sábado, 31 de outubro de 2015

Sr. Promotor, com a devida vênia, o senhor é o retrato da estupidez



POR FERNANDO BRITO

O promotor Jorge Marum, de Sorocaba, que ganhou notoriedade por publicar em seu facebook, edificante comentário sobre a pergunta no Enem – segundo ele o “Exame Nacional-Socialista da Doutrinação Sub-Marxista” – onde Simone de Beauvoir diz que uma mulher “não nasce mulher, torna-se mulher”, mostra como a elite que se adona das instituições brasileiras tornou-se estúpida.
” Aprendam jovens: mulher não nasce mulher, nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e não se depila. Só depois é pervertida pelo capitalismo opressor e se torna mulher que toma banho, usa sutiã e se depila”
Evidente que a “baranga francesa” é um personagem do século 20, enquanto o Dr. Marum é apenas um troglodita do 21, destes que se pode encontrar nos botequins da madrugada, cuspindo para o lado e classificando as mulheres que passam em “gostosas” ou “barangas”, cogitando se tomaram banho ou se estão de sutiã.
Perfeitamente, nada de original se o indigitado personagem daí a pouco saísse rumo a sua cotidiana função de vender pepinos na feira, gritando que “moça bonita não paga, mas também não leva” – com o devido perdão aos feirantes, gente boa e trabalhadeira. Há disso na vasta fauna humana e é para isso que as ideias progridem, para ir retirando pessoas da barbárie.
E nem é assim a maioria dos humildes, porque aprendi a ser respeitoso com um pintor de paredes, que mal garatujava o nome e nunca ouviu falar de Beauvoir ou Sartre, lá no Iapi de Realengo.
Mas o Dr. Marum, não.
Porque ele tem uma investidura da qual não está livre jamais em público, porque é promotor de Justiça e tem poder sobre a vida, a liberdade e o convívio humano.
Mais, porque tem recursos intelectuais que lhe permitem avaliar a extensão do que faz e do que diz publicamente, e dizer no facebook é dizer publicamente.
E faz tempo que vem dizendo o que é.
Já em 2011, afirmava que ” contra o pensamento único, serei sempre minoria, mesmo que só restem eu e o Reinaldo Azevedo!”
Infelizmente, Dr. Marum, existem mais.
Muitos, inclusive, ascendidos ao Ministério Público e até à Magistratura porque, bem escolarizados e em geral à custa dos recursos de universidades públicas, puderam passar em um concurso que lhes garante bons salários e uma condição próxima da divindade.
Como tem recursos de erudição, o Dr. Marum, bom covarde que é, apaga seus comentários e diz que fez, “apenas”, uma ironia.
Pior a emenda, doutor, porque ironia é dizer o contrário do que se quer dizer e em questões femininas repare da diferença da ironia de Mario de Andrade sobre as mulheres da aristocracia paulista: “Moça linda bem tratada,/três séculos de família,/burra como uma porta:/um amor!
Veja, Dr. Marum, que o grande autor paulista retrata, com o talento que lhe falta, a condição desejada às mulheres naquela São Paulo que o senhor endeusa, a da sociedade paulistana dos anos 30.
Diz o contrário do que deseja, porque deseja o contrário do que diz, enquanto o senhor diz exatamente o que pensa, mesmo num sentido vergonhoso do que seja o verbo pensar.
O senhor é uma pobreza mental, embora regiamente paga pelo sofrido povo brasileiro para castigá-lo.
Mas é também uma prova de que a “meritocracia”, hoje resumida a passar num concurso público, está fazendo com o nosso país.
ente que recebeu tudo, desde a escola até um alto cargo, do povo brasileiro, das pessoas humildes que lhe custearam os estudos e lhe pagam o salário virarem isso: uma estranha ironia, onde se diz o que ninguém merece ouvir.
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Ministério da Comunicação vai investir R$ 15 bi em banda larga



No meio de tanta desgraceira, com a imprensa mais apocalíptica do que nunca, eis que me chega 
uma grande notícia por email.
Só não quero comemorar porque já estou escaldado. Quero ver esse dinheiro se materializar e chegar 
na rua: R$ 15 bilhões para banda larga. É um bom dinheiro, embora saibamos que seja necessário 
muito mais.
Quanto mais internet, e quanto melhor a internet, mais fácil será vencermos o império da mentira que 
a mídia corporativa tenta estabelecer no país.

REPNBL aprova R$ 15 bilhões de investimentos em banda larga

Brasília, 29/10/2015 – O Ministério das Comunicações (MC), através do Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL), aprovou, até o final de outubro deste ano, R$ 15,1 bilhões em investimentos para as redes de banda larga. Os 1.167 projetos de infraestrutura apresentados por empresas de telecomunicações vão beneficiar 3.699 cidades em todos os estados do Brasil.
Com o REPNBL, o MC concedeu benefícios tributários a companhias que submeteram projetos de construção e modernização de redes de internet. Até o término do prazo de inscrições, que ocorreu em junho, foram encaminhadas 1.229 propostas, que totalizaram R$ 17,3 bilhões em investimentos. As análises dos projetos restantes devem ser concluídas em dezembro de 2015.
No recorte por região, o Sudeste e o Nordeste concentram mais de 70% dos investimentos aprovados, somando R$ 11 bilhões em projetos. São Paulo (R$ 4,6 bi), Minas Gerais (R$ 1,8 bi), Rio de Janeiro (R$ 965 mi), Bahia (R$ 833 mi) e Paraná (R$ 808 mi) são os estados que atraíram mais aportes.
Pelo menos 80% dos desembolsos das empresas são direcionados às redes de acesso, que servem como espinha dorsal do serviço das operadoras. Elas expandem a infraestrutura e reforçam a capacidade de banda, além de interligar as redes menores. Em seguida, 12% dos investimentos são destinados às redes de transporte, que permitem à banda larga chegar diretamente aos usuários.
REPNBL

Iniciado em 2013, o REPNBL permitiu a desoneração de impostos (IPI, PIS/Pasep e COFINS) na implementação de projetos de infraestrutura de banda larga. O objetivo da renúncia fiscal foi a massificação do acesso à banda larga, a expansão e modernização das redes e a redução das diferenças regionais. As obras de infraestrutura aprovadas pelo MC, e habilitadas pela Receita Federal, devem ser concluídas até 31 de dezembro de 2016.

O POVO NÂO É BOBO !! PROFESSORES DO DF EXPULSAM A GLOBO

EXCLUSIVO: BICUDO FOI LOBISTA DA ALSTOM, PRINCIPAL ENVOLVIDA NO ESCÂNDALO DOS TRENS EM SP


Bicudo: lobista da Alstom.  Conhecido como “Titio” na empresa, segundo anotações da polícia, 
jurista disse que “é possível que tenha tido” conta na Suíça.

por : Joaquim de Carvalho

Uma das faces de Hélio Bicudo é conhecida há cerca 40 anos, quando ele se destacou como procurador de justiça no combate aos esquadrões da morte. A outra é mais recente: a do ex-petista indignado com a corrupção, que quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas há ainda uma terceira face de Bicudo, esta desconhecida dos brasileiros: a de intermediário de contratos no setor elétrico. A considerar o que a Justiça da Suíça apurou sobre a corrupção do grupo multinacional Alstom no Brasil, Bicudo é um moralista sem moral.
“Bicudo era um intermediário e como tal ele viabilizou em 1971 um importante contrato para a Cogelex no Brasil”, definiu um ex-executivo do da Alstom no Brasil, o francês Michel Yvan Cabane, em depoimento prestado ao Ministério Público da Suíça, em 2009.
A Cogelex faz parte do grupo Alstom e, na época em que Bicudo viabilizou o contrato para a empresa, a multinacional ampliava sua atuação no Brasil, com obras, serviços e venda de equipamentos para a Eletropaulo, na época uma empresa pública, e também para Furnas.
Cabane contou que contratou Bicudo porque ele “era naquela época consultor jurídico de uma parte do governo”. O ex-executivo lembrou ainda que o então procurador de justiça tinha um sobrinho, Mário Bicudo Filho, que era diretor jurídico da CESP, a empresa estatal que cuidava da geração de energia em São Paulo.
O trabalho dos dois Bicudos em favor da Alstom atravessou a década de 70, permaneceu na década de 80 e ainda se manteve na década de 90. Eles eram tão conhecidos da multinacional francesa que, em anotações apreendidas pela polícia suíça, os executivos se referem a eles como “Tonton” (titio em francês) e Neveu (sobrinho, na mesma língua).
Segundo Cabane contou em depoimento de colaboração com a justiça suíça, Titio Hélio recebeu comissão em 1983 pela assinatura de um contrato para a construção de subestações de energia da Eletropaulo para alimentar o Metrô de São Paulo – uma delas, no bairro do Cambuci, recebeu o nome de Miguel Reale, pai do parceiro de Bicudo na campanha pró-impeachment.
Em 1989, quando a Cogelex/Alstom se movimentou para ganhar um novo contrato com o Estado, no valor de 50 milhões de dólares, o nome de Bicudo é novamente citado num manuscrito, sob alcunha Tonton, para lembrar que empresa deveria pagar comissão a ele e a J.L., identificado como João Leiva, secretário de Obras do governo Quércia.
Em 1994, o sobrinho Mário Bicudo Filho é que aparece, numa referência à assinatura de um contrato de consultoria fajuto, elaborado para disfarçar a intenção de pagar 8,5% de propina, caso ele conseguisse tirar do papel o projeto de uma nova subestação de energia em São Paulo. Nuveu (o sobrinho) morreu em 1995, sem conseguir colocar a mão nesse dinheiro.
Quem tirou o projeto do papel foi Robson Marinho, que deu andamento ao contrato em 1995, depois de assumir a chefia da Casa Civil do governador Mário Covas.
Ainda estatal, no governo Mário Covas obteve financiamento e a subestação saiu do papel. Robson Marinho foi para o Tribunal de Contas do Estado, nomeado por Mário Covas, e lá, mais tarde, aprovou o contrato, mesmo tendo sido assinado sem realização de concorrência pública.
Em troca, além das comissões pagas a Hélio Bicudo no passado, quando o contrato principal foi assinado, a Cogelex/Alstom liberou propina para Robson Marinho e outras autoridades do governo do Estado, não nomeadas, mas que, com o aprofundamento das investigações, é possível identificar, pois se trata do secretário de Energia (identificado na papelada na Alstom por S.E.) da época.


