segunda-feira, 30 de abril de 2018

BOM PRIMEIRO DE MAIO PARA TODOS NÓS !

O Primeiro de Maio no Brasil e no Mundo pedem #LulaLivre

Sete centrais, artistas pela democracia e um 1º de Maio 
histórico em Curitiba.
Pela primeira vez desde a redemocratização do país, as sete maiores centrais sindicais brasileiras farão, este ano, um 1º de Maio unificado. O ato de Curitiba terá como mote “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”. O que unificou CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CST, UGT, CSB e Intersindical foi a defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba há 20 dias, e a certeza de que eleição de Lula para presidente da República em outubro é a chance que a classe trabalhadora tem de conseguir resgatar direitos perdidos nos últimos anos.
Os sindicalistas estão também unificados em torno de uma pauta comum de interesse da classe trabalhadora, como uma política econômica de geração de empregos e renda, defesa da seguridade e da Previdência Social pública, o fim da lei do congelamento de gastos e a revogação da reforma Trabalhista. Os presidentes das sete centrais participam do ato, além de representantes de movimentos sociais como MST, MTST, UNE e Central de Movimentos Populares, entre outros integrados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
Como tem ocorrido desde a instalação do acampamento Lula Livre na capital paraense, a manifestação de terça-feira, a partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba terá um forte ingrediente cultural, com apresentação de artistas conhecidos por seu posicionamento em defesa da democracia, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado e muitos artistas locais.
No ABC, 1º de Maio começa com procissão e missa
REPRODUÇÃO/SMABC
missa
Metalúrgicos fazem assembleia na Matriz de São Bernardo: greve de 1980 durou 41 dias
Na região do ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos também fará um ato por democracia e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permaneceu três dias na sede da entidade, em São Bernardo do Campo, até rumar para a Polícia Federal, no dia 7. Com uma concentração a partir das 7h, os metalúrgicos farão procissão em homenagem a São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, em direção à Igreja Matriz, na região central, onde às 9h será celebrada a Missa do Trabalhador. Segundo a Diocese, haverá coleta de alimentos para famílias de desempregados.
Tanto a praça como a igreja são locais conhecidos dos metalúrgicos. Na greve de 1980, por exemplo, eles fizeram assembleia na própria Matriz, como no próprio 1º de Maio. De lá, a multidão saiu em passeata até o estádio de Vila Euclides. Vários diretores do sindicato, entre eles Lula, estavam presos. A paralisação durou 41 dias.
1º de Maio, na República, em São Paulo
Com organização de CTB ,CUT e Intersindical, a manifestação do Dia do Trabalhador em São Paulo será na Praça da República, a partir do meio-dia. Movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo participam do ato, que terá como mote a defesa dos direitos atacados pela “reforma” trabalhista e da democracia, pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seu direito a disputar a Presidência da República. A bandeira da revogação da nova legislação, e de outras medidas como a emenda constitucional do congelamento de gastos sociais, moverá o movimento sindical nas eleições deste ano.
O 1º de Maio da República terá também apresentações de artistas, como a banda Liniker e os Caramelows, que mescla black music, a rapper Preta Rara, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, o compositor de sambas enredo André Ricardo, e os cantores e intérpretes, Grazzi Brasil e Celsinho Mody, destaques do carnaval em 2018 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti.
Pelo país
No Rio de Janeiro, às 14h, tem início a concentração na Praça XV (próximo à Rua do Mercado). Haverá um esquete com o grupo Emergência Teatral. Em seguida, começa a batucada com o Bloco da Democracia e caminhada pelo Boulevard Olímpico até a Praça Mauá. Em Vitória, haverá ato na Praça Costa Pereira, das 9h às 13h.
Minas Gerais terá evento do 1º de Maio em Belo Horizonte, das 8h às 11h, na Escola Municipal Pedro Guerra, na Rua João Ferreira da Silva, 230. Em Contagem, a partir das 7h30, manifestação na Praça da Cemig, Cidade Industrial, seguida da 42ª Missa do Trabalhador.
Em Maceió, a partir das 8h30, no Posto 7, na Jatiúca, tem início o ato com a participação da CUT, frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e as centrais sindicais CSP, Conlutas, Nova Central e CTB. Em Macapá, às 9h, será realizada vigília na sede da CUT, Avenida Manoel da Nóbrega,537 , bairro Laguinho. Em Manaus, a partir das 15h, tem início o ato na esquina da Sete de Setembro com Avenida Eduardo Ribeiro.
A Bahia terá ato unificado em Salvador, a partir das 13h, na Barra, com uma série de serviços gratuitos, como retirada de carteira de trabalho, orientações jurídicas, atendimento à saúde da mulher, entre outras ações. Em Feira de Santana (BA), das 8h às 16h, será realizada missa em memória à vereadora Marielle Franco, e ato por Lula Livre, com atrações musicais. Em Santo Antônio de Jesus, a partir das 8h, terá caminhada nos bairros e palestra sobre a reforma Trabalhista, sindicalismo e o golpe de 2016. Em Santo Estevão, às 9h, será celebrado um ato ecumênico. Em Canavieiras, às 8h, está agendado um café da manhã com trabalhadores na nova sede do Sindicato. Em Conceição de Feira, a partir das 8h, tem missa campal seguida pelo ato Lula Livre.
Em Fortaleza, a partir das 15h começa o ato público que reunirá as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, CUT, CTB e Intersindical no Centro Poliesportivo de Parangaba, na Avenida General Osório de Paiva, Bairro Parangaba. No mesmo local, às 9h, tem o lançamento estadual do Congresso do Povo – pela revogação das medidas do governo Temer, em defesa da soberania nacional e contra o fascismo. Em Iracema, às 7h, tem início a Carreata dos Trabalhadores, que começa na Praça Casimiro Costa (Praça da Mangueira). Ainda no Ceará, ato unificado do Vale do Jaguaribe, acontece às 10h, em Tabuleiro do Norte. E em Caucaia, o 2º Acampamento Estadual do Levante Popular da Juventude encerra sua programação.
Em Brasília, a partir das 9h, a concentração será no estacionamento entre a Funarte a Torre de TV. Haverá debate político com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e CUT, além de apresentações culturais e atividades para as crianças, com o samba da Tapera.
Em Goiânia, às 14h, as atividades começam na Praça Universitária com apresentação da banda Sã Consciência, além de rodas de conversa, oficina e exibição de curtas-metragens, com curadoria de Benedito Ferreira. Às 15h, tem Diego Mascate, seguido por Mundhumano, Cocada Coral, Terra Cabula e Maíra Lemos.
Em Campo Grande, os atos começam no dia 30 (segunda-feira), com om a Noite Cultural do Trabalhador, a partir das 18h, na Esplanada Ferroviária, sob a organização da CUT, UGT, Nova Central, CTB, Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do MS. No dia 1º, a partir das 7h, o ato será na Associação Colônia Paraguaia, R. Ana Luísa de Souza, 610, no Bairro Pioneiros. Das 8h às 13h, haverá atos esportivos e políticos no Pagode dos Bancários, no Clube de Campo dos Bancários. Às 11h, organizado pelo PCdoB, haverá a “Feijoada do Trabalhador”, no Bar da Valu. Às 17h, tem início a manifestação por Lula Inocente, na esquina da Afonso Pena com 14 de Julho.
Ainda em Mato Grosso, em Corumbá, a partir das 9h30, ato internacional do Dia do Trabalhador será realizado na Fronteira Brasil-Bolívia, organizado pela CUT e Central Obrera Boliviana. Em Dourados, às 16h, ato no Parque Rego D'água Jardim Água Boa.
Em Belém, às 9h, haverá ato na Praça da República. O Pará tem programações também nas cidades de Abaeté, Altamira, Barcarena, Cametá e Igarapé Miri.
Em João Pessoa, os atos acontecem desde esta sexta-feira (27), com o café da manhã dos trabalhadores na Federação dos Trabalhadores na Agricultura, seguida de caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho e ato público no Pavilhão do Chá. Em Recife, a partir das 8h30, começa o 1º de Maio na Praça do Derby.
Em Porto Alegre, às 10h, o ato será no Parque da Redenção e começa com apresentações de Nei Lisboa, Raul Ellwanger, Grupo Unamérica e outros artistas.
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VÍDEO: Quem é o “especialista Otário” usado pela Globo para dizer que desemprego é culpa dos governos petistas

