a ser tomado, antes que os 
golpistas fechem o STF com um jipe, um cabo e dois soldados, como já ameaçou Eduardo 
Bolsonaro, que nesse momento, não por acaso, está nos Estados Unidos.
Há momentos na vida de um país que exigem a imediata tomada de posição dos responsáveis pela 
institucionalidade para evitar o pior.
Com a palavra, Dias Toffoli, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.
Eles têm que decidir agora como pretendem entrar na História, ou terão que se calar para sempre.
Está em jogo a sobrevida da nossa democracia.
Vida que segue.

CIRO A BOLSONARO: "EU VOU TE ENFRENTAR, PRESIDENTE CANALHA"


Ciro Gomes comentou, em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quarta-feira 26/II, as mais 
recentes ameaças de Jair Bolsonaro à democracia.
"Atenção, senhor Jair Messias Bolsonaro, canalha-mor: as instituições brasileiras serão defendidas. 
Eu vou te enfrentar, presidente canalha. E a sua família de canalhas", disse Ciro.
Ele também rechaçou a falácia sobre a "honestidade" de Bolsonaro:
"Eu conheço por dentro o Congresso Nacional. E posso dizer que Bolsonaro sempre foi ligado a tudo 
o que não presta, em matéria de corrupção", prosseguiu. "Jair Messias Bolsonaro desviava o pouco 
dinheiro que havia no seu gabinete. Meu gabinete ficava a 30 metros do dele. Todo mundo sabia. Os 
arquivos estão no Congresso. Bolsonaro tinha seis funcionários fantasmas que assinavam o recibo e 
ele botava o dinheiro no bolso", disparou Ciro. Ele, no entanto, projeta que Bolsonaro reduzirá o tom 
nos próximos momentos.
"Como bom covarde que sempre foi, ele vai recuar. Conheço a frouxidão do senhor Jair Messias 
Bolsonaro, porque ele é um frouxo, um covarde. Mas ele está testando o limite de resistência moral e 
cívica que a sociedade e suas instituições têm. Isso, no entanto, pode se desdobrar", alertou Ciro.
Assista à íntegra do vídeo:

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Fazendeiro que escondeu Adriano da Nóbrega tem foto com Bolsonaro

Leandro Abreu Guimarães, que abrigou o miliciano Adriano da Nóbrega, morto em uma ação 
policial na Bahia, já tirou selfies ao lado de Jair Bolsonaro durante um evento no interior do 
Estado, mostra reportagem da revista Veja
247 - O fazendeiro Leandro Abreu Guimarães, que abrigou o miliciano Adriano da Nóbrega, morto 
em uma operaçõa conjunta da PM da Bahia com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, já tirou selfies ao 
lado de Jair Bolsonaro durante um evento no interior do Estado, aponta reportagem da revista Veja.
Segundo a reportagem, publicada desta sexta-feira (20), parentes do fazendeiro teriam dito que ele 
teria sido torturado para revelar o local onde Adriano estaria escondido após fugir de uma operação 
policial em um condomínio na Costa do Sauípe.
Desde que o miliciano foi morto, Jair Bolsonaro vem tentando se distanciar das suspeitas de ter 
algum tipo de ligação com Adriano, chegando até mesmo a questionar a quem interessaria a morte 
do ex-capitão do Bope do Rio e Janeiro, além de questionar como seriam feitas as perícias nos 
celulares apreendidos. 
A reportagem relembra que “em dezembro, quando a pauta se restringia apenas ao esquema da 
rachadinha, o presidente disse em entrevista a VEJA que outro escândalo estava prestes a estourar e 
teria como origem interceptações telefônicas que mostrariam o envolvimento dele e dos filhos com o 
crime organizado no Rio”.
A reportagem observa, também, que Leandro e Adriano eram “amigos pelo menos desde 2017. Já 
como foragido, Adriano se hospedou várias vezes na fazenda de Leandro, inclusive com a mulher e a 
filha mais nova. Quando fugiu de um cerco policial na Costa do Sauípe, foi a Leandro que pediu 
ajuda”. “Também foi Leandro que, na véspera da morte, o levou da fazenda para o sítio onde 
Adriano seria alcançado pela polícia”.
Da fazenda de Leandro, Adriano fugiu para um outro sítio, este de propriedade do vereador Gilsinho 
de Dedé, filiado ao PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito. O texto da revista ressalta que 
“Gilsinho alega que não conhecia o ex-capitão do Bope, apesar de Adriano ter pernoitado várias 
vezes em sua propriedade, inclusive na companhia da mulher, Júlia”.