O francês Michel Cabane, delator do esquema da Alstom no Brasil

Um dos que ocuparam a Secretaria foi Andrea Matarazzo, que ficou apenas alguns meses no cargo. O outro é David Zilberstein, então genro do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que permaneceu mais tempo à frente da Secretaria.
As anotações da diretoria da Alstom registram o pagamento de propina “ao partido do governo” – PSDB. Cabane, o executivo que entregou Bicudo no depoimento colaborativo à Justiça, disse que não sabia quem, em nome do partido do governo, recebeu esse dinheiro.
Segundo ele, a resposta poderia ser dada por outro executivo da Alstom, Jonio Kaham Foigel, que mora em São Paulo, mas não foi localizado para depor e responde à revelia processos civil e criminal. Hélio Bicudo escapou do processo em razão do tempo em que, comprovadamente, recebeu dinheiro da Alstom.
Hélio Bicudo foi chamado para depor no Ministério Público Estadual, onde a investigação é conduzida por dois promotores conhecidos pela independência, José Carlos Blat e Sílvio Marques.
Bicudo é apresentado como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, mas não soube (ou não quis) responder a uma pergunta simples: ele tem ou teve conta na Suíça?
Disse que é possível que tenha tido, já que recebia seus “honorários” por depósitos bancários da matriz. Honorário é como ele chama o dinheiro que recebeu da Alstom. Disse que seu trabalho era o de advocacia – segundo ele, permitido pela lei da época, em caso de licitação internacional.
Ainda que a lei permitisse que um procurador de justiça atuasse num caso envolvendo interesses do Estado, o que não permitia, a versão de Bicudo se choca com o depoimento do réu colaborador Michel Cabane.
À pergunta dos procuradores suíços sobre a existência ou não de licitação, o ex-executivo da Alstom disse:
“A resposta é não”, disse. “O primeiro projeto chegava mais ou menos à casa de 80 milhões de dólares e para isso não houve licitação internacional”, acrescentou.
Em nenhum trecho do depoimento, Cabane diz que buscava em Bicudo seus conhecimentos jurídicos. Era “intermediação”.
Em São Paulo, depois de ouvir Bicudo, os promotores se reuniram para discutir a hipótese de processar o ex-procurador de justiça, mas concluíram que a ação de Bicudo é anterior à lei de improbidade administrativa, o que tornaria o processo nulo.
No âmbito criminal, eles avaliam que, se o caso fosse recente, ele seria ser enquadrado, no mínimo, pelo crime de advocacia administrativa. “Com certeza, seria exonerado do Ministério Público”, disse um dos promotores.


Reservadamente, eles até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça. Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?
Sílvio Marques e Blatt fazem parte da equipe responsável pelos processos que bloquearam os bens da família Maluf e resultaram na repatriação de 1 milhão de dólares, o equivalente a R$ 3,9 milhões de reais, que Celso Pitta mantinha num banco das Ilhas Cayman.
Os promotores também conseguiram trazer do exterior 80 milhões de dólares, entre depósitos bancários da família Maluf e o dinheiro da indenização dos bancos que admitiram o erro por lavar dinheiro de corrupção na prefeitura de São Paulo.
Mais surpreendente do que o cerco a Maluf e Pitta foi a ação que levou ao afastamento de Robson Marinho do Tribunal de Contas do Estado, pelo ineditismo da punição a um tucano.
Justiça seja feita: nada disso teria acontecido se, em 2004, uma auditoria interna da KPMG não tivesse descoberto na contabilidade da Alstom a transferência de 20 milhões de euros (o equivalente a 100 milhões de reais) para a Suíça e Liechtenstein. Era o fio de um novelo que levaria ao caixa 2 usado pela empresa para corromper autoridades mundo afora.
Para esconder provas, antes que o inevitável processo fosse aberto na França, a Alstom carregou um caminhão com documentos e despachou tudo para a Suíça, onde, sem que os franceses soubessem, já havia uma investigação em andamento.
“Os policiais suíços foram até o endereço da Alstom na Suíça e apreenderam tudo”, conta Sílvio Marques, que já esteve quatro vezes em Berna, capital da Suíça, em busca de provas para o inquérito civil que abriu em São Paulo, depois que tomou conhecimento, em 2008, de que Wall Street Journal havia publicado uma reportagem denunciando a corrupção da Alstom na Eletropaulo e no Metrô de São Paulo.
Marques disse que os documentos sobre a Alstom lotam armários de uma sala de 100 metros quadrados num prédio de Berna, com documentos sobre a atuação da Alstom no mundo todo.
O Brasil tem um armário só para ele, e o nome Furnas não é desconhecido dos suíços. Mas, para investigar a estatal, o Ministério Público Federal ou o Ministério Público do Rio de Janeiro, únicos com competência para apurar crimes em Furnas, nem precisariam ir tão longe.
Bastaria investigar a lista assinada em 2002 por um diretor da empresa, Dimas Fabiano Toledo, confessando o caixa 2 que abasteceu 156 políticos, todos da base do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Além dos corruptos, Dimas nomeia os corruptores, e a Alstom é uma das primeiras empresas relacionadas.
Dimas fez a lista para que nunca se tornasse pública e servisse de instrumento para pressionar políticos a lutarem pela sua manutenção no cargo – o que conseguiu.
Mas, em 2005, no auge da crise do mensalão, a lista apareceu, com os nomes como Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.
A lista é autêntica, como já comprovou perícia da Polícia Federal, mas sucessivos chefes da Procuradoria Geral da República agem como se ignorasse o fato e parecem acreditar na versão da Polícia Civil de Minas Gerais, insistentemente divulgada ao tempo em que Aécio era governador do Estado, de que a lista é obra de uma quadrilha de falsários.
Esta semana, foi-se mais uma esperança de que, enfim, a lista fosse investigada pelo Ministério Público. O atual procurador geral, Rodrigo Janot, se opôs ao aprofundamento da investigação sobre o ex-governador Antônio Anastasia, citado na Operação Lava Jato como destinatário de um dinheiro de caixa 2, que poderia ser de Furnas.
Janot já tinha se manifestado contra a abertura de inquérito, mesmo depois do doleiro Alberto Youssef dizer que despachou dinheiro de caixa 2 para Belo Horizonte e o portador dizer que a pessoa que ficou com a quantia de 1 milhão de dólares se parecia com o ex-governador de Minas.
Para Janot, não era indício suficiente. Depois disso, uma moradora de Belo Horizonte enviou apontou, em denúncia enviada para um e-mail da Presidência da República, a casa de uma prima de Aécio Neves como o local onde Anastasia teria recebido o dinheiro.
É uma mansão feita de pedras, no bairro de Belvedere, em Belo Horizonte. Eu estive lá e apurei que o endereço era muito frequentado por políticos, inclusive para participar de festas. Para Janot, o indício não é suficiente sequer para abrir um inquérito.
Então tá.

A NATUREZA BRUTA DO RONALDO CAGADO

ZÉ RUELA CARDOZO SE EXIME DE PRENDER O LULA


Por acaso, os delegados o obedeceriam?

O ministro  Ruela da Justiça deu uma entrevista à IstoÉ e demonstrou que não tem nenhuma 
responsabilidade e autoridade sobre os seus constitucionalmente subordinados, os delegados 
aecistas e grampeadores

(...) ISTOÉ – O ex-presidente Lula reclamou com o sr. sobre abusos nas investigações?

Zé Ruela Cardozo – Nunca recebi do presidente Lula nenhuma crítica direta e tenho tido com ele 
uma excelente relação. Pela imprensa, sei que setores do PT e da oposição criticam a minha postura 
de não “controlar” as investigações. Tenho minha consciência absolutamente tranquila em relação a 
isso. Em um Estado de Direito, o ministro da Justiça não deve jurídica e eticamente tentar controlar 
uma investigação, dizendo que não se investigue um amigo ou se puna inimigos. A lei é igual para 
todos. O ministro da Justiça só deve atuar para exigir que a lei seja cumprida, apurando eventuais 
abusos e arbitrariedades por parte de policiais.

ISTOÉ – O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o ex-presidente Lula está sofrendo uma 
perseguição “inominável”. O sr. concorda?

Zé Ruela Cardozo – O PT tem o direito de se manifestar sobre aquilo que crê. Já o ministro da 
Justiça não pode emitir juízo de valor sobre investigações que estão em curso. Salvo se houver 
alguma denúncia concreta de que algum mandamento legal foi violado por autoridades policiais. 
Nesse caso, o ministro da Justiça deve determinar a abertura de inquérito policial ou processo 
disciplinar e, ao seu final, emitir sua decisão.

ISTOÉ – O sr. acha que Lula e família estão sendo injustiçados?

Zé Ruela Cardozo – Conheço o ex-presidente Lula há muitos anos, como cidadão e como petista. 
Acredito, sinceramente, que ele jamais se envolveria em desmandos de qualquer natureza, nem 
permitira que pessoas próximas o fizessem.

ISTOÉ – Se o sr. mesmo acha que “Lula jamais se envolveria em desmandos nem permitiria 
que pessoas próximas o fizessem”, não é razoável que ele próprio se sinta vítima de um abuso 
da PF?