BOMBA!! SE DELATAR LULA, PULHOCCI SAI MILIONÁRIO DA CADEIA !!


Reportagem do jornalista Joaquim de Carvalho no Diário do Centro do Mundo revela, com 
base em uma fonte na Polícia Federal, que o ex-ministro Antonio Palocci terá R$ 30 milhões 
desbloqueados, além da liberdade, caso Sergio Moro homologue a delação premiada, 
anunciada pela Globo, em que incriminará o ex-presidente Lula; pela legislação brasileira, os 
acordos de delação devem ser feitos de forma espontânea


Dois aspectos chamam a atenção na notícia vazada pela Polícia Federal de que o ex-ministro 
Antônio Palocci fechou acordo de delação premiada.
Uma delas é a data em que a informação foi vazada, imediatamente após a decisão da segunda turma 
do Supremo Tribunal Federal de tirar de Moro a delação da Odebrecht referente a Lula.
Cheira à contra-ataque, retaliação à decisão da corte em Brasília.
Outro aspecto que chama a atenção é que o acordo de delação premida está sendo costurado pela 
Polícia Federal, não pelo Ministério Público Federal.
Até então, a força-tarefa coordenada por Deltan Dallagnol era a responsável por todos os acordos de 
delação premiada homologados pelo juiz Sergio Moro em Curitiba.
“Coincidência ou não… não me lembro de nenhum delator fechando acordo em Curitiba depois da 
minha entrevista ao jornal El Pais em julho do ano passado”, anotou Rodrigo Tacla Durán através do 
Twitter.
Tacla Durán é o advogado que denunciou à imprensa e à CPI da JBS um amigo de Sergio Moro, 
Carlos Zucolotto Júnior, também advogado, como intermediário numa negociação para vender 
facilidades em um acordo de delação premiada.
Pagando 5 milhões de dólares por fora, Tacla teria expressiva redução da pena e ficaria com 5 
milhões de dólares de uma conta dele em Cingapura, bloqueada por Moro.
Tacla Durán não aceitou e, refugiado na Espanha, onde tem cidadania, resistiu ao pedido de prisão de 
Moro, e a justiça do reino espanhol negou a extradição.
Tacla Durán vive livremente na Espanha, onde tem empresa e de onde costuma publicar tuítes que 
minam a credibilidade da outrora chamada República de Curitiba.
O último deles é sobre a delação premiada de Palocci. Por que a Polícia Federal está à frente desse 
acordo?
Tacla Durán suspeita que é em razão das denúncias que fez, que tornou o MPF de Curitiba suspeito.
“Coincidência que agora é só por esse caminho (Polícia Federal) que delator fecha acordo em 
Curitiba?”, provocou o ex-advogado da Odebrecht, também através do Twitter.
Na denuncia sobre a indústria da delação premiada, feita em 2017, Tacla Durán juntou cópia 
periciada da conversa que teve com Carlos Zucolotto Júnior, em 2016, por aplicativo de celular. Vale 
a pena recordar a conversa:
Zucolotto: Amigo, tem como melhorar esta primeira… Não muito, mas sim um pouco.
Rodrigo Durán: Não entendo.
Zucolotto: Há uma forma de melhorar esta primeira proposta… Não muito. Está interessado?
Rodrigo Durán: Como seria?
Zucolotto: Meu amigo consegue que DD entre na negociação.
Rodrigo Durán: Correto. E o que que se pode melhorar?
Zucolotto: Vou pedir para mudar a prisão para prisão domiciliar e diminuir a multa, ok?
Rodrigo Durán: Para quanto?
Zucolotto: A ideia é diminuir para um terço do que foi pedido. E você pagaria um terço para poder 
resolver.
Rodrigo Durán: Ok. Pago a você os honorários?
Zucolotto: Sim, mas por fora, porque tenho que cuidar das pessoas que ajudaram com isso. Fazemos 
como sempre. A maior parte você me paga por fora.
Rodrigo Durán: Ok.
O que reforçou a denuncia de Tacla Durán à época é a cópia de um e-mail do Ministério Público 
Federal, enviada depois da conversa com Zucolotto, em que os termos acordados pelos dois 
aparecem na minuta do acordo.
Depois da denúncia do ex-advogado da Odebrecht, nenhum outro acordo costurado pelo Ministério 
Público Federal foi divulgado, mas a delação premiada continuou na berlinda.
Em depoimento em março deste ano, prestado na Vara de Moro, o ex-executivo da Odebrecht 
Rogério Araújo, delator da Lava Jato, foi confrontado com a pergunta se ainda recebia valores da 
empresa.
Um advogado pergunta:
“O senhor ainda recebe esses valores?”
O ex-executivo confirma que recebe valores mensalmente, embora tenha saído da empresa em junho 
de 2015.
O advogado quer saber a título de que ainda recebe dinheiro da empresa.
Moro interfere:
“Foi rescisão contratual, doutor”.
Rogério repete:
“Foi rescisão contratual”.
Outro advogado tenta buscar esclarecimento:
“O senhor falou duas coisas. O senhor falou que tinha recebido a título de rescisão contratual e de 
que também existiria um programa…”
O procurador da república corta:
“Doutor, ele falou que esse programa aí foi no contexto da rescisão”.
O advogado insiste com o depoimento:
“O senhor pode esclarecer?”
O procurador, embora não estivesse com a palavra, corta mais uma vez:
“Ele já falou, doutor”.
O depoimento se tornou importante porque revela o vínculo que delatores ainda mantém com a 
Odebrecht. Era essa a resposta que os advogados buscavam de Rogério Azevedo e, ao que parece, 
era essa resposta que o procurador e Moro queriam evitar que Rogério Azevedo desse.
Por que tanta preocupação da Lava Jato?
Porque a lei que incorporou o instrumento da colaboração ao direito brasileiro determina que as 
delações só valem se forem espontâneas.
Quando um delator recebe vantagem para colaborar com a justiça, essa colaboração deixa de ser 
espontânea.
E o executivo questionado, Rogério, faz parte de um grupo de 78 executivos da empresa que 
fecharam o acordo de delação premiada ao mesmo tempo.
Não é crível que todos tenham tomado a decisão ao mesmo tempo.
Que todos tenham tomado essa decisão espontaneamente.
E não foi mesmo espontâneo, conforme ouvi de Rodrigo Tacla Durán:
“A verdade é que a Odebrecht decidiu colaborar conjuntamente com a Justiça para tentar livrar 
Marcelo Odebrecht da cadeia e salvar a empresa, e houve várias reuniões que definiram essa 
estratégia. Eu estava presente em uma delas. Foi no Hotel Intercontinental, em Madri”, recordou 
Rodrigo Tacla Durán.
A empresa ofereceu bônus e salário durante quinze anos para quem prestasse depoimento à Justiça 
na condição de colaborador.
Não houve, portanto, espontaneidade e o depoimento passou a ser interessante financeiramente, não 
só como instrumento para reduzir pena.
Em uma situação assim, o delator diz tudo o que seus interrogadores querem ouvir.
E é nesse ponto que se volta para a delação de Palocci.
A estratégia de que a delação pode ser, acima de tudo, um bom negócio está presente também nas 
negociações com Antonio Palocci.
A diferença é que, na negociação, saíram os procuradores da república (um tanto queimados) como 
negociadores e entraram os policiais federais.
Em comum, permaneceu Moro, que sempre dá a última palavra com a homologação.
E que Palocci vai ganhar?
A liberdade certamente, mas não só.
Palocci teve mais de R$ 60 milhões bloqueados por decisão de Moro. E, nos bastidores da Justiça 
Federal em Curitiba, garante-se que Palocci terá R$ 30 milhões desbloqueados por Moro, caso a 
colaboração do ex-ministro seja aceita.
Os termos do acordo de delação premiada de Palocci permanecem sob sigilo, só será revelado se e 
quando a delação for homologada.
Mas esta é a informação que recebi de uma pessoa com fonte na Polícia Federal. Repetindo: Palocci 
terá R$ 30 milhões desbloqueados caso sua delação seja aceita.
Como acontece nesses casos, parte desses R$ 30 milhões irá para seu advogado, Adriano Bretas, mas 
Palocci manterá uma bolada com ele.
Irá para casa, mas, para isso, terá que continuar dizendo o que os investigadores querem — Lula, 
claro, no centro de tudo.
Palocci viverá sem honra, mas com muito dinheiro no banco.

José Dirceu ao Congresso em Foco: “Com Lula preso, não há chance de eu deixar o Brasil”



