sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Chávez viaja para Cuba e promete vitória eleitoral apesar de doença

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viaja nesta sexta-feira (24/02) para Havana, capital cubana, onde fará uma cirurgia para a retirada de uma lesão na região pélvica, mesmo local de onde um tumor maligno foi retirado no ano passado.
A previsão é que a operação aconteça no começo da próxima semana.
A oito meses das eleições presidenciais, a notícia da operação deixou a Venezuelana em alerta, já que o presidente tentará a reeleição contra o candidato da oposição MUD (Mesa de Unidade Democrática), Henrique Capriles. Até então em recuperação do câncer, Chávez agora se ausenta mais uma vez do país para se tratar, deixando dúvidas se poderá concorrer em outubro desse ano. Ele chegou a declarar que há grandes chances de ter mais um tumor maligno.
Na véspera da viagem à Havana, Chávez disse estar preparado para enfrentar o "pior dos cenários", porém, reiterou sua candidatura à Presidência e prometeu sair vitorioso das urnas.
"Se esse novo elemento que eu tenho aí encubado for maligno, iremos combatê-lo e expulsá-lo da mesma forma", disse Chávez, diante de centenas de simpatizantes em um ato governamental em homenagem a ele, realizado em um teatro no centro da capital. "Tenham certeza que os guiarei, ainda na pior das dificuldades, a uma nova vitória em 7 de outubro. É preciso me preparar para enfrentar o que for. Isso não é uma despedida, eu vou ali e já volto", acrescentou.
Há oito meses, Chávez fez uma cirurgia em Havana também para a extração de um tumor na região pélvica – a mesma área que novamente é alvo de um tumor. Na ocasião, ele fez sessões de quimioterapia e radioterapia em Cuba e na Venezuela, no Hospital Militar de Caracas. A viagem do presidente a Havana foi autorizada pela Assembleia Nacional da Venezuela ontem por unanimidade.
“O presidente da República é, acima de tudo, um ser humano que merece exercer o direito de se tratar", disse o vice-presidente do Parlamento, Aristóbulo Istúriz. O deputado da oposição Alfonso Marquina acrescentou que os opositores desejam a Chávez sua pronta recuperação e defendeu que o vice-presidente Elías Jahúa exerça as funções presidenciais, e não o presidente, a distância.
"Não se pode governar de outro ponto que não seja o território nacional. À frente do país deve estar o vice-presidente executivo, não se pode emitir decretos nem assinar leis", disse Marquina.
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