sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
OPOSIÇÃO: PROCURA-SE
E “os apresentadores de noticiários televisivos farão cara de fralda de bebê, suja”.
Por Wanderley Guilherme dos Santos na Carta Maior: OPOSIÇÃO: PROCURA-SE
A crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição.
Se depender da oposição o País não vai andar. A infantilidade de seus protestos explica o agônico socorro que está pedindo à descabelada desordem urbana. De seu próprio ventre, nada. Criticar a autoridade fiscal, por exemplo, por ter usado tributos e dotações dos leilões para fechar as contas equivale a desancar o quitandeiro porque equilibra o livro-caixa recebendo o que lhe devem.
É curial que o governo troca tributação por serviços, administração e projetos. Lá uma vez ou outra parte dos impostos se transforma em subsídios diretos e indiretos ao consumo e às despesas dos grupos vulneráveis. Chama-se redistribuição de renda e vem ocorrendo há pouco mais de dez anos no Brasil.
É isso que provoca espuma na garganta oposicionista e a faz perder o senso de ridículo.
Nenhuma oposição que se preze tenta condenar um governo por fazer uma parada técnica voltando de longa viagem. Aliás, nem mesmo se fosse para simples recuperação física, independente de considerações meteorológicas ou de segurança de vôo. Pois este foi um dos brados de guerra, sem eco, da semana oposicionista.
Desdobrar desembolsos no tempo é uma espécie de versão macroeconômica da compra a crédito, o uso calculado da renda e do gasto futuros. A dívida das pessoas deve ser compatível com a proporção comprometida da renda esperada face ao dispêndio incompressível que virá a ter.
Nenhuma oposição que se preze tenta condenar um governo por fazer uma parada técnica voltando de longa viagem. Aliás, nem mesmo se fosse para simples recuperação física, independente de considerações meteorológicas ou de segurança de vôo. Pois este foi um dos brados de guerra, sem eco, da semana oposicionista.
Desdobrar desembolsos no tempo é uma espécie de versão macroeconômica da compra a crédito, o uso calculado da renda e do gasto futuros. A dívida das pessoas deve ser compatível com a proporção comprometida da renda esperada face ao dispêndio incompressível que virá a ter.
Trata-se de uma questão de ser ou não leviano em relação à própria economia. E é preciso muita leviandade para que eventuais desmandos, ou desvairada presunção, conduzam à falência.
Desde a redemocratização de 1945 foram necessárias décadas dos mais variados governos, inclusive ditatoriais, até que os livrescos sábios do PSDB conseguissem a proeza de quebrar a economia brasileira três vezes em não mais do que oito anos.
Quando as mesmas vozes do passado esgoelam-se em advertências sobre a dívida pública, bruta ou como proporção do produto interno, com que diabos de autoridade pensam estar falando? Não possuem nenhuma imaginação ou criatividade e o bolor das receitas sugeridas tem um só resultado, se aviadas: desemprego.
Quando as mesmas vozes do passado esgoelam-se em advertências sobre a dívida pública, bruta ou como proporção do produto interno, com que diabos de autoridade pensam estar falando? Não possuem nenhuma imaginação ou criatividade e o bolor das receitas sugeridas tem um só resultado, se aviadas: desemprego.
Existe uma crônica morbidez no pensamento conservador que o faz recuar diante da saúde e saudar os sintomas patológicos de vida social. Talvez por isso aplauda a proliferação dos micróbios (pequenos grupos de desordeiros, em geral), sem se dar conta de que estes são a hiperbólica evidência do fracasso oposicionista, ele mesmo.
Mas a pantomima máxima revela-se na busca de recordes. Os furos pelos quais compete a grande imprensa foram transferidos das páginas de esportes e da previsão do tempo para as manchetes, mas com significados distintos.
Excepcionais desempenhos em natação, maratona e salto a distância refletem o aprimoramento físico da espécie, o apuro no treino e a perseverança nos treinos. Já os indicadores de temperatura nos explicam o bem estar ou seu contrário em condições de exacerbado calor ou frio.
Mas a pantomima máxima revela-se na busca de recordes. Os furos pelos quais compete a grande imprensa foram transferidos das páginas de esportes e da previsão do tempo para as manchetes, mas com significados distintos.
Excepcionais desempenhos em natação, maratona e salto a distância refletem o aprimoramento físico da espécie, o apuro no treino e a perseverança nos treinos. Já os indicadores de temperatura nos explicam o bem estar ou seu contrário em condições de exacerbado calor ou frio.
Por isso comparam números de hoje com os de ontem ou de há dez anos conforme o caso. Mas as manchetes das primeiras páginas são pândegas. Títulos chamativos advertem que aumentou a ameaça inflacionária enquanto o texto explica que houve uma variação para mais no quarto dígito depois da vírgula, algo que não acontecia há dezoito, vinte e três ou não sei lá quantas semanas. Ou seja, o furo jornalístico não quer dizer absolutamente nada.
Pelo andar da carruagem é de se esperar escândalos informando que o desemprego na tarde de quarta feira passada foi o maior já registrado em tardes de quartas-feiras de anos bissextos. Ao anunciá-los os apresentadores de noticiários televisivos farão cara de fralda de bebê, suja.
Enquanto o País muda a pele, subverte rotinas, enfrenta e experimenta uma realidade inédita – a liquidação da miséria extrema – e veloz reestruturação de seus contingentes sociais, o reduto oposicionista balbucia indignações esfarrapadas. E a crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição, não está preparada para governar.
Pelo andar da carruagem é de se esperar escândalos informando que o desemprego na tarde de quarta feira passada foi o maior já registrado em tardes de quartas-feiras de anos bissextos. Ao anunciá-los os apresentadores de noticiários televisivos farão cara de fralda de bebê, suja.
Enquanto o País muda a pele, subverte rotinas, enfrenta e experimenta uma realidade inédita – a liquidação da miséria extrema – e veloz reestruturação de seus contingentes sociais, o reduto oposicionista balbucia indignações esfarrapadas. E a crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição, não está preparada para governar.
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Acabou o ciclo do PT?
Emir Sader
A cantilena volta a cada eleição. Em 2006, nem era preciso, porque o ciclo seria cortado logo no início, se as previsões da oposição de que, depois da campanha midiática contra o governo e o PT e o estrangulamento de recursos no Congresso, dessem certo.
Não contavam com a astúcia do governo Lula, que já podia contar com os resultados da prioridade do social, que havia acertado a mão com as políticas sociais e pôde derrotar de novo a oposição. Em 2010 então, os que teorizavam que era o lulismo o que segurava o governo, se entusiasmavam com a possibilidade de voltarem a governar, amparados na “científica” previsão do diretor do Ibope e na galhofa de que a Dilma era um poste.
A eleição da Dilma permitiu demonstrar como o esquema de governo valia mais alem do “lulismo”, mantendo e intensificando o modelo econômico-social. Agora, a falta mal disfarçada de entusiasmo da oposição apela para um suposto "fim de ciclo do PT”, o que alentaria os desalentados candidatos da oposição a buscarem alguma esperança para encarar a mais difícil campanha da oposição.
O coro neoliberal na mídia entoa: terminou o modelo de crescimento econômico induzido pelo consumo, pela distribuição de renda. Faz terrorismo para que as taxas de juros sigam subindo, apelando para um suposto descontrole inflacionário. Propõe o abandono do modelo econômico e a volta à centralidade do ajuste fiscal, que levou o Brasil à profunda e prolongada recessão que o FHC deixou de herança pro Lula.
Sabemos o que é “fim de ciclo”, com o fim do curto ciclo tucano, apesar das suas ameaças que teriam vindo para destroçar o Brasil por 20 anos. A política econômica de estabilização monetária e de ajuste fiscal se esgotou, FHC conseguiu esconder a crise de janeiro de 1999 e a nova e arrasadora negociação com o FMI – que o fez levar a taxa de juros a 49% (sic) -, para poder se reeleger. Mas em seguida a economia naufragou numa profunda e prolongada recessão, sendo resgatada só pelo governo Lula.
O apoio ao governo do FHC desceu a seu mínimo, não conseguiu eleger seu candidato e, dali pra frente, só enfrentou derrotas eleitorais. Não tem nada a propor, candidatos tucanos renegavam o governo FHC, quem o reivindica ressuscita os que levaram o pais ao pântano, corre o risco de nem sequer chegar em segundo lugar nas eleições deste ano. Isso é esgotamento, fim de ciclo.
A Dilma mantem alto apoio popular, é favorita para reeleger-se este ano, os índices sociais são melhores ainda do que quando a economia crescia mais, o Lula continua a ser o maior líder politico do Brasil, o PT tem projeções para obter o melhor resultado da sua história para governadores e para o Parlamento.
Os problemas que o governo enfrenta só podem ser superados não pelo abandono do modelo que permitiu o país crescer e distribuir renda, simultaneamente, como nunca havia feito na sua história. Mas pelo seu aprofundamento, pela quebra do poder do capital especulativo, por um papel mais ativo ainda do Estado na economia, pela extensão e aprofundamento das políticas sociais. E não pelo seu abandono, para o retorno a pacotes de ajuste prometidos pelos candidatos da oposição, com as duras consequências que conhecemos.
Não há fim de ciclo do PT. Dilma e Lula tem a popularidade que falta a FHC. O país não entrou em recessão, como com os tucanos, com a exclusão social que caracterizou o seu governo. A maioria da população claramente prefere a continuidade do governo do PT às propostas regressivas da oposição. O Brasil se prepara para a segunda década de governos posneoliberais.
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Lula se previne e espanta boatos sobre sua saúde. Se é que vai espantar…
Por: Fernando Brito
Como a nossa querida imprensa é ótima para desejar desgraça, o ex-presidente Lula já botou a nova barba de molho e distribuiu hoje um comunicado de que fará exames de rotina no Hospital Sírio Libanês, amanhã.
“Os exames, pré-agendados, são parte do acompanhamento periódico que todo o paciente deve fazer após o tratamento contra o câncer. O ex-presidente concluiu seu tratamento contra a doença no primeiro semestre de 2012.” diz o comunicado da assessoria do ex-presidente.
Todo cuidado é pouco, senão a ida aos exames é transformada em escala em Lisboa.
É bom se precaver, porque a urubulândia fica alvoroçada quando Lula vai ao médico.
Não vai faltar plantão na portado hospital nem sobrancelha levantada no William Bonner, quando der a notícia no Jornal Nacional.
Xô!
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Aliado de Marina Silva, Ricardo Young se lança ao governo de SP
O vereador paulistano Ricardo Young, do PPS, aliado de Marina Silva, lançou seu nome ao governo de São Paulo.
“A Rede não nasceu para ser subserviente aos projetos políticos tradicionais.
Nós não nascemos para passar em branco nessas eleições.
Então eu queria dizer para vocês que vou me colocar à disposição da candidatura para governo do Estado”, discursou em jantar.
Young iria para a Rede, mas, como Marina não conseguiu assinaturas suficientes para registrar o partido no ano passado, resolveu permanecer no PPS.
Young iria para a Rede, mas, como Marina não conseguiu assinaturas suficientes para registrar o partido no ano passado, resolveu permanecer no PPS.
Boa parte daqueles que tentaram fundar o partido acabou abrigada no PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência.
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Morre o Padre João Batista Libânio
Importante teólogo da Libertação, Libânio era conhecido mundialmente
Morreu nesta quinta-feira (30), em Curtiba, o Padre João Batista Libânio. Com 36 livros escritos, o religioso da Companhia de Jesus era um dos maiores teóricos da Teologia da Libertação. Ele tinha 81 anos e foi vítima de um infarto.
Reconhecido mundialmente por seu profundo conhecimento na área teológica e sua ação pastoral junto aos mais simples, o padre prestou importante e valioso serviço à Igreja. Libânio foi assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e do Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Se formou doutor em Teologia em 1968 pela Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG) em Roma. Retornou ao Brasil no mesmo ano e lecionou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo (RS), na PUC-MG, PUC-RJ e deu aula até sua morte na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Era também vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano.
Na arquidiocese de Belo Horizonte, contribuiu com os jornais "Opinião" e "Notícias Digital" na coluna "O olhar do teólogo".
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Globo, Folha e Abril passam recibo e lançam o #FicaHelena
Dilma e Helena Chagas, que esteve à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência
da República desde janeiro de 2011.
Renato Rovai
É impressionante como desde ontem diversos colunistas dos principais grupos de comunicação do país estão produzindo artigos em tom de indignação pela saída da ministra da Secom, Helena Chagas.
Além disso, publicam notinhas que mais parecem mensagens crifradas com um certo toque de ameaça. Um exemplo, esta do Gerson Camarotti em que ele diz que foi Dilma que ordenou sigilo acerca da escala em Lisboa.
O recado é direto. Helena Chagas cumpriu ordens ao omitir o fato.
A quem interessa veicular esse tipo de informação? Essa pergunta certamente faz parte das conversas palacianas na manhã de hoje.
Helena Chagas é pessoa de bom trato e talvez merecesse a camaradagem dos colegas de profissão.
