quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SEAN PENN É EMBAIXADOR PARA DESCRIMINALIZAÇÃO DA FOLHA DE COCA


Ator americano foi nomeado pelo presidente boliviano Evo Morales e defende a preservação de uma tradição histórica do país andino. 

Agência Brasil

O presidente da Bolívia, Evo Morales, nomeou o ator norte-americano Sean Penn, de 52 anos, vencedor duas vezes do Oscar, como embaixador do país em defesa de temas considerados relevantes na política interna. Sean Penn deverá representar a Bolívia na defesa da descriminalização da folha de coca, da tradição de cultivo e consumo entre os indígenas da região e na disputa com o Chile por uma saída para o mar.
Penn também terá a missão de negociar com as autoridades norte-americanas a extradição do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-2003), para que ele responda sobre denúncias de crimes contra a humanidade cometidos no país.
"Nosso presidente [Evo Morales] pediu a Sean Penn para se tornar embaixador de nossas causas nobres para o mundo", disse o ministro da Cultura da Bolívia, Juán Manuel Quintana, após reunião entre Morales e o ator norte-americano.
Segundo Quintana, Sean Penn é conhecido por sua militânica em defesa de “causas humanas” e um importante mediador internacional. “Podemos assim fazer progressos significativos no contexto internacional", acrescentou.
O ministro disse também que Morales pediu ao ator que colabore na defesa da preservação da “tradição histórica” da Bolívia em relação à folha de coca. O presidente boliviano é favorável à descriminalização, pois há um hábito no país de mastigar a folha. O governo faz uma campanha internacional em favor da medida, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca.
"O presidente explicou a Penn o valor tradicional e histórico desde o uso, pelos nossos ancestrais, da folha de coca, o direito do povo boliviano de preservar esse recurso natural e o direito dos povos indígenas da mastigação da folha", ressaltou o ministro.
Penn visitou a Bolívia e quis saber das ações para a reconstrução do Haiti. O país foi devastado em 2010 por um terremoto que matou mais de 200 mil pessoas e deixou mais de 1,5 milhão sem casa.
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SERRA PARA AÉCIO: RENOVAÇÃO É COISA DO PT



Saiu no Estadão: APÓS DERROTA, SERRA DIZ A TUCANOS QUE RENOVAÇÃO É COISA DO PT

Por telefone e e-mail, candidato derrotado do PSDB procurou aliados e reclamou de declarações públicas em defesa de novos quadros partidários para disputas futuras
Bruno Boghossian e Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo
O candidato derrotado do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, procurou integrantes do seu partido para reclamar da tese da renovação que passou a ser defendida por parte dos tucanos, na esteira do resultado das urnas.
Na segunda-feira, 29, um dia depois da derrota, Serra telefonou e enviou e-mails para ex-integrantes de sua campanha e aliados no PSDB paulista. Afirmou que a defesa da renovação era um tema que interessava apenas ao PT e reclamou das declarações feitas pelos integrantes do partido que defenderam publicamente mudanças no quadro partidário.
Segundo o Estado apurou, Serra disse que o PSDB estava se submetendo a uma estratégia dos petistas e que as declarações de defesa dessa tese eram uma traição à sua candidatura.
O tucano argumenta que entrou na disputa municipal depois de ser pressionado pelo partido, alegando que ele seria o melhor quadro para vencer o PT – a decisão também serviu a Serra, que, naquela ocasião, enfrentava certo isolamento partidário.
Serra também fez críticas duras a declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, antes mesmo do fim da votação, afirmou que “a renovação é necessária sempre e o Brasil está mostrando isso mais uma vez”.
“O Serra é mais jovem do que eu e ainda tem a possibilidade de continuar a sua carreira, mas o partido, no geral, precisa de renovação. O momento é de mudança de gerações. Isso não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer. Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente”, disse o ex-presidente, no domingo.
A tese da renovação passou a ser defendida por políticos do PT e do PSDB após a vitória em São Paulo de Fernando Haddad (PT), cuja candidatura foi uma operação deflagrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula acreditava que, para ganhar na capital paulista, o partido deveria apresentar um nome novo e que tivesse maior inserção na classe média – desde 2000, o PT tinha como candidata em São Paulo a ministra Marta Suplicy (PT). No PSDB, desde 1996, Serra e o governador Geraldo Alckmin se revezam como candidatos a prefeito.
Outros fatores. Na avaliação que o candidato derrotado do PSDB fez a seus aliados, a derrota não se deu por uma questão de idade, mas sim por fatores que passariam pela má avaliação da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e por sua renúncia ao mandato de prefeito em 2006, um ano e três meses depois de assumir o cargo, para disputar o governo do Estado.
Serra procurou seus principais aliados para debater a questão. Vários deles passaram, então, a criticar o discurso da renovação. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou a tese da “novidade” anteontem.
“Muitos daqueles que hoje falam ‘ah, o novo’ imploraram para José Serra ser candidato a prefeito de São Paulo”, disse Aloysio, na tribuna do Senado.
O ex-governador Alberto Goldman diz que o partido não deve mirar a idade para escolher seus quadros. “Dizem que a renovação é a escolha de pessoas jovens, mas isso é bobagem”, afirmou o tucano.
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SENADOR TUCANO CHAMA COLEGAS DE LADRÕES

O senador Jarbas Vasconcelos uma vez disse que o PMDB era um partido de corruptos. E não deu nomes. Vamos ver …

Um discurso do senador Mário Couto (PSDB-PA), na tribuna do Senado, chamando os parlamentares de “ladrões”, dizendo que a corrupção é generalizada na política brasileira, e defendendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a evolução patrimonial de todos os deputados e senadores, na tarde desta terça-feira, provocou protestos de seus pares. O tucano elogiou o julgamento do mensalão, mas afirmou que ele não é suficiente.
- São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão. Estão ricos porque roubaram do povo – afirmou Couto, aos berros, como de costume, na tribuna do Senado.
A primeira a se manifestar foi a líder do PSB, senadora Lídice da Mata (BA), que reagiu ao discurso do tucano:
- Não aceito esse tipo de pronunciamento. Meu partido tem senadores dignos, honestos.
Líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR), tentou colocar panos quentes. Ele não ouviu o discurso do correligionário, mas tentou minimizá-lo:
- Ele não fez referência a nomes. Não acredito que ele tenha generalizado. Talvez não tenha sido bem entendido.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que presidia a sessão, também protestou:
- Eu corroboro (com a senadora Lídice da Mata). Ele generalizou, sim.
Horas depois, Couto voltou ao plenário para reclamar de suposta censura do Senado ao seu discurso. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que tomaria providências.
- Eu quero que a palavra ladrão esteja contida no meu pronunciamento. É um direito democrático que eu tenho.
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O ENIGMA EDUARDO CAMPOS

Edição/247:

Esse modesto post se inspira em conversas que o ansioso blogueiro mantém ao longo de anos com um sábio pernambucano, Fernando Lyra.
As besteiras aqui proferidas são do ansioso blogueiro.
O que houver de inteligente é dele.
O Tempo é um cálculo mais importante para o político do que para o advogado ou o Usain Bolt.
A política brasileira vive hoje uma clara troca de gerações.
O Cerra, por exemplo, é o último político do regime autoritário – e se recusa a ir embora, a tomar o ônibus.
O Lula não conta.
É um fenômeno fora da curva e além das analises rasteiras do PiG.
Até domingo, a “nova geração” tinha duas estrelas: Eduardo Campos e Aécio.
Surgiu outra: Fernando Haddad.
Mas, Haddad está fora do campeonato federal até 2016.
Aécio perdeu o Tempo.
O Tempo dele foi 2010.
Rompia com o Cerra, rachava o PSDB e se impunha como Governador do segundo maior colégio eleitoral do país.
Perdeu o Tempo.
Agora, é um obscuro Senador e o PSDB só ganhou a eleição na GloboNews.
E tem o encosto do Cerra, que se sentiu revigorado com a derrota e “vai seguir em frente”.
As possibilidades de Aécio e do PSDB numa campanha presidencial são remotas.
Aí, entra o Eduardo Campos.
Clique aqui para ler “Eduardo é Dilma.”
Ele dá de 10 a 0 no Aécio.
Como administrador, como líder político, como jeito.
É mais Tancredo que o neto.
E faz uma carreira pelo centro, com leve, suave inclinação para a esquerda.
Pendularmente, entre o centro e a centro-esquerda.
O Tempo de Eduardo é 2014.
Em 2018 … quem sabe ?
Fora do Governo de Pernambuco, com o Haddad e outros postes no caminho…
Mas, Eduardo não vai sair candidato a Presidente só com o PSB.
Não tem tempo de tevê, bala, nem penetração nacional.
Ele só sairia presidente se o Aécio trouxesse o PSDB, e aceitasse ser vice.
Aí, seria um estrago sério à Dilma.
Vinham o PTB, o PR, o PDT, os DEMOs, ainda mais agora que a Cristiana Globo descobriu que o ACM, a vanguarda do atraso – II, é um inovador !
Mas, o Aécio tem que tomar o PSDB e aceitar ser vice.
E fazer São Paulo curvar-se a Minas e, mais ainda, a Pernambuco.
Senão, o Eduardo não sai.
E, aí, se sair, e se a coisa ficar complicada, o Lula, agora mais forte ainda – ele só perdeu na GloboNews –, pede licença à Dilma e concorre contra o Eduardo.
Porque ele já prometeu que um tucano não volta ao Palácio do Planalto – nem como vice.
Se o Aécio não trouxer o PSDB e não quiser ser vice, aí o Eduardo fica onde está.
Leal e fiel à Dilma, como tem sido o PSB, desde que o Lula foi candidato em 1989 e o presidente do partido era Miguel Arraes.
Pernambuco tem o direito de aspirar à Presidência ?
Claro !
(Lula é um híbrido.)
É uma questão de Tempo.
2014 ?
Parece difícil.

Paulo Henrique Amorim
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Por que o Furacão Sandy é resultado do aquecimento global


Sandy na noite de 28 de outubro, em foto de satélite


As mudanças climáticas funcionam como esteroides nos fenômenos. 33 mortos nos EUA, 69 no Caribe.