Zé Ruela Cardozo – Não se pode confundir as coisas. O cidadão José Eduardo tem suas crenças e 
convicções, formadas ao longo de sua experiência de vida. Já o ministro tem o dever constitucional 
de respeitar o Estado de Direito e cumprir a lei. Jamais transformando as suas razões pessoais ou 
convicções íntimas em razões de Estado. A lei deve ser cumprida, independentemente do que pensa 
o cidadão José Eduardo. Como ministro, só intervirei quando houver caracterização de um 
descumprimento objetivo da lei ou de abuso de poder por parte de policiais. Até agora não recebi 
nenhuma representação de quem quer que seja no sentido de que algum policial tenha violado algum 
dispositivo legal. Aliás, é importante observar que no caso da busca e apreensão determinadas em 
relação à empresa do filho de Lula, foi uma medida solicitada pelo Ministério Público Federal e não 
pela Polícia Federal, decidida por juíza de direito regularmente investida nas suas funções. (Ênfase 
do CAf)  (...)
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Seria bom ele explicar, pessoalmente, olho no olho, ao pai da vítima de tamanha arbitrariedade.
Em tempo: Queria ver o doutor Janot explicar ao filho a absurda decisão de seus subordinados
intimarem um suspeito às 23h30.

Paulo Henrique Amorim
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TV AFIADA: PHA revela as ordens de Roberto Marinho para o jn

JEAN WYLLYS VERSUS O ATRASO


Num Congresso tenebroso e de caras de Cu...nha, JW é um foco de resistência do 
progressismo. Combate o bom combate

por : Leonardo Mendes

É difícil às vezes fugir de maniqueísmos, do confronto dos bons contra os maus.
O embate entre os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC) é um desses casos.
Numa mensagem de apoio a Jean, o deputado estadual do PSOL no Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, 
resumiu o confronto: “Talvez você não tenha ainda a dimensão de tudo que fez quando resolveu 
fazer esta fala no microfone da Casa Grande. O coronel lhe pergunta: sabe com quem está falando? 
Sim, coronel. Nós sabemos com quem falamos e o que enfrentamos. Acho que é ele que não sabe 
com quem está falando. Ou não sabia até você romper com os troncos invisíveis que se espalham 
pelas casas legislativas e ruas do nosso Brasil”.
João Rodrigues é um representante do baixo clero, desconhecido mesmo em seu estado de origem, e 
que se elegeu com uma campanha milionária principalmente para defender os interesses de 
poderosos ruralistas e empresários do velho oeste catarinense.
Costumava trabalhar nas sombras, mas talvez inspirado por Eduardo Cunha e a crescente fascista, 
parece ter perdido o medo de se expor em toda a sua estupidez e monumental hipocrisia. Como uma 
ratazana que sai às ruas apenas na escuridão, aproveita das trevas em que o Congresso está 
mergulhado.
Fala coisas do tipo: “quem gosta de ver dois barbudos se beijando? Eles que façam isso em suas 
casas, na intimidade”, ao mesmo tempo em que assiste a filmes pornôs durante o expediente na 
Câmara.
Não se incomoda que a polícia atire para matar, defende que bandido bom é bandido morto e que o 
Brasil precisa de uma “faxina”, mas ele próprio foi julgado e condenado a cinco anos de cadeia por 
fraude em licitação e só escapou da prisão – ou da “faxina” – porque teve direito a recursos diversos.
É o típico bufão, grosseiro, truculento, representante do macho das cavernas, do coronelismo, do 
atraso, da burrice endêmica que assola o Brasil e é um caso de calamidade pública em Santa Catarina.
João Rodrigues chamou Jean Wyllys de “escória”, e ouviu de volta “ladrão!”. Jean não oferece a 
outra face a tipos como João Rodrigues, prefere enfrentá-los numa cruzada civilizatória fundamental 
e urgente.
Jean nunca foi indiciado nem condenado por crime algum. Seus opositores em geral o criticam por 
suas posições em relação a direitos humanos e ao combate a preconceituosos de verdade ou 
oportunistas sem escrúpulos que se alimentam de ignorância.
Em um Congresso infestado pela burrice medieval de ratazanas a serviço de uma agenda pré-
estabelecida por seus financiadores – e presidido pelo rei das ratazanas – defender direitos humanos 
é o pior dos crimes.
É maniqueísta então, mas também verdade: é nítida a maldade simplória, a ganância desmedida e a 
estupidez abissal que Jean e uma minoria de deputados enfrentam com bravura todos dias.
A eles, nossa eterna gratidão.
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Juíza da Zelotes diz que desconhece intimação de filho de Lula por PF


A juíza com os irmãos, um dos quais é prefeito de Blumenau pelo PSDB.

Jornal GGN - A juíza federal Célia Regina Ody Bernardes, responsável pelos autos da Operação 
Zelotes, afirmou que desconhece "qualquer pedido da Polícia Federal para ouvir em depoimento" o 
filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Cláudio Lula da Silva.

"Desconheço qualquer pedido da Polícia Federal para “ouvir em depoimento o senhor Luiz 
Cláudio Lula da Silva”", publicou em nota oficial, na noite desta quinta-feira (29), a juíza da 10ª 
Vara do Distrito Federal, que assumiu há um mês os rumos da Operação. 

As suspeitas de que policiais federais intimaram o empresário fora do procedimento usual da 
corporação foram disseminadas pela imprensa nesta semana. Nesta quinta (29), o ministro da Justiça 
José Eduardo Cardozo chegou a convocar esclarecimentos ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), 
Leandro Daielo.
A PF decidiu tomar o depoimento de Luis Cláudio após a deflagração da quarta fase da Operação 
Zelotes, que modificou os rumos iniciais das investigações, e promoveu busca e apreensão na sede 
das empresas LFT Marketing Esportivo e da Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda, 
cujo sócio é Luis Cláudio. Na noite de terça (27), data do aniversário do ex-presidente, ele teria sido 
abordado por policiais diretamente em sua casa, às 23h.
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Mulheres protestam contra Cunha na Paulista



Da Agência Brasil

Manifestantes contrários ao projeto de lei (PL 5.069/13) que transforma em crime contra a vida o anúncio de meios, substância, processo ou objetos abortivos, fizeram hoje (30) uma passeata na Avenida Paulista.
Os coletivos, movimentos de mulheres e simpatizantes da causa também pedem a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor da proposta. Às 18h20, o grupo fechou os dois lados da avenida na altura da Praça do Ciclista.
Meia hora depois, iniciaram uma caminhada na pista sentido Paraíso. Às 19h45, os manifestatantes estavam na altura da Rua Pamplona.
O texto do PL, aprovado no dia 21 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 37 votos a 14, ainda criminaliza e cria penalidades para quem induz, instiga ou auxilia um aborto.
"Nos reunimos hoje porque o PL 5.069, aprovado na CCJ, dificulta o acesso à profilaxia para vítimas de estupro e pode, inclusive, impedir o acesso à pílula do dia seguinte", disse a militante do coletivo Juntas, Samia Bonfim.
Samia explicou que hoje existem dois tipos de aborto legalizados: quando o bebê é anencéfalo e para vítimas de estupro. "Essas mulheres podem procurar o hospital, não precisam apresentar boletim de ocorrência, nem exame de corpo de delito. Elas dizem que foram estupradas e com isso conseguem fazer o procedimento, inclusive todo tipo de profilaxia", disse.
No PL 5.069, a mulher precisará passar por todo esse procedimento policial, acrescentou Samia. "Isso é complicado, porque para a mulher que foi estuprada já é muito difícil. Aí tem que se submeter a essa situação e comprovar que foi estuprada", disse a militante.



GILBERTO: ' A ZELOTE VIROU UMA PALHAÇADA E O OBJETIVO AGORA É PRENDER LULA'


Na Lava Jato, querem minar a credibilidade de Lula para depois prendê-lo

"O alvo é só um, é o PT, é o presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para 
depois realizarem a prisão dele e o tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está 
definida, está clara. É a tentativa de ir aos poucos minando o partido, a credibilidade do 
presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de condenação e prisão", disse o ex-
ministro Gilberto Carvalho, sobre a mais recente fase da Operação Zelotes, que passou a 
investigar um dos filhos do ex-presidente Lula; ele também classificou a ação judicial como 
"palhaçada"; Gilberto afirmou, ainda, que a Zelotes, ao deixar de lado os alvos iniciais, que 
são os grandes sonegadores, se transforma em "circo político"

Do ex-ministro Gilberto Carvalho, em entrevista à Fel-lha:
(...)
Espero que o mesmo tratamento dado a mim se dê àqueles que são os verdadeiros alvos da Operação 
Zelotes, grandes empresas brasileiras, redes de comunicação no Brasil. Só espero que a Zelotes não 
sirva apenas para construir esse circo político.
Que circo?
Se a Operação Zelotes tiver apenas esse foco, não passará tristemente de um circo político. Agora, 
com relação ao presidente Lula, é muito estranho que essa sanha toda se volte contra ele e sua 
família. Já é o segundo filho dele alvo sem os devidos cuidados, sem uma investigação preliminar 
adequada, não interpretativa.
É muito importante, para o bem desse novo processo que nós estamos fazendo no Brasil de passar o 
país a limpo, que as autoridades ajam com responsabilidade. Porque essa irresponsabilidade acaba 
levando a um descrédito e fazendo com que as investigações se transformem muito mais em 
perseguição política do que em averiguação real.
(...)
A PF diz que só investiga desvio de verba pública federal.
Quero fazer a seguinte pergunta a esses senhores. O dinheiro que saiu das empresas públicas eram 
marcados, essas notas para Dilma, essas para o Aécio? Ou as empresas fazem então uma separação 
de que o dinheiro obtido da Petrobras vai para Dilma e o dinheiro obtido de maneira correta vai para 
o Aécio?
Isso é uma palhaçada. Eles não perguntam para os delatores essa questão. O alvo é só um, é o PT, é o
presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para depois realizarem a prisão dele e o
tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está definida, está clara. É a tentativa de ir aos
poucos minando o partido, a credibilidade do presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de
condenação e prisão.
(...)
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A REVOLUÇÃO SILENCIOSA ENTRE OS EVANGÉLICOS CONTRA OS MALAFAIAS E OS FELICIANOS