É impressionante como desde ontem diversos colunistas dos principais grupos de comunicação do país estão produzindo artigos em tom de indignação pela saída da ministra da Secom, Helena Chagas.
Além disso, publicam notinhas que mais parecem mensagens crifradas com um certo toque de ameaça. Um exemplo, esta do Gerson Camarotti em que ele diz que foi Dilma que ordenou sigilo acerca da escala em Lisboa.
O recado é direto. Helena Chagas cumpriu ordens ao omitir o fato.
A quem interessa veicular esse tipo de informação? Essa pergunta certamente faz parte das conversas palacianas na manhã de hoje.
Helena Chagas é pessoa de bom trato e talvez merecesse a camaradagem dos colegas de profissão.
Mas a questão é outra. Em sua passagem pela Secom, a ministra não mexeu um dedo nos interesses de Globo, Abril, Folha, Estadão e quetais.
Mesmo com todas as transformações que se deram na área de comunicação nos últimos anos, o governo age como se estivéssemos na década de 80. Não é só a distribuição de verbas publicitárias que é um escândalo. Mas também a relação com os veículos.
O governo federal ainda não conseguiu perceber que pode falar com mais de mil veículos sérios espalhados por todos os cantos do Brasil. E continua falando com apenas meia dúzia de chantagistas.
As notas espalhadas em todos os cantos tratando a substituição de Helena como um quase golpe, são o recibo da chantagem. Os sinais são de guerra. O que se quer com isso é dizer a Dilma: Tudo bem, você pode substituí-la, mas dias piores virão.
A saída de Helena Chagas já foi decidida. Thomas Traumann será o seu substituto.
As notas espalhadas em todos os cantos tratando a substituição de Helena como um quase golpe, são o recibo da chantagem. Os sinais são de guerra. O que se quer com isso é dizer a Dilma: Tudo bem, você pode substituí-la, mas dias piores virão.
A saída de Helena Chagas já foi decidida. Thomas Traumann será o seu substituto.
O jogo que parece estar sendo jogado neste momento é o de enfraquecer o novo ministro.
E tentar com isso garantir a permanência do dono do caixa da publicidade, o publicitário Roberto Messias.
Que é quem faz a distribuição de verbas. E que é a pessoa que faz de conta, com um discurso supostamente técnico e que não fica em pé, que o cenário da comunicação de hoje é exatamente igual ao de 2000.
Dilma não parece dar muita bola para a torcida quando toma uma decisão. Mas mesmo assim é bom acompanhar essa disputa. Já deve ter gente cavocando o lixo da casa de Thomas Traumann.
Dilma não parece dar muita bola para a torcida quando toma uma decisão. Mas mesmo assim é bom acompanhar essa disputa. Já deve ter gente cavocando o lixo da casa de Thomas Traumann.
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O grupo brasileiro que ganhou um Grammy este ano — e você não sabia disso
O último Prêmio Grammy teve momentos grandiosos, outros interessantes e outros descartáveis. Foi transmitido pela TV e comentado por alguns dias nas redes sociais. Madonna, vestida de Quaker, celebrou o casamento de casais gays, Stevie Wonder quase arruina a música “Get Lucky”, do Daft Punk, Paul McCartney e Ringo Starr se juntaram para tocar. Enfim, aquela festa absurda.
E um grupo brasileiro ganhou um prêmio, mas você não ficou sabendo. Nã saiu na TV, não saiu em lugar nenhum. O Trio Corrente levou o troféu de melhor álbum de jazz latino pelo CD “Song For Maura”.
Fabio Torres, o pianista, contou o que é ganhar um Grammy sem que ninguém note muito:
Eu, o baterista Edu Ribeiro e o baixista Paulo Paulelli fazemos música instrumental brasileira, tocando basicamente os grandes autores do choro, do samba e da bossa, como Jobim, Pixinguinha e Baden, e também nossas próprias composições
Escrevo sob o impacto do prêmio por nós recebido no dia 26 de janeiro, o Grammy de melhor álbum de jazz latino, pelo CD “Song for Maura”. Esse trabalho foi fruto de uma parceria entre o Trio Corrente e o saxofonista cubano radicado nos EUA, Paquito D’Rivera.
Muita gente me disse: “Eu assisti a cerimônia do Grammy na TV e não vi vocês lá”. É bom esclarecer que além dessa premiação televisionada que reúne as grandes estrelas do Pop, num teatro menor ao lado do imenso Staples Center é realizada uma outra cerimônia que entrega 72 Grammys para as mais diversas categorias como jazz, gospel, música clássica e outras.
Pois bem, é aí que estão incríveis grupos de música de câmara, compositores e intérpretes de música erudita, bem como alguns dos jazzistas mais conceituados dos EUA e do mundo. Vimos alguns de nossos ídolos ganhando ou perdendo seus prêmios na nossa frente. E, esperamos 40 categorias – mais ou menos 2 horas – até chegar nossa vez. Apenas um brasileiro havia faturado essa categoria até hoje, nosso maestro Tom Jobim em 1996.
Eu fiz de tudo pra fugir do espírito de competição, exorcizar o terrível “winners and losers” dos americanos. Mas o fato é que foram duas horas da mais terrível angústia. E o instante em que anunciaram nosso nome foi algo indescritível. Sim, é um pouco piegas, mas foi exatamente isso.
Uma mistura de alívio com extrema felicidade. Pensei também na enorme e artificial distância que nos separava dos outros indicados preteridos. Após nos tornarmos “Grammy Winners” nos tiraram da platéia e nos levaram pra sessões de fotos e entrevistas enquanto os outros eram como que abandonados à própria sorte.
Logo depois fomos ao Staples Center assistir a premiação das estrelas do pop, rock, country, rap etc. Eu estava acompanhado de minha filha e entramos pelo tapete vermelho junto com dois caras com roupas de robô. Também havia muitas luzes e burburinho mas sou completamente ignorante em matérias de ícones pop. Minha filha acha que no centro de uma rodinha muito agitada pela qual passamos estava a Madonna…mas podia ser a…Taylor Swift??
Vimos de pertinho o Paul e o Ringo, o Stevie Wonder e uma negra muito, muito linda que, há pouco descobri, se chama Beyoncé. Claro que, para ouvidos de músico experiente, foi fácil identificar muitos artistas sem nenhuma substância musical, alguns inclusive sendo consagrados e que serão vítimas da efemeridade inclemente. Assim como foi fácil perceber o porquê de alguns veteranos fazerem sucesso durante tanto tempo, tal a verdade de sua arte.
Toda essa experiência inusual me fez pensar muito sobre a música, o sucesso. Pensei na distância que separava a nossa música da música daquelas estrelas. Pensei na estrutura imensa, paquidérmica, que move essa fábrica de celebridades e no quanto, cada vez mais, essa estrutura será ameaçada pela multiplicidade de vozes que a internet traz.
Muitas pessoas se queixaram da ausência do Trio Corrente na televisão brasileira, na noite da premiação. Achavam que deveria ser destacado o fato de artistas brasileiros serem premiados. Estarei sendo sincero em confessar que isso não diminui nem sequer uma ínfima fração de meu contentamento. Não tenho televisão em casa e tive a sorte de conhecer uma moça que também não tinha e me casar com ela.
Logo depois fomos ao Staples Center assistir a premiação das estrelas do pop, rock, country, rap etc. Eu estava acompanhado de minha filha e entramos pelo tapete vermelho junto com dois caras com roupas de robô. Também havia muitas luzes e burburinho mas sou completamente ignorante em matérias de ícones pop. Minha filha acha que no centro de uma rodinha muito agitada pela qual passamos estava a Madonna…mas podia ser a…Taylor Swift??
Vimos de pertinho o Paul e o Ringo, o Stevie Wonder e uma negra muito, muito linda que, há pouco descobri, se chama Beyoncé. Claro que, para ouvidos de músico experiente, foi fácil identificar muitos artistas sem nenhuma substância musical, alguns inclusive sendo consagrados e que serão vítimas da efemeridade inclemente. Assim como foi fácil perceber o porquê de alguns veteranos fazerem sucesso durante tanto tempo, tal a verdade de sua arte.
Toda essa experiência inusual me fez pensar muito sobre a música, o sucesso. Pensei na distância que separava a nossa música da música daquelas estrelas. Pensei na estrutura imensa, paquidérmica, que move essa fábrica de celebridades e no quanto, cada vez mais, essa estrutura será ameaçada pela multiplicidade de vozes que a internet traz.
Muitas pessoas se queixaram da ausência do Trio Corrente na televisão brasileira, na noite da premiação. Achavam que deveria ser destacado o fato de artistas brasileiros serem premiados. Estarei sendo sincero em confessar que isso não diminui nem sequer uma ínfima fração de meu contentamento. Não tenho televisão em casa e tive a sorte de conhecer uma moça que também não tinha e me casar com ela.
Dilma vai substituir ministra da Comunicação Social
Jornalista experiente, com passagens bem-sucedidas pelos principais veículos de comunicação
do País, ele já foi criticado pela Folha de S. Paulo, de Otávio Frias Filho, por dois colunistas do
sistema Globo, Gerson Camarotti e Cristiana Lobo, e pelo blogueiro Reinaldo Azevedo, de
Veja.com; a questão é: de onde vem o medo a um profissional de perfil moderado, que nem
sequer anunciou suas intenções à frente da Secretaria de Comunicação do governo federal?
A mudança na Comunicação Social tem a ver com o novo perfil que a pasta terá durante a campanha de reeleição de Dilma, afirmou sob condição de anonimato a fonte, sem dar mais detalhes.
Traumann chegou ao governo como assessor do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que deixou o cargo nos primeiros seis meses da gestão Dilma após ter sido alvo de denúncias.
A mudança na Comunicação Social tem a ver com o novo perfil que a pasta terá durante a campanha de reeleição de Dilma, afirmou sob condição de anonimato a fonte, sem dar mais detalhes.
Traumann chegou ao governo como assessor do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que deixou o cargo nos primeiros seis meses da gestão Dilma após ter sido alvo de denúncias.
Desde então, assumiu o cargo de porta-voz e ganhou a confiança da presidente. Ele já vinha desde o ano passado comandando as ações da presidente nas redes sociais.
Dilma vai promover nas próximas semanas mudanças no primeiro escalão com a troca de ao menos 10 ministros. Muitos deles deixarão os cargos para disputar as eleições.
Dilma também aproveitará as mudanças para ampliar sua aliança partidária na campanha de reeleição. Para isso, deve incluir novos partidos aliados no ministério, garantindo o apoio formal dessas legendas e, com isso, mais tempo para a campanha na televisão e no rádio.
Os primeiros do PIG a demonstrar preocupação com a mudança, na Globonews, foi a colunista Cristiana Lôbo, que apontou uma suposta proximidade maior entre Traumann e dois jornalistas que comandarão a campanha da presidente Dilma à reeleição: João Santana e Franklin Martins (leia aqui sua coluna no G1). Também no sistema Globo de comunicação, Gerson Camarotti comentou que "ataques do PT" motivaram a saída de Helena Chagas (leia aqui). Ele também previu maior "enfrentamento" com a imprensa.
Na Folha, de Otávio Frias Filho, a mudança foi anunciada como uma medida para "mudar a relação com a mídia", destacando ainda o papel da Secom no gerenciamento dos recursos da publicidade governamental (leia aqui). E, em Veja, quem partiu para o ataque foi Reinaldo Azevedo, afirmando que o que está em jogo é a concessão de "mais dinheiro" ao que ele chama de "blogs sujos" (leia aqui).
Curiosamente, Traumann teve passagens bem-sucedidas, como repórter e editor, pelos três veículos que decidiriam criticá-lo: Folha, Veja e Época, que pertence à Globo. Como jornalista, construiu a reputação de um profissional moderado, equilibrado e sempre disposto a ouvir todos os lados envolvidos nas suas apurações. Como porta-voz da presidência da República, manteve relações construtivas com repórteres e editores de todos os veículos. Sobre o que fará na Secom, sua política de comunicação nem sequer foi anunciada, mas o fato é que as primeiras reações dos grupos Folha, Globo e Abril não deixam dúvidas: eles estão com medo. Isso faz sentido?
Dilma vai promover nas próximas semanas mudanças no primeiro escalão com a troca de ao menos 10 ministros. Muitos deles deixarão os cargos para disputar as eleições.
Dilma também aproveitará as mudanças para ampliar sua aliança partidária na campanha de reeleição. Para isso, deve incluir novos partidos aliados no ministério, garantindo o apoio formal dessas legendas e, com isso, mais tempo para a campanha na televisão e no rádio.
Os primeiros do PIG a demonstrar preocupação com a mudança, na Globonews, foi a colunista Cristiana Lôbo, que apontou uma suposta proximidade maior entre Traumann e dois jornalistas que comandarão a campanha da presidente Dilma à reeleição: João Santana e Franklin Martins (leia aqui sua coluna no G1). Também no sistema Globo de comunicação, Gerson Camarotti comentou que "ataques do PT" motivaram a saída de Helena Chagas (leia aqui). Ele também previu maior "enfrentamento" com a imprensa.