Por: Kiko Nogueira

Sandy, a tempestade tropical mais devastadora das últimas décadas, foi apelidada carinhosamente de Frankenstorm. Com ventos de 140 quilômetros por hora, cidades alagadas, mortos, desabrigados e alertas oficiais de catástrofe, ela colocou no olho do furacão, com o perdão do trocadilho, a questão do aquecimento global, assunto solenemente ignorado pelos candidatos a presidente (por ora, claro). As mudanças climáticas amplificam a intensidade e a duração dos fenômenos. Segundo a cientista americana Amanda Staudt, da Federação Nacional da Vida Selvagem, o aquecimento global funciona como “esteroides para furacões”.
Ou seja, o impacto de Sandy está sendo intensificado pelas temperaturas alteradas da atmosfera. O diretor da Seção de Análise do Clima do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR em inglês, entidade acima de qualquer suspeita, bancada pelo governo americano e por empresas privadas), Kevin Trenberth, afirma que “as temperaturas da superfície do mar ao longo da costa do Atlântico têm subido mais de 3 graus Celsius acima do normal”. Ele continua: “O aquecimento global fornece um novo pano de fundo, no sentido de aumentar os riscos de furacões mais ativos”.
Mike Tidwell, diretor da Rede de Ação Climática de Maryland e autor do livro The Ravaging Tide (A Maré Devastadora), é taxativo. “Nós já aquecemos o planeta”, diz. “Todo mundo sabe disso. Todos concordam que os oceanos estão mais quentes? Que as temperaturas terrestres têm se elevado? Que há mais umidade no ar? A resposta é sim. Portanto, é impossível ter uma super-tempestade que não possua a impressão digital da mudança climática sobre ela.”
Sandy já matou pelo menos 69 pessoas no Caribe. Jamaica, Cuba, Bahamas, Haiti e República Dominicana foram atingidos. Os voos partindo do Brasil para a Costa Leste dos EUA foram cancelados. Trinta e três morreram nos Estados Unidos. O número de voos suspensos foi de 10 mil. O prejuízo é calculado entre 10 e 20 bilhões de dólares, talvez a catástrofe natural mais cara do país desde sempre. O metrô de Nova York foi paralisado pela segunda vez na história.
Sandy passará, mas pode haver estragos no futuro por causa do que alguns cientistas chamam “novo normal” das condições climáticas. E não só na América do Norte. Ou você achava que Sandy e Junior eram nosso maior desastre natural?
Selecionamos algumas imagens da tormenta. Como diz o poeta alemão Rainer Maria Rilke nas Elegias de Duíno: “Pois o belo apenas é o começo do terrível, que só a custo podemos suportar, e se tanto o admiramos é porque ele, impassível, desdenha destruir-nos. Todo Anjo é terrível.”


Em Havana


O que sobrou da montanha russa do Casino Pier, em Nova Jersey


Em Southampton, estado de Nova York


Uma das imagens da Nasa


Em Nova Jersey


Em Atlantic City


O Battery Park, em Nova York


A parede desmoronada de um prédio em Nova York


Os bombeiros tentam pôr ordem no caos


Times Square vazia


Em Miami, deu onda


Frankenstorm chegou…


… e Obama não foi poupado

TÓPICOS SANTARENOS


No Blog do Manuel Dutra

Uma pergunta que ouvi em Santarém nestes dias: o que fazia o vice-governador Helenilson Pontes sorridente ao lado de Zenaldo e Jatene, perambulando pelas ruas enlameadas das baixadas de Belém durante a campanha? Zenaldo e o governador, em parte, basearam a campanha tucana da vitória do NÃO no plebiscito do Tapajós e Carajás. E assim mesmo Helenilson se diz “separatista”, rsrs. Em Santarém, Óbidos, Monte Alegre, Itaituba essas imagens estão gravadas para a ocasião oportuna.
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Boa Vista, Rio Branco, Manaus, Santarém e Belém. Nas praças destas cidades tenho visto equatorianos, peruanos, colombianos e haitianos vendendo banana frita, tocando e cantando para angariar alguns trocados ou simplesmente mendigando um real ou mesmo um cigarrijo. Perguntei a vários deles de que país vieram. Nenhum disse ser venezuelano. Por que será que venezuelanos não vêm mendigar no Brasil? O último venezuelano que vi por estas bandas faz um tempão, era o Seu Figarella, funileiro em Santarém. Nunca mendigou.
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Outra que está anotada para verificação dentro de um mês: O prefeito eleito de Santarém, deputado Raimundo Vasconcelos, aliás Raimundo Alexandre de Vasconcelos Von, prometeu acabar com a farra das secretarias do governo Maria II, adiantando apenas que criaria uma secretaria da Juventude, etc. Pelo andar da carruagem, o plano de “enxugamento” administrativo já foi pro brejo. Na Câmara haverá 21 vereadores de 13 partidos. Se for uma secretaria para cada partido da “ba$e”, já há uma a mais. Só uma mesmo, rsrs?
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Ninguém sabe, ninguém viu. A mídia de Santarém nada tem falado sobre aquele imenso desmatamento à margem da Estrada do Aeroporto. Área de proteção próxima e a praia da Salvação já estão sendo ameaçadas. O lago do Juá, adeus. Lembrando o asfaltamento da praia de Alter do Chão, parece que há uma intensa campanha para acabar com aquelas belezas naturais que tanto o Maestro Isoca como outros poetas transformaram em letra e música. Santarém parece ser o único lugar do mundo que recebe milhões do Banco Mundial para estruturar o turismo, ao mesmo tempo que destrói aquilo que interessa aos turistas. Tá na hora do The Guardian, da Inglaterra, fazer outra reportagem, acrescentando que, sendo uma das mais belas praias do mundo, Alter do Chão e muitas outras belezas naturais estão entregues à especulação destrutiva.
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Primeiro político italiano a se assumir gay é eleito governador da Sicília

Nas eleições regionais deste domingo (28/10), o representante do Partido Democrata venceu o candidato do ex-premiê Silvio Berlusconi, Nello Musumeci, e do movimento Beppe Grillo, que ironiza a política do país, Giancarlo Cancelleri.
[Plataforma política de Crocetta é de combate à máfia]
“Vou governar de uma forma totalmente nova. Hoje a história da Sicília mudou, pois ganhou um partido que enfrenta a máfia”, afirmou Crocetta.
O novo governador da Sicília é católico e foi prefeito da cidade de Gela, que tem pouco mais de 72 mil habitantes. “No primeiro dia de trabalho, demitirei alguns consultores que ganham grandes quantidades de dinheiro por tarefas que não são necessárias.”
O pleito na Sicília foi antecipado para este mês depois que o primeiro ministro, Mario Monti, obrigou o então governador, Raffaele Lombardo, a pedir demissão por relação com a máfia.
Assim como boa parte da Itália, a região da Sicília passa por delicado momento economicamente, fator que é considerado um dos motivos para o avanço da esquerda no país.
Para evitar nova derrota nas eleições gerais de 2013, o partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, convocou primárias para 16 de dezembro. “Se não queremos que a esquerda governe a Itália, temos que unir esforços”, afirmou o secretário-geral do PDL, Angelino Alfano.
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Opinião Pública derrota a opinião publicada

Problemas que afligem a classe média



Pode ser chocante para vocês, 83% dos brasileiros, mas eu não tenho um smartphone. Se alguém quiser fazer uma doação, fique à vontade, mas garanto que não sofro com minha condição trágica e dantesca.
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CHARGE

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Presidenta recebe prefeito eleito de São Paulo

Presidente Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

No Blog do Planalto
A presidenta Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira (29) o prefeito eleito do município de São Paulo, Fernando Haddad. Ele afirmou que o encontrou serviu para, além de agradecer o apoio da presidenta, estabelecer uma rotina de trabalho.
O prefeito eleito ressaltou a importância de se criar um grupo de trabalho o quanto antes para iniciar a discussão sobre as parcerias que foram anunciadas no plano de governo apresentado durante a campanha, para que sejam implementadas o quanto antes. Haddad, antes de voltar para São Paulo, ainda visita o Ministério da Educação.
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VERDE QUE TE QUERO VERDE

Após o Oficial de Justiça de Oriximiná, levar a intimação para que o prefeito eleito Luiz Gonzaga PV, compareça perante o Juiz para esclarecer as pesadas acusações recheadas de provas, de compra de votos e abuso do poder econômico nestas eleições, ele desapareceu da cidade.
Informações dão conta de que orientado por seus advogados, o prefeito Luiz Gonzaga fugiu da cidade e ninguém sabe para onde ele foi, desde as primeiras horas desta manhã de segunda (29), o Prefeito tem paradeiro ignorado até mesmo por seus familiares.
Luiz Gonzaga PV, foi vencedor da eleição em Oriximiná, mas derrotado na cidade e eleito com os votos do interior do município, após a apuração, apareceram centenas de denuncias de compra de votos contra Gonzaga, que corre sério risco de ser inclusive preso.
Após a Justiça examinar as denúncias e minuciosamente se debruçar sobre as provas que pesam contra Luiz Gonzaga, o Juiz da cidade mandou citar ele para que seja dado o amplo direito de defesa ao denunciado, como manda a Lei, mas Gonzaga fugiu para não se defender.
Essa atitude do Prefeito demonstra certa culpabilidade, pois ao fugir do oficial de justiça, pode lhe acarretar em sérias conseqüências, inclusive, um pedido de prisão feito pelos denunciantes, que caso o juiz acate pode ser muito pior para Luiz Gonzaga.
A população da cidade, inclusive os aliados do prefeito, fazem neste momento uma grande manifestação em Oriximiná, em busca de encontrar o fujão e ajudar para que o Oficial de Justiça, consiga notifica-lo e assim conseguir que ele faça a sua defesa perante as acusações que pesam contra sua pessoa.
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Morreremos por nossas terras, diz liderança Guarani Kaiowá do MS



