quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Saiba quem é Chuck Hagel, nome escolhido por Obama para chefiar Pentágono
Se aprovado, ex-militar pode representar uma mudança sutil na política de Defesa do atual governo
Nos últimos dias, vem sendo veiculada em todos os Estados Unidos uma propaganda de TV nada abonadora para Chuck Hagel, ex-senador nomeado pelo presidente Barack Obama como seu novo secretário de Defesa.
Ele se prepara para enfrentar, nesta quinta-feira (31/01), uma sabatina de confirmação no Senado norte-americano.
Financiada pelo American Future Fund (AFF), organização que “defende princípios conservadores e de livre-mercado”, a peça publicitária chama a atenção para supostos conflitos de interesses caso ele de fato assuma o comando do Pentágono. “Quando era senador, Chuck Hagel recusou-se a divulgar seus bens ocultos”, diz o narrador. “Hagel aceitou caras viagens oferecidas por lobistas e doações de campanha de bancos que ele deveria regular”, completa.
A propaganda, que vai ao ar em canais como Fox News e CNN, revela ainda que o ex-senador é parte dos conselhos da petrolífera Chevron – que, por sua vez, se beneficia de contratos com o Pentágono – e de uma empresa que mantém investimentos no Irã.
Os ataques a Hagel presentes no vídeo do AFF estão focados exclusivamente em questões éticas. Mas suas motivações são claramente políticas – e isso apesar de o ex-senador integrar há décadas as fileiras do Partido Republicano.
Desde que seu nome apareceu como provável sucessor de Leon Panetta, no fim do ano passado, uma campanha de oposição à sua confirmação no cargo vem ganhando força entre os setores conservadores dos Estados Unidos. Embora sua aprovação pelo Senado seja o cenário mais provável – possivelmente, por uma pequena margem –, as manifestações explícitas de desagrado por parte de alguns parlamentares alertam que há riscos de veto.
Republicano moderado do estado de Nebraska, Hagel é famoso por suas críticas ao lobby israelense, pela oposição às guerras norte-americanas no Iraque e no Afeganistão e pela defesa de uma solução negociada no caso da suposta intenção iraniana de produzir uma bomba atômica. Além disso, é favorável a cortes no orçamento de Defesa.
Ele se prepara para enfrentar, nesta quinta-feira (31/01), uma sabatina de confirmação no Senado norte-americano.
Financiada pelo American Future Fund (AFF), organização que “defende princípios conservadores e de livre-mercado”, a peça publicitária chama a atenção para supostos conflitos de interesses caso ele de fato assuma o comando do Pentágono. “Quando era senador, Chuck Hagel recusou-se a divulgar seus bens ocultos”, diz o narrador. “Hagel aceitou caras viagens oferecidas por lobistas e doações de campanha de bancos que ele deveria regular”, completa.
A propaganda, que vai ao ar em canais como Fox News e CNN, revela ainda que o ex-senador é parte dos conselhos da petrolífera Chevron – que, por sua vez, se beneficia de contratos com o Pentágono – e de uma empresa que mantém investimentos no Irã.
Os ataques a Hagel presentes no vídeo do AFF estão focados exclusivamente em questões éticas. Mas suas motivações são claramente políticas – e isso apesar de o ex-senador integrar há décadas as fileiras do Partido Republicano.
Desde que seu nome apareceu como provável sucessor de Leon Panetta, no fim do ano passado, uma campanha de oposição à sua confirmação no cargo vem ganhando força entre os setores conservadores dos Estados Unidos. Embora sua aprovação pelo Senado seja o cenário mais provável – possivelmente, por uma pequena margem –, as manifestações explícitas de desagrado por parte de alguns parlamentares alertam que há riscos de veto.
Republicano moderado do estado de Nebraska, Hagel é famoso por suas críticas ao lobby israelense, pela oposição às guerras norte-americanas no Iraque e no Afeganistão e pela defesa de uma solução negociada no caso da suposta intenção iraniana de produzir uma bomba atômica. Além disso, é favorável a cortes no orçamento de Defesa.
Tal perfil poderia prenunciar alterações na política de Segurança Nacional do governo Obama, que promoveu trocas de comando nos outros dois postos-chave do setor. No Departamento de Estado, o senador democrata John Kerry – confirmado pelo Senado nessa terça-feira (29/01) – substitui Hillary Clinton.
Na CIA, o presidente norte-americano nomeou John Brennan, que, se aprovado na sabatina marcada para 7 de fevereiro, assumirá o cargo deixado vago por David Petraeus após um escândalo sexual.
Análise
Na opinião de analistas ouvidos pelo Opera Mundi, no entanto, a estratégia fundamental permanecerá a mesma. “Kerry, Hagel e Brennan não são pessoas que eu escolheria ou que os norte-americanos escolheriam por meio do voto. São apoiadores da guerra, opositores da lei internacional e servidores do poder”, afirma o ativista e escritor norte-americano David Swanson, integrante da organização Democratas Progressistas da América.
Para Jack Hammond, professor de Sociologia da City University, de Nova York, haverá apenas diferenças de estilo. “De maneira geral, podemos esperar que a nova equipe permanecerá próxima à Casa Branca e atuará em conjunto”, pontua. Ele acredita que se Chuck Hagel mantiver suas posições como secretário de Defesa, poderá exercer alguma influência positiva sobre os rumos do governo.
“A oposição a ele vem de apoiadores linha-dura da política israelense, que acreditam que os Estados Unidos devem estar preparados para executar uma ação militar contra o Irã com o objetivo de aniquilar sua capacidade nuclear. Nesse sentido, se ele for confirmado – como suponho que será –, será um sinal de que essas forças não são fortes o bastante para fazer Obama adotar uma posição mais linha-dura”, analisa.
O analista político norte-americano Alex Main é mais otimista. Em sua visão, as nomeações anunciadas por Obama entre o fim do ano passado e o começo de 2013 parecem confirmar que o presidente dos Estados Unidos esteja focando crescentemente na limitação do engajamento militar do país no exterior, particularmente na Ásia Central e no Oriente Médio.
“A mais emblemática e corajosa nomeação é a de Hagel, que foi muito mais crítico da política de Defesa de Bush que muitos proeminentes democratas, incluindo Hillary Clinton, quando era senadora. Então, do ponto de vista político, ele representa uma guinada à esquerda em comparação com os dois secretários de Defesa anteriores de Obama [Robert Gates e Leon Panetta]”, opina.
Segundo Main, as críticas abertas do ex-senador à influência do lobby israelense em Washington podem significar que ele esteja preparado para desafiar o atual governo de Israel, especialmente em relação às ameaças de um ataque militar ao Irã. “O fato de o presidente ter nomeado um franco defensor de posições que rompem claramente com as orientações da política para a Defesa dos últimos 12 anos sugere que podemos antecipar mudanças significativas nessa política.”
Oposição no Senado
Nesta quinta-feira, Hagel será sabatinado no Senado dos Estados Unidos pelo Comitê de Serviços Armados, cuja composição é de 14 democratas e 12 republicanos. Após a votação desses 26 parlamentares – que pode ocorrer em alguns dias – o nome do secretário de Defesa nomeado por Obama ainda tem de ser aprovado pelo plenário da Casa.
Muitos integrantes republicanos do Comitê já anunciaram – aberta ou veladamente – ser quase certo votarem contra a nomeação do ex-senador, entre eles Ted Cruz, Marco Rubio, Lindsay Graham, Kelly Ayotte e John McCain, concorrente de Obama nas eleições presidenciais de 2008.
“Há muito tempo ele rompeu seus laços com o Partido Republicano. Sua nomeação é um tapa do presidente na cara de todos nós que apoiamos Israel”, disse Graham no dia 7. Em entrevista à CNN, o senador afirmou acreditar que Hagel, se confirmado, “seria o secretário de Defesa mais antagonista de Israel da história de nossa nação”. O problema para o indicado de Obama é ainda maior porque se especula que, pressionados pelo lobby judeu, mesmo integrantes democratas do Comitê de Serviços Armados podem vetá-lo.
“Hagel é um político diferente de um militar. Portanto, sua característica deve ser a habilidade de costurar tanto apoio interno – dentro do Congresso, espaço importante da formulação da política externa dos Estados Unidos – quanto no âmbito diplomático”, analisa o sociólogo Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Segundo ele, no entanto, Hagel precisaria de um apoio maior no parlamento norte-americano para conseguir enfrentar o lobby israelense – algo muito difícil de acontecer. “Se por um lado suas posições representam um sinal importante, por outro a política dos Estados Unidos para Israel não sofreu alteração alguma durante os últimos 30 anos. Não é impossível, mas é difícil acreditar que possa acontecer uma mudança como essa”, pondera.
Brennan e Kerry
Quase tão polêmica quanto a nomeação de Hagel para o Pentágono é a de Brennan para o comando da CIA – nesse caso, porém, a oposição vem de setores mais progressistas. Funcionário da agência de inteligência norte-americana há 25 anos, ele é desde 2009 o principal assessor de contraterrorismo de Obama. É considerado um dos responsáveis pela operação de assassinato de Osama bin Laden em 2011 e um dos principais mentores da polêmica política de assassinatos seletivos por meio do uso de aviões não tripulados, os chamados drones.
Chegou a ser cotado para o cargo no início do primeiro mandato do atual presidente, mas retirou seu nome em meio a questionamentos sobre sua suposta ligação com as criticadas técnicas de interrogatório utilizadas contra suspeitos de terrorismo, incluindo o afogamento. Ele nega o envolvimento.