Do Congresso em Foco, por Fábio Gois e Basília Rodrigues

“Como vou deixar o país se o Lula está preso? Não se abandona um companheiro assim. Há erros 
que você pode cometer. Outros, não.”
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, 72 anos, condenado a mais de 40 na Operação Lava Jato
fez a afirmação acima durante encontro, em Brasília, com a reportagem do Congresso em Foco. 
Respondia a uma questão que lhe tem sido apresentada com frequência: quais as chances de fugir do 
país para descumprir uma pena que ele e seus correligionários atribuem a um processo de 
“perseguição política” ao PT e à esquerda?
Dirceu diz não ver sentido em tal ideia porque Lula, o Partido dos Trabalhadores e a “luta” se 
tornaram sua vida. Ele admite que deixar o Brasil é um conselho que tem recebido, pessoalmente ou 
por meio de mensagens, de várias pessoas, mas insiste: “A vida não é assim. Com Lula preso, não há 
chances de deixar o Brasil”.
(…)
Provocado a comentar a possibilidade de se refugiar em Cuba, onde o remanescente regime 
socialista da América Latina certamente lhe daria guarida, Dirceu solta um riso largo e ironiza:
“Tem muita gente querendo que eu vá para Cuba mesmo”, comenta, referindo-se à frase que se 
tornou recorrente entre os adversários do PT: “Vai pra Cuba!”. Enquanto recebe o repórter, aliás, 
Dirceu ouve a lendária banda cubana Buena Vista Social Club, a mesma que contribuiu para a 
aceitação de ritmos como salsa e rumba pela alta intelectualidade do Ocidente. Lembra que já morou 
em Cuba, que, para ele, é uma mistura de Minas com Bahia.
(…)
Em um primeiro momento, instantes depois da chegada da reportagem, a porta da sala se entreabriu 
para o entra e sai do advogado. Na antessala, sorvete de chocolate e água regam a expectativa sobre 
que ele diria, ou mesmo se diria algo, depois da entrevista a Mônica Bergamo, colunista da Folha 
de S.Paulo. Desde então o petista foi aconselhado por sua defesa a não mais falar com a imprensa. O 
ex-ministro sai rapidamente, dirige algumas palavras de cumprimento, mas volta para a sala para 
mais meia hora de conversa privada com seu interlocutor.
À espera do cárcere
Sim, Dirceu aceitaria falar mais uma vez. Com uma camisa preta sem estampa, calça jeans e 
mocassim escuro, o petista – que, apesar das restrições impostas pela vida de condenado, conserva 
grande influência em seu partido – parece bem humorado, apesar da perspectiva de ter de ficar, 
segundo seus cálculos, “quatro ou cinco anos” preso. Dirceu espera ser beneficiado não só pela 
progressão de pena por bom comportamento, mas também por trabalhos e estudos que podem levar à 
diminuição do tempo de detenção. Em tese, pode receber até anistia ou indulto, apesar do 
endurecimento imposto ao benefício pelo Supremo Tribunal Federal no final do ano passado.
Com fala grave e pausada marcada pelo acentuado sotaque mineiro, José Dirceu diz ter voltado a ver 
muitas séries de TV depois de um ano e nove meses preso no Complexo Médico Prisional de 
Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), onde cumpria pena antes de receber habeas corpus do 
STF em 2 de maio de 2017. E é justamente isso o que quer fazer na iminência de ser preso 
novamente: passar mais tempo com a família, de preferência vendo seriados. “Quero me divertir”, 
diz, sem esconder um tanto de resignação em saber que voltará ao cárcere a qualquer momento.
Menciona algumas das obras que viu recentemente: a produção espanhola Casa de Papel, que narra 
um assalto à Casa da Moeda; a série Alienista, que relata a caçada a um serial killer que aterroriza 
Nova York; e, entre as que mais gostou, Marte, por se tratar de ficção científica. “Eu adoro assistir 
ficção científica”, completa.
(…)
Em vez de tristeza, resignação
Diante do repórter, demonstra grande cuidado com as palavras. Não quer fazer declarações políticas. 
Ressalta que não é de falar, mas de fazer. Na rua, conta que é muitas vezes reconhecido por 
motoristas de táxi e de Uber. Vários deles, acrescenta, pedem para tirar foto com ele. Receber 
amigos, determinados a visitá-lo e a serem fotografados com ele antes de o ex-ministro voltar à 
prisão, tem sido outro compromisso constante em sua agenda..
O olhar de Dirceu, assim como o estado de espírito de amigos que aguardam para encontrá-lo, não é 
de tristeza, mas de resignação. “Cada dia é um dia”, afirma o ex-ministro.
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GLOBO E MURROW TENTAM NOVA CARTADA CONTRA O PT


Prestes a perder os processos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, que ficam em São Paulo, 
Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato planejam seu próximo passo contra o ex-
presidente Lula e o PT: a delação premiada de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, que 
está preso desde novembro de 2014 e, segundo o jornal O Globo, acaba de se transformar em 
colaborador formal; na mesma linha com que divulgou a delação de Antonio Palocci, na 
semana passada, Globo diz que, "após um longo período travadas, as tratativas com Renato 
Duque evoluíram nas últimas semanas".

247 - Prestes a perder os processos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, por decisão do Supremo 
Tribunal Federal de transferir delações da Odebrecht a respeito desses casos para a Justiça Federal de 
São Paulo, Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, assim como a Globo, planejam seu próximo 
passo contra o ex-presidente Lula e o PT: a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Renato 
Duque.
Duque, que atuou na diretoria de Serviços no governo Lula e metade do primeiro mandato de Dilma 
Rousseff, por quem foi demitido em 2012, antes da Lava Jato, está preso desde novembro de 2014 e, 
segundo o jornal O Globo, acaba de se transformar em colaborador formal. Na mesma linha com que 
divulgou a delação de Antonio Palocci, na semana passada, o jornal diz que, "após um longo período 
travadas, as tratativas com Renato Duque evoluíram nas últimas semanas".
A Globo não esconde o motivo para que a delação tenha acelerado no âmbito da Lava Jato: "A 
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar das mãos do juiz Sergio Moro trechos da 
delação da Odebrecht que citam o ex-presidente Lula tornou relevante o material oferecido pelo 
candidato a delator". Também como fez no caso de Palocci, o jornal detalhe o que Duque pode - ou 
deve - falar contra Lula e o PT.
Depois da decisão do STF de retirar do Paraná casos que deveriam ser julgados em São Paulo, 
Sergio Moro resolveu peitar o Supremo ao decidir que o inquérito do sítio de Atibaia, que diz 
respeito a Lula, continuará com ele - ao menos enquanto o "respeitoso embargo", como diz, não seja 
publicado pela Corte Suprema.