“Estamos sendo encurralados, prejudicados, massacrados através dos jornais e das decisões dos juízes”. A frase de Ládio Veron em depoimento para a Carta Maior vem para reforçar uma carta escrita por indígenas guarani kaiowás de Pyelito Kue, no Mato Grosso do Sul, sobre a disposição de lutarem até a morte caso tentem despejá-los de suas terras, conforme indica decisão da Justiça Federal de Navirai-MS, em 29 de setembro. A situação jurídica do local segue em impasse, assim como das aldeias Passo Pirajú e Potrero Guasu.
Ládio viajou a São Paulo nesta sexta-feira (26) com intuito de aumentar a rede de solidariedade aos guarani kaiowás. Ele reforçou que a luta do seu povo não é somente contra os despejos, mas pela demarcação definitiva das terras indígenas. Segundo a liderança, existem 49 aldeias prontas para serem reconhecidas como terra indígena, mas foram embargadas pelo Supremo Tribunal Federal. A demora da Funai para realização dos estudos antropológicos também é motivo, segundo ele, para o aumento dos conflitos.
“A cana que hoje está sendo plantada lá e colhida como etanol já é misturada com sangue indígena Guarani Kaiowá”, disse o cacique. Ele se refere ao peso do agronegócio na região que teve uma guinada após acordo do ex-presidente brasileiro Lula com ex-presidente dos Estados Unidos Georg Bush sobre a produção de biocombustíveis.
As ameaças e os despejos em si são constantes na região. Nos últimos dez anos, a quantidade de terras demarcadas diminuiu, e, assim, aumentou a instabilidade dessas populações. Quando não são praticados oficialmente, os despejos são realizados à bala por jagunços, como relatam os próprios indígenas.
A ausência de floresta para sua subsistência, a utilização de agrotóxico nas plantações de cana e soja que contamina o solo e gera doenças, as ameaças de morte e diversos tipos de violência praticadas contra esta população são marcas do Mato Grosso do Sul. Nesta mesma quarta-feira (24), uma indígena de Pyelito Kue foi abusada sexualmente por oito homens em uma fazenda, conforme denunciaram os indígenas. Aquele é o estado com maior índice de indígenas assassinados - cerca de 500, sendo 270 lideranças, em dez anos.
Diante da boa receptividade da luta dos indígenas nas redes sociais, várias atividades foram programadas. Em 18 cidades foram agendados atos de solidariedade, entre os dias 27 de outubro e 9 de novembro. As iniciativas podem ser conhecidas no site http://solidariedadeguaranikaiowa.wordpress.com, assim como os apoiadores das causas dos guarani kaiowás podem tomar contato com suas ações pelo perfil do Aty Guasu no Facebook.
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PT vence em 16 cidades com mais de 200 mil eleitores

O PT conquistou 16 prefeituras em municípios com mais de 200 mil eleitores. PMDB irá comandar o Executivo em 1.022 cidades com eleitorado menor.

Rosanne D'Agostino

O Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou, nas eleições municipais encerradas neste domingo (28), o maior número de prefeituras em cidades grandes, mas a sigla perdeu eleitos em comparação com a última eleição.
Dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, a sigla venceu a disputa em 16, incluindo a maior delas, São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad derrotou José Serra (PSDB). em 2008, haviam sido 20 prefeituras nas cidades grandes.
O segundo partido que mais conquistou cidades com mais de 200 mil eleitores foi o PSDB (15). A legenda avançou em comparação com a última eleição, quando obteve 13 eleitos. A seguir aparecem PSB, com 11, e o PMDB, com 9. Este último foi o que mais perdeu entre as grandes cidades. Em 2008, a sigla elegeu 17 prefeitos.
O PMDB foi vitorioso, porém, nas cidades pequenas, com eleitorado abaixo de 200 mil, e vai comandar 1.022 prefeituras, contra 687 do PSDB, 620 do PT, 493 do PSD e 464 do PP. Nestas cidades, o PMDB avançou, e o PSDB perdeu prefeitos. Em 2008, as legendas elegeram, respectivamente, 1.192 e 782 prefeitos.
PSB lidera nas capitais
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições municipais de 2012. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. O PSDB foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país.
Pela primeira vez na disputa eleitoral nos municípios, o Partido Social Democrático (PSD) elegeu o prefeito de uma capital do país. Cesar Souza Júnior venceu o segundo turno em Florianópolis (SC). (Veja o resultado completo das eleições em Florianópolis)
Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu neste domingo (28) seu primeiro prefeito em uma capital do país. Clécio Luís (PSOL) é o novo prefeito de Macapá (AP)com 101.261 votos, o equivalente a 50,59% dos votos válidos. (Veja o resultado completo das eleições em Macapá)
PMDB e PSDB encolhem; PT e PSB avançam
No país, PMDB e o PSDB lideram o ranking de prefeituras conquistadas pelos partidos em 2012, embora tenham tido menos prefeitos eleitos nas eleições municipais deste ano em comparação com o pleito de 2008
O PT, que ocupa o 3º lugar do ranking, conseguiu conquistar mais prefeituras do que em 2008. Já o PSD sai de sua primeira eleição municipal na 4ª posição, com 497 prefeitos eleitos.
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O TAMANHO DA VITÓRIA DO NUNCA DANTES


O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.
O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.
O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.
O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.
O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.
Caiu a Stalingrado tucana.
O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.
O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.
Falta cair Moscou.
O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.
Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.
O Nunca Dantes derrotou o Supremo.
Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.
O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.
O Nunca Dantes derrotou os 18′.
A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.
Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.
O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.
O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.
O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.
O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.
Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.
O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.
A derrota de Haddad seria um tiro no peito.
Por isso o PiG e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.
No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.
Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.
Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo.

Paulo Henrique Amorim
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Como Lula escolheu Haddad para concorrer à prefeitura


Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo

Mil duzentas e quarenta e seis páginas com anotações feitas a lápis desapareceram na Universidade de São Paulo (USP). De tão detalhados, os apontamentos escritos na margem de cada folha, dos dois lados, pareciam fazer parte do livro Economia e Sociedade , de Max Weber, que sumiu na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Fernando, fã de Paul McCartney e dono do livro, chegou em casa inconformado. “Estela, roubaram o meu Weber. É inacreditável! Todas as minhas anotações viraram pó”, disse ele para a mulher. “Roubaram? Mas onde estava o livro?”, insistiu Estela, curiosa. “No estacionamento. Dentro do carro”, respondeu Fernando, de supetão. Sem entender nada, ela prosseguiu o interrogatório. “E o que aconteceu com o carro? ” A conclusão foi lógica: “Ué, roubaram também”.
O Fernando do livro é Fernando Haddad, novo prefeito de São Paulo. O “Santana” velho de guerra de “Dandão”, seu apelido na juventude, foi furtado em 1995, época do doutorado em Filosofia, na USP. Dezessete anos depois, porém, ele só se lembra das anotações perdidas naquela edição especial da Fondo de Cultura Económica. “Você não tem ideia do que é ler aquele livro inteiro e anotar…”, diz o ex-ministro da Educação, professor licenciado de Teoria Política na USP. Ana Estela, casada com Haddad há 24 anos, já está acostumada com essas divagações. “Ele não liga para coisas materiais. Essa parte é comigo. “
Escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para representar a nova geração do PT, pós-mensalão, Haddad agora só tem tempo para ler relatórios sobre São Paulo. “Comprei na Bienal aquele livro do Mandela, mas está no meu criado-mudo. Confesso que durmo a cada cinco páginas”, afirma, rindo, o filho de imigrante libanês
Foi às margens do Lago Paranoá, em Brasília, que começou a ser desenhada a candidatura de Haddad, um calouro na política, a exemplo da presidente Dilma Rousseff. A conversa que selou o destino do então ministro da Educação ocorreu num almoço no Gazebo, especializado em comida francesa, em março de 2011. Os emissários de Lula foram o presidente do PT paulista, Edinho Silva, o vice-presidente do partido, Rafael Marques, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e o vereador Alfredinho (PT). “O chefe mandou construir a sua candidatura. E aí, você topa?”, perguntou Marinho. “Eu topo. Estou à disposição”, respondeu Haddad. “Então, vamos discutir as tarefas que você tem de executar. Vamos montar o grupo de apoio para sustentá-lo, mas a liderança tem de ser sua. ” Com os tradicionais nomes do PT desgastados, muitos fora de combate desde o escândalo do mensalão, em 2005, Lula fazia planos para Haddad havia algum tempo. Chamava-o de “menino de ouro” e chegou a sondá-lo para concorrer ao governo paulista, em meados de 2009, quando já articulava a candidatura de Dilma à Presidência. “Mas eu ainda não tinha encerrado o meu ciclo em Brasília”, diz o candidato.
A crise do mensalão foi o passaporte de Haddad para o comando do Ministério da Educação (MEC), em 29 de julho de 2005. Foi nesse dia que ele assumiu a cadeira de Tarso Genro, convocado às pressas por Lula para presidir o PT, que teve a cúpula dizimada. “Meu filho, mas você aceitou ser ministro com o governo nessas circunstâncias?”, indagou dona Norma, mãe de Haddad, preocupada com a nomeação. “Mãe, se não fossem essas as circunstâncias, nunca me ofereceriam o ministério”, reconheceu ele.
No fim de 2010, com Dilma já eleita, Haddad estava de malas prontas para retornar a São Paulo, decidido a entregar o cargo, quando Lula fez a proposta que mudou sua vida. “Eu pensei no Fernando como pensei na Dilma. Eu disse a ele: o PT precisa de um nome novo, com um perfil como o seu, para atrair a classe média e ser candidato a prefeito de São Paulo”, conta o ex-presidente.
Haddad se entusiasmou, mas expôs uma dúvida: “Há espaço no PT para discutir essa tese? ” Lula admite que “não foi uma tarefa fácil” convencer o partido a aceitar o pupilo e, por isso, pediu ajuda a Marinho. “Diziam para mim: ‘Ele nem cumprimenta a gente’. Eu respondia: ‘Ele é tímido’. “
Apesar de filiado ao PT desde 1983, Haddad não era da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), do próprio Lula e de José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil e réu do mensalão. Além disso, havia assinado, em 2005, um manifesto do grupo Mensagem ao Partido, liderado por Tarso, pregando a “refundação” do PT, na esteira da crise. “Foi aquele terremoto político que desencadeou a renovação de quadros no PT”, comenta Tarso, hoje governador do Rio Grande do Sul.
Os capítulos seguintes desse enredo tiveram momentos de alta tensão. Favorita nas pesquisas para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que chegou a flertar com o PT, a então senadora Marta Suplicy queria ser candidata. Com rejeição na faixa de 30%, foi preterida por Lula, pressionada por Dilma e obrigada a desistir da prévia, que nunca saiu do papel.
Na conversa com ele, em 3 de novembro, Marta chorou. “Eu não entendo, Lula, o que você tem contra mim”, desabafou a ex-prefeita.
Os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy também se retiraram do páreo, a pedido do ex-presidente. “Quando me chamou, Lula falou assim: ‘O Fernando implantou o ProUni e fez excelente trabalho. Para ganhar a classe média, tem de ser bonitinho, são-paulino e uspiano’”, recorda Tatto. “Ele achava que os votos da periferia já eram nossos e ninguém contava com Russomanno. Foi o nosso erro. ” Magoada, Marta boicotou a campanha por quase dez meses e só foi para as ruas um dia antes de virar ministra da Cultura. Para apoiar Haddad, o deputado Paulo Maluf (PP) – que está na lista de procurados da Interpol – exigiu uma fotografia com Lula, no jardim de sua mansão. Era o preço da aliança, que garantiu ao candidato do PT 1 minuto e 35 segundos na propaganda eleitoral de TV, a perda da deputada Luiza Erundina (PSB) como vice da chapa e uma queda de dois pontos porcentuais nas pesquisas. Erundina desistiu da dobradinha com Haddad 24 horas após o anúncio da coligação com Maluf. “Não preciso ser vice para fazer política”, protestou. Presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, abriu mão da vaga para o PC do B de Nadia Campeão, sob o argumento de que a ex-prefeita Erundina era “incontrolável”.
Aos 49 anos, Haddad foi “vendido” pela campanha como “o homem novo para um tempo novo”. Pesquisas mostraram que as falhas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não colaram nele, mas a foto com Lula e Maluf foi interpretada como a volta do velho coronelismo na política. “Nós fizemos uma cagada”, disse Lula depois, a portas fechadas. Marinho admite que, horas antes do almoço na casa de Maluf, em 18 de junho, procurou o ex-presidente na academia onde ele faz reabilitação desde que terminou o tratamento do câncer na laringe. “Ele não queria fazer a foto. Fui porta-voz de um pedido da direção do PT. Fiz e faria novamente”, diz o prefeito, candidato à reeleição.
Haddad conquistou Lula ainda em 2004, quando lhe mostrou um esboço do ProUni, programa que concede bolsas de estudo em universidades a alunos carentes. Na época, era secretário executivo na Educação e vinha da assessoria especial do Planejamento, então chefiado por Guido Mantega. Antes, tinha trabalhado com João Sayad na Secretaria de Finanças, na gestão de Marta. “Confesso que achei ruim quando Tarso Genro levou o Haddad para o MEC. Ele ia ser promovido”, revela Mantega, hoje ministro da Fazenda. “Dei-lhe a missão de elaborar as Parcerias Público-Privadas e ele conseguiu entregar dentro do prazo um projeto difícil, que funciona bem até hoje. ” O candidato do PT odeia atrasos. Na campanha, muitas vezes chegou antes que os aliados aos compromissos. Nem sempre teve a companhia de seus pares e muitos reclamaram de sua falta de traquejo político e do linguajar da academia. Na semana passada, por exemplo, Haddad disse que Russomanno não tinha plano de governo, mas, sim, um “simulacro”. Depois, afirmou que a disputa começava a sair da “mornidão” para a fase da empolgação. “Todo mundo tem um Houaiss em casa”, devolveu ele, quando questionado sobre o uso de palavras difíceis, numa referência ao dicionário de Antonio Houaiss.
Com 1,83 metro e pinta de galã, Haddad faz sucesso com as mulheres, que não raro trocam o seu sobrenome por “Andrade”. Ana Estela confessa ter um pouco de ciúme. “A gente é humano, né? ” Além da pontualidade, o petista tem como característica a obsessão por metas. Adquiriu o hábito quando era vendedor da Mercantil Paulista de Tecidos, a loja de seu pai, Khalil, na Rua Comendador Abdo Schahin, paralela à 25 de Março. “Ele saía da Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, e ia a pé até lá. Na sobreloja, tinha duas pilhas de livros: uma só aumentava, com aqueles já lidos, e a outra diminuía, com os que tinha de ler”, descreve o jornalista Eugênio Bucci, seu amigo e antecessor na presidência do Centro Acadêmico 11 de Agosto, a única eleição que Haddad já disputou. “Eugênio foi o Lula para mim”, compara o ex-ministro, ao lembrar que o amigo patrocinou sua candidatura ao 11 de Agosto, em 1985, após o sucesso da chapa The Pravda na diretoria. “Fernando tinha dois ídolos: Karl Marx e Paul McCartney”, entrega Bucci, ex-presidente da Radiobrás. Tinha? Até hoje, quando se cansa de assuntos áridos, Haddad surpreende o interlocutor: “Vamos falar de outra coisa. O que você acha de Paul McCartney? “.
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sábado, 27 de outubro de 2012

BOM DOMINGO PARA TODOS

POR QUE O PT DERROTA O PIG. E HADDAD VAI VENCER


Por Adauto Alves:

“Enquanto a mídia e a elite paulista continuarem a tratar o PT como o partido que inaugurou a corrupção no Brasil, não levarão vantagem. Bater de frente com o partido e o presidente que implantou os maiores programas sociais da história da república brasileira é a mesma coisa de tentar quebrar pedra com a mão.
São mais de 15 milhões de empregos gerados na era PT no governo Federal, que somados ao Bolsa Família, ao Minha Casa Minha Vida (maior programa de habitação popular do Brasil), ao Pro-Uni, ao programa de cotas nas universidades fazem a diferença na melhoria das condições de vida do povo.
Globo, Veja, FSP, Estadão e Cia não entendem de ciência social, nunca mediram o impacto das mudanças introduzidas no Brasil nos últimos 10 anos.
Eles não entendem a grande inversão social que Lula implantou em benefício dos pobres deste país. Isto nunca fora feito. É por isso, que o efeito mensalão é quase nulo, que mesmo que tenha existido, é um traque perto das privatizações promovidas pelos tucanos, na era FHC.
Não entro no mérito ideológico e sim no modelo e no valor das empresas vendidas a preço de banana, um verdadeiro escândalo nacional.
Registro que todo tipo de corrupção, desde que comprovada, tem que ser punida. O que é inaceitável é a mídia querer fazer crer que o PT é o partido que inventou o mal feito no país, sem reconhecer as suas qualidades.
O PT foi o partido mais votado para prefeito no 1º turno, quando alcançou mais de 17 milhões de votos, ficando o PMDB em segundo.
Enfrentar o PT, exorcizando-o, como faz a mídia e a elite paulista é fortalecê-lo ainda mais, pois as ações de governo de Lula e Dilma têm efeito direto na vida da população, em todas as camadas sociais.
A mídia trata o PT com desprezo, destilando o seu ódio de classe, que cria duas categorias: a que tem simpatia pelo partido e os anti-PT, como ela.
Além dos méritos do partido, que promoveu uma verdadeira revolução social no Brasil, outro fator que faz o sucesso de Lula e do PT é a forma como a mídia os combate.
Ela defendia a queda nos juros, hoje é contra; defendia a desoneração da produção, hoje é contra; pregava a geração de empregos, hoje reclama. Ou seja, se o PT fez, não está no caminho certo.
Por isso, ganhar a eleição em São Paulo será a constatação clara da diminuição da influência da mídia na vida dos brasileiros. A vitória de Haddad no segundo turno será mais um recado do povo a essa gente, essa sim, os mensaleiros que mamam nas tetas do poder público.
Incluo Salvador nesta lista, que deveria derrotar ACM, o Neto – do DEM -, para o Brasil afastar de vez a ameaça de ressurgimento do carlismo, que tantos males causou à Bahia.
A mídia e a elite a paulista não são dignas da confiança dos brasileiros. Portanto, amanhã, vamos complementar a grande derrota deles.”
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LULA 67 ANOS !



Balaio do Kotscho

"Amanhã está fazendo dez anos que ganhamos a eleição, lembra?", foi logo me dizendo o ex-presidente Lula quando liguei para ele na manhã desta sexta-feira (26) para cumprimentá-lo pelo seu aniversário.
O tempo corre tão depressa que já não me lembrava direito daquele 27 de outubro de 2002, quando Lula comemorou no mesmo dia o seu aniversário e a vitória nas eleições para presidente da República.
Como estamos novamente na antevéspera de uma eleição, Lula desistiu de fazer neste sábado, em que completa 67 anos, uma comemoração para lembrar a data da primeira vitória do PT.
Preferiu deixar para organizar com calma, no começo de janeiro, uma série de atividades em que pretende fazer um balanço dos dez anos de governo do PT (oito dele e dois de Dilma).
"Vamos discutir o que era o Brasil antes do governo do PT e o que é agora", anunciou Lula, depois de voltar de mais uma longa maratona de comícios pelo País.”
Bastante animado com o que viu, e principalmente com a dianteira que seu candidato Fernando Haddad abriu nas pesquisas para a eleição de domingo em São Paulo, Lula já começou a fazer planos para 2014, sem citar nomes. "Precisamos ter competência para montar uma chapa forte na disputa pelo governo do Estado."
Desde que ele entrou de cabeça nas campanhas do PT, como estava sempre em trânsito, não falava com o velho amigo. Em nenhum momento da nossa breve conversa por telefone, o ex-presidente se queixou de qualquer problema de saúde, o que demonstra que ele está recuperado do tratamento do câncer na laringe, descoberto há exatamente um ano.
Até a voz está voltando ao normal. E combinamos de nos encontrar na próxima semana para colocar os assuntos em dia.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A irresponsabilidade do decano