A desfaçatez dos mercadores da fé gera reação entre os fiéis

Malafaia é o oposto de Cristo

por : Carlos Fernandes


Uma revolução silenciosa está acontecendo neste exato momento. Não importa a forma como se 
apresentam os opressores ou os adornos com que se tentem enfeitar as correntes da opressão. Mais 
cedo ou mais tarde a razão há de prevalecer e alguma justiça invariavelmente se fará presente.
A utilização da fé de pessoas honestas e bem intencionadas por parte de inescrupulosos cujo único 
intuito é o de se locupletarem tanto no poder político, quanto na acumulação financeira, é algo tão 
detestável e desprezível quanto a própria escravidão.
Não é preciso lembrar que o regime escravocrata brasileiro, que ilustres membros da grande mídia 
nacional tentam vergonhosamente levar a crer que nada tem relação com os elevados níveis de 
racismo observados no Brasil, era perfeitamente legal e normalmente aceito pela sociedade da época 
como um direito universal.
Assim também o é com mercadores da fé que movimentam milhões de reais em todo o mundo sob o 
cínico argumento de que todo o montante arrecadado serve exclusivamente para o “fortalecimento da 
obra de Deus”. Nada vai mais contra os ensinamentos de Jesus.
O fato é que o escárnio, o desprezo e a desfaçatez com que certos “líderes” religiosos estão tratando 
a sua própria religião, chegou a um nível tão absurdo que os próprios fiéis já não os enxergam mais 
como representantes daquilo que eles realmente acreditam e defendem.
Simplesmente não existem mais qualquer motivos que se queiram honestos para que pessoas 
honradas e decentes sigam as vontades mesquinhas de gente como o Pastor Malafaia, Marcos 
Feliciano e Eduardo Cunha, que vêem na política e na riqueza, e não na fé, as suas verdadeiras 
salvações.
Assim deve ser e assim está sendo. Representantes e integrantes de movimentos religiosos 
protocolaram junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, um manifesto em que pedem a saída 
imediata do Presidente da Casa, Eduardo Cunha. Malafaia, que consegue ver em Cunha um exemplo 
de honestidade e correção, saiu em defesa de seu pupilo com a sua já peculiar falta de educação e de 
respeito.
Declarou num post no Twitter, que as pessoas que assinaram o manifesto pertencem ao que ele 
chama de “Petralhada gospel” e que simplesmente não passam de uma “cambada de hipócritas a 
serviço do PT”. O que Malafaia não entende é que essas pessoas pertencem a um tipo de igreja que 
não admite por parte de seus integrantes a prática de crimes e o enriquecimento ilícito fazendo uso 
inclusive da própria igreja.
Marcos Feliciano, que completa a tríade fundamentalista, está no momento muito ocupado tentando 
desqualificar o ENEM e uma das maiores pensadoras da era moderna, Simone de Beauvoir. Na sua 
página no Facebook, o “iluminado” provavelmente criou uma das teses mais estapafúrdias da 
história para tentar justificar o pensamento feminista e libertador que norteou toda a obra de 
Beauvoir. Segundo o parlamentar, Simone de Beauvoir só agia daquela forma porque queria ser 
homem e assim agradar o seu pai.
Com esses três “religiosos”, só Deus na causa mesmo.
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Bye, bye, Galvão: YouTube começa a transmitir futebol


A coisa já esteve melhor para a Globo

No Olhar Digital: YouTube começa a transmitir futebol ao vivo

O YouTube começa nesta quarta-feira, 28, a transmitir a Copa del Rey, da Espanha, em 17 países, incluindo Brasil. A primeira partida a ser exibida é o duelo Barcelona e Villanovense. Entretanto, o acesso não é gratuito. Na Europa, o Google cobra 5 euros por partida ou 20 euros por todo o torneio. Ainda não se sabe o preço que será cobrado no Brasil.
A parceria, fechada entre o site, a Liga Espanhola e a MediaPro, empresa responsável pela comercialização dos direitos do grupo, pode ser uma pista interessante sobre o que pode acontecer no YouTube Red, serviço por assinatura da plataforma anunciado recentemente.
Essa não é a primeira vez que o YouTube trasnmite eventos esportivos. Em 2014, pessoas de diversos países puderam acompanhar o título mundial do surfista Gabriel Medina.
A entrada do Google no setor pode representar uma mudança na negociação de direitos de transmissão de esportes no Brasil e no mundo. Até hoje, as empresas de televisão dominavam o mercado, disputando para decidir quem compraria determinados campeonatos e contando com a exclusividade de transmissão. Em muitos casos, o telespectador era obrigado a comprar um jogo ou assinar um canal específico para assistir ao evento. Agora, será possível acompanhar partidas longe da TV.
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ODEBRECHT: MINISTÉRIO PÚBLICO DISTORCEU FATOS


"Trata-se de uma iniciativa não apenas ilegal, como cruel"

Marcelo Odebrecht diz que MP distorceu fatos para prendê-lo

Executivo afirma que notas apreendidas no seu celular foram mal interpretadas

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, entregou ao juiz Sérgio Moro um “autointerrogatório” onde nega ter qualquer gerência sobre contratos suspeitos e disse que o Ministério Público Federal distorceu os fatos para prendê-lo. O documento foi protocolado na Justiça Federal antes do seu primeiro interrogatório ao juiz, que ocorreu nesta sexta-feira. Nele, ele tenta se distanciar totalmente do comando da empresa.
Marcelo disse que a Odebrecht tem contas no exterior, mas disse desconhecer as contas suíças apontadas pelo MPF como fonte de pagamento de propina da empresa a funcionários da Petrobras. Ele disse que as anotações pessoais encontradas em seu celular usadas Polícia Federal para demostrar o suposto conhecimento dele de pagamentos de propina no exterior foram “mal interpretadas”.
“Fica evidente a distorção dos fatos com o objetivo malicioso de atribuir a mim uma intenção de fuga completamente infundada. Trata-se de uma iniciativa não apenas ilegal, como cruel, apenas para me sujeitar a pedido de prisão preventiva”, conclui o executivo no documento.
(...)

Em tempo: Aqui a íntegra do documento. (http://cdn2.jota.info/wp-content/uploads/2015/10/1015_DECL2.pdf)
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STF TIRA A ELETRONUCLEAR DAS MÃOS DE MORO



Jornal GGN - O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta sexta-feira (30), que o inquérito sobre o esquema de corrupção na companhia estatal Eletronuclear deve ser separado do processo da Petrobras. Dessa forma, as investigações serão transferidas das mãos do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná, para a Justiça Federal no Rio de Janeiro, onde se localiza a sede da Eletronuclear.
Zavascki já havia determinado a suspensão do processo por meio de liminar concedida no começo de outubro, a pedido da defesa de Flavio Barra, da empreiteira Andrade Gutierrez, que alegou que o caso Eletronuclear não tinha relação com o esquema na Petrobras.
O mesmo aconteceu com os processos da senadora Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-ministro Paulo Bernardo. Ambos foram citados na Lava Jato, mas no contexto de um esquema de fraudes em contratos de serviços prestados no Ministério do Planejamento por uma empresa paulista. A competência foi transferida para Dias Toffoli, no STF, e para a Justiça Federal de São Paulo.
Segundo informações do Estadão, Zavascki reaplicou a tese de que o caso não se relacionava ao inquérito da Lava Jato e, portanto, não deve ser instruído por Moro, no âmbito da Justiça Federal. No STF, o ministro também indicou necessidade de outro relator. Decisões nesse sentido já foram aprovadas em plenário da Suprema Corte.
O caso Eletronuclear envolve o senador Edison Lobão (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia. Ele foi citado pelo dono do UTC, Ricardo Pessoa, que afirmou, em delação premiada, ter doado R$ 30 milhões para campanhas eleitorais do PMDB em 2014.
De acordo Pessoa, Lobão solicitou um porcentual (propina) entre 1% e 2% do valor total do custo das obras tocadas por um consórcio formado por UTC e mais seis empreiteiras na usina de Angra 3, cuja administração cabe à estatal Eletronuclear. O episódio foi confirmado por outro delator da Lava Jato.
Como Lobão tem foro privilegiado por ser senador da República, o inquérito relacionado a ele permanecerá no STF, mas deve ser transferido para outro ministro relator.
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Em Manaus, nível do Rio Negro cai mais de 7 metros em outubro


Jornal GGN - O Rio Negro, no Amazonas, teve uma queda de 7,26 metros em seu nível desde o 
dia 1º de outubro, afetando a vida dos moradores de Manaus. De acordo com especialistas, a 
redução das chuvas e o calor intenso causados pelo El Niño contribuíram para a queda 
acelerada do nível do rio. Segundo o superindente do Serviço Geológico do Brasil, Marco 
Antônio de Oliveira, a vazante pode durar algumas semanas, mas o Rio Negro não deve descer 
mais do que em 2010.

Nível do Rio Negro desce mais de sete metros em outubro, em Manaus

Rio Negro desceu o total de 7,26 m desde dia 1º de outubro. Cenário mudou em partes da capital; 
Lago do Aleixo secou na Zona Leste.
A descida dos rios muda a rotina de ribeirinhos e a paisagem em algumas áreas de Manaus. Nesta 
quarta-feira (28), o Rio Negro baixou 3 cm e chegou a cota de 15,92 m. De acordo com a medição 
realizada no Porto Privatizado de Manaus, o nível desceu o total de 7,26 m desde o dia 1º de outubro.
No Centro, Zona Sul e Leste da capital é possível ver o quanto o nível do Rio Negro baixou. Casas 
flutuantes e barcos de famílias que viviam sobre o rio ficaram encalhados próximo a Ponte do São 
Raimundo, desde a última semana. Já no Lago do Aleixo, é possível ver a terra – que antes ficava 
sob a água – rachada. Moradores do local enfrentam dificuldades para pescar e se locomover.
A redução de chuvas e o calor intenso causados pelo fenômeno El Niño contribuem para a rápida 
queda do nível do rio, segundo especialistas.
De acordo com o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio de 
Oliveira, a vazante pode durar algumas semanas. "A atenção tem que ser dada para região do Alto 
Rio Negro, onde só vai finalizar no mês de janeiro ou fevereiro. A tendência é que o rio continue 
caindo na região de Barcelos até São Gabriel da Cachoeira. Agora, no Rio Amazonas e Solimões já é 
um final de vazante. O rio não deve descer mais que no ano de 2010, pelo menos por enquanto".
Escolas
Por conta da cheia e agora da seca dos rios, a solução foi mudar o calendário escolar. Para 3 mil 
alunos de 29 escolas de Manaus, as aulas começaram em janeiro e vão ser interrompidas no fim 
deste mês. A mudança não deve afetar o número de dias de aula.
"O rio é que manda. A seca e a cheia são elas que fazem com que a gente planeje uma educação que 
possa atender esses alunos em situação diferenciada", disse Edilene Pinheiro, chefe da Divisão de 
Educação da Zona Rural, à Rede Amazônica.



