segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Vídeo: professor desmascara Alckmin

O ativista Douglas Belchior, na última semana, foi um dos agraciados no Prêmio Benedicto Galvão, da OAB-SP.
O Douglas tem um blog na Carta Capital. É  professor formado em História na PUC/SP, professor da rede pública estadual de São Paulo, educador e fundador da rede de cursinhos populares e comunitários da Uneafro-Brasil e militante do movimento negro.
No prêmio, que leva o nome do primeiro presidente negro da OAB do Estado, Douglas "homenageou" o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que usou até cardeal para tomar escolas dos alunos.
Veja o vídeo:

DILMA ENCARA CU.... NHA E DIZ NÃO TEMER IMPEACHMENT


"Não se trabalha com essa hipótese", disse a presidente Dilma Rousseff, durante coletiva na 
Cop21, em Paris; ela afirmou ainda que a ameaça de impeachment “vem sendo 
sistematicamente feita, inclusive com apoio da oposição”, mas não impediu as negociações com 
o Congresso; mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 
que foi acusado de receber propina de R$ 45 milhões do BTG, afirmou que decidirá nos 
próximos dias se dará andamento aos pedidos apresentados pela oposição; “Vou me debruçar 
sobre isso. Obviamente esse assunto aqui [a acusação de que recebeu propina do BTG], ele 
primeiro tem que ficar muito bem claro para não confundir minha decisão com esse assunto [o 
pedido de impeachment]. Acho até que o fato de eu ter anunciado que eu iria decidir hoje pode 
ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então provavelmente não decidirei 
hoje em função disso”, declarou Cunha.

247 – Ao ser questionada sobre a possibilidade de impeachment, durante coletiva na Cop21, em Paris, a presidente Dilma Rousseff demonstrou não ter receio em relação ao tema.
"Não se trabalha com essa hipótese", disse ela. Dilma afirmou ainda que a ameaça de impeachment “vem sendo sistematicamente feita, inclusive com apoio da oposição”, mas não impediu as negociações com o Congresso.
Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi acusado de receber propina de R$ 45 milhões do BTG, afirmou que decidirá nos próximos dias se dará andamento aos pedidos apresentados pela oposição.
“Vou me debruçar sobre isso. Obviamente esse assunto aqui [a acusação de que recebeu propina do BTG], ele primeiro tem que ficar muito bem claro para não confundir minha decisão com esse assunto [o pedido de impeachment]. Acho até que o fato de eu ter anunciado que eu iria decidir hoje pode ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então provavelmente não decidirei hoje em função disso”, declarou Cunha.
Nos últimos dias, lideranças tucanas, que haviam rompido com Cunha, voltaram a sonhar com a deposição de Dilma.
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“É CÔMODO SENTAR NA FRENTE DA TV E XINGAR DILMA E LULA”


Durante inauguração de um complexo frigorífico em Basiléia, interior do Acre, ao lado do 
governador Tião Viana (PT), o ex-presidente Lula disse que "não há nenhuma razão para que 
esse país duvide de seu futuro" e rebateu críticas a ele à sua sucessora, a presidente Dilma 
Rousseff; "É muito cômodo sentar na frente da TV e xingar a Dilma e o Lula"; o petista disse 
se orgulhar do fato de que as regiões Norte e Nordeste tenham sido as que mais cresceram 
durante seu governo; "Quero que esse país se desenvolva por igual", defendeu; o frigorífico da 
Estrada do Pacífico faz parte da estratégia do Acre de desenvolver a economia do estado 
fortalecendo as cadeias produtivas com agroindústria, cooperativas e pequenos produtores; 
"Espero que no ano que vem o Tião me convide para inaugurar outra fábrica", disse Lula

247 – O ex-presidente Lula rebateu nesta segunda-feira 30, enquanto inaugurava um complexo frigorífico em Basiléia, interior do Acre, críticas feitas contra ele a à presidente Dilma Rousseff. "É muito cômodo sentar na frente da TV e xingar a Dilma e o Lula", declarou, incentivando os jovens a entrarem na política, como de costume em seus discursos.
"Quando você achar que ninguém presta, entre você na política", incentivou, em discurso ao lado do governador do Acre, Tião Viana (PT). Também estiveram no ato os governadores de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e do Piauí, Wellington Dias (PT), além dos vice-governadores da Amazônia e Rondônia.
Lula disse que "não há nenhuma razão para que esse país duvide de seu futuro" e destacou se orgulhar do fato de que as regiões Norte e Nordeste tenham sido as que mais cresceram enquanto ele era presidente. "Quero que esse país se desenvolva por igual", defendeu. "Os pobres tiveram direito a subir um degrau e têm direito de subir mais", acrescentou.
O frigorífico da Estrada do Pacífico faz parte da estratégia do Acre de desenvolver a economia do estado fortalecendo as cadeias produtivas – da castanha, látex, e óleos para cosméticos, por exemplo – com agroindústria, cooperativas e pequenos produtores. "Tião, você tem que trazer outras fábricas para cá", disse Lula ao governador. "Espero que no ano que vem o Tião me convide para inaugurar outra fábrica", afirmou.
O diretor-presidente do Frigorífico, Paulo Santoyo, lembrou da abertura do caminho para o Pacífico que criou oportunidades para o Acre. "Esse frigorífico não estaria aqui se não tivesse essa rodovia, se não tivesse esse caminho do Pacífico. Quando Lula quis fazer essa rodovia, certamente teve uns 100 burocratas que devem ter dito para ele: 'você está louco presidente'. E ao fazer essa estrada ele abriu oportunidades para o Acre", disse.
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A “guerra” do Ratazana contra os estudantes em São Paulo



por : Mauro Donato

Um áudio capturado pelo site Jornalistas Livres durante a reunião realizada entre o chefe de gabinete do Secretário de Educação de São Paulo e 40 dirigentes de ensino revelou que está declarada guerra às ocupações de escolas e determina que o decreto que oficializa a reorganização do ensino paulista será publicado amanhã. Na reunião, fica explícita a estratégia de ação direta em cada escola ocupada.
Como os estudantes enfrentarão isso? Há pelo menos dois pontos a serem observados.
Primeiro: o governo alega estar aberto ao diálogo com a população, mas em meio aos protestos e ocupações irá publicar o decreto e estamos conversados;
Segundo: governo, dirigentes, secretário, chefe de gabinete e tucanos em geral insistem em denunciar que há partidos políticos e movimentos sociais controlando essas ocupações mas é ele quem assumidamente se utiliza do recurso.
O Movimento Ação Popular, composto em sua maior parte por filiados e ligados à juventude do PSDB, esteve visitando escolas na busca por desmobilizar as ocupações. Vinham com o papinho de “trocar ideia” quando o que desejavam era desencorajar os adolescentes ao alegar a perda de ano, os benefícios da reorganização etc.
É um grupelho criado recentemente que tem sua página recheada de fotos, vídeos e posts contra Lula e Dilma. Na capa, uma frase de FHC: “Lutamos, não para ganhar no dia seguinte mas para oferecer um horizonte de alternativas” (desculpe, meninos, mas quem faz isso são os alunos que estão ocupando as escolas mesmo aqueles para quem estavam faltando poucas semanas para concluir o ensino médio).
Na manhã de hoje todas as escolas estavam mobilizadas e em estado de alerta para novas e prováveis investidas. O DCM não teve autorização para entrar na Godofredo Furtado e foi informado que ninguém além de estudantes entraria em unidade nenhuma. O professor Luiz Carlos de Melo também estava do lado de fora.
“Concordo, o protagonismo é deles, o que estamos tentando assegurar é a horizontalidade porque há coletivos ligados a partidos que estão buscando ocupar os espaços e dirigir o caminho da luta. Mas o protagonismo é deles, os estudantes têm preparo suficiente para isso, ninguém precisa dar direção, apenas apoio”, disse Melo.
Ele é professor da escola Raul Fonseca e foi agredido e detido pela PM em outubro no primeiro grande protesto dos estudantes na avenida Paulista contra e reorganização. Estava ali para dar um apoio mas ao mesmo tempo não parecia preocupado com a declaração de guerra do dia anterior. “Ontem ficou evidente que eles subestimam a inteligência dos alunos, não acreditam que eles tenham capacidade de se organizar e fazer alguma coisa”, afirma.
A ideia governista é uma alternativa às reintegrações na base da força, desaconselhadas inclusive pelo Secretário de Segurança. O confronto traria um desgaste gigante, um prejuízo político imenso. Mas o teatro de ‘buscar o diálogo’, não ser recebido e depois alegar que a inflexibilidade veio da parte dos alunos é mambembe. A rigidez sempre esteve do lado do governo e da Secretaria de Educação, que não aceitou nenhuma condição apresentada pelos estudantes até agora e só não jogou a PM em cima graças às derrubadas de mandados na justiça.
Já passam de duzentas as escolas ocupadas e esse número não para de crescer. “O movimento é forte porque conta não só com alunos mas com professores e pais de alunos. O que eles fizeram foi não consultar os interessados e é uma reforma que visa economizar recursos”, disse o deputado Ivan Valente ao DCM na sexta-feira, dia em que professores tomavam a avenida Paulista em apoio aos estudantes no qual a meta de 500 escolas foi estabelecida caso o governo permaneça irredutível.
Enquanto eu aguardava um contato com os porta-vozes da escola Godofredo Furtado, um grupo de estudantes fechava o cruzamento das avenidas Rebouças e Faria Lima. Um recado de que as ocupações podem não mais ficar restritas aos muros das escolas.
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A delação de Delcídio é só uma questão de tempo