Autor: Luis Nassif 

Há duas maneiras dos Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se manifestarem: uma, através dos autos; outras, através de manifestações extra-autos.
No primeiro caso, preserva-se a liturgia do cargo e até se pode disfarçar preferências, preconceitos e ideologia através das escolhas doutrinárias. A profusão de citações oculta ao leigo a enorme dose de subjetividade que permeia julgamentos.
Quando os magistrados enveredam pelo caminho da exposição pública e se permitem manifestar preferências políticas, o jogo muda. A toga vira ornamento vestindo o ego de uma celebridade. E o magistrado se expõe ao olhar público, como qualquer celebridade.
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Sem o manto solene da toga, há muito a se reparar na personalidade de cada um: na falta absoluta de civilidade de Joaquim Barbosa, nos episódios controvertidos de Gilmar Mendes (que protagonizou uma possível fraude, com o senador cassado Demóstenes Torres, no episódio do "grampo sem áudio"), nas decisões sempre polêmicas de Marco Aurélio Mello, na submissão total de Ayres Britto aos clamores da mídia.
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Mas nada se equipara à irresponsabilidade institucional do Ministro Celso de Mello, decano do STF.
O Ministro cumpriu carreira típica de servidor público qualificado. Primeiro, foi Procurador do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo. Com reputação consolidada, foi guindado ao cargo influente de principal assessor jurídico do controvertidíssimo Consultor Geral da República do governo Sarney, Saulo Ramos.
Ainda estão por serem reveladas as peripécias de Saulo à frente da consultoria e, depois, como Ministro da Justiça do governo Sarney. Foram muitas, desde a mudança do decreto do Plano Cruzado, visando dar sobrevida à indústria da liquidação extrajudicial, até o parecer conferindo direito aos investidores de títulos da dívida pública de receberem a correção monetária integral de um ano de congelamento, mesmo que tivessem adquirido o título na véspera do descongelamento.
Celso era o grande filtro técnico, o especialista capaz de dar vestimenta técnica às teses mais esdrúxulas de Saulo.
A Saulo, Celso serviu. E, como recompensa, ganhou a indicação para Ministro do STF.
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Há toda uma hierarquia no serviço público na qual poderosos de hoje dependeram de favores dos antigos poderosos de ontem.
Até aí tudo normal. Não consta, em sua longa carreira, que o decano Celso de Mello tenha desmerecido a instituição para o qual foi indicado, mesmo levando-se em conta a qualidade dos seus padrinhos.
A grande questão é a maneira como ele, do alto da posição de decano do STF, está conduzindo suas declarações políticas. É de uma irresponsabilidade institucional mais adequada a um jovem carbonário do que a um decano.
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Não se discutem as penas. Isso é prerrogativa do Magistrado. O que se discutem são as manifestações políticas inadmissíveis para quem representa o Supremo e a subordinação à segunda pior forma de pressão: o clamor da mídia (a primeira é a pressão do Estado).
Há uma grande chaga na política brasileira: as formas de cooptação de partidos políticos. E duas maneiras de combatê-la: entendendo-a como um problema sistêmico ou focando em apenas um partido.
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Ao investir contra os "mensaleiros" com um rigor inédito, o STF desperta duas leituras: a benéfica, é o da necessidade da punição exemplar do episódio para extirpar sua prática da vida política nacional; a segunda, a de que seu rigor se limitará a esse julgamento, não aos próximos. Contra a imagem de isenção da corte tem-se a maneira como indícios foram transformados em provas. E tem-se o modo como o STF mudou a jurisprudência até então em vigor.
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Há duas linhas de análise dos crimes das chamadas organizações criminosas. Uma - a "garantista" - exige a apresentação de provas objetivas para a condenação. Outra sustenta que, devido à complexidade das organizações, os julgamento podem se basear apenas em evidências. Até então, o STF adotava a primeira linha doutrinária, que beneficiava criminosos de “colarinho branco”. A partir do "mensalão", passou a adotar a segunda.
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Não será fácil conquistar a aura de poder severo com todos os crimes. Na mesma semana do mensalão, por exemplo, o Ministro Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus a um vereador carioca suspeito de chefia uma gangue de milicianos. No episódio Satiagraha, o STF, quase por unanimidade, acolheu a agressividade ímpar do Ministro Gilmar Mendes e concedeu liminar a um banqueiro cujos lugares-tenentes foram flagrados tentando subornar um Policial Federal.
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O Ministro Marco Aurélio concedeu um habeas corpus a Salvatore Cacciola que, nos poucos dias antes de ser derrubado, permitiu a fuga do ex-banqueiro. No momento, a Operação Satiagraha está parada no STJ, apesar dos esforços do Ministério Público Federal. No caso do chamado “mensalão mineiro”, segundo o próprio Joaquim Barbosa, foram os demais Ministros que aceitaram o desmembramento da ação, ao contrário do “mensalão do PT”.
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Só no próximo julgamento se saberá se o STF é isento ou discricionário. No entanto, a discricionariedade de Celso de Mello se manifesta antecipada e gratuitamente no campo das manifestações políticas, com um desapreço pelo sistema Republicano de causar inveja aos juízes da ditadura. Não se limitou a condenar o cooptação dos partidos mediante pagamento. Condenou como ditatorial o próprio instituto das coligações partidárias, peça central de governabilidade no país.
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Sabendo ser generalizada a prática de cooptação, os financiamentos obscuros de campanha, em vez de uma crítica geral à prática – até como sinal de que outras infrações receberão o mesmo tratamento - chegou ao cúmulo de comparar um partido político ao PCC. O que pretende com isso? Criar uma situação de esgarçamento político com o Executivo? Colocar o STF a serviço de um partido? Dar razão aos críticos que duvidam da isenção do tribunal
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Falsificador recebeu mais de R$ 500 mil da campanha de Serra

Por: Luis Nassif

Os advogados da coligação Para Mudar e Renovar São Paulo acusaram frontalmente a campanha de José Serra pela confeção do site falso atacando o adversário.

O responsável é Huayana Batista Tejo, presidente da empresa Soluções Originais em Desenvolvimento e Arte Ltda., ou SODA Virtual, contratada por R$ 250 mil pela campanha de Serra. Até 2a feira, a empresa já havia recebido R$ 531 mil da campanha de Serra.

A empresa foi responsável tanto pelo site falso quanto pelo jogo “Missão Impossível”, veiculado no Facebook.

No cache do Google, é possível saber mais sobre Huayana. Ele atuou também na campanha de 2010, para presidência da República.

Na Rede do PSDB, nas mensagens dirigidas a Huayana, lê-se as seguintes:
Casado gestor público,com Leandra pedagoga e pai de Marianna,Gastronoma , todos SERRISTAS, assessor do Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá,evangélicos, crentes que devemos banir a maior quadrilha de todos os tempos e eleger Serra Presidente do Brasil.

Sou SERRA 45! E NO DIA 31 NÃO DEIXEM A BRUXA VENCER! DIGA SIM A VIDA E SIM AO BRASIL! VOTE 45!
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EMPRESA DE CERRA FALSIFICOU SITE DE HADDAD


Provedora de internet GVT informa oficialmente que localizou de onde foi feita a geração do site falso Propostas Haddad 13: na Soda Virtual; essa empresa é contratada da campanha de José Serra, do PSDB, para fazer "criação e inclusão de páginas na internet"; por R$ 250 mil; crime eleitoral pode ser configurado; é soda! 

247 – Complica-se a situação da campanha do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra. Há um caso concreto que pode configurar crime eleitoral, passível, a depender da severidade da Justiça Eleitoral, em caso de denúncia formal, até mesmo de impugnação. Trata-se da afirmação, pela provedora de internet GVT, de que o falso site Propostas Haddad 13, com idêntica linguagem visual à da página oficial do candidato do PT, foi criado na sede da empresa de comunicação online Soda Virtual. Esta empresa foi contratada pela campanha de Serra com a missão de fazer a "criação e inclusão de páginas na internet". O que era para ser, em tese, ao menos, acreditava-se, a favor do tucano, involuiu para fraude contra Haddad. Na manhã de hoje, sem se referir diretamente a este fato, o candidato petista classificou Serra como "rasteiro".
A notícia da informação prestada pela GVT sobre a Soda foi publicada em primeira mão, hoje, pelo portal do jornal O Estado de S. Paulo.
A assessoria de Serra informou, por meio de nota, que o site não é de iniciativa da campanha. "A campanha se manifesta na internet por meio do site serra45.com.br, da página do Facebook timeserra45 e do twitter @serraja", diz o texto.
Vai ficar por isso mesmo? 
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REPRESENTANTES DO TAPRANÓS MONTAM CIRCO NA CÂMARA DE SANTARÉM



Um festival de bobagens e de falanças jogadas ao vento, assim aconteceu nesta manhã de sexta (26), na Câmara Municipal de Santarém, um novo Fórum que segundo seus idealizadores, é uma volta as discussões da recriação do Estado do Tapajós.
Derrotados pelo Governador Simão Jatene no plebiscito, o deputado Lira Maia DEM, que agora é o coordenador geral do futuro governo do prefeito eleito Alexandre Von PSDB, segundo informações extras oficiais, fez o que mais sabe, contar vantagem.
A nova estratégia que eles chamam de PLIP (Projeto de Lei de Iniciativa Popular) uma xerox do que está na rua ha meses pelo Carajás - Tapajós. 
Um disfarce para alavancar a reeleição do deputado Lira Maia DEM que comandou esse evento festivo de Fórum do Tapajós. Uma  PLIP, disfarçada de campanha de reeleição. 
Se você observar nesta foto acima, já da para ver que o povo está distante dessa palhaçada, pois não acredita mais nesses falsos defensores do Estado do Tapajós, pois são os melhores amigos do maior inimigo do Novo Estado, o Governador Simão Jatene.
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JUIZ CONDENA DOMINGOS JUVENIL