“Brennan mentiu sobre o ataque a Osama bin Laden e geriu o programa de assassinatos por drones de fora da Casa Branca e, portanto, livre de qualquer supervisão do Congresso. Ele foi o Dick Cheney [vice-presidente de Bush, conhecido por seu militarismo linha-dura] do Obama. Brennan foi considerado inaceitável há quatro anos por causa do seu apoio à tortura. Agora, ele é mais aceitável; o que nos mostra para qual direção os Estados Unidos estão voltados”, critica David Swanson.
De qualquer forma, na avaliação de Reginaldo Nasser, o possível novo comandante da CIA não será definidor de políticas e estratégias. “De técnicas, de táticas, para lidar com a questão do terror, isso sim. Mas a definição de grandes objetivos políticos, a médio e longo prazo, não viria dele, e sim do Pentágono, que desde o 11 de Setembro tem se credenciado mais para isso do que propriamente a CIA”, analisa.
Sobre John Kerry, Jack Hammond não acredita que haverá diferenças significativas em relação à Hillary Clinton. “Notavelmente, Hillary atuava mais com uma pessoa independente e de alto perfil do que o normal para uma secretária de Estado, chamando mais atenção para si. É menos provável que Kerry faça isso”, opina.
O professor da City University lembra que nos anos 1970, como veterano da Guerra do Vietnã, ele depôs sobre as violações de direitos humanos cometidas por soldados norte-americanos contra civis vietnamitas. “Em seus primeiros anos no Congresso e no Senado ele defendeu visões pacifistas. Mais experiente, e especialmente em sua campanha presidencial de 2004, teve muito menos vontade de se opor ao militarismo. Não tenho muita expectativa de que ele irá se distanciar da linha ‘pragmática’ de Obama, relutante a usar a força militar, mas disposto a fazê-lo quando parece ser politicamente necessário.”
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Na CIA, o presidente norte-americano nomeou John Brennan, que, se aprovado na sabatina marcada para 7 de fevereiro, assumirá o cargo deixado vago por David Petraeus após um escândalo sexual.
Análise
Na opinião de analistas ouvidos pelo Opera Mundi, no entanto, a estratégia fundamental permanecerá a mesma. “Kerry, Hagel e Brennan não são pessoas que eu escolheria ou que os norte-americanos escolheriam por meio do voto. São apoiadores da guerra, opositores da lei internacional e servidores do poder”, afirma o ativista e escritor norte-americano David Swanson, integrante da organização Democratas Progressistas da América.
Para Jack Hammond, professor de Sociologia da City University, de Nova York, haverá apenas diferenças de estilo. “De maneira geral, podemos esperar que a nova equipe permanecerá próxima à Casa Branca e atuará em conjunto”, pontua. Ele acredita que se Chuck Hagel mantiver suas posições como secretário de Defesa, poderá exercer alguma influência positiva sobre os rumos do governo.
“A oposição a ele vem de apoiadores linha-dura da política israelense, que acreditam que os Estados Unidos devem estar preparados para executar uma ação militar contra o Irã com o objetivo de aniquilar sua capacidade nuclear. Nesse sentido, se ele for confirmado – como suponho que será –, será um sinal de que essas forças não são fortes o bastante para fazer Obama adotar uma posição mais linha-dura”, analisa.
O analista político norte-americano Alex Main é mais otimista. Em sua visão, as nomeações anunciadas por Obama entre o fim do ano passado e o começo de 2013 parecem confirmar que o presidente dos Estados Unidos esteja focando crescentemente na limitação do engajamento militar do país no exterior, particularmente na Ásia Central e no Oriente Médio.
“A mais emblemática e corajosa nomeação é a de Hagel, que foi muito mais crítico da política de Defesa de Bush que muitos proeminentes democratas, incluindo Hillary Clinton, quando era senadora. Então, do ponto de vista político, ele representa uma guinada à esquerda em comparação com os dois secretários de Defesa anteriores de Obama [Robert Gates e Leon Panetta]”, opina.
Segundo Main, as críticas abertas do ex-senador à influência do lobby israelense em Washington podem significar que ele esteja preparado para desafiar o atual governo de Israel, especialmente em relação às ameaças de um ataque militar ao Irã. “O fato de o presidente ter nomeado um franco defensor de posições que rompem claramente com as orientações da política para a Defesa dos últimos 12 anos sugere que podemos antecipar mudanças significativas nessa política.”
Oposição no Senado
Nesta quinta-feira, Hagel será sabatinado no Senado dos Estados Unidos pelo Comitê de Serviços Armados, cuja composição é de 14 democratas e 12 republicanos. Após a votação desses 26 parlamentares – que pode ocorrer em alguns dias – o nome do secretário de Defesa nomeado por Obama ainda tem de ser aprovado pelo plenário da Casa.
Muitos integrantes republicanos do Comitê já anunciaram – aberta ou veladamente – ser quase certo votarem contra a nomeação do ex-senador, entre eles Ted Cruz, Marco Rubio, Lindsay Graham, Kelly Ayotte e John McCain, concorrente de Obama nas eleições presidenciais de 2008.
“Há muito tempo ele rompeu seus laços com o Partido Republicano. Sua nomeação é um tapa do presidente na cara de todos nós que apoiamos Israel”, disse Graham no dia 7. Em entrevista à CNN, o senador afirmou acreditar que Hagel, se confirmado, “seria o secretário de Defesa mais antagonista de Israel da história de nossa nação”. O problema para o indicado de Obama é ainda maior porque se especula que, pressionados pelo lobby judeu, mesmo integrantes democratas do Comitê de Serviços Armados podem vetá-lo.
“Hagel é um político diferente de um militar. Portanto, sua característica deve ser a habilidade de costurar tanto apoio interno – dentro do Congresso, espaço importante da formulação da política externa dos Estados Unidos – quanto no âmbito diplomático”, analisa o sociólogo Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Segundo ele, no entanto, Hagel precisaria de um apoio maior no parlamento norte-americano para conseguir enfrentar o lobby israelense – algo muito difícil de acontecer. “Se por um lado suas posições representam um sinal importante, por outro a política dos Estados Unidos para Israel não sofreu alteração alguma durante os últimos 30 anos. Não é impossível, mas é difícil acreditar que possa acontecer uma mudança como essa”, pondera.
Brennan e Kerry
Quase tão polêmica quanto a nomeação de Hagel para o Pentágono é a de Brennan para o comando da CIA – nesse caso, porém, a oposição vem de setores mais progressistas. Funcionário da agência de inteligência norte-americana há 25 anos, ele é desde 2009 o principal assessor de contraterrorismo de Obama. É considerado um dos responsáveis pela operação de assassinato de Osama bin Laden em 2011 e um dos principais mentores da polêmica política de assassinatos seletivos por meio do uso de aviões não tripulados, os chamados drones.
Chegou a ser cotado para o cargo no início do primeiro mandato do atual presidente, mas retirou seu nome em meio a questionamentos sobre sua suposta ligação com as criticadas técnicas de interrogatório utilizadas contra suspeitos de terrorismo, incluindo o afogamento. Ele nega o envolvimento.
“Brennan mentiu sobre o ataque a Osama bin Laden e geriu o programa de assassinatos por drones de fora da Casa Branca e, portanto, livre de qualquer supervisão do Congresso. Ele foi o Dick Cheney [vice-presidente de Bush, conhecido por seu militarismo linha-dura] do Obama. Brennan foi considerado inaceitável há quatro anos por causa do seu apoio à tortura. Agora, ele é mais aceitável; o que nos mostra para qual direção os Estados Unidos estão voltados”, critica David Swanson.
De qualquer forma, na avaliação de Reginaldo Nasser, o possível novo comandante da CIA não será definidor de políticas e estratégias. “De técnicas, de táticas, para lidar com a questão do terror, isso sim. Mas a definição de grandes objetivos políticos, a médio e longo prazo, não viria dele, e sim do Pentágono, que desde o 11 de Setembro tem se credenciado mais para isso do que propriamente a CIA”, analisa.
Sobre John Kerry, Jack Hammond não acredita que haverá diferenças significativas em relação à Hillary Clinton. “Notavelmente, Hillary atuava mais com uma pessoa independente e de alto perfil do que o normal para uma secretária de Estado, chamando mais atenção para si. É menos provável que Kerry faça isso”, opina.
O professor da City University lembra que nos anos 1970, como veterano da Guerra do Vietnã, ele depôs sobre as violações de direitos humanos cometidas por soldados norte-americanos contra civis vietnamitas. “Em seus primeiros anos no Congresso e no Senado ele defendeu visões pacifistas. Mais experiente, e especialmente em sua campanha presidencial de 2004, teve muito menos vontade de se opor ao militarismo. Não tenho muita expectativa de que ele irá se distanciar da linha ‘pragmática’ de Obama, relutante a usar a força militar, mas disposto a fazê-lo quando parece ser politicamente necessário.”
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DIRCEU VAI FAZER O JULGAMENTO DO JULGAMENTO
Enquanto houver medo da Globo não sai uma Ley de Medios. (A Globo é o nosso Clarín – PHA)
Dirceu na CUT: "Quem decide o que é melhor para o Brasil é o Parlamento e não o Judiciário."
(No Blog Ronaldo Livreiro).
