terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O perdão dos fortes




O presidente Rafael Correa, do Equador, acaba de dar um tapa  de luvas em seus detratores.
Anunciou o perdão da indenização judicial a que foram condenados editorialistas e donos do jornal “El Universo”, que o acusaram de mandar o Exército abrir fogo contra civis na tentativa de insurreição policial em que foi agredido.
Pouco importava à direita que não tenha sido aberto fogo e que a ordem jamais tenha sido dada.
A condenação por danos morais, de US$ 40 milhões de dólares, foi perdoada pelo presidente “tirânico e autoritário”. Bem como a sentença de três anos de detenção que a Suprema Corte aplicou-lhes.
“”Embora eu saiba que muitos querem que não seja feita nenhuma concessão aos que não merecem, e embora tenha tomado a decisão de iniciar este julgamento, decidi ratificar algo há tempos decidido em meu coração (…) perdoar os acusados, concedendo a eles a remissão das condenações que merecidamente receberam”, disse Rafael Correa.
Mas essa gente é tão desavergonhada que, mesmo diante desse ato de grandeza, vai criar mil e uma chicanas para chamar a Correa de tirania e ataque á liberdade de imprensa.
Que, entretanto, sai com um estigma indelével deste episódio.
Porque, bem o disse Correa, há perdão, mas não o esquecimento.
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