 A sentença do juiz federal Pablo Dourado que condenou o ex-deputado e prefeito eleito de Altamira, Domingos Juvenil, por improbidade administrativa foi publicada no Diário Oficial de Justiça do último dia 15 de outubro. O juiz acolheu parcialmente as acusações do Ministério Público Federal (MPF) em ação impetrada no ano de 2006. Ele entendeu que o gestor praticou ato de improbidade administrativa por aplicar irregularmente verbas de um convênio firmado com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) em 2004, época em que Juvenil era prefeito de Altamira. 
A sentença do juiz pede a suspensão dos direitos políticos de Juvenil, perda da função pública e proibição de contratar com o poder público. Como ainda cabe recurso da decisão, Juvenil deve assumir a prefeitura normalmente no início do ano que vem, enquanto a decisão não transitar em julgado.
De acordo com a sentença, de 8 de agosto, o convênio firmado pela Prefeitura de Altamira com a Funasa envolveu verbas no valor aproximado de R$1,1 milhão. 
O objetivo era a execução de ações complementares à saúde indígena no Distrito Sanitário Especial Indígena do município. Segundo sustentou o Ministério Público, um relatório da Funasa apontou que não houve licitação para aquisição de bens necessários ao atendimento dos indígenas. O MPF requereu, portanto, o enquadramento de Domingos Juvenil na Lei de Improbidade Administrativa (8.249/92). 
O juiz confirmou que não foi realizado o processo licitatório devido, configurando ato de improbidade. O réu tentou justificar que a aquisição dos equipamentos era urgente, hipótese afastada pelo juízo. 'Não há nos autos decreto de situação de emergência ou calamidade pública', reforça na sentença.
O MPF pedia, ainda, a condenação do réu por danos materiais e por danos materiais coletivos, mas os pedidos não foram acatados pelo juiz. 'Não vejo nos autos a demonstração do dano material alegado pelo autor. Nem o MPF nem a Funasa diligenciou no sentido de verificar a efetiva diferença existente entre o valor de mercado dos bens adquiridos, na época da aquisição, e os preços pagos pelo requerido', justifica. Para o juiz, no entanto, não restaram dúvidas de que ato ímprobo existiu, daí a condenação parcial.
(Amazônia – ORM)
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Berlusconi é condenado a quatro anos de prisão

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão e três anos de afastamento da vida pública por fraude fiscal. A decisão foi tomada pela Justiça da Itália nesta sexta-feira. Ele não estava presente no tribunal de Milão quando a sentença foi anunciada.
Na Itália, as condenações podem passar por duas instâncias antes de serem consideradas definitivas, o que cria a expectativa de que Berlusconi ainda irá recorrer.
Fedele Confalonieri, presidente do grupo de comunicação Mediaset, cujo dono é Berlusconi, foi absolvido. Frank Agrama, intermediário considerado pelos promotores como "sócio oculto" de Berlusconi nos negócios do Mediaset, foi sentenciado a três anos de prisão.
Além disso, os condenados terão de pagar uma quantia de € 10 milhões (R$ 26,4 milhões) à Receita Federal. O valor ainda é considerado provisório.
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FARSAS E FARSANTES

Belém: Silêncio ensurdecedor




Pesquisa do Instituto Vox Populi, feita entre os dias 23 e 24 de outubroe registrada no TSE sob o nº 00339/2012, encomendada por Delta Publicidade S. A. (jornal O Liberal), tinha data de divulgação marcada oficialmente, no Sistema de Registro de Pesquisas da Justiça Eleitoral, para ontem, mas nem tchuns, e o silêncio continua na edição de hoje. Entretanto, alguém abriu o bico e revelou que o resultado aponta 52% para Edmilson Rodrigues (PSOL) e 48% para Zenaldo Coutinho (PSDB).
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Por motivos alheios à vontade do Globo…

por Rodrigo Vianna

Na terça-feira, a tela do JN voltou a ser o que se espera de um telejornal da Globo em véspera de eleição: sob comando de Ali Kamel (um diretor de jornalismo que gasta seu tempo tentando intimidar blogueiros com ações judiciais), a TV da família Marinho fez um balanço de 18 minutos sobre o “mensalão”. Repita-se: balanço sobre um julgamento que não acabou.
Normal que se noticie o que acontece no STF. Anormal que se gaste quase metade de um telejornal para fazer “balanço” do que não terminou. Isso às vésperas da eleição. O MSM (Movimento dos Sem Mídia) entrou com um pedido na Procuradoria Geral da República para que aGlobo seja investigada por crime eleitoral. Na petição, o MSM lembra outros episódios pré-eleitorais envolvendo a Globo: Proconsult contra Brizola (82), debate editado para prejudicar Lula (89), bolinha de papel em 2010…
Agora, outro fato grave. O site de “O Globo” estampou na capa, nessa quinta-feira, notícia sobre o cancelamento do ENEM! A notícia – falsa – teria sido espalhada por apoiador de Serra em São Paulo. Cerca de uma hora depois, “O Globo” publicou a nota que se segue:

Esclarecimento: Enem 2012 não foi cancelado
RIO – Por motivo alheio à vontade do GLOBO, uma reportagem publicada no site em 2009, que noticiava o cancelamento das provas do Enem naquele ano, voltou a circular na rede via Facebook, aparecendo em listas de mais lidas da rede social, reproduzidas de forma automática em nossa homepage.
O GLOBO esclarece que o Enem 2012 não foi cancelado e que está tomando providências junto aos administradores da rede social para que a reportagem de 2009 saia das citadas listas do Facebook em nosso site.

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A explicação de “O Globo” parece frágil. Qualquer notícia que estiver entre as mais lidas vai pra capa do site? Não há controle? Se um robô bombardear o facebook com frases em russo, isso vai parar na capa do site?
Tá bom…
A tentativa de espalhar pânico para tirar votos de Haddad parece sinal de desespero.
E eu diria mais: “por motivos alheios à vontade do Globo”, Serra vai perder a eleição.
Com ou sem boato.
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O TURISMO COMUNITÁRIO DO PROJETO SAÚDE E ALEGRIA

AYRES NÃO TEM MAIS PRESSA. O MAL ESTÁ FEITO


Só não deu tempo de algemar o Dirceu para o jn de sábado.

Assistia o ansioso blogueiro a um breve trecho da cobertura completa, ao vivo, ininterrupta da GloboNews do mensalão (o do PT).
A âncora, uma especialista e, de pé, em frente à sucursal da Globo na Praça dos 4 Poderes: o prédio do Supremo Tribunal de Salém, uma colonista.
Discutia-se a lambança da dosimetria.
Só se sabe que o Dirceu será algemado.
Quanto ao resto, uma confusão generalizada.
Nem o Ataulfo Merval de Paiva, notável especialista na matéria, entende.
Aí, a colonista explica que, depois da caótica sessão, o presidente Ayres Britto disse aos jornalistas que não tem problema se a dosimetria levar mais tempo.
Pode esperar o ministro Barbosa voltar da Alemanha.
O Fluminense ganhar o Brasileirinho.
O Fernando Henrique parar de se olhar no espelho.
E o Cerrar guardar, até 2014, as armas de destruição em massa.
Disse o augusto Presidente, aquele cujas Teorias maquiavélicas o professor Wanderley recomenda espalhar a quatro ventos:
Agora é como trocar o pneu enquanto o carro anda.
Perfeito !
Não há mais pressa.
Ele, que calculou, milimetricamente, a cronologia do julgamento, que constrangeu o Ministro Revisor, agora pode sentar no banco de tras e relaxar.
Aguardar a troca de pneus.
Claro !
O Cerra pode transformar o mensalão (o do PT) num cabo eleitoral.
E a Globo pode produzir os memoráveis 18′ de crime eleitoral, como demonstra o Edu.
Ayres Britto deve ir para aposentadoria – e um escritório de advocacia em Brasília – com a certeza do dever cumprido.
Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim
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“Na América Latina, monopólios midiáticos substituem partidos de direita”, diz Atilio Boron


O cientista político argentino Atilio A. Boron Foto: Ramiro.