Com auditório da ABI lotado, no Rio (ao contrário dos 20 gatos pingados da Avenida Paulista), numa solenidade da CUT, e sob os gritos de “Dirceu Guerreiro do povo brasileiro”, Dirceu disse:
“No dia em que o Congresso Nacional não tiver medo da Globo faz a regulação da mídia.”
“Derrotamos a ditadura militar e a direita no Brasil.”
“Entrevista do Jefferson à Folha não tinha uma prova.”
“Roberton Jefferson foi cassado porque não provou que tinha o mensalão.”
“Optei por lutar apesar do linchamento da imprensa.”
“Vou percorrer todo o Brasil. É uma luta longa que só está começando.”
“Se existisse democracia nos meios de comunicação não estaríamos aqui. Seriamos absolvidos”
“Se não fosse o monopólio da palavra seriamos absolvidos.”
“Não tivemos direito a ampla defesa.Os advogados foram impedidos de exibir provas”
“Dizer que dinheiro da Visanet é público é dizer que quem deve à Visanet pode ser inscrito na Divida Pública. E não houve desvio”
“Está provado nos autos que não houve desvio de dinheiro público”
“Toda vez que falamos em ir à rua dizem que é uma afronta do STF. Não é.”
“Vamos ter que fazer o julgamento do julgamento.”
“Não vou abaixar a cabeça. Não vou deixar me intimidar.”
“Quem fala em nome da Nação é a Presidente e o Parlamento brasileiro.”
“Nós estamos defendendo a Constituição e a democracia.”
“É preciso enfrentar a ofensiva que a direita está fazendo contra o nosso projeto político.”
“Eles querem criminalizar o PT e desconstruir a ligação do Lula com o povo.”
“Chegaram a dizer pro povo julgar o mensalão no momento de votar.”
“Tudo o que eu gostaria é de estar agora servindo ao Brasil”
“Quem decide o que é melhor para o Brasil é o Parlamento não o Judiciário.”
“Não vão me calar. Eu vou lutar.”
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"A ELITE DOS NOSSOS PAÍSES NÃO GOSTA DE NÓS"
Ex-presidente Lula discursa durante o encerramento da III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo e conclama a América Latina a "uma revolução na comunicação" por meio da internet. “A gente muitas vezes fica reclamando da imprensa. Ficamos reclamando e não fazemos o que está ao nosso alcance", disse. Mais cedo, ele encontrou Fidel Castro.
Alexandre Haubrich, de Havana, especial para o 247
“Eu não reclamo, porque, no Brasil, a imprensa gosta muito de mim, só fala bem de mim... nasci assim, sou assim e vou morrer assim, irritando eles”. Foi nesse tom descontraído que o ex-presidente Lula discursou durante o encerramento da Terceira Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, no Palácio de Convenções de Havana, nesta quarta-feira.
Apesar das críticas à imprensa, lua evitou mencionar a Ley de Medios argentina ou à possibilidade de uma versão brasileira, preferindo convocar à integração entre os ativistas latino-americanos via internet.
“A gente muitas vezes fica reclamando da imprensa. Ficamos reclamando e não fazemos o que está ao nosso alcance", disse. "Com a internet, se tivéssemos uma unidade na América Latina, com nossos blogs, Twitter, Facebook, faríamos uma revolução na comunicação, e não precisaríamos mais pedir que publicassem o que queríamos”, completou. Lula destacou ainda que os "ataques midiáticos" não acontecem apenas no Brasil, mas em todos os países com governos progressistas na América Latina: “A elite dos nossos países não gosta de nós, não é pelos erros que cometemos, é pelos acertos que cometemos”, disse.
O evento em que o ex-presidente discursou foi dedicado ao 160º aniversário do nascimento do herói cubano José Martí e começou na segunda-feira. A reunião contou com debates sobre temas como meio ambiente e comunicação, passando por conferências de Ignácio Ramonet, Atílio Boron, Frei Betto, entre muitos outros intelectuais e políticos destacados dos mais diversos campos da esquerda mundial.
Conferência
A Conferência reuniu delegados de dezenas de países e os integrantes da Brigada Sulamericana de Solidariedade a Cuba, que inclui 80 brasileiros de diversos estados. Os brigadistas estão no país desde o dia 20 de janeiro para conhecer a realidade cubana.
“A gente muitas vezes fica reclamando da imprensa. Ficamos reclamando e não fazemos o que está ao nosso alcance", disse. "Com a internet, se tivéssemos uma unidade na América Latina, com nossos blogs, Twitter, Facebook, faríamos uma revolução na comunicação, e não precisaríamos mais pedir que publicassem o que queríamos”, completou. Lula destacou ainda que os "ataques midiáticos" não acontecem apenas no Brasil, mas em todos os países com governos progressistas na América Latina: “A elite dos nossos países não gosta de nós, não é pelos erros que cometemos, é pelos acertos que cometemos”, disse.
O evento em que o ex-presidente discursou foi dedicado ao 160º aniversário do nascimento do herói cubano José Martí e começou na segunda-feira. A reunião contou com debates sobre temas como meio ambiente e comunicação, passando por conferências de Ignácio Ramonet, Atílio Boron, Frei Betto, entre muitos outros intelectuais e políticos destacados dos mais diversos campos da esquerda mundial.
Conferência
A Conferência reuniu delegados de dezenas de países e os integrantes da Brigada Sulamericana de Solidariedade a Cuba, que inclui 80 brasileiros de diversos estados. Os brigadistas estão no país desde o dia 20 de janeiro para conhecer a realidade cubana.
Na terça, antes do lançamento do livro de Fernando Morais, Lula recebeu um documento formulado pela Associação José Martí do Rio Grande do Sul e apoiado pela Brigada brasileira em defesa dos “Cinco Heróis”, cubanos que estão há 14 anos presos nos Estados Unidos depois de se infiltrarem em organizações terroristas anticubanas.
A principal sala de conferência do Palácio de Convenções esteve lotada para ouvir Lula falar por cerca de uma hora, tocando principalmente na questão da integração latino-americana, antes de exaltar feitos de seu governo e convocar os países ricos a ajudar o continente africano – temática cada vez mais presente em todos os discursos de Lula pelo mundo.
O ex-presidente começou sua fala explicando o pequeno atraso por estar com o líder histórico cubano Fidel Castro e haver almoçado com o atual presidente do país, Raul Castro. Ainda antes de apresentar o que havia preparado, pediu um minuto de silêncio pelos mortos na boate Kissi, de Santa Maria (RS), tema de total conhecimento e pêsames pelos cubanos. Lula também disse estar de camisa vermelha em homenagem a Hugo Chávez, antes de ser aplaudido de pé por todos os presentes.
Críticas
As críticas aos países ricos começaram pelos Estados Unidos. “Os americanos têm os ouvidos moucos quando algo se passa na América Latina. Só enxergaram a América Latina para favorecer os golpes militares”, disse, para em seguida criticar o bloqueio imposto a Cuba e lembrou que, além dos 160 anos de Martí, 2013 marca os 60 do Assalto ao Quartel Moncada, evento que deu início à Revolução Cubana, ainda antes da guerrilha que acabaria vitoriosa em 1959.
A principal sala de conferência do Palácio de Convenções esteve lotada para ouvir Lula falar por cerca de uma hora, tocando principalmente na questão da integração latino-americana, antes de exaltar feitos de seu governo e convocar os países ricos a ajudar o continente africano – temática cada vez mais presente em todos os discursos de Lula pelo mundo.
O ex-presidente começou sua fala explicando o pequeno atraso por estar com o líder histórico cubano Fidel Castro e haver almoçado com o atual presidente do país, Raul Castro. Ainda antes de apresentar o que havia preparado, pediu um minuto de silêncio pelos mortos na boate Kissi, de Santa Maria (RS), tema de total conhecimento e pêsames pelos cubanos. Lula também disse estar de camisa vermelha em homenagem a Hugo Chávez, antes de ser aplaudido de pé por todos os presentes.
Críticas
As críticas aos países ricos começaram pelos Estados Unidos. “Os americanos têm os ouvidos moucos quando algo se passa na América Latina. Só enxergaram a América Latina para favorecer os golpes militares”, disse, para em seguida criticar o bloqueio imposto a Cuba e lembrou que, além dos 160 anos de Martí, 2013 marca os 60 do Assalto ao Quartel Moncada, evento que deu início à Revolução Cubana, ainda antes da guerrilha que acabaria vitoriosa em 1959.
Lula afirmou que recentemente fez uma reunião com 40 intelectuais para discutir a integração da América Latina, e falou da necessidade de criar-se “uma doutrina de integração”, com objetivos claros.
Procurando pincelar sua fala com a temática do evento, o ex presidente brasileiro lembrou ideias de José Martí, herói da independência de Cuba: “Martí lutou pelas causas mais justas de seu tempo: a independência de Cuba e a libertação da América Latina. Seu pensamento e sua ação não conheciam fronteiras geográficas e políticas. ‘Pátria é humanidade’, ensinava o líder”.
Durante mais da metade de sua fala, Lula manteve o foco em realizações de seu governo, especialmente no que se refere a políticas de incremento de renda. “Houve um tempo em que o pobre era o problema, e nós provamos que o pobre é parte da solução dos problemas do país”, disse. E garantiu que não é necessário diploma de economia para entender a equação: “É simples: se você tem um milhão de dólares e dá para um rico, ele vai botar na conta bancária. Se pega esse um milhão de dólares e distribuiu um pouquinho para mil pessoas, vai virar consumo de roupa, de comida, no dia seguinte, e a economia vai girar”.