Navegação
O emissor de passagens fluviais, Nazareno Marques, de 39 anos, que trabalha na orla da Manaus 
Moderna - porto no Centro da capital -, afirma que a vazante ajudou a diminuir o fluxo de 
passageiros nas embarcações.
"A venda deu uma caída por causa da seca e dessa fumaça. Esta muito ruim de navegar. As pessoas 
estão com medo de viajar. Tem a questão da crise também. Ela afetou essa parte de turismo. P 
pessoal gostava muito de viajar pra passear, agora atrapalhou bastante. Atrapalha muito aqui. Atrasa 
muito as viagens, para longe o barco, fica longe para carregar bagagem até o navio. A gente está 
esperando uma melhora em novembro e dezembro. Lá pelo dia 15 de novembro o rio deve começar a 
encher. Ano passado foi melhor, não secou tanto e a crise não estava tanto", disse Marques.





Mulheres contra Eduardo Cunha

Juiza que investiga filho de Lula é irmã do prefeito tucano de Blumenau


Será que o Conselho Nacional de Justiça tem alguma coisa a dizer sobre a conduta dessa juíza?
Pelos seus laços políticos e familiares, ela deveria se declarar impedida de atuar contra o filho
de um inimigo político de seu irmão. PS: leitor que prefere não se identificar enviou foto da

juíza (abaixo) com os irmãos, um dos quais é prefeito de Blumenau pelo PSDB.

A leitura do despacho da juíza federal Celia Regina Ody Bernardes Carrer, que determinou a
operação de busca e apreensão na empresa do filho de Lula Luiz Cláudio espanta pela contudência.
Ela determinou que até pessoas que estivessem no local sofressem revista corporal.
Além disso, a juíza determinou que os familiares do alvo da operação não tivessem acesso à
acusação visando preservar o “sigilo das investigações”, apesar de que tudo foi parar na mídia
minutos após seu despacho.
Diante do ineditismo de uma operação como essa sem que o nome do filho de Lula sequer constasse
da operação Zelotes – que seria o objeto da investigação que desembocou na operação no escritório
de Luiz Cláudio -, muitos começaram a questionar a atitude dessa juíza.
Foi o que bastou para a Folha de São Paulo divulgar que Celia Regina seria “de esquerda”, de forma
a afastar suspeitas de que sua decisão tenha tido motivação política. Confira, abaixo, coluna de
Rogério Gentile na edição de 29 de outubro desse jornal.





































Circula pela internet, porém, informação que o colunista da Folha esqueceu de repassar aos seus
leitores. Celia Regina é irmã de Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau desde 1o de janeiro de
2013.
O site que divulgou a informação reproduziu notícia veiculada pela Rádio Clube de Blumenau, onde
Napoleão fez carreira antes de se tornar prefeito da cidade. Segundo a matéria, Napoleão foi a
Brasília em 2011 para prestigiar a posse da irmã Celia Regina como juíza federal.
Como o site que divulgou essa informação postou apenas um print da matéria, o Blog fez uma busca
e descobriu que essa matéria foi apagada, mas pode ser acessada em cache – recurso que permite
localizar postagens na internet que depois são apagadas.
Confira, abaixo, o print. Para acessar a página em cache, clique aqui



Se restar qualquer dúvida, basta acessar o perfil de Napoleão na Wikipedia, onde aparece o nome de 
sua mãe: Maria Celia Ody Bernardes.
Há muita coisa na internet sobre Celia Regina que sugere que ela é simpática ao PSDB. Na eleição 
do ano passado, quando a campanha de Aécio Neves acusou os Correios de atuarem em favor de 
Dilma, a empresa tentou notificar o tucano por via judicial de que sua acusação era caluniosa e 
poderia gerar uma ação judicial. Adivinhe, leitor, quem julgou a tentativa dos Correios de notificar 
Aécio e deu parecer favorável a ele? Ela mesma, Regina Célia.
Para ler a matéria, clique aqui

“Serão três anos de pancadaria, mas eu vou sobreviver”; veja a íntegra do discurso de Lula

Lula fala à direção do PT from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.

O sucesso do primeiro filme da Netflix e o beco sem saída da TV aberta


por : Kiko Nogueira

Não é apenas o modelo de negócio baseado na internet que faz o sucesso da Netflix, mas uma aposta 
na excelência do conteúdo. É isso, eventualmente, que está fazendo a diferença na corrida contra os 
dinossauros da televisão e do cinema.
Veja o caso de “Beasts of No Nation”, o primeiro filme produzido pelo canal de streaming. É o 
maior êxito da companhia, tendo sido lançado no dia 16 de outubro.
De acordo com o CEO Ted Sarandos, são 3 milhões de visualizações apenas na América do Norte. 
“Na semana de lançamento, foi o filme mais visto em cada país em que nós operamos”, disse ao site 
Deadline. Sarandos citou Japão, México e Brasil como surpresas, lugares onde “essas produções 
geralmente nem estreiam”.
A preocupação da Globo com a Netflix é compreensível. No início de novembro, a Globo Play 
começa a funcionar, com programas da emissora transmitidos pela web.
Mas é como um sessentão de jaqueta de couro tomando uísque com energético. A Globo é refém de 
seu gigantismo, da tentativa de agradar ricos, pobres e goianos e do baixo nível de sua dramaturgia. 
Quando só havia ela, era o suficiente. Não vamos esquecer do dinheiro público que ainda banca tudo 
isso. A GloboFilmes, por sua vez, leva a estética capenga da novela para as telas.
Quando surge a oportunidade de algo ousado e diferente (e lucrativo), um sujeito como José Padilha, 
produto de “Narcos”, faz negócio com quem?
A Netflix investiu em séries como “House of Cards” (com Eduardo Cunha no papel do facínora 
Frank Underwood), “Orange is the New Black”, “Lilyhammer”, “Better Caul Saul”, entre outras. O 
protagonista de “House of Cards” é um político bissexual assassino. A brilhante “Orange” tem a 
maior coleção de lésbicas da TV. Não são temas, digamos, para a família. É preciso alguma coragem.
“Beasts” não é fácil. Num país fictício da África, o pré-adolescente Agu, o narrador, vê seu vilarejo 
ser tomado pelo exército. A mãe é despachada com o bebê para a capital. Agu é capturado 
juntamente com o pai, o irmão e o avô.
Os três são fuzilados e ele foge para a floresta, onde é cooptado por uma milícia rebelde. Torna-se o 
favorito do Comandante (o grande Idris Elba, de “Mandela” e do seriado “Luther”) e o melhor amigo 
de um menino mudo chamado Strika.
O Comandante, a quem os jovens soldados têm devoção cega, o ensina a matar. Seu rito de 
passagem é esquartejar um engenheiro. Agu é uma máquina de guerra de 9 anos com saudade de 
uma infância que não viveu. Até que ele e seus companheiros resolvem tomar uma atitude. A direção 
é Cary Fukunaga, responsável por alguns episódios de “True Detective”.
É franco, brutal, honesto, violento. Chegou a ficar um tempo em cartaz em cinemas dos EUA e 
Inglaterra. Um fracasso — mas tempo suficiente para que a Netflix possa fazer a inscrição no Oscar.
“Beasts of No Nation” fala de um lugar remoto que, paradoxalmente, é muito mais familiar do que 
você jamais esperaria. Mais próximo, real e instigante do que os Jardins, Ipanema ou a periferia 
enlatada com atores de botox pós-praia que tentam te vender.
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INTIMAÇÂO AO FILHO DE LULA ÁS 23 HORAS, MOSTRA O "BRASIL DA MEGANHAGEM” E O ZÉ RUELA DA JUSTIÇA FINGE QUE MANDA


Ministro da Justiça pede explicação à PF sobre intimação a filho de Lula. Quer dizer que ele 
precisa perguntar ?

POR FERNANDO BRITO

Tenho afirmado aqui que o Brasil virou o país da “meganhagem”.
A Polícia passou a servir para produzir espetáculos políticos.
A polícia ter ido ao apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva por volta das 23 horas da terça-feira, 
logo após ele ter chegado, com a mulher grávida, da festa de aniversário do pai é reveladora dos 
métodos que se empregam quando, em lugar de apurar, busca-se intimidar e humilhar.
Não é difícil acreditar que, até, os policiais estivessem de “campana” próximos ao Instituto Lula para 
segui-lo e intimá-lo assim que chegassem em casa.
Trata-se, é bom lembrar, de pessoa que não é acusada de nada, não está indiciada, tem endereço certo 
– aliás, apontado como suspeito por ter sido cedido por seu padrinho de batismo!
O tal depoimento seria hoje, quinta-feira, e havia óbvio tempo hábil para que fosse feita, por 
exemplo, na manhã seguinte.
De novo, não é por ser apenas em relação ao filho do ex-presidente, é em relação a qualquer pessoa 
que não tem uma ordem de condução judicial, que apenas é intimada a prestar esclarecimentos.
É que quando se faz o que é desnecessário, é claro, está se fazendo algo com deliberada intenção em 
algo.
E, neste caso, o de provocar constrangimento.
Havia “risco de fuga”? Indício de crime em flagrante? Qual o perigo que representava um rapaz com 
sua mulher grávida para ser perturbado neste horário? Onde estavam os policiais, “campanando” um 
ato particular onde se encontrava a Presidenta da República? Com que fim, já que havia endereço 
sabido e não era aquele?
Infelizmente, não há na Polícia Federal chefes com capacidade de convocar seus subordinados a 
explicarem porque de uma notificação feita nestas circunstâncias e não segundo os procedimentos de 
praxe.
E não há, no Ministério da Justiça quem chame a direção da Polícia Federal às falas.
Porque aquilo é uma instituição da República e não o playground da meganhagem para fazer a sua 
politicagem de cabecinhas depitbull.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) enviou um pedido de esclarecimentos à Polícia Federal 
sobre as circunstâncias em que Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, foi intimado 
na terça-feira (27) à noite.
Como a Folha revelou, ele recebeu o documento da PF na terça-feira, às 23h, na sua casa, em São 
Paulo, após participar da comemoração do aniversário de Lula.
No documento remetido à PF, o ministro se dirige ao diretor-geral da corporação, Leandro Daiello. 
"Solicito imediatos esclarecimentos para fins de avaliação ministerial do ocorrido", pede Cardozo 
no ofício. O ministro quer que a PF formalize o horário exato em que ocorreu e as razões para a 
intimação ter sido entregue no final da noite.
"Senhor diretor-geral, tendo em vista a informação divulgada pela imprensa de que o senhor Luís 
Claudio Lula da Silva teria sido intimado, em tese, fora do procedimento usual, para prestar 
depoimento em inquérito policial, solicito imediatos esclarecimentos para fins de avaliação 
ministerial do ocorrido", diz o documento, na íntegra.
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Exército rebaixa general que falou o que não podia


Mourão basta um... Juiz fala nos autos. General não fala!

