sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS CHEGA A US$ 11,9 BILHÕES EM JANEIRO


Cada vez mais pressionado no cargo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sairá de férias 
mais uma vez. Segundo a revista Crusoé, Bolsonaro resolveu "dar um descanso" ao ministro 
na sequência do Carnaval. Ele vai folgar até o dia 28/II, de acordo com autorização de 
Bolsonaro publicada na edição desta sexta-feira 21/II do Diário Oficial da União. Em janeiro, 
Guedes já havia tirado dez dias de férias.
As contas externas registraram saldo negativo de US$ 11,879 bilhões, em janeiro, informou hoje (21) 
o Banco Central (BC). Em janeiro do ano passado o déficit em transações correntes (contas 
externas), compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros 
países, era menor: US$ 9,045 bilhões. O déficit de janeiro deste ano foi o maior para o mês desde de 
2015, quando foi registrado saldo negativo de US$ 12,010 bilhões.
Segundo o BC, o aumento do déficit no início deste ano decorreu do saldo negativo da balança 
comercial (exportações e importações de mercadorias), chegando a US$ 2,563 bilhões. Em janeiro de 
2019, houve superávit comercial de US$ 1,056 bilhão.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado da 
balança comercial foi impactado pelo recuo de 19,5% nas exportações de bens, que totalizaram US$ 
14,501 bilhões em janeiro de 2020, contra US$ 18,023 bilhões, em igual mês de 2019. Segundo ele, 
geralmente, as exportações são menores em janeiro, mas neste ano foram afetadas pela crise 
argentina que reduziu a demanda por manufaturas brasileiras, pelos impactos do desastre de 
Brumadinho e pela desaceleração da economia chinesa.
Rocha disse ainda que não há dados suficientes para confirmar que o coronavírus esteja impactando 
as exportações brasileiras, mas há sinais de que isso acontece por efeito da ampliação do feriado na 
China e fechamento de fábricas. “A gente não tem ainda informações para comprovar ou refutar essa 
hipótese. É provável que tenha tido uma diminuição da demanda chinesa”, disse.
Rocha acrescentou que, por outro lado, houve menor pagamento de juros para investidores 
estrangeiros o que fez a conta de renda primária ter um déficit menor. Em janeiro, as remessas de 
juros chegaram a US$ 4,002 bilhões contra US$ 4,617 bilhões no mesmo mês do ano passado. No 
total, a conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em 
US$ 6,766 bilhões no mês, contra US$ 7,272 bilhões, em janeiro de 2019.
No total, a conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa 
em US$ 6,766 bilhões no mês, contra US$ 7,272 bilhões, em janeiro de 2019.
(...)

Nenhum comentário: