quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Golpismo no Equador não pode prevalecer




Marina Made in USA

Cameron e Al Gore adoram a Marina.

Texto de Mauro Santayna: 

As duas faces da candidata 

O SÚBITO INTERESSE, de alguns meios de comunicação e de setores empresariais poderosos, pela candidatura da senadora Marina Silva, recomenda aos nacionalistas brasileiros alguma prudência. A militante ecológica é apresentada ao país como a menina pobre, da floresta profunda, que só se alfabetizou aos 16 anos e fez brilhante carreira política. Tudo isso é verdade, mas é preciso saber o que pensa realmente a senadora do Brasil como um todo. 
Convém lembrar que a senhora Silva (que hoje se vale do sobrenome comum para atacar Dilma Rousseff) esteve associada a entidades internacionais, e recebeu o apoio declarado de personalidades norte-americanas, como Al Gore e o cineasta James Cameron. 
James Cameron, autor de um filme de forte simbolismo racista e colonialista, Avatar, intrometeu-se em assuntos nacionais e participou de encontro contra a construção da represa de Belo Monte. A respeitável trajetória humana da senadora pelo Acre não é bastante para faz er dela presidente da República. Seu comportamento político , ao longo dos últimos anos, suscita natural e fundada desconfiança dos brasileiros. 
Seus admiradores estrangeiros pregam abertamente a intervenção na Amazônia, “para salvar o mundo”. Não são os ocupantes do vasto território que ameaçam o mundo. São as grandes potências, com os Estados Unidos de Gore em primeiro lugar, que, ao sustentar grandes e bem equipados exércitos, pretendem governar todos os povos da Terra. 
Al Gore, que festejou a candidatura verde, é o mesmo que pron unciou, com todas as sílabas, uma frase reproduzida pela imprensa: “Ao contrário do que os brasileir os pensam, a Amazônia não é só deles, mas de todos nós”. Desaforo maior é difícil. Ninguém, de bom senso , quer destruir a Natureza, e será necessário preservar a vida em todo o planeta, não só na Amazônia. 
A senadora Marina Silva tem sido interlocutora ativa das ONGs internacionais, tão zelosas em defender os índios da Amazônia e desdenhosamente desinteressadas em ajudar os nativos da região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, dizimados pela doença, corrompidos pelo álcool e, não raras vezes, assassinados por sicários. Argumente-se, em favor da senadora, que o seu fervor quase apostólico na defesa dos povos da Floresta dificulta-lhe a visão política geral. 
Mas seu apego a uma só bandeira, a da ecologia radical, e o fundamentalismo religioso protestante que professa, reduz em as perspectivas de sua candidatura. Com todos os seus méritos e virtudes, não é provável que entenda o Brasil em toda a sua complexidade, em toda a sua inquietude intelectual, em toda a sua maravilhosa diversidade regional. As conveniências da campanha eleitoral já a desviaram de alguns de seus compromissos juvenis. 
Esse seu pragmatismo está merecendo a atenção do ex-presidente Fernando Henrique, que pretende um segundo turno com a aliança entre Serra e Marina. Como sempre ocorre com os palpites políticos do ex-presidente, essa declaração é prejudicial a Serra e, provavelmente, também a Marina. Ela, vista por muitos como inocente útil daqueles que nos querem roubar a Amazônia, é vista pelo ex-presidente como inocente útil da candidatura dos tucanos de São Paulo . 
É possível desculpar a ingenuidade na vida comum, mas jamais aceitá-la quando se trata das razões de Estado. José Serra poderia ter tido outro desempenho eleitoral, se tivesse desouvido alguns de seus aliados, como Fernando Henrique, que lhe debitou a política de privatizações, e Cesar Maia, que lhe impôs o inconveniente e troglodita Indio da Costa como vice. 
O apego de Marina a uma só bandeira e o fundamentalismo religioso não a ajudam.
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CHARGE

Ou Gilmar Mendes abre o sigilo telefônico ou tchau

Gilmar Mendes não tem outra alternativa se quiser provar que é inocente no caso do telefonema. Tem que processar a Folha de S. Paulo e a ao mesmo tempo abrir o seu sigilo telefônico.
Se não vier a fazer essas duas coisas, ao Supremo só resta uma alternativa: cassá-lo.
O resto é conversa para boi dormir.
Comprovado que Gilmar Mendes teria aceitado sugestão de uma das partes que poderiam ser beneficiadas com o seu voto no Supremo, Gilmar cometeu corrupção passiva.
Quem diria que logo José Serra e a Folha de S. Paulo poderiam ser os algozes de Gilmar Mendes.
O mundo dá voltas.
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Lula faz alerta contra boatos que os tucanos espalham na internet

Ligação Serra-Gilmar pode melar a eleição

A revelação espantosa de que Gilmar e Serra se falaram antes de Gilmar impedir que o Supremo decidisse a forma de votar, leva a uma interpretação inevitável.É o Golpe !
O Golpe consistiria em:
- confundir o eleitor;
- confundir os mesários;
- confundir os juizes;
- provocar milhões de pedidos de impugnação;
- melar a eleição
Já que Serra não conseguirá ganhar a eleição, melhor não realizá-la.
É um raciocínio do nosso Putin, convertid0 à extrema direita, na companhia do DEMO e de seu Juiz, Gilmar Dantas.
É uma interpretação irremediável.
Antes, esse Conversa Afiada achou que José Serra queria ganhar com 6 votos: os 6 votos do Tribunal Superior Eleitoral.
Agora, ele atingiu a perfeição: ganhar a eleição com 1 voto.
Reunir Serra e Gilmar na mesma eleição só podia dar nisso.

Paulo Henrique Amorim
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EQUADOR

Enquanto no Brasil, certo personagem nefasto tenta dar um golpe jurídico no STF, militares estão nas ruas no Equador.
Lá o golpe vem fardado. Aqui, vem de toga.

Aqui, algumas atualizações que chegam pelo twitter:
- Presidente do Equador atendido em hospital depois de agredido por policiais com garrafas e gás lacrimogêneo http://3.ly/bZVr
-Policias ecuatorianos desatan violentas protestas en Quito en contra del Gobierno” ( http://bit.ly/9jgJWz )
- Policiais fecham aeroporto de Quito e estradas que levam à capital do Equador, que vive crise política http://bit.ly/9J15fP
Fontes para acompanhar tudo que ocorre por lá:
- Atualizações mais frequentes em @hoyurgente e @laradiodelsur
- Equador ao vivo: http://www.telesurtv.net/noticias/canal/senalenvivo.php
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Nos corredores do Supremo, fala-se em impeachment de Gilmar Mendes

A matéria apresentada pelo Jornal Folha de S. Paulo, informando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes interrompeu o julgamento do recurso apresentado pelo PT contra a exigência de dois documentos na hora de votar, causou perplexidade entre alguns ministros da Casa.
O barômetro em Brasília indica alta pressão. Já se fala, mas não se sabe se é o momento adequado, no impeachment do ministro Gilmar Mendes. É o que ecoa a "rádio corredor" do Supremo, caso seja comprovada a denúncia. A "rádio corredor" ecoa nos gabinetes e ministros frequentam os corredores. 
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Levante militar no Equador