Superintendência da PF em Curitiba sabe quem atacou acampamento Marisa Letícia. Fonte diz que polícia acoberta quem atirou contra acampamento pró Lula


Fonte que lê o Blog da Cidadania há anos faz uma ponderação sobre o atentado contra o 
acampamento de apoiadores do ex-presidente Lula que pede para que eu torne pública. Porém, pede 
para que eu não dê pista sobre sua identidade porque diz haver em Curitiba um clima de perseguição 
e teme por sua segurança e a de sua família.Segunda a pessoa – não devo dar pistas nem sobre seu 
gênero -, é literalmente impossível que alguém chegasse calmamente e realizasse disparos contra o 
acampamento pró Lula sem que a polícia soubesse…
Há poucos dias, a Polícia Federal alegou que os gastos para manter o ex-presidente Lula encarcerado 
na Superintendência da Polícia Federal chegariam a incríveis 300 mil reais por mês por conta de 
SEGURANÇA

Supõe-se, segundo a fonte do Blog da Cidadania, que a segurança seja feita no entorno do complexo 
da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso, já que a ameaça só poderia 
vir de fora.
Ao mesmo tempo, conforme a Folha de SP, o acampamento pró Lula fica a 750 metros da prisão do 
ex-presidente.


Imagem aérea do local mostra o local do acampamento e das 
manifestações pró Lula

Ou seja: seguramente a Polícia Federal viu de camarote o atentado e pode dar todas as informações, 
já que o criminoso chegou de carro, como mostra o vídeo captado por câmera de segurança no local.

"DEBI & LOIDE" O DESASTRE: EMPREGO COM CARTEIRA? SÓ ATÉ DOIS SALÁRIOS


O desastre econômico produzido pelo golpe de 2016 e a reforma trabalhista de Michel Temer e 
Henrique Meirelles precarizaram o mercado de trabalho no País; segundo estudo feito a partir 
de dados do Caged, as únicas vagas formais em um mercado de trabalho cada vez mais crítico 
têm remuneração de até 2 salários mínimos (R$ 1.908); o dado estatístico do Caged (Cadastro 
Geral de Empregados e Desempregados) é: as contratações foram maiores que as demissões 
apenas no segmento de salário mais baixo; no espectro salarial mais elevado, foram fechadas 
vagas em todas as faixas; Norte e nordeste têm situação mais dramática: lá, a magra abertura 
de empregos teve o teto de apenas um salário mínimo (R$ 954).

247 - As únicas vagas formais em um mercado de trabalho cada vez mais crítico têm remuneração de 
até 2 salários mínimos (R$ 1.908). O dado estatístico do Caged (Cadastro Geral de Empregados e 
Desempregados) é: as contratações foram maiores que as demissões apenas no segmento de salário 
mais baixo. No espectro salarial mais elevado, foram fechadas vagas em todas as faixas. Norte e 
nordeste têm situação mais dramática: lá, a magra abertura de empregos teve o teto de apenas um 
salário mínimo (R$ 954).
A comparação com anos do período democrático só faz piorar o cenário atual: em 2008, eram 
geradas vagas de até quatro salários mínimos e também de sete a dez.
A fragilidade dos dados sobre o emprego fez o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação 
Getúlio Vargas) revisar a projeção de 800 mil vagas para 2018: retificou o número para 630 mil.
Em 2017, no day after da aprovação da reforma trabalhista, o governo afirmou que seriam abertas 
duas milhões de vagas em dois anos. Sobre os atuais números e a nova projeção do Instituto da FGV 
o ministério do trabalho não quis comentar.

EM SP, UM ANO PARA  ACHAR EMPREGO!



Há um ano e quatro meses, André Juvêncio, de 43 anos, espera o dia em que terá a carteira de trabalho assinada de novo. Ele tenta voltar para a indústria de cosméticos, onde atuou por seis anos como coordenador de desenvolvimento de embalagens, e, desde então, passou a engrossar a fila dos brasileiros que deixaram o mercado formal.
“A gente sempre acha que não vai ficar desempregado por muito tempo. Aproveitei esse intervalo para fazer intercâmbio e estudar inglês e pensava que o mercado estaria melhor na volta também, mas nada. As vagas que abriram são muito mais disputadas e oferecem um salário menor. Estou fazendo ‘bico’ de motorista, mas não deixo de mandar currículo.”
No mês passado, um trabalhador da Grande São Paulo levava, em média, 47 semanas – pouco menos de um ano – procurando qualquer oportunidade de emprego, formal ou informal, segundo levantamento da fundação Seade, em parceria com o Dieese. Esse é o dobro do tempo que se levava para voltar ao mercado quatro anos antes, em março de 2014, quando a crise ainda não tinha chegado.
“A vida mudou muito rápido. Tudo parecia bem, a gente estava morando de aluguel, mas já pensando na casa própria. A geladeira, o carro, toda conquista era comemorada”, lembra o operador de empilhadeira William Rosa, 35 anos – há quatro meses procurando trabalho.
A empresa em que ele trabalhava, uma fabricante de vidros, demitiu 200 pessoas nos anos de crise e não tem previsão para voltar a contratar. “É difícil confiar no nosso País, a felicidade aqui parece que já vem com prazo de validade.”
Pela série histórica da pesquisa Seade/Dieese, que começa em 1988, é possível perceber o quanto as idas e vindas do País podem prolongar, e muito, a busca pelo emprego. A procura registrou um pico, de 57 semanas, no início dos anos 2000.
(...)

domingo, 29 de abril de 2018

FINALMENTE UM JUIZ BRASILEIRO QUE ENCARA O MURROW


Desembargador Ney Bello detona Moro: pediu que decisão de tribunal fosse descumprida