Juiz bolsonarista que ataca Cid Gomes foi afastado do cargo por tentar mandar exército recolher urnas eletrônicas

A União Nacional dos Juízes Federais do Brasil (Unajuf), um site no blogpost, é um instrumento de 
proselitismo político de seu presidente, o juiz Eduardo Luiz Rocha Cubas.
http://unajuf.blogspot.com/p/
Rocha Cuba envolveu-se numa grande polêmica em 2018. Ele foi afastado do cargo pelo Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ) quando se descobriu que ele tinha planos para mandar as Forças Armadas 
recolher urnas eletrônicas.
Ele permaneceu afastado por alguns meses, até ser restituído ao cargo em março de 2019, por 
decisão de Marco Aurélio Mello.
Na ocasião, uma outra entidade representativa de juízes, a Ajufe, publicou nota repudiando a postura 
de Cuba e não escondeu o desprezo pela Unajuf, chamada de “inexpressiva”.
Trecho da nota da matéria do Conjur, descrevendo a nota da Ajufe:
Em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou que repudia “qualquer 
comportamento violador da institucionalidade e das liberdades democráticas”, e que o juiz Eduardo 
Rocha Cubas, afastado por planejar mandar recolher urnas antes da eleição, não é associado da 
entidade.
O magistrado acusado é do Juizado Especial Federal Cível de Formosa (GO) e presidente da União 
Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), que, segundo a Ajufe, não “representa e não fala pela 
magistratura federal brasileira” e tem um número “inexpressivo” de associados.
“A Ajufe, única entidade que representa nacionalmente a magistratura federal, acredita na atuação 
isenta e equilibrada do Conselho Nacional de Justiça para solucionar esse caso isolado que envolve 
um juiz federal”, afirmou a associação.
Importante destacar que a UNAJUF, cujo número de associados é inexpressivo, não representa e não 
fala pela magistratura federal brasileira.
***
O presidente da Unajuf é um entusiasta da família Bolsonaro, e não se sabe como escapou, até o 
momento, de uma punição da corregedoria da CNJ por seus constantes vídeos (desde 2017, ao 
menos) ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro, aquele mesmo que afirmou que, para fechar o STF, 
bastava “um cabo e um soldado”.Os vídeos são sempre postados na própria página de Eduardo 
Bolsonaro.

Chefe da Força Nacional perdeu eleição no Ceará para Camilo, do PT


Natural de Fortaleza, Theophilo disputou a eleição para o governo do Ceará pelo PSDB. Fr
agorosamente derrotado, desfiliou-se do partido para assumir o cargo no governo 
Bolsonaropor 
Hugo Souza
O secretário nacional de Segurança Pública, general Theophilo, a quem a Força Nacional de 
Segurança Pública está diretamente subordinada, foi derrotado nas eleições 2018 por Camilo 
Santana, do PT, na disputa pelo governo do estado do Ceará. E não foi por pouco: Camilo foi 
reeleito no primeiro turno com 80% dos votos. Theophilo amealhou pouco mais de 11%.
Natural de Fortaleza, Theophilo disputou a eleição para o governo do Ceará pelo PSDB. 
Fragorosamente derrotado, desfiliou-se do partido para assumir o cargo no governo Bolsonaro, 
no qual é subordinado, por sua vez, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Por meio da portaria 89 publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira, 19, Moro 
autorizou “o emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de policiamento 
ostensivo e, se necessário, repressivo, no estado do Ceará”, no período de 20 de fevereiro até 
19 de março.
O comandante da Força Nacional, coronel Aginaldo Oliveira, também é cearense, do município 
de Alto Santo, e foi comandante do Batalhão de Policiamento Especializado (BPE) da Polícia 
Militar do Ceará. No primeiro governo Camilo, Aginaldo foi coordenador do 2º Curso de 
Operações Especiais do Estado do Ceará (Coesp), conhecido como “Curso de Formação de 
Caveiras”.
‘O bicho vai pegar’
Nesta quinta-feira, 20, Jair Bolsonaro assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem para 
emprego das Forças Armadas no Ceará. Depois, disse: “o bicho vai pegar”.
Também nesta quinta, o jornal O Povo, de Fortaleza, adiantava que “o Exército, através do 
Comando Militar do Nordeste, já acionou os chamados pelotões de pronto-emprego, com 
militares de unidades da Bahia e Pernambuco”.
Como em uma conjunção de astros, o comandante Militar do Nordeste, general do Exército 
Marco Antonio Freire Gomes, é mais um cearense na cúpula da “ajuda” do governo Bolsonaro ao 
Ceará por causa do motim de policiais militares do estado. Antes de ocupar o posto, o general foi 
secretário-executivo de Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência 
da República.
Ex-estagiário das Special Forces em Fort Bragg, Carolina do Norte, Marco Antonio Freire Gomes 
tem ainda no currículo um curso de “gerenciamento de crises” no Departamento de Defesa dos 
Estados Unidos da América, Washington, DC.

ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS CHEGA A US$ 11,9 BILHÕES EM JANEIRO


Cada vez mais pressionado no cargo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sairá de férias 
mais uma vez. Segundo a revista Crusoé, Bolsonaro resolveu "dar um descanso" ao ministro 
na sequência do Carnaval. Ele vai folgar até o dia 28/II, de acordo com autorização de 
Bolsonaro publicada na edição desta sexta-feira 21/II do Diário Oficial da União. Em janeiro, 
Guedes já havia tirado dez dias de férias.
As contas externas registraram saldo negativo de US$ 11,879 bilhões, em janeiro, informou hoje (21) 
o Banco Central (BC). Em janeiro do ano passado o déficit em transações correntes (contas 
externas), compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros 
países, era menor: US$ 9,045 bilhões. O déficit de janeiro deste ano foi o maior para o mês desde de 
2015, quando foi registrado saldo negativo de US$ 12,010 bilhões.
Segundo o BC, o aumento do déficit no início deste ano decorreu do saldo negativo da balança 
comercial (exportações e importações de mercadorias), chegando a US$ 2,563 bilhões. Em janeiro de 
2019, houve superávit comercial de US$ 1,056 bilhão.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado da 
balança comercial foi impactado pelo recuo de 19,5% nas exportações de bens, que totalizaram US$ 
14,501 bilhões em janeiro de 2020, contra US$ 18,023 bilhões, em igual mês de 2019. Segundo ele, 
geralmente, as exportações são menores em janeiro, mas neste ano foram afetadas pela crise 
argentina que reduziu a demanda por manufaturas brasileiras, pelos impactos do desastre de 
Brumadinho e pela desaceleração da economia chinesa.
Rocha disse ainda que não há dados suficientes para confirmar que o coronavírus esteja impactando 
as exportações brasileiras, mas há sinais de que isso acontece por efeito da ampliação do feriado na 
China e fechamento de fábricas. “A gente não tem ainda informações para comprovar ou refutar essa 
hipótese. É provável que tenha tido uma diminuição da demanda chinesa”, disse.
Rocha acrescentou que, por outro lado, houve menor pagamento de juros para investidores 
estrangeiros o que fez a conta de renda primária ter um déficit menor. Em janeiro, as remessas de 
juros chegaram a US$ 4,002 bilhões contra US$ 4,617 bilhões no mesmo mês do ano passado. No 
total, a conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em 
US$ 6,766 bilhões no mês, contra US$ 7,272 bilhões, em janeiro de 2019.
No total, a conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa 
em US$ 6,766 bilhões no mês, contra US$ 7,272 bilhões, em janeiro de 2019.
(...)