Da CartaCapital

Rebelião policial no Equador


A polícia e as forças armadas se levantaram contra o governo de Rafael Correa no Equador, em protesto contra a aprovação de uma lei que reduz as vantagens econômicas dessas corporações, como medida de corte de gastos públicos. Nos dias anteriores, o presidente cogitava de dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas (medida prevista na Constituição), devido à recusa de parte de seus partidários de apoiar projetos que considera indispensáveis.
Milhares de policiais e militares tomaram quartéis e delegacias de Quito e bloquearam o acesso à cidade, 150 aviadores fecharam o aeroporto e a base aérea.
O presidente foi ao Regimento Quito, o maior da cidade, tentar dialogar, disse que foi o que mais fez pelos soldos policiais e tentou recordar quanto ganhavam antes de seu governo, mas os policiais o chamaram de "mentiroso". "Senhores, se querem matar o presidente, aqui está. Matem-me se tem vontade, matem-me se têm valor, em vez de estar na multidão, covardemente escondidos". Em Guayaquil, estradas e aeroporto também foram fechados há saques de bancos e comércios.
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Burburinho: Serra ligou para Gilmar Mendes, que suspendeu julgamento

por Luiz Carlos Azenha

Recebo e-mail de Stanley Burburinho informando que o candidato José Serra ligou para o ministro do STF Gilmar Mendes antes que ele pedisse vistas do processo que tramita na corte para suspender a aplicação da lei que exige a apresentação de dois documentos nas eleições do próximo domingo.
Sete integrantes do STF já tinham votado para desconsiderar a exigência. Burburinho disse que soube pelo twitter do jornalista Ricardo Noblat.
Há um temor de que a exigência poderia tirar votos do PT, especialmente no Norte e no Nordeste.
Mas o Amilcar Brunazzo fez, também por e-mail, uma observação pertinente: se a corte determinar que as pessoas podem votar apresentando apenas um documento com foto, fica tudo na mesma.
Brunazzo lembrou de um número mencionado por um juiz do TSE segundo o qual 30 milhões de brasileiros não teriam documento com foto, mas me parece que isso é apenas uma estimativa.
O mais correto seria permitir o voto com a apresentação apenas do título ou, na ausência deste, com um documento com foto. Um ou outro.
Lembro que nos grandes centros urbanos as pessoas estão acostumadas a comparecer às eleições apenas com um documento. Muita gente não tem ou não sabe onde guardou o título.
Em tese, nas cidades os prejudicados seriam igualmente Dilma, Serra e Marina.
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Gilmar dá um “HC” ao jenio

Saiu no G1: 

STF suspende análise de exigência de dois documentos para votar 

Gilmar Mendes pediu vista quando já havia maioria pelo fim da exigência. Obrigatoriedade de apresentação de título de eleitor foi contestada pelo PT.
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de ação sobre a obrigatoriedade de apresentação de dois documentos para votar no dia da eleição devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Ele disse que pretende levar o processo novamente ao plenário nesta quinta-feira (30).
A obrigatoriedade era contestada pelo PT. A suspensão do julgamento aconteceu quando já havia maioria pela derrubada da exigência. O placar era de 7 a 0.
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Gilmar Dantas volta a desmoralizar o Supremo Tribunal Federal.
A eleição é daqui a quatro dias.
O placar está 7 a 0, ou seja, o Supremo Tribunal Federal considera que não é necessário levar nenhum documento além do título de eleitor.
Gilmar Dantas pede vistas e pode impedir que haja uma decisão até a hora de votar.
É óbvio que quanto mais obstáculos se criarem ao exercício do voto, pior para a Dilma, que se beneficia de uma votação maciça de eleitores com nível insuficiente de instrução.
A ideia de levar dois documentos foi um tiro no pé, porque pode turvar a livre expressão do eleitor.
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A bala de Prata ainda está aí? PH Amorim revela bastidores do golpe

Paulo Henrique Amorim revela os detalhes do que pode ser a maior armação golpista de véspera de eleição. Quase inacreditável. Mas eu já não duvido de mais nada. Essa turma, do lado de lá, está fora de controle.

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A TESTEMUNHA BOMBA DO PIG É PARA ASSOCIAR DILMA AO PCC

por Paulo Henrique Amorim

Indivíduos do Capital e da região de Sorocaba, com diversas passagens pela polícia (roubos, receptação, assaltos à mão armada, seqüestros etc.) foram contatados por políticos , através de um elemento intermediário com trânsito mútuo;
Foram informados de que “prestariam serviços” e levados até um shopping da cidade de São José do Rio Preto; 
Lá mantiveram encontro com outras três pessoas, descritas como “muito importantes”, e receberam um adiantamento em dinheiro vivo; 
Não se tratava de qualquer encomenda de morte, assalto ou ato criminoso tão comum para os marginais recrutados;
Imediatamente, tais bandidos foram levados até o Rio de Janeiro, a um bairro identificado como Jardim Botânico, onde ficaram confinados por dois dias;
Uma equipe de TV, num estúdio particular, gravou longa entrevista com os bandidos. O script era o seguinte: “somos do PCC, sempre apoiamos o governo Lula e estamos com Dilma”. Não fugiu disso, com variações e montagens em torno de uma relação PCC/Lula/PT/Dilma; 
Os bandidos recrutados também foram instruídos a fazer ligações telefônicas para diversos comparsas que cumprem penas em penitenciárias do Estado de São Paulo. A ordem era clara: simular conversas que “comprovassem” a ligações entre o PCC e a campanha de Dilma;
Tudo foi gravado em áudio e vídeo; 
A farsa começou a ser desmontada quando o pagamento final pelo serviço veio aquém do combinado; 
Ao voltarem para São Paulo, alguns dos que gravaram a farsa decidiram, então, denunciar o esquema, relatando toda a incrível história acima com riqueza de detalhes;
As autoridades já estão no encalço da bandidagem. De toda a bandidagem;
Leia a matéria completa »
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Dilma e Lula desmontam uso eleitoral da fé

Além da mensagem que o presidente Lula gravou e que será usada nas inserções veiculadas na televisão, também Dilma agiu hoje para desmontar a ação desrespeitosa que alguns religiosos  -e outros, nem tão religiosos assim – estão fazendo espalhando boatos na rede.
Hoje, ela reuniu-se com líderes de 11 confissões evangélicas e, ao final, os líderes religiosos também divulgaram uma carta aberta repudiando “a boataria cruel e mentirosa” que vem sendo disseminada contra Dilma na Internet.
Eu considero um desrespeito á fé religiosa – que cada um é livre para ter, nesta ou naquela religião, ou para não ter – usa-la para fazer discriminação e, pior ainda para fazer terrorismo eleitoral.
E espero que essa ação seja eficaz para esclarecer a todos de que não estamos numa eleição religiosa, mas para escolher o dirigente do Estado brasileiro, laico e garantidor da liberdade religiosa.
É um golpe baixo, mais um, que não vai colar.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O PiG se afundou na farsa do segundo turno

Este é o último argumento do Serra.

A manchete do Globo é: “Em queda, Dilma pede PT nas ruas“.
Na Folha fabricante do Datafalha, a manchete de primeira página é: “Dilma tenta frear perda de voto com apelo à militância“.
O Estadão, que resiste à queda do Palácio de Inverno, em São Petesburgo, traz a seguinte manchete: “PT mobiliza militância contra queda de Dilma“.
A farsa foi desmascarada no mesmo dia com a corajosa entrevista de Marcos Coimbra ao Azenha.
No dia seguinte, o Ibope e a Sensus mostram o que já se sabe há 28 dias, inalteradamente: Dilma vence no primeiro turno.
O PiG precisava de um segundo turno para que a máquina da Lunus 2010 pudesse voltar a “produzir” “reportagens” com fontes ligeiramente mais fidedignas do que o presidiário Quícoli.
A Central da Lunus 2010 precisaria de mais tempo para destruir Lula e a Dilma com uma bala de prata só.
O Conversa Afiada já revelou o “Manual para o Ali Kamel dar o golpe“.
O Conversa Afiada relembra que, segundo esse “Manual”, o Ali Kamel ainda dispõe de alguns artifícios.
É o triste fim do jenio: depende de uma testemunha-bomba.
Ou melhor, fim melancólico.
Clique aqui para ler “Sensus: Dilma no primeiro turno. Jogue o Datafalha no lixo”
E aqui para ler “Até o Globope desmoraliza o Datafalha: Dilma no primeiro turno”. 

Paulo Henrique Amorim
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Sensus: Dilma no primeiro turno. Jogue o Datafalha no lixo.