Depois de enumerar políticas nesse sentido, completou: “Todo esse conjunto de políticas causou uma pequena revolução”. Em relação a uma das principais críticas da esquerda a seu governo e a Dilma Roussef, defendeu-se: “Quando chegamos ao governo tínhamos também um compromisso com os movimentos sociais, que atuavam principalmente em relação a reforma agrária.
Procurando pincelar sua fala com a temática do evento, o ex presidente brasileiro lembrou ideias de José Martí, herói da independência de Cuba: “Martí lutou pelas causas mais justas de seu tempo: a independência de Cuba e a libertação da América Latina. Seu pensamento e sua ação não conheciam fronteiras geográficas e políticas. ‘Pátria é humanidade’, ensinava o líder”.
Durante mais da metade de sua fala, Lula manteve o foco em realizações de seu governo, especialmente no que se refere a políticas de incremento de renda. “Houve um tempo em que o pobre era o problema, e nós provamos que o pobre é parte da solução dos problemas do país”, disse. E garantiu que não é necessário diploma de economia para entender a equação: “É simples: se você tem um milhão de dólares e dá para um rico, ele vai botar na conta bancária. Se pega esse um milhão de dólares e distribuiu um pouquinho para mil pessoas, vai virar consumo de roupa, de comida, no dia seguinte, e a economia vai girar”.
Depois de enumerar políticas nesse sentido, completou: “Todo esse conjunto de políticas causou uma pequena revolução”. Em relação a uma das principais críticas da esquerda a seu governo e a Dilma Roussef, defendeu-se: “Quando chegamos ao governo tínhamos também um compromisso com os movimentos sociais, que atuavam principalmente em relação a reforma agrária.
Em 8 anos nós desapropriamos 56% de todas as terras brasileiras desapropriadas em 500 anos de história”. E completou: “Não que tenhamos nada contra os grandes, porque o agronegócio é muito importante para o Brasil, mas quando se trata de comer são os pequenos que colocam a maior parte da comida na nossa mesa”.
Energia
A “crise energética”, tema recorrente na mídia dominante nos últimos meses, também esteve presente no discurso de Lula: “Eu penso que logo a presidenta Dilma vai poder anunciar a universalização da energia elétrica no Brasil”. Ele também voltou a exaltar o fato de ser “o presidente que mais fez universidades na história do país” mesmo não tendo diploma universitário, e lembrou que “nos últimos 10 anos 28 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria”.
Ao fim de sua fala o ex-presidente tocou na questão da crise econômica e voltou a criticar os países ricos, agora pelos gastos “para salvar o sistema financeiro” e pela falta de ajuda à África: “Não podemos pagar em dinheiro a dívida que temos com os africanos, então temos que pagar com solidariedade”.
Energia
A “crise energética”, tema recorrente na mídia dominante nos últimos meses, também esteve presente no discurso de Lula: “Eu penso que logo a presidenta Dilma vai poder anunciar a universalização da energia elétrica no Brasil”. Ele também voltou a exaltar o fato de ser “o presidente que mais fez universidades na história do país” mesmo não tendo diploma universitário, e lembrou que “nos últimos 10 anos 28 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria”.
Ao fim de sua fala o ex-presidente tocou na questão da crise econômica e voltou a criticar os países ricos, agora pelos gastos “para salvar o sistema financeiro” e pela falta de ajuda à África: “Não podemos pagar em dinheiro a dívida que temos com os africanos, então temos que pagar com solidariedade”.
Lula também convocou os países ricos a mudar essa atitude e derrubar as barreiras ao comércio com os africanos: “Os países africanos não querem nenhum favor, querem apenas o direito de vender o que produzem sem as barreiras protecionistas dos países ricos”.
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PIG: A OPOSIÇÃO SEM CARA
O Rui Falcão foi até gentil. A “oposição sem cara” tem cara, sim. A cara daqueles que o
Mino Carta chama de “piores que os patrões”.
O destemido deputado Fernando Ferro foi quem cunhou a expressão PiG, porque o Gilberto Freire com “i” atribuiu um falso crime ao Fernando Haddad.
O destemido deputado Fernando Ferro chegou a pronunciar um discurso da tribuna da Câmara para questionar a autoridade moral do então Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas.
Mas, naquela época, o PT acreditava na isenção do Supremo e não deu sequencia ao gesto de Ferro.
Depois, Fernando Ferro lutou para convocar o Robert(o) Civita e seu Caneta para depor na CPI do Cachoeira.
De novo, o PT odarelou.
Agora, parece que a ficha do PT caiu.
E chama o Golpe de Golpe: a Oposição sem cara é a Globo.
Porque o resto do PiG não tem um décimo da munição da Globo.
E porque a Globo transforma em Chanel #5 os detritos sólidos de maré que o resto do PiG expele.
Finalmente, o PT parece disposto a enfrentar o Ministerio Público Federal do brindeiro Gurgel.
Clique aqui para ler o que disse o Mauricio Dias sobre o MP na jestão Gurgel: “criei um monstro !”
Vamos ver se o PT agora não odarela.
E quanto à Oposição “sem cara”, o Rui Falcão foi gentil.
A “oposição sem cara” tem cara, sim.
A cara daqueles que o Mino Carta chama de “piores que os patrões”.
O Falcão conhece a cara deles todos.
E você também, amigo navegante.
A cara, o bigode e o cheiro.
Durante a primeira reunião da bancada do PT na Câmara neste ano, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, criticou setores da mídia e do Ministério Público e avisou que, neste ano, a legenda vai se dedicar à luta pela democratização dos meios de comunicação. "Vamos às redes sociais e aos partidos lutar pela liberdade de expressão", avisou.
247- "Sejamos francos: quem é oposição no Brasil hoje?", questionou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, durante a primeira reunião da bancada do PT na Câmara neste ano, nesta quarta-feira, respondendo na sequência: "Temos a oposição parlamentar, mas há uma oposição mais forte, extrapartidária que não mostra a cara, mas se materializa em declarações como a de Judith Brito [vice-presidente da Associação Nacional de Jornais] que disse :"como a oposição não cumpre o seu papel, nós temos que fazê-lo".
O presidente do PT aproveitou a reunião para avisar que o partido vai se dedicar à luta pela democratização dos meios de comunicação neste ano. "Vamos às redes sociais e aos partidos lutar pela liberdade de expressão. Esses a quem eu nominei, que tentam interditar a política no Brasil, essa oposição extrapartidária que quer fazer com que se desqualifique a política e quando a gente desqualifica a política, abre campo para aventuras golpistas que levaram ao nazismo, fascismo e devemos afastar do nosso país", disse. "Combater essa oposição sem cara, mas com voz é um dos objetivos do PT nessa conjuntura", completou.
Na avaliação de Rui Falcão, é preciso regulamentar os artigos de 220 a 222 da Constituição, para garantir a desconcentração do mercado e a valorização da produção independente. Segundo o presidente do PT, essa democratização dos meios de comunicação é fundamental para a liberdade de expressão. Durante a reunião, Falcão também criticou o que chamou de antecipação da campanha eleitoral por parte da oposição e disse que o PT não cairá neste jogo, que acabaria por encurtar o mandato da presidente Dilma Rousseff.
247- "Sejamos francos: quem é oposição no Brasil hoje?", questionou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, durante a primeira reunião da bancada do PT na Câmara neste ano, nesta quarta-feira, respondendo na sequência: "Temos a oposição parlamentar, mas há uma oposição mais forte, extrapartidária que não mostra a cara, mas se materializa em declarações como a de Judith Brito [vice-presidente da Associação Nacional de Jornais] que disse :"como a oposição não cumpre o seu papel, nós temos que fazê-lo".
O presidente do PT aproveitou a reunião para avisar que o partido vai se dedicar à luta pela democratização dos meios de comunicação neste ano. "Vamos às redes sociais e aos partidos lutar pela liberdade de expressão. Esses a quem eu nominei, que tentam interditar a política no Brasil, essa oposição extrapartidária que quer fazer com que se desqualifique a política e quando a gente desqualifica a política, abre campo para aventuras golpistas que levaram ao nazismo, fascismo e devemos afastar do nosso país", disse. "Combater essa oposição sem cara, mas com voz é um dos objetivos do PT nessa conjuntura", completou.
Na avaliação de Rui Falcão, é preciso regulamentar os artigos de 220 a 222 da Constituição, para garantir a desconcentração do mercado e a valorização da produção independente. Segundo o presidente do PT, essa democratização dos meios de comunicação é fundamental para a liberdade de expressão. Durante a reunião, Falcão também criticou o que chamou de antecipação da campanha eleitoral por parte da oposição e disse que o PT não cairá neste jogo, que acabaria por encurtar o mandato da presidente Dilma Rousseff.
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O destemido deputado Fernando Ferro foi quem cunhou a expressão PiG, porque o Gilberto Freire com “i” atribuiu um falso crime ao Fernando Haddad.
O destemido deputado Fernando Ferro chegou a pronunciar um discurso da tribuna da Câmara para questionar a autoridade moral do então Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas.
Mas, naquela época, o PT acreditava na isenção do Supremo e não deu sequencia ao gesto de Ferro.
Depois, Fernando Ferro lutou para convocar o Robert(o) Civita e seu Caneta para depor na CPI do Cachoeira.
De novo, o PT odarelou.
Agora, parece que a ficha do PT caiu.