Na Folha, de Otávio Frias Filho, a mudança foi anunciada como uma medida para "mudar a relação com a mídia", destacando ainda o papel da Secom no gerenciamento dos recursos da publicidade governamental (leia aqui). E, em Veja, quem partiu para o ataque foi Reinaldo Azevedo, afirmando que o que está em jogo é a concessão de "mais dinheiro" ao que ele chama de "blogs sujos" (leia aqui).
Curiosamente, Traumann teve passagens bem-sucedidas, como repórter e editor, pelos três veículos que decidiriam criticá-lo: Folha, Veja e Época, que pertence à Globo. Como jornalista, construiu a reputação de um profissional moderado, equilibrado e sempre disposto a ouvir todos os lados envolvidos nas suas apurações. Como porta-voz da presidência da República, manteve relações construtivas com repórteres e editores de todos os veículos. Sobre o que fará na Secom, sua política de comunicação nem sequer foi anunciada, mas o fato é que as primeiras reações dos grupos Folha, Globo e Abril não deixam dúvidas: eles estão com medo. Isso faz sentido?
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PADILHA COMEÇA MAL: NÃO RESISTE À MENTIRA DA FOLHA E RECUA
Ele diz que acordo com instituição fundada por seu pai é legal, mas quer evitar uso político.
Saiu no Globo: MEDIDAS SERÃO TOMADAS PARA CANCELAR CONVÊNIO COM ONG DE PAI DE PADILHA, GARANTE MINISTRO
Futuro ex-ministro da Saúde, ele diz que acordo com instituição fundada por seu pai é legal, mas quer evitar uso político.
Antes, as Redes Sociais e Blogs como o Conversa Afiada acreditaram que o Ministro petista homenageasse o trabalho pioneiro e heroico do pai e resistisse à leviandade de um PiG desdentado, e publicou, credulamente: FOLHA MENTE SOBRE PADILHA
AQUI vai de novo a nota oficial do Ministério da Saúde sobre “notícia” da Folha :
O Ministério da Saúde informa que desde 1999 a Organização Não Governamental (ONG) Koinonia desenvolve projetos determinados pela pasta em editais públicos. Desde 2011, a ONG participou de pelo menos quatro seleções de projetos do Ministério, sendo desclassificada em dois deles.
Em 2011, a entidade assinou Termo de Cooperação dentro de edital para eventos, para a promoção do Seminário “Fortalecendo laços: Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, no valor de R$ 60 mil, realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011.
Em 2012, a Koinonia submeteu proposta para a realização de projeto “Reafirmando os direitos das pessoas que vivem com HIV Aids nas comunidades religiosas” no valor de R$ 60 mil. No ano seguinte, 2013, a ONG encaminhou novo projeto para a promoção do “II Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, com custo previsto em R$ 70 mil. No entanto, a Organização não venceu nenhuma dessas duas seleções.
Ainda em 2013, a ONG submeteu projeto atendendo a publicação de edital no Diário Oficial da União. A proposta deu origem ao convênio 796812/2013, firmado em dezembro do ano passado, no valor de até R$ 199,8 mil. A aprovação dos projetos acima mencionados só foi possível após a comprovação de capacidade técnica da entidade em atender exigências e requisitos estabelecidos nos editais e nos processos de seleção.
Segundo informações prestadas pela Koinonia, a entidade é uma instituição sem fins lucrativos e conta com 20 anos de experiência nas áreas de saúde, combate ao racismo, direitos civis e humanos e liberdades religiosas. Tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão.
Ainda de acordo com documentação da entidade, durante esses 20 anos, a Koinonia firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.
A Koinonia informou que o senhor Anivaldo Padilha é associado da entidade e exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 01 de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009. Ocasião em que – por carta à entidade – solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público.
Por fim, é importante esclarecer que o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico.
ALCKMIN TAMBÉM GOSTA DO PAI DE PADILHA
A propósito da defesa do Padilha, aquele do jaleco branco que vem aí, a Oposição, depois da grave denuncia dobolinho de bacalhau em Lisboa, quer o impeachment da Dilma, por causa da ONG do pai do Padilha.
A seguir se verá que também o Governo tucano de São Paulo gosta da ONG do pai do Padilha:
DELUBIO: UM MILHÃO EM 8 DIAS
Em oito dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa aplicada a Delúbio
Soares no julgamento do mensalão conseguiu arrecadar mais que o dobro do que tem de ser
pago. Nesta quinta-feira, o site da campanha divulgou que foram doados R$ 1,013 milhão, para
pagar a multa de R$ 466.888,90 que o Supremo determinou que o ex-tesoureiro do PT pague
até amanhã. De acordo com o site, o valor restante – cerca de R$ 546 mil – será repassado para
o pagamento das multas de João Paulo Cunha e de Dirceu.
Por: Fernando Brito
Os jornais não disfarçam seu espanto com as doações públicas para que José Genoíno, primeiro, e agora Delúbio Soares paguem as multas que receberam do Supremo Tribunal Federal.
Claro que pode até haver alguma mutreta de algum depósito feito por gente “muy amiga” para desmoralizar a arrecadação de fundos, e é bom que se verifique isso.
Mas nenhuma eventual “armadilha” nesta “vaquinha” esconde o seu principal ensinamento.
Se o protagonismo de José Genoíno nas lutas contra a ditadura, seu drama pessoal de saúde e a comovente solidariedade de sua família – sua filha Miruna tornou-se um símbolo de integridade e amor filial – o que poderia explicar o apoio público de Delúbio Soares, um colaborador de segundo escalão do PT e o que mais foi vilanizado em toda essa história do chamado “mensalão”.
A lição preciosa deste episódio é algo que, ao longo do tempo, boa parte da direção do PT parece ter se esquecido.
A de que existe uma militância política que não precisa ser paga – e que até paga, ela própria, do jeito que pode – para apoiar um partido, porque apóia as ideias e o significado destas ideias sobre a vida dos brasileiros.
A de que existe, fora da mídia e do mercado, gente que tem opinião e valores, que entende que existe uma luta de afirmação deste país e que está aí, pronta e ansiosa por quem a mobilize por uma causa, mesmo que a espinhosa causa de apoiar quem foi condenado num processo que, embora político até a medula, foi sentenciado num tribunal.
A “vaquinha” não foi contra a justiça nem por piedade humana.
Foi um gesto político, mostrando que há milhares de pessoas prontas a deixar seu conforto, seus interesses pessoais e a se expor, corajosamente, por uma causa que não é a figura de Delúbio ou mesmo a de José Genoíno, com todo o brilho e respeito que ela merece.
A causa é o processo de transformação do Brasil.
Pela qual, meu deus, parece que muitos dirigentes políticos, acham inútil levantar orgulhosamente a bandeira.
Reduzem a política a acordos, posições, verbas, favores, influência e – sejamos sinceros – recursos para candidaturas.
É claro que na prevalência dantesca que o dinheiro assumiu na vida política brasileira, só um tolo teria a ilusão de que uma campanha – sobretudo as majoritárias – pudesse funcionar apenas com “vaquinhas”.
Os grandes doadores, com a impureza de intenções com que doam, continuarão a ser fonte essencial de financiamento de campanhas, enquanto não se adotar o financiamento público que a direita tanto combate.
As pequenas doações desta “vaquinha”, porém, revelam algo além de seu valor monetário e que não deve ser comemorado, mas ser, sim, objeto de reflexão.
Há quanto tempo o PT e o governo que, sob sua legenda, o povo brasileiro elegeu e reelegeu, não faz uma “vaquinha cívica” pelas causas que o levaram até lá?
Há quanto tempo não se dirigem à opinião pública para dizer que precisam da pequena mobilização que cada um pode dar para criar um caudal de vontade que sustente as mudanças?
Onde está a polêmica, a contestação ao que o coro da mídia diz – como disse dos acusados no “mensalão” – de que tudo está errado e o status quo é perverso, mau e contrário aos direitos do povo brasileiro?
Não é preciso ser radical ou furioso, mas é preciso ser firme e claro.
Os líderes políticos – e os governos que sob sua liderança se erigem – têm um papel didático e mobilizador a desempenhar para com o povo brasileiro.
Sem bandeiras, ele não se une, mas está pronto a unir-se quando estas se levantam, mesmo que absolutamente “contra a maré”, como ocorreu nestes casos.
Precisamos, urgentemente, de uma “vaquinha cívica” pelo Brasil.
Pelo projeto de afirmação que se expressa no desenvolvimento, onde o Estado – e apenas ele – é o fio condutor de políticas eficazes e justas, porque o “santo mercado” é, historicamente, incapaz e mesquinho para tudo o que não seja dinheiro rápido e cego para qualquer visão estratégica de Nação.
Assistimos o Estado brasileiro e suas ferramentas de progresso econômico – a Petrobras, o BNDES, a Caixa, a Eletrobras, o Banco Central – serem diariamente massacradas nos jornais e nas tevês e não vemos, quase nunca fora das campanhas eleitorais, buscar-se a solidariedade da população.
Uma solidariedade que existe e que vive adormecida pela incapacidade – ou opção errônea – de não ser anunciada aos quatro ventos, em lugar de serem gaguejadas explicações e “desculpas” aos senhores do poder real: o poder econômico.
Uma solidariedade que precisa ser despertada, sob pena de que também os nossos sonhos venham a ser condenados.
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Um mar de lama e de irresponsabilidade com o dinheiro público
Esta imagem não é uma obra de arte, é uma obra produzida pela irresponsabilidade com o
dinheiro do programa Minha Casa Minha Vida, recurso que sai de Brasília para ser dilapidado
no âmbito local por aqueles que deveriam empregá-lo corretamente na construção de casas
populares. A foto, feita pelo médico Erik Jennings, mostra um conjunto contraditoriamente
chamado de Residencial Salvação, em Santarém, no qual foram enterrados 162 milhões de reais
que agora estão aí, submersos na lama da chuva de ontem. Só um cego ou um mal-intencionado
não sabia que esse era o destino dessa obra irresponsável, onde as casinholas têm até aquecedor
de água sobre o telhado, em pleno mundo tropical, como mostra a segunda foto.
Na segunda foto, o aquecedor de água, num total de 3.081 aparelhos a um custo de cerca de 2 mil reais
cada. Pra quê um equipamento desses em pleno calor amazônico?
O que deveria ser arejado eram as casas, construídas ao deus-dará, com janelas para o lado oposto da
ventilação do ambiente, como o leitor poderá constatar mais adiante, nesta matéria.
ventilação do ambiente, como o leitor poderá constatar mais adiante, nesta matéria.
Já vi coisa parecida em Marabá e em Benevides, na Região Metropolitana de Belém. Uma pergunta
que precisa de resposta: o governo federal, que libera esses recursos, por ventura tem controle de como
o dinheiro é empregado nos municípios?
Outras perguntas: Quem faz esses projetos? Que tipo de arquitetura é essa, que constrói cubículos
chamados de casas populares, com janelas opostas à ventilação do ambiente, com cômodos
em que mal cabe uma cama, casinholas tão perto umas das outras e sem espaço para ampliação?
chamados de casas populares, com janelas opostas à ventilação do ambiente, com cômodos
em que mal cabe uma cama, casinholas tão perto umas das outras e sem espaço para ampliação?
Como eu escrevi neste blog várias vezes, trata-se de grave desperdício de dinheiro público na
construção dessas favelas, pois esses projetos são, na verdade, voltados para a construção
de favelas em que os barracos se parecem com casas.
construção dessas favelas, pois esses projetos são, na verdade, voltados para a construção
de favelas em que os barracos se parecem com casas.
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Taxa de desemprego cai para 5,4% na média de 2013, a menor da história
70 mil pessoas deixaram de procurar emprego em dezembro e mês também registrou menor
taxa de desocupação da série histórica, de 4,3%
No ano de 2013, a taxa de desemprego média apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
No ano de 2013, a taxa de desemprego média apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,4%.
Essa foi a menor média anual desde o início da série histórica da taxa de desemprego, em 2003.
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (5,30% a 5,41%) e foi idêntica à mediana projetada, de 5,40%.
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (5,30% a 5,41%) e foi idêntica à mediana projetada, de 5,40%.
A taxa de desemprego do mês de dezembro ficou em 4,3% e também foi a menor da história. Em novembro, a taxa foi de 4,6%. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 4,2% a 4,6%), e abaixo da mediana de 4,4%.
Rendimento. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação de 1,8% em 2013 em relação a 2012, para R$ 1.929,03. Já a massa de renda real habitual aumentou 2,6% em 2013 ante 2012, para R$ 45,0 bilhões.
População ocupada. O aumento da população ocupada em 2013 foi de 0,7% em relação a 2012, para 23,1 milhões de pessoas. Esse crescimento foi o menor já registrado anualmente pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que apresenta resultados médios para o ano desde 2003. Apenas em 2009 ante 2008 se teve um crescimento idêntico a este (0,7%) da população ocupada.
"Percebemos, ao longo deste ano de 2013, um discreto comportamento da população ocupada. Apesar de a taxa de desocupação não ter aumentado, pelo contrário, a população ocupada ficou praticamente estável", afirmou a técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy.