Saiu no Terra: 

CNT/Sensus: Dilma tem 54,7% dos votos válidos e Serra, 29,5%

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lidera a corrida pelo Palácio do Planalto com 54,7% dos votos válidos, segundo pesquisa do instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O número divulgado nesta quarta-feira (29) aponta vitória da petista no primeiro turno das eleições. O tucano José Serra aparece na segunda colocação, com 29,5% dos votos válidos, seguido da senadora Marina Silva (PV), que tem 13,3% das intenções de voto.
Os percentuais de votos válidos foram obtidos descontando-se os votos brancos e nulos, que somaram 3,6% dos entrevistados, e indecisos, que totalizaram 9,5%. Sem descontar os votos brancos/nulos e os eleitores indecisos, Dilma Rousseff lidera com 47,5%, Serra tem 25,6% e Marina, 11,6%. Nenhum dos outros candidatos chegou a 1% das intenções de voto.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi feito a partir de 2 mil entrevistas realizadas entre os dias 26 e 28 deste mês. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 33.103/2010. 
No levantamento anterior, divulgado no dia 14 deste mês, Dilma tinha 57,8% dos votos válidos e Serra, 30,2%. O percentual de votos brancos e nulos era de 3,5% e o de eleitores indecisos, 9,1%. 
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Até o Globope desmoraliza o Datafalha

                                        
Saiu no G1:

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Brancos ou nulos são 4%. Não souberam ou não responderam, 4%. Os demais candidatos juntos somaram 1% das intenções de voto. O cenário com os votos válidos da pesquisa será divulgado em instantes. 
Espontânea 
O cenário divulgado pelo Ibope diz respeito à resposta estimulada, quando os entrevistados são confrontados com uma lista de candidatos. Já na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relação de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputa a eleição ainda aparece com 1% das intenções de voto. 
Cenário reduzido 
No cenário reduzido, quando os entrevistados são confrontados com a relação dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Dilma tem 51%, Serra aparece com 27% e Marina soma 13%. Brancos e nulos são 4% e os que não responderam ou não sabem em quem votar, 5%. 
Segundo turno 
Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a candidata do PT teria 55% contra 32% do tucano. Brancos e nulos somariam 7%. Já em uma disputa de segundo turno envolvendo Dilma e Marina, a petista teria 56% contra 29% da candidata do PV. Brancos e nulos seriam 8%. No cenário entre Serra e Marina, o candidato tucano teria 43% contra 35% de Marina e os votos nulos ou brancos somariam 12%.
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Ex-presidiário do PiG inocenta PT, mas o PiG não

Stanley Burburinho analisou o depoimento do presidiário que o PiG transformou em paladino da liberdade.
Ao depor na Polícia Federal, o presidiário negou que tivesse dito que a grana era para o PT.
Disse que torce para o Serra e que, quando o Serra tomar posse, ele vai meter a mão nos 5 bilhões de reais – quantia que, por si própria, faz da história uma patranha.
O desmentido do presidiário não mereceu destaque no PiG.
É óbvio.  

Quícoli: “Dinheiro de propina não era para campanha de Dilma”  

Depois do depoimento na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, nesta terça-feira (28), o consultor Rubnei Quícoli divulgou uma nota pública para esclarecer as diferentes versões sobre sua oitiva na mídia. “Não houve recuo de informação sobre a posição da propina pedida”, informa. 
Quícoli, que tem duas condenações e já esteve preso, acusa o filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Israel, de cobrar uma propina de R$ 5 milhões para viabilizar um financiamento do BNDES para a construção de uma usina de energia solar no Nordeste. O empréstimo foi negado. 
Segundo o consultor, o ex-diretor dos Correios Marco Antonio Oliveira é o autor da afirmação de que o dinheiro seria dirigido a Dilma e Erenice. “Em momento algum em nenhuma das entrevistas eu disse que o pedido desta propina era para o Partido dos Trabalhadores”, diz Quícoli. “Em momento algum eu disse que o dinheiro seria para a candidatura de Dilma”, acrescenta. 
Quícoli garante que só voltará a Brasília “para dois eventos: a posse do presidente José Serra e a assinatura do empreendimento da usina solar”. “Gravei depoimento para a campanha do Serra como gravaria para a campanha da Dilma, vivemos em um País livre, onde há tanta liberdade que alguns jornalistas distorcem a verdade”, afirma.
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4706456-EI15315,00-Quicoli+Dinheiro+de+propina+nao+era+para+campanha+de+Dilma.html
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A queridinha da mídia

De jurásica, ecologista fundamentalista, que travava o desenvolvimento do país, Marina virou a nova queridinha da mídia – lugar deixado vago por Heloisa Helena.
Mas o fenômeno é o mesmo: desespero da direita para chegar ao segundo turno e incapacidade de alavancar seu candidato.
Daí a promoção de uma candidata que, crêem eles, pode tirar votos da Dilma, para tentar fazer com que a derrota não seja tão acachapante, levando a disputa para o segundo turno e dando mais margem do denuncismo golpista de atuar.
Marina, por sua vez, para se prestar a esse papel, se descaracterizou totalmente, já não tem mais nada de candidata verde, alternativa. Não tem agenda própria, só reage, sempre com benevolência, às provocações da direita, seja sobre os sigilos bancários, a Casa Civil ou qualquer insinuação da direita.
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O caixa dois de Kátia Abreu para senadores e deputados do DEM.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) enviou cartas a produtores rurais pedindo doações para "senadores e deputados comprometidos com o setor". Em anexo, a carta traz um boleto bancário de R$ 200 a serem pagos para o Diretório Regional do Democratas no Tocantins.
 

Os documentos enviados a donos de propriedades agrícolas também fora do Tocantins fazem parte de uma campanha chamada "Agricultura Forte", liderada pela senadora. Kátia não é candidata em 2010, mas usa sua já conhecida popularidade entre os agricultores. O texto garante que a verba irá para candidatos da bancada ruralista, mas não aponta quais. A conta informada, porém, é a do Partido Democratas. A lei eleitoral obriga a abertura de uma conta bancária específica para doações a candidatos e proíbe que sejam feitas em contas preexistentes, como é o caso.
Na última sexta-feira (24), uma liminar expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Tocantins tirou do ar o site www.agriculturaforte.com.br, que também era usado para coletar doações. O TRE ainda pede o bloqueio de todos os recursos arrecadados pelo Diretório do DEM e exige informações do partido sobre qual o volume de dinheiro conseguido até o momento.
A liminar do TRE foi uma resposta a ação da coligação Força do Povo (que inclui partidos como PT e PSDB) e acusa a senadora de realizar "caixa dois". Em nota publicada no site do candidato a reeleição ao governo do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB), a coligação acusa a campanha "Agricultura Forte" de ser uma forma de arrecadar dinheiro para as candidaturas ao cargo de deputado federal de Irajá Abreu (filho de senadora) e Dorinha Seabra, ambos do DEM.
Em prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entregue no início de setembro, Dorinha Seabra declara ter recebido mais de R$ 50 mil do fundo partidário. No mesmo período, Irajá declarou que vieram do partido R$ 100 mil de um total de R$ 710 mil arrecadados por sua campanha.

Embate

A ação da coligação peemedebista não é a primeira rusga entre Carlos Gaguim e Kátia Abreu. Em discurso no Senado, ela chegou a pedir a cassação do registro da candidatura de Gaguim. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo aponta que o Ministério Público de São Paulo acusa Gaguim de participação em fraudes de licitações no governo.
A pedido do governador, o TRE do Tocantins aplicou uma restrição que impediu os meios de imprensa de tratarem do tema, mas a liminar foi retirada na tarde desta segunda-feira (27).Está aqui no Terra Magazine.
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Marcos Coimbra: Nem onda verde, nem queda de Dilma

“Para ter segundo turno, Dilma teria de perder 8 milhões de votos em seis dias”
 
Entrevista por email, do presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, ao Poder Online, do IG:

Marina Silva está crescendo sobre votos de Dilma Rousseff?

– Não dá para dizer. Dilma cresceu tanto após o início do horário gratuito da propaganda eleitoral que roubou votos dos outros dois. Agora, esses votos estão, ao que parece, voltando para eles.

Quantos votos, de fato, Dilma precisa perder para que haja segundo turno?