"Não há erro: os meios de comunicação simplesmente são grandes conglomerados empresariais que têm interesses econômicos e políticos. Na América Latina, os monopólios midiáticos têm um poder fenomenal que vêm cumprindo na função de substituir os partidos políticos de direita que caíram em descrédito e que não têm capacidade de chamar a atenção nem a vontade dos setores conservadores da sociedade”. Assim o politólogo e cientista social argentino Atilio Boron caracteriza a denominada canalha midiática.
Nesse sentido, explica, "cumpre-se o que muito bem profetizou Gramsci há quase um século, quando disse que diante da ausência de organizações da direita política, os meios de comunicação, os grandes diários, assumem a representação de seus interesses; e isso está acontecendo na América Latina”. Em praticamente todos os países da região, os conglomerados midiáticos converteram-se em "operadores políticos”.
A Crise do Capitalismo e o triunfo de Chávez
Boron, que dispensa apresentação por ser um importante referente da teoria política e das ciências sociais em Iberoamérica, foi um dos expositores principais do VI Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos, organizado pela Universidad Popular Madres de la Plaza de Mayo, que aconteceu em Buenos Aires, entre os dias 4 e 6 de outubro.
Tópicos como a crise estrutural do capitalismo, o fenômeno da manipulação dos monopólios midiáticos e o que significa para a América Latina o triunfo de Hugo Chávez foram tratados com profundidade por esse destacado politólogo, sociólogo e investigador social, doutorado em Ciências políticas pela Universidade de Harvard e, atualmente, diretor do Programa Latino-americano de Educação a Distância em Ciências Sociais do Centro Cultural da Cooperação Floreal Gorini, na capital argentina.
Para aprofundar sobre alguns desses temas, o Observatorio Sociopolítico Latinoamericano (www.cronicon.net) teve a oportunidade de entrevistá-lo no final de sua participação em dito fórum acadêmico internacional.
Rumo a um projeto pós-capitalista
No desenvolvimento de sua exposição no encontro da Universidad Popular de Madres de la Plaza de Mayo, Boron analisou o contexto da crise capitalista.
"Hoje em dia é impossível referir-se à crise e à saída da mesma sem falar do petróleo, da água e das questões meio ambientais. Essa é uma crise estrutural e não produto de uma má administração dos bancos das hipotecas subprime”.
Recordou que, recentemente, foram apresentadas propostas por parte dos Prêmios Nobel de Economia para tornar mais suave a débâcle capitalista. Uma, a esboçada por Paul Krugman, que propõe revitalizar o gasto público. O problema é que os Estados Unidos estão quebrados e o nível de endividamento das famílias nos Estados Unidos equivale a 150% dos ingressos anuais. "Krugman propõe dar crédito ao Estado para que estimule a economia. Porém, os Estados Unidos não têm dinheiro porque decidiram salvar os bancos”.
A outra proposta é de Amartya Sem, que analisa a situação do capitalismo como uma crise de confiança e é muito difícil restabelecê-la entre os poupadores e os banqueiros devido aos antecedentes desses últimos. Por isso, essas não deixam de ser "pseudo explicações que não levam à questão de fundo. Não explicam porque caem os índices do PIB e sobem as bolsas. Ambos índices estariam desvinculados e as bolsas crescem porque os governos injetaram moeda ao sistema financeiro”.
A crise capitalista serviu para acumular riqueza em poucas mãos, uma vez que "o que os democratas capitalistas fizeram no mundo desenvolvido foi salvar os banqueiros, não os endividados, ou seja, as vítimas”.
Exemplificou com as seguintes cifras: enquanto o ingresso médio de uma família nos Estados Unidos é de 50.000 dólares ao ano, o daqueles de origem latina é de 37.000 e o de uma família negra é de 32.000, o diretor executivo do Bank of America, resgatado, cobrou um salário de 29 milhões de dólares.
Então, é evidente que cada vez mais há uma tendência mais regressiva de acumular riqueza em poucas mãos. Em trinta anos, o ingresso dos assalariados foi incrementado em 18% e o dos mais ricos cresceu 238%.
"No capitalismo desenvolvido houve uma mutação e os governos democráticos transformaram-se em plutocracias, governos ricos”. Porém, além disso, "o capitalismo se baseia na apropriação seletiva dos recursos”.
Por isso, citando o economista egípcio Samir Amin, Boron afirma sem medo que "não há saída dentro do capitalismo”.
Como alternativa, Boron sustenta que "hoje, pode-se pensar em um salto para o modelo pós-capitalista. Há algo que pode ser feito até que apareçam os sujeitos sociais que darão o ‘tiro de misericórdia’ no capitalismo. O que se pode fazer é desmercantilizar tudo o que o capitalismo mercantilizou: a saúde, a economia, a educação. Assim, estaremos em condições de ver o amanhecer de um mundo mais justo e mais humano”.
A reeleição na Venezuela
Sobre a matriz de opinião que os monopólios midiáticos da direita têm tentado impor no sentido de que a reeleição do presidente Chávez é um sintoma de que ele quer se perpetuar no poder, a análise de Boron foi contundente:
"Há um grau de hipocrisia enorme nesse tema, porque os mesmos que se preocupam com o fato de Chávez estar por 20 anos no governo, aplaudiam fervorosamente a Helmut Kohl, que permaneceu no poder por 18 anos, na Alemanha; ou Felipe González, por 14 anos, na Espanha; ou Margaret Thatcher, por 12 anos, na Inglaterra”.
"Há um argumento racista que diz que somos uma raça de corruptos e imbecis; que não podemos deixar que as pessoas mantenham-se muito tempo no poder; ou há uma conveniência política, que é o que acontece ao tentarem limar as perspectivas de poder de líderes políticos que não são de seu agrado. Agora, se Chávez instaurasse uma dinastia onde seu filho e seu neto herdassem o poder, eu estaria em desacordo. Porém, o que Chávez faz é dizer ao povo que eleja; e, em âmbito nacional, por um período de 13 anos, convocou o povo venezuelano para 15 eleições, das quais ganhou 14 e perdeu uma por menos de um ponto; e, rapidamente, reconheceu sua derrota. Então, não está dito em nenhum lugar serio da teoria democrática que tem que haver alternância de lideranças, na medida que essa liderança seja ratificada em eleições limpas e pela soberania popular”.

Confira a entrevista: A canalha midiática assume a representação de interesses da direita

Hoje, no debate da teoria política, fala-se de "pós-democracia”, para significar o esgotamento dos partidos políticos, a irrupção dos movimentos sociais e a incidência dos meios de comunicação na opinião pública. Que alcance você dá a esse novo conceito?
Eu analiso como uma expressão da capitulação do pensamento burguês que, em uma determinada fase do desenvolvimento histórico do capitalismo, fundamentalmente a partir do final da I Guerra Mundial, apropriou-se de uma bandeira -que era a da democracia- e a assumiu. De alguma maneira, alguns setores da esquerda consentiram nisso. Por quê? Bom, porque estávamos um pouco na defensiva e, além disso, o capitalismo havia feito uma série de mudanças muito importantes. Por isso, a ideia de democracia ficou como se fosse uma ideia própria da tradição liberal burguesa, apesar de que nunca houve um pensador dessa corrente política que fizesse uma apologia do regime democrático. Estudavam sobre isso, possivelmente, a partir de Thorbecke ou de John Stuart Mill; porém, nunca propunham um regime democrático; isso vem da tradição socialista e marxista. No entanto, apropriaram-se dessa ideia; passaram todo o século XX atualizando-a. Agora, dadas as novas contradições do capitalismo e ao fato de que as grandes empresas assumiram a concepção democrática, a corromperam e a desvirtuaram até o ponto de torná-la irreconhecível, perceberam que não tem sentido continuar falando de democracia. Então, utilizam o discurso resignado que diz que o melhor da vida democrática já passou; um pouco a análise de Colin Crouch: o que resta agora é o aborrecimento, a resignação, o domínio a cargo das grandes transnacionais; os mercados sequestraram a democracia e, portanto, temos que nos acostumar a viver em um mundo pós-democrático. Nós, como socialistas, e, mais, como marxistas jamais podemos aceitar essa ideia. Creio que a democracia é a culminação de um projeto socialista, da socialização da riqueza, da cultura e do poder. Porém, para o pensamento burguês, a democracia é uma conveniência ocasional que durou uns 80 ou 90 anos; depois, decidiram livrar-se dela.
Mesmo em uma situação anômala mundial e levando-se em conta que a propriedade dos grandes meios de comunicação está concentrada em uns poucos monopólios do grande capital, como você analisa o fenômeno da canalha midiática na América Latina? Parece que, paulatinamente, vão perdendo a credibilidade...?
O que bem qualificas como canalha midiática tem um poder fenomenal, que vem substituindo os partidos políticos da direita que caíram no descrédito e que não têm capacidade de prender a atenção nem a vontade dos setores conservadores da sociedade. Nesse sentido, cumpre-se o que, Gramsci muito bem profetizou há quase um século, quando disse que diante da ausência de organizações da direita política, os meios de comunicação, os grandes diários, assumem a representação de seus interesses e isso está acontecendo na América Latina. Em alguns países, a direita conserva certa capacidade de expressão orgânica, creio que é o caso da Colômbia; porém, na Argentina, não, porque nesse país não existem dois partidos, como o Liberal e o Conservador colombianos; e o mesmo acontece no Uruguai e no Brasil. O caso colombiano revela a sobrevivência de organizações clássicas do século XIX da direita que se mantiveram incólumes ao longo de 150 anos. É parte do anacronismo da vida política colombiana que se expressa através de duas formações políticas decimonônicas [do século XIX], quando a sociedade colombiana está muito mais evoluída. É uma sociedade que tem uma capacidade de expressão através de diferentes organizações, mobilizações e iniciativas populares que não encontram eco no caráter absolutamente arcaico do sistema de partidos legais na Colômbia.
Com essa descrição que encaixa perfeitamente na realidade política colombiana, o que poderíamos falar, então, de seus meios de comunicação...
Os meios de comunicação naqueles países em que os partidos desapareceram ou debilitaram-se são o substituto funcional dos setores de direita.
O que significa para a América Latina o triunfo do presidente venezuelano Hugo Chávez?
Significa continuar em uma senda que se iniciou há 13 anos, um caminho que, progressivamente, ocasionado algumas derrotas muito significativas ao imperialismo norte-americano na região, entre elas, a mais importante, a derrota do projeto da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que era a atualização da Doutrina Monroe para o século XXI e isso foi varrido basicamente pela enorme capacidade de Chávez de formar uma coalizão com presidentes que, não sendo propriamente de esquerda, eram sensíveis a um projeto progressista, como poderia ser o caso de Lula, no Brasil e de Néstor Kirchner, na Argentina. Ou seja, de alguma maneira, Chávez foi o marechal de campo na batalha contra o imperialismo; é um homem que tem a visão geopolítica estratégica continental que ninguém mais tem na América do Sul. O outro que tem essa mesma visão é Fidel Castro; porém, ele já não é chefe de Estado, apesar de que eu sempre digo que o líder cubano é o grande estrategista da luta pela segunda e definitiva independência, enquanto que Hugo Chávez é o que leva as grandes ideias aos campos de batalha, e, com isso, avançamos muito. Inclusive, agora, com a entrada da Venezuela ao Mercosul, conseguiu-se criar uma espécie de blindagem contra tentativas de golpe de Estado. Caso a Venezuela permanecesse isolada, considerado um Estado paria, teria sido presa muito mais fácil da direita desse país e do império norte-americano. Agora, não será tão fácil.
Você vê algumas nuvens cinzentas no horizonte do processo revolucionário da Venezuela?
Creio que sim, porque a direita é muito poderosa na América Latina e tem capacidade de enganar as pessoas. E os grandes meios de comunicação têm a capacidade de manipular, enganar, deformar a opinião pública; vemos isso muito claramente na Colômbia. Boa parte dos colombianos compraram o bilhete da Segurança Democrática com uma ingenuidade, como aqui na Argentina compramos o bilhete de ganhar a Guerra das Malvinas. Portanto, temos que levar em consideração que, sim, existem nuvens no horizonte porque o imperialismo não ficará de braços cruzados e tentará fazer algo como, por exemplo, impulsionar uma tentativa de sublevação popular, tentar desestabilizar o governo de Chávez e derrubá-lo.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MENSALÃO DERROTAR O HADDAD ? SÓ MILAGRE


O JN ainda tem esta quarta, a quinta, a sexta e o sábado para virar a eleição. Como fez em 2006: levou a eleição para o segundo turno, ao ignorar o desastre da Gol, para não despaginar a edição Golpista.