POR FERNANDO BRITO

Se os ministros do Supremo Tribunal Federal tivessem metade da coragem do desembargador Ney
Bello, presidente da 3ª Turma do Tribunal Federal, o juiz Sérgio Moro não seria o onipotente que 
“faz e acontece”, de acordo com suas vontades – e, pior, seus ódios.
O caso, resumidamente, é o seguinte: para conseguir de Portugal a extradição de Raul Schmidt, 
acusado na Lava Jato, Moro levou o Ministério da Justiça a prometer reciprocidade em outras 
extradições daqui para lá. Ocorre que Raul é português nato e, neste caso, a reciprocidade 
representaria a extradição de brasileiro nato, o que é impossível, como se sabe.
O juiz Leão Alves deu decisão suspensiva não a um ato de Moro, mas do Departamento de 
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica (DRCI) do Ministério da Justiça, que solicita a 
extradição com base nesta promessa, em tese, impossível.
Moro, para usar uma expressão mais adequada ao mundo jurídico, ignorou solenemente a decisão e 
mandou a Polícia Federal consumar a extradição.
Ney Bello, que preside a turma na qual Leão é desembargador convocado, disse ser “intolerável” o 
desconhecimento “dos princípios constitucionais do processo e das normas processuais penais que 
regem estes conflitos, sob o frágil argumento moral de autoridade, e em desrespeito ao direito 
objetivo”.
-A instigação ao descumprimento de ordem judicial emitida por um juiz autoriza toda a sociedade a 
descumprir ordens judiciais de quaisquer instâncias, substituindo a normalidade das decisões 
judiciais pelo equívoco das pretensões individuais. 
Moro – ou mesmo o Ministério Público – poderiam ter suscitado um caso de conflito de competência 
junto ao Superior Tribunal de Justiça, mas preferiram passar por cima da decisão de segunda 
instância. Foi, aliás, o que fez hoje o próprio juiz Leão, com petição ao STJ.
Tivessem os ministros do STF agido assim no caso das escutas ilegais sobre Dilma Rousseff, então 
presidente da República, Sérgio Moro não estaria pondo cada vez mais de fora suas manguinhas 
autoritárias.
Mas o STF preferiu, como com os abusos do MP, ficar no “ai, ai, ai”.
E a cobra criou asas.

BALAS DO ATENTADO SÃO DE USO RESTRITO DO EXÉRCITO, DA PF E DE POLICIAIS


"As armas que mataram Marielle e atiraram contra acampamento Marisa Letícia, ferindo 
duas pessoas, uma delas gravemente, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, são ambas 
pistolas 9 mm, armas de uso restrito no Brasil. Apenas o Exército e a Polícia Federal usam têm 
autorização para uso destas armas", informa o jornalista Mauro Lopes; "Marielle foi morta 
há 45 dias. O atentado contra o acampamento ocorreu há um dia, mas já há até vídeos com a 
imagem do autor dos disparos. Ninguém foi preso. E as autoridades do golpe e das forças de 
seguranças recusam-se a investigar e passam o tempo a lançar insinuações e acusações contra 
as vítimas e as forças de esquerda. Está claro de onde partiram os tiros que mataram Marielle 
no Rio e atingiram os que estão ao lado de Lula em Curitiba"

Munição do ataque ao acampamento em Curitiba é a mesma 
da execução de Marielle

Nota da Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou que na madrugada de sábado (28) um 
indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes 
simpatizantes do ex-presidente Lula.
Uma pessoa foi ferida e levada para o hospital. Um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços 
feriram, sem gravidade, uma mulher no ombro.
Outro homem foi ferido no pescoço e hospitalizado. Recebeu alta no fim da tarde.
Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à 
Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi 
aberto um inquérito para apurar o caso.
A munição usada para assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes era a mesma. O calibre 9 mm 
não pode ser vendido à população.
Ele deve ser adquirido legalmente por colecionadores, atiradores esportivos e forças de segurança. 
Porém é comercializado com poucas restrições no Paraguai e entra no Brasil ilegalmente para 
abastecer o mercado negro.


sábado, 28 de abril de 2018

VÍDEO REGISTRA OS TIROS AO ACAMPAMENTO


Advogada baleada em acampamento de Curitiba conta como foi
“ELES GRITAVAM ‘BOLSONARO PRESIDENTE!'”


A Polícia Civil divulgou no início desta noite, em Curitiba, as primeiras imagens do atirador que
atacou o acampamento Marisa Letícia, no entorno da Polícia Federal, em apoio ao ex-presidente 
Lula encarcerado ilegalmente desde o dia 7 de abril. Abaixo, assista ao vídeo.
O PT está utilizando sua poderosa rede social para buscar, junto com a polícia paranaense, identificar 
o autor dos 20 disparos que atingiram duas vítimas.
“AJUDE A IDENTIFICAR QUEM ATIROU CONTRA O ACAMPAMENTO
A Polícia Civil do Paraná divulgou imagens do momento em que foram feitos os disparos contra o 
acampamento em Curitiba. O atirador chegou em um carro sedan de cor preta. A DHPP (Divisão de 
Homicídios e Proteção à Pessoa) pede para quem tiver informações ligue para 0800-643-1121. A 
ligação é gratuita e anônima”, postou o Partido dos Trabalhadores.
Confira as primeiras imagens do atirador:

LINDBERGH RESPONSABILIZA GLOBO, BOLSONARO E MORO POR ATENTADO



"Tem responsáveis por isso", diz o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em vídeo, citando 
"campanha de ódio" disseminada pela Rede Globo, que segundo ele está "sustentando o 
movimento neofascista no Brasil"; "Depois tem o Bolsonaro, com esse discurso de intolerância. 
E o juiz Sergio Moro também é responsável, com essa campanha feita contra o presidente 
Lula, 
o PT e as esquerdas desse país", completa; parlamentar defende a criação de uma 

"grande frente antifascista" no Brasil;

Rio 247 - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciou em vídeo os responsáveis indiretos pelo
ataque a tiros feito contra o acampamento Marisa Letícia, onde estão morando manifestantes da 
Vigília Lula Livre em Curitiba desde que o ex-presidente foi preso. "Tem responsáveis por isso", 
aponta o senador.
Ele cita entre os culpados a "campanha de ódio" disseminada pela Rede Globo, que segundo ele está 
"sustentando o movimento neofascista no Brasil". "Depois tem o Bolsonaro, com esse discurso de 
intolerância. E o juiz Sergio Moro também é responsável, com essa campanha feita contra o 
presidente Lula, o PT e as esquerdas desse país", completa.
Lindbergh manda um recado às autoridades do Paraná: "Queremos a apuração desse crime. Os 
senhores vão ter que identificar os responsáveis por isso". O parlamentar defende também uma 
"grande frente antifascista".