– Nos dados de nosso tracking (corroborados por vários outros que temos de pesquisas desenvolvidas em paralelo), a vantagem dela para a soma dos outros estava em 12 pontos percentuais ontem. Se 6 pontos passassem dela para os outros, a eleição empataria e o prognóstico de vitória no primeiro turno seria impossível.  Como cada ponto equivale a mais ou menos 1,35 milhão de eleitores, isso seria igual a 8 milhoes de eleitores (sem raciocinar com abstenções).

Marina Silva pode ultrapassar José Serra?

– É muito pouco provável, no conjunto do país. Possível em alguns lugares, como a região Norte e o DF. Talvez se consolide no Rio, onde ela já está na frente.

Qual o quadro que o senhor acha mais provável?

Vitória de Dilma no primeiro turno.

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Em outras conversas, ao longo do dia, Coimbra disse o mesmo a mais de um interlocutor: não há sinais de onda verde, nem de queda de Dilma Rousseff.
Faltando quatro dias para as eleições continua valendo a entrevista que Coimbra deu ao Viomundo, que está aqui. Serra e Dilma estão abaixo das previsões que Coimbra fez em texto para a CartaCapital (56% a 33%).
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

RELAXE E GOZE

FICHAS FALSAS

A Folha de S. Paulo publicou a ficha falsa de Dilma Roussef sem ao menos buscar comprovar autenticidade.
Agora a Folha tem uma outra ficha igualzinha do seu adversário.
Se ela publicou a primeira, por que não publica esta segunda? 
Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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CHARGE

Vox desmoraliza o Datafolha. Para variar


Há 28 dias o Tracking diário da Vox Populi mostra que a Dilma continua no mesmo lugar.
Essa posição lhe garante uma vitória no primeiro turno.
O Tracking de hoje da Vox Populi, clique aqui para ler, tem uma mudança irrelevante: o Serra ganhou um ponto e Bláblárina Silva perdeu um ponto.
Ou seja, a “onde verde” tem a consistência do discurso da Bláblárina contra Darwin e a pesquisa com células-tronco.
Clique aqui para ler “por que a Globo trocou o jenio pela Bláblárina”.
O Tracking da Vox Populi ouve 500 pessoas diferentes por dia.
A Vox Populi, supõe-se, que faça outras pesquisas para partidos com amostras maiores e outras pesquisas em alguns Estados cruciais com amostras também diferentes.
Portanto, como o Marcos Coimbra, responsável pela Vox, é um profissional respeitado de estrutura intelectual que dá de 10 a 0 nos congêneres do Datafalha e do Globope, se houvesse discrepância entre as diferentes pesquisas ele não divulgaria o Tracking.
O problema é que no Brasil, antes da Ley de Medios, é possível o jornal nacional é possível divulgar o Globope e o Datafalha e omitir a Vox e a Sensus, ambas de Minas, a terra da Inconfidência.
Clique aqui para ler como o Datafalha preparou uma pesquisa para o Ali Kamel usar hoje à noite.
Só o Ali Kamel e uma testemunha bomba, como o sequestrador do Abílio Diniz aparecer com a camisa da Dilma, poderá alterar essa eleição.
Nem o Ali Kamel, o mais poderoso jornalistas que jamais trabalhou na Globo, conseguirá manipular uma eleição que tem como marionetes o jenio e a Bláblárina Silva.
Com esses dois, nem o Ali Kamel multiplica os pães. 

Paulo Henrique Amorim
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Anti-Lula podem dançar

A candidatura de Heloísa Helena (PSOL) ao Senado por Alagoas está afundando.
São fatais os vídeos, exibidos no horário eleitoral, onde ela xinga o presidente Lula quando era senadora.
Benedito de Lira (PP) é o grande beneficiário.

Reparem tambem que na disputa para o Senado – além das quedas já registradas de Cesar Maia (DEM-RJ), Marco Maciel (DEM-PE), Artur Vrgilio (PSDB-AM), Heráclito Fortes (DEM-PI) – correm risco, segundo as pesquisas divulgadas agora na reta final:  Mão Santa (PSC-PI) e Tasso Jereisatti (PSDB-CE).

Enquanto isso, o jornal O Povo, de Fortaleza, registra hoje uma nova pesquisa de intenção de voto para o Senado, realizada, aliás, pelo Datafolha. Lá não dá para “marinar” os resultados. Porque todo cearense está vendo que Tasso “tenho jatinho porque posso” Jereissati, está ameaçado de não aterrisar mais no Senado da República.
Até tu, Tasso?
Parece que sim, Eunicio (PMDB) e Pimentel (PT) se aproximam do “galeguim dos óio azul” na disputa travada no Ceará.
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VEJA A ARTE DO PUBLICITARIO JOÂO SANTANA

A Globo trocou de candidato

Kelly bag com havaiana verde: ideal para ir à Fundação Roberto Marinho.

Amigo navegante sugere visitar o Blog da Lucia Hippolito.
Lá está:
A candidata do Blog é a Bláblárina Silva que, segundo a Hippolito, tem “a cara do Brasil” (esconjuro!).
Nada mais natural.
O PiG fora de São Paulo já sabe: o jenio tem essa propriedade: ele perde.
A Bláblárina é o “novo”.
O “chic”.
O “radical chic” do West Side.
O Natura: perfumado, mas nem tanto.
O radical que entra nas colunas sociais.
O radical que sabe onde fica Kyoto.
Que morde mas não aperta.
Que, se for preciso, pára de morder.
O radical que adora os filmes do Fernando Meirelles.
Come barra de cereal para não engordar.
Odeia bife de tira.
Cerveja, cachaça ?
Não, vinho branco não muito gelado.
Que já foi de esquerda, de direita, mas agora viu a Luz.
O radical que trocou a “teoria da dependência” pelo Al Gore.
Usar Havaianas com Kelly bag.
Pobreza ?
Aumento do salário mínimo ?
Índice de Gini ?
Nada disso: calota polar, CO2, gás estufa – isso é o que importa.
Distribuir renda ?
O importante é distribuir oxigênio.
Precisamos garantir a sobrevivência da espécie (dos ricos).
Não mudar nada.
Se for para mudar alguma coisa, trocar a calça americana por calça de linho cáqui.
Perder com a Bláblárina é mais chic do que perder com o Serra – que, além de tudo, é muito feio.
E, na Globo, tudo isso tem uma vantagem: um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – é “verde”, um ecologista militante de coquetel.
A última vez em que esteve na Amazônia foi, provavelmente, numa escala do jatinho em Manaus, a caminho dos Hamptons.

Paulo Henrique Amorim
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RELAXE E GOZE