Comandante do Exército demite general que pediu 'despertar de luta patriótica'

O Comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, decidiu demitir o general Antonio 
Hamilton Martins Mourão, do comando Militar do Sul e transferí-lo para a Secretaria de Economia e 
Finanças do Exército, em Brasília. O general Mourão, assim, perde o poder de falar para tropa. A 
decisão foi em virtude das declarações dadas por ele em fala a oficiais da reserva fez duras críticas à 
classe política e convocou os presentes para "o despertar de uma luta patriótica".
A fala do general foi questionada nesta quinta-feira, 29, pelo senador Aloysio Nunes, presidente da 
Comissão de Relações Exteriores, que questionou o ministro da Defesa, Aldo Rebelo sobre a fala do 
general, que teria dito que "ainda tínhamos muitos inimigos internos, mas que eles se enganavam 
achando que os militares estavam desprevenidos" e que teria feito uma provocação, incitando os 
militares ao dizer: "eles que venham!'".
(...)
Qualquer organização séria funda-se, entre outras regras, na hierarquia e na disciplina.
Muito mais ainda quando se trata de organizações armadas e com altas responsabilidades sobre a 
defesa das instituições democráticas .
Aqui e em qualquer parte do mundo.
Ninguém imaginaria um comandante de uma grande unidade militar norte-americana dizendo que o 
afastamento de Barack Obama na Presidência significaria “o descarte da incompetência, má gestão e 
corrupção”. Ou que se passasse isso na França, ou na Alemanha ou em qualquer país democrático e 
moderno.
É lógico que os comandantes militares dos EUA, da França e da Alemanha têm opiniões políticas. É 
seu direito.
Expressá-las de público, envergando seus uniformes de combate, não.
Pior ainda quando o país assiste a uma horda de alucinados clamar pela ruptura da ordem 
institucional, portanto cartazes e até usando uniformes das forças armadas.
A demissão do General Hamilton Martins Mourão do Comando Sul, feita por seu superior, 
comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas ( na foto do post) não tem sua essência num 
ato político, mas disciplinar.
Como não é como política que se deve observar os atos do militar afastado, mas como quebra de 
hierarquia, usurpando a função reservada ao chefe da Arma de se pronunciar sobre as questões 
nacionais, o que Villas Bôas faz, com parcimônia e moderação.
Haverá quem queira politizá-la, à esquerda e à direita, sobretudo, transformando o oficial em vilão 
ou, sobretudo, em herói dos que desejam enfiar de volta o Exército brasileiro no mundo imundo da 
política e do controle indevido do Estado.
As instituições civis brasileiras, hoje sofrendo dos males do “cada um faz o que acha certo”, talvez 
funcionassem melhor se todos observassem esta pequena regra: cumprir o seu dever, sem 
espalhafato, sem politicagem, sem servir-se de sua função para dar vazão as suas – ainda que 
legítimas – simpatias ou antipatias políticas pessoais.
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A Lava Jato e a nova classe dos intocáveis



No Judiciário há três linhas de conduta em relação aos crimes do colarinho branco.
Existe a linha dos garantistas, que privilegiam os direitos individuais em relação à mão pesada do 
Estado. Existe a linha-dura, para quem o Estado - através dos códigos de processos - criou barreiras 
para impedir a aplicação das penas. E existe a corrupção, que se vale do suborno para obter sentenças 
favoráveis. Acima deles, uma legislação que permite postergar o máximo possível a punição.
O resultado final é um modelo em que o pobre é penalizado e o rico beneficiado.
Nesse lusco-fusco, cria-se um clima de animosidade entre linhas duras e garantistas. Respeitar 
direitos individuais significa se curvar a um modelo criado para impedir a punição dos culpados.
Este é o cenário a ser considerado quando se analisam os episódios recentes. Para a maioria dos 
procuradores envolvidos com essas operações, a briga central é contra a impunidade.
A maneira encontrada para contornar o poder dos tribunais superiores foi recorrer a outro poder de 
fato, a mídia.
As novas estratégias
Há muito tempo, procuradores e PF montam parcerias com repórteres policiais. Em vez do 
contraditório e de um juiz mediando a disputa, muitas vezes dificultando a apuração dos crimes, há 
apenas um repórter recebendo as informações de forma passiva e um editor buscando a manchete 
mais apelativa. É como disputar um jogo sem adversário.
O que era uma tática individual transformou-se em política de Estado na Lava Jato com a estratégia 
Sérgio Moro endossada pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Em documento de 2004 – já analisado aqui no GGN – Moro expõe de forma magistral a estratégia, a 
partir das lições da Operação Mãos Limpas, da Itália. O foco central funda-se em três pontos:

1. Assumir o protagonismo no noticiário, para criar o clamor das ruas e, através desse trabalho, 
superar as resistências políticas.

2. Definir a delação premiada como peça central das investigações.

3. Valer-se da cooperação internacional.

Depois da Lava Jato, todo vazamento deixa de ser coibido. Pelo contrário, passa a ser peça central na 
estratégia de cada investigação.
Os pontos obscuros
No entanto, há pontos obscuros nessa estratégia que, provavelmente, ainda não foram objetos de 
reflexão interna tanto no MPF quanto na Polícia Federal.
O primeiro, os limites entre cooperação internacional e interesse nacional. Até agora o MPF e, 
especialmente, o PGR não explicaram adequadamente a troca de informações com autoridades norte-
americanas, visando alimentar inquéritos contra a Petrobras – que é um braço do estado brasileiro – 
em tribunais estrangeiros.
O segundo, os limites dos pactos tácitos com os grupos de mídia.
Grupos jornalísticos são empresas, com interesses comerciais e políticos. A extrema concentração do 
mercado jornalístico brasileiro transformou os grandes grupos de mídia em um dos poderes de fato, 
com privilégios, blindagens e práticas comerciais em nada diferentes de outros setores empresariais 
que mexem com o poder político.
O MPF montou uma estratégia eficaz para se valer dessa parceria, mas nenhuma estratégia para 
garantir autonomia em relação aos grupos de mídia.
As relações conflituosas com a mídia
A Satiagraha e a Castelo de Areia foram anuladas por pressões políticas. A Castelo de Areia 
respeitou o sigilo e morreu mesmo sendo juridicamente perfeita. A Monte Carlo caminhou 
sigilosamente e só recebeu ampla divulgação devido à CPMI de Carlinhos Cachoeira. Mesmo com a 
profusão de provas levantadas, acabou abafada.
Por seu lado, a Lava Jato conseguiu amplo sucesso, recorrendo a métodos profissionais de 
vazamento de informações. Seu poder foi amplificado pela descoberta de valores inacreditáveis da 
corrupção na Petrobras.
O que a Lava Jato tem de diferente de todas as demais não é ter recorrido a uma comunicação 
profissional, mas a circunstância de se adequar aos interesses dos grupos de mídia.
A Satiagraha não interessava à mídia e morreu. A Castelo de Areia menos ainda, e acabou. A Monte 
Carlo incriminava diretamente a Editora Abril, como parceira de Cachoeira. Não gerou um 
indiciamento sequer de jornalistas ou executivos do grupo.
A Zelotes investiga a quadrilha que atuava na CARF (o conselhinho que analisa as multas fiscais) 
que beneficiou as maiores empresas nacionais e alguns grandes grupos jornalísticos. Nas fases 
iniciais não despertou nenhuma curiosidade da imprensa e houve a resistência do juiz em autorizar 
pedidos de detenção provisória e busca e apreensão.
De repente, os procuradores e delegados fogem do script e passam a vazar informações sobre a tal 
Medida Provisória supostamente comprada que nada tinha a ver com o objeto inicial da Zelotes. 
Interrompem uma operação que envolve somas bilionárias para centrar fogo em um suposto suborno 
no qual, segundo as próprias informações do inquérito, os financiadores haviam interrompido os 
pagamentos ao suposto subornador, pelo fato do dinheiro não ter chegado ao seu destino.
Deixam de lado provas robustas de anistias fraudulentas envolvendo centenas de milhões de reais e 
vão atrás do indício de crime apontado em um e-mail do tal escritório, mencionando duas bonecas de 
plástico dadas de presente para filhas de Gilberto Carvalho. “Bonecas” pode ser senha para suborno, 
alegam procuradores e delegados. Assim como “café”. Basta isso – e muita reportagem prévia - para 
serem autorizados a avançar sobre o sigilo fiscal dos suspeitos, deixando os grandes grupos 
incólumes.
Se alguém considerar que essas discrepâncias são naturais nos inquéritos, que se apresente.
O resultado final foi esse: a mídia não deu aval para que a força tarefa da Zelotes invadisse grandes 
grupos, e ela não invadiu; autorizou que avançasse sobre as bonecas das filhas de Gilberto Carvalho 
e ela avançou.
Essa é a nova era da justiça, sem blindagens e com independência de atuação de procuradores e 
delegados?
Quando o promotor, o delegado e o editor tornam-se juiz
A exposição de qualquer pessoa à mídia é uma condenação em si. Não se trata de um ato indolor que 
poderá ser corrigido nas instâncias superiores. Mesmo que, no final do processo, a vítima seja 
inocentada, que a soma de indícios não permita sequer que seja indiciada, mesmo assim ela e seus 
familiares conviverão por anos com a marca da suspeita.
Além disso, quando esse festival de vazamentos atinge só um dos lados do jogo, tem repercussões 
políticas.
Mais que isso, a nova justiça confere um poder absurdo ao procurador e ao delegado para definir o 
alvo, impor o castigo público e até exercitar suas preferências partidárias.
Por que razão, tendo indícios de que Aécio Neves recebeu de Furnas e tendo informações concretas 
sobre o número de sua conta em Liechtenstein, o PGR brecou uma investigação e sentou em cima da 
outra? É evidente que o filho de Lula deve explicações sobre sua renda, sim. Mas qual a razão para 
blindar Aécio?
Fizeram bem procuradores e delegados de investir contra a impunidade. Mas devem satisfações à 
opinião pública mais esclarecida, cujo grau de compreensão não se limita à leitura de jornais: a Lava 
Jato veio para romper com toda forma de blindagem dos culpados, ou para criar uma nova casta de 
protegidos?
A prova dos nove será a delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez. 
Além das obras em Minas, a Andrade raspou o caixa da Cemig, obrigada por seu controlador – o 
governo de Minas – a adquirir debêntures da construtora, enrolada com os problemas da usina de 
Belo Monte.
Se Aécio sair ileso desses depoimentos, não haverá como a Lava Jato se livrar do julgamento da 
história.
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VÍDEO BOMBA !! Jean Wyllys detona fascistas da Câmara dos Deputados