Por Renato Rovai 

O senador Delcídio Amaral está longe de ser um dirigente ou um quadro partidário.
Sempre foi um outsider da política que se movia por interesses próprios. E agora, descobriu-se, 
também privados.
Uma pessoa com essa característica não tem compromisso com projetos e nem com coletivos, mas 
com sua pele.
Dez entre dez deputados, senadores e políticos em geral já entenderam isso.
E a certeza de que Delcídio deve optar pela delação premiada vem se consolidando entre eles.
Delcídio conhece os esquemas da Petrobras desde o governo FHC.
Entre 2000 e 2001 foi diretor de Gás e Energia da empresa, quando trabalhou com Nestor Cerveró e 
Paulo Roberto Costa.
Foi dali que alçou voo para o PT, ao sentir que a candidatura Lula vinha com força e que no seu 
estado o governador petista tendia a se reeleger. E fez-se senador pelo Mato Grosso do Sul.
Mas da mesma forma que se elegeu pelo PT, poderia tê-lo feito pelo PMDB, PP ou PSDB.
É por isso que sua delação pode ser a mais arrasadora de todas. E os investigadores da Lava Jato já 
entenderam isso e estão tratando-o como uma bomba a ser explodida com carinho.
Nas gravações reveladas de Delcídio, descobriu-se, por exemplo, que Gregório Preciado, casado com 
um prima do senador José Serra e seu ex-sócio, seria uma das peças escondidas na delação de 
Fernando Baiano.
E que Delcídio poderia esclarecer melhor sua participação nos esquemas de corrupção, o que 
tenderia a abater Serra.
Mas isso tende a ser café pequeno. E não é o que buscam os investigadores.
Eles querem chegar a Lula, Dilma e outros nomes graúdos do PT.
A despeito de saberem que Delcídio deve ter tido uma atuação muito mais suprapartidária.
Delcídio não aguenta um mês de cana. Esse é o comentário do dia.
Ou seja, até o Natal o ex-senador pode decidir abrir o bico e contar coisas que podem vir a implicar 
muita gente.
A prisão de Delcídio tende a ser a mais importante realizada até o momento pela Lava Jato.
Mas depois da sua delação outras mais importantes virão. E sua delação é só questão de tempo.

PS: Editei o texto porque a delação de Delcídio pelo fato de ele ter fórum privilegiado passaria 
pelo STF.
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TV AFIADA APRESENTA: Moro seria um ótimo Presidente !

CONTRA TUDO E TODOS, RATAZANA FECHARÁ ESCOLAS


"Governo Alckmin prepara ofensiva para avançar na 'reorganização' do ensino sem dialogar 
com alunos e pais.

Laura Capriglione, Rede Brasil Atual

Jornalistas Livres – Em reunião realizada na manhã de ontem (29), na antiga escola Normal Caetano de Campos, a primeira escola pública de São Paulo na era republicana, cerca de 40 dirigentes de ensino do Estado de São Paulo receberam instruções de Fernando Padula Novaes, chefe de gabinete do secretário de Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, sobre como deverão agir a partir de amanhã para quebrar a resistência de alunos, professores e funcionários que estão em luta contra a reorganização escolar pretendida pelo governador Geraldo Alckmin.
A reunião foi realizada em uma sala anexa ao próprio gabinete do secretário.
Jornalistas Livres estavam lá e escutaram o chefe de gabinete anunciar para os dirigentes de ensino que o decreto da "reorganização sai na [próxima] terça-feira". Segundo ele, "estava pronto na quinta passada (26) para o governador assinar", mas pareceria que o governador não "tinha disposição para o diálogo". A maioria na sala (todos "de confiança" do governo), suspirou de alívio, e Padula emendou: "Aí teremos o instrumento legal para a reorganização".
Trata-se de uma gravação esclarecedora, que merece ser ouvida em sua íntegra pelo que tem de revelador. Nela, o chefe de gabinete Padula repete inúmeras vezes que todos ali estão "em uma guerra", que se trata de organizar "ações de guerra", que "a gente vai brigar até o fim e vamos ganhar e vamos desmoralizar [quem está lutando contra a reorganização]". Fala-se da estratégia de isolar as escolas em luta mais organizadas. Que o objetivo é mostrar que o "dialogômetro" do lado deles só aumenta, e que a radicalização está "do lado de lá".
Também importante foi o ponto em que o chefe de gabinete falou da estratégia de "consolidar" a reorganização. A idéia é ir realizando as transferências, normalmente, deixando "lá, no limite" aquela escola que estiver "invadida". Segundo ele, o máximo que ocorrerá será que aquela escola "não começará as aulas como as demais".
A reunião mencionou também o papel de apoio que a Secretaria de SegurançaPública, do secretário Alexandre de Moraes, está tendo, fotografando as placas dos veículos estacionados nas proximidades das escolas, e identificando os seus proprietários. Com base nessas informações, a Secretaria de Educação pretende entrar com uma denúncia na Procuradoria Geral do Estado contra a Apeoesp.
Padula contou como procurou o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, "A gente precisa procurar todo mundo, não é?", dele recebendo a orientação para responder aos que se opõem à "reorganização". "Vocês precisam responder", teria dito dom Odilo ao chefe de gabinete do secretário Herman Voorwald. Dom Odilo teria afirmado ainda que "as ocupações nas escolas têm o objetivo de desviar o foco de Brasília".
Foi interessante notar que a mesma reunião que insistia em denunciar a presença de partidos e organizações radicais entre os meninos e meninas contou com o anúncio solene da presença de um militante do Movimento Ação Popular, ligado ao PSDB e presença frequente nas manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff."
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TV AFIADA. VAI NESSA BONNER ! VAI BONNER !!

Juristas ingleses acusam Lava Jato de ferir princípios Constitucionais



Do Blog do Luís Nassif, onde ele sintetiza e reproduz a matéria de página inteira do influente The Sunday Times, de Londres:
A reportagem ouve um advogado que diz que Moro e sua equipe são intocáveis, inclusive nos métodos utilizados. Lembra “um punhado de líderes empresariais politicamente conectados presos durante meses sem julgamento”. E menciona as denúncias “supostamente vazadas para a imprensa antes mesmo que os acusados tenham sido informados”.
A reportagem acusa os procuradores de tentar intimidar suspeitos com barganhas em troca de sua liberdade.
Menciona um parecer elaboradora pela Blackstone Chambergs, de Londres, sugerindo que o comportamento dos procuradores pode ser uma violação da Constituição do Brasil e de vários tratados internacionais.
Os advogados britânicos, especialistas em direitos humanos, ressaltaram que não estão analisando nenhum caso individual, mas levantando preocupações de que “princípios fundamentais da liberdade e da presunção de inocência foram minados pela investigação de Moro”.
Nada que, infelizmente, nos espante.The Sunday Times publicou reportagem de uma página sobre a Lava Jato.
Diz o jornal que Sérgio Moro é visto como um herói do povo, capa de revistas.
Na semana passada, segundo a revista, houve o maior golpe de Moro, a prisão do “banqueiro bilionário” André Esteves, do fazendeiro José Carlos Bumlai e do senador líder do governo Dilma Rousseff Delcídio do Amaral.
A operação transcendeu a Lava Jato para incluir contratos de construção para os Jogos Olímpicos do Rio, no próximo ano. A reportagem especula sobre as intenções políticas de Moro e depois entra nas suas táticas de investigação, dele e de “sua jovem equipe de procuradores”.
A reportagem ouve um advogado que diz que Moro e sua equipe são intocáveis, inclusive nos métodos utilizados. Lembra “um punhado de líderes empresariais politicamente conectados presos durante meses sem julgamento”. E menciona as denúncias “supostamente vazadas para a imprensa antes mesmo que os acusados tenham sido informados”.
A reportagem acusa os procuradores de tentar intimidar suspeitos com barganhas em troca de sua liberdade.
Menciona um parecer elaboradora pela Blackstone Chambergs, de Londres, sugerindo que o comportamento dos procuradores pode ser uma violação da Constituição do Brasil e de vários tratados internacionais.
Os advogados britânicos, especialistas em direitos humanos, ressaltaram que não estão analisando nenhum caso individual, mas levantando preocupações de que “princípios fundamentais da liberdade e da presunção de inocência foram minados pela investigação de Moro”.
Sustenta que a maioria das 75 condenações foram fruto de ofertas de barganha com réus. Lembra que “Marcelo Odebrecht, diretor da construção império Odebrecht - uma das principais empresas no centro da investigação - está na cadeia desde junho sem julgamento”.
Diz que no governo Lula a Odebrecht ganhou contratos no exterior e ele ficou amigo de Lula e que as investigações tentam saber se Lula influenciou o BNDES para conceder empréstimos baratos à Odebrecht.
Finalmente reclama que a punição está sendo mais severa para os empresários do que para os políticos.
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Datafolha mostra que Aéreo Neves tem que sair de cena. E rápido



O que leva um personagem político, que por pouco não é eleito para a Presidência, a apresentar quedas seguidas de "intenções de voto" em um ano, mesmo contando com tanta ajuda da imprensa e na confortável posição de "franco atirador" em plena crise econômica?
Se, por um lado, a grande mídia tentou proteger Aécio Neves de problemas (a questão do manejo dos recursos da saúde em Minas, o caso das aeronaves, as denúncias de Youssef, a aliança com Cunha, as pautas bombas etc), por outro, buscou atribuir a ele um protagonismo virtuoso contra o governo Dilma e o PT.
Era para Aécio, com esse marketing eleitoral espontâneo, estar hoje melhor do que ontem, se levarmos em conta que por pouco ele não ganha as eleições. E que logo depois Dilma encontrou seu inferno astral. Mas não. Esse protagonismo midiático acabou expondo o mineiro dentro de um ambiente desgastado e que vem causando aversão da população: a cena política.
A questão é que, mesmo com tanta proteção, o nome dele não se segura, e se hoje ainda aparece como viável num suposto segundo turno das eleições de 2018 é puramente pelo caráter plebiscitário de um pleito que hoje se apresentaria como PT versus Anti-PT. Tanto que todos os outros "candidatáveis" chegariam a percentuais parecidos.
Trocando em miúdos, Aécio poderá passar à história como a pedra que virou vidraça.
A única solução para Aécio é sair de cena o mais rápido possível. Estar bem na fita contra Lula - antes da recuperação econômica - é fácil. Tanto que, sem fazer nada, Marina aparece na mesma situação.
Quanto a Lula, continua sendo visto como o melhor presidente da História, por 39%. Essa é sua base potencial de lançamento hoje. Qualquer melhoria no quadro econômico o leva a mais de 40%. Isso é óbvio. Assim como óbvio é o fato de que a piora no cenário pode manchar de vez a sua "liderança" como o maior entre todos.
Além disso, embora os jornais comemorem a rejeição de Lula em 47%, não precisa ser cartomante para saber que boa parte desta rejeição é puramente econômica. E que podemos fazer também a leitura pelo copo cheio. Afinal, 53%, apesar de toda a crise, real e midiática, não rejeitam Lula. Isso é grave para a oposição.
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TRAMBIQUEIROS TUCANOS, AÉREO NEVES E FHC CONSPIRAM CONTRA DILMA


Prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) reacendeu as esperanças golpistas no PSDB; 
ontem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso 
jantaram para debater os rumos da crise; eles, que haviam rompido com Eduardo Cunha 
(PMDB-RJ), agora esperam que o presidente da Câmara, que acaba de ser acusado de receber 
R$ 45 milhões do BTG Pactual, cujo dono, André Esteves, foi preso, abra um processo de 
impeachment nesta semana; detalhes: Delcídio tinha receio de revelações sobre seus negócios 
com a Alstom no governo FHC e Esteves patrocinou a lua de mel de Aécio.

247 – O presidente do PSDB e senador Aécio Neves (MG) jantou neste domingo 29 à noite com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem conspirou contra a presidente Dilma Rousseff. Em sua página no Facebook, Aécio postou a foto do encontro com a seguinte mensagem: "Com o presidente Fernando Henrique Cardoso, avaliando a extensão da crise".
No últimos dias, a prisão do senador e líder do governo Delcídio Amaral (PT-MS) reacendeu as esperanças golpistas no PSDB, que desde as eleições de 2014 tentam tirar Dilma do poder. Os tucanos, que haviam rompido com o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agora esperam que ele abra um processo de impeachment.
A decisão pode ser tomada até sexta-feira 4, conforme anunciou o próprio Cunha na semana passada. A recusa ao pedido está condicionada ao apoio do PT no Conselho de Ética contra a cassação do presidente da Câmara, processo cujo relatório, a favor da continuidade da investigação, será votado amanhã.
Cunha também pode autorizar o pedido de impeachment apresentado pelo ex-petista e jurista Hélio Bicudo, que recebe o apoio da oposição, caso receba o apoio de parlamentares da oposição no Conselho de Ética e não seja aprovado, no Senado, o projeto que permite ao governo fechar as contas com déficit de R$ 51 bilhões.
Acontece que, nas últimas semanas, a imagem do presidente da Câmara deixou de ter legitimidade para tal iniciativa. Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por recebimento de propina no esquema de corrupção da Petrobras, investigado na Operação Lava Jato, e apontado como dono de contas secretas na Suíça, Cunha acaba de ser acusado de receber R$ 45 milhões do BTG Pactual, cujo dono, André Esteves, foi preso na semana passada junto com Delcídio Amaral.
O áudio que embasou a prisão do senador e do banqueiro também revela fatos obscuros sobre o PSDB. Na conversa gravada com seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, e o filho do ex-diretor da Petrobras, Bernardo Cerveró, Delcídio demonstrou receio de revelações sobre seus negócios com a Alstom no governo FHC, período em que o senador ocupou uma diretoria na Petrobras. Além disso, André Esteves tem estreitas relações com o PSDB e especialmente Aécio Neves – chegou a patrocinar a lua de mel do tucano em 2013.
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POR QUE O JANOT DEIXA O CUNHA SOLTO?


Será porque ele vai encaminhar o impeachment? 

Anotação diz que BTG pagou R$ 45 milhões a Cunha para mudar emenda

Anotação apreendida pela Procuradoria-Geral da República aponta que o banco BTG Pactual pagou 
R$ 45 milhões ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje presidente da Câmara, para ver 
interesse do banco de André Esteves atendido em uma emenda provisória.
O texto foi encontrado por policiais federais na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador 
Delcídio do Amaral (PT-MS), e preso com ele na quarta-feira passada (25) no escopo da Operação 
Lava Jato.
Ele está descrito no pedido da PGR para manter o assessor e Esteves presos por tempo 
indeterminado –o que foi aceito pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo, neste domingo (29).
A anotação faz parte de um conjunto de papéis que, na avaliação dos investigadores, constituía um 
roteiro de ação de Delcídio junto a ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo para 
tentar soltar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, também preso pela Lava Jato.
No verso, há um escrito com a referência ao BTG. A PGR não deixa claro se é uma anotação 
manuscrita.
"Em troca de uma emenda à medida provisória nº 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida 
do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao 
deputado federal Eduardo Cunha a quantia de 45 milhões de reais", diz o texto.
(...)

André Esteves precisa continuar preso porque, solto, ele seria uma ameaça à ordem pública.
E o Cunha?
Que enfia na medida provisória um jabuti que lhe rende R$ 45 milhões?
Solto, e na presidência da Câmara, quem o Cunha ameaça?
A Dilma!
Por isso, só pedirão a prisão dele, quando perder a serventia.
O relógio da Casa Grande não falha!

Em tempo: quem quiser conhecer os detalhes "técnicos" de como o Cunha fez esse favorzinho - segundo o MPF - ao padrinho do Aecím, basta consultarhttp://www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/sumarios-de-proposicoes/mpv608

Paulo Henrique Amorim
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sábado, 28 de novembro de 2015

A PF DO ZÉ RUELA DA JUSTIÇA É O CENTRO DA SEDIÇÃO!


Só o colonista do Globo teve o vazamento do Delcidio-2 ! Um mínimo de equidade!

Um investigador da Polícia Federal do contou ao Delcidio, durante seu depoimento, que o Lula 
tinha dito que foi "uma grande burrada" a tentativa de impedir que o Cerveró o dedurasse.
"Uma grande burrada" - essa frase é uma fraude.
Lula desmentiu a Fel-lha: http://www.conversaafiada.com.br/pig/fel-lha-inventa-declaracoes-de-lula
Por que, então, um funcionário público - por nós remunerado - da Polícia (sic) Federal (sic) diria ao 
Delcídio que o Lula o chamou de burro ?
Com que intenção ?
Para o Delcidio se vingar do Lula, dedurar o Lula e a Policia (sic) Federal( sic) realizar o sonho da 
Casa Grande e do Juiz de Guantanamo: prender o Lula !
O Lula, essa "anta", segundo um policial (sic) do zé.
E o que tem a frase do Lula com um depoimento do Delcidio ?
Nada !
Para que mostrar ?
Informa The Globe que Delcidio ficou "contrariado", "mas não concordou em esticar (sic) seu 
depoimento por mais meia hora, como sugeriram os procuradores".
Trata-se, portanto, de uma armadilha.
Um Golpe baixo.
Um dos investigadores joga uma informação falsa na cadeira do dragão do depoente para persuadi-lo 
a falar mais meia hora - e incriminar o Lula !
O amigo navegante já ouviu falar disso, não ?
No regime militar quando, com a ajuda de uma manchete falsa da Fel-lha, se dizia que o pai do 
depoente estava morto e que, portanto, era melhor ele falar !
É disso o que se trata, nessa Polícia (sic) do zé do Governo trabalhista, que apanhou do e lutou contra 
o regime militar !
O governo de uma Presidenta que foi física e barbaramente torturada !
(Depois, quando se diz que o zé fez da PF uma Policia pior que a do FHC ...)
O coronel Ustra é o diretor-geral da PF !
E o japa bonzinho ?
O que vende informações ?
O funcionario da PF que vende informaçoes ao Andre Esteves e a revistas ?
(Será o detrito solido de maré baixa o beneficiário ? Talvez não. Porque a Veja nao tem dinheiro nem 
para pagar a conta de luz ... E o japa bonzinho deve cobrar caro...)
E o colonista (sic) da Globo que teve exclusivo acesso à integra do depoimento-2 do Delcidio ?
Que esculhambação é essa ?
Por que o colonista do Globo recebe e o da Fel-lha não recebe ?
Por que o os vigilantes do Estadão não recebem ?
Isso é uma grossa esculhambação !
A ilustre colonista da Fel-lha talvez nunca mais noticie as sessoes de piano do zé, se, no Delcidio-3, 
não for ela a beneficiada !
Onde é que nós estamos!
Vazamento !
Tem que haver um minimo de equidade na distribuição.
A Fel-lha não pagaria?
Não tem problema !
O UOL banca !
Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim
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Uma noite de lições de Mujica para a juventude em Florianópolis


