Jornal GGN - O deputado Paulinho da Força (SD) entrou no Conselho de Ética da Câmara com uma representação contra Chico Alencar (PSOL), pedindo apuração sobre a contratação de uma empresa de propaganda contratada pelo socialista e sobre R$ 65 mil em doações eleitorais feitas por funcionários de seu gabinete.
A investida contra Alencar é esperada desde que o deputado fluminense incitou outros parlamentares a levarem ao Conselho de Ética um pedido que pode culminar na cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em função das denúncias da Procuradoria Geral da República sobre contas na Suíça e participação do peemedebista na Lava Jato.
Alencar negou as acusações e afirmou ter orgulho de sua campanha. “O dinheiro que gastei foi limpo. Se os funcionários de meu gabinete colaboraram, tenho muito orgulho, porque isto é uma posição política.”
Para Alencar, ficou claro que foi uma missão de Cunha para sobrecarregar o Conselho de Ética, que, na próxima semana, inicia o processo de análise de quebra de decoro contra o peemedebista. “É uma manobra evidente, com todos os indícios de que foi orientada por Eduardo Cunha. Trata-se de um 'paulinho mandado’ para tumultuar o ambiente, desviar o foco e sobrecarregar o Conselho.”
Paulinho da Força, por sua vez, disse que está "dando a oportunidade para ele [Alencar] se explicar e esclarecer estes fatos graves. Ele que é a pessoa que mais defende a ética na Casa não pode ser suspeito”, afirmou.
Cunha negou que tenha orientado qualquer medida desse tipo a Paulinho. “Não aceito este tipo de acusação. Uma pessoa aliada ou amiga que tenha qualquer tipo de gestos não quer dizer que sou responsável ou que estou por trás da iniciativa. Não dá para aceitar esse tipo de coisa, porque amanhã serei responsável porque meu aliado brigou na rua. Tem de respeitar as posições”, concluiu.
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