E chama o Golpe de Golpe: a Oposição sem cara é a Globo.
Porque o resto do PiG não tem um décimo da munição da Globo.
E porque a Globo transforma em Chanel #5 os detritos sólidos de maré que o resto do PiG expele.
Finalmente, o PT parece disposto a enfrentar o Ministerio Público Federal do brindeiro Gurgel.
Clique aqui para ler o que disse o Mauricio Dias sobre o MP na jestão Gurgel: “criei um monstro !”
Vamos ver se o PT agora não odarela.
E quanto à Oposição “sem cara”, o Rui Falcão foi gentil.
A “oposição sem cara” tem cara, sim.
A cara daqueles que o Mino Carta chama de “piores que os patrões”.
O Falcão conhece a cara deles todos.
E você também, amigo navegante.
A cara, o bigode e o cheiro.
Paulo Henrique Amorim
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AYRES BRITTO CHEGOU LÁ ! ENTROU PARA O PIG !
O que falta para comprovar a parcialidade do STF no julgamento do Dirceu, Lula e Dilma ?
Saiu no Blog “O cafezinho”: Ataulfo Merval de Paiva vai lançar um livro sobre o mensalão (o do PT) com prefácio do ex-ministro Ayres Britto.
Surpreso, amigo navegante ?
Na verdade, o Ataulfo e Britto trabalhavam em sincronia.
O Ataulfo anunciou quem estaria autorizado a votar e quem não podia.
E como votaria.
Marcou a data do julgamento.
(Será que Ayres Britto era a “gargante profunda”?)
Munido de seu Big Ben de Propriá, o presidente (leia “Em tempo”) Britto marcou a data da condenação do Dirceu para o momento exato em que o eleitor de São Paulo escolhia entre o Padim Pade Cerra (o chefe do clã da Privataria) e Fernando Haddad.
Britto e Ataulfo perderam.
Mas, tentaram.
E continuarão a tentar.
Porque a Casa Grande consegue no Supremo – a maioria – o que o voto não lhe dá.
Agora, aqui entre nós, amigo navegante: será que Britto vai à noite de autógrafos ?
Ou ficará à espreita, atrás da cortina, como fez seu antecessor, o Gilmar Dantas, na noite de autógrafos de um prolífico guardião da Casa Grande ?
Vai dar autógrafo com o Ataulfo ao lado ?
O que mais será preciso para desacreditar a “imparcialidade” do Supremo ?
O Presidente do Supremo estar ao lado do colonista que simbolizou a resistência da Casa Grande ao PT, ao Dirceu, ao Lula e à Dilma.
Do colonista que, primeiro, anunciou que a Justiça ia para cima do Lula, concluída a condenação do Dirceu.
O Ataulfo está para a Politica o que a Urubóloga está para a Economia.
É a bússola do Golpe.
E o Ayres Britto, o pedestal em que, agora, se apoia a bússola.
Clique aqui para ler o que o Dirceu disse sobre o Supremo na solenidade da CUT, nesta quarta-feira no Rio.
E aqui para ver o que o Rui Falcão disse sobre a “oposição sem cara”.
Ela tem a cara do Ataulfo e do Britto, não é isso ?
E do Big Ben do Britto, infalível.
Em tempo: que mistério se encerra na cadeira de Presidente do Supremo ? Ellen, Gilmar, Peluso, Britto… O Conversa Afiada confia em que o Presidente Barbosa será capaz de alterar o rumo dessa sinistra sequencia e recuperar a imagem do Supremo.
Para que não fique a impressão de que se trata de uma corte de “jagunços da Casa Grande”.
Em tempo: o ansioso blogueiro se vale de amigo navegante para sugerir que a oposição tem cara, bigode, cheiro e …:
Martins Andrade
E o Chapéu…
Paulo Henrique Amorim
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
TUCANOS PERSEGUEM A DILMA POR CAUSA DA COR
Os tucanos preferem o verde do dolar, o roxo do velório ou os blue eyes ?
A propósito da representação do PSDB junto ao brindeiro Gurgel contra a Dilma –http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/01/29/depois-do-lula-gurgel-processa-dilma/ – o amigo navegante Menezes enviou a integra da histórica manifestação oposicionista.
Ela demonstra, outra vez, que os tucanos aumentam a tarifa de energia e, ao mesmo tempo, vão buscar no Supremo – onde tem maioria – o que não conseguem no voto.
Depois, não se queixem de estar em extinção, na nobre companhia de uma oposição que já se extinguiu por si mesma.
O Conversa Afiada publica comentário do amigo nevegante Menezes:
Partido dos shit rolls.
R E P R E S E N T A Ç Ã O http://www.psdb.org.br/wp-content/uploads/2013/01/representacao_290113.pdf
E, aí, o espantoso: os tucanos tem raiva da cor vermelha:
4 – USO DE ROUPAS VERMELHAS FAZENDO ALUSÃO A COR DO PARTIDO
A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronunciamento oficial em uma clara referência ás roupas vermelhas utilizadas na campanha de 2010 e nos programas partidários, fazendo alusão a cor do seu partido.
R E P R E S E N T A Ç Ã O http://www.psdb.org.br/wp-content/uploads/2013/01/representacao_290113.pdf
E, aí, o espantoso: os tucanos tem raiva da cor vermelha:
4 – USO DE ROUPAS VERMELHAS FAZENDO ALUSÃO A COR DO PARTIDO
A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronunciamento oficial em uma clara referência ás roupas vermelhas utilizadas na campanha de 2010 e nos programas partidários, fazendo alusão a cor do seu partido.
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DILMA RECEBEU FRANKLIN
Os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – têm o que temer.
A Presidenta Dilma Rousseff recebeu o ex-ministro Franklin Martins nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro, por mais de uma hora, em seu gabinete no Palácio do Planalto.
Os dois conversaram sem testemunhas.
Os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – têm o que temer.
Clique aqui para ler “Filhos do Roberto Marinho vão ter que seguir a ‘dieta Franklin’ ”.
Como se sabe, Franklin é autor de um projeto de Ley de Medios que tem um ponto central: respeita a letra e o espírito da Constituição de 1988, chamada de a “Constituição Cidadã”, recentemente desrespeitada em diversos artigos pelo Supremo Tribunal Federal.
Franklin, não.
Ele segue a Constituição à risca.
Paulo Henrique Amorim
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Assange pretende concorrer ao Senado australiano em setembro
O jornalista Julian Assange, fundador do Wikileaks, afirmou nesta quarta-feira (30/01), em Londres, que planeja se candidatar para uma vaga no senado australiano em 2013. A informação foi confirmada por Kristinn Hrafnsson, representante do Wikileaks, ao site Russia Today.
Pela manhã, a primeira-ministra australiana, Julia Gilard, anunciou que as eleições nacionais serão disputadas no dia 14 de setembro.
Manifestantes australianos protestam em defesa a Julian Assange em frente à Prefeitura de Sydney, em 2010
A mãe de Assange, Christine, também confirmou os planos de candidatura de seu filho à agência AAP News. Ela defendeu a ideia, afirmando que, atualmente, os eleitores australianos só podem escolher entre dois partidos [Trabalhistas e Liberais], os quais ela chamou de "Partido Lacaio dos EUA 1 e Partido Lacaio dos EUA 2".
O jornalista se encontra desde junho de 2012 exilado na embaixada equatoriana em Londres e não pode deixar o local. Caso contrário, será preso pelas forças de segurança britânicas, que monitoram o prédio, e levado à Suécia, onde responde por um processo de estupro.
Pela manhã, a primeira-ministra australiana, Julia Gilard, anunciou que as eleições nacionais serão disputadas no dia 14 de setembro.
Manifestantes australianos protestam em defesa a Julian Assange em frente à Prefeitura de Sydney, em 2010
A mãe de Assange, Christine, também confirmou os planos de candidatura de seu filho à agência AAP News. Ela defendeu a ideia, afirmando que, atualmente, os eleitores australianos só podem escolher entre dois partidos [Trabalhistas e Liberais], os quais ela chamou de "Partido Lacaio dos EUA 1 e Partido Lacaio dos EUA 2".
O jornalista se encontra desde junho de 2012 exilado na embaixada equatoriana em Londres e não pode deixar o local. Caso contrário, será preso pelas forças de segurança britânicas, que monitoram o prédio, e levado à Suécia, onde responde por um processo de estupro.
O temor de Assange é que, uma vez em território sueco, ele seja extraditado para os Estados Unidos, que poderiam processá-lo por espionagem – já que o Wikileaks revelou centenas de milhares de documentos sigilosos da diplomacia norte-americana.
Em março de 2012, Assange já havia manifestado interesse em concorrer à vaga. Nascido em Townsville, no Estado de Queensland (nordeste da Austrália), Assange havia dito que gostaria de "trazer a liberdade de volta à política australiana".
Em março de 2012, Assange já havia manifestado interesse em concorrer à vaga. Nascido em Townsville, no Estado de Queensland (nordeste da Austrália), Assange havia dito que gostaria de "trazer a liberdade de volta à política australiana".
Seu objetivo no Senado seria a defesa do "discurso livre" e do "direito dos cidadãos de viver suas vidas longe da interferência do Estado".
Em dezembro, ele afirmou que pretendia criar um “partido do Wikileaks”. Caso ele não possa concorrer fisicamente pela vaga, algum outro membro do site poderia concorrer em seu nome, como foi anunciado em um posto do Wikileaks no microblog Twitter.