Mujica em Floripa

por : Aline Torres

Pepe Mujica, 80 anos, foi recebido como herói na noite de quinta, 26, quando 1 350 jovens lotaram o auditório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, para assistir sua palestra na abertura da 11ª Conferência da Juventude sobre Mudanças Climáticas (COY11).
No salão da reitoria foi montado um telão para os desesperados que não tiveram acesso ao local onde ele estava falando. Raquel Rosenberg, representante da ONG Engajamundo, explicava o apelo dos jovens catarinenses durante a Conferência da ONU sobre o Clima, em Bonn, na Alemanha, para trazer a COY11 para o hemisfério Sul, quando foi surpreendida pela organização.
“Desculpe, teremos que quebrar o protocolo, mas o Mujica quer falar!”, disse ela. Vestindo jaqueta de couro marrom e calça de algodão, ele apareceu por detrás das cortinas. A plateia ficou em pé. Dois minutos de aplausos e gritos.
Diante da crise de representatividade política no Brasil, o ex-guerrilheiro tupamaro, que viveu 14 anos na cadeia por lutar contra a ditadura militar uruguaia, é um símbolo.
“Mujica é como um Trotsky ou um Cristo. É um homem simples, mas não comum, diferente de muitas bestas que estão no Congresso. Ele está à frente do seu tempo e propõe uma nova revolução ”, disse um empolgado estudante de agronomia, Kadu Medeiros, 23 anos.
A descrença na política é vista pelo uruguaio como algo muito perigoso. “O homem é um animal utópico. No seu DNA está inscrita a necessidade de acreditar em algo”, falou.
Para Mujica, a fé na política foi rompida porque os homens da república se comportam, sem perceber, de maneira semelhante aos monarcas. Mujica, enquanto presidente, doou 70% dos 230 mil pesos que recebeu mensalmente (cerca de R$ 22 mil) para o seu partido, a Frente Ampla, e para construções de moradias solidárias.
Em todos os seus perfis, ele foi descrito como “presidente e agricultor”. Não quis trocar sua chácara em Rincón del Cerro pelo palácio presidencial, assim como não vendeu seu fusquinha azul 1987 para um xeque árabe que lhe teria oferecido 1 milhão de dólares. “Não sou austero, sou sóbrio. Não sou pobre, sou livre”, replicou.
E foi sobre a liberdade de não transformar a vida em moeda de troca a principal defesa de Mujica durante a palestra que durou quase duas horas e foi interrompida sete vezes por aplausos.
“As pessoas acham que compram coisas com dinheiro, mas não. Compram com a vida, com o tempo que gastaram para ganhar o dinheiro. Muita vezes trabalhando em algo que não acreditam, apenas para comprar, comprar. E esse é um caminho sem volta ao desespero, por que as ofertas do mercado são infinitas e cada vez que as pessoas adquirem algo,desejam mais, trocam de carro todo ano, se sentem orgulhas por ter, então precisam trabalhar mais. Não percebem que o único milagre é a vida que desperdiçaram”, disse.
“Nossa vida deve ser maior. Devemos ter tempo para nos dedicar aquilo que nos atrai e não estou falando de prazer sensual, mas de luta libertária. Se aprendermos a viver com o necessário não sugaremos o sangue do planeta, nem iremos jogar fora nossos dias”.
Para transformar consumismo em sustentabilidade, ele propõe uma reforma cultural: “O ser humano é o único animal que tropeça várias vezes na mesma pedra” . O auditório entra em delírio.
“Por favor, lutem. Não fiquem de braços cruzados. Se há esperança na vida, não há derrota, porque o triunfo também nunca é definitivo. Mas lembrem-se, vocês não podem ficar restritos à academia, precisam do calor das massas se desejam mudança”.
Por fim, sugeriu a integração da América Latina. “A união entre os países não acaba com a independência de cada um, pelo contrário. Sem os outros, somos apenas folhas soltas ao vento. Até países grandes como o Brasil se tornam pequenos diante dos donos do poder”.
Durante a presidência, Mujica conduziu seu “pequeno país”, como chama o Uruguai, para a esquerda, tornou possível a concretização de pautas históricas relacionadas a direitos civis, como a despenalização do aborto, a regulamentação da produção e venda da maconha, a Lei de Meios e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Ele é casado desde a década de 70 com sua companheira de militância Lucía Topolansky. Quando descriminalizou a maconha foi duramente criticado por alguns jornalistas. Na ocasião explicou que apenas não gostaria de apoiar o narcotráfico e disse uma de suas frases mais célebres: “Todo vício é uma praga, exceto o amor”.

CHEGA DE DELCÍDIOS ! OS TRABALHADORES QUEREM O PARTIDO DE VOLTA.


Trabalhador quer o partido de volta

No Encontro de Sindicalistas do PT, realizado nesta sexta-feira (27) em São Paulo, o presidente da 
Confederação Sindical Internacional e dirigente da CUT, João Felício, ressaltou a importância de o 
PT mudar.
"O encontro não é para estabelecer disputa partidária, é para ajudar o partido a sair da crise. Muitos 
usaram o partido para se eleger e, agora, na crise, estão dando tchau. Nós não vamos fazer isso. 
Queremos que o partido volte a ter 30% de preferência partidária. Ajudar o PT a sair dessa 
conjuntura extremamente difícil em que nos encontramos", destacou.
Felício deixou claro que a participação dos sindicatos será essencial para esse processo. "Ano que 
vem faremos encontros estaduais com lideranças nacionais. Queremos que a massa de sindicatos 
cutistas do PT participe desse processo de luta, de mobilização. Precisamos fazer, através da nossa 
pressão política, as mudanças que precisamos fazer", disse.
O presidente da CSI criticou a política econômica e o próprio PT. "A gente precisa resgatar uma 
nova política econômica para o Brasil. A forma como o PT vem sendo conduzido fragiliza o 
partido", ressaltou.
João Felício esclareceu que o objetivo não é derrubar a atual diretoria do PT e, sim, fortalecer o 
partido com as característica de sua fundação.
O presidente do PT, Rui Falcão, também incentivou o envolvimento dos movimentos sociais no 
partido. "A participação de vocês é muito importante nesse momento difícil em que o PT está sob 
forte ataque. O ataque da oposição - entre elas, a mídia - mira Dilma, com a tentativa de 
impeachment, tenta atingir Lula e derrubar sua popularidade e, por último, o PT. O alvo é um só: 
derrotar nosso projeto e impedir uma candidatura de Lula em 2018. A candidatura ainda não está 
definida. Lula não apresentou sua candidatura, até porque para chegar a 2018 precisamos passar por 
2016", declarou Rui Falcão.
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Articulação de Esquerda do PT tentou barrar filiação de Delcídio: “Nós sabíamos quem ele era, por isso não estamos perplexos”


O PT deve expulsar Delcídio Amaral?

por Valter Pomar, em seu blog

1. O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão preventiva do Senador Delcídio Amaral (PT-
MS), basicamente sob a acusação de tentativa de obstrução da Justiça, configurando flagrante delito.

2. O Supremo Tribunal Federal tomou esta decisão com base em gravações de diálogos mantidos 
pelo Senador com outras pessoas, algumas das quais também foram presas. Não se conhece ninguém 
que questione a autenticidade e legalidade das referidas gravações, nem tampouco a gravidade do 
que ali é dito.

3. O Senado Federal decidiu, em votação realizada depois da prisão, validar a prisão. A maior parte 
da bancada do PT votou contra, argumentando que não estaria sendo respeitado aquilo que a 
Constituição prevê como condição para a prisão de um mandatário popular.

4. Não se trata de um tema simples, envolvendo desde interpretações da Constituição até a análise do 
significado político da prisão do líder do governo Dilma no Senado Federal.

5. Isto posto e por isto mesmo, somos de opinião que a maioria da bancada do PT no Senado Federal 
errou. Ao Partido dos Trabalhadores e ao Governo Dilma interessa separar o joio do trigo. E o fato é 
que o Senador Delcídio Amaral traiu a confiança do governo, traiu a confiança do PT, traiu a 
confiança do eleitorado popular.

6. É verdade que o STF aplica, contra petistas e filiados ao PT, um rigor que não adota quando se 
trata de filiados a partidos de centro-direita. Exemplo disto é o deputado federal Eduardo Cunha 
(PMDB), que até este momento segue solto. Entretanto, não é de esquerda a tese segundo a qual 
enquanto não restaura-se a moralidade, locupletar-se é permitido. Está provado que o Senador usava 
o cargo para tentar cometer um crime, em benefício próprio e em prejuízo dos interesses do Brasil, 
do governo e do próprio PT, que seriam inevitavelmente acusados de estarem por trás da eventual 
fuga do criminoso que Delcídio Amaral queria impedir de colaborar com a Justiça.

7. Por tudo isto, a bancada do PT no Senado deveria ter votado a favor de chancelar a prisão 
preventiva determinada pelo STF. E com muito mais motivos — pois neste caso não está em jogo 
uma interpretação da Constituição, mas sim o estatuto e o código de ética do Partido– , a Comissão 
Executiva Nacional do PT deve abrir imediatamente um processo disciplinar contra o senador, 
reafirmando o caráter pessoal e anti-partidário de suas ações e sinalizando explicitamente a 
disposição de expulsá-lo do Partido.

8. O presidente nacional do PT, companheiro Rui Falcão, divulgou uma nota na qual declara 
perplexidade com a atitude do Senador. Apoiamos o presidente do Partido em sua atitude de não 
prestar solidariedade a Delcídio Amaral, mas não compartilhamos de sua perplexidade.

9. Registre-se que quando Delcídio Amaral pediu filiação ao PT, nós da tendência petista 
Articulação de Esquerda votamos contra no seu diretório municipal. Derrotados, impugnamos a 
filiação no Diretório estadual do PT-MS. Derrotados, questionamos a filiação junto ao Diretório 
Nacional. Nós sabíamos quem ele era, acompanhamos sua trajetória pública desde então e por isto 
não estamos perplexos.

10. Não é necessário lembrar agora, quem patrocinou, apoiou, deu os votos necessários ou 
simplesmente lavou as mãos, permitindo por ação ou omissão a filiação de Delcídio Amaral.

11.Mas aquele erro está na origem do que ocorre agora, quando o conjunto do Partido sofre os 
efeitos da filiação de alguém que nunca teve qualquer passado de esquerda. E que em diversas 
oportunidades — por exemplo na CPI dos Correios, no processo do chamado mensalão, na discussão 
do regime de partilha do petróleo, nos temas indígenas etc.– demonstrou ter uma mentalidade 
empresarial e tucana, traindo inclusive aqueles que estimularam sua filiação ao PT.

12. O caso de Delcídio Amaral, assim como os de André Vargas e Candido Vaccarezza, são 
sintomáticos da falta de critério, da falta de vigilância, da falta de limites, do oportunismo e do 
pragmatismo que predominam em certos setores do Partido.