Adriana ressaltou ainda que os resultados podem indicar um cenário de desaquecimento, mas "não é possível afirmar categoricamente", uma vez que a oferta de mão de obra pode ter diminuído.
Por regiões, Recife e Belo Horizonte tiveram queda no contingente de ocupados na passagem de 2012 para 2013. Em Recife, a redução foi de 0,2%, para 1,593 milhão. Em Belo Horizonte, o recuo foi de 1,5%, para 2,572 milhões.
Indústria. Os trabalhadores da indústria vêm reduzindo a sua participação no contingente total de ocupados no País. Em 2013, a proporção de empregados que trabalhavam no setor manufatureiro ficou em 15,8%, contra 16,1% em 2012.
Quando a comparação é feita com 2003, início da série de taxa de desemprego médio anual, o tombo é ainda maior. Naquele ano, os empregados da indústria eram 17,6% do total. "Sabemos que a indústria vem perdendo população ocupada", disse Adriana Beringuy.
Em contrapartida, os serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira aumentaram a sua participação na população ocupada, de 16,3% em 2012 para 16,2% em 2013. Em 2003, essa participação era de 13,4%.
A parcela de trabalhadores empregados no setor de outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) também aumentou, de 17,8% em 2012 para 18% em 2013. Em 2003, essa participação era de 17,1%.
Rendimento. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação de 1,8% em 2013 em relação a 2012, para R$ 1.929,03. Já a massa de renda real habitual aumentou 2,6% em 2013 ante 2012, para R$ 45,0 bilhões.
População ocupada. O aumento da população ocupada em 2013 foi de 0,7% em relação a 2012, para 23,1 milhões de pessoas. Esse crescimento foi o menor já registrado anualmente pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que apresenta resultados médios para o ano desde 2003. Apenas em 2009 ante 2008 se teve um crescimento idêntico a este (0,7%) da população ocupada.
"Percebemos, ao longo deste ano de 2013, um discreto comportamento da população ocupada. Apesar de a taxa de desocupação não ter aumentado, pelo contrário, a população ocupada ficou praticamente estável", afirmou a técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy.
Adriana ressaltou ainda que os resultados podem indicar um cenário de desaquecimento, mas "não é possível afirmar categoricamente", uma vez que a oferta de mão de obra pode ter diminuído.
Por regiões, Recife e Belo Horizonte tiveram queda no contingente de ocupados na passagem de 2012 para 2013. Em Recife, a redução foi de 0,2%, para 1,593 milhão. Em Belo Horizonte, o recuo foi de 1,5%, para 2,572 milhões.
Indústria. Os trabalhadores da indústria vêm reduzindo a sua participação no contingente total de ocupados no País. Em 2013, a proporção de empregados que trabalhavam no setor manufatureiro ficou em 15,8%, contra 16,1% em 2012.
Quando a comparação é feita com 2003, início da série de taxa de desemprego médio anual, o tombo é ainda maior. Naquele ano, os empregados da indústria eram 17,6% do total. "Sabemos que a indústria vem perdendo população ocupada", disse Adriana Beringuy.
Em contrapartida, os serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira aumentaram a sua participação na população ocupada, de 16,3% em 2012 para 16,2% em 2013. Em 2003, essa participação era de 13,4%.
A parcela de trabalhadores empregados no setor de outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) também aumentou, de 17,8% em 2012 para 18% em 2013. Em 2003, essa participação era de 17,1%.
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Bomba! O vídeo que pode derrubar Joaquim Barbosa!
Por Miguel do Rosário
Prestem atenção nesse vídeo. Nele, Joaquim Barbosa fala inúmeras inverdades, além de seus
ataques de praxe aos direitos dos réus.
Prestem atenção nesse vídeo. Nele, Joaquim Barbosa fala inúmeras inverdades, além de seus
ataques de praxe aos direitos dos réus.
PS O vídeo foi garimpado originalmente pela competente Conceição Lemes, editora do blog
Viomundo. Eu resumi os debates para um tamanho mais amigável (o vídeo original tinha quase 50
minutos).
Viomundo. Eu resumi os debates para um tamanho mais amigável (o vídeo original tinha quase 50
minutos).
É uma votação de 12 de maio de 2011. Julga-se exatamente se o STF deve liberar ou não os autos do Inquérito 2474 a alguns réus da Ação Penal 470. Barbosa vinha mantendo o Inquérito 2474 em sigilo desde que o recebeu, em março de 2007. No início de 2011, vazou uma pequena parte à imprensa, e vários réus da Ação Penal 470 solicitam ao STF para terem acesso à íntegra do inquérito, que tem 78 volumes. Barbosa, então relator da Ação Penal 470, recusa, e o caso vai a votação. Ao final, Barbosa vence, com ajuda de Ayres Brito, que desempata a votação.
Barbosa afirma que inquérito 2474 trata de outros réus e assuntos não relacionados ao mensalão petista.
Mentira.
O relatório do Inquérito 2474 trata dos réus que também estão na Ação Penal 470, como Marcos Valério e seus sócios, e Henrique Pizzolato e Gushiken. E traz documentos, logo em suas primeiras páginas, dos pagamentos Banco do Brasil à DNA, referentes às campanhas da Visanet. Ora, o pilar do mensalão foi o suposto desvio de recursos da Visanet, no total de R$ 74 milhões, para a DNA, sem a correspondente prestação de serviços. Como assim o Inquérito 2474 trata de assuntos diferentes?
Barbosa diz que a Polícia Federal tomou cuidado para “não apurar, no Inquérito 2474, nada que já esteja sendo apurado na Ação Penal 470″.
Mentira.
No inquérito 2474, um dos documentos mais analisados é o Laudo 2828, que investiga o uso dos recursos Visanet, que é o tema principal da Ação Penal 470.
Celso de Mello dá uma belíssima aula sobre a importância, para a defesa, de conhecer todos os autos que possam lhe ajudar. E vota contra o relator, em favor do pedido dos réus.
Barbosa se posiciona, como sempre, como um acusador impiedoso e irritado, sem interesse nenhum em dar mais espaço à defesa.
Observe ainda que Celso de Mello dá sutis estocadas irônicas na maneira “célere” com que Barbosa toca esse processo (a Ação Penal 470), “em particular”. Ou seja, Mello praticamente acusa Barbosa de patrocinar um julgamento de exceção.
Celso de Mello alerta que a manutenção de sigilo para documentos que poderiam ajudar os réus constitui um “cerceamento de defesa”.
Barbosa agiu, como sempre, como um inquisidor implacável e medieval. Ayres Brito e Luis Fux, para variar, votam alinhados à Barbosa.
É inacreditável que o Supremo Tribunal Federal (STF), um lugar onde supostamente todas as garantias individuais deveriam ser asseguradas aos cidadãos perseguidos pelo Estado, de repente se transfigurou num tribunal de exceção, de perfil inquisitorial, no qual os direitos da defesa foram tratados, sistematicamente, como meras “chicanas”, “postergações inúteis”.
Todas as regras foram quebradas, mil exceções foram criadas, para se condenar sumariamente.
Nesse vídeo, temos a prova de que Barbosa agiu deliberadamente para cercear direitos à defesa. Isso é o pior crime que um juiz da suprema corte pode cometer, e que justifica um pedido de impeachment.
Entretanto, se pode verificar no vídeo o nervosismo de Barbosa para afastar qualquer possibilidade de trazer as informações do inquérito 2474 para dentro dos debates.
Celso de Mello lembra, então, que o plenário ainda estava na fase de apurações, e que portanto era o momento adequado para enriquecer o debate com mais informações, ao que Barbosa responde, com sua prepotência de praxe, que a fase de investigação estava “quase no final”. Como quem diz: “não me atrapalhe, quero terminar logo esse circo; vamos condenar logo esses caras os mais rápido possível; temos que dar satisfação à Rede Globo.”
Barbosa afirma que inquérito 2474 trata de outros réus e assuntos não relacionados ao mensalão petista.
Mentira.
O relatório do Inquérito 2474 trata dos réus que também estão na Ação Penal 470, como Marcos Valério e seus sócios, e Henrique Pizzolato e Gushiken. E traz documentos, logo em suas primeiras páginas, dos pagamentos Banco do Brasil à DNA, referentes às campanhas da Visanet. Ora, o pilar do mensalão foi o suposto desvio de recursos da Visanet, no total de R$ 74 milhões, para a DNA, sem a correspondente prestação de serviços. Como assim o Inquérito 2474 trata de assuntos diferentes?
Barbosa diz que a Polícia Federal tomou cuidado para “não apurar, no Inquérito 2474, nada que já esteja sendo apurado na Ação Penal 470″.
Mentira.
No inquérito 2474, um dos documentos mais analisados é o Laudo 2828, que investiga o uso dos recursos Visanet, que é o tema principal da Ação Penal 470.
Celso de Mello dá uma belíssima aula sobre a importância, para a defesa, de conhecer todos os autos que possam lhe ajudar. E vota contra o relator, em favor do pedido dos réus.
Barbosa se posiciona, como sempre, como um acusador impiedoso e irritado, sem interesse nenhum em dar mais espaço à defesa.
Observe ainda que Celso de Mello dá sutis estocadas irônicas na maneira “célere” com que Barbosa toca esse processo (a Ação Penal 470), “em particular”. Ou seja, Mello praticamente acusa Barbosa de patrocinar um julgamento de exceção.
Celso de Mello alerta que a manutenção de sigilo para documentos que poderiam ajudar os réus constitui um “cerceamento de defesa”.
Barbosa agiu, como sempre, como um inquisidor implacável e medieval. Ayres Brito e Luis Fux, para variar, votam alinhados à Barbosa.
É inacreditável que o Supremo Tribunal Federal (STF), um lugar onde supostamente todas as garantias individuais deveriam ser asseguradas aos cidadãos perseguidos pelo Estado, de repente se transfigurou num tribunal de exceção, de perfil inquisitorial, no qual os direitos da defesa foram tratados, sistematicamente, como meras “chicanas”, “postergações inúteis”.
Todas as regras foram quebradas, mil exceções foram criadas, para se condenar sumariamente.
Nesse vídeo, temos a prova de que Barbosa agiu deliberadamente para cercear direitos à defesa. Isso é o pior crime que um juiz da suprema corte pode cometer, e que justifica um pedido de impeachment.
Entretanto, se pode verificar no vídeo o nervosismo de Barbosa para afastar qualquer possibilidade de trazer as informações do inquérito 2474 para dentro dos debates.
Celso de Mello lembra, então, que o plenário ainda estava na fase de apurações, e que portanto era o momento adequado para enriquecer o debate com mais informações, ao que Barbosa responde, com sua prepotência de praxe, que a fase de investigação estava “quase no final”. Como quem diz: “não me atrapalhe, quero terminar logo esse circo; vamos condenar logo esses caras os mais rápido possível; temos que dar satisfação à Rede Globo.”
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JATENE VOLTA AO COMANDO DO ESTADO APÓS CORTE DE GRATIFICAÇÕES
(Amazônia ORM)
O governador Simão Jatene, que esteve uma quinzena de férias, viajando com a família para os Estados Unidos, retornou a Belém no final do dia de ontem.
Ele reassumirá as funções à frente do Poder Executivo estadual na manhã de hoje, segundo confirmou a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).
No período em que Jatene esteve licenciado, o vice-governador Helenilson Pontes assumiu interinamente a gestão, período em que sancionou a nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar, decretou a suspensão do pagamento de Gratificação de Tempo Integral (GTI) a quase 5 mil servidores e inaugurou obras e serviços no interior do estado.
No primeiro dia da licença de Jatene, 15 de janeiro, o governador do Pará em exercício sancionou a nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar, que prevê a reestruturação administrativa, a criação de novas diretorias, comandos e companhias e o aumento no efetivo da PM, que passa a 31.871 policiais.
Pela nova lei, a corporação terá que contar com novas unidades a fim de abranger todas as localidades do estado. Entre as novas novidades, estão a criação da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, que passa a coordenar as ações de Polícia Comunitária e direitos humanos e do Centro de Capacitação e Prevenção Primária (Proerd); do Museu e do Arquivo Geral da PM; do Comando de Policiamento Ambiental, com um Batalhão e quatro companhias; e de quatro Companhias Independentes de Missões Especiais.
No interior do estado, a corporação substituirá os atuais destacamentos por pelotões com maior efetivo e melhor estrutura, além de reestruturar a Banda de Música da PM e aumentar o quadro de oficiais, entre outros.
Já o Decreto nº 954, assinado em 24 de janeiro deste ano, suspendeu a concessão e o pagamento da Gratificação de Tempo Integral e do Serviço Extraordinário (GTI) nos órgãos da administração direta, autarquias e fundações públicas com o objetivo de enxugar a folha de pagamento do Estado. "Prefiro tomar uma decisão antipática do que ser irresponsável", justificou Helenilson.