PRESIDENTE DO CHILE RIDICULIZA VOVÓ ADAMS A ATRIZ DA GLOBO NO SUPREMO...KKKKKK......

Ao ser recebido nesta sexta-feira 27 pela atriz da Globo Cármen Lúcia que interpreta "Vovo 
Adams" no Supremo, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, indagou, em tom descontraído, e 
provocando uma saia justa, a quem se poderia recorrer quando a Corte falha em suas decisões; 

“A quem se recorre quando falha o Supremo?”, perguntou nesta sexta (27) o presidente do Chile 
Sebastián Piñera a Cármen Lúcia, presidenta do STF. A indagação causou uma tremenda saia-justa e 
a magistrada literalmente deixou a resposta aos céus.
“À instância suprema”, respondeu Carminha, apontando para cima, em referência a “Deus” — como 
se falasse canal direto com o “Pai”.
O questionamento descontraído de Piñeda causou mal-estar entre os ministros Dias Toffoli e Edson 
Fachin presentes ao encontro na sede do Supremo Tribunal Federal.
Fachin tentou consertar a saia-justa ao explicar que cabe à sociedade fazer o escrutínio das decisões 
do Supremo, mas Piñeda, não satisfeito, ainda sapecou: “Mas pode a sociedade revogar decisões da 
Corte?”, rindo da cara dos integrantes da Corte Suprema.
Carminha disse ainda ao interessado presidente chileno que gerencia milhares de processos 
anualmente, portanto, ao despedir-se da presidenta do STF, ele ainda cravou esta: “Com 75 mil 
processos ao ano, sinto-me mal em tomar seu tempo.”
Piñeda foi embora com a impressão de que o STF é tribunal político que disputa o poder como se 
fosse um partido, cujo modelo não serve para o Chile. E com razão.
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FARSA E VIOLÊNCIA: É MURROW E A GLOBO CONTRA O RESTO!


Triplex de luxo? Polícia Federal até desconfiou de "discrepâncias" nos valores, mas decidiu 
não investigar a fundo: Fogão de R$ 9 mil? Microondas de R$ 5 mil? Armários de R$ 380 mil? 
A realidade do triplex é outra, e nem era necessário esperar o MTST ocupar o imóvel para 
descobrir isso por meio de imagens sem retoques. Um relatório da PF, de 2016, já alertava para 
"possíveis discrepâncias" e "dificuldade" em enxergar parte dos valores contratados no projeto.