13. Se quiser sobreviver ao cerco da direita, o PT não precisa apenas mudar de política, precisa 
também mudar de comportamento. O que significa, em casos como este, que precisamos depurar. 
Por tudo isto, o PT deve expulsar Delcídio Amaral.

PS do Viomundo: Líder do governo no Senado, gravado numa “capangagem” de quinta 
categoria, coisa de envergonhar o PCC… E tem gente que acha que foi “injustiçado”.
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Gilmar Mendes acha aumento de R$ 7 no Bolsa-Família “eleitoreiro”. O dele, de mais de R$ 5 mil, é “dignidade do cargo”



POR FERNANDO BRITO  

Lê-se no Estadão que o ministro Gilmar Mendes, do STF e do TSE, falando hoje sobre compra de 
votos (juridicamente, “captação de sufrágio”) disse que “dispõe-se da possibilidade de fazer políticas 
públicas para aquela finalidade. Aumentar Bolsa Família em ano eleitoral, aumentar o número de 
pescadores que recebem a Bolsa Defeso”.
Ou, traduzindo, eleitoralismo com programas públicos.
O Ministro Gilmar Mendes considera, talvez, o aumento de R$ 70,00 para R$ 77,00 do benefício-
base do Bolsa Família, o estrondoso aumento de R$ 7, em maio de 2014.
Em agosto, o ministro Gilmar Mendes foi beneficiado por um reajuste nos seus vencimentos de R$ 
33,76 mil, aproximadamente, para R$ 39,2 mil, ou mais de R$ 5.300 reais, valendo a partir de 
janeiro/2016.
O equivalente a quase 800 vezes os sete reais a mais que cada miserável deste país recebeu para dar 
de comer aos filhos, porque fazia tempo que não se reajustava o benefício.
O mesmo não ocorria com os senhores Ministros, que em janeiro deste ano tiveram aumento, um 
pouco mais “modesto”: de R$ 29,4 mil para R$ 33,7 mil.
Ah, mas não era ano eleitoral…
Pois não, em 2014, ano eleitoral, em janeiro, suas excelências abocanharam um pequenino aumento, 
coisa de R$ 1.400, ou duzentas “boquinhas de pobre”, passando R$ 28 mil para R$ 29,4 mil.
Se contarmos o período em que o benefíci do Bolsa-Família teve apenas R$ 7 de reajuste no seu 
benefício-base, os senhores ministros acumularam um reajuste de mais de R$ 10 mil.
Sem contar, claro, os penduricalhos a que têm direito os magistrados da Corte Suprema e que dariam 
para sustentar um batalhão de miseráveis.
A sensibilidade social do Sr. Gilmar Mendes é prodigiosa.
Maria Antonieta era uma Madre Theresa de Calcutá perto dele.

PS.Quanto ao atropelo à isenção que Mendes deveria ter e não tem como ministro de uma corte 
eleitoral que tem nas mãos o destino de quem foi eleitta pelo voto, nem vou gastar tempo 
comentando. É deprimente demais.
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Waldorf: Mr Esteve faz nova reserva para Mr Snow De onde? Não consigo ouvi-lo!

Convoquem urgentemente o Woody Allen: A Lava Jato começa com Delcídio do Amaral e a Andrade Gutierrez; termina com Marcelo Odebrecht


O senador Ferraço (PSDB, PTB, PPS, PMDB), o prefeito Paes (PSDB, PMDB), o senador 
Delcidio (PSDB, PT), o senador Romário e o espancador de mulheres Pedro Paulo; Marcelo 
Odebrechet deixa a van sob o olhar do “japonês bonzinho”. Processado por contrabando, ele 
tem a confiança da direção da Polícia Federal e é suspeito de vender informações a revistas e 
ao banqueiro Esteves.

por Luiz Carlos Azenha

Imaginem, por um momento, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria 
Marin, recolhido ao seu apartamento na Trump Tower, em Manhattan.
A prisão domiciliar deve ter um impacto devastador para quem estava acostumado à badalação da 
vida de cartola no “país do futebol”.
Porém, aos 83 anos de idade, Marin sabe que poderia ser pior, bem pior. A essa altura, ele não tem 
nada a perder. Quanto mais contar, quanto mais colaborar com os investigadores, menor a pena.
Vamos combinar que, tirando o dinheiro, não há nenhum cimento ideológico que una Marin a 
Ricardo Teixeira ou Marcelo Campos Pinto, recentemente defenestrado pela Globo.
Ou seja, Marin vai abrir o bico mirando numa aposentadoria não muito distante no Brasil, preservada 
parte da fortuna que amealhou.
Para os que serão delatados por Marin, resta a certeza de que não poderão influenciar o FBI ou a 
promotoria dos Estados Unidos.
No Brasil, é diferente.
Imaginem agora o senador Delcídio do Amaral na cadeia, longe das filhas, da família. Um homem 
que transitou do PSDB para o PT em 2001, às vésperas de Lula se eleger presidente da República, 
lhes parece ideologicamente sólido?
Delcídio ocupou uma das diretorias mais importantes da Petrobras, a de Gás e Petróleo, no final do 
governo FHC. Conheceu então Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, os diretores da estatal agora 
convertidos em delatores. Todos, portanto, antecedem Lula no Planalto.
Delcídio é pluripartidário. O que o levaria a celebrar em seu gabinete um acordo entre Eduardo Paes 
(PMDB) e Romário (PSB) de olho nas eleições municipais do Rio em 2016? Seria a manutenção do 
status quo benéfica a seus próprios interesses pessoais?
Ou ele agia ali como preposto do governo Dilma ou do PT? A ver.
À Polícia Federal, o petista já fez declarações suficientemente comprometedoras para enredar o 
banqueiro, mas não duvido que Esteves passe alguns dias na carceragem — para efeito didático junto 
aos eleitores — e seja libertado.
Um banqueiro comendo as quentinhas de Bangu sempre pega bem no Jornal Nacional, vende a ideia 
de uma Justiça “justa”.
Além de não se enquadrar no perfil dos três Ps, Esteves pagou a lua-de-mel do tucano Aécio Neves 
— informação significativamente omitida por toda a grande mídia.
Independentemente de Esteves, o ex-líder do governo Dilma no Senado tem muito a dizer. Agora, 
diante da gravação que tem grande impacto junto à opinião pública, tudo indica que Delcídio ficará 
tempo suficiente na cadeia para ser convencido a “cantar”.
O Supremo Tribunal Federal, que atropelou a Constituição para prendê-lo, terá coragem de libertá-lo?
Foi assim, com a dureza da cadeia, que o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de 
Azevedo, teve a sua resistência “quebrada”. Segundo informações do Estadão, ele está pronto para 
“entregar” dois senadores, além de revelar esquemas na construção de estádios da Copa.
A empreiteira que Otávio dirigia teve uma parceria inusitada, por exemplo, na reforma do Maracanã: 
além da Odebrecht, associou-se à minúscula Delta, de Fernando Cavendish, o grande amigo do ex-
governador Sergio Cabral, que por sua vez é aliado do prefeito Eduardo Paes. Paes quer eleger Pedro 
Paulo em 2016 e se candidatar ao Planalto em 2018 pelo PMDB. Romário seria o candidato ao 
governo do Estado.
O PMDB do Rio, lembrem-se, é aquele que emplacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. É 
aquele que enriqueceu graças ao pré-sal e a obras bilionárias feitas para a Copa e as Olimpíadas.
A seção carioca do PMDB é a única que pode financiar uma campanha presidencial competitiva, 
assim como a do PSDB paulista.
A dedução óbvia é que Delcídio provavelmente trabalhava por um futuro glorioso… no PMDB.
Ou, a mando de alguém, subordinava o PT ao PMDB nas eleições de 2018.
A delação do presidente da Andrade Gutierrez, agora acertada, tem potencial explosivo: pode jogar 
luz, por exemplo, sobre a obra do Maracanã.
A Andrade, registre-se, é parceira da Odebrecht e da Carvalho Hosken na obra do Parque Olímpico.

Apartheid explícito no Rio from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.


Mais de 500 mil metros quadrados de terreno público, transferidos às empreiteiras, agora contam 
com toda a infraestrutura. Valor? 720 reais o metro quadrado, multiplicados por 22 — já que as 
empresas poderão construir neles edifícios de 22 andares.
Foi por isso que Eduardo Paes sacrificou a Vila Autódromo, embora os moradores tivessem recebido 
títulos de posse provisórios (por 99 anos) do governador Brizola: para fazer, às margens da lagoa de 
Jacarepaguá, o jardim dos ricos que vão comprar imóveis das três empreiteiras!
Mas, voltando à Lava Jato, temos como um dos últimos resistentes Marcelo Odebrecht. Quanto 
tempo ele vai resistir? Provavelmente, os advogados da empreiteira já se movimentam nos bastidores 
para obter um acerto parecido com a da “concorrente”.
Odebrecht, lembrem-se, é aquele do “adiantar 15″ para JS, mensagem capturada em um de seus 
celulares. JS, tudo indica, como brincou um internauta, é Jula da Silva.
Delcídio, Otávio e Marcelo estão em posição para por abaixo o sistema político brasileiro, se 
resolverem realmente contar tudo.
Porém, se houver uma inclinação de delegados e promotores a ouvir apenas parte da História, por 
que motivo eles se arriscariam a delatar mais que o necessário?
Portanto, o PT está à mercê desta cascata de delações.
Consequências do 25 de novembro?
Para todos os efeitos, um governo Dilma dono de seu próprio nariz acabou. Um fato novo pode levá-
lo ao impeachment, mas considerando as delações por vir é pouco provável que haja alguém mais 
confiável que Dilma para se arrastar, feito Sarney, até o fim do mandato. Um governo fraco, 
dominado pelo pensamento econômico neoliberal, vai produzir austeridade via desemprego — 
eliminando, assim, qualquer chance de sobrevivência eleitoral.
A candidatura de Lula, em consequência, murcha. Para o ex-presidente, escapar da prisão nestas 
circunstâncias será em si uma vitória.
A direita dispõe, portanto, não só dos instrumentos para recapturar o Planalto em 2018, como da 
legislação antiterrorista que sobreviverá às Olimpíadas e servirá, como o Patriot Act, para conter 
qualquer explosão social fora da institucionalidade. Não é pouco, para quem pretende retomar, num 
quadro de crise econômica mundial, a política do arrocho da ditadura.
Ironicamente, a legislação que permitirá à direita fazer isso foi produzida pelo governo Dilma e 
“aperfeiçoada” pelos tucanos, com intermediação de… Delcídio do Amaral.
Ah, Woody Allen, não chegou a hora de produzir um filme inspirado no Brasil, tendo o “japonês 
bonzinho” no papel principal?