Em dezembro, ele afirmou que pretendia criar um “partido do Wikileaks”. Caso ele não possa concorrer fisicamente pela vaga, algum outro membro do site poderia concorrer em seu nome, como foi anunciado em um posto do Wikileaks no microblog Twitter.
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EM CUBA, LULA DEVE ENCONTRAR FIDEL E CHÁVEZ
Ex-presidente participa hoje da III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, em homenagem ao líder cubano José Martí; há expectativa de conversa com líder Fidel Castro; encontro no hospital com Hugo Chávez não está descartado; Lula participou do lançamento do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", de Fernando Morais.
Desde segunda-feira em Cuba, onde participará de Conferência em homenagem a José Martí, herói nacional cubano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve encontrar o líder cubano Fidel Castro e visitar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está internado em Havana, em tratamento contra um câncer. Os dois encontros não estão confirmados oficialmente, mas há grande expectativa de que aconteçam. Lula também se encontrará com o presidente cubano, Raúl Castro.
Nesta terça-feira, o líder petista participou de dois eventos sociais na capital de Cuba. Pela manhã, visitou o Memorial José Martí - um monumento dedicado ao grande herói da independência cubana, que fica na Plaza de la Revolución - onde deixou flores.
À tarde, foi ao lançamento do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", do jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais, que trata da ação de espiões cubanos contra a guerra. A obra foi escrita ao longo de três anos e depois de 20 viagens do jornalista à ilha.
A III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que acontece nesta quarta-feira 30, é um evento que marca as comemorações dos 160 anos do nascimento de Jose Martí, para o qual foi convidado em agosto de 2011. Depois de Cuba o ex-presidente visita a República Dominicana, onde se encontrará com o presidente Danilo Medina Sánchez e o ex-presidente Leonel Fernández.
No dia 2 de fevereiro (sábado), Lula chega a Washington, onde no domingo 3 faz o discurso de abertura da conferência da The International Union, United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America (UAW), o sindicato dos trabalhadores da indústria automobilística e aeroespacial norte-americana. No próprio domingo Lula retorna ao Brasil.
Com informações do Instituto Lula
A III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que acontece nesta quarta-feira 30, é um evento que marca as comemorações dos 160 anos do nascimento de Jose Martí, para o qual foi convidado em agosto de 2011. Depois de Cuba o ex-presidente visita a República Dominicana, onde se encontrará com o presidente Danilo Medina Sánchez e o ex-presidente Leonel Fernández.
No dia 2 de fevereiro (sábado), Lula chega a Washington, onde no domingo 3 faz o discurso de abertura da conferência da The International Union, United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America (UAW), o sindicato dos trabalhadores da indústria automobilística e aeroespacial norte-americana. No próprio domingo Lula retorna ao Brasil.
Com informações do Instituto Lula
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013
IMBECILIDADE SEM LIMITES
Como anunciado ontem, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), futuro líder tucano na Câmara, entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação do PSDB contra o pronunciamento em rádio e TV em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução na conta de luz.
O PSDB lista na representação quatro exemplos do que considera utilização irregular das redes de TV e rádio nacionais. Uma delas é a semelhança entre a grafia do nome da presidente no programa e a dos programas da campanha em 2010. Os tucanos também destacam que a logomarca do governo foi utilizada no lugar do brasão da República. Um terceiro ponto é o uso, no pronunciamento, de recursos gráficos semelhantes aos usados na campanha eleitoral. Por último, o uso de roupas vermelhas, o que faria alusão à cor do PT.
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É o que o Sarney chamou de “politização da Justiça”, fenômeno que se materializou com o julgamento político do mensalão (o do PT).A condenação da Dilma se seguirá à de Lula, pela mesma única porta da boate Kiss: a PGR.
Este ansioso blog tinha previsto que, condenado o Dirceu, a Casa Grande, instalada na Alta Magistratura, ia pra cima do Lula – como o Gurgel e o Herói Valeriodantas já foram - e da Dilma.
Não deu outra.
É provável que o brindeiro Gurgel, fã dos produtos Apple, siga o PSDB com tal fidelidade que proíba a Dilma de usar qualquer produto de cor vermelha. Nem o batom poderá ser vermelho.
Não deixe de assistir ao histórico pronunciamento sobre a redução da tarifa de energia eletrica: quando Dilma peita a Globo e os “do contra”.
Paulo Henrique Amorim
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E AÍ, GURGEL ? É O MENSALÃO DA APPLE ?
Aqui vai a reportagem do Rovai sobre uma “licitação” no âmbito do brindeiro Gurgel, aquele que
pegou o Renan aos 44′ do segundo tempo e se prepara para pegar o Lula com a ajuda do Herói do
Supremo, o Marcos Valeriodantas.
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DIRIGE LICITAÇÃO PARA COMPRA DE TABLETS DA APPLE
A Procuradoria Geral da República (PGR) realizou licitação no final de 2012 para a compra de 1226 tablets 1200 para a PGR e 25 para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Não se discute a importância dos aparelhos para o exercício da função dos procuradores, o interessante foi como o edital para compra pelo órgão comandado pelo senhor Roberto Gurgel foi produzido para que a vitoriosa no processo fosse a Apple.
A Lei de Licitações determina que marcas não podem ser citadas em editais de compras públicas, mas o edital da licitação da PGR (141/2012) cita a Apple ao menos duas vezes e exige tecnologias que só a empresa detém, o que inviabiliza a participação de qualquer outra fabricante. Ou seja, como se diz no universo das concorrências, a licitação foi dirigida.
Nas especificações técnicas para os tablets licitados, o edital determina que o aparelho precisa possuir a tecnologia “Tela Retina”, que é exclusiva da Apple e que venha equipado com o chip Apple A5X dual core, fabricado apenas para produtos da marca. Veja nas imagens.
Será que o Bill Gates também produz esse chip Apple A5X dual core ? Ou só a Apple ? Dúvida cruel !
E mais, as dimensões exigidas no edital são exatamente as mesmas do Ipad. Veja o comparativo entre o site da Apple e o texto da licitação.
Exige-se ainda uma capa para tablet, fabricada pela Apple e desenvolvida especificamente para o Ipad. Veja nas imagens abaixo onde a marca foi citada no edital.
O repórter Felipe Rousselet entrevistou Cláudio Weber Abramo, executivo da ONG Transparência Brasil, indagando-o sobre a legalidade de uma licitação feita nestes moldes. A resposta foi curta e direta: “Essa licitação é ilegal”. “As dimensões já direcionam. É difícil, mesmo pela Apple, conseguir este tipo de precisão. Não nas dimensões, mas no peso é aceitável que exista uma diferença de uma ou duas gramas”, comentou.
Evidente que a vencedora da concorrência em pregão eletrônico foi a Apple, conforme resultado publicado abaixo.
O repórter Felipe Rousselet entrou em contato com a assessoria de imprensa da PGR, do CNMP e da Apple., mas até a publicação deste post, apenas o CNMP se posicionou sobre o caso. Através da sua assessoria, o órgão afirmou que não participou da elaboração do edital para a compra dos tablets e do processo de fiscalização, apesar de ser beneficiado com algumas unidades do equipamento.
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DIRIGE LICITAÇÃO PARA COMPRA DE TABLETS DA APPLE
A Procuradoria Geral da República (PGR) realizou licitação no final de 2012 para a compra de 1226 tablets 1200 para a PGR e 25 para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Não se discute a importância dos aparelhos para o exercício da função dos procuradores, o interessante foi como o edital para compra pelo órgão comandado pelo senhor Roberto Gurgel foi produzido para que a vitoriosa no processo fosse a Apple.
A Lei de Licitações determina que marcas não podem ser citadas em editais de compras públicas, mas o edital da licitação da PGR (141/2012) cita a Apple ao menos duas vezes e exige tecnologias que só a empresa detém, o que inviabiliza a participação de qualquer outra fabricante. Ou seja, como se diz no universo das concorrências, a licitação foi dirigida.
Nas especificações técnicas para os tablets licitados, o edital determina que o aparelho precisa possuir a tecnologia “Tela Retina”, que é exclusiva da Apple e que venha equipado com o chip Apple A5X dual core, fabricado apenas para produtos da marca. Veja nas imagens.
Será que o Bill Gates também produz esse chip Apple A5X dual core ? Ou só a Apple ? Dúvida cruel !
E mais, as dimensões exigidas no edital são exatamente as mesmas do Ipad. Veja o comparativo entre o site da Apple e o texto da licitação.
Exige-se ainda uma capa para tablet, fabricada pela Apple e desenvolvida especificamente para o Ipad. Veja nas imagens abaixo onde a marca foi citada no edital.
O repórter Felipe Rousselet entrevistou Cláudio Weber Abramo, executivo da ONG Transparência Brasil, indagando-o sobre a legalidade de uma licitação feita nestes moldes. A resposta foi curta e direta: “Essa licitação é ilegal”. “As dimensões já direcionam. É difícil, mesmo pela Apple, conseguir este tipo de precisão. Não nas dimensões, mas no peso é aceitável que exista uma diferença de uma ou duas gramas”, comentou.
Evidente que a vencedora da concorrência em pregão eletrônico foi a Apple, conforme resultado publicado abaixo.
O repórter Felipe Rousselet entrou em contato com a assessoria de imprensa da PGR, do CNMP e da Apple., mas até a publicação deste post, apenas o CNMP se posicionou sobre o caso. Através da sua assessoria, o órgão afirmou que não participou da elaboração do edital para a compra dos tablets e do processo de fiscalização, apesar de ser beneficiado com algumas unidades do equipamento.