Colombia/FARCs: Entrevista com Ingrid Betancourt

Ingrid Betancourt permanceu seis anos na floresta em poder das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Em uma entrevista para a Revista “Spiegel” após a publicação de seu livro de memórias, ela  fala sobre o tempo que passou no cativeiro, relações familiares e sua readaptação após ser liberta. 
Spiegel: Sra. Betancourt, nós gostaríamos de começar com uma pergunta banal: como a senhora está?
Betancourt: Melhor do que há dois anos, há um ano ou há seis meses. Às vezes me sinto frágil, às vezes emotiva demais, mas estou colocando tudo o que posso de lado para ser uma pessoa feliz.
A felicidade é hoje algo diferente do que era antes de seu cativeiro?
Sim, antes de ter sido sequestrada, eu acho que a felicidade estava relacionada ao sucesso. Atualmente a felicidade está relacionada para mim ao descanso, paz, serenidade.
A senhora era uma mulher muito ambiciosa, resoluta. Não seria impossível perder sua impaciência?
Seis anos e meio é um longo tempo e aprender a perder sua impaciência é um processo. No final, ela se foi.
A senhora disse durante seus anos na floresta que queria se tornar outra pessoa.
Sim, porque as prioridades da minha vida mudaram. Nada do que eu possa encontrar atualmente pode ser tão ruim quanto o que deixei para trás. Há pequenas coisas que costumavam me incomodar, mas agora eu apenas penso: e daí?
Quando a senhora foi libertada em julho de 2008, todos ficaram surpresos com suas primeiras aparições em público: o encontro frio com seu marido, então as fotos e entrevistas, e finalmente as coletivas de imprensa com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. E durante tudo isso, a senhoria parecia estar firme e inabalada. A senhora estava em estado de choque ou eram apenas os velhos reflexos de uma política profissional em ação?
Eu acho que estava iluminada por aquela sensação de liberdade. Quero dizer, eu estava radiante de felicidade, como se estivesse transformada. Mas quando eu vejo as fotos daquele momento, as pessoas talvez não notem, mas eu posso ver claramente o fardo dos seis anos de cativeiro.
A euforia dos primeiros dias foi seguida por uma sensação de vazio e um colapso?
É claro, eu tive muita sorte pelo fato do governo francês ter cuidado imediatamente de mim e por uma equipe de médicos ter realizado exames físicos abrangentes. E isso levou várias semanas.
E o que encontraram?
Muitas pequenas coisas. Viver na floresta não faz bem para sua pele e seis anos sem um dentista tiveram suas consequências, mas não é um câncer e nem nada assim. E então ofereceram alguém para conversar comigo. Inicialmente, eu achei que não precisava, mas as outras pessoas sabiam que eu precisava.
Uma terapia para tratar de seus traumas?
Sim, e uma terapia que produziu muitas explicações. Reféns querem sobreviver… eles se concentram em sua própria visão estreita das coisas.
Reféns então se tornam egoístas?
Sim, e no meu caso, meus sequestradores disseram que as negociações não fossem bem-sucedidas em um ano, eles nos fuzilariam. E posteriormente disseram que se os militares viessem, os reféns morreriam. Esse tipo de coisa queima dentro de você. Todo dia eu pensava apenas em mim mesma e em fugir. Você não desenvolve empatia em uma situação como essa.
E assim que a senhora foi libertada?
A questão principal era meu relacionamento com meus filhos, porque era minha grande prioridade. Eu queria ser mãe de novo.
Seus filhos tinham 13 e 16 anos quando a senhora foi sequestrada…
…e eram adultos quando retornei. Soltar é difícil para todos os pais, mas eu não tinha ideia do que fazer. Foi como uma viagem no tempo, como se estivesse tentando abrir uma porta fechada. Eu fiz o que sempre tinha feito, achando que eu os ajudaria dessa forma, mas eles sentiram como se eu estivesse tentando invadir suas vidas privadas.
E a senhora conseguiu se tornar mãe de novo?
E sei que isso soará piegas, mas o amor ajuda. Na floresta, eu ouvia a voz da minha mãe em uma emissora de rádio para os reféns e suas famílias, e percebi quão poderosa ela era, a voz da minha mãe, e também a voz do meu pai, é claro. Meus filhos queriam me ver e me ouvir, mas a reação deles apenas foi diferente daquela que eu esperava. Nós primeiro tivemos que aprender a transmitir o que estávamos sentindo e realmente a escutar uns aos outros, e depois o fluxo de comunicação recomeçou. No final, eu me tornei mãe de novo, algo que me deu muita satisfação.
Os seus filhos conseguem entender o que aconteceu com a senhora?
Sim, eu acho que eles também precisam ser reconhecidos como vítimas, até mesmo por mim. Também não foi justo com eles e eles também foram privados de muitas coisas em fevereiro de 2002.
Na época, a senhora supostamente foi alertada para não ir de carro para San Vicente. Sua ex-diretora de campanha, Clara Rojas, insinuou que suas ambições políticas a colocaram em risco de ser sequestrada.
A verdade é que eu estava em Florencia, a caminho de um evento eleitoral em San Vicente. Nós queríamos continuar de carro, mas os militares disseram: nós temos helicópteros partindo a cada 20 minutos para San Vicente. Então esperamos… por duas horas. Enquanto isso, o avião do presidente pousou, ele embarcou em um helicóptero, voou para San Vicente, e eu ainda estava esperando. Então minha escolta de segurança foi retirada, todos os sete. Aquela foi uma manobra política. Eles queriam me dissuadir de viajar para San Vicente enquanto o presidente estava lá.
A senhora culpa o governo pelo seu sequestro?
Não, mas também não foi minha culpa. Ninguém tinha como saber o que aconteceria. Minha equipe e eu então partimos de carro. A estrada não estava fechada –havia táxis, motos, ônibus e, à minha frente, um jipe da Cruz Vermelha. Se os militares soubessem que as FARC planejavam uma emboscada e que estávamos em uma zona de guerra, eles teriam fechado o posto de controle. Mas não fizeram isso. Foi apenas depois que retrataram as coisas como se eu tivesse sido alertada ou tivesse sido ingênua.
A senhora exigiu indenização pelo governo e foi duramente criticada por isso.
Isso é muito injusto. Na Colômbia, assim como em muitos outros países, as vítimas de terrorismo têm direito de receber indenização. O valor que pedi foi calculado segundo os salários que não recebi e diversos outros fatores. Mas eles distorceram meu pedido e disseram que, por causa dele, eu estava atacando os soldados que me libertaram. Eu acho que foi algo muito pernicioso, apenas uma ação com motivação política.
A senhora voltará à política?
Não no sentido mais estreito. Ainda é importante para mim lutar por princípios. Mas não estou mais disposta a lidar com a maldade da política e os confrontos destrutivos intermináveis que isso provoca.
Isso significa que a senhora não vai mais concorrer a um cargo político?
Provavelmente não. É possível entender a política, no sentido mais amplo do termo, como um instrumento para mudar as coisas. Eu posso fazer isso escrevendo um livro e, assim espero, com minha fundação, a Fundação Ingrid Betancourt pela Liberdade. Esta organização buscará ajudar as famílias dos reféns, assim como aqueles que foram libertados e agora precisam começar uma nova vida –sem contar os reféns que ainda estão na floresta.
Qual foi sua estratégia de sobrevivência durante seus seis anos como refém?
Você precisa criar uma área onde você é autônoma. Se não posso decidir como viver, ao menos decidirei como organizar minha rotina diária. Exercícios e ioga, banho, meditação –eu podia decidir essas coisas. Eu tinha dois livros, Harry Potter e a Bíblia, e usei a Bíblia para treinar memória fotográfica. Onde estava aquela passagem? E então explorei meu eu interior: como pretendo viver minha vida quando estiver livre, quem eu era e quem eu serei no futuro? O mais importante é preservar este pequeno espaço para você mesma, porque independente do que façam a você, então eles não poderão atingir você.
A senhora já tomou conhecimento das circunstâncias que cercaram sua libertação?
Sim, eu falei com os soldados. Ocorreram mortes dentro das FARC, uma mudança de poder, os soldados infiltraram suas comunicações e disseram aos nossos sequestradores que os reféns seriam transferidos para um novo centro de comando. Foi um plano arriscado. Um oficial me disse posteriormente que, na noite anterior, ele leu na Bíblia sobre como Pedro foi libertado por um anjo que disse: “Me siga”. Ele contou aos outros em sua unidade a respeito de seu sonho, e eles entenderam como sendo um sinal e decidiram lançar a operação no dia seguinte. Apenas quando estávamos no helicóptero e os sequestradores tinham sido dominados é que percebemos que estávamos livres.