PS do Viomundo: Pergunta que não quer calar diz respeito ao filho do Cerveró, Bernardo. Ele 
gravou por conta própria? Ou foi agente de alguém?

Leia também: Romário foi chantageado por Paes?
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LULA: APESAR DO PIG, ESTE PAÍS TRABALHA


"Nosso país precisa agora de união". "Quem é invisível para a mídia produz 70% dos 
alimentos do Brasil"

Lula: "Apesar das manchetes negativas, este país trabalha"

Ex-presidente defendeu Dilma e diz que não há crise que possa vencer este povo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta (27) do ato “Territórios em Movimento: articulação e gestão para o desenvolvimento sustentável”, organizado pela Rede Nacional de Colegiados Territoriais. O encontro aconteceu na cidade de Valentes, no interior da Bahia, e reuniu 2 mil pessoas. 
A região é conhecida por produzir sisal. Antes de se eleger à presidência, Lula visitou o local com as Caravanas da Cidadania, nos anos 90. Na época, relembrou o ex-presidente, havia muitos trabalhadores amputados devido ao manuseio do sisal. Hoje, porém, a realidade é diferente. Em sua fala, Lula também lembrou de suas origens e das condições sociais no nordeste: "Saí de Pernambuco em 1958 para não morrer de fome. Quando voltei em 1977, meus parentes viviam do mesmo jeito". "Precisamos chegar lá [à presidência] para mudar, criar o Luz Para Todos. Nós fizemos mais em 12 anos do que as elites deste país em 100 anos", disse. "Muitas pessoas que comem café da manhã todo dia não tinham noção que tinha gente neste país que passava meses sem carne". 
Lula recordou que, em 2008, início da crise internacional, os mais pobres seguiram movimentando a economia mais que os ricos brasileiros. "Por isso digo a Dilma: não ouça só quem te procura para reclamar. Temos de ouvir quem trabalha", contou. É importante, disse o ex-presidente, juntar forças para superar as dificuldades. "Imaginem a pressão que está posta sobre a Dilma. Quando está tudo bem, tudo é maravilhoso. Nosso país precisa agora de união". Criticou a escolha da imprensa por noticiar apenas as coisas ruins: "Apesar das manchetes negativas, este país trabalha". "Quem é invisível para a mídia produz 70% dos alimentos do Brasil", afirmou. 
"Se eu me sentir desanimado, basta lembrar que não há crise que possa vencer este povo", encerrou.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O PODER DA PLUTOCRACIA NA POLÍTICA NACIONAL


Esteves em tempos melhores simbolizando o poder da plutocracia na política nacional.

por : Paulo Nogueira

O que acontece quando a plutocracia toma de assalto a democracia?
Bem, os episódios das últimas horas contam tudo.
O banqueiro Andre Esteves simboliza os estragos que o dinheiro sem freios e limites promove na 
cena política.
André Esteves, do BTG Pactual, deu 9,5 milhões de reais para a campanha de Dilma e 7,5 milhões 
para a de Aécio.
Para Eduardo Cunha, ele deu 500 mil reais. Quer dizer: deu entre aspas. Ninguém dá dinheiro, 
sobretudo nos montantes de Esteves.
Seu banco só deu menos dinheiro na campanha de 2014, entre os gigantes do sistema financeiro, que 
o Bradesco.
O dinheiro não destrói tudo, naturalmente. Pode construir coisas boas, na verdade.
Mas o dinheiro simplesmente destruiu as bases da política brasileira.
O dinheiro compra até o amor verdadeiro, disse, numa frase célebre, Nelson Rodrigues. Na política 
brasileira, como se viu com Esteves, compra até uma delação confinada, supostamente, a um 
pequeno núcleo da Lava Jato.
Plutocratas como Andre Esteves são os responsáveis pelo pior Congresso que o dinheiro poderia 
comprar.
A obra magna deles foi Cunha, um mestre na arrecadação de dinheiro que acabou financiando 
campanhas para outros candidatos socialmente deletérios como ele próprio.
São, ou eram, seus paus mandados, na expressão consagrada de delatores que temiam até por sua 
vida ao falar em Cunha.
Controlando-os pelo dinheiro, Cunha chegou à presidência da Câmara e, com seus métodos brutais, 
impôs uma pauta que representa a essência do atraso.
Como esquecer a votação para suprimir direitos trabalhistas pela terceirização?
Como esquecer as gambiarras para preservar aquilo que o fez ser o que é ou foi, o financiamento 
privado das campanhas?
E no entanto nada, rigorosamente nada é tão importante para o combate à corrupção quanto o fim da 
farra do dinheiro privado nas eleições.
A plutocracia não dá dinheiro. Ela investe. São coisas bem diferentes. O papel dos candidatos 
bancados pelos plutocratas é defender os interesses de um ínfimo grupo privilegiado.
Para um país cuja marca é a desigualdade social, é uma tragédia.
Você dá ares de legitimidade, através do Congresso, a um processo de pilhagem sobre os brasileiros 
mais humildes.
Onde estão os congressistas mais combativos pelos direitos sociais, como Jean Wyllys? Não por 
acaso, no PSOL, o único partido que rejeita dinheiro da plutocracia.
Pelas circunstâncias, Andre Esteves é o rosto da ocupação do Congresso pelo dinheiro.
É preciso promover, com urgência, uma desocupação.
E o primeiro e imprescindível passo é controlar, rigidamente, o dinheiro por trás das campanhas.
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André Esteves é dono de banco que Romário teve conta na Suíça



O banco BTG Pactual, de propriedade de André Esteves, comprou, em julho de 2014, o suíço BSI, onde o senador Romário Faria (PSB-RJ) admitiu ter tido uma conta bancária. Na gravação que levou à prisão Esteves e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), o parlamentar e o advogado Edson Ribeiro sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro.
Atualmente favorito à prefeitura carioca em 2016, Romário abandonaria seu desejo de ser candidato a prefeito para apoiar o candidato de Paes, o deputado federal licenciado Pedro Paulo Carvalho (PMDB).
O caso é mencionado logo no começo da conversa gravada no dia 4 de novembro deste ano pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo. "Ai tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes com o Pedro Paulo, é, com o Romário", diz Delcídio. "Ué, fizeram acordo né?", comenta Ribeiro. "Diz o Eduardo que fez", afirma o senador do PT. "Tranquilo. Tinha conta realmente do Romário", ressalta Ribeiro. Surpreso, o filho de Cerveró questiona: "Tinha essa conta?". Na sequência, Delcídio conclui: "E em função disso fizeram acordo".
A notícia de que Romário era dono de uma conta no banco BSI da Suíça foi revelada pela revista Veja em julho deste ano. A publicação chegou a publicar um extrato da conta com um saldo num valor equivalente a R$ 7,5 milhões.
Num primeiro momento, o senador disse que não se lembrava de ser proprietário da conta. Dias depois, Romário viajou para a Suíça ao lado de sua ex-mulher para obter uma confirmação do banco. No dia 5 de agosto, o senador divulgou um comunicado BSI - cujo dono é Esteves - afirmando que o extrato divulgado por Veja era "falso".
A revista chegou a reconhecer que cometera um erro. Nesta sexta-feira, 27, o jornal O Globo publicou uma entrevista em que Romário admite ter sido dono, de fato, de uma conta no banco BSI. "Quando eu jogava na Europa, tive uma conta no BSI, só não sei o ano", disse o ex-jogador. O Ministério Público Federal afirmou ontem que o caso será apurado. O senador Romário também solicitou que haja uma investigação sobre o caso. As informações são do Estadão Conteúdo
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Por que o PMDB foi o principal destinatário das doações do banco de André Esteves


“Adoro o cheiro de napalm pela manhã”

Publicado por Alceu Castilho em seu blog:

Assim como a Vale, o banco BTG Pactual – de André Esteves – teve o PMDB como destinatário 
principal das doações de campanha em 2014. Do total de R$ 51,3 milhões investidos por empresas 
do grupo em partidos e em candidatos, R$ 20,3 milhões ficaram com o PMDB. Ou seja, 40% do 
total. Esteves foi preso ontem pela Polícia Federal, após ser delatado na Operação Lava-Jato.
Em seguida vêm, empatados, PSDB e PT, com R$ 10,9 milhões cada, somando outros 40% do total. 
Os dados são da Justiça Eleitoral, organizados pelo blog. Os números chamam a atenção porque, ao 
contrário dos tucanos e petistas, o PMDB não tinha candidato à Presidência da República – que 
costuma motivar boa parte das doações de campanha.
Se tomarmos somente o dinheiro investido nos comitês financeiros e diretórios (o restante destina-se 
a candidaturas específicas), a porcentagem para o PMDB salta para mais de 50%. De um total de R$ 
35 milhões doados pelo banco de André Esteves (carioca da Tijuca, dono de um patrimônio de R$ 8 
bilhões) em 2014, R$ 18,6 milhões foram para o PMDB.
Desses R$ 18,6 milhões, R$ 10 milhões foram para o Diretório Nacional, e R$ 3 milhões para o 
PMDB fluminense. Um sexto deste valor – R$ 500 mil – foi repassado pela direção estadual para a 
candidatura à reeleição do deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara.
Os outros diretórios nacionais mais contemplados foram o de São Paulo (terra do vice-presidente 
Michel Temer), com R$ 1,5 milhão, Rio Grande do Norte (do ex-presidente da Câmara, Henrique 
Eduardo Alves), com R$ 1,1 milhão, e Roraima (do senador Romero Jucá, muito poderoso no 
partido), com R$ 1 milhão.
As empresas que fizeram doações de campanha são: Banco BTG Pactual S.A (R$ 37,3 milhões), 
BTG Pactual Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (R$ 5,2 
milhões), BTG Pactual Comercializadora de Energia Ltda (R$ 3 milhões), BTG Pactual Gestora de 
Recursos Ltda (R$ 2,9 milhões) e BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (R$ 
2,9 milhões). Estão computadas aqui tanto as doações para candidatos como para comitês e 
diretórios.
A candidatura do senador Delcídio Amaral (PT-MS), por exemplo, recebeu R$ 600 mil do próprio 
Banco BTG Pactual. Ele também foi preso ontem pela PF.
DOAÇÕES DA VALE
Não há relação aparente entre o BTG Pactual e a Vale. Mas os dois grupos coincidem na especial 
atenção ao PMDB – um partido que exerce seu poder principalmente no Congresso. Dos R$ 49 
milhões investidos por seis empresas da Vale em comitês financeiros e diretórios, em 2014, R$ 24 
milhões foram para o PMDB. Entre os candidatos individuais, Cunha também foi um dos principais 
contemplados.
Curiosamente, o candidato em que o banco de André Esteves mais investiu, após a presidente Dilma 
Rousseff (R$ 9,5 milhões) e o candidato Aécio Neves (R$ 7,5 milhões), foi a do candidato ao 
governo amazonense pelo PMDB, Eduardo Braga – hoje Ministro das Minas e Energia.
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HUMBERTO COSTA É O RETRATO DO OCASO DO PT



No Balaio do Kotscho

A imagem de Humberto Costa, líder do partido no Senado, de cabeça baixa, olhos fechados e sem 
saber o que falar diante do microfone, cercado de parlamentares com expressão compungida, é o 
melhor retrato do ocaso vivido pelo PT, depois de 13 anos no poder central. A foto de Alan Marques 
na capa da Folha desta quinta-feira fala por si só.
No dia da prisão de Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, o partido mostrou mais uma vez 
como está rachado e perdido ao enfrentar a mais grave crise da sua história de 35 anos. Antes da 
sessão do Senado, que manteve Delcídio na cadeia, por conspirar contra a Operação Lava Jato, 
corroborando decisão inédita do STF, o presidente do PT, Rui Falcão, tinha divulgado nota oficial na 
qual afirma que "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade".
Ou seja, rifou solenemente o companheiro, antes mesmo que ele seja julgado pelo STF.Segundo 
Falcão, "nenhuma das tratativas atribuídas ao senador tem qualquer relação com sua atividade 
partidária, seja como parlamentar ou simples filiado".
Humberto Costa não concordou com a nota do partido, e fez questão de deixar isso claro, ao 
encaminhar a posição da bancada do PT no Senado, contra a decisão do STF de mandar prender o 
colega em pleno exercício do mandato.
"A posição da bancada é de votar contra a decisão do Supremo. O que está em discussão é se um 
Poder pode mandar prender um parlamentar no exercício do mandato. É isso que está em discussão. 
Posso até estar dando adeus à minha vida pública, espero que não. Mas jamais poderia dar adeus à 
democracia".
Apenas dois senadores petistas, Paulo Paim e Walter Pinheiro, não seguiram a orientação de 
Humberto, votando a favor da decisão do STF. Antes, o líder do partido já havia sido derrotado pela 
ampla maioria do plenário ao defender o voto secreto, mais um motivo de desgaste para o partido.
Cada vez mais isolado no Congresso e com sua base aliada em frangalhos, o PT vai remando contra 
a maré, no momento em que o governo mais precisa de apoio para aprovar as medidas do ajuste 
fiscal e poder fechar suas contas até o final do ano. Quem cuidava disso no Senado era justamente 
Delcídio Amaral. Seu substituto, no entanto, só deverá ser anunciado na próxima semana.
É tudo muito triste, mas esta é a realidade.
Parece que 2015, o ano que não começou, agora não termina nunca. E ainda faltam 36 dias."
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ARIDA JOGA ESTEVES AO MAR.... COITADO, BASTOU UMA NOITE NA CADEIRA PARA SER APUNHALADO NAS COSTAS


Aecím e André Esteves, com Arida entre eles. Em Nova York.  

O notável economista Persio Arida tem uma persistente vocação: associar-se a banqueiros de 
duvidosa reputação.
Trabalhou com Daniel Dantas, cuja reputação dispensa encômios.
O Ministro (sic) Gilmar já o consagrou de forma histórica: no jornal nacional.
Arida também trabalhou com André Lara Resende.
Eles dois conceberam o plano “Larida”, que deu origem ao Plano Real do Presidente Itamar Franco 
e, depois, foi sequestrado pelo Fernando Henrique.
Resende preferiu seguir o caminho da máxima prosperidade.
Voltou à banca.
Arida sempre preferiu ser empregado de banqueiro.
O livro “O Quarto Poder” dedica a Resende capítulo generoso: “quantos chapéus veste o srResende”.
No livro “Cabeças de Planilha”, o Nassif propõe gravíssimas suspeitas sobre o Real e o 
comportamento de Resende – ao fixar o valor inicial do Real – no momento da partida do plano.
(Clique aqui para ler reveladora entrevista do ansioso blogueiro com o Nassif sobre a trepidante 
matéria).
Resende também teve uma passagem edificante no BNDES.
Na Privataria Tucana, Resende ameaçou jogar a “bomba atômica”, ou seja, o Fernando Henrique, 
para assegurar um aval ao Daniel Dantas.
Ricardo Sergio de Oliveira, herói do Amaury Ribeiro Jr, na Privataria Tucana (não perca divertido 
vídeo do ansioso blogueiro) precisava desencavar das entranhas do Banco do Brasil o aval que ia 
salvar o Dantas!
Viva a Privataria Tucana!
Ainda no BNDES, Resende resolveu – a pedido do Palácio do Planalto de FHC – uma operação 
cinzenta do pai do presidente Macri, com a Chapecó.
O pai de Macri pendurou no FHC e no BNDES de Resende um calote do tamanho do rio da Prata.
(Veja aqui)
Resende, em breve, deve receber uma Medalha do Mérito Argentino, das mãos do Presidente eleito!
Resende também entrou para a história do hipismo, quando levou seus cavalos de avião para 
competir nos prados ingleses.
Chiquérrimo!
O que levou o Ricardo Melo a chama-lo de Andre Haras Resende!
Essa é a turma do Persio Arida.
Até que Persio Arida foi trabalhar com o André Esteves, esse que ia financiar a fuga do Cerveró, 
laranja do Delcídio e do Baiano, que, por sua vez era laranja do Preciado que, por sua vez era e é… 
sócio do Cerra.
(Não perca “Delcídio joga luz no ventilador do PSDB”).
Na qualidade de diretor do banco do Esteves, o BTG, Arida foi fazer uma conferencia em Nova York.
(O Aecím também foi fazer uma conferencia em Nova York a convite do Esteves, espinafrou o 
Em Nova York, em inglês, o Arida, como de habito, espinafrou o Brasil.
O banco dele rachava o traseiro de ganhar dinheiro no Brasil e ele falava mal do Brasil!
Viva o Brasil!
Numa entrevista ao Valor, o PiG cheiroso, Arida faz, nessa sexta feira 27/11, uma pirueta de 360 
graus.
Ele demonstrar que o banco BTG Pactual, que agora preside, com o infortúnio do Esteves, não tem 
nada a ver com o André Esteves!
Nada.
Na verdade, diz o Arida ao Valor, o Esteves nunca mandou nada!
Era uma figura quase decorativa – é o que se deduz…
Como os filhos do Roberto Marinho, aqueles que não tem nome.
Não mandam nada.
Quem manda é o Gilberto Freire com “i”.
Só que o André Esteves é o maior acionista do banco, tem a Golden Share (com direito a veto) e não 
manda nada!
Coitado do André Esteves.
Bastou passar uma noite na cadeia para ser apunhalado pelas costas!

Paulo Henrique Amorim
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O PILANTRA JAPONÊS SUSPEITO DE VENDER INFORMAÇÕES DA LAVA JATO JÁ FOI EXPULSO DA PF


Quem é o "japonês bonzinho" da Lava Jato?

