quinta-feira, 28 de junho de 2012

Perillo não me intimida, diz relator da CPI do Cachoeira



O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse nesta quinta-feira (28) que "não se intimida" com as críticas do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) ao seu trabalho.
Em entrevista após participar de uma solenidade em Brasília, o governador afirmou que Cunha não pode ser "cabo de chicote" de terceiros.
Perillo é um dos alvos da CPI criada para investigar uma suposta organização criminosa liderada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que tinha como base o Estado de Goiás. "Eu não vou me intimidar com qualquer tipo de declaração. O que espero do governador é que ele colabore com essa CPMI", afirmou Cunha.
O deputado disse que os novos áudios sobre uma casa do governador revelados hoje pela Folha "confirmam ainda mais a versão" de que o tucano vendeu um imóvel para Cachoeira.
Perillo nega a transação. "A história da casa está bem elucidade agora."
Os áudios mostram Cachoeira orientando seu sobrinho Leonardo Ramos a preencher três cheques nominais a Perillo. Ramos é sócio da Excitant Confecções, empresa em nome da qual foram emitidos os cheques usados na compra da casa. Se ficar comprovado que mentiu à CPI sobre o negócio, Perillo pode responder por crime de perjúrio.
Sobre o depoimento do ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT-DF) à CPI hoje, o relator afirmou que ele acentuou outra diferença entre Agnelo e Perillo, ambos investigados pela CPI.
"Enquanto o ex-chefe de gabinete de Agnelo resolveu contribuir com a CPI, a do Perillo se recusou a falar."
Eliana Gonçalves, que trabalhou com Perillo até suas relações com Cachoeira virem à tona, esteve ontem na CPI, mas amparada por um habeas corpus não respondeu aos questionamentos dos parlamentares. "As incursões da organização criminosa no governo do DF não tiveram sucesso", afirmou Cunha.
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