É possível preencher a lacuna de seis anos na sua vida?
Não, quando eu voltei, eu perdi muito: a Guerra no Iraque, as eleições, filmes, livros e música. E então um dia, logo após minha libertação, eu me vi segurando esse estranho telefoninho capaz de fazer tudo.
Spiegel: Um iPhone?
Não, um BlackBerry. Eu saí diretamente da selva e tinha um BlackBerry. Eu olhei para meu telefone e pensei, se é possível uma comunicação em todos os lugares, o tempo todo, por que ninguém me liga? Por que meus filhos não ligam? Uma vez por dia, pelo menos, preferencialmente duas! Então falei com meu filho e disse: “Lorenzo, eu estou tentando ligar para você o dia todo e você não responde”. E ele disse: “Olha, mãe, eu tenho meus amigos. Eu tenho coisas para fazer e não posso ficar ligando para você o tempo todo”. Isso foi muito, muito duro, e chorei por dias.
Foi assim que começou sua nova vida?
Sim, mas então entendi que meu filho estava certo –e que eu não tinha mais uma vida própria. Eu não tinha apartamento, marido, filhos, emprego.
A senhora redescobriu sua própria vida?
Parte dela. Eu ainda não tenho meu próprio apartamento. Eu inicialmente quero ficar com meu filho em Paris e com minha filha em Nova York, então estou dividindo meu tempo entre as duas cidades e vivendo em suas casas. Eu ainda preciso encontrar o lugar certo para mim. Às vezes quero o mar, às vezes quero estar próxima de cavalos.
O que a levou a escrever um livro?
Eu sentia que tinha o dever de compartilhar com todos aqueles que me apoiaram e com o público em geral. Eu sentia que era algo que precisava ser contado. E eu queria entender tudo, dar um significado para esses seis anos.
Escrever foi um processo de cura para você?
Sim e não. Às vezes eu sentia que me curava, mas frequentemente dói, até mesmo fisicamente. Eu podia sentir que, de alguma forma, estava me queimando. Eu conversei com os outros reféns e pude ver que estavam seguindo em frente com suas vidas, se casando, tendo filhos –e eu estava presa aos meus pensamentos na floresta. Olhando para trás, eu acho que isso me tornou mais forte e capaz de ser feliz de forma saudável. Escrever me ensinou a deixar para trás e perdoar.
Quem?
Todos. Os sequestradores. Os reféns. Eu mesma.
Por que perdoar a si mesma?
Porque não fui a heroína que queria ser.
Você experimentou coisas que poucas pessoas suportaram.
Acredite, eu fui fraca, eu não estava preparada para nada. Eu tenho que me perdoar por coisas que fiz e que não gostei a respeito de mim mesma. Eu reagi de forma errada em muitos momentos e mantive a postura errada. Eu demorei tempo demais para desenvolver compaixão pelos outros e ser menos dura no meu julgamento. Não é construtivo em uma situação de crise apontar o dedo para aqueles que são fracos.
Por que você fez isso?
Nós todos fomos manipulados e não percebemos –ou percebemos tarde demais. Os sequestradores queriam impedir qualquer solidariedade entre nós. Eles fizeram tudo o que podiam para nos fazer odiarmos uns aos outros –nos fornecendo informações falsas a respeito uns dos outros, que eram muito prejudiciais. Foi terrível: eu estava sempre com medo e os outros me criticavam constantemente. Eu não podia entender isso, porque não estava ciente do meu papel especial na época.
Você era a estrela do acampamento.
Eu pensei que era importante para o mundo saber que estávamos vivos, contarmos com a atenção da mídia.
Mas os outros reféns…
…sentiram que tiveram sua existência roubada uma segunda vez. Eu era a única que recebia a atenção do público e isso os machucava. Eu não entendia isso na época. Nós reagimos diante da situação de formas diferentes e meu comportamento irritava os outros. Para mim, era importante manter minha dignidade. Eles viram isso como um problema adicional.
Foi essa situação que produziu a difamação que se seguiu? Você frequentemente era descrita em termos pouco lisonjeiros.
É claro. Além disso, era a estratégia das FARC semear a discórdia e criar conflitos entre nós. E depois surgiu muito sensacionalismo nas publicações. Eu me transformei em uma espécie de monstro. Todavia, eu me dou bem com muitos dos ex-reféns. Nós ainda nos encontramos, compartilhamos coisas e sempre permaneceremos ligados. Eu passei mais tempo com eles do que com qualquer outra pessoa. Nós não escolhemos uns aos outros, mas nós sabemos tudo a respeito uns dos outros. Eles são minha nova família.
Mas você não fala mais com sua ex-diretora de campanha, Clara Rojas.
Infelizmente. Nós estávamos em situações de vida completamente diferentes e tínhamos mentalidades divergentes: eu estava no modo de fuga; Clara estava no modo de adaptação. Eu queria voltar para os meus filhos; ela queria sobreviver e não correr nenhum risco.
Duas mulheres sequestradas em um acampamento dominado por homens: por que não conseguiram permanecer aliadas?
Imagine viver 24 horas por dia em cômodos extremamente apertados. Imagine que você esteja sentada no assento do meio de um avião e então um homem muito gordo senta-se ao seu lado, por seis anos. Nós tivemos que dividir um espaço do tamanho de uma cama. Nós nos sentávamos ao lado uma da outra e tocávamos uma na outra. Quando Clara se virava, os pés dela ficavam no meu rosto. Não havia nenhuma privacidade. As pessoas precisam de espaço para sobreviver. Chegou a um ponto em que dissemos ok, é melhor não conversar. Nós nos voltamos uma contra a outra porque não podíamos nos voltar contra nossos sequestradores por toda sua brutalidade, maldade, vulgaridade e tudo mais.
Você nunca quis falar a respeito do abuso sexual.
E continua sendo assim.
Clara Rojas decidiu ter um filho, mesmo na floresta.
Sim, ela falou com nossos sequestradores e apresentou o requerimento correspondente. Com as FARC, era sempre preciso apresentar um requerimento. Um de nossos sequestradores foi o primeiro a me falar a respeito. Clara veio me ver depois, eu estava me exercitando entre dois beliches em nossa cabana e ela levantou sua camisa e me mostrou sua barriga. Eu disse que seria muito doloroso naquelas circunstâncias, mas também que um bebê é uma bênção. E depois que seu filho nasceu, eu fiquei muito comovida com a presença daquele bebê na floresta.
Vocês se viram de novo após serem libertadas?
Sim, ela veio me visitar, nós nos abraçamos e ela me mostrou seu filho Emmanuel –foi muito comovente. Então ela escreveu seu livro e eu escrevi o meu. Nós precisamos de mais tempo.
Além de seu relacionamento com Clara Rojas, seu casamento também foi discutido publicamente.
Eu fui mantida prisioneira e a única coisa que eu tinha era um pequeno rádio. Eu ouvia minha mãe todo dia, meus filhos duas vezes por semana e desde que consegui enviar uma carta para fora do acampamento, todos souberam que eu podia ouvi-los. Mas eu dificilmente ouvia meu marido, pelo menos não até ele ter dado uma entrevista, após dois anos, quando ele escreveu seu primeiro livro. Então ele disse que queria sua vida de volta e eu percebi sobre o que ele estava falando. Eu não esperava que ele viveria por anos como um monge, mas então ele falou a respeito de sua namorada e disse: eu não tive nenhum filho com Ingrid porque ela estava sempre ocupada demais. E quando eu encontro a mulher da minha vida, eu gostaria de tê-los. Foi cruel. Eu fiquei sentada lá, me sentindo substituída.
Qual foi o motivo da separação?
Quando desci do avião após ser libertada, uma das primeiras coisas que ele me perguntou é se poderia continuar morando no meu apartamento. Então eu vi que tinha um problema. Então fui para a casa da minha mãe. A primeira coisa que fiz foi tomar um longo banho. Eu não consegui dormir na cama na primeira noite; ela era macia demais. Então deitei no chão.
A senhora ainda tem pesadelos?
Sim, o tempo todo. William, um dos reféns, me disse recentemente que ainda experimenta esses momentos de ansiedade intensa, que todos sentíamos quando tínhamos que fugir rapidamente e trocar de acampamento. Mas ele entra em pânico quando está em um aeroporto ou caminhando pela cidade. Eu conheço muito bem essa sensação.
Esse ainda é o caso?
Sim, mesmo aqui em Nova York, eu estou constantemente olhando por sobre meu ombro. Helicópteros são o pior. Quando ouço um helicóptero, eu entro em pânico, então começo a transpirar e tenho que encontrar um banheiro, e então adoeço.
Vocês não foram resgatados por um helicóptero?
Sim, mas durante os seis anos anteriores, dezenas de helicópteros circulavam acima de nós e toda vez achávamos que íamos morrer.
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Confronto na Globo pode definir segundo turno em São Paulo

