terça-feira, 25 de setembro de 2012

UM CRIME MUITO ESTRANHO


Esta foto é no momento que o policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa, natural de Campinas (São Paulo), está no aeroporto comprando sua passagem.


POLICIAL RODOVIÁRIO QUE MATOU VIGILANTE, DEIXOU SANTARÉM ESCOLTADO E FARDADO DE POLICIAL MILITAR

A população está indignada com o desfecho de um crime bárbaro ocorrido em Santarém na manhã desta segunda (24/09). A versão do policial rodoviário federal Carlos André, que atirou em David Martins, foi que após o vigilante abordar alguns jovens com uma suposta arma, o policial então pensou que fosse um assalto e reagiu mantando o vigilante.
Mas outra fonte de informação que chegou em nosso blog é que o vigilante tentou impedir que dois jovens colocassem uma bandeira do candidato Alexandre Von 45 no Mirante do Tapajós, pois por ser local público é proibido pela Lei Eleitoral a utilização do espaço para a propaganda política, então o vigilante tentou impedir e foi surpreendido pelo assassino.
Existem outras versões que a cada momento surge na cidade, que faz do crime um quebra cabeça, inclusive suspeitas de crime de pistolagem e outras versões mais. Mas o que deixou a população estarrecida foi a maneira de como a policia tratou o crime.
Logo após o assassinato o policial Carlos André, permaneceu no local armado até a chegada da polícia militar, então aí começou um jogo de cena de deixar qualquer cidadão desconfiado pela forma de como os policiais tentaram manobrar e encobrir o crime.
Os policiais militares ao isolarem a área onde estava o criminoso e a vítima, ficaram por horas conversando sem permitir a presença de ninguém, e por fim conduziram o assassino que demonstrava estar sorrindo, para a delegacia de polícia civil.


Mirante do Tapajós, local onde ocorreu o assassinato sendo isolado pela polícia - Foto: O Impacto

O DRAMA DOS FAMILIARES QUE COBRAVAM JUSTIÇA
Na delegacia os policiais militares não permitiram que a imprensa e ninguém se aproximasse do assassino, causando estranheza, pois a PM sempre expõe para a imprensa em geral, até com o intuito de ser transparente, qualquer suspeito ou criminoso.
Foi que os familiares e conhecidos da vítima, chegaram em caravana para cobrar justiça em frente a delegacia, inclusive a mãe de David, Dona Raimunda que é professora. Então começou uma trama por parte dos policiais inaceitável, que revoltou a população.
O que se esperava por todos os cidadãos santarenos da polícia, é que o assassino fosse conduzido para o presídio, e pedido sua prisão temporária de 5, 10 ou até 30 dias, para que fosse esclarecido o crime e acabasse de vez com as dúvidas sobre o episódio.
Mas o que a população assistiu na tarde desta segunda (24), foi um espetáculo de impunidade. A polícia Militar de Santarém que tem como comandante o tenente Coronel Antenor Oliveira, que foi indicado ao Governador Simão Jatene, para este cargo, por Alexandre Von 45 e Lira Maia, surpreendeu a família santarena.


A Professora Raimunda, mãe do vigilante assassinado - Foto: O Impacto

A FUGA CINEMATOGRÁFICA DO ESTRANHO ASSASSINO
O povo exigia uma resposta da polícia sobre o desfecho do episódio, e para todos que estavam ali na frente da delegacia, o assassino iria ser detido em algum quartel, ou dos Bombeiros, do exercito ou em uma cela da PF, mas não foi isso que aconteceu...
Usando uma farda oficial da Policial Militar do Pará, o assassino saiu do prédio da Polícia Civil de Santarém e foi escoltado por policiais fortemente armados até o aeroporto, e rindo comprou uma passagem, trocou de roupa no banheiro do aeroporto e viajou.
Tudo com a proteção da Polícia Militar de Santarém que em nenhum momento,deixou a imprensa se aproximar do assassino. Isso causou grande repercussão nas redes sociais, começou então a grande desconfiança que há por trás desse crime algo que os policiais tentaram esconder, pois não é a prática da polícia militar fazer esse tipo de coisa.


Momento em que o policial saiu do banheiro do aeroporto,já sem a farda da PM - Foto: O Impacto
 
QUESTIONAMENTOS QUE ESTÃO SURGINDO NAS REDES SOCIAIS
1_O policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa, é natural de Campinas (São Paulo), mas segundo a policia local, ele trabalha na PRF em Brasília, o que causa mais desconfiança na população é que ele comprou uma passagem para Belém.
Viajou tranquilamente na tarde do dia em que cometeu o crime, para a capital do estado, onde foi recebido segundo nossas fontes, por pessoas que supostamente seriam policiais militares, ao descer no aeroporto de Belém, essa foi a informação que recebemos, não podemos comprovar, só com as filmagens das câmeras do aeroporto.
2_Outra mais intrigante que surgiu após o assassino fugir da cidade, foi: por que não pediram a prisão temporária dele? Para que fosse esclarecido para a população, se o vigilante foi morto mesmo ao impedir que colocassem a bandeira do candidato do governador no Mirante? Ou se a versão do policial rodoviário federal era a correta? Ou se há outra versão que esclareça este crime afinal?
3_O que ficou para a população de Santarém é que a polícia militar tentou esconder algo que poderia ser grave, ou para o candidato do governador, caso aí o Alexandre Von 45, ou algo inexplicável que só uma investigação federal pode esclarecer de vez os fatos.
O que deixa o cidadão indignado é que houve clara facilitação para que o assassino deixasse Santarém de maneira impune, após assassinar um pai de família, trabalhador que estava cumprindo com suas obrigações em seu posto de trabalho.
4_Porque nos leva a desconfiar que em menos de 24 horas, sumiram com os supostos cabos eleitorais que queriam colocar a bandeira do Von 45 no Mirante e com o assassino que pode até ter cometido o crime por pura fatalidade, mas se quisessem esclarecer, não deveriam deixa-lo sair de Santarém.
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Um comentário:

Lújam disse...

Não apenas no Pará, mas em todo Brasil a população tem estado desanimada e desacreditada de sua polícia. Os homens que foram instruídos e preparados para proteger, muitas vezes ganham os noticiários no papel de vilão. Eu conheço algumas pessoas que já foram, de algum modo, 'vitimadas' por policiais. Eu sou uma dessa pessoas! Descobri que o homem que tentou me raptar era policial e morava na mesma rua que eu... Mas não foi e nem será com base nesses péssimos exemplos (e nessa minha experiência negativa), que deixarei de dar crédito aos nosso policiais. Marginais se passando por mocinhos estão em todas as formas de organizações e trabalho. Uma pessoa morreu, não questiono se era ou não honesta, mas que falemos com franqueza e desprovidos de emoção, que essa pessoa assumiu a responsabilidade do que poderia acontecer-lhe, a partir do momento que procedeu de maneira infeliz. Respeitada ou não, temos Leis. E elas nos dizem claramente o que se configura andar armado sem porte Legal. Sim, minha gente, a mídia é sensacionalista e muitas vezes difamatória. Refinar mentiras para que se pareçam verdades é pra alguns um meio de vida. Mas quanto a você que não trabalha para nenhum meio de comunicação e informação, você que simplesmente se aventura a opinar sobre algo ou alguém que não conhece, e que usa o lastimável acontecimento (que cuminou na morte de alguém) para demostrar seu desabafo com o que você não concorda em nossa segurança e até generaliza, acaso não está você, também sendo sensacionalista e difamatório? O policial Carlos André da Conceição Costa, esse homem que por muitos foi apontado como vilão, tem uma história brilhante dentro de sua corporação, a PRF. Ele não se fez policial do dia pra noite, não comprou o gabarito no dia do concurso; Ele, diferente de todos os péssimos referenciais de policiais que já tivemos conhecimento, traçou sua caminhada desde o início de sua vida adulta (palavras de quem o conhece), objetivando ser e fazer o seu melhor. Não será este incidente trágico, usado por políticos oportunistas (capazes até de se utilizar da morte de alguém para se promover) e de uma mídia sem ética profissional e neutralidade, que fará sua imagem ser menos bem quista ou vista. Não me importaria saber se o homem que morreu ( e que lamento por isso) estava com as mãos na cabeça ou na cintura. Conhecendo o exemplo de profissional com carreira brilhante e caráter excepcional que o PRF em questão é, me atrevo a dizer, sem hipocrisia ou demagogia, que mesmo que no lugar do vigilante morto estivesse o meu irmão ou meu próprio pai, eu descansaria a minha mente na certeza que tendo agido da maneira como agiu, o PRF fez a coisa certa. Ninguém sai a passeio com sua namorada planejando matar alguém. Se o Policial Carlos André, interrompeu suas férias e seu lazer para exercer uma função cabível a ele no papel de policial, ainda que em face do termino trágico que todos tiveram conhecimento, deveria ser ele parabenizado e não julgado indevidamente pela própria população, que julgou ele estar prestando seus serviços. Mas quem sou eu para que alguém me dê crédito? O Slogan de policial assassino garante mais audiência e assunto pra quem gosta de especular. Desde sempre as autoridades são cobradas a não deixar impune os policiais que transgredem sua conduta, só espero que eles não tentam agora usar um 'bode expiatório' pra satisfazer uma população que não reflete. Acho que estou começando a perceber porque há tantos policiais corruptos dentro da segurança pública: As pessoas de bem, que poderiam se transformar em exímios profissionais assim como o PRF Carlos André, estão preferindo se abster da área. Mas não é temendo que suas vidas sejam ceifadas por um marginal, não. É temendo a retalhação e ingratidão da própria gente que eles ajudariam a defender... E eu que pensava que isso só acontecia nas novelas...