Ele disse que o ajuste foi necessário porque a folha cresceu 53% este ano, influenciada pelo reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 668 a R$ 724, que passou a vigorar este mês; o aumento do piso salarial do magistério, que passa de R$ 1.567 para R$ 1.697 em fevereiro; a nomeação de 10 mil concursados e a redução do repasse do Fundeb. O elevado custo da folha faz a administração pública estadual esbarrar nos limites de gasto com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e por isso, o governo adotou a medida dos cortes das gratificações dos servidores.
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No período em que Jatene esteve licenciado, o vice-governador Helenilson Pontes assumiu interinamente a gestão, período em que sancionou a nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar, decretou a suspensão do pagamento de Gratificação de Tempo Integral (GTI) a quase 5 mil servidores e inaugurou obras e serviços no interior do estado.
No primeiro dia da licença de Jatene, 15 de janeiro, o governador do Pará em exercício sancionou a nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar, que prevê a reestruturação administrativa, a criação de novas diretorias, comandos e companhias e o aumento no efetivo da PM, que passa a 31.871 policiais.
Pela nova lei, a corporação terá que contar com novas unidades a fim de abranger todas as localidades do estado. Entre as novas novidades, estão a criação da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, que passa a coordenar as ações de Polícia Comunitária e direitos humanos e do Centro de Capacitação e Prevenção Primária (Proerd); do Museu e do Arquivo Geral da PM; do Comando de Policiamento Ambiental, com um Batalhão e quatro companhias; e de quatro Companhias Independentes de Missões Especiais.
No interior do estado, a corporação substituirá os atuais destacamentos por pelotões com maior efetivo e melhor estrutura, além de reestruturar a Banda de Música da PM e aumentar o quadro de oficiais, entre outros.
Já o Decreto nº 954, assinado em 24 de janeiro deste ano, suspendeu a concessão e o pagamento da Gratificação de Tempo Integral e do Serviço Extraordinário (GTI) nos órgãos da administração direta, autarquias e fundações públicas com o objetivo de enxugar a folha de pagamento do Estado. "Prefiro tomar uma decisão antipática do que ser irresponsável", justificou Helenilson.
Ele disse que o ajuste foi necessário porque a folha cresceu 53% este ano, influenciada pelo reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 668 a R$ 724, que passou a vigorar este mês; o aumento do piso salarial do magistério, que passa de R$ 1.567 para R$ 1.697 em fevereiro; a nomeação de 10 mil concursados e a redução do repasse do Fundeb. O elevado custo da folha faz a administração pública estadual esbarrar nos limites de gasto com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e por isso, o governo adotou a medida dos cortes das gratificações dos servidores.
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Goldfajn deveria sentir inveja dos mudos
Com Tony Blair, FHC e Clinton
Por : Paulo Nogueira
Você é um alto funcionário de um banco. Não um banco qualquer: o maior do Brasil entre os privados.
Seu banco no primeiro semestre de 2013 teve um lucro maior que a economia de 33 países. No terceiro trimestre seu banco teve simplesmente o maior lucro da história financeira do país.
Importante: como executivo desse banco, você ganha bônus por esse desempenho formidável.
O que você deveria fazer? Agradecer o país por ter dado as bases macroeconômicas seria um passo previsível, uma espécie de retribuição diante do aumento do seu patrimônio.
Ilan Goldfajn, economista chefe do Itaú, decidiu inovar. Ele fez exatamente o oposto em Davos no Fórum Econômico Mundial.
Segundo o jornal Financial Times, ele disse que os investidores estão olhando para os países com uma economia “sustentável e estável”, o que o Brasil “não é”. Isso no rastro do esforço que Dilma fez em Davos para atrair investidores estrangeiros.
Goldfajn parece torcer contra o Brasil por razões políticas. Ele foi diretor do Banco Central no governo FHC. Deixou o posto em 2003. Você tem ideia do que vai pela mente dele quando verifica que ele é colunista doInstituto Millennium, um dos redutos mais petrificados da direita brasileira.
Goldfajn é, previsivelmente, um nome sempre presente na mídia brasileira. Escreve artigos regularmente para jornais como o Globo, já foi entrevistado no Roda Viva e está sempre dando suas opiniões na Globonews, CBN e quetais.
Invariavelmente, ele defende soluções conservadoras para os problemas econômicos brasileiros. Para ele o governo deveria aumentar os juros – e com isso o desemprego – para debelar a inflação. E também “melhorar” a situação para os negócios — um eufemismo para cortar direitos trabalhistas. É a anti-Escandinávia, em suma.
Na ditadura militar este receituário ortodoxo foi amplamente utilizado – com resultados catastróficos. O único resultado concreto obtido por economistas da ditadura como Roberto Campos, Delfim Netto e Mário Simonsen foi criar uma engrenagem com a qual o Brasil se tornaria campeão mundial da desigualdade social.
Com sua pregação, Goldfajn vem incomodando todos aqueles que querem um Brasil socialmente justo, um país “escandinavo”, como o DCM gosta de dizer. Mas agora ele exacerbou.
Na pessoa física, ele poderia dizer o que quisesse, mas como alto executivo de um banco que invariavelmente registra lucros bilionários ele tem que controlar a língua.
O que ele fez em Davos é uma propaganda inadmissível não contra o governo petista, que ele naturalmente abomina – mas contra o Brasil. Goldfajn lembrou Diogo Mainardi em sua recente conversa com a empresária Luiza Trajano. Nos dois casos, o que se viu foram palavras que traem a incapacidade de fazer uma distinção entre simpatias políticas e o interesse maior do Brasil.
O caso de Goldfajn é ainda pior que o de Mainardi, sobretudo pela repercussão de suas palavras. Ele criou embaraço não apenas para si, mas para o banco Itaú. Dada a ligação entre o Itaú e Marina Silva, deve-se perguntar: a política econômica conservadora de Goldfajn é o que os brasileiros devem esperar caso Marina se eleja presidente?
Sêneca escreveu que ao lembrar de certas coisas que dissera sentia inveja dos mudos. Goldfajn, se fizer uma reflexão honesta sobre a asneira dita em Davos, sentirá inveja dos mudos.
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FOLHA É PEGA NA MENTIRA SOBRE PADILHA
Em nota, ministério da Saúde esclarece que Anivaldo Pereira Padilha, da Organização Não
Governamental Koinonia, que desenvolve projetos determinados pela pasta por meio de editais
públicos, exerceu o cargo de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 2007 e 2009,
quando, por meio de carta à entidade, solicitou afastamento; na ocasião, seu filho Alexandre
Padilha acabava de assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI); reportagem da Folha
aponta conflito de interesses na contratação da entidade; ataque vem no momento em que
Padilha começará a cuidar de sua campanha ao governo de São Paulo.
Nota oficial do Ministério da Saúde sobre “notícia” da Folha :
O Ministério da Saúde informa que desde 1999 a Organização Não Governamental (ONG) Koinonia desenvolve projetos determinados pela pasta em editais públicos. Desde 2011, a ONG participou de pelo menos quatro seleções de projetos do Ministério, sendo desclassificada em dois deles.
Em 2011, a entidade assinou Termo de Cooperação dentro de edital para eventos, para a promoção do Seminário “Fortalecendo laços: Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, no valor de R$ 60 mil, realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011.
Em 2012, a Koinonia submeteu proposta para a realização de projeto “Reafirmando os direitos das pessoas que vivem com HIV Aids nas comunidades religiosas” no valor de R$ 60 mil. No ano seguinte, 2013, a ONG encaminhou novo projeto para a promoção do “II Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, com custo previsto em R$ 70 mil. No entanto, a Organização não venceu nenhuma dessas duas seleções.
Ainda em 2013, a ONG submeteu projeto atendendo a publicação de edital no Diário Oficial da União. A proposta deu origem ao convênio 796812/2013, firmado em dezembro do ano passado, no valor de até R$ 199,8 mil. A aprovação dos projetos acima mencionados só foi possível após a comprovação de capacidade técnica da entidade em atender exigências e requisitos estabelecidos nos editais e nos processos de seleção.
Segundo informações prestadas pela Koinonia, a entidade é uma instituição sem fins lucrativos e conta com 20 anos de experiência nas áreas de saúde, combate ao racismo, direitos civis e humanos e liberdades religiosas. Tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão.
Ainda de acordo com documentação da entidade, durante esses 20 anos, a Koinonia firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.
A Koinonia informou que o senhor Anivaldo Padilha é associado da entidade e exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 01 de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009. Ocasião em que – por carta à entidade – solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público.
Por fim, é importante esclarecer que o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico.
Nota oficial do Ministério da Saúde sobre “notícia” da Folha :
O Ministério da Saúde informa que desde 1999 a Organização Não Governamental (ONG) Koinonia desenvolve projetos determinados pela pasta em editais públicos. Desde 2011, a ONG participou de pelo menos quatro seleções de projetos do Ministério, sendo desclassificada em dois deles.
Em 2011, a entidade assinou Termo de Cooperação dentro de edital para eventos, para a promoção do Seminário “Fortalecendo laços: Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, no valor de R$ 60 mil, realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011.
Em 2012, a Koinonia submeteu proposta para a realização de projeto “Reafirmando os direitos das pessoas que vivem com HIV Aids nas comunidades religiosas” no valor de R$ 60 mil. No ano seguinte, 2013, a ONG encaminhou novo projeto para a promoção do “II Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, com custo previsto em R$ 70 mil. No entanto, a Organização não venceu nenhuma dessas duas seleções.
Ainda em 2013, a ONG submeteu projeto atendendo a publicação de edital no Diário Oficial da União. A proposta deu origem ao convênio 796812/2013, firmado em dezembro do ano passado, no valor de até R$ 199,8 mil. A aprovação dos projetos acima mencionados só foi possível após a comprovação de capacidade técnica da entidade em atender exigências e requisitos estabelecidos nos editais e nos processos de seleção.
Segundo informações prestadas pela Koinonia, a entidade é uma instituição sem fins lucrativos e conta com 20 anos de experiência nas áreas de saúde, combate ao racismo, direitos civis e humanos e liberdades religiosas. Tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão.
Ainda de acordo com documentação da entidade, durante esses 20 anos, a Koinonia firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.
A Koinonia informou que o senhor Anivaldo Padilha é associado da entidade e exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 01 de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009. Ocasião em que – por carta à entidade – solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público.
Por fim, é importante esclarecer que o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico.
Confira a carta de demissão
Médicos reduzem sedação para tirar Schumacher de coma induzido
Terra
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a porta-voz de Michael Schumacher, Sabine Kehm, confirmou que a sedação está sendo reduzida para que ele finalmente saia do coma induzido. Schumacher foi colocado em coma pelos médicos há mais de um mês, desde que sofreu um grave acidente de esqui nos alpes franceses.
Segundo Kehm, o processo de despertar pode levar “um longo tempo”. Ela também declarou que, para a proteção da família, nenhuma atualização da condição do ex-piloto será dada até que o procedimento esteja totalmente concluído.
Segundo Kehm, o processo de despertar pode levar “um longo tempo”. Ela também declarou que, para a proteção da família, nenhuma atualização da condição do ex-piloto será dada até que o procedimento esteja totalmente concluído.
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LULA NO FACEBOOK: A RESPONSABILIDADE NA INTERNET
Ainda falta muito para todo mundo ter computador e banda
larga.
Instituto Lula:
Acabamos de publicar um vídeo do ex-presidente Lula falando sobre internet e redes sociais. Ele ressalta que é grande a responsabilidade de quem tem um espaço de liberdade como a internet e que, por isso, ela precisa ser bem usada.
Lula lembra as mudanças de comunicação entre seus tempos de sindicato e hoje, fala dos 500 mil fãs na sua página no Facebook e convoca todos a ajudar com apoio e críticas para que o país avance ainda mais. Ele afirma que na área de internet ainda há muitos desafios, como levar computador e banda larga a toda população e garantir um acesso igual à informação.
larga.
Instituto Lula:
Acabamos de publicar um vídeo do ex-presidente Lula falando sobre internet e redes sociais. Ele ressalta que é grande a responsabilidade de quem tem um espaço de liberdade como a internet e que, por isso, ela precisa ser bem usada.
Lula lembra as mudanças de comunicação entre seus tempos de sindicato e hoje, fala dos 500 mil fãs na sua página no Facebook e convoca todos a ajudar com apoio e críticas para que o país avance ainda mais. Ele afirma que na área de internet ainda há muitos desafios, como levar computador e banda larga a toda população e garantir um acesso igual à informação.
Itamar agradece #VaiTerFusca e desmente black blocs
Blog da Cidadania
Na segunda-feira (27/01/2014), o Blog foi à residência de Itamar Santos, 55 anos, dono do fusca que foi incendiado durante protesto dos black blocs contra a Copa de 2014, levado a cabo em São Paulo em 25 de janeiro de 2014, aniversário da cidade. Na oportunidade, ele autorizou a campanha #VaiTerFusca, para arrecadar recursos para comprar outro carro.
Na quarta-feira (29/01/2014), o Blog voltou a procurar Itamar. Ele confirmou que recebeu quase R$ 8 mil em sua conta bancária, mostrou o extrato, agradeceu a campanha e desmentiu acusações que tem recebido daqueles que incendiaram seu carro, de que teria avançado sobre colchão em chamas que eles colocaram na pista.
Detalhe: o período de demora para entrar todo esse dinheiro foi de 38 horas a partir do lançamento da campanha.
Antes de assistir ao vídeo, vale dizer do absurdo que é culparem a vítima por ter sido vitimada. Mas talvez desfaçatez ainda maior tenha sido os que atacaram São Paulo e quase mataram Itamar, 3 mulheres e uma criança pequena que levava no carro fazerem uma campanha de arrecadação de recursos que peca pela opacidade.
A campanha de “vaquinha” para Itamar é obscura porque não havia necessidade de arrecadar doações e só depois de arrecadadas repassá-las a Itamar. Afinal, a campanha #VaiTerFusca deu os dados da conta bancária do interessado e seria só depositar nela, o que, como se vê no vídeo, mostrou-se muito mais rápido e transparente.
Perguntados sobre se até agora viram algum outro dinheiro além do doado pela campanha #VaiTerFusca, Itamar e a esposa dizem que não viram nada.
A mídia, claro, comprou a versão dos black blocs e passou a divulgar que esses “anjinhos” solidários, apesar de não terem nada que ver com o caso – já que Itamar “avançou sobre o colchão em chamas” –, generosos que são estão arrecadando recursos para ele substituir o carro que ele mesmo teria destruído…
Veja só, leitor!
Globo, Folha de São Paulo, Estadão e até um tucano acusado no escândalo do trensalão divulgaram essa campanha. E, claro, não citaram a campanha #VaiTerFusca, pois quem a lançou já representou várias vezes contra esses veículos no Ministério Público Federal, na Procuradoria Geral Eleitoral e até na Polícia Federal.
Daí se vê o nível da apuração e da exatidão jornalística dessa grande mídia. Está divulgando uma campanha virtual e a campanha real, que já arrecadou quase 10 mil reais, foi escondida por ter partido de alguém que esses veículos consideram um inimigo figadal. E que, aliás, é mesmo.
Abaixo, o vídeo em que o próprio Itamar Santos e sua senhora desmontam a farsa.
Espera-se, entretanto, que os black blocs cumpram sua promessa e repassem os recursos a quem de direito. Afinal, quem quase matou Itamar foram eles. Por conta disso, agora este Blog lança a campanha #EstamosDeOlho, que vai acompanhar até o fim a tal “vaquinha” dos black blocs, para que eles entreguem o que arrecadaram.
Na segunda-feira (27/01/2014), o Blog foi à residência de Itamar Santos, 55 anos, dono do fusca que foi incendiado durante protesto dos black blocs contra a Copa de 2014, levado a cabo em São Paulo em 25 de janeiro de 2014, aniversário da cidade. Na oportunidade, ele autorizou a campanha #VaiTerFusca, para arrecadar recursos para comprar outro carro.
Na quarta-feira (29/01/2014), o Blog voltou a procurar Itamar. Ele confirmou que recebeu quase R$ 8 mil em sua conta bancária, mostrou o extrato, agradeceu a campanha e desmentiu acusações que tem recebido daqueles que incendiaram seu carro, de que teria avançado sobre colchão em chamas que eles colocaram na pista.
Detalhe: o período de demora para entrar todo esse dinheiro foi de 38 horas a partir do lançamento da campanha.
Antes de assistir ao vídeo, vale dizer do absurdo que é culparem a vítima por ter sido vitimada. Mas talvez desfaçatez ainda maior tenha sido os que atacaram São Paulo e quase mataram Itamar, 3 mulheres e uma criança pequena que levava no carro fazerem uma campanha de arrecadação de recursos que peca pela opacidade.
A campanha de “vaquinha” para Itamar é obscura porque não havia necessidade de arrecadar doações e só depois de arrecadadas repassá-las a Itamar. Afinal, a campanha #VaiTerFusca deu os dados da conta bancária do interessado e seria só depositar nela, o que, como se vê no vídeo, mostrou-se muito mais rápido e transparente.
Perguntados sobre se até agora viram algum outro dinheiro além do doado pela campanha #VaiTerFusca, Itamar e a esposa dizem que não viram nada.
A mídia, claro, comprou a versão dos black blocs e passou a divulgar que esses “anjinhos” solidários, apesar de não terem nada que ver com o caso – já que Itamar “avançou sobre o colchão em chamas” –, generosos que são estão arrecadando recursos para ele substituir o carro que ele mesmo teria destruído…
Veja só, leitor!
Globo, Folha de São Paulo, Estadão e até um tucano acusado no escândalo do trensalão divulgaram essa campanha. E, claro, não citaram a campanha #VaiTerFusca, pois quem a lançou já representou várias vezes contra esses veículos no Ministério Público Federal, na Procuradoria Geral Eleitoral e até na Polícia Federal.
Daí se vê o nível da apuração e da exatidão jornalística dessa grande mídia. Está divulgando uma campanha virtual e a campanha real, que já arrecadou quase 10 mil reais, foi escondida por ter partido de alguém que esses veículos consideram um inimigo figadal. E que, aliás, é mesmo.
Abaixo, o vídeo em que o próprio Itamar Santos e sua senhora desmontam a farsa.
Espera-se, entretanto, que os black blocs cumpram sua promessa e repassem os recursos a quem de direito. Afinal, quem quase matou Itamar foram eles. Por conta disso, agora este Blog lança a campanha #EstamosDeOlho, que vai acompanhar até o fim a tal “vaquinha” dos black blocs, para que eles entreguem o que arrecadaram.
PALESTRA DE BARBOSA FAZ REITOR COCHILAR
Em discurso de duas horas do presidente do Supremo Tribunal Federal, no King’s College,
reitor da Universidade de Londres, Rick Trainor, caiu no cochilo; a passagem de Barbosa pelo
evento foi financiada pelo STF; ele recebeu R$ 14 mil em diárias para 10 dias de passeio pela
Europa, nos quais teve apenas dois compromissos oficiais, em Paris e Londres.
247 – Joaquim Barbosa, conhecido por seus longos e acalorados debates na Presidência do Supremo Tribunal, passou por um constrangimento em Londres. Em palestra no King’s College, o reitor da Universidade, Rick Trainor, caiu no cochilo durante o discurso de duas horas de Barbosa sobre o funcionamento da Corte brasileira.
247 – Joaquim Barbosa, conhecido por seus longos e acalorados debates na Presidência do Supremo Tribunal, passou por um constrangimento em Londres. Em palestra no King’s College, o reitor da Universidade, Rick Trainor, caiu no cochilo durante o discurso de duas horas de Barbosa sobre o funcionamento da Corte brasileira.
As informações são de Lauro Jardim.
A passagem de Barbosa pelo evento foi financiada pelo STF. Ele recebeu R$ 14 mil em diárias para 10 dias de passeio pela Europa, nos quais teve apenas dois compromissos oficiais, em Paris e Londres.
A passagem de Barbosa pelo evento foi financiada pelo STF. Ele recebeu R$ 14 mil em diárias para 10 dias de passeio pela Europa, nos quais teve apenas dois compromissos oficiais, em Paris e Londres.
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Petição para conceder asilo no Brasil para Edward Snowden passa de 1 milhão de assinaturas
Petição para conceder asilo no Brasil para Edward Snowden passa de 1 milhão de assinaturas.
Rodrigo Rodrigues, Terra Magazine
"Lançada pelo companheiro brasileiro do jornalista Glenn Greenwald (jornal "The Guardian"), David Miranda, há pouco mais de um mês, a campanha de arrecadação de assinaturas para conseguir asilo político no Brasil para o ex-técnico da CIA Edward Snowden já passa de um milhão de assinaturas.
Tido como espião pelo governo dos Estados Unidos por revelar documentos secretos de como os norte-americanos espionavam a vida de pessoas comuns ao redor do planeta, Snowden é personagem central do que se convencionou chamar de “nova ordem mundial da transparência”.
Snowden teve acesso às informações que vazou quando prestava serviços terceirizados para a Agência de Segurança Nacional (NSA) no Havaí. Entre os segredos revelados pelo jovem de apenas 29 anos estão detalhes sigilosos de como os norte-americanos utilizavam programas de vigilância usando servidores de empresas como Google, Apple e Facebook, que davam anuência para as ações de vigilância em vários países da Europa e América Latina.
Mais informações »
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Paraíso fiscal recebe mais investimentos em 2013 do que Brasil e Índia juntos
Reuters
As Ilhas Virgens Britânicas receberam mais investimentos estrangeiros diretos no ano passado do que duas grandes economias emergentes juntas, a Índia e o Brasil, de acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira.
O arquipélago caribenho, um paraíso fiscal que, não fosse por isso, dependeria do turismo, saltou na tabela dos principais destinos de investimentos nos últimos cinco anos. Recebeu 92 bilhões de dólares em divisas estrangeiras em 2013, segundo estimativas preliminares compiladas pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Esse foi o quarto maior total de investimentos recebido em todo o mundo. A maior economia do mundo, os Estados Unidos, atraiu 159 bilhões de dólares. A China, a segunda maior, captou 127 bilhões de dólares, enquanto a Rússia, grande produtora de petróleo e metais, recebeu apenas 2 bilhões de dólares a mais do que as Ilhas Virgens Britânicas.
Brasil e Índia ficaram mais abaixo no ranking, com 63 bilhões e 28 bilhões de dólares, respectivamente.
Provavelmente o boom de investimentos nas Ilhas Virgens Britânicas não deverá continuar no mesmo ritmo porque os governos estão tentando reforçar seu arcabouço regulatório para deter a evasão fiscal.
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SÍRIO E FOLHA PROTEGEM SAÚDE DE SERRA
Com Lula e Dilma, o câncer foi exposto minuto a minuto, ao vivo.
Saiu no Globo: SERRA PASSA POR CIRURGIA NA PRÓSTATA
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), de 71 anos, passou nesta terça-feira por uma cirurgia para retirada de parte da próstata, em função de hiperplasia prostática benigna (aumento do volume da glândula). Depois do procedimento, realizado no Hospital Sírio- Libanês, em São Paulo, o tucano passava bem.
A operação deveria ter sido realizada em julho do ano passado, mas, ao se internar na ocasião, o ex-governador descobriu que estava com uma artéria obstruída. Serra teve então que passar por um cateterismo e a cirurgia da próstata precisou ser adiada. (…)
A operação deveria ter sido realizada em julho do ano passado, mas, ao se internar na ocasião, o ex-governador descobriu que estava com uma artéria obstruída. Serra teve então que passar por um cateterismo e a cirurgia da próstata precisou ser adiada. (…)
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Duas vezes candidato a Presidente (três, quem sabe ?), governador, prefeito e candidato a prefeito (perdeu para um poste), Padim Pade Cerra conseguiu blindar um seríssimo problema cardíaco.
Fez uma cirurgia na próstata e, não fosse um vazamento, talvez a próstata também fosse blindada.
A Ilustre Folha, a Globo e o Sírio, ao contrário, cobriam o câncer da Dilma e do Lula com a frequência com que cobrem eventos de coruscantes globais no Fasano.
No coração e na próstata de tucano, a Ilustre Folha comportou- se como se o Sírio fosse um hospital francês.
Mas, tucano é, por definição, blindado.
Andrea Matarazzo, o Conde da Operação Banqueiro, desfila nos restaurantes de Higienópolis com o garbo de embaixador em Roma.
O filho de governador tucano em São Paulo comete irregularidade no trânsito, morre um trabalhador – e o jornal nacional o absolve.
Notável colonista político do Valor, Clarimundo Tosta proclama a cura do câncer do Lula, porque passou a usar barba.
É notável contribuição do PiG à Ciência da Oncologia (não confundir com Ufologia Política).
(Mulher não se cura de câncer no Valor por falta de barba. Menos as de circo …)
Câncer de trabalhista justifica tudo.
Inclusive a irresponsabilidade, o escárnio.
Ao analisar a Folha Ilustre, o Sírio e a Globo, o Conversa Afiada desconfiava que tucano não tinha câncer.
Não é verdade, agora se vê.
Próstata de tucano, se cresce é uma boa notícia!
Saúde !
Paulo Henrique Amorim
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Assistir a um programa burro como o Big Brother deixa você mais burro — diz a Ciência
por : Kiko Nogueira
Você não precisa ser muito esperto para saber que o Big Brother é um lixo. Entre as piores desculpas para assistir o programa, uma delas é que ele é “desestressante” e “inofensivo” (qualquer coisa com Pedro Bial declamando poema não pode ser descrita dessa maneira, mas vamos adiante).
Bem, não é inofensivo. Ao contrário. É emburrecedor — cientificamente falando.
Um estudo conduzido por Markus Appel, professor associado da Universidade de Linz, na Áustria, concluiu que quando as pessoas não pensam criticamente sobre o que estão consumindo numa mídia correm o risco de “assimilar características mentais expostase”.
Em outras palavras, a estupidez de participantes e apresentadores de absurdos como o BBB é danosa à saúde, ainda que temporariamente.
“Não é como uma doença que você pode ter por um longo tempo. Nós não estamos dizendo que você será prejudicado um dia depois de ler um livro estúpido ou ver um programa de TV ruim”, disse Appel. “Mas a pesquisa mostrou que o desempenho em testes de conhecimento é prejudicado por esse tipo de coisa”.