Vereador bolsonarista liderou motim em quartel onde Cid Gomes foi baleado

Sargento Ailton posa com camisa de Bolsonaro durante ato de campanha em 2018Imagem: 
Reprodução/ Facebook
Igor Mello Do UOL
Um vereador bolsonarista está entre as lideranças do motim no quartel da Polícia Militar do Ceará 
onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na quarta-feira (19). Filiado ao Solidariedade, 
Sargento Ailton é ligado a movimentos de direita e se engajou na campanha do presidente Jair 
Bolsonaro e participa de atos de apoio a ele no estado ao menos desde 2017.
Sargento Ailton estava na espécie de trincheira improvisada pelos policiais no batalhão da cidade no 
momento em que o senador foi baleado. À frente da manifestação, era um dos poucos presentes que 
não estavam encapuzados. Instantes antes de os tiros serem disparados, o vereador —que é sargento 
da Polícia Militar do Ceará— bateu boca com Cid, que chegou a tentar agarrá-lo pela 
camisa.Sargento Ailton afirma em seu perfil no Facebook ter atuado como uma das lideranças da 
última greve de policiais militares no Ceará, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012. Na ocasião, 
Cid Gomes era governador do estado e decretou estado de emergência em razão da paralisação. 
Homens das Forças Armadas e da Força Nacional foram deslocados pela ex-presidente Dilma 
Rousseff (PT) para patrulhar as ruas do Ceará. Ele foi dirigente da Aspra-CE (Associação dos Praças 
do Estado do Ceará).
Ao menos desde meados de 2017, ele demonstra estar integrado à liderança da militância 
bolsonarista no estado. Ligado a grupos de direita da região, ele participou em novembro daquele 
ano de uma carreata e da inauguração de um outdoor em homenagem a Bolsonaro na cidade. Ao lado 
dele estava o hoje deputado federal Heitor Freire, presidente do PSL no Ceará e responsável pela 
organização da campanha de Bolsonaro no estado.
Sargento Ailton e Arthur Freire voltaram a estar juntos em um evento bolsonarista em Sobral em 
dezembro de 2017. Na ocasião, também estava presente o youtuber André Fernandes, eleito o 
deputado estadual mais votado do Ceará pelo PSL.
Em 2018, Sargento Ailton lançou-se candidato a deputado estadual pelo Solidariedade, em 
dobradinha com o ex-deputado federal Cabo Sabino —apontado como líder do motim em todo o 
estado. Apesar de seu partido formalmente ter feito parte da coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), 
ele fez campanha abertamente para Bolsonaro, deixando-se fotografar constantemente com camisas 
em homenagem ao presidente. Mesmo assim, obteve apenas 7.387 votos e não conseguiu se eleger. 
No ano passado, o vereador também participou de manifestações de rua em apoio ao governo 
Bolsonaro em Sobral.
Em transmissão no Facebook após o tumulto, Sargento Ailton negou que tenha mobilizado policiais 
para a greve.
"Quando me viram, muitos me ameaçaram de morte. Atribuindo culpas que eu não tenho. Vim como 
qualquer outro servidor, não instiguei ninguém. Quem está aqui, está porque quer", disse.
O UOL tentou contato com o gabinete do vereador na Câmara Municipal de Sobral, mas ninguém 
respondeu às chamadas.
Vereador filmou momento em que Cid foi baleado
Ativo nas redes sociais, Sargento Ailton fez transmissões ao vivo no Facebook durante o ato de 
ontem. Em uma das transmissões, gravava a retroescavadeira usada por Cid Gomes quando o 
senador foi baleado. Imagens obtidas pelo jornal Diário do Nordeste, do Ceará, mostram que ao 
menos três homens atiraram contra o senador. Dois deles estavam próximos a Sargento Ailton, na 
primeira fileira de manifestantes.
Antes do tumulto, o vereador havia gravado outra live onde ironizou Cid Gomes, que já havia 
anunciado sua ida ao local. Ele disse que não havia policiais armados no piquete.
"Estão todos desarmados, ninguém quer confronto. Sei que ele quer tirar a nossa situação de ânimo 
para que a gente possa revidar, mas ele não vai encontrar isso", afirmou.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

