"Após ser citado em áudio que levou o senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves
para a prisão, Romário rebate: "Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que
responderão à Justiça"
Pragmatismo Político
No áudio gravado de conversa com Delcídio Amaral, o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, afirma que Romário possuía conta na Suíça, e que o ex-atacante foi avisado para retirar seu dinheiro do banco BSI.
Em julho deste ano, a revista Veja publicou que o senador pelo PSB-RJ tinha uma conta no país europeu não-declarada à Receita Federal brasileira e apresentou extratos para comprová-la.
Romário negou, viajou até a Suíça para desmentir a publicação; o banco BSI afirmou que o extrato apresentado pela revista era falso e mostrou um documento no qual diz que a conta não existe.
O BSI foi adquirido em 2014 pelo BTG Pactual, que tem André Esteves — preso também nesta quarta-feira na Operação Lava Jato — como um de seus sócios.
Confira a íntegra do esclarecimento de Romário no Facebook:
“Galera, sobrou de novo para mim. Está brabo o negócio.
Encontrei o senador Delcídio Amaral no dia 4 de novembro, quarta-feira, para tratar da votação de um Projeto de Resolução do Senado (PRS 50/2015), do senador José Serra, do qual fui coautor.
Na ocasião, foi feito um pedido ao senador Delcídio Amaral, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos, para agilizar a tramitação do projeto, que tinha o senador Ricardo Ferraço como relator.
Participaram da reunião o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secretário de Governo, Pedro Paulo, e o senador Ricardo Ferraço. Todos diretamente interessados na aprovação dessa resolução, que propôs o fim de barreiras à cessão de dívida ativa de estados e municípios. Esse foi o teor da reunião.
Hoje chegou à imprensa o áudio de uma conversa do senador Delcídio Amaral e do seu chefe de gabinete com o advogado e o filho do investigado na Operação Lava Jato, ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
No áudio, meu nome é citado. E uma história diferente da relatada acima é contada. O advogado levanta suspeita sobre um assunto que já foi esclarecido por mim e pelas autoridades brasileiras e suíças. Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que responderão à Justiça. Qual a credibilidade do advogado de um bandido, corrupto e responsável por roubar uma das principais empresas do país?
Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão. Não sou responsável pelo que terceiros falam, apenas pelos meus atos. Assim sendo, deixo claro que não tenho nenhum acordo com ninguém e, infelizmente, o dinheiro não é meu. Digo infelizmente porque, com certeza, se fosse meu, seria fruto de muito trabalho honesto.
Descrição da Imagem #PraCegoVer: sobre um fundo amarelo, está escrito “Só pra esclarecer…”
Veja abaixo a transcrição do diálogo em que Delcídio confirma o diálogo com Paes:
Delcídio – O problema, rapaz, hoje eu tava com minha agenda toda organizadinha só a partir das 13 horas. Pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, e com Romário. E com o Ferraço.
Edson – ué, fizeram acordo, né?
Delcídio – Diz o Eduardo que fez.
Edson – Tinha conta realmente do Romário.
Bernardo – Tinha essa conta?
Delcídio – E em função disso fizeram acordo.
Edson – Seu amigo, então, foi comprado.
Delcídio – O que eu achei estranho, ele ter chegado. Eu perguntei “o que você está fazendo aqui, Romario? “Não, não, vim acompanhar o Eduardo”…
Edson – Esquisito.
Delcídio – Esquisito pra caramba.
Edson – Essa é informação que me deram.
Delcídio – Aí o Eduardo falou assim… Delcidio –porque o Eduardo tenho intimidade, o Eduardo foi companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos Correios, ele foi meu braço direito aqui– aí (Eduardo Paes) disse Delcidio eu chamei aqui o Romário, ele falou na frente do Romário… chamei o Romário, nos acertamos uma aliança para o Romário apoiar o Pedro Paulo. Mas tem esse motivo.
Edson – Foi o que eles disseram… quem pode melhor apurar é você.
Delcídio – Porque…não é possível, hoje quando eles chegarem…”ué o que vocês tão fazendo aqui … juntos!” Aí o Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição juntos.