Num experimento com 81 pessoas, Appel pediu a diferentes grupos que lessem um roteiro que contava o caso de Meier, um hooligan alcoólatra e intelectualmente debilitado. Metade recebeu a instrução de pensar de maneira diferente do protagonista, enquanto a outra metade não teve instrução nenhuma antes de ler.
Em seguida, todos fizeram um teste. O grupo que fez uma leitura crítica se saiu muito melhor — um processo que Appel considera ser responsável por manter longe do efeito contagioso da imbecilidade. Conhecimento geral não é o mesmo que QI, é claro. Mas os resultados, de acordo com Appel, “ajudam a reforçar a tese de que as pessoas são influenciadas de maneira sutil, mas significativamente, por produtos de baixa qualidade”.
Bella, uma bailarina do BBB 14, parecia ter alguma consciência do nível de indigência da atração criada pelo hoje milionário John De Mol. Há algumas semanas, foi flagrada pela TV numa dúvida. “Será que as pessoas ‘faz’ isso mesmo, ‘compra’ [o pacote para ver o BBB]? Tem mais o que fazer, não, que ficar vendo umas conversa ‘troncha’ (sic) que nem essa…”
Inteligente essa Bella.
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Por que os cubanos odeiam os Estados Unidos
Uma ilustração cubana antiga mostra o que era a Emenda Platt para Cuba.
Por : Paulo Nogueira
E Cuba está nas conversas dos brasileiros, com o programa Mais Médicos e, agora, a viagem de Dilma.
Cuba e, indiretamente, os Estados Unidos, por causa do embargo americano.
Um giro pela história mostra como sobram razões aos cubanos para abominar os Estados Unidos.
Cuba foi a primeira grande vítima da expansão americana que começou no final do século 19 e não mais se interrompeu.
Em meados da década de 1890, os cubanos, liderados por Martí, se rebelaram contra o domínio espanhol.
Os Estados Unidos acharam que seus negócios na ilha estavam ameaçados. Em consequência disso, moveram uma guerra contra a Espanha, rapidamente ganha.
O espírito bélico já dominava o país, como mostra o historiador Howard Zinn em “A História do Povo Americano”.
“Todas as grandes raças foram guerreiras”, disse Theodore Roosevelt, um dos políticos americanos mais influentes daqueles dias e presidente entre 1901 e 1909. “Nenhum triunfo na paz é tão grande como um supremo triunfo na guerra.”
Se você estranha que Obama tenha conquistado o Nobel da Paz, saiba então que Roosevelt também levou o seu. Numa carta a um amigo, ele escreveu: “Estritamente entre nós: eu gostaria de qualquer guerra, pois acho que este país precisa de uma.”
Logo ficaria claro que a independência dos cubanos estava em segundo plano diante dos interesses econômicos dos Estados Unidos. No ultimato dado à Espanha, em março de 1898, não era sequer mencionada a independência de Cuba.
Um portavoz dos rebeldes cubanos disse ao governo americano: “Diante da presente proposta de intervenção sem prévio reconhecimento da independência, é imperioso para nós darmos um passo além e dizer que vamos considerar essa intervenção como nada menos que uma declaração de guerra dos Estados Unidos contra os revolucionários cubanos.”
A Espanha foi batida com facilidade. Em três meses a “esplêndida guerrinha”, como a definiria o secretário de Estado, estava vencida.
O problema, para os cubanos, veio depois.
Nenhum rebelde cubano participou da cerimônia de rendição dos espanhóis. Um general americano avisou que as repartições públicas de Cuba continuariam a ser tocadas por espanhóis.
Zinn, em seu livro, conta que mesmo antes que a bandeira espanhola tivesse sido baixada os interesses econômicos dos Estados Unidos já comandavam Cuba.
“Os Estados Unidos não anexaram Cuba”, diz Zinn. “Mas os cubanos souberam que o exército americano não deixaria o país se a Emenda Platt não fosse incorporada à nova Constituição de Cuba.”
A Emenda Platt é, ainda hoje, motivo de horror entre os cubanos, mais de um século depois.
A emenda dava aos americanos “o direito de preservar “ a independência de Cuba. Também previa bases militares. (A base de Guantanamo nasceria ali.)
Os rebeldes cubanos não gostaram, evidentemente. Um documento deles dizia o seguinte: “Os Estados Unidos se reservarem o poder de determinar quando a independência de Cuba está ameaçada equivale a dar-lhes a chave de nossa casa de forma que eles possam entrar a qualquer momento, de dia ou de noite, com boas ou más intenções.”
Era claro isso para todos. Um general americano escreveu para Roosevelt: “Com a Emenda Platt há pouca, ou nenhuma, independência para Cuba.”
Cuba não teve senão aceitar.
Fidel diria, depois, que a emenda foi uma das razões vitais que levaram à Revolução de 1961.
O que resta hoje da emenda são duas coisas: Guantánamo e o ódio eterno dos cubanos aos colonizadores americanos que se fantasiaram de libertadores.
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TELES PIRES UMA OBRA PRIMA
Uma visita ao canteiro de obras da usina Hidrelétrica de Teles Pires, embutida entre Alta Floresta e Paranaíta, em Mato Grosso, e Jacareacanga, no Pará, deveria ser obrigatória a todo brasileiro de 15 anos.
É uma prova da espetacular capacidade da Engenharia brasileira e o domínio de uma arte marcial de administradores pacientes e competentes.É a guerra desigual que travam com o conjunto belicoso e reacionário que se formou, à sombra do interesse nacional americano, entre o Ministério Público e o Ibama.
Teles Pires está a 70% de ficar pronta em janeiro de 2015.
Das quatro grandes obras de energia do PAC – Belo Monte, Jiru e Santo Antonio – Tele Pires é a que está no prazo.
Cinco mil homens – salário piso médio de R$ 2.000/mês – e guindastes de 80 metros de altura, que podem administrar 60 toneladas – instalarão 5 turbinas de 300 toneladas, cada.
Iguais às de Itaipu.
Teles Pires pode produzir 1.820 MW, o que daria para iluminar a Cidade Maravilhosa.
Ela foi arrematada pelo menor valor de um leilão, no Brasil: R$58 por mw/h.
A energia mais barata do país !
Porém, a Teles Pires vai “entregar” a metade do que pode produzir: 900 mil MW.
Porque foi obrigada a produzir em “fio d’água”, como Belo Monte, para reduzir o tamanho do reservatório e alagar menos.
Teles Pires vai produzir a água que o rio verter.
Não vai poder encher o tanque e produzir tudo o que podia, com ou sem chuvas..
Ela foi constrangida pela monumental pressão exercida pelos interesses nacionais dos outros e seus instrumentos no Brasil – as ONGs que falam inglês, o Ministério Público, o Ibama, e a Rede da Bláblárina.
Teles Pires foi obrigada a deixar 15% de seu orçamento total – R$ 4 bilhões – em obras de infra-estrutura para os municípios e programas de preservação do meio ambiente.
A fauna, a pesca, 140 mil orquídeas, as bromélias – além de etnias indígenas e parques arqueológicos, como o sítio da Pedra Preta.
Teles Pires será um centro de irradiação de crescimento em todo o Norte de Mato Grosso.
A soja começa a subir de Sinop pra lá e os tratores já aparecem exuberantes nas calçadas dos revendedores em Alta Floresta.
O pássaro de preferência do ansioso blogueiro é o guindaste.
O quadrúpede que gostaria de preservar verdianamente é o trator.
No aeroporto de Sinop, o produtor de soja – 5 mil alqueires –, que migrou do interior do Paraná, vai se despedir da filha que passou no vestibular de Medicina, no Rio, via Enem.
E ele quase chora – de ódio – e cerra os dentes amarelecidos ao descrever a visita que recebeu de vigilantes do Ibama, em sua fazenda.
Armados, o autuaram porque um peão tinha três curiós numa gaiola.
Como um traficante de cocaína foragido, teve que fazer um acordo na Justiça e desembolsar R$ 5.500 para se ver livre da acusação.
Três curiós numa gaiola.
O piloto do Beechcraft que nos trouxe de Alta Floresta a Sinop - o mais experiente do norte do Mato Grosso - conta que levou os primeiros membros do belicoso Ibama que sobrevoavam a região da Teles Pires, ainda intocada.
E eles diziam: se depender de mim aqui não tem hidrelétrica.
Teles Pires é uma hidrelétrica de que o Brasil deve se orgulhar.
Do trabalho da Teles Pires e da Odebrecht, contratada para realizar a obra.
A Odebrecht é a maior produtora de quilowatts de energia elétrica no mundo.
Está ali, em Belo Monte, em Santo Antonio, no Peru, Equador, Venezuela e Angola.
Qual o maior medo de um engenheiro da Odebrecht em Teles Pires ?
Encontrar uma ossada de sagui numa mata ribeirinha e o Ibama e o Ministério Público, de espingarda em punho, pararem a obra por 15 dias, como já fizeram.
Quinze dias que resultam em 30.
Teles Pires venceu.
O Brasil pode confiar nela.
Na matriz energética do mundo, a hidreletricidade representa 18%.
No Brasil, 80%.
Ninguém sabe fazer usinas como os brasileiros.
Nenhum país tem ainda a bacia do Tapajós para explorar.
É por isso que o Brasil tem que ser constrangido a produzir eletricidade dentro de uma pia de cozinha.
Clique aqui para ler “Capitalismo com características brasileiras”.
Os Verdes não se dão por abatidos.
Nem se deixam prender em gaiolas.
Eles falam inglês.
Paulo Henrique Amorim
Como agia a máfia do ISS em São Paulo
Todo empreendimento imobiliário, na hora de tirar o Habite-se, paga ISS (Imposto Sobre Serviços).
Analisa-se o balanço da obra, desconta-se do valor do imóvel os gastos com insumos que já pagaram o ISS e paga-se sobre a diferença. Cabe ao fiscal analisar as notas fiscais dos insumos e saber quais podem ser abatidos do valor final do empreendimento.
É aí que se dava o esquema. Havia empresas com tudo em ordem, aquelas com notas fiscais frias e as que simplesmente não tinham notas comprovantes.
Em plena era da informática, das notas fiscais eletrônicas, não eram lançados no sistema de Prefeitura nem o CNPJ dos fornecedores nem o número das notas fiscais. Abria-se um amplo campo para achaques e para fraudes, que era de conhecimento geral do mercado imobiliário e da própria Prefeitura. O esquema foi detectado na primeira rodada de conversas da equipe de transição de Haddad.
Aliás, a pergunta a ser feita a sucessivos Secretários das Finanças é a razão de jamais terem informatizado esse sistema. Com a informatização, um simples cruzamento de CNPJs teria tapado a maior brecha de corrupção até agora identicada na prefeitura de São Paulo.
O achaque ocorria quando o fiscal ameaçava glosar notas fiscais de empresas sérias. Com a demora da fase recursal, a empresa acabava atrasando a entrega do empreendimento, sujeitando-se a multas. Sem alternativa, acabava pagando propina aos fiscais para ter o seu direito reconhecido.
A fraude ocorria quando o fiscal lançava um conjunto de desonerações em empreendimentos, sem a contrapartida das notas fiscais.
A partir de março começou a ser implantado o sistema eletrônico. Este ano, todas as notas fiscais precisam ser lançadas eletronicamente.
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Jamal Juma: Primavera Árabe não ajudou Palestina. Situação é insustentável
Em entrevista à Carta Maior, o ativista palestino Jamal Juma fala sobre a situação de seu povo
e sobre a realidade política na região pós-Primavera Árabe.
Marco Aurélio Weissheimer
Porto Alegre - A situação na Palestina está chegando a um ponto insustentável. O processo de negociação capitaneado pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, não visa a oferecer uma solução de justiça e paz para os palestinos, mas sim dar a Israel a possibilidade de continuar a construir mais assentamentos.
Desde a retomada das negociações, 42 palestinos foram mortos pelo exército israelense, quatro comunidades palestinas foram despejadas no Vale do Jordão e aumentou o processo de judaização de Jerusalém. A chamada Primavera Árabe, para o povo palestino, teve apenas o efeito de desviar a atenção de sua luta e diminuir a possibilidade de apoio de outros países árabes. A avaliação é de Jamal Juma, coordenador daCampanha Popular Palestina contra o Muro do Apartheid, Stop the Wall.
Jamal esteve em Porto Alegre na última semana participando do Fórum Social Temático 2014. Em entrevista à Carta Maior, ele fala sobre a situação de seu povo e sobre a mensagem que trouxe nesta visita ao Brasil: “Nós estamos aqui para trazer uma mensagem para nossos amigos da América Latina e, em particular, do Brasil, que é um grande país e tem uma longa história de luta contra o colonialismo e a opressão. Estamos pedindo ao Brasil e aos demais países da América Latina que cortem as relações econômicas e militares com Israel”.
