sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vaticano responde a acusações de corrupção

Representantes da Sala de Imprensa do Vaticano emitiram dois comunicados esclarecendo acusações de corrupção feitas pelos jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi, no programa “Gli Intoccabili”; e Angela Camuso, autora do artigo “Riciclaggio, quattro preti indagati: I silenzi del Vaticano sui controlli”, publicado no último dia 8.
Os jornalistas acusam o governo depois  terem acesso a uma suposta carta enviada pelo secretário geral de governança para o papa Bento XVI, reclamando de ações de corrupção e desperdício de dinheiro, que levaram a prejuízos nas contas públicas da cidade-estado.
A Sala de Imprensa negou todas acusações que, segundo a suposta carta, envolviam membros do governo e do IOR (Instituto para as Obras Religiosas), que fiscaliza e administra patrimônios doados à Santa Sé. O comunicado afirma ainda que o artigo representa “uma notável falta de seriedade” e que “as informações divulgadas no programa não representam a verdade”. O documento esclarece cada ponto abordado pelos jornalistas, e responde apresentando dados e explicações já dadas à Justiça Italiana.
Segundo o documento, o “efeito difamatório das acusações é resultado do uso do termo ‘incriminado’ em relação ao Presidente da IOR, Ettore Gotti Tedeschi, e o Diretor Geral, Paolo Cipriani. Nem um, nem o outro jamais foram incriminados, apenas prestaram esclarecimentos perante a justiça italiana”, conclui.
Leia parte do comunicado:
"Além disso, o artigo não diz que, a partir dos anos 2006-2007, o IOR está se esforçando com determinação na análise das contas e na verificação de seus clientes para acertar e descobrir a eventualidade de ações suspeitas. O artigo curiosamente preferiu ignorar este esforço do IOR.
A IOR tem cooperado repetidamente com às Autoridades Italianas em todos os níveis. Vale destacar que o IOR sempre forneceu as informações necessárias, até fora dos canais formais. Os fatos mostram que a transmissão (que acusa o Vaticano de corrupção) resulta parcial e não contribui para um quadro objetivo da realidade"
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