sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Chefe da Força Nacional perdeu eleição no Ceará para Camilo, do PT


Natural de Fortaleza, Theophilo disputou a eleição para o governo do Ceará pelo PSDB. Fr
agorosamente derrotado, desfiliou-se do partido para assumir o cargo no governo 
Bolsonaropor 
Hugo Souza
O secretário nacional de Segurança Pública, general Theophilo, a quem a Força Nacional de 
Segurança Pública está diretamente subordinada, foi derrotado nas eleições 2018 por Camilo 
Santana, do PT, na disputa pelo governo do estado do Ceará. E não foi por pouco: Camilo foi 
reeleito no primeiro turno com 80% dos votos. Theophilo amealhou pouco mais de 11%.
Natural de Fortaleza, Theophilo disputou a eleição para o governo do Ceará pelo PSDB. 
Fragorosamente derrotado, desfiliou-se do partido para assumir o cargo no governo Bolsonaro, 
no qual é subordinado, por sua vez, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Por meio da portaria 89 publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira, 19, Moro 
autorizou “o emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de policiamento 
ostensivo e, se necessário, repressivo, no estado do Ceará”, no período de 20 de fevereiro até 
19 de março.
O comandante da Força Nacional, coronel Aginaldo Oliveira, também é cearense, do município 
de Alto Santo, e foi comandante do Batalhão de Policiamento Especializado (BPE) da Polícia 
Militar do Ceará. No primeiro governo Camilo, Aginaldo foi coordenador do 2º Curso de 
Operações Especiais do Estado do Ceará (Coesp), conhecido como “Curso de Formação de 
Caveiras”.
‘O bicho vai pegar’
Nesta quinta-feira, 20, Jair Bolsonaro assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem para 
emprego das Forças Armadas no Ceará. Depois, disse: “o bicho vai pegar”.
Também nesta quinta, o jornal O Povo, de Fortaleza, adiantava que “o Exército, através do 
Comando Militar do Nordeste, já acionou os chamados pelotões de pronto-emprego, com 
militares de unidades da Bahia e Pernambuco”.
Como em uma conjunção de astros, o comandante Militar do Nordeste, general do Exército 
Marco Antonio Freire Gomes, é mais um cearense na cúpula da “ajuda” do governo Bolsonaro ao 
Ceará por causa do motim de policiais militares do estado. Antes de ocupar o posto, o general foi 
secretário-executivo de Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência 
da República.
Ex-estagiário das Special Forces em Fort Bragg, Carolina do Norte, Marco Antonio Freire Gomes 
tem ainda no currículo um curso de “gerenciamento de crises” no Departamento de Defesa dos 
Estados Unidos da América, Washington, DC.

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