O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viaja nesta sexta-feira (24/02)
para Havana, capital cubana, onde fará uma cirurgia para a retirada de
uma lesão na região pélvica, mesmo local de onde um tumor maligno foi
retirado no ano passado.
A previsão é que a operação aconteça no começo
da próxima semana.
A oito meses das eleições presidenciais, a notícia da operação deixou a
Venezuelana em alerta, já que o presidente tentará a reeleição contra o
candidato da oposição MUD (Mesa de Unidade Democrática), Henrique
Capriles. Até então em recuperação do câncer, Chávez agora se ausenta
mais uma vez do país para se tratar, deixando dúvidas se poderá
concorrer em outubro desse ano. Ele chegou a declarar que há grandes
chances de ter mais um tumor maligno.
Na véspera da viagem à Havana, Chávez disse estar preparado para
enfrentar o "pior dos cenários", porém, reiterou sua candidatura à
Presidência e prometeu sair vitorioso das urnas.
"Se esse novo elemento que eu tenho aí encubado for maligno, iremos
combatê-lo e expulsá-lo da mesma forma", disse Chávez, diante de
centenas de simpatizantes em um ato governamental em homenagem a ele,
realizado em um teatro no centro da capital. "Tenham certeza que os
guiarei, ainda na pior das dificuldades, a uma nova vitória em 7 de
outubro. É preciso me preparar para enfrentar o que for. Isso não é uma
despedida, eu vou ali e já volto", acrescentou.
Há oito meses, Chávez fez uma cirurgia em Havana também para a extração
de um tumor na região pélvica – a mesma área que novamente é alvo de um
tumor. Na ocasião, ele fez sessões de quimioterapia e radioterapia em
Cuba e na Venezuela, no Hospital Militar de Caracas. A viagem do
presidente a Havana foi autorizada pela Assembleia Nacional da Venezuela
ontem por unanimidade.
“O presidente da República é, acima de tudo, um ser humano que merece
exercer o direito de se tratar", disse o vice-presidente do Parlamento,
Aristóbulo Istúriz. O deputado da oposição Alfonso Marquina acrescentou
que os opositores desejam a Chávez sua pronta recuperação e defendeu que
o vice-presidente Elías Jahúa exerça as funções presidenciais, e não o
presidente, a distância.
"Não se pode governar de outro ponto que não seja o território
nacional. À frente do país deve estar o vice-presidente executivo, não
se pode emitir decretos nem assinar leis", disse Marquina.
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