A recente ocupação do MTST no triplex do Guarujá trouxe à tona uma discussão sobre como a Lava Jato, em conluio com a velha mídia, tentou criar no imaginário popular a ideia de que trata-se de um imóvel de luxo, totalmente reformado e mobiliado com dinheiro desviado de contratos entre OAS e Petrobras - imputação que a Lava Jato não conseguiu provar, apesar de ter levado Lula à prisão.
A maioria dos grandes veículos de comunicação nunca ousou fazer como o MTST, mostrando detalhes do triplex por dentro, em vídeos e fotos sem retoques. Abandonando a apuração in loco, a imprensa assumiu o risco de ser parcial quando foi abastecida com informações obtidas junto a uma das partes do processo: a que estava interessada em ver o petista atrás das grades.
A título de exemplo, em janeiro de 2016, com "investigadores" como fonte, o Estadão emprestou sua credibilidade à fake news sobre o triplex luxuoso, divulgando que a geladeira comprada para o apartamento custara R$ 10 mil. O microondas, R$ 5 mil. O forno elétrico, outros R$ 9 mil. No "mercado de luxo", a OAS teria até encomendado uma "escada em caracol" por R$ 24 mil.
A realidade no interior do triplex, como se vê nas imagens do MTST, é outra: o imóvel em estado de deterioração possui em sua cozinha modesta um fogão de piso com 4 bocas, comprado lá em 2014. Segundo um laudo da Polícia Federal feito março de 2016, o mesmo eletrodoméstico custava menos de 10% do que informou o Estadão: R$ 845,00. O microondas, R$ 574,00. A escada em caracol? Nunca foi instalada, mas seu valor entrou na conta que Lula foi obrigado a pagar.
Dois anos depois da matéria, com Lula às vésperas de ser julgado em segunda instância, o mesmo jornal divulgou outro texto, entitulado "Por dentro do triplex", onde consta link para o laudo da PF de 2016, com os valores empregados pelos procuradores de Curitiba na denúncia apresentada a Sergio Moro.
Comparando o relatório da PF e a denúncia do Ministério Público, é possível detectar uma omissãopor parte dos procuradores: eles não inseriram na peça que foi levada a julgamento os trechos em que os peritos que visitaram o apartamento alertaram para "possíveis discrepâncias" e "divergências" entre o que constava no orçamento da reforma e o que, de fato, parecia ter sido realizado.
No relatório, a PF escreveu que, por considerar uma tarefa muito difícil, não averiguou se os valores que constavam em contratos e notas fiscais referentes à reforma, que estavam em posse da Lava Jato, correspondiam aos serviços no imóvel em termos quantitativo e qualitativo.
O laudo falava em "dificuldade" em enxergar parte das melhorias que foram contratadas, e deixou claro que, mesmo diante dessa percepção, a PF assumiu os documentos recebidos dos investigados como se fossem verdadeiros, e se limitou a listar no relatório o que encontrou na vistoria, sem fazer comparação com preços de mercado. Os federais deixaram a cargo dos donos da acusação a iniciativa de solicitar uma perícia específica para isso, o que não ocorreu.
A questão é delicada porque, no final das contas, o MPF imputou a Lula um triplex de R$ 2,4 milhões, em valores atualizados. E na sentença de Moro, este problema ganhou uma dimensão ainda maior quando o juiz descontou o montante de um suposto "caixa geral" de propina da OAS com o PT, no valor de R$ 16 milhões.
OS NÚMEROS DA CONSTRUÇÃO E REFORMA
A Lava Jato condenou Lula por um triplex de R$ 2,4 milhões. Neste valor estão inclusos R$ 1,147 milhão do imóvel, mais R$ 926 mil da reforma e outros R$ 350 mil em móveis e eletrodomésticos, que totalizam outros R$ 1,2 milhão.
Os R$ 1,147 milhão sairam da diferença entre uma cota parte que dona Marisa Letícia tinha junto à Bancoop (e que lhe daria direito a um apartamento no Condomínio Solaris) e o valor médio do triplex em 2014, que era de R$ 926 mil. Ou seja, naquele ano, o imóvel teria custado a Lula, nas contas da Lava Jato, R$ 717 mil.
Na denúncia, os procuradores atualizaram todos os valores para o ano de 2016, por isso o valor de R$ 717 mil saltou para R$ 1,147 milhão.
Nos valores de 2014, a reforma custou R$ 777 mil e as aquisições junto à Kitchens e Fast Shop, R$ 293 mil (descontando um calote que é abordado mais abaixo).
A TALLENTO
A Tallento - empresa que ajudou os procuradores, com documentos e delações, a sustentar que o triplex havia sido "customizado" para o "cliente" Lula - só havia trabalhado em parceria com a OAS construindo stands e apartamentos decorados. Jamais havia feito, a pedido da empreiteira, qualquer reforma de interiores. Ainda assim, curiosamente, ganhou o direito sobre a obra que seria destinada a um ilustre ex-presidente.