por Luiz Carlos Azenha

Fui ao sambódromo paulista ver o comício final da campanha de Aloízio Mercadante. Não fui propriamente para ouvir os discursos, já que poderia tê-lo feito pela rede. Eu queria dar uma olhada no público, conversar com as pessoas, sentir o clima.
Havia muita gente, que não arredou pé apesar de ter chovido canivete. Em seu discurso, Lula parece ter vacinado Dilma antecipadamente contra ataques de última hora a respeito da participação da candidata na resistência ao regime militar. Se chover bala de prata nos momentos finais da campanha presidencial, depois do debate da Globo, quando não haverá mais horário eleitoral gratuito para responder…
O presidente da República anunciou que, além do comício de encerramento da campanha de Mercadante, na noite de quinta-feira (quando Dilma estiver nos estúdios da Globo, debatendo), em São Bernardo, no sábado haverá uma caminhada silenciosa pelas ruas do ABC.
Duvido que Lula faria isso se não houvesse nenhuma possibilidade de segundo turno em São Paulo. Por tudo o que aconteceu ao longo desta campanha eleitoral e no passado, eu não confio no Datafolha, nem no Ibope. Simplesmente perdi qualquer confiança nos dois institutos. Portanto, prefiro trazer aqui os números da pesquisa mais recente do Vox Populi:
De acordo com a pesquisa do Vox Populi, Alckmin caiu de 49% para 40%. Mercadante cresceu 11 pontos percentuais, passando de 17% em agosto para 28% neste levantamento. Celso Russomano (PP) obteve a preferência de 7% do eleitorado, Paulo Skaf (PSB) de 3% e Fábio Feldmann (PV) tem 2%. Votos em branco e nulo somaram 7%, enquanto 13% dos eleitores disseram-se indecisos.
A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. A pesquisa, encomendada pela Band e pelo iG, foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 31.704/10 e ouviu 1.500 pessoas entre 18 e 21 de setembro.
Segundo o Vox, há uma clara curva descendente de Alckmin e ascendente de Mercadante. Acredito que o teto do petista deve ficar entre 30% e 35% dos votos. As chances disso levar a eleição paulista para segundo turno, portanto, são reais.

 Tudo vai depender, é lógico, de uma performance superior de Mercadante no debate desta noite, na TV Globo, que costuma ter uma audiência mais alta, embora já não seja mais aquela Brastemp do passado. Ontem, depois do comício, Celso Russomano declarou apoio a Dilma Rousseff. Ou seja, tudo indica que esta noite os dois farão dobradinha contra Alckmin.
E o que constatei no comício do sambódromo? É lógico que a militância do PT já não é mais a mesma de 1989, por exemplo. Mais de vinte anos já se passaram, o partido ganhou muitas eleições, comandou o Brasil, vários estados e centenas de prefeituras. O partido se profissionalizou.
Porém, para minha surpresa, além dos cabos eleitorais contratados — especialmente dos candidatos a deputado do partido –, notei a presença de centenas de militantes que foram ao comício pelo prazer da politica.
Gente de toda parte de São Paulo. Muitas bandeiras do MST, do PCdoB e das centrais sindicais. O cartaz “A Folha Mente” estava lá. E havia centenas de pessoas com as tradicionais estrelinhas e camisetas do PT, como nos velhos tempos.
Acredito que a polarização proposta por Lula  na fase final da campanha parece ter dado resultado. Eu não desprezaria a militância digital, como muita gente faz. Mas ainda acredito que, na hora agá da eleição, a militância em carne e osso faz toda a diferença.
Muita gente chega ao dia da eleição indeciso ou com o voto não consolidado e, em geral, os eleitores confiam muito mais na opinião de parentes e amigos do que nas manchetes dos jornais ou no que diz o comentarista no rádio.
Em 2008, na eleição para a Prefeitura de São Paulo, fui a um evento do PT e constatei a ausência da militância tradicional e a presença quase exclusiva de militantes profissionais, pagos para acenar as bandeiras e sair na propaganda da TV. Desta feita, no entanto, o que me surpreendeu foi ver e conversar com gente que atravessou a cidade para participar de um comício sob tremenda chuva. Apesar do aguaceiro, foi um bom augúrio para Mercadante.
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Cuidado: Lista dos e-mails da baixaria contra a Dilma

Por Stanley Burburinho

Para facilitar a divulgação nesta última semana de campanha, fiz uma compilação dos emails falsos que circulam nesta campanha sobre Dilma Rousseff e seus respectivos desmentidos. Cada link remete ao leitor ao texto em questão. Espalhem, é importante:

A morte de Mário Kosel Filho: http://migre.me/1pfA
 A Ficha Falsa de Dilma Rousseff na ditadura: http://migre.me/1pfCc
O porteiro que desistiu de trabalhar para receber o Bolsa-Família: http://migre.me/1pfEJ
Marília Gabriela desmente email falso: http://migre.me/1pfSW
Dilma não pode entrar nos Estados Unidos: http://migre.me/1pfTX
Foto de Dilma ao lado de um fuzíl é uma montagem barata: http://migre.me/1pfWn
Lula/Dilma sucatearam a classe média (B) em 8 anos: http://migre.me/1pfYg
Email de Dora Kramer sobre Arnaldo Jabor é montagem: http://migre.me/1pfZH
Matéria sobre Dilma em jornais canadenses é falsa: http://migre.me/1pg1t
Declarações de Dilma sobre Jesus Cristo – mais um email falso: http://migre.me/1pg2F
Fraude nas urnas com chip chinês – falsidade que beira o ridículo: http://migre.me/1pg58
Vídeo de Hugo Chaves pedindo votos a Dilma é falso: http://migre.me/1pg6c
Matéria sobre amante lésbica de Dilma é invenção: http://migre.me/1pg7p
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A MANIPULAÇÂO DO PIG

O jornalista Ricardo Noblat postou em seu blog, este  vídeo que registraria a palestra do ex-deputado José Dirceu no Sindicato dos Petroleiros da Bahia.
É onde ele teria dito que que há “excesso de liberdade” de imprensa no Brasil.
Só que a gravação publicada por Noblat mostra que ele não disse isso.
Goste-se ou não de Dirceu, não é correto distorcer suas palavras. E as manchetes registradas no vídeo foram publicadas, como pode ser checado na internet.
Se Noblat postou o vídeo, deve saber que ele é verdadeiro.
Como sabe que são falsas as manchetes que imputaram a Dirceu o que ele não disse.
Não há uma linha de informação, nem um comentário. Nada.
Se houve, como parece, uma manipulação e se a obrigação jornalística é mostrar a verdade, falta esta manifestação.

Data-Imbrolha derruba Dilma, mas ainda assim ela venceria no 1º turno

Conforme previsto, dentro da agenda do PIG, o DataSerra (Data-imbrolha) soltou uma pesquisa dizendo que Dilma caiu 3 pontos, Serra ficou na mesma e Marina subiu 1:

Dilma: 46%
Serra: 28
Marina: 14%
Soma dos outros candidatos: 1%
Votos brancos e nulos: 4%
Não sabem ou não quiseram responder: 7%


A princípio o DataSerra arrumou um resultado "no limite da responsabilidade" (para usar uma expressão bem ao gosto dos demo-tucanos) para caracterizar um empate técnico entre a soma dos outros e Dilma, que daria possibilidade de 2º turno.
Curioso que, segundo o DataSerra, dos 3 pontos que que Dilma perdeu, 1 foi para brancos e nulos, e 2 foi para "não sabem ou não quiseram responder".
Ainda assim, Dilma continua com 52% dos votos válidos.
Há uma clara tentativa da imprensa de querer influir e demonstrar poder nas eleições, apostando na capacidade dela gerar segundo turno.
E o Datafolha faz parte desse Grupo do Jornal Folha de São Paulo, que deixou de ser instituto acima de suspeitas, quando apresentou resultados irreais em maio.
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Ele achou que podia dizer qualquer coisa

