sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Em Manaus, nível do Rio Negro cai mais de 7 metros em outubro


Jornal GGN - O Rio Negro, no Amazonas, teve uma queda de 7,26 metros em seu nível desde o 
dia 1º de outubro, afetando a vida dos moradores de Manaus. De acordo com especialistas, a 
redução das chuvas e o calor intenso causados pelo El Niño contribuíram para a queda 
acelerada do nível do rio. Segundo o superindente do Serviço Geológico do Brasil, Marco 
Antônio de Oliveira, a vazante pode durar algumas semanas, mas o Rio Negro não deve descer 
mais do que em 2010.

Nível do Rio Negro desce mais de sete metros em outubro, em Manaus

Rio Negro desceu o total de 7,26 m desde dia 1º de outubro. Cenário mudou em partes da capital; 
Lago do Aleixo secou na Zona Leste.
A descida dos rios muda a rotina de ribeirinhos e a paisagem em algumas áreas de Manaus. Nesta 
quarta-feira (28), o Rio Negro baixou 3 cm e chegou a cota de 15,92 m. De acordo com a medição 
realizada no Porto Privatizado de Manaus, o nível desceu o total de 7,26 m desde o dia 1º de outubro.
No Centro, Zona Sul e Leste da capital é possível ver o quanto o nível do Rio Negro baixou. Casas 
flutuantes e barcos de famílias que viviam sobre o rio ficaram encalhados próximo a Ponte do São 
Raimundo, desde a última semana. Já no Lago do Aleixo, é possível ver a terra – que antes ficava 
sob a água – rachada. Moradores do local enfrentam dificuldades para pescar e se locomover.
A redução de chuvas e o calor intenso causados pelo fenômeno El Niño contribuem para a rápida 
queda do nível do rio, segundo especialistas.
De acordo com o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio de 
Oliveira, a vazante pode durar algumas semanas. "A atenção tem que ser dada para região do Alto 
Rio Negro, onde só vai finalizar no mês de janeiro ou fevereiro. A tendência é que o rio continue 
caindo na região de Barcelos até São Gabriel da Cachoeira. Agora, no Rio Amazonas e Solimões já é 
um final de vazante. O rio não deve descer mais que no ano de 2010, pelo menos por enquanto".
Escolas
Por conta da cheia e agora da seca dos rios, a solução foi mudar o calendário escolar. Para 3 mil 
alunos de 29 escolas de Manaus, as aulas começaram em janeiro e vão ser interrompidas no fim 
deste mês. A mudança não deve afetar o número de dias de aula.
"O rio é que manda. A seca e a cheia são elas que fazem com que a gente planeje uma educação que 
possa atender esses alunos em situação diferenciada", disse Edilene Pinheiro, chefe da Divisão de 
Educação da Zona Rural, à Rede Amazônica.



Navegação
O emissor de passagens fluviais, Nazareno Marques, de 39 anos, que trabalha na orla da Manaus 
Moderna - porto no Centro da capital -, afirma que a vazante ajudou a diminuir o fluxo de 
passageiros nas embarcações.
"A venda deu uma caída por causa da seca e dessa fumaça. Esta muito ruim de navegar. As pessoas 
estão com medo de viajar. Tem a questão da crise também. Ela afetou essa parte de turismo. P 
pessoal gostava muito de viajar pra passear, agora atrapalhou bastante. Atrapalha muito aqui. Atrasa 
muito as viagens, para longe o barco, fica longe para carregar bagagem até o navio. A gente está 
esperando uma melhora em novembro e dezembro. Lá pelo dia 15 de novembro o rio deve começar a 
encher. Ano passado foi melhor, não secou tanto e a crise não estava tanto", disse Marques.





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