O CNMP disse ainda que o dinheiro ainda não foi empenhado. Ou seja, a empresa vencedora já foi escolhida, mas o pagamento e a entrega dos tablets ainda não foram feitos.
Roberto Gurgel que abusou dos holofotes da mídia para discursar sobre o “mensalão”, agora prefere se calar sob a suspeita de licitação dirigida envovendo R$ 2.940.990,10 no órgão que preside.
Roberto Gurgel que abusou dos holofotes da mídia para discursar sobre o “mensalão”, agora prefere se calar sob a suspeita de licitação dirigida envovendo R$ 2.940.990,10 no órgão que preside.
Só para constar, o que em tese não é algo ilicito, mas pode explicar muita coisa. Esse pregão eletrônico ocorreu no dia 31 de dezembro à tarde, quando o órgão já estava em recesso.
Dia 31 de dezembro à tarde, você não leu errado. E mesmo assim o órgão comandado por Gurgel acredita que não tem nenhuma explicação a dar à sociedade brasileira. Alvíssaras.
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LEY DE MEDIOS. MARINHOS VÃO ADOTAR A “DIETA FRANKLIN”
Dilma prepara o terreno e manda recado: “não tem ninguém aqui dormindo !”
O Ministro Franklin Martins redigiu uma excelente Ley de Medios.
O ponto cardeal da Ley de Medios do Franklin é respeitar integralmente a letra e o espírito da Constituição Cidadã, a de 1988.
Não há ali uma vírgula que agrida a Constituição.
A Ley de Medios do Franklin foi um dos últimos atos do Presidente Lula.
Dos ex-ministros do Presidente Lula, Franklin é provavelmente o que mais contatos mantêm com ele.
O presidente Lula e a Presidenta Dilma acabaram de ter uma conversa de quatro horas.
Franklin esteve com a Presidenta mês passado.
Vai estar de novo.
Recentemente, num discurso do tipo “nunca dantes”, a presidenta foi pra cima da Globo e daqueles “do contra”.
A Casa Grande ficou em polvorosa.
O PSDB – que está em vias de extinção, assim como a Oposição, que desde 1988 não é tão pequena ameaçou pedir ao Supremo que impeça a Presidenta de usar qualquer peça na cor vermelha, já que se trata da cor do PT.
Nem o batom pode ser vermelho, segundo os jenios do PSDB.
Com a politização da Justiça – que o Sarney denunciou, a Casa Grande desistiu de buscar legitimidade nas ruas: vai buscá-la no Supremo, único lugar em que tem maioria (além do restaurante Fasano).
As atividades do Franklin demonstram que o Lula e a Presidenta decidiram emitir sinais.
“Ó de casa (Casa Grande) ! Nós não estamos dormindo, viu ?”, parece ser a mensagem secretíssima.
Aqueles 18′ do jornal nacional não ficarão impunes.
O falso apagão da massa cheirosa e da Urubóloga, a responsabilidade da Dilma na matança de reses na seca do Nordeste – nada disso, provavelmente, deixou de ser devidamente registrado no caderninho presidencial.
Tudo parece indicar que a Presidenta “prepara o terreno”.
“Costeia o alambrado”, diria seu guru de antanho, o saudoso engenheiro Leonel de Moura Brizola.
Desde já, as atividades do Franklin podem ter um efeito salutar.
Provocar uma sensível redução do peso de um dos filhos do Roberto Marinho (eles não tem nome próprio e todosdetêm inimaginável fortuna.)
Um deles talvez seja obrigado a adotar a “Dieta Franklin”.
A “Dieta Franklin” não trata de colesterol, de glúten ou de lipídeos.
Corta lucros e privilégios.
Reduz as horas de vôo de helicópteros, de jatinhos particulares, e a extensão de propriedades no litoral pátrio, de Ilhéus, na Bahia, a Angra, no Rio.
Provoca ira, má digestão, azia e, em ultimo caso, úlcera.
Mas, com certeza, reduz o peso.
De forma drástica.
E evita infartos.
Paulo Henrique Amorim
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ZÉ DE ABREU MIGRA DO PALCO PARA A POLÍTICA
Um dos militantes políticos mais ativos da internet brasileira, o ator José de Abreu será âncora
dos próximos programas do partido; com o apoio do ex-presidente Lula, ele tentará ser deputado
federal, mas uma de suas principais missões é ajudar a eleger Lindbergh Farias governador do Rio
em 2014; ao 247, ele falou sobre a decisão: "O PT precisa reconquistar os intelectuais, os artistas
e a juventude"; segundo ele, "enquanto a esquerda se distraiu, a direita se organizou".
247 - Com mais de 72 mil seguidores no Twitter, o ator José de Abreu é hoje um dos principais militantes políticos brasileiros. Incansável, ele divide o tempo em atuação no teatro e nas novelas, como em Avenida Brasil, com sua tribuna nas redes sociais, que é, inegavelmente, uma das mais influentes do País. Agora, ele está prestes a se reinventar mais uma vez. Quinze dias atrás, numa conversa com o ex-presidente Lula, o ator global decidiu se filiar ao PT e irá concorrer ao cargo de deputado federal, em 2014. "Chegou a hora de uma ação política direta", disse ao 247.
Suas primeiras missões já começam a ser desenhadas. Abreu será o âncora dos programas do PT no Rio de Janeiro e deverá iniciar uma caravana pelo interior do estado, acompanhado do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Inspirado nas caravanas da cidadania de Lula, Lindbergh promete visitar todos os municípios do Rio, para tentar quebrar a hegemonia do PMDB e se eleger governador em 2014.
Zé de Abreu, no entanto, tem uma agenda própria. "Nos últimos anos, o PT se distraiu em relação aos artistas e intelectuais", afirma. "É preciso reconstruir essa ponte". Ele recorda que, em 1989, praticamente todos os artistas da Globo aderiram ao "Lula-lá". Hoje, diante do massacre midiático decorrente do mensalão, mesmo os que ainda se identificam com o PT, se escondem.
Nas redes sociais, o ator percebe um movimento em gestação. "Há espaço para uma nova agenda, muitos estão descontentes com o discurso único". Nos grandes jornais, por exemplo, José de Abreu nota que todos os colunistas, de uma forma ou de outra, são ligados ao Instituto Millenium, que abraça nomes como Merval Pereira, Marco Antonio Villa, Guilherme Fiúza e Carlos Alberto Sardenberg, entre tantos outros. "Enquanto a esquerda se distraiu, a direita se organizou", afirma Zé de Abreu. "E o resultado foi uma guinada conservadora no pensamento do País".
Em relação à Globo, Abreu já fez uma consulta para manter seu contrato, mas numa espécie de licença não remunerada, podendo voltar ao Projac depois de exercer um eventual mandato ou de, simplesmente, concorrer. "Difícil vai ser me acostumar com o terno", afirma. "Mas eu gosto muito da agitação de Brasília".
247 - Com mais de 72 mil seguidores no Twitter, o ator José de Abreu é hoje um dos principais militantes políticos brasileiros. Incansável, ele divide o tempo em atuação no teatro e nas novelas, como em Avenida Brasil, com sua tribuna nas redes sociais, que é, inegavelmente, uma das mais influentes do País. Agora, ele está prestes a se reinventar mais uma vez. Quinze dias atrás, numa conversa com o ex-presidente Lula, o ator global decidiu se filiar ao PT e irá concorrer ao cargo de deputado federal, em 2014. "Chegou a hora de uma ação política direta", disse ao 247.
Suas primeiras missões já começam a ser desenhadas. Abreu será o âncora dos programas do PT no Rio de Janeiro e deverá iniciar uma caravana pelo interior do estado, acompanhado do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Inspirado nas caravanas da cidadania de Lula, Lindbergh promete visitar todos os municípios do Rio, para tentar quebrar a hegemonia do PMDB e se eleger governador em 2014.
Zé de Abreu, no entanto, tem uma agenda própria. "Nos últimos anos, o PT se distraiu em relação aos artistas e intelectuais", afirma. "É preciso reconstruir essa ponte". Ele recorda que, em 1989, praticamente todos os artistas da Globo aderiram ao "Lula-lá". Hoje, diante do massacre midiático decorrente do mensalão, mesmo os que ainda se identificam com o PT, se escondem.
Nas redes sociais, o ator percebe um movimento em gestação. "Há espaço para uma nova agenda, muitos estão descontentes com o discurso único". Nos grandes jornais, por exemplo, José de Abreu nota que todos os colunistas, de uma forma ou de outra, são ligados ao Instituto Millenium, que abraça nomes como Merval Pereira, Marco Antonio Villa, Guilherme Fiúza e Carlos Alberto Sardenberg, entre tantos outros. "Enquanto a esquerda se distraiu, a direita se organizou", afirma Zé de Abreu. "E o resultado foi uma guinada conservadora no pensamento do País".
Em relação à Globo, Abreu já fez uma consulta para manter seu contrato, mas numa espécie de licença não remunerada, podendo voltar ao Projac depois de exercer um eventual mandato ou de, simplesmente, concorrer. "Difícil vai ser me acostumar com o terno", afirma. "Mas eu gosto muito da agitação de Brasília".
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O excepcional documentário sobre Pinheirinho
Depois de ver a obra de Fabiano Amorim você se pergunta: como isso pôde ocorrer?
