sábado, 30 de junho de 2012
Juca Kfouri: "Tem uma Itália no caminho da Espanha"
Por Juca Kfouri
Como se sabe, neste domingo, a Espanha buscará em Kiev, na Ucrânia, um feito inédito no futebol mundial: ganhar duas vezes consecutivas uma copa continental tendo vencido a Copa do Mundo entre elas.
E os espanhóis, liderados pelos brilhantes Xavi e Iniesta, têm tudo para isso.
Mas têm, também, uma Itália no caminho.
Uma Itália para quem ninguém dava nada, mas eliminou a Inglaterra, nos pênaltis e, ontem, a Alemanha, no tempo normal.
A Alemanha para quem jamais perdeu em Copas do Mundo ou em Eurocopas, com quatro vitórias e quatro empates.
Sem choro nem vela e com Mário Balotelli, a marca registrada desta Euro, marca negra, negra marca em meio às manifestações racistas que envergonham o Velho Continente.
A Espanha que não subestime a força italiana que vem da África, até porque, também jamais ganhou dela em jogos oficiais.
A Itália, campeã da Euro em 1968, busca o bicampeonato.
A Espanha, duas vezes campeã, em 1964 e em 2008, atrás do tri e da façanha jamais atingida por uma seleção de futebol.
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SE A GLOBO DER O GOLPE PARAGUAIO? A DILMA PODE SE DEFENDER ?
Esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?
Saiu no inglês The Guardian: ESCÁNDALO EN LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN MEXICANOS: UNA UNIDAD SECRETA DE TELEVISA PROMOCIONÓ AL CANDIDATO DEL PRI
Peña é o favorito das pesquisas e do narco-tráfico na eleição deste domingo.
Aqui, no Brasil varonil, a Globo e o Ali Kamel no jornal nacional já deram um Golpe e levaram a eleição de 2006 para o segundo turno – clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve falta o segundo”.
O Merval Global e o Melhor do Carnaval, a Catanhêde e o dos múltiplos chapéus já deram a senha: se houver um Golpe paraguaio, tamos nessa !
É conosco mesmo.
Em 24 horas a gente põe essa raça pra correr !
Por sugestão do Mauricio Dias, na Rosa dos Ventos da Carta Capital, o ansioso blogueiro leu o fascinante relato de Flavio Tavares “1961 – O Golpe Derrotado – Luzes e sombras do Movimento da Legalidade”, os 13 dias em 1961 em que Leonel Brizola (Ah!, que falta faz !) montou uma Rede da legalidade e deu posse ao Presidente eleito segundo a Constituição de 46, João Goulart.
Brizola conseguiu adiar o que, três anos depois, se tornou um Golpe paraguaio típico: o presidente constitucional estava em território nacional e o Congresso declarou a “vacância” do cargo.
(“Congresso Nacional”, leia-se o senador paulista Auro de Moura Andrade.)
No capítulo “O combate no ar”, pág 53, Tavares descreve como Brizola se apossou da Rádio Guaíba, do adversário Breno Caldas, e tornou possível o movimento anti-golpista.
Sem a Rádio Guaíba e a Rede da Legalidade, o Golpe paraguio de 64 teria sido defechado em 1961.
Agora, amigo navegante, medite sobre os dias que correm.
Sobre o Golpe paraguaio e as tentativas similares na Venezuela, no Equador, na Bolívia e na Argentina, com o lock-out dos produtores rurais, promovido pela Globo de lá, o grupo Clarín.
É o “golpe pós-moderno” dos americanos e seus aliados tropicais, o PiG continental.
É o “neo-Golpe”, sem baionetas.
Moderninho.
Cheiroso.
Em forma de tablet.
Qual a diferença entre o que o Peña fez com a Televisa e a “entrada livre” que os tucanos e Golpistas têm na Globo ?
O Peña pagou e o Cerra não paga.
Não paga ?
E aquela escolinha no terreno que o Cerra deixou a Globo invadir e, depois, transformou numa escola para a Globo treinar profissionais, com dinheiro do contribuinte ?
E quando o Cerra e o Fernando Henrique, com o Andrea Matarazzo à frente, mandavam nas verbas de publicidade da SECOM e a Globo ficava com 90% do bolo ?
Qual a diferença ?
E quando a Globo der o Golpe paraguaio ?
No mensalão que está por provar-se, o Golpe paraguaio só não evoluiu, porque o Zé Alencar não deixou, segundo contou a Tarso Genro.
O Golpe corre solto no PiG todo dia.
Agora mesmo, a Globo marcou a data do julgamento do mensalão no Supremo e vetou o Toffoli.
Precisa mais ?
O amigo navegante acredita que esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?
Se a Suprema Corte americana não resistiu à Fox News e elegeu o Bush, filho sem contar os votos da Flórida …
Imagine aqui, nesse Supremo mais partidarizado que a Suprema Corte americana …
Há 25 anos a Globo impede o Congresso de regulamentar os capitulos que tratam da Comunicação.
há 50 anos se vale de um vácuo institucional, de que se beneficia integralmente.
Quem manda mais no Brasil que a Globo ?
O Daniel Dantas ?
E como é que a Dilma vai se defender de um Golpe paraguaio ?
Vai dar uma entrevista ao ABC Color, o conglomerado de midia stroessiano que derrubou o Lugo ?
Como se defender, no meio de uma crise fomentada por livre- atiradores em terras griladas do Daniel Dantas no Pará – leia na Carta Capital importante reportagem de Cynara Menezes sobre a crise dos sem terra no Paraguai e quem estava por tras dela.
O amigo navegante percebeu que a Globo deu cobertura à crise dos sem-terra no Paraguai com a rapidez que não aplica à cobertura da criminalidade endemica em São Paulo, que está por exigir uma intervenção federal.
Impressionante a agilidade Golpista da Globo.
Se foi assim no Paraguai, por que não seria no Brasil, no Pará, em São Paulo ?
Como a Dilma se defenderia, Bernardo ?
Num “fast impeachment”, em 24 horas, Bernardo, como a Democracia brasileira se protegeria dos Golpistas ?
Os velhos Golpistas de sempre.
Os Chatôs, os Marinho, os Civita, os Frias, os Mesquitas – the usual suspects.
Ou ela ia fazer como o Palocci, que achou que ia se proteger com uma entrevista ao jornal nacional – depois de por ele ser trucidado ?
Quais os instrumentos de que dispõe a Presidência da República para evitar um Golpe de Estado ?
Qual a Rádio Guaíba que vai defender a Constituição ?
Que falta faz o Brizola !
E o Franklin !
Según unos documentos vistos por the Guardian, la cadena de medios encargó videos para desacreditar a los rivales del candidato que es ahora el favorito para ganar la carrera por la Presidencia del domingo
Según unos documentos vistos por the Guardian y gente familiarizada con el operativo, una unidad secreta de la cadena de televisión dominante en México, estableció y financió una campaña para que el candidato favorito, Enrique Peña Nieto, ganase las elecciones presidenciales.
Las nuevas revelaciones de la falta de objetividad de Televisa, la cadena de medios más grande del mundo en lengua española, cuestionan la afirmación de ser políticamente imparciales hecha por la compañía así co mo las insistencia de Peña Nieto de no haberse beneficiado de una relación especial con Televisa.
La unidad, apodada “el equipo Handcock” lo que según las fuentes era un nombre en código para el político y sus aliados, encargó videos promocionales sobre el candidato y su partido, el PRI, que a la vez desacreditaban a los rivales del partido en el 2009. Los documentos sugieren que el equipo distribuyó los videos a miles de direcciones de correo electrónico y también los promocionó en Facebook y Youtube donde alguno de ellos todavía puede ser visto.
La naturaleza de la relación entre Peña Nieto y Televisa ha sido un asunto clave de las elecciones que se celebrarán el próximo domingo desde que en Mayo se originara un movimiento estudiantil centrado en la percibida manipulación de la opinión pública a favor del candidato por parte de los medios.
Según unos documentos vistos por the Guardian y gente familiarizada con el operativo, una unidad secreta de la cadena de televisión dominante en México, estableció y financió una campaña para que el candidato favorito, Enrique Peña Nieto, ganase las elecciones presidenciales.
Las nuevas revelaciones de la falta de objetividad de Televisa, la cadena de medios más grande del mundo en lengua española, cuestionan la afirmación de ser políticamente imparciales hecha por la compañía así co mo las insistencia de Peña Nieto de no haberse beneficiado de una relación especial con Televisa.
La unidad, apodada “el equipo Handcock” lo que según las fuentes era un nombre en código para el político y sus aliados, encargó videos promocionales sobre el candidato y su partido, el PRI, que a la vez desacreditaban a los rivales del partido en el 2009. Los documentos sugieren que el equipo distribuyó los videos a miles de direcciones de correo electrónico y también los promocionó en Facebook y Youtube donde alguno de ellos todavía puede ser visto.
La naturaleza de la relación entre Peña Nieto y Televisa ha sido un asunto clave de las elecciones que se celebrarán el próximo domingo desde que en Mayo se originara un movimiento estudiantil centrado en la percibida manipulación de la opinión pública a favor del candidato por parte de los medios.
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Televisa é a Globo do México.
Peña Nieto é o Cerra que deu certo.Peña é o favorito das pesquisas e do narco-tráfico na eleição deste domingo.
Aqui, no Brasil varonil, a Globo e o Ali Kamel no jornal nacional já deram um Golpe e levaram a eleição de 2006 para o segundo turno – clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve falta o segundo”.
O Merval Global e o Melhor do Carnaval, a Catanhêde e o dos múltiplos chapéus já deram a senha: se houver um Golpe paraguaio, tamos nessa !
É conosco mesmo.
Em 24 horas a gente põe essa raça pra correr !
Por sugestão do Mauricio Dias, na Rosa dos Ventos da Carta Capital, o ansioso blogueiro leu o fascinante relato de Flavio Tavares “1961 – O Golpe Derrotado – Luzes e sombras do Movimento da Legalidade”, os 13 dias em 1961 em que Leonel Brizola (Ah!, que falta faz !) montou uma Rede da legalidade e deu posse ao Presidente eleito segundo a Constituição de 46, João Goulart.
Brizola conseguiu adiar o que, três anos depois, se tornou um Golpe paraguaio típico: o presidente constitucional estava em território nacional e o Congresso declarou a “vacância” do cargo.
(“Congresso Nacional”, leia-se o senador paulista Auro de Moura Andrade.)
No capítulo “O combate no ar”, pág 53, Tavares descreve como Brizola se apossou da Rádio Guaíba, do adversário Breno Caldas, e tornou possível o movimento anti-golpista.
Sem a Rádio Guaíba e a Rede da Legalidade, o Golpe paraguio de 64 teria sido defechado em 1961.
Agora, amigo navegante, medite sobre os dias que correm.
Sobre o Golpe paraguaio e as tentativas similares na Venezuela, no Equador, na Bolívia e na Argentina, com o lock-out dos produtores rurais, promovido pela Globo de lá, o grupo Clarín.
É o “golpe pós-moderno” dos americanos e seus aliados tropicais, o PiG continental.
É o “neo-Golpe”, sem baionetas.
Moderninho.
Cheiroso.
Em forma de tablet.
Qual a diferença entre o que o Peña fez com a Televisa e a “entrada livre” que os tucanos e Golpistas têm na Globo ?
O Peña pagou e o Cerra não paga.
Não paga ?
E aquela escolinha no terreno que o Cerra deixou a Globo invadir e, depois, transformou numa escola para a Globo treinar profissionais, com dinheiro do contribuinte ?
E quando o Cerra e o Fernando Henrique, com o Andrea Matarazzo à frente, mandavam nas verbas de publicidade da SECOM e a Globo ficava com 90% do bolo ?
Qual a diferença ?
E quando a Globo der o Golpe paraguaio ?
No mensalão que está por provar-se, o Golpe paraguaio só não evoluiu, porque o Zé Alencar não deixou, segundo contou a Tarso Genro.
O Golpe corre solto no PiG todo dia.
Agora mesmo, a Globo marcou a data do julgamento do mensalão no Supremo e vetou o Toffoli.
Precisa mais ?
O amigo navegante acredita que esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?
Se a Suprema Corte americana não resistiu à Fox News e elegeu o Bush, filho sem contar os votos da Flórida …
Imagine aqui, nesse Supremo mais partidarizado que a Suprema Corte americana …
Há 25 anos a Globo impede o Congresso de regulamentar os capitulos que tratam da Comunicação.
há 50 anos se vale de um vácuo institucional, de que se beneficia integralmente.
Quem manda mais no Brasil que a Globo ?
O Daniel Dantas ?
E como é que a Dilma vai se defender de um Golpe paraguaio ?
Vai dar uma entrevista ao ABC Color, o conglomerado de midia stroessiano que derrubou o Lugo ?
Como se defender, no meio de uma crise fomentada por livre- atiradores em terras griladas do Daniel Dantas no Pará – leia na Carta Capital importante reportagem de Cynara Menezes sobre a crise dos sem terra no Paraguai e quem estava por tras dela.
O amigo navegante percebeu que a Globo deu cobertura à crise dos sem-terra no Paraguai com a rapidez que não aplica à cobertura da criminalidade endemica em São Paulo, que está por exigir uma intervenção federal.
Impressionante a agilidade Golpista da Globo.
Se foi assim no Paraguai, por que não seria no Brasil, no Pará, em São Paulo ?
Como a Dilma se defenderia, Bernardo ?
Num “fast impeachment”, em 24 horas, Bernardo, como a Democracia brasileira se protegeria dos Golpistas ?
Os velhos Golpistas de sempre.
Os Chatôs, os Marinho, os Civita, os Frias, os Mesquitas – the usual suspects.
Ou ela ia fazer como o Palocci, que achou que ia se proteger com uma entrevista ao jornal nacional – depois de por ele ser trucidado ?
Quais os instrumentos de que dispõe a Presidência da República para evitar um Golpe de Estado ?
Qual a Rádio Guaíba que vai defender a Constituição ?
Que falta faz o Brizola !
E o Franklin !
Em tempo: o amigo navegante se lembra que a Televisa desempenhou papel decisivo na eleição de Carlos Salinas de Gortari, o Fernando Henrique mexicano, aquele que vendeu México ao Slim, assim como o Fernando Henrique vendeu o Brasil ao Daniel Dantas, o “brilhante !”. A Televisa, na véspera da eleição, produziu uns camponeses vítimas de violência na fazenda do adversário, Cuahautemoc Cárdenas. Depois de Salinas eleito, a fraude foi desmascarada. E entrou em antologias mundo afora como exemplo de manipulação eleitoral pela televisão, no mesmo capítulo da edição do jornal nacional que continha o resumo do debate do Collor com o Lula. Patranhas exemplares ! Similares ! Globo e Televisa são especialistas na matéria: Golpe.
Paulo Henrique Amorim
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A ÚLTIMA DE BOTOX
As declarações deixaram os parlamentares tucanos a beira de um ataque de nervos. Eles tentaram intimidar e desmoralizar a testemunha, mas não tiveram êxito.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) perguntou se Bordoni disse ter sido abduzido por ETs, como publicado em um blog de Goiás. O jornalista respondeu com ironia: “Sim, inclusive encontrei todas as pessoas que passaram a informação ao senhor”, provocando risadas. Bordoni se desculpou pela ironia e disse que o blog é de um “afilhado” de Perillo que está "tentando desconstruir sua imagem diante da opinião pública”.
A tentativa dos tucanos de desmoralizar Bordoni foi uma estratégia temerosa, pois como Perillo explicaria ter confiado o programa de rádio de toda sua campanha a ele, se fosse uma pessoa desqualificada?
O fato é que a voz que comandou todos os programas eleitorais de rádio de Perillo é uma testemunha de dentro da campanha que vivenciou o que se passou lá. Diferentemente dos demais, que silenciaram, resolveu falar, e os cheques vindos das empresas de Cachoeira dão uma forte sustentação à sua história.
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Como pode um garagista ganhar mais que Dilma?
Por Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"Agora que o Portal da Transparência, graças à recém implantada Lei de Acesso à Informação, está divulgando os salários dos servidores públicos, a começar pela presidente Dilma Rousseff e seus ministros, estamos tomando conhecimento de alguns absurdos perpetrados com o nosso dinheiro, casos que já repercutiram até na revista inglesa "The Economist".
O exemplo mais escandaloso é o de um garagista da Câmara Municipal de São Paulo, o novo marajá Alexandre Camargo Pereira, 37 anos, que os repórteres do "Estadão" encontraram trabalhando como assessor parlamentar no gabinete do vereador Juscelino Gadelha (PSB).
O salário do servidor informado pelo site da Câmara é de inacreditáveis R$ 23.206,96. Ao receber o holerite, Alexandre não estranhou os valores depositados em sua conta. Deve ter achado tudo muito normal, e não reclamou, claro. Lá na Câmara, afinal, muita gente ganha altos salários há muito tempo e ninguém pergunta nada para ninguém.
O que mais me chocou nesta história foi comparar o salário do garagista com o da presidente da República divulgado pelo Portal da Transparência. Segundo a "Folha" desta quinta-feira, a presidente Dilma recebeu de salário, para cuidar do país, exatos R$ 19.818,49 em maio.
Num país normal, nenhum servidor público poderia ganhar mais do que a presidente da República, mas os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior, por exemplo, ganham R$ 36,3 mil por mês por participarem de conselhos de estatais.
Claro que Alexandre não é um caso único. Assim que todas as repartições públicas e casas legislativas colocarem e abrirem os dados no Portal da Transparência, poderemos constatar que os abusos constituem a regra e não uma ou outra exceção.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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"Agora que o Portal da Transparência, graças à recém implantada Lei de Acesso à Informação, está divulgando os salários dos servidores públicos, a começar pela presidente Dilma Rousseff e seus ministros, estamos tomando conhecimento de alguns absurdos perpetrados com o nosso dinheiro, casos que já repercutiram até na revista inglesa "The Economist".
O exemplo mais escandaloso é o de um garagista da Câmara Municipal de São Paulo, o novo marajá Alexandre Camargo Pereira, 37 anos, que os repórteres do "Estadão" encontraram trabalhando como assessor parlamentar no gabinete do vereador Juscelino Gadelha (PSB).
O salário do servidor informado pelo site da Câmara é de inacreditáveis R$ 23.206,96. Ao receber o holerite, Alexandre não estranhou os valores depositados em sua conta. Deve ter achado tudo muito normal, e não reclamou, claro. Lá na Câmara, afinal, muita gente ganha altos salários há muito tempo e ninguém pergunta nada para ninguém.
O que mais me chocou nesta história foi comparar o salário do garagista com o da presidente da República divulgado pelo Portal da Transparência. Segundo a "Folha" desta quinta-feira, a presidente Dilma recebeu de salário, para cuidar do país, exatos R$ 19.818,49 em maio.
Num país normal, nenhum servidor público poderia ganhar mais do que a presidente da República, mas os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior, por exemplo, ganham R$ 36,3 mil por mês por participarem de conselhos de estatais.
Claro que Alexandre não é um caso único. Assim que todas as repartições públicas e casas legislativas colocarem e abrirem os dados no Portal da Transparência, poderemos constatar que os abusos constituem a regra e não uma ou outra exceção.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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Chávez: "Um dia histórico"
PRESIDENTE VENEZUELANO COMEMOROU O INGRESSO DO SEU PAÍS NO MERCOSUL, AVISOU QUE ISSO TERÁ “RESSONÂNCIA GEOPOLÍTICA” E DEIXOU CLARO QUE FALARÁ GROSSO COM O PARAGUAI, QUE ESTARIA CAUSANDO “GRANDE DANO” À AMÉRICA LATINA.
247 – O presidente venezuelano Hugo Chávez acaba de conceder uma entrevista à rede estatal teleSUR, em que celebrou o ingresso do seu país, como membro pleno, do Mercosul, tratado de livre comércio que incluía, nesta condição, apenas Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, os países do Cone Sul. “Estávamos esperando por essa decisão havia muitos anos”, disse Chávez. “É um dia histórico, que celebra uma vitória da ética, da justiça e da integração”, disse ele.
Em sua entrevista, o presidente venezuelano considerou ainda a decisão como uma “lição de política para os enclaves autoritários, que são herdeiros de ditaduras políticas”, num claro recado endereçado ao Paraguai. Eram justamente os parlamentares paraguaios que vinham vetando o ingresso da Venezuela no Mercosul – e a decisão de aceitar o país de Chávez ocorreu no mesmo dia em que o Paraguai foi suspenso do bloco. “Essa trava do Congresso paraguaio vinha causando grande dano à América Latina e ao próprio Paraguai”, disse o presidente venezuelano. Ele afirmou que vinha lutando há vários anos, mas enfrentava barreiras colocadas por “enclaves autoritários”.
Chávez destacou ainda que o ingresso do seu país no bloco terá grande ressonância geopolítica. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, membro da Opep e próxima a regimes como os de Teerã, de Mahmoud Ahmadinejad, e da Síria. O país também tem sido um dos principais compradores de armas da Rússia nos últimos anos.
O ingresso definitivo da Venezuela ocorrerá no dia 31 de julho, num encontro do Mercosul no Rio de Janeiro. “Adotamos de comum acordo esta decisão, que nos honra e que é também uma grande responsabilidade”, disse a presidente argentina Cristina Kirchner, ao anunciá-la.
Em sua entrevista, o presidente venezuelano considerou ainda a decisão como uma “lição de política para os enclaves autoritários, que são herdeiros de ditaduras políticas”, num claro recado endereçado ao Paraguai. Eram justamente os parlamentares paraguaios que vinham vetando o ingresso da Venezuela no Mercosul – e a decisão de aceitar o país de Chávez ocorreu no mesmo dia em que o Paraguai foi suspenso do bloco. “Essa trava do Congresso paraguaio vinha causando grande dano à América Latina e ao próprio Paraguai”, disse o presidente venezuelano. Ele afirmou que vinha lutando há vários anos, mas enfrentava barreiras colocadas por “enclaves autoritários”.
Chávez destacou ainda que o ingresso do seu país no bloco terá grande ressonância geopolítica. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, membro da Opep e próxima a regimes como os de Teerã, de Mahmoud Ahmadinejad, e da Síria. O país também tem sido um dos principais compradores de armas da Rússia nos últimos anos.
O ingresso definitivo da Venezuela ocorrerá no dia 31 de julho, num encontro do Mercosul no Rio de Janeiro. “Adotamos de comum acordo esta decisão, que nos honra e que é também uma grande responsabilidade”, disse a presidente argentina Cristina Kirchner, ao anunciá-la.
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
VENEZUELA NO MERCOSUL
Saiu na Folha : VENEZUELA SERÁ INCORPORADA AO MERCOSUL EM 31 DE JULHO
A Venezuela será incorporada ao Mercosul em reunião especial que será realizada em 31 de julho no Rio de Janeiro, anunciou nesta sexta-feira a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, no âmbito da Cúpula de chefes de Estado do bloco.
O acordo tem a assinatura dos líderes de Brasil, Uruguai e Argentina (membros pleno do Mercosul). O Paraguai, que não havia ratificado essa decisão em seu Parlamento, está suspenso do bloco devido à deposição do ex-presidente Fernando Lugo. (…)
O acordo tem a assinatura dos líderes de Brasil, Uruguai e Argentina (membros pleno do Mercosul). O Paraguai, que não havia ratificado essa decisão em seu Parlamento, está suspenso do bloco devido à deposição do ex-presidente Fernando Lugo. (…)
O tiro saiu pela culatra.
O Golpe “democrático” no Paraguai era para fortalecer o interesse nacional americano.
Por isso tantos colonistas mervais, como a Catanhede e o de muitos chpéus – clique aqui para ler – , defenderam a “legalidade” do golpe.
O que menos interessa ao interesse nacional americano é o fortalecimento do Mercosul.
É por isso que o Padim Pade Cerra queria dinamitá-lo.
O maior obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul foi o presidente Sarney.
No Continente, o Senado paraguaio golpista é o que impedia isso.
Os americanos foram o Espírito Santo de orelha do golpe “democrático” e não esperavam que a Dilma e a Cristina Kirchner aproveitassem a ausência do Paraguai para trazer Chavez para a mesa de trabalhos.
Merval, Merval…
O Golpe “democrático” no Paraguai era para fortalecer o interesse nacional americano.
Por isso tantos colonistas mervais, como a Catanhede e o de muitos chpéus – clique aqui para ler – , defenderam a “legalidade” do golpe.
O que menos interessa ao interesse nacional americano é o fortalecimento do Mercosul.
É por isso que o Padim Pade Cerra queria dinamitá-lo.
O maior obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul foi o presidente Sarney.
No Continente, o Senado paraguaio golpista é o que impedia isso.
Os americanos foram o Espírito Santo de orelha do golpe “democrático” e não esperavam que a Dilma e a Cristina Kirchner aproveitassem a ausência do Paraguai para trazer Chavez para a mesa de trabalhos.
Merval, Merval…
Paulo Henrique Amorim
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A nova "Tríplice Aliança" no Cone Sul
DE MÃOS DADAS, CRISTINA KIRCHNER (ARGENTINA), DILMA ROUSSEFF (BRASIL) E JOSÉ MUJICA (URUGUAI) DISCUTEM A SANÇÃO A SER APLICADA AO PARAGUAI, QUE ENXERGA RESQUÍCIOS DE UMA GUERRA DE 200 ANOS ATRÁS; MERCOSUL, NO ENTANTO, TEM CLÁUSULAS DEMOCRÁTICAS QUE DEVEM SER RESPEITADAS.
247 - A atual situação atual do Mercosul desperta rancores de dois séculos atrás. Na terça-feira 26, o representante paraguaio da Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, declarou que Brasil, Argentina e Uruguai armavam uma "nova Tríploce Aliança" contra o país, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Pela frase, recebeu apoio pelos que consideram, por parte do trio, uma afronta à soberania paraguaia.
Na manhã desta sexta-feira, os presidentes dos três países, Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e José Mujica se reúnem na cidade argentina de Mendoza para definir os termos de suspensão do Paraguai do Mercosul, tratado que inclui também cláusulas de respeito ao processo democrático. A decisão de suspender o novo governo paraguaio, assumido pelo presidente Federico Franco, foi tomada nesta quinta-feira. No entendimento dos três líderes, Franco provocou uma "interrupção de ordem democrática".
O Paraguai "não perderá obrigações nem direitos", disse ontem o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, após reunião com os ministros das Relações Exteriores da Argentina e do Uruguai. Ontem, o Mercosul liberou US$ 66 milhões para financiar obras de linhas de transmissão de energia elétrica no Paraguai. Os recursos são do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), criado em 2006 para reduzir as diferenças econômicas entre o Brasil e a Argentina e seus dois sócios menores, o Paraguai e o Uruguai.
Diplomatas que participam das negociações informaram que a suspensão deve durar até as eleições presidenciais de abril, mas a decisão será tomada hoje, na reunião de presidentes do Mercosul. O Paraguai foi excluído dessa cúpula e provavelmente não participará da próxima, que será realizada no Brasil em dezembro.
Esta é a primeira suspensão em 21 anos de história do Mercosul. O Brasil, a Argentina e o Uruguai questionam a legitimidade do processo de impeachment que, em 30 horas, destituiu Fernando Lugo – o ex-bispo católico eleito presidente do Paraguai em abril de 2008 pela Frente Guasu (de esquerda). Acusado de "mau desempenho" e incapacidade de manter a ordem pública, Lugo teve apenas duas horas para se defender antes de ser julgado e condenado pela maioria no Senado. Seu vice, Federico Franco, assumiu na sexta-feira passada (22).
Lugo acusou Franco de liderar um "golpe parlamentar" para impedir as reformas sociais – entre elas, a reforma agrária. O novo presidente pertence ao conservador Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) – a segunda maior força política do Paraguai, depois do Partido Colorado. O impeachment "foi legal, mas não foi legitimo", disse Lugo. Segundo ele, a oposição, que tem ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, não estava interessada em provar as acusações ou ouvir sua defesa – já tinha decidido afastá-lo do cargo.
Os argumentos de Lugo foram ouvidos pelos chanceleres dos 11 paises que, juntamente com o Paraguai, integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Em comunicado conjunto, eles questionaram a legitimidade do "impeachment relâmpago".
Nesta sexta-feira, depois da Cúpula do Mercosul, será realizada uma reunião extraordinária da Unasul para analisar a situação do Paraguai. Alguns países (como a Argentina, Venezuela e o Equador) já anunciaram que não reconhecem o novo governo de Federico Franco. O governo venezuelano deve aproveitar a ocasião para renovar seu pedido de adesão ao Mercosul, que até agora tem sido vetado pelo Congresso paraguaio. O Paraguai exerce a presidência pro tempore da Unasul, mas foi excluído da reunião em Mendoza.
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DILMA BATE RECORD NO GLOBOPE ! QUANDO O PIG FECHA ?
Saiu no G1: APROVAÇÃO PESSOAL DE DILMA SE MANTÉM ESTÁVEL EM 77%, DIZ IBOPE
Pela pesquisa, subiu para 59% os que consideram o governo bom ou ótimo. Levantamento foi feito de 16 a 19 de junho; margem de erro é de 2 pontos.
A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff manteve-se estável, em 77%, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira (29). Já a aprovação do governo subiu, de 55% para 59% dos entrevistados, que consideram o governo bom ou ótimo.
Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar; 5% não souberam responder a esse quesito. Na pesquisa anterior, o percentual de desaprovação era de 19% e variou dentro da margem de erro.
O índice dos que consideram o governo “regular” oscilou negativamente de 34% para 32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que classificam o governo como “ruim ou péssimo”. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão.
A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre 16 e 19 de junho, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.
Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar; 5% não souberam responder a esse quesito. Na pesquisa anterior, o percentual de desaprovação era de 19% e variou dentro da margem de erro.
O índice dos que consideram o governo “regular” oscilou negativamente de 34% para 32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que classificam o governo como “ruim ou péssimo”. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão.
A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre 16 e 19 de junho, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.
Todas as fichas mervais se depositam no voto do Peluso e na foto do Maluf.
Amigo navegante, e quando a popularidade da Dilma entrar na campanha do Haddad?
Cerra, chora, Cerra !
Amigo navegante, e quando a popularidade da Dilma entrar na campanha do Haddad?
Cerra, chora, Cerra !
Paulo Henrique Amorim
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Programa de Fátima Bernardes perde até para o "Globo Rural"
O "Encontro com Fátima Bernardes" marcou 6,2 pontos de ibope (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo). Trata-se do pior ibope da faixa matutina da Globo. Como se não bastasse, a atração também obteve o menor share (participação no total de televisores ligados) entre todos os programas da emissora: 21%. Perdeu até para o "Globo Rural", que vai ao ar às 5h55. A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta sexta-feira (29)
Nesta quinta-feira, o SBT deu 6,3%, a Fátima, 5,9% e a Record, 4,8%.
Isso é a média no horário, segundo prévia do Globope e, geralmente, a Globo melhora no Globope, depois que o jogo acaba.
Nenhum programa da televisão brasileira foi tão badalado quanto o da Fátima.
Só a estreia da seleção brasileira na Copa.
O que deu errado ?
A Fátima ?
Não, a Fátima sempre foi a Fátima, como o Bonner sempre foi o Bonner.
Se tirar do meio do sanduíche das novelas das Sete e das Oito … é isso aí.
A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.
O problema é a Globo.
A Globo perdeu a mão.
O Brasil se mudou e a Globo faltou ao Encontro.
A Globo está em busca da Classe C ?
Isso é uma quimera.
A Classe C é do tamanho de uma Espanha, de uma Argentina vezes dois, vezes três.
Conquistar a Classe C, saber o que é, o que pensa e o que quer a Classe C é tão difícil quanto entender a Miriam Urubóloga, quando ela diz assim … “o problema da economia brasileira”…
A Globo está como o PSDB e o Fernando Henrique: agora, somos da Classe C !
A Globo, o PSDB e o Fernando Henrique são de um Brasil que ficou pra trás.
A Classe C está em toda parte.
As Classes A, B, C e D são tão parecidos quanto Cerra e o Max.
Distinguí-las exige mais do que 1001 pesquisas.
Saber como tocar neles, chegar a eles, provocar emoção – aí, amigo, tem que perguntar ao Dias Gomes, ao Boni.
Do novo Brasil, de A, B, C, D e Z a Globo não entende mais.
Ou melhor, o jornalismo da Globo.
O jornalismo da Globo não entende mais nem de fazer telejornalismo.
Telejornalismo na era da internet.
Continua a fazer o telejornalismo do Armando Nogueira – com uma inclinação política ainda mais nociva.
Nesse campo, a Globo brinca com fogo.
É bom ela não esquecer que explora um bem público – o espectro eletro-magnético, em regime de provisória concessão.
O que tem a Globo ?
A teledramaturgia.
Que, no Brasil, é uma invenção dela.
A carpintaria é dela, o léxico é dela.
Nisso, ela é hegemônica.
Porque é quem faz melhor o produto que ela mesma criou.
É a Coca-Cola das emoções.
Então, vai dizer que a Globo domina a Classe C quando exibe novelas ?
Vai dizer que a Avenida Brasil é boa só porque retrata a Classe C do Divino ?
Tá.
Me dá um Marcos Caruso que eu te dou a Classe A, B, C, D …
Nas telenovelas ela domina porque faz um bom produto.
Criou o mercado e o produto.
No resto, ela perdeu a mão.
Não sabe mais onde o Brasil se localiza.
Se na Metrópole ou na Colonia.
Se em Madureira ou em Marechal.
(Na Barra é que não é.)
Pode botar todos os programas da Globo para chamar o jornalismo da Globo.
Jogar toda a mídia espontânea em cima.
Dá nisso: 5,9%.
Fora da dramaturgia, a Globo é um tigre de papel.
Paulo Henrique Amorim
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Nesta quinta-feira, o SBT deu 6,3%, a Fátima, 5,9% e a Record, 4,8%.
Isso é a média no horário, segundo prévia do Globope e, geralmente, a Globo melhora no Globope, depois que o jogo acaba.
Nenhum programa da televisão brasileira foi tão badalado quanto o da Fátima.
Só a estreia da seleção brasileira na Copa.
O que deu errado ?
A Fátima ?
Não, a Fátima sempre foi a Fátima, como o Bonner sempre foi o Bonner.
Se tirar do meio do sanduíche das novelas das Sete e das Oito … é isso aí.
A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.
O problema é a Globo.
A Globo perdeu a mão.
O Brasil se mudou e a Globo faltou ao Encontro.
A Globo está em busca da Classe C ?
Isso é uma quimera.
A Classe C é do tamanho de uma Espanha, de uma Argentina vezes dois, vezes três.
Conquistar a Classe C, saber o que é, o que pensa e o que quer a Classe C é tão difícil quanto entender a Miriam Urubóloga, quando ela diz assim … “o problema da economia brasileira”…
A Globo está como o PSDB e o Fernando Henrique: agora, somos da Classe C !
A Globo, o PSDB e o Fernando Henrique são de um Brasil que ficou pra trás.
A Classe C está em toda parte.
As Classes A, B, C e D são tão parecidos quanto Cerra e o Max.
Distinguí-las exige mais do que 1001 pesquisas.
Saber como tocar neles, chegar a eles, provocar emoção – aí, amigo, tem que perguntar ao Dias Gomes, ao Boni.
Do novo Brasil, de A, B, C, D e Z a Globo não entende mais.
Ou melhor, o jornalismo da Globo.
O jornalismo da Globo não entende mais nem de fazer telejornalismo.
Telejornalismo na era da internet.
Continua a fazer o telejornalismo do Armando Nogueira – com uma inclinação política ainda mais nociva.
Nesse campo, a Globo brinca com fogo.
É bom ela não esquecer que explora um bem público – o espectro eletro-magnético, em regime de provisória concessão.
O que tem a Globo ?
A teledramaturgia.
Que, no Brasil, é uma invenção dela.
A carpintaria é dela, o léxico é dela.
Nisso, ela é hegemônica.
Porque é quem faz melhor o produto que ela mesma criou.
É a Coca-Cola das emoções.
Então, vai dizer que a Globo domina a Classe C quando exibe novelas ?
Vai dizer que a Avenida Brasil é boa só porque retrata a Classe C do Divino ?
Tá.
Me dá um Marcos Caruso que eu te dou a Classe A, B, C, D …
Nas telenovelas ela domina porque faz um bom produto.
Criou o mercado e o produto.
No resto, ela perdeu a mão.
Não sabe mais onde o Brasil se localiza.
Se na Metrópole ou na Colonia.
Se em Madureira ou em Marechal.
(Na Barra é que não é.)
Pode botar todos os programas da Globo para chamar o jornalismo da Globo.
Jogar toda a mídia espontânea em cima.
Dá nisso: 5,9%.
Fora da dramaturgia, a Globo é um tigre de papel.
Paulo Henrique Amorim
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E, agora, onde o PiG vai enfiar os dólares que atingiram Genoíno e o irmão ?
Sete anos depois – e às vésperas do julgamento do mensalão – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) livrou o vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), da acusação de envolvimento no episódio em que um assessor dele, José Adalberto Vieira, foi preso no Aeroporto de Congonhas em São Paulo com US$ 100 mil escondidos na cueca, e mais R$ 209 mil numa maleta de mão, quando embarcava para Fortaleza.
O fato ocorreu no dia 8 de julho de 2005, em meio aos desdobramentos do mensalão, e precipitou o afastamento do então deputado José Genoíno da presidência do PT.
Irmão de Guimarães, Genoíno era alvo de investigação da CPI dos Correios e cogitava deixar o comando do PT. Ele acabou renunciando ao cargo dois dias depois da prisão do assessor parlamentar de seu irmão, que na época era deputado estadual e presidente do PT no Ceará.
Hoje Genoíno é um dos 38 réus do mensalão, que será julgado a partir de agosto. Já Guimarães, em plena ascensão no PT, é coordenador da bancada do Nordeste e cotado para assumir a liderança da bancada federal em 2013.
A Primeira Turma do STJ – da qual faz parte o novo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão – acolheu, por unanimidade, no último dia 21 de junho, recurso para determinar que José Guimarães não figure mais como réu na ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, em tramitação na 10a Vara Federal em Fortaleza (…)
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E, agora, onde o PiG vai enfiar os dólares que atingiram Genoíno e o irmão ?
O amigo navegante talvez se lembre do frenesi do PiG quando explodiu o dólar na cueca.
Fez parte do Golpe que o Zé Alencar se recusou a dar, como conta o Tarso Genro.
Um Golpe parlamentar paraguaio.
E, agora, quando o Peluso absolver o José Dirceu – já que não há provas contra ele -, onde o Merval vai depositar a espada de sua Cruzada ?
Paulo Henrique Amorim
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Ricardo Teixeira ainda recebe salário da CBF
DESDE MARÇO, TEIXEIRA QUE RENUNCIOU POR PROBLEMAS DE SAÚDE RECEBE MAIS DE R$ 100 MIL POR MÊS COMO UMA ESPÉCIE DE ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA.
247 – Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, mas continua recebendo salário. Desde março, o ex-dirigente que renunciou por problemas de saúde recebe mais de R$ 100 mil por mês como uma espécie de assessor especial da presidência. Leia na reportagem da Folha:
Pressionado pelo governo federal e pela Fifa, Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF há mais de três meses, alegando que precisava cuidar da saúde.
Longe do Brasil, o cartola deixou o comando da confederação, mas ainda recebe pagamentos da entidade que dirigiu por 23 anos.
Morando em Miami desde então, o ex-presidente ganha de José Maria Marin, seu sucessor, mais do que amealhava como dirigente. Na nova gestão, os depósitos para Teixeira continuam sendo feitos na agência do Itaú localizada no condomínio onde funciona a sede da CBF, no Rio.
A primeira liberação de pagamento foi autorizada no dia 30 de março. Segundo o borderô da entidade, o dirigente foi autorizado a receber R$ 105 mil. Como presidente da confederação, ele ganhava R$ 98 mil mensais.
A operação foi repetida no final do mês seguinte. Em 30 de abril, a CBF liberou um depósito ainda maior. De acordo com o borderô daquele dia, o cartola recebeu R$ 120 mil. Em maio, a entidade fez nova liberação. A reportagem não conseguiu precisar o valor que foi concedido.
Na nova CBF, Teixeira recebe como uma espécie de assessor especial da presidência. A função também é exercida pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero.
O cartola também é remunerado na CBF. Desde o início da gestão Marin, ele recebe mensalmente cerca de R$ 130 mil da confederação.
Pressionado pelo governo federal e pela Fifa, Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF há mais de três meses, alegando que precisava cuidar da saúde.
Longe do Brasil, o cartola deixou o comando da confederação, mas ainda recebe pagamentos da entidade que dirigiu por 23 anos.
Morando em Miami desde então, o ex-presidente ganha de José Maria Marin, seu sucessor, mais do que amealhava como dirigente. Na nova gestão, os depósitos para Teixeira continuam sendo feitos na agência do Itaú localizada no condomínio onde funciona a sede da CBF, no Rio.
A primeira liberação de pagamento foi autorizada no dia 30 de março. Segundo o borderô da entidade, o dirigente foi autorizado a receber R$ 105 mil. Como presidente da confederação, ele ganhava R$ 98 mil mensais.
A operação foi repetida no final do mês seguinte. Em 30 de abril, a CBF liberou um depósito ainda maior. De acordo com o borderô daquele dia, o cartola recebeu R$ 120 mil. Em maio, a entidade fez nova liberação. A reportagem não conseguiu precisar o valor que foi concedido.
Na nova CBF, Teixeira recebe como uma espécie de assessor especial da presidência. A função também é exercida pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero.
O cartola também é remunerado na CBF. Desde o início da gestão Marin, ele recebe mensalmente cerca de R$ 130 mil da confederação.
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Paraguai é suspenso do Mercosul
Agência Brasil : Países do Mercosul decidem suspender Paraguai do bloco
Os países do Mercosul decidiram suspender o Paraguai do bloco, mas sem a aplicação de sanções econômicas, disse hoje (28) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. O ministro declarou ainda que o prazo de suspensão será definido pelos presidentes dos países do Mercosul na reunião marcada para amanhã, na cidade argentina de Mendoza.
Diplomatas envolvidos nas discussões sobre o Paraguai disseram que existe a possibilidade de que o Paraguai seja suspenso até as próximas eleições presidenciais, que devem ocorrer em abril do ano que vem. Na prática, o Paraguai não participaria também da próxima reunião do Mercosul que será em dezembro no Brasil, país que assume amanhã a presidência temporária do bloco, atualmente com a Argentina.
"O entendimento é com base no Protocolo de Ushuaia. No Artigo 5º existe uma primeira frase que fala na suspensão das participações nas reuniões e uma segunda que fale de direitos e obrigações. A decisão foi de nos mantermos na primeira frase, da suspensão", disse Patriota.
As declarações do ministro foram dadas durante um intervalo da reunião do Mercosul que contou com a participação dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Venezuela.
O Paraguai já havia sido excluído desse encontro, como havia sido anunciado logo após os questionamentos do bloco sobre o impeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo.
"Lamentamos muito essa situação [de suspensão do Paraguai]. Tivemos 11 chanceleres [da Unasul] no Paraguai e destacamos que havia dúvidas sobre o processo [de destituição], com a falta de defesa do presidente Lugo. Isso levou a uma constatação de que não existe uma plena vigência democrática [no Paraguai]".
Segundo Patriota, os ministros do Mercosul entendem que o Paraguai não respeitou o chamado Protocolo de Ushuaia, assinado na década de 1990, pelos quatro países do bloco, incluindo o Paraguai, além do Chile e da Bolívia.
"O protocolo preconiza que a plena vigência democrática é uma condição essencial para o processo de integração. Então foi nesse sentido que se tomou a decisão de domingo passado [suspensão do Paraguai da reunião do Mercosul] e que se deverá se tomar a decisão amanhã [sobre o prazo de suspensão do país]", disse.
Patriota declarou ainda que, além da questão do Paraguai, os países do Mercosul deverão tratar da intensificação das relações com a China. Os presidentes devem aprovar declarações para fazer acordos com o país asiático.
Segundo o ministro, a questão sobre a maior aproximação com a China foi discutida entre autoridades das pastas de Relações Exteriores do Mercosul, da Bolívia, do Chile, além da Guiana, do Suriname e México.
Na última segunda-feira (25), o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, participou de reunião – por teleconferência de Buenos Aires e ao lado da presidenta Cristina Kirchner, da Argentina – com a presidenta Dilma Rousseff e o presidente José Mujica, do Uruguai.
"Há interesse em se retomar diálogo mais frequente e uma cooperação mais intensa [com a China]", disse Patriota.
Diplomatas envolvidos nas discussões sobre o Paraguai disseram que existe a possibilidade de que o Paraguai seja suspenso até as próximas eleições presidenciais, que devem ocorrer em abril do ano que vem. Na prática, o Paraguai não participaria também da próxima reunião do Mercosul que será em dezembro no Brasil, país que assume amanhã a presidência temporária do bloco, atualmente com a Argentina.
"O entendimento é com base no Protocolo de Ushuaia. No Artigo 5º existe uma primeira frase que fala na suspensão das participações nas reuniões e uma segunda que fale de direitos e obrigações. A decisão foi de nos mantermos na primeira frase, da suspensão", disse Patriota.
As declarações do ministro foram dadas durante um intervalo da reunião do Mercosul que contou com a participação dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Venezuela.
O Paraguai já havia sido excluído desse encontro, como havia sido anunciado logo após os questionamentos do bloco sobre o impeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo.
"Lamentamos muito essa situação [de suspensão do Paraguai]. Tivemos 11 chanceleres [da Unasul] no Paraguai e destacamos que havia dúvidas sobre o processo [de destituição], com a falta de defesa do presidente Lugo. Isso levou a uma constatação de que não existe uma plena vigência democrática [no Paraguai]".
Segundo Patriota, os ministros do Mercosul entendem que o Paraguai não respeitou o chamado Protocolo de Ushuaia, assinado na década de 1990, pelos quatro países do bloco, incluindo o Paraguai, além do Chile e da Bolívia.
"O protocolo preconiza que a plena vigência democrática é uma condição essencial para o processo de integração. Então foi nesse sentido que se tomou a decisão de domingo passado [suspensão do Paraguai da reunião do Mercosul] e que se deverá se tomar a decisão amanhã [sobre o prazo de suspensão do país]", disse.
Patriota declarou ainda que, além da questão do Paraguai, os países do Mercosul deverão tratar da intensificação das relações com a China. Os presidentes devem aprovar declarações para fazer acordos com o país asiático.
Segundo o ministro, a questão sobre a maior aproximação com a China foi discutida entre autoridades das pastas de Relações Exteriores do Mercosul, da Bolívia, do Chile, além da Guiana, do Suriname e México.
Na última segunda-feira (25), o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, participou de reunião – por teleconferência de Buenos Aires e ao lado da presidenta Cristina Kirchner, da Argentina – com a presidenta Dilma Rousseff e o presidente José Mujica, do Uruguai.
"Há interesse em se retomar diálogo mais frequente e uma cooperação mais intensa [com a China]", disse Patriota.
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CELPA LADRONA
O serviço piorou, a tarifa aumentou, o dinheiro arrecadado dos consumidos parauaras foi investido em outros Estados, a empresa está em situação pré-falimentar, com uma dívida sete vezes maior do que o preço pelo qual foi vendida, e agora a Equatorial Energia, que já contra a Celmar no Maranhão, tem preferência de compra por 30 dias mas já anuncia que só assume a Celpa com recursos do BNDES e da Eletrobrás.
O que o Zé Povinho – que sempre paga a conta – quer saber é: se o dinheiro é do governo federal, por que é que a Celpa não é federalizada de uma vez por todas? Por que intermediários que só irão lucrar às custas da dupla penalização dos consumidores?
O que o Zé Povinho – que sempre paga a conta – quer saber é: se o dinheiro é do governo federal, por que é que a Celpa não é federalizada de uma vez por todas? Por que intermediários que só irão lucrar às custas da dupla penalização dos consumidores?
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quinta-feira, 28 de junho de 2012
Perillo não me intimida, diz relator da CPI do Cachoeira
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse nesta quinta-feira (28) que "não se intimida" com as críticas do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) ao seu trabalho.
Em entrevista após participar de uma solenidade em Brasília, o governador afirmou que Cunha não pode ser "cabo de chicote" de terceiros.
Perillo é um dos alvos da CPI criada para investigar uma suposta organização criminosa liderada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que tinha como base o Estado de Goiás. "Eu não vou me intimidar com qualquer tipo de declaração. O que espero do governador é que ele colabore com essa CPMI", afirmou Cunha.
O deputado disse que os novos áudios sobre uma casa do governador revelados hoje pela Folha "confirmam ainda mais a versão" de que o tucano vendeu um imóvel para Cachoeira.
Perillo nega a transação. "A história da casa está bem elucidade agora."
Os áudios mostram Cachoeira orientando seu sobrinho Leonardo Ramos a preencher três cheques nominais a Perillo. Ramos é sócio da Excitant Confecções, empresa em nome da qual foram emitidos os cheques usados na compra da casa. Se ficar comprovado que mentiu à CPI sobre o negócio, Perillo pode responder por crime de perjúrio.
Sobre o depoimento do ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT-DF) à CPI hoje, o relator afirmou que ele acentuou outra diferença entre Agnelo e Perillo, ambos investigados pela CPI.
"Enquanto o ex-chefe de gabinete de Agnelo resolveu contribuir com a CPI, a do Perillo se recusou a falar."
Eliana Gonçalves, que trabalhou com Perillo até suas relações com Cachoeira virem à tona, esteve ontem na CPI, mas amparada por um habeas corpus não respondeu aos questionamentos dos parlamentares. "As incursões da organização criminosa no governo do DF não tiveram sucesso", afirmou Cunha.
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O CARRASCO DA SELEÇÃO ALEMÂ
Mario Balotelli fuzilou a Alemanha
Itália na Final da Eurocopa e agora vai disputar a final contra a Espanha, neste domingo, na Ucrânia.
A vaga na Copa das Confederações foi alcançada porque os espanhóis já estão garantidos no torneio por conta do título da Copa do Mundo-2010.
A vaga na Copa das Confederações foi alcançada porque os espanhóis já estão garantidos no torneio por conta do título da Copa do Mundo-2010.
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Um dia a casa cai
Reitor da IFPA é preso pela Polícia Federal
No Blog da Franssi
Ex-mulher, você ainda vai ter uma. No mundo inteiro, incontáveis esquemas poderosos foram detonados pelas ex-companheiras de muita gente graúda. No caso do escândalo no IFPA não é diferente. O testemunho da ex-mulher de Alex Daniel Costa de Oliveira, diretor da Fundação de Apoio à Educação Tecnológica, Pesquisa e Extensão do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará, foi crucial para elucidar o modus operandi da quadrilha que se apoderou dos cofres do Instituto.
Peculato, formação de quadrilha, fraudes, dispensa indevida de licitação e outros crimes em concorrências públicas constituem o enredo de uma inacreditável ação de bandidagem que surrupiou dinheiro federal que deveria ser destinado à educação.
Em depoimento à CGU, a ex-mulher do diretor da Funcefet contou que os dirigentes do IFPA pagaram com dinheiro público carros, motos, sítios no interior do Pará, apartamentos em Belém e em São Paulo, passagens aéreas, concursos, bolsas, jogos estudantis e até – pasmem! - uma suculenta feijoada.
O reitor distribuía bolsas de estudo a seus parentes e aliados e comprava passagens aéreas para sua irmã, Edilza Oliveira Fontes. A quadrilha inclusive financiou a escola de samba Bole-Bole, do bairro do Guamá, em Belém. A crença na impunidade era tal que havia até comprovante bancário. Revelou, também, que “Alex Daniel fazia todos os pagamentos pessoais de Edson Ari e Armando Barroso, tais como cartões de crédito, planos de saúde da empregada etc., tudo isso com recursos da Fundação”. Na casa de Alex Daniel foram encontrados comprovantes de repasses de mais de R$170 mil em favor de Armando Barroso.
A CGU constatou, ainda, o desvio de R$ 1,2 milhão destinados à execução de obras, compra de mobiliário e veículos. Para justificar os gastos de verba liberada extraordinariamente pelo MEC, a Funcefet emitiu notas fiscais falsas.
“Além das despesas com realização de concursos, bancas examinadoras e passagens, também foram apresentados comprovantes de despesas administrativas da Funcefet, como telefone, água e aluguel de imóvel onde funciona a entidade; material de informática; diárias a motoristas; combustível; seguro de veículos automotores não pertencentes ao IFPA, dentre outras despesas irregulares, todas elas desvinculadas da função original das verbas”, detalha a denúncia do MPF.
Os acusados desviaram dinheiro também de vários programas do MEC, como da Universidade Aberta do Brasil e do Brasil Escolarizado, que destinam bolsas para estudantes e professores. Parte das bolsas contemplaram parentes e servidores do IFPA, pagos para realizarem funções pelas quais já recebem salários da União. As irregularidades dos servidores e bolsistas serão apuradas pelo MPF em outro procedimento investigatório.
São 12 os denunciados pelo MPF à Justiça Federal por fraudes e desvio de mais de R$ 5,4 milhões em recursos federais da educação: Edson Ary de Oliveira Fontes, reitor do IFPA; João Antônio Corrêa Pinto, reitor-substituto; Bruno Henrique Garcia Lima, diretor de projetos do IFPA; Armando Barroso da Costa Júnior, Diretor-Geral da Funcefet; Alex Daniel Costa Oliveira, Diretor Administrativo-Financeiro da Funcefet; Darlindo Maria Pereira Veloso Filho, coordenador do programa Universidade Aberta do Brasil; Márcio Benício de Sá Ribeiro, coordenador do programa Universidade Aberta do Brasil; Sônia de Fátima Rodrigues Santos, coordenadora do programa de pós-graduação; Geovane Nobre Lamarão, Coordenador-Geral do Pronatec no IFPA; e Rui Alves Chaves, pro-reitor de Extensão. Quatro foram presos para não atrapalharem as investigações. Além do reitor do IFPA, Edson Ary Fontes Edson, estão em cana os diretores Bruno Garcia Lima e Armando da Costa Júnior. Alex Costa Oliveira chegou a ser considerado foragido, mas acabou se entregando. Eles também tiveram os bens bloqueados e houve busca e apreensão nas residências e escritórios.
“Os fatos demonstram, de maneira inequívoca, a existência de verdadeira organização criminosa voltada essencialmente para a prática de crimes de peculato, consistentes no desvio e na apropriação de recursos públicos da instituição de ensino. O reitor do IFPA lidera o bando, distribui tarefas, fixa os valores que serão desviados e divide o produto dos crimes entre seus comparsas. Como líder do grupo, é a ele destinada a maior parte dos recursos públicos desviados”, ressaltam os procuradores da República Igor Nery Figueiredo e Ubiratan Cazetta.
A Funcefet era peça principal no esquema. Mesmo sem o credenciamento do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia, obrigatórios para receber verbas da educação, foi beneficiada nos últimos quatro anos com mais de R$ 79 milhões em verbas federais. Vários parentes do reitor do IFPA receberam o dinheiro repassado à Funcefet, especialmente sua irmã Edilza de Oliveira Fontes.
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No Blog da Franssi
Ex-mulher, você ainda vai ter uma. No mundo inteiro, incontáveis esquemas poderosos foram detonados pelas ex-companheiras de muita gente graúda. No caso do escândalo no IFPA não é diferente. O testemunho da ex-mulher de Alex Daniel Costa de Oliveira, diretor da Fundação de Apoio à Educação Tecnológica, Pesquisa e Extensão do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará, foi crucial para elucidar o modus operandi da quadrilha que se apoderou dos cofres do Instituto.
Peculato, formação de quadrilha, fraudes, dispensa indevida de licitação e outros crimes em concorrências públicas constituem o enredo de uma inacreditável ação de bandidagem que surrupiou dinheiro federal que deveria ser destinado à educação.
Em depoimento à CGU, a ex-mulher do diretor da Funcefet contou que os dirigentes do IFPA pagaram com dinheiro público carros, motos, sítios no interior do Pará, apartamentos em Belém e em São Paulo, passagens aéreas, concursos, bolsas, jogos estudantis e até – pasmem! - uma suculenta feijoada.
O reitor distribuía bolsas de estudo a seus parentes e aliados e comprava passagens aéreas para sua irmã, Edilza Oliveira Fontes. A quadrilha inclusive financiou a escola de samba Bole-Bole, do bairro do Guamá, em Belém. A crença na impunidade era tal que havia até comprovante bancário. Revelou, também, que “Alex Daniel fazia todos os pagamentos pessoais de Edson Ari e Armando Barroso, tais como cartões de crédito, planos de saúde da empregada etc., tudo isso com recursos da Fundação”. Na casa de Alex Daniel foram encontrados comprovantes de repasses de mais de R$170 mil em favor de Armando Barroso.
A CGU constatou, ainda, o desvio de R$ 1,2 milhão destinados à execução de obras, compra de mobiliário e veículos. Para justificar os gastos de verba liberada extraordinariamente pelo MEC, a Funcefet emitiu notas fiscais falsas.
“Além das despesas com realização de concursos, bancas examinadoras e passagens, também foram apresentados comprovantes de despesas administrativas da Funcefet, como telefone, água e aluguel de imóvel onde funciona a entidade; material de informática; diárias a motoristas; combustível; seguro de veículos automotores não pertencentes ao IFPA, dentre outras despesas irregulares, todas elas desvinculadas da função original das verbas”, detalha a denúncia do MPF.
Os acusados desviaram dinheiro também de vários programas do MEC, como da Universidade Aberta do Brasil e do Brasil Escolarizado, que destinam bolsas para estudantes e professores. Parte das bolsas contemplaram parentes e servidores do IFPA, pagos para realizarem funções pelas quais já recebem salários da União. As irregularidades dos servidores e bolsistas serão apuradas pelo MPF em outro procedimento investigatório.
São 12 os denunciados pelo MPF à Justiça Federal por fraudes e desvio de mais de R$ 5,4 milhões em recursos federais da educação: Edson Ary de Oliveira Fontes, reitor do IFPA; João Antônio Corrêa Pinto, reitor-substituto; Bruno Henrique Garcia Lima, diretor de projetos do IFPA; Armando Barroso da Costa Júnior, Diretor-Geral da Funcefet; Alex Daniel Costa Oliveira, Diretor Administrativo-Financeiro da Funcefet; Darlindo Maria Pereira Veloso Filho, coordenador do programa Universidade Aberta do Brasil; Márcio Benício de Sá Ribeiro, coordenador do programa Universidade Aberta do Brasil; Sônia de Fátima Rodrigues Santos, coordenadora do programa de pós-graduação; Geovane Nobre Lamarão, Coordenador-Geral do Pronatec no IFPA; e Rui Alves Chaves, pro-reitor de Extensão. Quatro foram presos para não atrapalharem as investigações. Além do reitor do IFPA, Edson Ary Fontes Edson, estão em cana os diretores Bruno Garcia Lima e Armando da Costa Júnior. Alex Costa Oliveira chegou a ser considerado foragido, mas acabou se entregando. Eles também tiveram os bens bloqueados e houve busca e apreensão nas residências e escritórios.
“Os fatos demonstram, de maneira inequívoca, a existência de verdadeira organização criminosa voltada essencialmente para a prática de crimes de peculato, consistentes no desvio e na apropriação de recursos públicos da instituição de ensino. O reitor do IFPA lidera o bando, distribui tarefas, fixa os valores que serão desviados e divide o produto dos crimes entre seus comparsas. Como líder do grupo, é a ele destinada a maior parte dos recursos públicos desviados”, ressaltam os procuradores da República Igor Nery Figueiredo e Ubiratan Cazetta.
A Funcefet era peça principal no esquema. Mesmo sem o credenciamento do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia, obrigatórios para receber verbas da educação, foi beneficiada nos últimos quatro anos com mais de R$ 79 milhões em verbas federais. Vários parentes do reitor do IFPA receberam o dinheiro repassado à Funcefet, especialmente sua irmã Edilza de Oliveira Fontes.