JN DA REDE BOBO SOFRE DERROTA DA RECORD


jn desaba para a casa dos dez. Globo foi tragada na abertura do Mar Vermelho

Saiu no Blog do Mauricio Stycer, no UOL: Ibope prévio: Pela 1ª vez, Dez Mandamentos bate 
JN e Regra do Jogo em SP

A Record está em festa com os excelentes números de audiência de “Os Dez Mandamentos” 
alcançados na noite desta quinta-feira (29). Pela primeira vez, a novela bíblica venceu a Globo do 
início ao fim em São Paulo, segundo dados prévios do Ibope. Os números consolidados serão 
divulgados na manhã de sexta-feira e podem sofrer alteração.
A novela registrou média de 21,4 pontos, contra 20,3 da Globo, 10,6 do SBT e 2,1 da Band. No 
confronto com o “Jornal Nacional”, entre 20h40 e 21h30, pela primeira vez, “Os Dez Mandamentos” 
venceu, por 20,7 a 19,9. Já contra “A Regra do Jogo”, entre 21h31 e 21h48, a vitória foi de 22,9 a 
21,4.
Os números nem são os mais altos já alcançados pela novela. Esta semana, mesmo, “Os Dez 
Mandamentos'' registrou média de 24 pontos em São Paulo. Mas a vitória sobre o “Jornal Nacional'' 
e a novela, ao mesmo tempo, é um resultado inédito.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Paulinho mandado" quer tumultuar Conselho de Ética, diz Chico Alencar



Jornal GGN - O deputado Paulinho da Força (SD) entrou no Conselho de Ética da Câmara com uma representação contra Chico Alencar (PSOL), pedindo apuração sobre a contratação de uma empresa de propaganda contratada pelo socialista e sobre R$ 65 mil em doações eleitorais feitas por funcionários de seu gabinete.
A investida contra Alencar é esperada desde que o deputado fluminense incitou outros parlamentares a levarem ao Conselho de Ética um pedido que pode culminar na cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em função das denúncias da Procuradoria Geral da República sobre contas na Suíça e participação do peemedebista na Lava Jato.
Alencar negou as acusações e afirmou ter orgulho de sua campanha. “O dinheiro que gastei foi limpo. Se os funcionários de meu gabinete colaboraram, tenho muito orgulho, porque isto é uma posição política.”
Para Alencar, ficou claro que foi uma missão de Cunha para sobrecarregar o Conselho de Ética, que, na próxima semana, inicia o processo de análise de quebra de decoro contra o peemedebista. “É uma manobra evidente, com todos os indícios de que foi orientada por Eduardo Cunha. Trata-se de um 'paulinho mandado’ para tumultuar o ambiente, desviar o foco e sobrecarregar o Conselho.”
Paulinho da Força, por sua vez, disse que está "dando a oportunidade para ele [Alencar] se explicar e esclarecer estes fatos graves. Ele que é a pessoa que mais defende a ética na Casa não pode ser suspeito”, afirmou.
Cunha negou que tenha orientado qualquer medida desse tipo a Paulinho. “Não aceito este tipo de acusação. Uma pessoa aliada ou amiga que tenha qualquer tipo de gestos não quer dizer que sou responsável ou que estou por trás da iniciativa. Não dá para aceitar esse tipo de coisa, porque amanhã serei responsável porque meu aliado brigou na rua. Tem de respeitar as posições”, concluiu.
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MTST OCUPA E EXPULSA ACAMPAMENTO GOLPISTA DO MBL EM FRENTE AO CONGRESSO



Do congresso em foco

O Movimento Brasil Livre (MBL), que acampa desde o início desta semana no gramado em frente
do Congresso, foi surpreendido com a chegada de centenas de militantes do Movimento dos 
Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na tarde desta quarta-feira (28). Inicialmente, os sem-teto 
montaram acampamento do lado oposto ao do MBL, mas migraram para o mesmo “setor” dos 
manifestantes que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A mudança gerou bate-boca 
entre lideranças dos movimentos.
Segundo o coordenador nacional do MBL, Alexandre Santos, a ação do MTST é uma tentativa de 
desmantelar o acampamento do movimento anti-Dilma. Com cerca de 30 barracas e 50 
manifestantes, o grupo foi autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a 
fixar estruturas no local – embora um ato conjunto da Câmara e do Senado proíbam atividades do 
tipo na área, tombada como patrimônio histórico da Humanidade. Com faixas pedindo o 
impeachment da presidente Dilma Rousseff, eles dizem que ficarão no gramado até o peemedebista 
decidir pelo acolhimento do pedido de afastamento.
“Ontem , o líder do governo ameaçou a gente em plenário. Aí hoje chega esse movimento, que é 
aparelhado pelo governo. Eles [os manifestantes do MTST] estão querendo desestabilizar o nosso 
movimento, estão querendo impedir o nosso movimento”, disse Alexandre Santos. Nesta quarta-feira 
(27), o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), chamou, na tribuna, os manifestantes do MBL 
de “vagabundos”.
Ao chegar por volta das 15h30, os sem-teto começaram a montar suas barracas do lado esquerdo do 
gramado, voltados ao Senado. Pouco tempo depois, mobilizaram-se em direção às barracas do MBL. 
A alteração causou furor entre os integrantes dos movimentos, que, em roda, discutiam sobre as 
fronteiras de cada ocupação. Apesar da resistência de Alexandre, o MTST acabou se instalando atrás 
das barracas do MBL. “Não pode misturar, se não vai dar confusão”, disse a liderança do MBL.
Contrariando as ressalvas de Alexandre, a coordenadora do MTST, Ulianne Costa, disse que a 
presença dos manifestantes no gramado não está relacionada a apoio à presidente Dilma. Segundo 
ela, eles estão ali para pressionar os senadores durante votação do Projeto de Lei da Câmara 
101/2015, que tipifica o crime de terrorismo. Previsto para entrar em votação nesta quarta-feira (28), 
o texto afeta diretamente as causas populares, pois, segundo ela, poderá enquadrar como criminosas 
as ações dos movimentos sociais.
“Não tem nada a ver com o impeachment da Dilma. Estamos aqui pela lei do terrorismo. A gente vai 
ficar aqui, acampado, até esse projeto ser votado”, disse ela.
Quanto à ocupação, Ulianne nega que a mudança de “setor” do acampamento tenha sido provação ao 
MBL. Segundo ela, a Polícia Legislativa recomendou a mudança, fato que foi confirmado pela 
reportagem com os policiais que estavam no local. De acordo com os policiais, os dois grupos não 
poderiam ocupar o gramado, mas, como já há ocupação, eles recomendaram que os manifestantes 
ficassem concentrados em um só local. A Polícia Legislativa não soube dizer se os grupos serão 
retirados de lá.
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Lula ao vivo em encontro do PT

TRIBUNAL DE JUSTIÇA de Minas Gerais quer comprar salmão e filé mignon para lanches de desembargadores


Jornal GGN - Publicado nesta segunda-feira (26), edital do Tribunal de Justiça de Minas 
Gerais prevê a contratação de alimentos como filé mignon Friboi, filé de salmão, carne de sol e 
pães de queijo para "a confeccção de lanches para os desembargadores, juízes, tribunais do 
júri e eventos institucionais". O edital também especifica as marcas dos alimentos e a 
estimativa de gastos fica na casa de R$ 1,7 milhão. Determinados itens dos lanches do TJ 
mineiro começaram a aparecer após a posse do atual presidente, o desembargador Pedro 
Bitencourt, em junho do ano passado. Em fevereiro deste ano, o desembargador Doorgal 
Gustavo de Andrada divulgou uma carta aos criticando a atual gestão e insinuando que teriam 
sido realizados almoços com dinheiro público.