BOLSONARO NÃO LIGA PARA VISITAS DE FLÁVIO A MILICIANO E DIZ QUE TAMBÉM JÁ FOI A PRESÍDIOS


Jair Bolsonaro ironizou nesta quinta-feira 20/II a informação de que Flávio Bolsonaro, um de seus 
filhos, visitou múltiplas vezes o miliciano Adriano da Nóbrega na prisão, em 2003. O presidente 
disse que também já foi a presídios, embora não tenha esclarecido as circunstâncias.
“Para começar, eu já fui, olha só, bota aí, eu já fui várias vezes no BEP, Batalhão Especial Prisional 
lá no Rio de Janeiro, eu já fui no presídio da Marinha no passado também, está certo?”, afirmou 
Bolsonaro ao ser questionado por jornalistas. Em seguida, ele encerrou a conversa e entrou no carro 
da Presidência.
Leia reportagem do Conversa Afiada sobre o tema:
O senador Flávio Bolsonaro visitou "mais uma de vez" o miliciano Adriano da Nóbrega quando este 
estava preso no Rio de Janeiro. É o que revelou o vereador Ítalo Ciba (Avante-RJ) ao jornal O Globo 
nesta quinta-feira 20/II. Além disso, segundo Ciba, Adriano frequentava o gabinete de Flávio em 
seus tempos de deputado estadual na Alerj a convite de Fabrício Queiroz.
Ciba fazia parte do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 16º BPM (Olaria), comandado por 
Adriano. Em 4/XI/2003, ele, Adriano e outros seis policiais receberam de Flávio na Alerj uma 
“moção de louvor”. Dias depois, porém, foram presos e passaram a responder a um processo 
criminal por homicídio, tortura e extorsão. Foi nesse período, segundo o vereador, que Flávio os 
visitou na prisão.
O Globo pediu, via Lei de Acesso à Informação, os registros das visitas a Adriano e aos outros sete 
policiais, mas a PM negou alegando sigilo. Eles ficaram presos primeiro no Batalhão da Tropa de 
Choque e, depois, no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar.
"Sei que ele (Adriano) se dava muito bem com o Flávio, devido ao (Fabrício) Queiroz. Queiroz 
trabalhou com Adriano lá atrás. Eu sei que o Adriano, de vez em quando, o Queiroz chamava pra ir 
lá no gabinete. Ele (Adriano) ia no gabinete. Quando nós estivemos presos, o Flávio foi lá visitar a 
gente. Mais de uma vez", disse Ciba ao jornal.
Quando Flávio homenageou os PMs, a justificativa foi de que Adriano e os colegas tiveram tiveram 
“dedicação, brilhantismo e galhardia”. No mesmo dia, o filho do atual presidente da República deu a 
mesma honraria a Fabrício Queiroz. Ainda no final de 2005, Jair Bolsonaro, então deputado federal, 
discursou na Câmara em defesa de Adriano e o chamou de “um brilhante oficial”.
Em nota ao jornal, Flávio disse que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e 
entregar a medalha Tiradentes.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ciro Gomes a Eduardo Bolsonaro: "Não permitiremos que milícias controlem o CE como os canalhas da sua família fizeram no Rio"



Cid Gomes está lúcido e apresenta boa evolução clínica, diz hospital
Ciro Gomes, irmão do senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE), mandou na noite desta quarta-
feira 19/II um recado ao senador Eduardo Bolsonaro no Twitter:

  
A mensagem de Ciro veio em resposta a um comentário de Eduardo sobre Cid, baleado nesta tarde
em Sobral (CE) ao enfrentar uma greve de policiais militares. Eduardo disse que Cid teve uma 
"atitude insensata".
"[Ele] Tenta invadir o batalhão com uma retroescavadeira e é alvejado com um projétil de borracha. 
É inacreditável que um Senador da República lance mão de uma atitude insensata como essa, 
expondo militares e familiares a um risco desnecessário em um momento já delicado", escreveu 
Eduardo.
Boletim médico divulgado às 19h40 desta quarta-feira (19) pelo Hospital do Coração de Sobral, 
no Ceará, informa que o senador Cid Gomes (PDT-CE), baleado no final da tarde ao tentar conter um 
motim de policiais, apresenta boa evolução clínica.
“Neste momento encontra-se lúcido e respirando sem o auxílio de aparelhos”, diz o informe.
‌Cid foi atingido por duas balas na região torácica: uma delas atravessou seu corpo, sem atingir
nenhum órgão vital, e outra ficou alojada no pulmão – e foi removida logo no primeiro atendimento. 
De acordo Ciro Gomes, irmão do senador, ele não corre o risco de morrer.
De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), policiais amotinados cercaram 
o hospital onde Cid está internado, impedindo sua transferência para a realização de mais exames. 
Por este motivo, o senador pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para 
auxiliar o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), a manter a integridade física de Cid Gomes.

URGENTE: Cid Gomes é baleado no Ceará ao tentar impedir greve de PMs


O senador Cid Gomes (PDT-CE) levou um tiro em frente ao quartel de um grupo de policiais
militares grevistas, em Sobral (CE). O irmão do ex-candidato à presidência Ciro Gomes subiu em um 
trator e foi em direção aos PMs, que estavam encapuzados.
“Eu vim aqui defender a paz e a tranquilidade do povo de Sobral. Ninguém será chantageado, 
ninguém deixará de trabalhar, de abrir suas portas e caminhar com tranquilidade em Sobral”, disse o 
senador pouco antes de ser baleado, segundo o O Povo.
O tiro seria de bala de borracha, mas ele aparece com sangramentos nas imagens divulgadas.
Mais informações em instantes‌
Assista vídeo do momento em que o senador é baleado ao avançar com trator sobre quartel







PERSEGUIÇÃO: MORO TENTA ENQUADRAR LULA NA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL!