O Conversa Afiada não acredita em pesquisa eleitoral no Brasil, indústria duopolizada de dois instrumentos do PiG: Datafalha e Globope.
O Conversa Afiada trata de pesquisa para irritar quem acredita nelas e, especialmente, as manipula como arma eleitoral – leia-se Padim Pade Cerra, breve a ser rebaixado para Zezinho Trinta, o campeão das pesquisas seis meses antes da eleição.
Sendo assim: Tréquim da espontânea: Haddad 42 x 28 do Zezinho Trinta;
Estimulada: Haddad 50 a 31.
Votos válidos da estimulada: Haddad 62 x 38.
Chora, Kamel, chora !
Não deixe de ler sobre o desesperado jornal nacional desta terça-feira.
Vamos ver, agora, se o Datafalha e o Globope atenuam o impacto sobre o Padim.
E o jn ainda tem esta quarta, a quinta, a sexta e o sábado para virar a eleição.
Como fez em 2006: levou a eleição para o segundo turno, ao ignorar o desastre da Gol, para não despaginar a edição Golpista- clique aqui para ler “O primeiro Golpe já houve”.
O jornal nacional conta com a pontual contribução do Supremo.
Fernando Haddad conta que, em toda a campanha, uma única vez foi interpelado sobre o mensalão (o do PT).
(O Cerra foi mais vezes sobre a Privataria.)
É muito pouco provável que o julgamento – com a mão gorda do jornal nacional e a perfeita sincronia com o Supremo – altere a tendência até aqui.
Se for confiável o último tréquim (62 a 38) – que pode ser tão “científico” quanto as pesquisas “oficiais”, aquelas que saem no jornal nacional -, nos quatro dias que faltam será preciso ocorrer uma reviravolta espantosa.
Algo que faça o Cerra subir doze pontos e o Haddad cair doze.
Na suposição de que nenhum ex-eleitor do Cerra vote nulo, branco, ou não apareça para votar.
E o que provocaria essa mudança brusca ?
Só um mega-escândalo que envolva diretamente a pessoa do Haddad.
Não bastam o mensalão (o do PT) e a dosimetria aplicada ao Dirceu no jornal nacional de sexta.
Um jornal nacional como aquele de 1989, na véspera do segundo turno de Collor e Lula, com o “editorial” assustador do Alexandre Maluf Garcia.
Ou o Golpe de 2006, quando o Ali Kamel ignorou o desastre da Gol e não despaginou o jornal que condenava Lula e engrossava os votos do Alckmin.
Não basta: 12 pra lá e 12 pra cá é muito voto para o Ali Kamel mudar, em quatro dias.
Tem que ser um tiro no peito do próprio Haddad.
Um flagrante devastador, desmoralizante, vexatório.
Verídico ou falso.
Tanto faz.
A Elite não pode perder pela quarta vez consecutiva em 2014.
Os fins justificam qualquer papel do jn.
Não deixe de ler “Edu vai à Justiça contra o jn”.

Paulo Henrique Amorim
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Marajó quer separar-se do Pará. Debate hoje na UFPA


Há bastante tempo o tema da transformação do Arquipélago do Marajó em Território Federal ou Estado entra e sai da pauta. Subregião muito próxima de Belém, os municípios marajoaras estão entre os mais pobres e abandonados do Estado. A separação está em debate hoje na UFPA.

marajobufalofest.blogspot.com

O arquipélago do Marajó é conhecido por suas belas praias, mas apresenta também elevados índices de pobreza gerando precárias condições de vida. Será que torná-lo um Estado ou Território poderá ajudar a melhorar a situação da população local? Discutir soluções para os problemas, enumerar pontos positivos e negativos sobre a transformação são temas da mesa redonda “Criação do Território do Marajó”, que será realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), nesta quarta-feira, 24, no Auditório Setorial Básico, do Campus Guamá.
A ideia de promover essa discussão surgiu após conversas do professor Jorge Moraes, do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (IFCH), com o bispo da Prelazia do Marajó, Dom Luiz Azcona, que já vem discutindo o assunto no âmbito local. “Abrimos espaço para essa discussão dentro da Universidade”, diz o professor.
A mesa é composta pelo bispo da Prelazia do Marajó, Dom Luiz Azcona, pela professora Indira Rocha, por Pedro Rodrigues Barbosa, da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam), e Adelina Braglia, diretora do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Idesp), que vai apresentar os índices socioeconômicos do arquipélago.
O evento é aberto à comunidade interna e externa, sendo essa discussão de interesse geral do público. As inscrições podem ser feitas na Faculdade de Psicologia ou no Auditório Setorial Básico.
O arquipélago abriga 16 municípios que alcançam uma extensão de mais de 104 mil quilômetros quadrados onde vivem cerca de 450 mil habitantes.
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GLOBO É ACUSADA DE CRIME ELEITORAL POR EDIÇÃO DO JN


Movimento dos Sem-Mídia, presidido por Eduardo Guimarães, protocola ação contra a Rede Globo em razão dos 18 minutos dedicados ao especial sobre o mensalão, após o horário eleitoral gratuito; emissora comandada por Ali Kamel (dir.), que nunca se recuperou da edição do debate entre Lula e Collor em 1989, é acusada de partidarismo.

247 – A edição de ontem do Jornal Nacional, que dedicou 18 minutos a um especial sobre o mensalão, logo após o horário eleitoral gratuito, pode ter infringido a Lei Geral das Eleições. Comandada por Eduardo Guimarães, a ONG Movimento dos Sem-Mídia, decidiu entrar com representação contra a Globo junto à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das Comunicações, acusando a emissora da família Marinho, comandada pelo jornalista Ali Kamel, de agir de forma partidária, assim como ocorreu em 1989, na edição do debate entre Lula e Fernando Collor.
Leia abaixo:

ONG representará contra Jornal Nacional na PGE e no Minicom

Até a insuspeita Folha de São Paulo notou a cobertura desproporcional, ilegal e até criminosa que o Jornal Nacional fez da sessão de terça-feira (23.10) do julgamento do mensalão. Segundo a matéria em tela, o telejornal gastou 18 dos 32 minutos de sua edição de ontem com esse assunto.  
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TUCANO TRAVADO

Dilma também está com Edmilson

Mano Brown: A morte por “parecer ser”

Fazendeiros bloqueiam e plantam soja em estrada que dá acesso à aldeia


Trator plantando soja e  Cerca de arame farpado foi levantada para bloquear o acesso dos indígenas.

Segundo a comunidade kaiowá Laranjeira Nhanderu, o dono de uma terra vizinha ao território indígena seria o responsável pelo bloqueio dos acessos de entrada e saída da aldeia, no município de Rio Brilhante (MS)

Ruy Sposati, Cimi

Indígenas kaiowá do tekoha - território sagrado - Laranjeira Nhanderu, no município de Rio Brilhante, sul do Mato Grosso do Sul, tiveram os acessos de entrada e saída da aldeia bloqueados nesta segunda-feira (22).
Segundo a comunidade, o dono de uma terra vizinha ao território indígena seria o responsável pelo bloqueio. "Eles cercaram com arame farpado, com cercas e estacas. Não tem como passar. O ônibus escolar não pode buscar as crianças para a escola. Nem bicicleta direito passa", diz o kaiowá Adalto Barbosa."Isso já aconteceu muitas vezes", relata o indígena.
"Em duas vezes, foi pior. Uma vez, fecharam o portão e a ambulância não conseguiu entrar. Quando pegaram o meu filho para levar no hospital, quando chegou lá, o corpo já chegou morto. Um filhinho de uma mulher [da aldeia] também. Com a estrada fechada, quando chegou na ponte do rio Brilhante, já chegou morto. Também uma vez colocaram fogo em tudo, queimaram as casas. Eles são culpados de tudo", acusa.
Desta vez, contudo, o bloqueio foi mais longe. Segundo relato dos indígenas e conforme as fotografias enviadas pela equipe do Conselho Indigenista Missionário, Regional MS, tratores estariam plantando soja sobre a estrada que dá acesso à aldeia.
Histórico
A história de espoliações do tekoha passa pela chegada da frente de colonização das plantações de mate, na primeira metade do século XX. Segue com expulsões e assassinatos promovidos pelos latifundiários criadores de gado, perpassa a cana-de-açucar e agora a soja, além de cultivos paralelos, como o arroz e o milho na entressafra da soja.
O território, de cerca de 400 hectares, foi retomado em 2009. Em 2010, os indígenas foram expulsos da área, quando se alojaram às margens da estrada, ao lado da entrada de uma das fazendas invasoras. Sofreram com as inundações, o calor, falta de água potável e ao menos três mortes por atropelamento, até que retomaram novamente o território em maio de 2011.
Já em janeiro deste ano, os fazendeiros tentaram a reintegração de posse da área em ação junto à Justiça Federal. Contudo, por conta da pressão de indígenas e organizações indigenistas, o despejo foi suspenso pelo Tribunal Regional Federal da 3a. Região (TRF-3), em São Paulo, onde ainda tramita o processo dos fazendeiros contra os indígenas.
TAC
O tekoha de Laranjeira Nhanderu está contemplado no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecido em 2007 pelo Ministério Público Federal (MPF) com a Fundação Nacional do Índio (Funai). O acordo exige que sejam constituídos grupos técnicos para identificação e delimitação das terras indígenas, no sentido de agilizar o trabalho de demarcação de terras reivindicadas pelos Kaiowá e Guarani.
Segundo o indígena, o processo de demarcação de Laranjeira estaria praticamente parado por conta da Fundação Nacional do Índio (Funai) não ter verbas suficientes para realizar os estudos do Grupo de Trabalho: "será que o governo federal nao tem dinheiro para fazer [a demarcação]? Por isso está atrasando o pagamento para o antropólogo, para o perito?", questiona Adalto, de maneira retórica. "Se não der dinheiro para a Funai [de Ponta Porã], não sai demarcação da terra, e aí a gente vai ter esses problemas. E a Dilma não dá. Então, na minha visão, ela não quer mais arrumar a terra para o índio. É a própria Dilma que está fazendo isso com a gente".
Adalto também se diz preocupado com a aprovação da Portaria 303, da Advocacia Geral da União (AGU). Caso entre em vigor, a polêmica medida permitirá intervenções militares e empreendimentos hidrelétricos, minerais e viários em terras indígenas sem consulta prévia aos povos, além de prever a revisão dos territórios já demarcados e homologados. "Se valer aquilo ali, a gente está tudo na rua. É o governo e todo mundo querendo pegar a terra. Não tem como defender", conclui.
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