Tribunal de Minas quer comprar salmão e filé mignon para ‘lanches’ de desembargadores 

Carnes de primeira são alguns dos alimentos que começaram a aparecer nas licitações do TJMG 
desde que a atual gestão tomou posse, no ano passado; edital deste ano prevê gastos de R$ 1,7 
milhão com os lanches.
96 kg de filé mignon Friboi, 50 kg de filé de salmão e 96 kg de carne de sol. Isso e mais 600 kg de 
arroz e 32 kg de feijão carioca são alguns dos ingredientes que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais 
(TJMG]) vai adquirir com dinheiro público para o “lanche” dos juízes e desembargadores da Corte 
no próximo ano.
Os números dos alimentos “de primeira” constam do edital do TJMG publicado nesta segunda-feira, 
26, que prevê a contratação, por 12 meses, de seis lotes de alimentos, incluindo bolos, frutas, pães de 
queijo e refrigerantes, para “a confecção de lanches para os desembargadores, juízes, tribunais do 
júri e eventos institucionais”, segundo a licitação 121/2015 do TJMG. O edital ainda prevê as marcas 
dos alimentos, sendo que o filé mignon e a carne seca devem ser Friboi e o filé de salmão, sem 
espinhas e escamas, deve ser da marca Atlântico.

Documento CONFIRA A ÍNTEGRA DO EDITAL DO TJMG PDF

A estimativa é de que os gastos com os “lanches” fiquem em torno de R$ 1,7 milhão. Itens como 
arroz e feijão, além do filé mignon, do filé de salmão, só começaram a surgir na lista de “lanches” da 
corte após a posse do atual presidente do TJMG, desembargador Pedro Bitencourt, em junho do ano 
passado. A carne seca apareceu pela primeira vez no edital neste ano.
Os editais para fornecimento de lanches antes de 2010 não constam na página do TJMG na internet. 
Questionado, o Tribunal não explicou quais lanches seriam feitos com os ingredientes citados acima 
e nem se houve a licitação de arroz feijão e das carnes “nobres” antes de 2010.
Os alimentos vão todos para a copa do edifício do Tribunal localizado na Rua Goiás, região central 
da capital mineira onde fica também a Presidência da corte. No mesmo prédio ainda há um salão 
onde são realizados alguns eventos institucionais do Judiciário mineiro. Com isso, os 906 juízes de 
primeira instância que atuam no interior do Estado não são contemplados com os lanches.

VEJA OUTRAS CARNES QUE APARECEM NO EDITAL DO TJMG DESTE ANO:



Insinuação. Enquanto a gestão atual da corte faz licitação para alimentos até então inéditos, em 
fevereiro deste ano, o desembargador Doorgal Gustavo de Andrada divulgou uma carta aos 
servidores da corte com duras críticas a atual gestão e ironizando uma reunião que teria ocorrido no 
Órgão Especial do TJ às vésperas do carnaval deste ano entre Pedro Bitencourt e dois 
desembargadores aliados. No documento, Doorgal insinua que teriam sido realizados almoços com 
dinheiro público no edifício do Tribunal.
“Sobre os três, não se levantavam acusações de estarem envolvidos em: (…) manter com dinheiro 
público uma cozinha no Tribunal para uso exclusivo pessoal-familiar, e para fornecer almoço a 
desembargadores ‘confiáveis’ (com talheres de prata)”, ironizou o magistrado no documento. O uso 
das estruturas públicas e a alimentação com os recursos da corte, caso confirmados, poderiam 
configurar crime de improbidade administrativa, já que os desembargadores e juízes do Tribunal 
contam com um auxílio-alimentação de R$ 751.

Documento VEJA A ÍNTEGRA DA CARTA DO DESEMBARGADOR DOORGAL PDF

Por meio de nota, a assessoria do TJMG afirmou que Pedro Bitencourt trabalha 12 horas por dia 
“despachando” no tribunal e que, ocasionalmente, faz refeições em seu gabinete. O texto ainda diz 
que Bitencourt abriu mão de seu auxílio-alimentação e que não oferece refeições no salão do tribunal.
“O presidente do tribunal cumpre expediente de mais de doze horas diárias despachando no tribunal. 
Por isso, em algumas ocasiões almoça no gabinete. Importante destacar que o presidente abriu mão 
do auxílio alimentação a que legalmente faz jus e não oferece almoço no salão do tribunal.”, afirma a 
nota.
‘Ajustes’. A assessoria do Tribunal informou ainda que os alimentos que chegam ao prédio sede do 
TJMG são destinados a produção de lanches para “todas as unidades do poder judiciário da capital”. 
“Também são fornecidos lanches para a realização das sessões do Júri, eventos institucionais, cursos, 
treinamento e mutirões. A variação no número de itens deve-se a ajustes feitos anualmente”, segue o 
texto.
O Sindicato dos Servidores de Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais, contudo, questiona 
a versão do Tribunal e, por meio de nota, alegou que “nos cursos, mutirões e outras atividades que 
impedem o deslocamento do servidor para lanche ou refeição, nunca foi servido salmão, iogurte 
grego light ou qualquer outra sofisticada alimentação.”
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E SE VERÔNICA SERRA FOSSE FILHA DE LULA?


Verônica Serra. Certas perguntas têm a força de mil respostas

por : Paulo Nogueira

Este texto está sendo republicado, dada sua atualidade.
Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece
reflexão.
E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil?
Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso.
Bem, o título se refere a Verônica Serra, filha de Serra. Ela foi notícia discreta nas seções de 
negócios recentemente quando foi publicado que uma empresa de investimentos da qual ela é sócia 
comprou por 100 milhões reais 20% de uma sorveteria chamada Diletto.
Os sócios de Verônica são Jorge Paulo Lehman e Marcel Telles. Lehman é o homem mais rico do 
Brasil. Daí a pergunta do Viomundo, e Marcel é um velho amigo e parceiro dele.
Lehman e Marcel, essencialmente, fizeram fortuna com cerveja. Compraram a envelhecida Brahma, 
no começo da década de 1980, e depois não pararam mais de adquirir cervejarias no Brasil e no 
mundo.
Se um dia o consumo de cerveja for cerceado como o de cigarro, Lehman e Marcel não terão muitas 
razões para erguer brindes.
Verônica se colocou no caminho de Lehman quando conseguiu dele uma bolsa de estudos para 
Harvard.
Eu a conheci mais ou menos naquela época. Eu era redator chefe da Exame, e Verônica durante 
algum tempo trabalhou na revista numa posição secundária.
Não tenho elementos para julgar se ela tinha talento para fazer uma carreira tão milionária.
Ela não me chamou a atenção em nenhum momento, e portanto jamais conversei mais detidamente 
com ela.
Mas ali, na Exame, ela já era um pequeno exemplo das relações perigosas entre políticos e 
empresários de mídia. Foi a amizade de Serra com a Abril que a colocou na Exame.
Depois, Verônica ganhou de Lehman uma bolsa para Harvard. Lehman, lembro bem de conversas 
com ele, escolhia em geral gente humilde e brilhante para, como um mecenas, patrocinar mestrados 
em negócios na Harvard, onde estudara.
Não sei se Verônica se encaixava na categoria dos humildes ou dos brilhantes, ou de nenhuma das 
duas, ou em ambas. Conhecendo o mundo como ele é, suponho que ela tenha entrado na cota de 
exceções por Serra ser quem é, ou melhor, era.
Serra pareceu, no passado, ter grandes possibilidades de se tornar presidente. Numa coluna 
antológica na Veja, Diogo Mainardi começou um texto em janeiro de 2001 mais ou menos assim: 
“Exatamente daqui a um ano Serra estará subindo a rampa do Planalto”. (Os jornalistas circularam 
durante muito tempo esta coluna, como fonte de piada e escárnio.)
Cotas para excluídos são contestadas pela mídia, mas cotas para amigos são consideradas 
absolutamente normais, e portanto não são notícia.


Todos os filhos de políticos são iguais para a mídia , mas alguns são mais iguais que outros

Bem, Verônica agradou Lehman, a ponto de se tornar, depois de Harvard, sócia dele.
O nome dela apareceu em denúncias – cabalmente rechaçadas por ela – ligadas às privatizações da 
era tucana.
Tenho para mim que ela não precisaria fazer nada errado, uma vez que já caíra nas graças de 
Lehman, mas ainda assim, a vontade da mídia de investigar as denúncias, como tantas vezes se fez 
com o filho de Lula, foi nenhuma.
Verônica é da turma. Essa a explicação. Serra é amigo dos empresários de mídia. E mesmo Lehman, 
evidentemente, não ficaria muito feliz em ver a sócia exposta em denúncias.
Lehman é discreto, exemplarmente ausente dos holofotes. Mas sabe se movimentar quando interessa.
Uma vez, pedi aos editores da Época Negócios um perfil dele depois da compra de uma grande 
cervejaria estrangeira. Recomendei que os repórteres falassem com amigos, uma vez que ele não dá 
entrevistas.
Rapidamente recebi um telefonema de João Roberto Marinho, o Marinho que cuida de assuntos 
editoriais. João queria saber o que estávamos fazendo.
Lehman ligara a ele desgostoso. Também telefonara a seus amigos mais próximos recomendando 
que não falassem com os repórteres da revista. Ninguém falou, até mais tarde Lehman autorizá-los 
depois de ver os bons propósitos da reportagem.

Lehman patrocinou o curso em Harvard para Verônica e depois a fez sócia

A influência de Lehman sobre João Roberto se deve, é verdade, à admiração que Lehman e seu 
lendário Grupo Garantia despertavam na família Marinho.
Mas é óbvio que a verba publicitária das cervejarias de Lehman falam alto também. Um amigo me 
conta que em Avenida Brasil os personagens tomavam cerveja sob qualquer pretexto.
Isto porque as cervejarias de Lehman pagaram um dinheiro especial pelo chamado ‘product 
placement’, ou mercham, na linguagem mais vulgar.
O consumidor é submetido a uma propaganda sem saber, abertamente, que é propaganda. Era como 
se realmente os personagens tivessem sempre motivos para tomar uma gelada.
Verônica Serra, por tudo isso, esteve sempre sob uma proteção, na grande mídia, que é para poucos. 
É para aqueles que ligam e são atendidos pelos donos das empresas jornalísticas.
O filho de Lula não.
Daí a diferença de tratamento. E daí também a força incômoda, por mostrar quanto somos uma terra 
de privilégios, da pergunta do site Viomundo.
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