O presidente Lula prestou depoimento nesta quarta-feira 19/II em inquérito que tramitava, até 
então, em sigilo. A ação foi instaurada por requisição de Sergio Moro, ministro da Justiça de 
Jair Bolsonaro, por suposta violação da Lei de Segurança Nacional.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depôs em Brasília, na manhã desta quarta-feira, 19, como
investigado em um inquérito para apurar se ele violou a Lei de Segurança Nacional. A investigação,
sob responsabilidade da Polícia Federal, foi aberta a pedido do ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro.
Segundo um técnico do ministério, trata-se de uma representação por crime contra a honra do 
presidente Jair Bolsonaro. A suposta infração ocorreu um dia após a libertação de Lula, que cumpriu 
580 dias de prisão na sede da Polícia Federal de Curitiba. Durante seu discurso no Sindicado dos 
Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, o ex-presidente afirmou que Bolsonaro “governava para 
milicianos”.
O trecho em que Lula cita o presidente Bolsonaro foi o seguinte: “Tem gente que fala que tem de 
derrubar o Bolsonaro. Tem gente que fala em impeachment. Veja, o cidadão foi eleito. 
Democraticamente, aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de quatro anos. Mas 
ele foi eleito para governar para o povo brasileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de 
Janeiro”.
O próprio presidente Bolsonaro havia ameaçado de enquadrar o petista na Lei de Segurança 
Nacional. Dois dias depois do discurso de Lula, o presidente afirmou: “Temos uma Lei de Segurança 
Nacional que está aí para ser usada. Alguns acham que os pronunciamentos, as falas desse elemento, 
que por ora está solto, infringem a lei”.
Mais cedo, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) postou um tuíte sobre depoimento dado por 
Lula. A petista classificou o episódio como “inacreditável”. Gleisi compareceu à audiência junto 
com Lula e com o deputado Paulo Pimenta (PTRS).
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) também foi às redes sociais para falar sobre o 
depoimento de Lula. "Acompanhei com Gleisi Hoffmann o Lula em depoimento na PF em função de 
solicitação de Sérgio Moro. O Ministro, agindo como jagunço de milicianos, tenta constranger e 
intimidar Luia baseado na Lei de Segurança Nacional. Sérgio Moro acha que intimidando Lula fará o 
povo brasileiro mudar sua percepção de que este é um governo com íntimas relações com o crime 
organizado? Será que de fato ele imagina que deixaremos de afirmar que Queiroz e Adriano faziam a 
ponte da famigliia com as milícias?", publicou.Lula ainda prestará depoimento na tarde desta quarta 
na Justiça Federal de Brasília, em razão de uma 
ação penal em que é réu, no âmbito da Operação Zelotes.

Estudante da UFPB é encontrado morto após denunciar abusos e ameaças de seguranças


Por Redação

O estudante de filosofia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Clayton Tomaz de Souza,
conhecido como Alph, foi encontrado morto com marcas de tiros e teve o corpo identificado pelo pai
na segunda-feira (17). Ele estava desaparecido desde o dia 6 de fevereiro, após realizar uma série de
denúncias contra os seguranças terceirizados da universidade federal.
Natural de Pernambuco, Alph era uma voz ativa do movimento estudantil da UFPB. O estudante já
foi membro do Diretório Central dos Estudantes da universidade, do Centro Acadêmico de Filosofia
da mesma instituição e do Conselho Superior Universitário.Segundo relatos no grupo da
universidade no Facebook, Alph denunciava os abusos cometidos pelos guardas da UFPB, em
especial contra estudantes pobres e negros, e sofria ameaças dos funcionários desde 2016. O
estudante afirma em outra publicação que protocolou na ouvidoria da UFPB uma denúncia sobre as
ameaças que sofria dos guardas dentro do campus
Em vídeo publicado no dia 29 de janeiro deste ano, pouco tempo antes de desaparecer, Alph
declarou: “O fato é que a minha vida está em risco, galera. Qualquer hora dessas esses caras dão
cabo de mim. Se eu aparecer morto, foram eles”.
Outras publicações compartilhadas pelos estudantes no grupo mostram a denúncia constante de Alph
contra os seguranças. “Se eu chegasse aqui na universidade de carro, vocês acham que eu seria
perseguido por eles?”, questiona ele em um dos vídeos.
“Fui ameaçado pela guarda armada, temo pela minha segurança, pelo meu bem estar, mas jamais me
calarei, mesmo eles querendo me fazer o mal…”, escreveu o estudante em uma outra postagem.Em
outra denúncia, o jovem escreveu: “guardinha terceirizado achando que é polícia, jurando que serve a
um Estado. Ameaça minha pessoa, e a UFPB finge não ver. Meu sangue vai aspirar mãos de vocês,
quando eles fizerem o que tanto dizem que farão, a mim e a outros e outras”.
Confira:

PMs de Doria espancam jovens dentro de escola em SP

Policiais militares agrediram, com socos e gravatas, dois jovens na Escola Estadual Emygdio de 
Barros, no Jardim Bonfiglioli, na Zona Oeste de São Paulo, na noite desta terça-feira (18)
247 - Policiais militares aparecem em vídeos divulgados em redes sociais agredindo dois jovens na 
Escola Estadual Emygdio de Barros, no Jardim Bonfiglioli, na Zona Oeste de São Paulo, na noite 
desta terça-feira (18). A reportagem é do Portal G1.
A reportagem relata que, nas imagens, é possível ver que um policial domina um rapaz com uma 
gravata. Em um dos vídeos, um rapaz aparece no chão, dominado por um policial. Em outro, um dos 
dos rapazes recebe um soco no rosto, é dominado por um policial militar, enquanto outro PM vem 
por trás e dá uma rasteira do rapaz, que cai. No chão, ele recebe um chute nas costas. Os policiais 
ainda apontam a arma para os estudantes que registravam a ação.
O Conselho Tutelar do Rio Pequeno foi comunicado do caso e informou que irá encaminhar 
denúncia ao Ministério Público e à Defensoria Pública para que tomem as medidas cabíveis 
necessárias, acrescenta a reportagem.

MAIA REBATE HELENO MENOPAUSA : VIROU UM RADICAL IDEOLÓGICO CONTRA A DEMOCRACIA


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu nesta quarta-feira 19/II os 
ataques do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, ao 
Congresso. Maia qualificou o militar de radical ideológico contra a democracia.
“Uma pena que um ministro com tantos títulos tenha se transformado num radical ideológico contra 
a democracia, contra o Parlamento. É muito triste”, afirmou, citado pela Folha.
Na véspera, Heleno disse que o Congresso estava "chantageando" o Executivo. “Não podemos 
aceitar esses caras chantageando a gente. Foda-se”, afirmou, em relação ao Orçamento de 2020. 
Heleno defendeu que Jair Bolsonaro deixasse claro à população que está sofrendo uma pressão e 
“não pode ficar acuado”.
Nesta quarta, Maia também ironizou Heleno dizendo que não viu qualquer ataque ao Congresso 
quando os parlamentares estavam “votando o aumento do salário dele como militar da reserva”.
“Então quero saber dele se ele acha que o Parlamento foi chantageado por ele ou por alguém para 
votar ou chantageou alguém para votar o projeto de lei das Forças Armadas”, disse o presidente da 
Câmara.
Maia afirmou, ainda, que o ministro-chefe do GSI estaria melhor “num gabinete de rede social, 
tuitando, agredindo, como muitos fazem, como ele tem feito ao Parlamento nos últimos meses”.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O FIASCO DE TCHUTCHUCA