Marco Aurélio Weissheimer
Porto Alegre - A situação na Palestina está chegando a um ponto insustentável. O processo de negociação capitaneado pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, não visa a oferecer uma solução de justiça e paz para os palestinos, mas sim dar a Israel a possibilidade de continuar a construir mais assentamentos.
Desde a retomada das negociações, 42 palestinos foram mortos pelo exército israelense, quatro comunidades palestinas foram despejadas no Vale do Jordão e aumentou o processo de judaização de Jerusalém. A chamada Primavera Árabe, para o povo palestino, teve apenas o efeito de desviar a atenção de sua luta e diminuir a possibilidade de apoio de outros países árabes. A avaliação é de Jamal Juma, coordenador daCampanha Popular Palestina contra o Muro do Apartheid, Stop the Wall.
Jamal esteve em Porto Alegre na última semana participando do Fórum Social Temático 2014. Em entrevista à Carta Maior, ele fala sobre a situação de seu povo e sobre a mensagem que trouxe nesta visita ao Brasil: “Nós estamos aqui para trazer uma mensagem para nossos amigos da América Latina e, em particular, do Brasil, que é um grande país e tem uma longa história de luta contra o colonialismo e a opressão. Estamos pedindo ao Brasil e aos demais países da América Latina que cortem as relações econômicas e militares com Israel”.
Qual é a situação vivida pela Palestina neste momento? Qual a sua avaliação sobre a retomada do processo de negociações com Israel, capitaneado pelos Estados Unidos?
Jamal Juma: 2014 é um ano muito importante para a Palestina. Foi retomado um processo de negociação, mas essa negociação não visa chegar a uma solução com justiça, mas sim dar a Israel a possibilidade de continuar a construir mais assentamentos. Essas negociações não vão levar a nenhum lugar bom para os palestinos. Elas começaram em agosto (de 2013) e, de lá para cá, 9.500 novas unidades habitacionais começaram a ser construídas em assentamentos em diferentes áreas da Palestina. Isso significa que Israel prossegue sua política de colonização e de construção de fatos consumados para inviabilizar na prática a existência de um Estado palestino.
Desde a retomada das negociações, 42 palestinos foram mortos pelo exército israelense, quatro comunidades palestinas foram despejadas no Vale do Jordão. Neste período, também ocorreram ataques praticamente diários na zona da mesquita de Al Aqsa contra a comunidade muçulmana, criando uma situação muito explosiva em Jerusalém. Os colonos israelenses continuam atacando os palestinos em suas aldeias, fazendo incursões noturnas para queimar mesquitas e casas e para atacar pessoas nas ruas. A judaização de Jerusalém também prossegue, visando aniquilar qualquer sinal das culturas muçulmana e cristã e construir uma identidade unicamente judaica na cidade. Essa política se traduz, por exemplo, na mudança de nomes de rua ou na criação de colônias no centro de Jerusalém.
Ao mesmo tempo, como parte dessas negociações, os palestinos são proibidos de pedir reconhecimento como Estado membro junto à Organização das Nações Unidas e a outras organizações internacionais. Então, podemos esperar que essa retomada das negociações pode trazer paz para a Palestina? É claro que não. O que ocorre é uma forte pressão internacional para convencer os palestinos a se render e a aceitar a atual situação. É isso que Israel, os Estados Unidos e seus aliados querem.
Qual é a posição das forças políticas palestinas em relação a essas negociações?
Jamal Juma: Há um consenso entre todas as forças políticas e entre o povo palestino contra essas negociações. Nas ruas, percebe-se também uma raiva muito forte contra esse processo. Estamos aguentando esse processo para evitar que digam ao mundo que os palestinos são os responsáveis pelo fracasso das negociações. John Kerry tentou obter algumas concessões de Israel como o reconhecimento do Vale do Jordão como território palestino, a definição de um status compartilhado em Jerusalém ou algum outro reconhecimento dos direitos dos palestinos. Obviamente, não conseguiu nada disso. Neste momento, Kerry trabalha somente para conseguir um marco geral para continuar as negociações pela eternidade afora.
O secretário de Estado dos EUA está fazendo isso somente para não ter que admitir um fracasso completo, mas ninguém vai dar ele o mandato para prosseguir essas negociações indefinidamente. Então, em abril, quando terminar o período de nove meses de negociação, a situação tende a se deteriorar. Ou a Autoridade Palestina aceita as condições impostas, o que seria um suicídio político, ou parte para criar um consenso entre as forças políticas palestinas e abrir uma batalha legal contra Israel usando as leis e o direito internacional em todos os organismos internacionais, inclusive o Tribunal Penal Internacional, buscando conseguir o isolamento de Israel como um poder colonial e de apartheid.
Como está o movimento internacional de boicote a Israel? Parece que ele conseguiu ampliar sua força, principalmente em alguns países europeus.
Jamal Juma: Sim. Na Europa, diversos governos começaram a fazer pressão sobre suas empresas para que não invistam nos assentamentos israelenses localizados em territórios ocupados. É muito importante que no Brasil e na América Latina também se adotem essas diretrizes para cortar relações com empresas e instituições israelenses em vários níveis. Para citar um exemplo de relações comerciais, temos o caso da Mekorot, empresa de águas israelense que rouba água dos palestinos e a revende aos próprios palestinos pelo dobro do preço, e que está expandindo muito fortemente seus negócios na América Latina, em cidades como Buenos Aires e São Paulo, entre outras.
Nós estamos aqui para trazer uma mensagem para nossos amigos da América Latina e, em particular, do Brasil, que é um grande país e tem uma longa história de luta contra o colonialismo e a opressão. Estamos pedindo ao Brasil e aos demais países da América Latina que cortem as relações econômicas e militares com Israel. Até porque, historicamente, Israel apoiou as ditaduras nesta região e foi cúmplice das violações de direitos humanos. Queremos discutir esse tema. Não é possível que o Brasil seja o segundo maior importador de armas israelenses. É preciso revisar os acordos militares e econômicos firmados com Israel.
Como os recentes acontecimentos políticos em países como Egito e Síria estão afetando a luta dos palestinos? A chamada Primavera Árabe trouxe efeitos positivos ou negativos para a causa palestina?
Jamal Juma: O impacto que houve foi ter retirado atenção da luta palestina e desviar a atenção dos países da região para o que está acontecendo na Síria e no Egito. Como consequência disso também a possibilidade de ter mais apoio no mundo árabe ficou menor neste momento. Neste sentido o impacto foi negativo. A situação nestes países é muito incerta. Mas creio que temos todas as condições para a chegada de uma primavera palestina. A situação atual é insustentável. É uma situação de contínua humilhação e ocupação. Aceitar a negociação nos termos em que estão sendo colocados significa render-se a uma situação de apartheid e de escravidão.
Qual é a situação econômica do povo palestino hoje? Como são as condições de trabalho? Qual o cotidiano econômico?
Jamal Juma: Em realidade, não se pode sequer falar de uma economia palestina, pois ela se resume hoje praticamente às doações que chegam de fora. Uma vez que se corte essas doações não há mais economia palestina. Há algumas fábricas, mas a maior parte de quem está empregado depende diretamente dessas doações internacionais. Nossos recursos naturais, nossa terra e nossa água estão sob controle israelense. Nossas fronteiras estão sob controle israelense. Para exportarmos algo precisamos passar pelo controle israelense. Não há como construir uma economia sob tais condições de ocupação e controle.
Jamal Juma: 2014 é um ano muito importante para a Palestina. Foi retomado um processo de negociação, mas essa negociação não visa chegar a uma solução com justiça, mas sim dar a Israel a possibilidade de continuar a construir mais assentamentos. Essas negociações não vão levar a nenhum lugar bom para os palestinos. Elas começaram em agosto (de 2013) e, de lá para cá, 9.500 novas unidades habitacionais começaram a ser construídas em assentamentos em diferentes áreas da Palestina. Isso significa que Israel prossegue sua política de colonização e de construção de fatos consumados para inviabilizar na prática a existência de um Estado palestino.
Desde a retomada das negociações, 42 palestinos foram mortos pelo exército israelense, quatro comunidades palestinas foram despejadas no Vale do Jordão. Neste período, também ocorreram ataques praticamente diários na zona da mesquita de Al Aqsa contra a comunidade muçulmana, criando uma situação muito explosiva em Jerusalém. Os colonos israelenses continuam atacando os palestinos em suas aldeias, fazendo incursões noturnas para queimar mesquitas e casas e para atacar pessoas nas ruas. A judaização de Jerusalém também prossegue, visando aniquilar qualquer sinal das culturas muçulmana e cristã e construir uma identidade unicamente judaica na cidade. Essa política se traduz, por exemplo, na mudança de nomes de rua ou na criação de colônias no centro de Jerusalém.
Ao mesmo tempo, como parte dessas negociações, os palestinos são proibidos de pedir reconhecimento como Estado membro junto à Organização das Nações Unidas e a outras organizações internacionais. Então, podemos esperar que essa retomada das negociações pode trazer paz para a Palestina? É claro que não. O que ocorre é uma forte pressão internacional para convencer os palestinos a se render e a aceitar a atual situação. É isso que Israel, os Estados Unidos e seus aliados querem.
Qual é a posição das forças políticas palestinas em relação a essas negociações?
Jamal Juma: Há um consenso entre todas as forças políticas e entre o povo palestino contra essas negociações. Nas ruas, percebe-se também uma raiva muito forte contra esse processo. Estamos aguentando esse processo para evitar que digam ao mundo que os palestinos são os responsáveis pelo fracasso das negociações. John Kerry tentou obter algumas concessões de Israel como o reconhecimento do Vale do Jordão como território palestino, a definição de um status compartilhado em Jerusalém ou algum outro reconhecimento dos direitos dos palestinos. Obviamente, não conseguiu nada disso. Neste momento, Kerry trabalha somente para conseguir um marco geral para continuar as negociações pela eternidade afora.
O secretário de Estado dos EUA está fazendo isso somente para não ter que admitir um fracasso completo, mas ninguém vai dar ele o mandato para prosseguir essas negociações indefinidamente. Então, em abril, quando terminar o período de nove meses de negociação, a situação tende a se deteriorar. Ou a Autoridade Palestina aceita as condições impostas, o que seria um suicídio político, ou parte para criar um consenso entre as forças políticas palestinas e abrir uma batalha legal contra Israel usando as leis e o direito internacional em todos os organismos internacionais, inclusive o Tribunal Penal Internacional, buscando conseguir o isolamento de Israel como um poder colonial e de apartheid.
Como está o movimento internacional de boicote a Israel? Parece que ele conseguiu ampliar sua força, principalmente em alguns países europeus.
Jamal Juma: Sim. Na Europa, diversos governos começaram a fazer pressão sobre suas empresas para que não invistam nos assentamentos israelenses localizados em territórios ocupados. É muito importante que no Brasil e na América Latina também se adotem essas diretrizes para cortar relações com empresas e instituições israelenses em vários níveis. Para citar um exemplo de relações comerciais, temos o caso da Mekorot, empresa de águas israelense que rouba água dos palestinos e a revende aos próprios palestinos pelo dobro do preço, e que está expandindo muito fortemente seus negócios na América Latina, em cidades como Buenos Aires e São Paulo, entre outras.
Nós estamos aqui para trazer uma mensagem para nossos amigos da América Latina e, em particular, do Brasil, que é um grande país e tem uma longa história de luta contra o colonialismo e a opressão. Estamos pedindo ao Brasil e aos demais países da América Latina que cortem as relações econômicas e militares com Israel. Até porque, historicamente, Israel apoiou as ditaduras nesta região e foi cúmplice das violações de direitos humanos. Queremos discutir esse tema. Não é possível que o Brasil seja o segundo maior importador de armas israelenses. É preciso revisar os acordos militares e econômicos firmados com Israel.
Como os recentes acontecimentos políticos em países como Egito e Síria estão afetando a luta dos palestinos? A chamada Primavera Árabe trouxe efeitos positivos ou negativos para a causa palestina?
Jamal Juma: O impacto que houve foi ter retirado atenção da luta palestina e desviar a atenção dos países da região para o que está acontecendo na Síria e no Egito. Como consequência disso também a possibilidade de ter mais apoio no mundo árabe ficou menor neste momento. Neste sentido o impacto foi negativo. A situação nestes países é muito incerta. Mas creio que temos todas as condições para a chegada de uma primavera palestina. A situação atual é insustentável. É uma situação de contínua humilhação e ocupação. Aceitar a negociação nos termos em que estão sendo colocados significa render-se a uma situação de apartheid e de escravidão.
Qual é a situação econômica do povo palestino hoje? Como são as condições de trabalho? Qual o cotidiano econômico?
Jamal Juma: Em realidade, não se pode sequer falar de uma economia palestina, pois ela se resume hoje praticamente às doações que chegam de fora. Uma vez que se corte essas doações não há mais economia palestina. Há algumas fábricas, mas a maior parte de quem está empregado depende diretamente dessas doações internacionais. Nossos recursos naturais, nossa terra e nossa água estão sob controle israelense. Nossas fronteiras estão sob controle israelense. Para exportarmos algo precisamos passar pelo controle israelense. Não há como construir uma economia sob tais condições de ocupação e controle.
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