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Bicheiro paraense tem surto em CPI de bicheiro goiano
Aos berros, senador tucano diz que CPI é ‘uma ditadura’ e abandona reunião.
Com Agência Senado e Agência Brasil
O Tucano Mário Couto (PA) disse, após o episódio, que não vai mais participar da comissão e reclamou de direcionamento dos trabalhos
O senador tucano Mário Couto (PA) ficou bastante alterado nesta quarta-feira na reunião da CPI do Cachoeira – que investiga a relação do bicheiro com políticos – durante o depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou nas campanhas eleitorais do atual governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Aos berros, Couto disse que há “uma ditadura” na CPI e abandonou a reunião. Desde ontem, os tucanos vêm criticando os trabalhos da comissão e dizem que há direcionamento nos trabalhos para poupar o governador petista Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e colocar Perillo na fogueira. Pouco antes, na mesma reunião, houve tumulto na CPI.
“Se Vossa Excelência não me deixar mais falar, eu me retiro. Aqui é uma democracia, que tem que ser respeitada, não estamos numa ditadura. É preciso acabar com isso, isso é uma miscelânea (?), uma avacalhação, isso não é uma CPI”, gritou Couto para o vice-presidente da CPI, Paulo Teixeira (PT-SP). Teixeira chamou sua atenção pela forma como o senador se dirigiu ao jornalista.
Antes de se retirar, Couto questionou Bordoni por ter confessado crimes durante seu depoimento, como a sonegação de impostos, e se disse “incomodado”(?) por ficar diante do jornalista.
Acareação do jornalista com Perillo
Bordoni disse em seu depoimento que aceita participar de acareações com Perillo e com todos as pessoas ligadas a ele que não aceitaram prestar esclarecimentos CPI. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) propôs, então, que o jornalista ficasse frente a frente com o bicheiro Carlos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal por suspeita de chefiar um esquema de jogos ilegais.
Bordoni aceitou ser acareado com Cachoeira e disse que participaria também de acareação com o presidente da Agência de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, e com Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor de Perillo. Convocados para falar à CPI, o primeiro apresentou um atestado médico e o segundo foi beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio.
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Bordoni: “Fui pago com dinheiro sujo” por Perillo
Bordoni: "Recebi dinheiro sujo para fazer um trabalho limpo". Em depoimento à CPI do Cachoeira, o jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou ter recebido dinheiro de caixa 2 do governador de Goiás para atuar em sua campanha em 2010.
Congresso em Foco
No único depoimento que houve hoje (27) na CPI do Cachoeira, o jornalista Luiz Carlos Bordoni complicou mais a vida do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Bordoni confirmou ter recebido dinheiro do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira pelo trabalho que fizera na campanha de Perillo em 2010. No depoimento, Bordoni disse que recebeu “dinheiro sujo” para quitar uma dívida de campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
“Eu trago aqui a verdade dos fatos. Pelo meu trabalho limpo, eu fui pago com dinheiro sujo”, afirmou. Durante sua fala inicial, que durou quase uma hora, o jornalista confirmou que a empresa Alberto & Pantoja – um fantasma do esquema de Cachoeira – depositou R$ 45 mil na conta da filha dele pelo trabalho que realizou durante a campanha de 2010 para o governador. Bordoni justificou que a filha recebeu o valor porque ele estaria viajando na época.
Os dados bancários foram passados ao ex-assessor especial do governador Lúcio Fiúza Gouthier, que, ontem (26) na CPI, nada disse, valendo-se do direito de não produzir provas contra si. “[Com relação ao dinheiro] não tem nada a ver com extorsão, pelo contrário. É trabalho prestado limpo, decentemente, desde 1998. São quatro vitórias consecutivas do meu ex-amigo Marconi Perillo.” O restante do dinheiro, segundo Bordoni, foi pago pela empresa Adécio & Rafael Construtora e Terraplenagem. De acordo com as investigações da Polícia Federal, a empresa Alberto e Pantoja é de fachada, usada por Cachoeira para lavar dinheiro da Delta Construções.”
Matéria Completa, ::AQUI::
Os dados bancários foram passados ao ex-assessor especial do governador Lúcio Fiúza Gouthier, que, ontem (26) na CPI, nada disse, valendo-se do direito de não produzir provas contra si. “[Com relação ao dinheiro] não tem nada a ver com extorsão, pelo contrário. É trabalho prestado limpo, decentemente, desde 1998. São quatro vitórias consecutivas do meu ex-amigo Marconi Perillo.” O restante do dinheiro, segundo Bordoni, foi pago pela empresa Adécio & Rafael Construtora e Terraplenagem. De acordo com as investigações da Polícia Federal, a empresa Alberto e Pantoja é de fachada, usada por Cachoeira para lavar dinheiro da Delta Construções.”
Matéria Completa, ::AQUI::
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quarta-feira, 27 de junho de 2012
CHARGE: Latifundio derruba Fernando Lugo
O cartunista e ativista Carlos Latuff é colaborador do Opera Mundi. Seu trabalho, que já foi divulgado em diversos países, é conhecido por se dedicar a diversas causas políticas e sociais, tanto no Brasil quanto no exterior. Muitas de suas charges podem ser encontradas no http://latuffcartoons.wordpress.com/
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A Saia Justa de Xuxa
Como fica agora a Rainha, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o buscador Google a continuar revelando imagens dela contracenando com um garoto de 13 anos em um filme erótico, em 1979?
Por Marco Aurelio Mello
Na decisão, imagens e vídeos dela nua ou encenando atos sexuais não poderão ser retirados dos buscadores, já que eles "são apenas o meio de acesso ao conteúdo e não os responsáveis pela publicação".
No mês passado Xuxa Meneghel protagonizou uma entrevista bizarra para o Fantástico, ocasião em que revelou para todo país que sofrera abusos sexuais na infância e puberdade. Bem a exemplo do filme: Amor, estranho amor.
A Rainha dos baixinhos também deu a sua versão sobre o convite de casamento que recebeu de Michael Jackson, quando este precisava "limpar" sua imagem de pedófilo e ainda declarou gostar de sexo e ser "fogosa" entre quatro paredes.
O gesto desencadeou reações diversas. Pessoas se solidarizaram à causa do abuso, enquanto outros, eu entre eles, julgamos tratar-se de um comportamento excêntrico demais, típico de alguém perturbado diante da perspectiva do ocaso de sua carreira.
Mas no final parece que sua atitude mais agradou do que incomodou. Tanto, que as ligações para a Secretaria de Direitos Humanos aumentaram vertiginosamente e as vítimas, motivadas pela super exposição da celebridade global também decidiram se expor.
As consequências de seu relato deram frutos. Xuxa foi até convidada a protagonizar uma campanha nacional de combate ao abuso sexual. Do ponto de vista da perda de relevância também houve frutos: a apresentadora foi parar nas capas das revistas e recebeu um sem-número de convites p
ara entrevistas, fotos, etc...A ação de Xuxa contra o Google começou em 2010. Ela queria que as buscas não dessem links para ela em ocorrências, como: "pornografia" e "pedofilia". Juntas, as palavras levam ao filme 'Amor Estranho Amor'.
Agora teremos a Rainha em dois papéis: de vítima e algoz. Que confusão, hein?
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Índios surpreendem com lista de compensações
Por André Borges | VALOR
Amarok, Hilux, L 200, F 4.000, caminhões, carros de passeio, ônibus, motos, barcos, contas gordas no banco e mais 1,3 mil cabeças de gado – de preferência, 500 delas da raça Nelore. O Valor teve acesso às listas de pedidos que as tribos indígenas apresentaram esta semana à diretoria do consórcio Norte Energia para liberar a construção da hidrelétrica de Belo Monte. As reivindicações dão uma boa dimensão do problema que o governo e os empreendedores da usina terão de administrar para convencer os índios que, agora, está na hora de passar a cuidar de suas roças de milho e mandioca, da pesca, das crenças e do artesanato.
O que os índios das 12 terras indígenas localizadas na área de influência de Belo Monte, no Xingu, apresentaram à Norte Energia é uma relação de compras que tem mais de 500 anos de distância daquilo que os empresários e o governo pretendem entregar às aldeias da região, como forma de minimizar os impactos causados pela usina.
O Valor fez uma compilação dos principais pedidos. Somadas as listas, são nada menos que 40 picapes, com o detalhe de que todas devem ter tração nas quatro rodas, direção hidráulica e ar-condicionado. Para lidar com a plantação, as tribos querem 23 tratores de diferentes modelos e mais 20 barcos com cobertura e motor para poder transitar pelo Xingu. Ainda no quesito transporte, enumeram a necessidade de 12 micro-ônibus com capacidade de 20 pessoas em casa, nove ambulâncias e três motos. Para receber aeronaves, três aldeias exigem a construção de pistas de pouso asfaltadas. Todas cobram estradas devidamente pavimentar até Altamira, principal município da região.
Na moradia, nada de ocas ou palhoça. Os índios pedem 303 casas de alvenaria, todas com banheiro interno, infraestrutura de saneamento e energia elétrica, que deve ser gratuita enquanto durar o empreendimento. A garantia de comunicação entre as aldeias deve ser feita com a instalação de 12 antenas de telefonia celular e internet sem fio, tudo para suportar centenas de computadores portáteis e de mesa que também constam na lista.
A pecuária não ficou de fora da lista. As aldeias pleiteiam quase 1,3 mil cabeças de gado e especificam que 770 delas devem ser de gado leiteiro e 520 da raça Nelore. O lazer também faz parte da relação. Na aldeia Mrotidjam, da terra indígena Xikrin do Bacajá, por exemplo, os índios querem a reforma do campo de futebol gramado, com instalação de iluminação e traves novas no gol, além de 30 freezers.
Finalmente, cobra-se a abertura de uma série de contas bancárias em nome de cada aldeia. Os pedidos de depósito variam entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões para cada uma delas. Em algumas tribos, é exigido o pagamento de três ou quatro salários mínimos por mês para cada família indígena do local, valor a ser pago enquanto a água de Belo Monte for convertida em energia.
Em entrevista ao Valor, Sheyla Yakarepi Juruna, líder da aldeia Boa Vista KM 17, localiza na região, diz que todos os pedidos são justos e que é até pouco em face dos prejuízos que o empreendimento irá causar para o seu povo. “Até hoje o que fizeram foi dar migalhas para o nosso povo. O consórcio e o governo prometeram a ampliação da demarcação de nossa área, mas não fizeram nada. Ninguém está cumprindo com as condicionantes que assumiu”, comenta.
Perguntada sobre a necessidade de tantos carros para transporte, Yakarepi Juruna diz que será a única forma de os índios se locomoveram após a implantação da usina. “O rio vai ficar difícil de navegar em muita parte. É claro que a gente precisa dos carros”, argumenta.
A líder da aldeia Boa Vista KM 17 diz que irá se juntar ao grupo indígena que há seis dias paralisa as obras do canteiro Pimental, uma das frentes de trabalho de Belo Monte. “Tem mais índio chegando. Nós vamos unir o nosso povo. Temos que ser ouvidos.”
Pelos números da Fundação Nacional do Índio (Funai), há cerca de 10 mil índios na região de Altamira que serão atingidos pela hidrelétrica. Nos cálculos da Norte Energia, porém, esse contingente é de 5.500 índios. Amanhã, deve ocorrer uma reunião em Altamira com representantes da Norte Energia e da Casa Civil, com a propósito de por um ponto final no conflito.
“Essa situação nada mais é que a colheita daquilo que o próprio governo plantou”, diz Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organização vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Foi o governo que cultivou a dependência do índio. A Funai assinou embaixo e deu anuência para Belo Monte contrariando pareceres dos próprios técnicos da fundação. Agora, não sabe o que fazer para resolver o problema.”
O Valor procurou o diretor do Departamento de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Aloysio Guapindaia, para comentar o assunto, mas ele não quis se pronunciar.
A Norte Energia informou que não vai atender as listas de pedidos apresentadas pelos índios. O consórcio alega que trabalha nos detalhes de seu Plano Básico Ambiental (PBA) indígena, o qual foi acertado com a Funai e que, segundo o consórcio, foi objeto de audiências públicas em cada uma das 28 aldeias que habitam a região. Os índios, no entanto, insistem que o PBA não foi discutido e que desconhecem as propostas da empresa. Segundo a empresa, o PBA agrupa um conjunto de 320 ações divididas em dez programas de apoio a serem executados durante cinco anos. O Valor apurou que as medidas devem custar cerca de R$ 250 milhões à Norte Energia.
A empresa garante que o plano passa a valer a partir do mês que vem. Trata-se, basicamente, de um “conjunto de medidas de apoio e fortalecimento da cultura indígena”, segundo os empreendedores. A crise com os índios é que, com o início do PBA, sai de cena a partir de setembro o pagamento mensal de R$ 30 mil que cada aldeia vinha recebendo há dois anos.
O que os índios das 12 terras indígenas localizadas na área de influência de Belo Monte, no Xingu, apresentaram à Norte Energia é uma relação de compras que tem mais de 500 anos de distância daquilo que os empresários e o governo pretendem entregar às aldeias da região, como forma de minimizar os impactos causados pela usina.
O Valor fez uma compilação dos principais pedidos. Somadas as listas, são nada menos que 40 picapes, com o detalhe de que todas devem ter tração nas quatro rodas, direção hidráulica e ar-condicionado. Para lidar com a plantação, as tribos querem 23 tratores de diferentes modelos e mais 20 barcos com cobertura e motor para poder transitar pelo Xingu. Ainda no quesito transporte, enumeram a necessidade de 12 micro-ônibus com capacidade de 20 pessoas em casa, nove ambulâncias e três motos. Para receber aeronaves, três aldeias exigem a construção de pistas de pouso asfaltadas. Todas cobram estradas devidamente pavimentar até Altamira, principal município da região.
Na moradia, nada de ocas ou palhoça. Os índios pedem 303 casas de alvenaria, todas com banheiro interno, infraestrutura de saneamento e energia elétrica, que deve ser gratuita enquanto durar o empreendimento. A garantia de comunicação entre as aldeias deve ser feita com a instalação de 12 antenas de telefonia celular e internet sem fio, tudo para suportar centenas de computadores portáteis e de mesa que também constam na lista.
A pecuária não ficou de fora da lista. As aldeias pleiteiam quase 1,3 mil cabeças de gado e especificam que 770 delas devem ser de gado leiteiro e 520 da raça Nelore. O lazer também faz parte da relação. Na aldeia Mrotidjam, da terra indígena Xikrin do Bacajá, por exemplo, os índios querem a reforma do campo de futebol gramado, com instalação de iluminação e traves novas no gol, além de 30 freezers.
Finalmente, cobra-se a abertura de uma série de contas bancárias em nome de cada aldeia. Os pedidos de depósito variam entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões para cada uma delas. Em algumas tribos, é exigido o pagamento de três ou quatro salários mínimos por mês para cada família indígena do local, valor a ser pago enquanto a água de Belo Monte for convertida em energia.
Em entrevista ao Valor, Sheyla Yakarepi Juruna, líder da aldeia Boa Vista KM 17, localiza na região, diz que todos os pedidos são justos e que é até pouco em face dos prejuízos que o empreendimento irá causar para o seu povo. “Até hoje o que fizeram foi dar migalhas para o nosso povo. O consórcio e o governo prometeram a ampliação da demarcação de nossa área, mas não fizeram nada. Ninguém está cumprindo com as condicionantes que assumiu”, comenta.
Perguntada sobre a necessidade de tantos carros para transporte, Yakarepi Juruna diz que será a única forma de os índios se locomoveram após a implantação da usina. “O rio vai ficar difícil de navegar em muita parte. É claro que a gente precisa dos carros”, argumenta.
A líder da aldeia Boa Vista KM 17 diz que irá se juntar ao grupo indígena que há seis dias paralisa as obras do canteiro Pimental, uma das frentes de trabalho de Belo Monte. “Tem mais índio chegando. Nós vamos unir o nosso povo. Temos que ser ouvidos.”
Pelos números da Fundação Nacional do Índio (Funai), há cerca de 10 mil índios na região de Altamira que serão atingidos pela hidrelétrica. Nos cálculos da Norte Energia, porém, esse contingente é de 5.500 índios. Amanhã, deve ocorrer uma reunião em Altamira com representantes da Norte Energia e da Casa Civil, com a propósito de por um ponto final no conflito.
“Essa situação nada mais é que a colheita daquilo que o próprio governo plantou”, diz Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organização vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Foi o governo que cultivou a dependência do índio. A Funai assinou embaixo e deu anuência para Belo Monte contrariando pareceres dos próprios técnicos da fundação. Agora, não sabe o que fazer para resolver o problema.”
O Valor procurou o diretor do Departamento de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Aloysio Guapindaia, para comentar o assunto, mas ele não quis se pronunciar.
A Norte Energia informou que não vai atender as listas de pedidos apresentadas pelos índios. O consórcio alega que trabalha nos detalhes de seu Plano Básico Ambiental (PBA) indígena, o qual foi acertado com a Funai e que, segundo o consórcio, foi objeto de audiências públicas em cada uma das 28 aldeias que habitam a região. Os índios, no entanto, insistem que o PBA não foi discutido e que desconhecem as propostas da empresa. Segundo a empresa, o PBA agrupa um conjunto de 320 ações divididas em dez programas de apoio a serem executados durante cinco anos. O Valor apurou que as medidas devem custar cerca de R$ 250 milhões à Norte Energia.
A empresa garante que o plano passa a valer a partir do mês que vem. Trata-se, basicamente, de um “conjunto de medidas de apoio e fortalecimento da cultura indígena”, segundo os empreendedores. A crise com os índios é que, com o início do PBA, sai de cena a partir de setembro o pagamento mensal de R$ 30 mil que cada aldeia vinha recebendo há dois anos.
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JATENE DE VOLTA A SANTARÉM
O governador Simão Jatene estará amanhã, 28, em Santarém para, como paraninfo, diplomar a primeira turma de médicos formados no interior paraense pela Universidade do Estado. Ele chega dois dias após um enorme apagão, não explicado pela moribunda Celpa, e que deixou a cidade e redondezas no escuro e com grandes prejuízos.
No Blog do Dutra
Em razão da festa e do apagão, sugiro aos colegas jornalistas santarenos a seguinte pauta para uma boa entrevista com Jatene:
1. Governador, o senhor está vindo para a diplomação da primeira turma de médicos formados no interior do Pará. A pergunta: estes novos médicos cumpriram as mesmas disciplinas e os mesmos rituais acadêmicos dos cursos de medicina existentes em Belém e por todo o Brasil, ou neste projeto pedagógico da Universidade Estadual existe adaptação curricular, incluindo coisas como doenças tropicais, endemias, enfim, as doenças típicas do interior do Pará?
2. Trata-se de um curso voltado para a doença ou para a saúde, ou seja, estes novos médicos estão se formando dentro da ideologia mercantilista da medicina ou foram capacitados para a prevenção, a medicina familiar, como foi há muitas décadas o Serviço Especial de Saúde Pública, o velho SESP, destruído pelo mercado da doença? Estes novos médicos representam, pelo que aprenderam na UEPA, uma inovação no trato da saúde e da doença ou são clones de profissionais espalhados pelo Brasil, ao mesmo tempo explorados pelos planos de saúde e exploradores em seus consultórios?
3. Quanto ao apagão: Mesmo recebendo energia de duas hidrelétricas, Tucuruí e Curuá-Uma, anteontem Santarém e parte da região Oeste do Estado ficaram um dia sem energia elétrica, além dos apagões setoriais diários. Belém, a capital, sofre todo dia com apagões localizados. Vou ler aqui pro senhor um trecho de uma notícia que saiu no jornal Valor Econômico no início desta semana. Diz aquele jornal de circulação nacional:
“Enquanto a Centrais Elétricas do Pará (Celpa) está em recuperação judicial, o que impede os credores de receberem os R$ 2 bilhões que a companhia deve, o governo do Pará está pagando uma dívida da elétrica com a União. O governo federal, por meio do Banco do Brasil, debitou em abril R$ 2,6 milhões da conta do Estado do Pará.
Os recursos são oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O valor é proporcional a uma parcela da dívida da Celpa com a União, da qual o governo paraense é avalista. O pagamento é relativo a um contrato de confissão e consolidação de dívida assinado em 1997 (seis meses antes da privatização da Celpa) entre a Controladoria Geral da União (CGU) e a empresa...”
4. Perguntas: Quem privatizou a Celpa foi o seu partido, no governo de Almir Gabriel, por 450 milhões de reais, que hoje estariam aí na casa de 1 bilhão. O que foi feito do dinheiro da privatização?
5. O senhor e o seu partido alardearam na época que as privatizações seriam a solução definitiva da falta de energia. Agora, o senhor é obrigado a pagar uma dívida da Celpa, da qual o miserável Pará é avalista. Por que um Estado pobre tem que pagar por uma empresa açambarcada por um grupo “empresarial” irresponsável, que submete o Pará aos eternos apagões e ainda ganha muito dinheiro com isso?
Obs: Outras perguntas poderão ser feitas, dependendo das respostas dadas. Se as der, rsrsrsrs. Perguntarão?
No Blog do Dutra
Em razão da festa e do apagão, sugiro aos colegas jornalistas santarenos a seguinte pauta para uma boa entrevista com Jatene:
1. Governador, o senhor está vindo para a diplomação da primeira turma de médicos formados no interior do Pará. A pergunta: estes novos médicos cumpriram as mesmas disciplinas e os mesmos rituais acadêmicos dos cursos de medicina existentes em Belém e por todo o Brasil, ou neste projeto pedagógico da Universidade Estadual existe adaptação curricular, incluindo coisas como doenças tropicais, endemias, enfim, as doenças típicas do interior do Pará?
2. Trata-se de um curso voltado para a doença ou para a saúde, ou seja, estes novos médicos estão se formando dentro da ideologia mercantilista da medicina ou foram capacitados para a prevenção, a medicina familiar, como foi há muitas décadas o Serviço Especial de Saúde Pública, o velho SESP, destruído pelo mercado da doença? Estes novos médicos representam, pelo que aprenderam na UEPA, uma inovação no trato da saúde e da doença ou são clones de profissionais espalhados pelo Brasil, ao mesmo tempo explorados pelos planos de saúde e exploradores em seus consultórios?
3. Quanto ao apagão: Mesmo recebendo energia de duas hidrelétricas, Tucuruí e Curuá-Uma, anteontem Santarém e parte da região Oeste do Estado ficaram um dia sem energia elétrica, além dos apagões setoriais diários. Belém, a capital, sofre todo dia com apagões localizados. Vou ler aqui pro senhor um trecho de uma notícia que saiu no jornal Valor Econômico no início desta semana. Diz aquele jornal de circulação nacional:
“Enquanto a Centrais Elétricas do Pará (Celpa) está em recuperação judicial, o que impede os credores de receberem os R$ 2 bilhões que a companhia deve, o governo do Pará está pagando uma dívida da elétrica com a União. O governo federal, por meio do Banco do Brasil, debitou em abril R$ 2,6 milhões da conta do Estado do Pará.
Os recursos são oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O valor é proporcional a uma parcela da dívida da Celpa com a União, da qual o governo paraense é avalista. O pagamento é relativo a um contrato de confissão e consolidação de dívida assinado em 1997 (seis meses antes da privatização da Celpa) entre a Controladoria Geral da União (CGU) e a empresa...”
4. Perguntas: Quem privatizou a Celpa foi o seu partido, no governo de Almir Gabriel, por 450 milhões de reais, que hoje estariam aí na casa de 1 bilhão. O que foi feito do dinheiro da privatização?
5. O senhor e o seu partido alardearam na época que as privatizações seriam a solução definitiva da falta de energia. Agora, o senhor é obrigado a pagar uma dívida da Celpa, da qual o miserável Pará é avalista. Por que um Estado pobre tem que pagar por uma empresa açambarcada por um grupo “empresarial” irresponsável, que submete o Pará aos eternos apagões e ainda ganha muito dinheiro com isso?
Obs: Outras perguntas poderão ser feitas, dependendo das respostas dadas. Se as der, rsrsrsrs. Perguntarão?
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Dilma e Marin, por Juca Kfouri
Do Blog do Juca Kfouri: Por que Dilma não recebe Marin
A presidenta Dilma Rousseff fez questão de não receber o ex-presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira que, diante do clima pesado acabou por fugir para Boca Raton.
E ela também não está nada disposta a receber o novo presidente das duas entidades, José Maria Marin.
E não é porque ele foi servil serviçal da ditadura, porque outros também foram, como José Sarney e Paulo Maluf, todos até homenageados.
Mas Marin fez mais.
Com seus discursos na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1975, Marin foi fartamente responsável pela prisão que acabou no assassinato do jornalista Vladimir Herzog.
O então deputado Marin se desfazia em elogios ao torturador Sérgio Paranhos Fleury e ao seu bando, assim como engrossava “denúncias” sobre a existência de comunistas na TV Cultura, cujo jornalismo era dirigido por Vlado.
Um desses discursos, no dia 9 de outubro de 1975, aconteceu 16 dias antes de Herzog ser torturado e morto nas dependências da Operação Bandeirantes (OBAN), na rua Tutóia, em São Paulo, por agentes do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI)
E Dilma, com razão, disso, não esquece.
Porque servir a ditadura é uma coisa, mancha indelével, sem dúvida.
Mas a dedo-duragem desperta asco invencível.
E ela também não está nada disposta a receber o novo presidente das duas entidades, José Maria Marin.
E não é porque ele foi servil serviçal da ditadura, porque outros também foram, como José Sarney e Paulo Maluf, todos até homenageados.
Mas Marin fez mais.
Com seus discursos na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1975, Marin foi fartamente responsável pela prisão que acabou no assassinato do jornalista Vladimir Herzog.
O então deputado Marin se desfazia em elogios ao torturador Sérgio Paranhos Fleury e ao seu bando, assim como engrossava “denúncias” sobre a existência de comunistas na TV Cultura, cujo jornalismo era dirigido por Vlado.
Um desses discursos, no dia 9 de outubro de 1975, aconteceu 16 dias antes de Herzog ser torturado e morto nas dependências da Operação Bandeirantes (OBAN), na rua Tutóia, em São Paulo, por agentes do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI)
E Dilma, com razão, disso, não esquece.
Porque servir a ditadura é uma coisa, mancha indelével, sem dúvida.
Mas a dedo-duragem desperta asco invencível.
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Estudantes pressionam e conseguem 10% do PIB para educação
Agência Câmara
A deputada Alice Portugal destacou a importância da pressão dos estudantes para a conquista dos 10%.O índice vinha sendo reivindicado por deputados da oposição e parte da base aliada do governo, além de representantes de entidades da sociedade civil. Para a deputada Alice Portugal (BA), "essa meta de 10% do PIB é quase um grito de independência para um país que se deseja soberano", lembrando que o projeto segue para o Senado e que todos aguardam a sanção da presidenta Dilma Rousseff.
A deputada Alice Portugal destacou a importância da pressão dos estudantes para a conquista dos 10%.O índice vinha sendo reivindicado por deputados da oposição e parte da base aliada do governo, além de representantes de entidades da sociedade civil. Para a deputada Alice Portugal (BA), "essa meta de 10% do PIB é quase um grito de independência para um país que se deseja soberano", lembrando que o projeto segue para o Senado e que todos aguardam a sanção da presidenta Dilma Rousseff.
Alice Portugal fez questão de ressaltar "o show de combatividade e civilidade" que os estudantes da UNE e da Ubes deram na sua luta por mais verbas para a educação. Estudantes de todo o país promoveram uma marcha na Esplanada dos Ministérios e participaram da audiência para pressionar o governo por mais verba para a educação.
“Nós soubemos que havia uma tentativa de adiar essa votação para depois das eleições, então nós entendemos que era fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Há duas semanas, a comissão aprovou, em caráter conclusivo, o texto-base do relatório, marcando para esta terça-feira a análise dos destaques. O relator Angelo Vinhoni (PT-PR) havia aumentado a alíquota proposta pelo governo em apenas meio ponto percentual, passando de 7,5 para 8%.
A bancada do PCdoB apresentou destaque que fixa o percentual de 10% do PIB para os próximos dez anos. Um acordo feito com o governo garantiu o apoio do relator aos 10%. Pelo texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos. A proposta segue agora para o Senado.
Hoje, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB na área. Na proposta original do Executivo, a previsão era de investimento de 7% do PIB em educação. O índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, que chegou a sugerir a aplicação de 8% em seu último relatório.
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“Nós soubemos que havia uma tentativa de adiar essa votação para depois das eleições, então nós entendemos que era fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Há duas semanas, a comissão aprovou, em caráter conclusivo, o texto-base do relatório, marcando para esta terça-feira a análise dos destaques. O relator Angelo Vinhoni (PT-PR) havia aumentado a alíquota proposta pelo governo em apenas meio ponto percentual, passando de 7,5 para 8%.
A bancada do PCdoB apresentou destaque que fixa o percentual de 10% do PIB para os próximos dez anos. Um acordo feito com o governo garantiu o apoio do relator aos 10%. Pelo texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos. A proposta segue agora para o Senado.
Hoje, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB na área. Na proposta original do Executivo, a previsão era de investimento de 7% do PIB em educação. O índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, que chegou a sugerir a aplicação de 8% em seu último relatório.
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OS EUA ESTÃO DE OLHO NA TRÍPLICE FRONTEIRA
Por Mauro Santayana do JB online: O GOLPE EM ASSUNÇÃO E A TRÍPLICE FRONTEIRA
A moderação dos Estados Unidos, que dizem estranhar a rapidez do processo de impeachment do presidente Lugo, não deve alimentar o otimismo continental. Em plena campanha eleitoral, a equipe de Obama (mesmo a senhora Clinton) caminha com cautela, e não lhe convém tomar atitudes drásticas nestas semanas. Esta razão os leva a deixar o assunto, neste momento, nas mãos da OEA. Na verdade, se as autoridades de Washington não ordenaram a operação relâmpago contra Lugo, não há dúvida de que o Parlamento paraguaio vem sendo, e há muito, movido pelo controle remoto do Norte.
E é quase certo que, ao agir como agiram, os inimigos de Lugo contavam com o aval norte-americano. E ainda contam. Conforme o Wikileaks revelou, a embaixada norte-americana informava a Washington, em março de 2009, que a direita preparava um “golpe democrático” contra Lugo, mediante o Parlamento. Infelizmente, não sabemos o que a embaixada dos Estados Unidos em Assunção comunicou ao seu governo depois e durante toda a maturação do golpe: Assange e Meaning estão fora de ação.
Não é segredo que os falcões ianques sonham com o controle da Tríplice Fronteira. Não há, no sul do Hemisfério, ponto mais estratégico do que o que une o Brasil ao Paraguai e à Argentina. É o ponto central da região mais populosa e mais industrializada da América do Sul, a pouco mais de duas horas de voo de Buenos Aires, de São Paulo e de Brasília. Isso sem falar nas cataratas do Iguaçu, no Aquífero Guarani e na Usina de Itaipu. Por isso mesmo, qualquer coisa que ocorra em Assunção e em Buenos Aires nos interessa, e de muito perto.
Não procede a afirmação de Julio Sanguinetti, o ex-presidente uruguaio, de que estamos intervindo em assuntos internos do Paraguai. É provável que o ex-presidente — que teve um desempenho neoliberal durante seu mandato — esteja, além de ao Brasil e à Argentina, dirigindo suas críticas também a José Mujica, lutador contra a ditadura militar, que o manteve durante 14 anos prisioneiro, e que vem exercendo um governo exemplar de esquerda no Uruguai.
Não houve intervenção nos assuntos internos do Paraguai, mas a reação normal de dois organismos internacionais que se regem por tratados de defesa do estado de direito no continente, o Mercosul e a Unasul — isso sem se falar na OEA, cujo presidente condenou, ad referendum da assembleia, o golpe parlamentar de Assunção.
É da norma das relações internacionais a manifestação de desagrado contra decisões de outros países, mediante medidas diplomáticas. Essas medidas podem evoluir, conforme a situação, até a ruptura de relações, sem que haja intervenção nos assuntos internos, nem violação aos princípios da autodeterminação dos povos.
A prudência — mesmo quando os atos internos não ameacem os países vizinhos — manda não reconhecer, de afogadilho, um governo que surge ex-abrupto, em manobra parlamentar de poucas horas. E se trata de sadia providência expressar, de imediato, o desconforto pelo processo de deposição, sem que tenha havido investigação minuciosa dos fatos alegados, e amplo direito de defesa do presidente.
Registre-se o açodamento nada cristão do núncio apostólico em hipotecar solidariedade ao sucessor de Lugo, a ponto de celebrar missa de regozijo no dia de sua posse. O Vaticano, ao ser o primeiro a reconhecer o novo governo, não agiu como Estado, mas, sim, como sede de uma seita religiosa como outra qualquer.
O bispo é um pecador, é verdade, mas menos pecador do que muitos outros prelados da Igreja. Ele, ao gerar filhos, agiu como um homem comum. Outros foram muito mais adiante nos pecados da carne — sem falar em outros deslizes, da mesma gravidade — e têm sido “compreendidos” e protegidos pela alta hierarquia da Igreja. O maior pecado de Lugo é o de defender os pobres, de retornar aos postulados da Teologia da Libertação.
Lugo parece decidido a recuperar o seu mandato — que duraria, constitucionalmente, até agosto do próximo ano. Não parece que isso seja fácil, embora não seja improvável. Na realidade, Lugo não conta com a maior parcela da classe média paraguaia, e possivelmente enfrente a hostilidade das forças militares. Os chamados poderes de fato — a começar pela Igreja Católica, que tem um estatuto de privilégios no Paraguai — não assimilaram o bispo e as suas ideias. Em política, no entanto, não convém subestimar os imprevistos.
Os fazendeiros brasileiros que se aproveitaram dos preços relativamente baixos das terras paraguaias, e lá se fixaram, não podem colocar os seus interesses econômicos acima dos interesses permanentes da nação. É natural que aspirem a boas relações entre os dois países e que, até mesmo, peçam a Dilma que reconheça o governo. Mas o governo brasileiro não parece disposto a curvar-se diante dessa demanda corporativa dos “brasiguaios”.
No Paraguai se repete uma endemia política continental, sob o regime presidencialista. O povo vota em quem se dispõe a lutar contra as desigualdades e em assegurar a todos a educação, a saúde e a segurança, mediante a força do Estado. Os parlamentos são eleitos por feudos eleitorais dominados por oligarcas, que pretendem, isso sim, manter seus privilégios de fortuna, de classe, de relações familiares.
Nós sofremos isso com a rebelião parlamentar, empresarial e militar (com apoio estrangeiro) contra Getulio, em 1954, que o levou ao suicídio; contra Juscelino, mesmo antes de sua posse, e, em duas ocasiões, durante seu mandato. Todas foram debeladas. A conspiração se repetiu com Jânio, e com Jango — deposto pela aliança golpista civil e militar, patrocinada por Washington, em 1964.
A decisão dos países do Mercosul de suspender o Paraguai de sua filiação ao tratado, e a da Unasul de só reconhecer o governo paraguaio que nasça das novas eleições marcadas para abril, não ferem a soberania do Paraguai, mas expressam um direito de evitar que as duas alianças continentais sejam cúmplices de um golpe contra o estado democrático de direito no país vizinho.
E é quase certo que, ao agir como agiram, os inimigos de Lugo contavam com o aval norte-americano. E ainda contam. Conforme o Wikileaks revelou, a embaixada norte-americana informava a Washington, em março de 2009, que a direita preparava um “golpe democrático” contra Lugo, mediante o Parlamento. Infelizmente, não sabemos o que a embaixada dos Estados Unidos em Assunção comunicou ao seu governo depois e durante toda a maturação do golpe: Assange e Meaning estão fora de ação.
Não é segredo que os falcões ianques sonham com o controle da Tríplice Fronteira. Não há, no sul do Hemisfério, ponto mais estratégico do que o que une o Brasil ao Paraguai e à Argentina. É o ponto central da região mais populosa e mais industrializada da América do Sul, a pouco mais de duas horas de voo de Buenos Aires, de São Paulo e de Brasília. Isso sem falar nas cataratas do Iguaçu, no Aquífero Guarani e na Usina de Itaipu. Por isso mesmo, qualquer coisa que ocorra em Assunção e em Buenos Aires nos interessa, e de muito perto.
Não procede a afirmação de Julio Sanguinetti, o ex-presidente uruguaio, de que estamos intervindo em assuntos internos do Paraguai. É provável que o ex-presidente — que teve um desempenho neoliberal durante seu mandato — esteja, além de ao Brasil e à Argentina, dirigindo suas críticas também a José Mujica, lutador contra a ditadura militar, que o manteve durante 14 anos prisioneiro, e que vem exercendo um governo exemplar de esquerda no Uruguai.
Não houve intervenção nos assuntos internos do Paraguai, mas a reação normal de dois organismos internacionais que se regem por tratados de defesa do estado de direito no continente, o Mercosul e a Unasul — isso sem se falar na OEA, cujo presidente condenou, ad referendum da assembleia, o golpe parlamentar de Assunção.
É da norma das relações internacionais a manifestação de desagrado contra decisões de outros países, mediante medidas diplomáticas. Essas medidas podem evoluir, conforme a situação, até a ruptura de relações, sem que haja intervenção nos assuntos internos, nem violação aos princípios da autodeterminação dos povos.
A prudência — mesmo quando os atos internos não ameacem os países vizinhos — manda não reconhecer, de afogadilho, um governo que surge ex-abrupto, em manobra parlamentar de poucas horas. E se trata de sadia providência expressar, de imediato, o desconforto pelo processo de deposição, sem que tenha havido investigação minuciosa dos fatos alegados, e amplo direito de defesa do presidente.
Registre-se o açodamento nada cristão do núncio apostólico em hipotecar solidariedade ao sucessor de Lugo, a ponto de celebrar missa de regozijo no dia de sua posse. O Vaticano, ao ser o primeiro a reconhecer o novo governo, não agiu como Estado, mas, sim, como sede de uma seita religiosa como outra qualquer.
O bispo é um pecador, é verdade, mas menos pecador do que muitos outros prelados da Igreja. Ele, ao gerar filhos, agiu como um homem comum. Outros foram muito mais adiante nos pecados da carne — sem falar em outros deslizes, da mesma gravidade — e têm sido “compreendidos” e protegidos pela alta hierarquia da Igreja. O maior pecado de Lugo é o de defender os pobres, de retornar aos postulados da Teologia da Libertação.
Lugo parece decidido a recuperar o seu mandato — que duraria, constitucionalmente, até agosto do próximo ano. Não parece que isso seja fácil, embora não seja improvável. Na realidade, Lugo não conta com a maior parcela da classe média paraguaia, e possivelmente enfrente a hostilidade das forças militares. Os chamados poderes de fato — a começar pela Igreja Católica, que tem um estatuto de privilégios no Paraguai — não assimilaram o bispo e as suas ideias. Em política, no entanto, não convém subestimar os imprevistos.
Os fazendeiros brasileiros que se aproveitaram dos preços relativamente baixos das terras paraguaias, e lá se fixaram, não podem colocar os seus interesses econômicos acima dos interesses permanentes da nação. É natural que aspirem a boas relações entre os dois países e que, até mesmo, peçam a Dilma que reconheça o governo. Mas o governo brasileiro não parece disposto a curvar-se diante dessa demanda corporativa dos “brasiguaios”.
No Paraguai se repete uma endemia política continental, sob o regime presidencialista. O povo vota em quem se dispõe a lutar contra as desigualdades e em assegurar a todos a educação, a saúde e a segurança, mediante a força do Estado. Os parlamentos são eleitos por feudos eleitorais dominados por oligarcas, que pretendem, isso sim, manter seus privilégios de fortuna, de classe, de relações familiares.
Nós sofremos isso com a rebelião parlamentar, empresarial e militar (com apoio estrangeiro) contra Getulio, em 1954, que o levou ao suicídio; contra Juscelino, mesmo antes de sua posse, e, em duas ocasiões, durante seu mandato. Todas foram debeladas. A conspiração se repetiu com Jânio, e com Jango — deposto pela aliança golpista civil e militar, patrocinada por Washington, em 1964.
A decisão dos países do Mercosul de suspender o Paraguai de sua filiação ao tratado, e a da Unasul de só reconhecer o governo paraguaio que nasça das novas eleições marcadas para abril, não ferem a soberania do Paraguai, mas expressam um direito de evitar que as duas alianças continentais sejam cúmplices de um golpe contra o estado democrático de direito no país vizinho.
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terça-feira, 26 de junho de 2012
ZÉ ALENCAR IMPEDIU GOLPE PARAGUAIO CONTRA LULA
Quem é o Pelé ?
O Conversa Afiada reproduz testemunho histórico do Governador Tarso Genro sobre o papel do vice-presidente José Alencar ao impedir um Golpe mervalmente paraguaio contra o Nunca Dantes.
Tarso Genro chama também a OAB às falas – a OAB Golpista. Só no Brasil: uma ordem de Advogados, de Advogados … Golpista !
(Clique aqui para relembrar a passagem gloriosa de Roberto Busato à frente da instituição que Raymundo Faoro presidiu. Hoje quem está lá é o Ophir.)
Tarso Genro chama também a OAB às falas – a OAB Golpista. Só no Brasil: uma ordem de Advogados, de Advogados … Golpista !
(Clique aqui para relembrar a passagem gloriosa de Roberto Busato à frente da instituição que Raymundo Faoro presidiu. Hoje quem está lá é o Ophir.)
Leia artigo de Tarso Genro, na Carta Maior:
"Lá, eles tiveram sucesso porque o Presidente Lugo não tinha uma agremiação partidária sólida e estava isolado (...) A conspiração contra Lugo estava no Palácio, através do Vice (...) Aqui, eles não tiveram sucesso porque - a despeito das recomendações dos que sempre quiseram ver Lula isolado, para derrubá-lo ou destruí-lo politicamente - o nosso ex-Presidente soube fazer acordos com lideranças dos partidos fora do eixo da esquerda... Seu isolamento, combinado com o uso político do"mensalão", certamente terminaria em seu impedimento.
Acresce-se que aqui no Brasil - sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar- o nosso Vice presidente falecido foi procurado pelos golpistas "por dentro da lei" e lhes rejeitou duramente' (Governador Tarso Genro; leia artigo oportuno no momento em que Lula é questionado por alianças e se exige um julgamento à moda paraguaia do mensalão.
No Paraguai o Poder Legislativo na condição de Tribunal político atentou contra dois princípios básicos de qualquer democracia minimamente séria: o princípio da “ampla defesa” e o princípio do “devido processo legal”. É impossível um processo justo – mesmo de natureza política – que dispense um mínimo de provas. É impossível garantir o direito de defesa – mesmo num juízo político – sem que o réu tenha conhecimento pleno do crime ou da responsabilidade a partir da qual esteja sendo julgado. Tudo isso foi negado ao Presidente Lugo.
MENSALÃO: 'AQUI O VICE RECHAÇOU OS GOLPISTAS'
O que foi tentado contra Lula, na época do chamado mensalão – que por escassa margem de votos não teve o apoio da OAB Federal numa histórica decisão do seu Conselho ainda não revelada em todas as suas implicações políticas – foi conseguido plenamente contra o Presidente Lugo. E o foi num fulminante e sumário ritual, que não durou dois dias. Não se alegue, como justificativa para apoiar o golpe, que a destituição do Presidente Lugo foi feita “por maioria” democrática, pois a maioria exercida de forma ilegal também pode ser um atentado à democracia. É fácil dar um exemplo: “por maioria”, o Poder Legislativo paraguaio poderia legislar adotando a escravidão dos seus indígenas?
No Paraguai o Poder Legislativo na condição de Tribunal político atentou contra dois princípios básicos de qualquer democracia minimamente séria: o princípio da “ampla defesa” e o princípio do “devido processo legal”. É impossível um processo justo – mesmo de natureza política – que dispense um mínimo de provas. É impossível garantir o direito de defesa – mesmo num juízo político – sem que o réu tenha conhecimento pleno do crime ou da responsabilidade a partir da qual esteja sendo julgado. Tudo isso foi negado ao Presidente Lugo.
O que ocorreu no Paraguai foi um golpe de estado de “novo tipo”, que apeou um governo legitimamente eleito através de uma conspiração de direita, dominante nas duas casas parlamentares. Estas jamais engoliram Lugo, assim como a elite privilegiada do nosso país jamais engoliu o Presidente Lula. Lá, eles tiveram sucesso porque o Presidente Lugo não tinha uma agremiação partidária sólida e estava isolado do sistema tradicional de poder, composto por partidos tradicionais que jamais se conformaram com a chegada à presidência de um bispo ligado aos movimentos sociais. A conspiração contra Lugo estava no Palácio, através do Vice-Presidente que agora, “surpreso”, assume o governo, amparado nas lideranças parlamentares que certamente o “ajudarão” a governar dentro da democracia.
Aqui, eles não tiveram sucesso porque – a despeito das recomendações dos que sempre quiseram ver Lula isolado, para derrubá-lo ou destruí-lo politicamente – o nosso ex-Presidente soube fazer acordos com lideranças dos partidos fora do eixo da esquerda, para não ser colocado nas cordas. Seu isolamento, combinado com o uso político do”mensalão”, certamente terminaria em seu impedimento. Acresce-se que aqui no Brasil – sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar- o nosso Vice presidente falecido foi procurado pelos golpistas “por dentro da lei” e lhes rejeitou duramente.
A tentativa de golpe contra o Presidente Chavez, a deposição de Lugo pelas “vias legais”, a rápida absorção do golpe “branco” em Honduras, a utilização do território colombiano para a instalação de bases militares estrangeiras têm algum nexo de causalidade? Sem dúvida têm, pois, esgotado o ciclo das ditaduras militares na América Latina, há uma mudança na hegemonia política do continente, inclusive com o surgimento de novos setores de classes, tanto no mundo do trabalho como no mundo empresarial. É o ciclo, portanto, da revolução democrática que, ou se aprofunda, ou se esgota. Estes novos setores não mais se alinham, mecanicamente, às posições políticas tradicionais e não se submetem aos velhos padrões autoritários de dominação política.
Os antigos setores da direita autoritária, porém, incrustados nos partidos tradicionais da América latina e apoiados por parte da grande imprensa (que apoiaram as ditaduras militares e agora reduzem sua influência nos negócios do Estado) tentam recuperar sua antiga força, a qualquer custo. São estes setores políticos – amantes dos regimes autoritários – que estão embarcando neste golpismo “novo tipo”, saudosos da época em que os cidadãos comuns não tinham como fazer valer sua influência sobre as grandes decisões públicas.
É a revolução democrática se esgotando na América Latina? Ou é o início de um novo ciclo? A queda de Lugo, se consolidada, é um brutal alerta para todos os democratas do continente, seja qual for o seu matiz ideológico. Os vícios da república e da democracia são infinitamente menores dos que os vícios e as violências ocultas de qualquer ditadura.
Pela queda de Lugo, agradecem os que apostam num autoritarismo “constitucionalizado” na A.L., de caráter antipopular e pró-ALCA. Agradecem os torturadores que não terão seus crimes revelados, agradecem os que querem resolver as questões dos movimentos sociais pela repressão. Agradece, também, a guerrilha paraguaia, que agora terá chance de sair do isolamento a que tinha se submetido, ao desenvolver a luta armada contra um governo legítimo, consagrado pelas urnas.
O que ocorreu no Paraguai foi um golpe de estado de “novo tipo”, que apeou um governo legitimamente eleito através de uma conspiração de direita, dominante nas duas casas parlamentares. Estas jamais engoliram Lugo, assim como a elite privilegiada do nosso país jamais engoliu o Presidente Lula. Lá, eles tiveram sucesso porque o Presidente Lugo não tinha uma agremiação partidária sólida e estava isolado do sistema tradicional de poder, composto por partidos tradicionais que jamais se conformaram com a chegada à presidência de um bispo ligado aos movimentos sociais. A conspiração contra Lugo estava no Palácio, através do Vice-Presidente que agora, “surpreso”, assume o governo, amparado nas lideranças parlamentares que certamente o “ajudarão” a governar dentro da democracia.
Aqui, eles não tiveram sucesso porque – a despeito das recomendações dos que sempre quiseram ver Lula isolado, para derrubá-lo ou destruí-lo politicamente – o nosso ex-Presidente soube fazer acordos com lideranças dos partidos fora do eixo da esquerda, para não ser colocado nas cordas. Seu isolamento, combinado com o uso político do”mensalão”, certamente terminaria em seu impedimento. Acresce-se que aqui no Brasil – sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar- o nosso Vice presidente falecido foi procurado pelos golpistas “por dentro da lei” e lhes rejeitou duramente.
A tentativa de golpe contra o Presidente Chavez, a deposição de Lugo pelas “vias legais”, a rápida absorção do golpe “branco” em Honduras, a utilização do território colombiano para a instalação de bases militares estrangeiras têm algum nexo de causalidade? Sem dúvida têm, pois, esgotado o ciclo das ditaduras militares na América Latina, há uma mudança na hegemonia política do continente, inclusive com o surgimento de novos setores de classes, tanto no mundo do trabalho como no mundo empresarial. É o ciclo, portanto, da revolução democrática que, ou se aprofunda, ou se esgota. Estes novos setores não mais se alinham, mecanicamente, às posições políticas tradicionais e não se submetem aos velhos padrões autoritários de dominação política.
Os antigos setores da direita autoritária, porém, incrustados nos partidos tradicionais da América latina e apoiados por parte da grande imprensa (que apoiaram as ditaduras militares e agora reduzem sua influência nos negócios do Estado) tentam recuperar sua antiga força, a qualquer custo. São estes setores políticos – amantes dos regimes autoritários – que estão embarcando neste golpismo “novo tipo”, saudosos da época em que os cidadãos comuns não tinham como fazer valer sua influência sobre as grandes decisões públicas.
É a revolução democrática se esgotando na América Latina? Ou é o início de um novo ciclo? A queda de Lugo, se consolidada, é um brutal alerta para todos os democratas do continente, seja qual for o seu matiz ideológico. Os vícios da república e da democracia são infinitamente menores dos que os vícios e as violências ocultas de qualquer ditadura.
Pela queda de Lugo, agradecem os que apostam num autoritarismo “constitucionalizado” na A.L., de caráter antipopular e pró-ALCA. Agradecem os torturadores que não terão seus crimes revelados, agradecem os que querem resolver as questões dos movimentos sociais pela repressão. Agradece, também, a guerrilha paraguaia, que agora terá chance de sair do isolamento a que tinha se submetido, ao desenvolver a luta armada contra um governo legítimo, consagrado pelas urnas.
Em tempo: o ansioso blogueiro entrevistou José Alencar e ponderou que ele e Lula se davam tão bem que nem precisavam trocar palavras. Se entendiam com o olhar. Pareciam Pelé e Coutinho. Alencar respondeu, às gargalhadas: precisa ver quem é o Pelé e quem é o Coutinho. Nessa mesma entrevista ele disse: prefiro a morte à desonra. PHA
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Serra se apropria de logo da Suécia, slogan da Dilma e “tchu-tcha” de dupla
O homem é impossível. Serra é um mitômano incorrigível. Ele se diz engenheiro, mas não prova. Também se diz economista, e também não prova.
No sábado, o blog do Antonio Mello registrou: Serra não toma jeito. Depois de se apropriar dos genéricos e do programa anti-Aids, agora mete a mão no slogan de Dilma
Em campanha, já afirmou ser o pai dos genéricos (que foi Jamil Haddad).
Afirmou também ser o criador do programa anti-Aids do governo federal, quando os criadores foram a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor, médico e ex-ministro Adib Jatene.
Agora, com a cara de pau que lhe é peculiar, o homem dos escândalos das Operações Sanguessugas e Vampiro, o homem das ambulâncias superfaturadas, o homem que desistiu de um processo contra o jurista Bierrenbach, quando este solicitou exceção de verdade para provar o que dissera ("José Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico… Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente... Poucos o conhecem. Engana muita gente. Chama-se José Serra. Fez uma campanha para deputado federal miliardária. Prejudicou a muitos dos seus companheiros...[Ele e Maluf] têm ambição sem limites. Uma sede de poder sem nenhum freio. E pelo poder eles são capazes de tudo")...
Pois, agora, esse mesmo José Serra se apropria do slogan da campanha de Dilma em 2010 ("Para o Brasil seguir mudando") e o transforma em "Para São Paulo seguir avançando", que é o desta sua campanha para a prefeitura de São Paulo.
Afirmou também ser o criador do programa anti-Aids do governo federal, quando os criadores foram a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor, médico e ex-ministro Adib Jatene.
Agora, com a cara de pau que lhe é peculiar, o homem dos escândalos das Operações Sanguessugas e Vampiro, o homem das ambulâncias superfaturadas, o homem que desistiu de um processo contra o jurista Bierrenbach, quando este solicitou exceção de verdade para provar o que dissera ("José Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico… Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente... Poucos o conhecem. Engana muita gente. Chama-se José Serra. Fez uma campanha para deputado federal miliardária. Prejudicou a muitos dos seus companheiros...[Ele e Maluf] têm ambição sem limites. Uma sede de poder sem nenhum freio. E pelo poder eles são capazes de tudo")...
Pois, agora, esse mesmo José Serra se apropria do slogan da campanha de Dilma em 2010 ("Para o Brasil seguir mudando") e o transforma em "Para São Paulo seguir avançando", que é o desta sua campanha para a prefeitura de São Paulo.
Pois hoje o Blog do @Porra_Serra_ revelou outraapropriação indevida: o logo da Suécia.
Para completar, a repórter Natália Júlio, do Terra, descobriu ainda que a dupla João Lucas e Marcelo, autores do hit Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha, que foi usado com base para o single da campanha do candidato José Serra (PSDB) à prefeitura de São Paulo, não tinha conhecimento que o tucano usaria a música em sua vinheta publicitária.
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BICHEIRO COM BICHEIRO
O SENADOR MÁRIO COUTO (PA) RESPONDEU POR CONTRAVENÇÃO PENAL E CORRUPÇÃO ATIVA EM 1989, MAS A JUSTIÇA NÃO ENCONTRA O PROCESSO
247 - No julgamento do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por envolvimento com o empresário do jogo do bicho Carlinhos Cachoeira se encontra um parlamentar que foi réu num processo com essa mesma contravenção. O senador Mário Couto (PA) respondeu corrupção ativa em 1989, mas a Justiça não encontra o processo.
O senador Mário Couto (PSDB-PA), membro do Conselho de Ética que pode cassar o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por envolvimento com o empresário do jogo do bicho Carlinhos Cachoeira, foi réu num processo em que era acusado de envolvimento com essa mesma contravenção: jogo do bicho.
A ação, motivada pelo Ministério Público do Pará em 1989, é dada como perdida dos arquivos pelo Judiciário paraense, que nem sequer pôde afirmar se o político foi condenado ou absolvido.
À Folha, Couto afirmou que teve envolvimento com o jogo do bicho antes de ser eleito deputado estadual em 1990, sua primeira eleição. Ele diz que acabou absolvido.
A denúncia, feita à época pelo promotor José de Ribamar Coimbra, cita depoimento de Couto à polícia em que ele disse ter administrado uma banca do bicho chamada A Favorita.
Além da contravenção penal, Couto e outros cinco réus foram acusados de corrupção ativa, pois disseram, em depoimento, que pagavam propina a um delegado para evitar repressão à atividade.
Segundo a Promotoria, a denúncia foi recebida em 1989 pela 4ª Vara Penal de Belém, hoje 3ª Vara Criminal. Inicialmente, a 3ª Vara informou que o processo estava arquivado. A Corregedoria pediu então que a vara buscasse o processo em seu arquivo, mas ele não foi encontrado. A Corregedoria diz que continua procurando.
O Ministério Público não soube informar qual foi o acompanhamento dado à ação. O órgão disse que o promotor responsável pela denúncia morreu em 1993 e que, após chegar à Justiça, o caso nunca voltou à Promotoria.
O senador Mário Couto (PSDB-PA), membro do Conselho de Ética que pode cassar o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por envolvimento com o empresário do jogo do bicho Carlinhos Cachoeira, foi réu num processo em que era acusado de envolvimento com essa mesma contravenção: jogo do bicho.
A ação, motivada pelo Ministério Público do Pará em 1989, é dada como perdida dos arquivos pelo Judiciário paraense, que nem sequer pôde afirmar se o político foi condenado ou absolvido.
À Folha, Couto afirmou que teve envolvimento com o jogo do bicho antes de ser eleito deputado estadual em 1990, sua primeira eleição. Ele diz que acabou absolvido.
A denúncia, feita à época pelo promotor José de Ribamar Coimbra, cita depoimento de Couto à polícia em que ele disse ter administrado uma banca do bicho chamada A Favorita.
Além da contravenção penal, Couto e outros cinco réus foram acusados de corrupção ativa, pois disseram, em depoimento, que pagavam propina a um delegado para evitar repressão à atividade.
Segundo a Promotoria, a denúncia foi recebida em 1989 pela 4ª Vara Penal de Belém, hoje 3ª Vara Criminal. Inicialmente, a 3ª Vara informou que o processo estava arquivado. A Corregedoria pediu então que a vara buscasse o processo em seu arquivo, mas ele não foi encontrado. A Corregedoria diz que continua procurando.
O Ministério Público não soube informar qual foi o acompanhamento dado à ação. O órgão disse que o promotor responsável pela denúncia morreu em 1993 e que, após chegar à Justiça, o caso nunca voltou à Promotoria.
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“Democracia no Paraguai foi ferida”, diz Lula
CartaCapital
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira 25, pela primeira vez, o impeachment relâmpago do qual foi vítima o agora ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Durante evento para confirmar o apoio do PCdoB a Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Lula disse entender que a “democracia” foi ferida.
Lula não quis falar como ex-chefe de Estado e jogou a decisão nas mãos da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), mas afirmou que “enquanto cidadão brasileiro acho que a democracia do Paraguai foi ferida”. Lula criticou o fato de Lugo não ter tido tempo para se defender. Todo o processo de impeachment levou apenas 36 horas. “Apesar de deputados e senadores dizerem que cumpriram a Constituição, não deram tempo sequer para o presidente se defender”, afirmou. “Nunca vi um julgamento sumário que em 24 horas foi capaz de depor um presidente que demorou 60 anos para ser eleito”, disse Lula, em referência ao fato de que a eleição de Lugo, em 2008, ter acabado com um domínio de seis décadas do conservador Partido Colorado na política paraguaia.
Lula também se negou a dizer se achava que os fatos ocorridos no Paraguai consistem ou não um golpe de Estado. “Não adianta eu achar que foi golpe porque eles dizem que não foi”, disse.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira 25, pela primeira vez, o impeachment relâmpago do qual foi vítima o agora ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Durante evento para confirmar o apoio do PCdoB a Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Lula disse entender que a “democracia” foi ferida.
Lula não quis falar como ex-chefe de Estado e jogou a decisão nas mãos da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), mas afirmou que “enquanto cidadão brasileiro acho que a democracia do Paraguai foi ferida”. Lula criticou o fato de Lugo não ter tido tempo para se defender. Todo o processo de impeachment levou apenas 36 horas. “Apesar de deputados e senadores dizerem que cumpriram a Constituição, não deram tempo sequer para o presidente se defender”, afirmou. “Nunca vi um julgamento sumário que em 24 horas foi capaz de depor um presidente que demorou 60 anos para ser eleito”, disse Lula, em referência ao fato de que a eleição de Lugo, em 2008, ter acabado com um domínio de seis décadas do conservador Partido Colorado na política paraguaia.
Lula também se negou a dizer se achava que os fatos ocorridos no Paraguai consistem ou não um golpe de Estado. “Não adianta eu achar que foi golpe porque eles dizem que não foi”, disse.
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