Com PIBINHO de 0,89 % em 2019 e nada promissor para 2020 , o Tchutchuca quer se mandar 
e deixar o energúmeno com a brocha mão. Afinal , em terra de miliciano rasteira é carinho! 
Guedes tromba com Bolsonaro e ameaça entregar o cargo 
Congtesso em foco
Após se encontrar a portas fechadas com o presidente Jair Bolsonaro, Paulo Guedes deixou o Palácio 
do Planalto ainda como ministro. Guedes ouviu apelos de Bolsonaro e dos ministros Augusto Heleno
(GSI) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), que também participaram da reunião, para 
continuar no governo. Mesmo inclinado a entregar o cargo, ele resolveu continuar – até quando não 
se sabe – para tocar sua agenda liberal. O argumento usado para dissuadi-lo foi de que sua saída do
ministério agora poderia representar o fim precoce do governo Bolsonaro.
Saiu do Planalto para se reunir com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da 
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários para tentar amarrar com o Legislativo os 
principais pontos da pauta econômica em 2020, como as reformas tributária e administrativa. 
Considerado o grande trunfo de Bolsonaro com o mercado, o ministro se vê encurralado pela 
repercussão de suas próprias declarações e pelos cálculos políticos e eleitorais do presidente. Para 
Bolsonaro, perdê-lo agora seria desastroso para a continuidade de seu governo.

O CHAMADO DE RAONI


O Manifesto do Piaraçu reafirma a resistência de mais de 520 anos dos povos originários do 
Brasil e denunciam a política etnocida do governo Bolsonaro. Viabilizado 
pelo cacique Raoni, documento foi entregue a Rodrigo Maia nesta terça. Saiba como o 
manifesto surgiu. A reportagem é parte do projeto da Agência Pública chamado Amazônia sem 
Lei, que investiga violência relacionada à regularização fundiária, à demarcação de terras e à 
reforma agrária na Amazônia Legal. O especial também faz a cobertura dos conflitos no 
Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro.

CADÁVER DE MILICIANO APRESENTADO POR FLÁVIO BOLSONARO É FAKE

Secretaria de Segurança Pública da Bahia nega que cadáver exibido por Flávio Bolsonaro é de 
Adriano
O secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, diz que o cadáver exposto no Twitter 
na manhã desta terça, 18, pelo Senador Flávio Bolsonaro não é o do miliciano Adriano da Nobrega.
O vídeo viralizou nas redes, com um corpo sendo apresentado como sendo o policial ligado ao filho 
do presidente.
“A Secretaria da Segurança Pública da Bahia vai continuar com aquilo que nós começamos a fazer 
desde antes mesmo do dia do fato, que é o auxílio que nós prestamos à operação do Rio de Janeiro. 
[Vamos], agir com a máxima transparência, com a máxima intenção de ajudar instituições como o 
Ministério Público e a Justiça, e não trazer confusões e nem teorias políticas a respeito de um 
trabalho eminentemente policial”, disse o secretário.Destacou que o vídeo divulgado nas redes não é 
reconhecido como autêntico nem pela perícia baiana nem pela do Rio de Janeiro.
“As imagens não foram feitas nas instalações oficiais do instituto médico legal. Então nós temos a 
clara convicção de que isso é para trazer algum tipo de dúvida, de questionamento, a um trabalho que 
ainda não foi concluído. Eu reforço aqui o posicionamento das nossas instituições, a transparência 
com que estamos agindo e não vamos deixar que, por uma questão política, ou por qualquer outro 
motivo, qualquer outro interesse que esteja por trás disso tudo, venham trazer qualquer tipo de 
questionamento prévio, sem antes termos a conclusão da nossa investigação, das nossas perícias, e 
que o Ministério Público e a Justiça se posicionem quanto a isso”.
Ressaltou a necessidade de se resguardar a honra da instituições, Polícia Militar e do Instituto de 
Perícia Técnica:
“Nós temos ainda um prazo para concluir a nossa investigação. Nós fomos instados a comentar o 
resultado da perícia, e foi claramente indicado pelo perito que não havia sinais de execução, nem 
sinais de tortura no corpo que foi avaliado”. Segundo ele, ainda há outras perícias a serem realizadas 
e outras pessoas estão sendo ouvidas pela autoridade policial. “O que nós queremos é dar 
continuidade ao trabalho sério de investigação que a nossa polícia já faz, sem nenhum tipo de 
indagação ou questionamento prévio antes da conclusão da autoridade policial”.
O perito médico legista e diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, Mário Câmara, disse 
que foi surpreendido com essas imagens que estão circulando na internet e afirmou que não é 
possível analisar um vídeo que não foi autenticado pela perícia.
“Não sabemos se foi adulterado, onde foi feito, não sabemos se o corpo é realmente do senhor 
Adriano. Então não faremos comentários sobre o vídeo. O que eu posso dizer, é reiterar que o laudo 
pericial foi feito por um perito médico legal especialista na área, com formação e balística, muito 
experiente em casos como este”, afirma.