Ministério Público denuncia Serra por crimes de difamação e calúnia


O Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da pomotora eleitoral Margarida Teixeira de Moraes, ofereceu denúncia contra o candidato do PSDB, José Serra, acolhendo representação criminal do Partido dos Trabalhadores por difamação contra o partido e por calúnia contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
No dia 22 de julho deste ano, na capital gaúcha, durante entrevista ao jornal Zero Hora, ao responder sobre as declarações do seu vice, Índio Costa, acerca da afirmação de que o PT teria ligações com o narcotráfico, Serra respondeu que é “uma coisa antiga, que está mais do que evidenciado, que o PT tem ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que, por sua vez, são uma força do narcotráfico”.
Nesta mesma entrevista, Serra imputou falsamente ao PT e a Pimentel o crime de violação de sigilos na Receita Federal.A promotoria eleitoral acolheu a representação do PT e ofereceu denúncia pelos crimes de difamação e de calúnia ao Juiz Eleitoral da 111ª Zona de Porto Alegre contra o candidato do PSDB. Clique aqui para ver o texto da denúncia do MP
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Marina 13%, Serra 24% e Dilma 49%

No 27º dia do tracking Vox Populi/Band/IG, Dilma manteve o patamar de 49%; Serra também ficou nos 24%, e Marina oscilou um ponto para cima, de 12% para 13%.
O ponto percentual de Marina veio dos indecisos, que cairam de 11% para 10%. Votos brancos e nulos continuam em 3%.
Dilma continua vencendo a eleição no primeiro tuno, com 56,32% dos votos válidos, contra 27,58% de Serra e 14,94% de Marina.
Todas as oscilações registradas hoje aconteceram dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Na pesquisa espontânea, Dilma está à frente com 42% das intenções de voto, o mesmo percentual de ontem, e Serra tem 21%, um ponto a mais que ontem. Ao contrário da pesquisa estimulada, Marina não variou na espontânea e continua com 10%. Lula ainda recebe 2% dos votos na pesquisa espontânea.
Depois de três dias sem revelar os resultados por região, o IG apresentou hoje alguns dados incompletos. Disse que a melhor avaliação de Dilma é no Nordeste, onde tem 66% das preferências, mas que já teve 73% na região, no último dia 11. É estranha essa redução de sete pontos de Dilma no Nordeste, região muito menos permeável aos falsos escândalos produzidos pela mídia. O IG não revela para onde foram os votos que Dilma teria perdido na região, e fala apenas que lá Serra tem seu pior desempenho: 17%.
O IG diz ainda que o melhor cenário para Serra é no Sul, onde tem 30% das intenções de voto, sem revelar qual o índice de Dilma.
Segundo o tracking, Dilma caiu mais no Sudeste, onde conta hoje com 42% das preferências contra 47% há menos de dez dias, enquanto Marina subiu de 11% para 17% na região. Marina também teria 17% no Norte/Centro-Oeste. O tracking Vox Populi/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente.
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DISPUTA NO PARÁ: Um debate ao chocolate

Sobre a cadeira vazia de Simão Jatene (PSDB),  que faltou ao debate na Rádio Liberal,  hoje, Ana Júlia Carepa (PT) colocou um presente: chocolates da fábrica de Medicilância, criada recentemente com o apoio de seu governo.
Para adoçar o Dia de Cosme e Damião, ela distribuiu barras da guloseima para os demais candidatos, Domingos Juvenil (PMDB) e Fernando Carneiro (PSOL), assessores e jornalistas presentes. 
O programa eleitoral de Jatene alardeara que a fábrica não existia.Também foi distribuída à imprensa e aos demais candidatos uma carta enviada a Ana Júlia pelo prefeito de Medicilândia, Ivo Valentim Muller, e pelo presidente da Coopatrans, proprietária da fábrica de chocolate, Ademir Venturim, agradecendo o incentivo recebido.
A ausência gerou piadinhas. Jatene foi apelidado por Fernando Carneiro(PSOL) de “Simão Fujão” no debate ao vivo, transmitido a 80 municípios pelas emissoras Liberal/CBN e Rádio Liberal Castanhal, além do Portal ORM. 
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Dilma no debate da Record

A bala de prata era verde

Redação, Carta Maior

"A direita brasileira raspou o fundo do tacho e chegou à seguinte conclusão: Marina é o último cartucho de Serra. Todas as pesquisas divulgadas até a 6º feira convergem para um ponto de equilíbrio sedimentado: Dilma tem 50% das intenções de votos (oscilou apenas um ponto depois de toda fuzilaria das últimas duas semanas).
Serra patina em torno de 25%. Parece difícil ir além por suas próprias 'qualidades'. Depois de tudo o que tentou, a boa vontade estatística, leia-se, o versátil Ibope do transformista Carlos Montenegro, lhe deu uma oscilação de amigo do peito de 3 mais pontos.
Anima a militancia da página 2 da Folha, mas é insuficiente. Para levar a eleição ao 2º turno, resta ao conservadorismo nativo pintar-se de verde e bombar Marina Silva pelo ar, por terra e por mar, 24 horas por dia nos próximos oito dias. O mutirão já começou. Faz parte desse tour de force, por exemplo, a retardatária adesão do neoecologista Pedro Simon à candidatura do PV, nesta 6º feira. O movimento ambientalista brasileiro encontra-se diante de uma encruzilada histórica: tem oito dias para decidir se integra o campo de forças que lutam pela transformação do Brasil numa sociedade mais justa e sustentável, ou, ao contrário, como lamentavelmente sugere o comportamento de alguns de seus porta-vozes e lideranças lambuzadas com a atenção da mídia, se assume a condição subserviente de pé-de-palanque da direita e da extrema direita unidas no interior da coalizão demotucana.
Chico Mendes por certo não hesitaria em escolher seu lado se na reta final de uma disputa política, como agora, tivesse objetivamente duas opções de poder: um governo amarrado em torno dos compromissos históricos de Dilma e Lula ou um Brasil submetido ao comando da alarmante dupla Serra e Índio da Costa. Resta saber qual será a escolha de Marina Silva. A ver."
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Apesar de jogo da mídia, sairemos vitoriosos, diz Protógenes

Dentro de uma semana, Protógenes Queiroz poderá deixar a qualificação de delegado da Polícia Federal para vestir o figurino de deputado federal. Confiante, o candidato do PCdoB enfrenta uma maratona de atividades e eventos. Neste sábado (25), após percorrer cidades do interior, deixou Bauru rumo a São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde foi recebido por cerca de 500 pessoas para uma reunião que, além de políticos locais, contou com a presença do ministro do Esporte, Orlando Silva.
Contundente em sua avaliação sobre o cenário eleitoral, Protógenes criticou a imprensa. “Essa onda denuncista é reflexo do atraso que ainda existe no sistema político e na própria mídia, que se posiciona contra o processo pujante de crescimento que hoje o Brasil vive e que é apoiado pelo povo”, coloca.
Para ele, “a imprensa hegemônica presta um grande desserviço à democracia”. Como órgão de imprensa, “deveria fomentar informações para que o povo brasileiro saísse mais esclarecido das eleições e o que tem acontecido é o contrário. Há todo um mecanismo estratégico usado para desqualificar Dilma Rousseff, candidata de um projeto aprovado nacionalmente”.
Protógenes salienta, no entanto, que “tal postura da imprensa já é percebida até mesmo aos olhos do eleitor mais humilde” e coloca: “nestas eleições, apesar de toda essa fabricação de escândalos, dessa tentativa de desqualificação de Dilma, o povo brasileiro e as forças políticas sairão vitoriosos e ainda mais amadurecidos”.
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Jornal inglês diz que Dilma é "uma líder extraordinária"

“O jornal The Independent destacou neste domingo que o Brasil se prepara para eleger no próximo final de semana a "mulher mais poderosa do mundo" e "uma líder extraordinária". 
As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Jornal também afirma que candidata tem sofrido ataques em uma campanha impiedosa de degradação patrocinada pela mídia brasileira.

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical.
Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.”

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