Segundo os autos, a Tallento foi indicada por um funcionário da própria OAS Empreendimentos, e emitiu notas comprovando o recebimento de R$ 777 mil para fazer a obra em 3 meses, entre julho e setembro de 2014.
Apenas a leitura do relatório da PF e da denúncia do MPF é insuficiente para decifrar como exatamente a Tallento empregou os recursos orçados para a reforma. 
O relatório da PF informa apenas que a maior parte desse valor foi usada na "execução de serviços de cobertura", provavelmente relacionada à área do deck com piscina. Além disso, estaria incluso nele a compra (tomada da GMV, uma empresa de Curitiba) e instalação (da TNG, de São Paulo) de um elevador privativo, que se deu entre outubro e novembro. (Ele não aparece em alguns vídeos do MSTS, mas no do UOL, sim). 
Na página 115 da denúncia há uma lista genérica com os serviços que teriam sido feitos em cada cômodo do apartamento, sem valores correspondentes.
No laudo pericial, a PF escreveu que algumas "obras descritas nos orçamentos elaborados pela empresa Tallento sejam de dificílima constatação".
Quanto ao que conseguiu identificar na reforma, a PF destacou a "instalação de um elevador hidráulico interno ao apartamento, instalação de pisos rodapés, pintura geral, construção de uma cobertura metálica no último pavimento, e a alteração de leiaute [sic] com remoção e a inclusão de paredes escadas, fato que ocasionou acréscimo de área útil privativa."
Sobre o valor alto, a PF anotou que poderia estar relacionado a uma série de fatores "desconhecidos", como "pressa na execução da obra pelo contratante, marca da empresa contratada que está associada ou não garantia de qualidade da obra. possível relacionamento prévio entre as empresas ou interesse em estabelecer algum tipo de parceria, bem como habilidade negociar ou outros aspectos de difícil ou impossível mensuração, que são fundamentais para definição dos preços."
Por conta disso, o valor que caracteriza o triplex como luxuoso, na mídia, "não foi objeto deste laudo". A PF preferiu não "comparar os valores pactuados entre as empresas a preços praticados no mercado da construção civil", sustentado que tratava-se de uma negociação entre empresas privadas.
"Assim, os peritos focaram em identificar efetiva execução dos serviços orçados. (...) Independente de algumas divergências detectadas entre quantitativos orçados e executados, ou de alguma possível discrepância entre os valores dos serviços contratados com os de mercado, custo estimado da reforma efetivamente aplicada no imóvel corresponde aos valores negociados entre as empresas efetivamente pagos conforme as notas fiscais constantes. Portanto, valor contratado de R$ 777.189,13 considerado pelos Peritos como valor estimado da reforma."
KITCHENS
A Kitchens, empresa que fez os móveis, cobrou R$ 320 mil por armários de cozinha, área de serviço, 4 dormitórios, 2 banheiros um lavabo, além da churrasqueira. A FastShop emitiu notas que somam apenas R$ 7,5 mil em eletrodomésticos.
Nas mãos dos procuradores, os valores foram atualizados para R$ 342 mil e R$ 8,9 mil, totalizando R$ 350 mil.
Uma arquiteta consultada pelo GGN, que preferiu não ser identificada, analisdou as imagens feitas pelo MTST e pelo UOL, e avaliou que os móveis pareciam de "baixo padrão", "com acabamentos que parecem ser de construtora. Apenas pessoas que não podem investir muito mantém esses acabamentos." 
O relatório da PF, de 2016, já mostrava o estrago nas prateleiras instaladas acima da churrasqueira e sinalizava uma série de estragos que não deveriam existir se o projeto fosse de "qualidade", pois incluiam infiltrações internas e externas em áreas que deveriam ter sido impermeabilizadas, segundo o projeto.
A Kitchens foi escolhida, de acordo com o MPF, porque havia feito a obra do sítio de Atibaia.
Os documentos da Lava Jato mostram que, embora ela tenha cobrado R$ 320 mil pelos móveis, ela tomou um calote de cerca de R$ 33 mil da OAS, e acionou a Justiça por conta disso. Ainda assim, o valor global do contrato foi contabilizado no custo final do "triplex de luxo" e cobrado de Lula.
Isso mostra que a tática da Lava Jato para inflar o preço do triplex foi a de recolher as notas fiscais e comprovantes de pagamentos que atestam a relação comercial entre a OAS e empresas escolhidas a dedo para a reforma e decoração; somaram tudo, sem apurar a fundo, e depois atualizaram para valores de 2016.