Da CartaCapital

O áudio que levou para a prisão o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o banqueiro André Esteves pode ajudar a elucidar parte dos vazamentos acerca da Operação Lava Jato. Em um trecho da conversa, Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, e Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, afirmam que um agente da Polícia Federal vende informações sigilosas.
O diálogo ocorre após Delcídio relatar aos interlocutores ter visto, com André Esteves, uma cópia da minuta da delação premiada negociada por Cerveró com os procuradores. O senador petista discute o teor do material, lamenta o vazamento e diz não saber quem vazou. Ele, então, ouve de Edson Ribeiro: "É o japonês. Se for alguém é o japonês". Diogo Ribeiro, chefe de gabinete de Delcídio, que também estava na conversa, complementa. "É o japonês bonzinho".
Delcídio pergunta quem seria o "japonês bonzinho" e o advogado de Cerveró diz: "É. Ele vende as informações para as revistas". Na sequência, o senador petista diz que a figura em questão é "o cara da carceragem, ele que controla a carceragem", informação confirmada pelo filho de Cerveró. 
Mais tarde, o grupo volta a falar dos vazamentos. Edson Ribeiro levanta suspeitas sobre Sergio Riera, advogado de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema da Lava Jato, Alberto Yousseff, doleiro que assinou acordo de delação premiada e sobre o "japonês", nas palavras de Bernardo Cerveró. A degravação feita pela PF traz o nome "Milton", mas no áudio é possível ouvir que Edson Ribeiro fala em "Nilton".
Em julho, o blog Expresso, da revista Época, destacou a presença do agente da Polícia Federal Newton Ishii em diversas das prisões de detidos da Lava Jato na superintendência da PF em Curitiba. Ishii é chefe do Núcleo de Operações da PF em Curitiba e tem um passado conturbado.
Funcionário da corporação desde 1976, Ishii foi expulso da PF em 2003, acusado de corrupção e de integrar uma quadrilha de contrabandistas. Desde então, o agente já foi reintegrado, com "confiança da direção da PF", segundo a publicação, mas ainda seguiria respondendo processos criminais, civis e uma sindicância.
No pedido de prisão de André Esteves e Delcídio do Amaral, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, manifesta preocupação com o fato de o banqueiro ter tido acesso à delação de Cerveró. "Essa informação revela a existência de perigoso canal de vazamento, cuja amplitude não se conhece", diz o PGR. "Constitui genuíno mistério que um documento que estava guardado em ambiente prisional em Curitiba/PR, com incidência de sigilo, tenha chegado às mãos de um banqueiro privado em São Paulo/SP".
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Polícia Federal vai investigar o vazamento da delação de Cerveró. Segundo a publicação, o ex-diretor da Petrobras informou à cúpula da PF que só ele, seus advogados, familiares e procuradores tiveram acesso. Ainda conforme o jornal, Ishii disse a colegas que seu nome estava sendo usado como "cortina de fumaça" para manchar a Operação Lava Jato.
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ALÔ, ALÔ DR. MORO, O PRECIADO DO SERRA !!!

Os riscos da banalização da prisão preventiva


Luis Nassif

A banalização da prisão preventiva e a insensibilidade em relação aos impactos das investigações 
sobre a economia estão levando o país a uma situação de risco.
Não tenho a menor razão para ter simpatia pelo banqueiro André Esteves, muito pelo contrário. E 
espero que as investigações sobre o CARF revelem seus métodos.
Mas a autorização para sua prisão pelo Ministro Teori Zavaski a pedido do Procurador Geral da 
República Rodrigo Janot por conta de um mera gravação de conversa de Delcídio do Amaral 
comprova a perda de rumo de duas pessoas centrais para manter o equilíbrio no aparato repressivo. 
Ainda mais em uma quadra de profundo vácuo de poder no Executivo.
O álibi do PGR de que a prisão visou impedir que atrapalhe as investigações vale para qualquer 
situação e qualquer personagem. É álibi genérico. A prisão serviu apenas para demonstração de 
músculos.
***
A votação da prisão, além disso, demonstrou mais uma vez os malefícios da exposição pública dos 
votos dos Ministros promovendo o desejo de protagonismo por parte de alguns deles.
Escolhem a frase de efeito que permita dar o lide para a mídia. Jogam para a torcida sabendo que a 
cobertura sempre privilegia o folclórico em detrimento do conteúdo.
A Ministra Carmen Lúcia tem se esmerado nessas boutades que eventualmente podem indicar um 
espírito irônico, mas, para leitores mais acurados, é a tentativa do chamado efeito leite condensado, 
visando recobrir um bolo de pouca consistência.
Sua conclamação ao Judiciário como última trincheira da moralidade, é de um messianismo que se 
aceita em juízes jovens, de primeira instância, não em quem integra o mais alto tribunal do país.
É um acinte ao próprio STF, aliás, que deveria zelar pelo equilíbrio institucional, ainda mais em uma 
quadra de crise sistêmica como a atual. E em uma votação que o coloca em confronto com outro 
poder, o Senado. Em vez do cuidado político, o exibicionismo.
***
Não apenas isso.
Valendo-se da anomia total do Executivo, deixou-se de lado qualquer veleidade de reduzir os 
impactos econômicos dessas operações.
A Lava Jato ajudou a destruir um setor onde o país tinha excelência, das empreiteiras. Não se trata de 
livrar quem cometeu crime, mas de cuidados básicos para penalizar acionistas e executivos sem 
comprometer as empresas, os empregos e os ativos tecnológicos. Nada disso pesou. Avançou-se 
sobre um setor que gerava empregos, tecnologia com a gana de uma britadeira.
Agora, no caso Pactual-André Esteves, corre-se risco semelhante, ainda mais em um setor – o 
financeiro – em que as expectativas têm impacto direto sobre a solidez das empresas.
Esteves é um banqueiro ousado com ramificações em todos os partidos e com todas as lideranças, de 
Lula a Aécio, dos economistas do Real aos governadores petistas.
Tem sob sua supervisão, hoje em dia, operações relevantes para a retomada dos investimentos.
Sua prisão com base nas declarações de Delcídio não tem lógica. Que se abrisse um processo, um 
inquérito. Mas decretar a prisão preventiva com base em meras conversas de terceiros, com todas as 
implicações sobre as operações tocadas por ele, é de uma arrogância ímpar.
A informação que circula em Brasília de que Teori autorizou escuta no telefone de Delcídio Amaral –
e flagrou conversas entre ele e Ministros do Supremo – é uma demonstração clara de para onde está 
caminhando o país do grampo.
É momento mais que oportuno para que as figuras referenciais do STF ajudem a colocar um pouco 
de bom senso no debate.
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Sujou ! Romário admite ter tido conta na Suíça


"Após ser citado em áudio que levou o senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves 
para a prisão, Romário rebate: "Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que 
responderão à Justiça"

Pragmatismo Político

Com o nome citado nas gravações que levaram Delcídio Amaral (PT-MS), e o banqueiro André Esteves, dono do BTG, para a prisão, o senador Romário Faria usou sua página no facebook para fazer sua defesa.

No áudio gravado de conversa com Delcídio Amaral, o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, afirma que Romário possuía conta na Suíça, e que o ex-atacante foi avisado para retirar seu dinheiro do banco BSI.
Em julho deste ano, a revista Veja publicou que o senador pelo PSB-RJ tinha uma conta no país europeu não-declarada à Receita Federal brasileira e apresentou extratos para comprová-la.
Romário negou, viajou até a Suíça para desmentir a publicação; o banco BSI afirmou que o extrato apresentado pela revista era falso e mostrou um documento no qual diz que a conta não existe.
O BSI foi adquirido em 2014 pelo BTG Pactual, que tem André Esteves — preso também nesta quarta-feira na Operação Lava Jato — como um de seus sócios.

Confira a íntegra do esclarecimento de Romário no Facebook:

“Galera, sobrou de novo para mim. Está brabo o negócio.
Encontrei o senador Delcídio Amaral no dia 4 de novembro, quarta-feira, para tratar da votação de um Projeto de Resolução do Senado (PRS 50/2015), do senador José Serra, do qual fui coautor.
Na ocasião, foi feito um pedido ao senador Delcídio Amaral, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos, para agilizar a tramitação do projeto, que tinha o senador Ricardo Ferraço como relator.
Participaram da reunião o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secretário de Governo, Pedro Paulo, e o senador Ricardo Ferraço. Todos diretamente interessados na aprovação dessa resolução, que propôs o fim de barreiras à cessão de dívida ativa de estados e municípios. Esse foi o teor da reunião.
Hoje chegou à imprensa o áudio de uma conversa do senador Delcídio Amaral e do seu chefe de gabinete com o advogado e o filho do investigado na Operação Lava Jato, ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
No áudio, meu nome é citado. E uma história diferente da relatada acima é contada. O advogado levanta suspeita sobre um assunto que já foi esclarecido por mim e pelas autoridades brasileiras e suíças. Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que responderão à Justiça. Qual a credibilidade do advogado de um bandido, corrupto e responsável por roubar uma das principais empresas do país?
Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão. Não sou responsável pelo que terceiros falam, apenas pelos meus atos. Assim sendo, deixo claro que não tenho nenhum acordo com ninguém e, infelizmente, o dinheiro não é meu. Digo infelizmente porque, com certeza, se fosse meu, seria fruto de muito trabalho honesto.
Descrição da Imagem #PraCegoVer: sobre um fundo amarelo, está escrito “Só pra esclarecer…”

Veja abaixo a transcrição do diálogo em que Delcídio confirma o diálogo com Paes:
Delcídio – O problema, rapaz, hoje eu tava com minha agenda toda organizadinha só a partir das 13 horas. Pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, e com Romário. E com o Ferraço.
Edson – ué, fizeram acordo, né?
Delcídio – Diz o Eduardo que fez.
Edson – Tinha conta realmente do Romário.
Bernardo – Tinha essa conta?
Delcídio – E em função disso fizeram acordo.
Edson – Seu amigo, então, foi comprado.
Delcídio – O que eu achei estranho, ele ter chegado. Eu perguntei “o que você está fazendo aqui, Romario? “Não, não, vim acompanhar o Eduardo”…
Edson – Esquisito.
Delcídio – Esquisito pra caramba.
Edson – Essa é informação que me deram.
Delcídio – Aí o Eduardo falou assim… Delcidio –porque o Eduardo tenho intimidade, o Eduardo foi companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos Correios, ele foi meu braço direito aqui– aí (Eduardo Paes) disse Delcidio eu chamei aqui o Romário, ele falou na frente do Romário… chamei o Romário, nos acertamos uma aliança para o Romário apoiar o Pedro Paulo. Mas tem esse motivo.
Edson – Foi o que eles disseram… quem pode melhor apurar é você.
Delcídio – Porque…não é possível, hoje quando eles chegarem…”ué o que vocês tão fazendo aqui … juntos!” Aí o Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição juntos.
Edson – Para apoiar o Pedro Paulo.
Delcídio – Eu fui tirar uma foto com ele né que ele…porra ia tirar uma fotografia com todo mundo com a mão assim, uma em cima da outra. Eu não entendi mais nada.
Edson – Loucura, né."
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