Edson – Para apoiar o Pedro Paulo.
Delcídio – Eu fui tirar uma foto com ele né que ele…porra ia tirar uma fotografia com todo mundo com a mão assim, uma em cima da outra. Eu não entendi mais nada.
Edson – Loucura, né."
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Pragmatismo Político
Com o nome citado nas gravações que levaram Delcídio Amaral (PT-MS), e o banqueiro André Esteves, dono do BTG, para a prisão, o senador Romário Faria usou sua página no facebook para fazer sua defesa.
Em julho deste ano, a revista Veja publicou que o senador pelo PSB-RJ tinha uma conta no país europeu não-declarada à Receita Federal brasileira e apresentou extratos para comprová-la.
Romário negou, viajou até a Suíça para desmentir a publicação; o banco BSI afirmou que o extrato apresentado pela revista era falso e mostrou um documento no qual diz que a conta não existe.
O BSI foi adquirido em 2014 pelo BTG Pactual, que tem André Esteves — preso também nesta quarta-feira na Operação Lava Jato — como um de seus sócios.
“Galera, sobrou de novo para mim. Está brabo o negócio.
Encontrei o senador Delcídio Amaral no dia 4 de novembro, quarta-feira, para tratar da votação de um Projeto de Resolução do Senado (PRS 50/2015), do senador José Serra, do qual fui coautor.
Na ocasião, foi feito um pedido ao senador Delcídio Amaral, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos, para agilizar a tramitação do projeto, que tinha o senador Ricardo Ferraço como relator.
Participaram da reunião o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secretário de Governo, Pedro Paulo, e o senador Ricardo Ferraço. Todos diretamente interessados na aprovação dessa resolução, que propôs o fim de barreiras à cessão de dívida ativa de estados e municípios. Esse foi o teor da reunião.
Hoje chegou à imprensa o áudio de uma conversa do senador Delcídio Amaral e do seu chefe de gabinete com o advogado e o filho do investigado na Operação Lava Jato, ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
No áudio, meu nome é citado. E uma história diferente da relatada acima é contada. O advogado levanta suspeita sobre um assunto que já foi esclarecido por mim e pelas autoridades brasileiras e suíças. Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que responderão à Justiça. Qual a credibilidade do advogado de um bandido, corrupto e responsável por roubar uma das principais empresas do país?
Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão. Não sou responsável pelo que terceiros falam, apenas pelos meus atos. Assim sendo, deixo claro que não tenho nenhum acordo com ninguém e, infelizmente, o dinheiro não é meu. Digo infelizmente porque, com certeza, se fosse meu, seria fruto de muito trabalho honesto.
Veja abaixo a transcrição do diálogo em que Delcídio confirma o diálogo com Paes:
Delcídio – O problema, rapaz, hoje eu tava com minha agenda toda organizadinha só a partir das 13 horas. Pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, e com Romário. E com o Ferraço.
Edson – ué, fizeram acordo, né?
Delcídio – Diz o Eduardo que fez.
Edson – Tinha conta realmente do Romário.
Bernardo – Tinha essa conta?
Delcídio – E em função disso fizeram acordo.
Edson – Seu amigo, então, foi comprado.
Delcídio – O que eu achei estranho, ele ter chegado. Eu perguntei “o que você está fazendo aqui, Romario? “Não, não, vim acompanhar o Eduardo”…
Edson – Esquisito.
Delcídio – Esquisito pra caramba.
Edson – Essa é informação que me deram.
Delcídio – Aí o Eduardo falou assim… Delcidio –porque o Eduardo tenho intimidade, o Eduardo foi companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos Correios, ele foi meu braço direito aqui– aí (Eduardo Paes) disse Delcidio eu chamei aqui o Romário, ele falou na frente do Romário… chamei o Romário, nos acertamos uma aliança para o Romário apoiar o Pedro Paulo. Mas tem esse motivo.
Delcídio – Porque…não é possível, hoje quando eles chegarem…”ué o que vocês tão fazendo aqui … juntos!” Aí o Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição juntos.
Edson – Para apoiar o Pedro Paulo.
Edson – Loucura, né."
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