Por: Paulo Nogueira
Operação de guerra para tirar as pessoas de Pinheirinho
Você tem uma ideia de quanto o mídia brasileira é ruim quando vê um documentário como “Derrubaram o Pinheirinho”, de Fabiano Amorim, um jovem e talentoso idealista alagoano nascido em Palmeira dos Índios e residente em Maceió.
Sem orçamentos remotamente parecidos com os das grandes empresas jornalísticas, Amorim conta magistralmente em 85 minutos a história de Pinheirinho, o bairro improvisado no qual moravam 6 000 sem teto em São José dos Campos.
O documentário chega quando completa um ano a brutal desocupação do terreno por forças policiais do governo paulista e da prefeitura de São José.
Venceu, ali, a infâmia — e também o poder de influência do dono do terreno, Naji Nahas, um empresário de duvidosa lisura que se revezou por muito tempo entre as colunas sociais, as seções de economia e as páginas policiais.
Nahas era o dono de um terreno abandonado em São José no qual se estabeleceram brasileiros que jamais chegaram a ser incluídos por governo nenhum – municipal, estadual ou federal.
Nahas estava quebrado, depois de ter sido condenado por trapaças na extinta Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O terreno fazia parte da massa falida quando foi ocupado.
Você vê no documentário de Amorim o capricho com que as pessoas cuidaram do bairro que fizeram sozinhas. Tudo foi medido, do tamanho dos lotes até a extensão e largura das ruas. À medida que o tempo foi passando, o material das casas melhorou, sem nenhum recurso público.
Nahas entrou na justiça com um pedido de reintegração. Depois de uma série de idas e vindas judiciais, acabou vencendo graças a uma decisão da juíza Márcia Loureiro que ajuda a entender por que os brasileiros têm em tão baixa conta a justiça brasileira.
Os moradores de Pinheirinho sempre estiveram sozinhos, acompanhados de uns poucos ativistas abnegados.
A prefeitura tucana de São José não olhou por eles, e nem o governo igualmente tucano do estado – e tampouco a presidência petista. No seu documentário, Amorim mostra que o governo federal poderia ter comprado o terreno e regularizado a situação. Mas acabou também se omitindo, primeiro sob Lula e depois sob Dilma.
Uma presidência não pode cuidar de tudo, é verdade. Mas não dar atenção máxima, em situação de emergência, à situação dramática de 6 000 excluídos é simplesmente intolerável para um partido cuja bandeira é a justiça social.
O fim de Pinheirinho é conhecido muito mais pela internet do que pela mídia. Uma operação de guerra destruiu o acampamento. Retiradas as pessoas, tratores devastaram as casas. As imagens são perturbadoras, e são uma amostra indelével da chocante da abjeta iniquidade social brasileira.
Amorim teve a virtude contar o caso cartesianamente, pedagogicamente – com uma clareza e uma profundidade não vista na mídia brasileira. Também controlou o tom: a narrativa é sóbria mesmo quando aparecem crianças que contam como viram as casas em que moravam ser destruídas por tratores com seus brinquedos dentro.
Ele fez uma coisa que ninguém fez: foi ver o que aconteceu com os deslojados. As casas prometidas não saíram do papel. O auxílio para aluguel se revelou insuficiente para que fosse encontrado um novo teto. Naji Nahas, reintegrado na posse, não fez nada com o terreno. Sequer o limpou,
Foi a prefeitura local que providenciou a limpeza, depois de sucessivas multas a Nahas que jamais foram pagas.
A vida piorou para os brasileiros e os brasileirinhos – eram muitos, nascidos lá mesmo – de Pinheirinho.
Se houve alguma justiça poética, o PSDB perdeu a prefeitura de São José nas eleições de 2012. Alckmin provavelmente terá que encontrar boas explicações sobre sua (patética) atuação no episódio para não ser retirado do Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2014.
“Não tolerem nem a riqueza extrema e nem a pobreza extrema”, ensinou no século 18 Rousseau, o inspirador da Revolução Francesa.
Pinheirinho é uma lembrança dolorida de que nós, brasileiros, jamais aprendemos esta lição simples, virtuosa, vital de Rousseau.
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Sem orçamentos remotamente parecidos com os das grandes empresas jornalísticas, Amorim conta magistralmente em 85 minutos a história de Pinheirinho, o bairro improvisado no qual moravam 6 000 sem teto em São José dos Campos.
O documentário chega quando completa um ano a brutal desocupação do terreno por forças policiais do governo paulista e da prefeitura de São José.
Venceu, ali, a infâmia — e também o poder de influência do dono do terreno, Naji Nahas, um empresário de duvidosa lisura que se revezou por muito tempo entre as colunas sociais, as seções de economia e as páginas policiais.
Nahas era o dono de um terreno abandonado em São José no qual se estabeleceram brasileiros que jamais chegaram a ser incluídos por governo nenhum – municipal, estadual ou federal.
Nahas estava quebrado, depois de ter sido condenado por trapaças na extinta Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O terreno fazia parte da massa falida quando foi ocupado.
Você vê no documentário de Amorim o capricho com que as pessoas cuidaram do bairro que fizeram sozinhas. Tudo foi medido, do tamanho dos lotes até a extensão e largura das ruas. À medida que o tempo foi passando, o material das casas melhorou, sem nenhum recurso público.
Nahas entrou na justiça com um pedido de reintegração. Depois de uma série de idas e vindas judiciais, acabou vencendo graças a uma decisão da juíza Márcia Loureiro que ajuda a entender por que os brasileiros têm em tão baixa conta a justiça brasileira.
Os moradores de Pinheirinho sempre estiveram sozinhos, acompanhados de uns poucos ativistas abnegados.
A prefeitura tucana de São José não olhou por eles, e nem o governo igualmente tucano do estado – e tampouco a presidência petista. No seu documentário, Amorim mostra que o governo federal poderia ter comprado o terreno e regularizado a situação. Mas acabou também se omitindo, primeiro sob Lula e depois sob Dilma.
Uma presidência não pode cuidar de tudo, é verdade. Mas não dar atenção máxima, em situação de emergência, à situação dramática de 6 000 excluídos é simplesmente intolerável para um partido cuja bandeira é a justiça social.
O fim de Pinheirinho é conhecido muito mais pela internet do que pela mídia. Uma operação de guerra destruiu o acampamento. Retiradas as pessoas, tratores devastaram as casas. As imagens são perturbadoras, e são uma amostra indelével da chocante da abjeta iniquidade social brasileira.
Amorim teve a virtude contar o caso cartesianamente, pedagogicamente – com uma clareza e uma profundidade não vista na mídia brasileira. Também controlou o tom: a narrativa é sóbria mesmo quando aparecem crianças que contam como viram as casas em que moravam ser destruídas por tratores com seus brinquedos dentro.
Ele fez uma coisa que ninguém fez: foi ver o que aconteceu com os deslojados. As casas prometidas não saíram do papel. O auxílio para aluguel se revelou insuficiente para que fosse encontrado um novo teto. Naji Nahas, reintegrado na posse, não fez nada com o terreno. Sequer o limpou,
Foi a prefeitura local que providenciou a limpeza, depois de sucessivas multas a Nahas que jamais foram pagas.
A vida piorou para os brasileiros e os brasileirinhos – eram muitos, nascidos lá mesmo – de Pinheirinho.
Se houve alguma justiça poética, o PSDB perdeu a prefeitura de São José nas eleições de 2012. Alckmin provavelmente terá que encontrar boas explicações sobre sua (patética) atuação no episódio para não ser retirado do Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2014.
“Não tolerem nem a riqueza extrema e nem a pobreza extrema”, ensinou no século 18 Rousseau, o inspirador da Revolução Francesa.
Pinheirinho é uma lembrança dolorida de que nós, brasileiros, jamais aprendemos esta lição simples, virtuosa, vital de Rousseau.
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Caruso X Latuff
Duas charges sobre Santa Maria mostram como chargistas podem ser brilhantes ou infames perante tragédias
Fazer charge num drama como o de Santa Maria é uma tarefa para poucos.
É fácil fazer bobagem, e é difícil fazer coisa boa.
Na tragédia de Santa Maria, tivemos as duas situações. O cartunista Carlos Latuff, que se celebrizou no Brasil há pouco tempo depois de ser acusado de antissemita, brilhou.
Latuff ironizou o abominável comportamento da mídia diante de calamidades como a da casa noturna Kiss. Um repórter tenta extrair palavras de um familiar da vítima no enterro, numa exploração abjeta da dor alheia.
Clap, clap, clap. De pé.
Latuff deu voz a milhões de brasileiros que somaram à tristeza pelas centenas de mortes a indignação pela atitude de jornalistas que não respeitam a dor alheia e simulam, como canastrões, uma dor que não sentem.
O lado B veio com Chico Caruso, no Globo. Ele fez uma prisão em chamas, na qual ardem as pessoas ali dentro e da qual se exala uma fumaça sinistra. Dilma, sempre Dilma, observa de longe e exclama: “Santa Maria!”
Era para rir? Os leitores acharam que não. Mas viria uma segunda etapa. Numa decisão estapafurdiamente incompreensível, Ricardo Noblat republicou a charge em seu blogue com o acréscimo da palavra “humor”.
É fácil fazer bobagem, e é difícil fazer coisa boa.
Na tragédia de Santa Maria, tivemos as duas situações. O cartunista Carlos Latuff, que se celebrizou no Brasil há pouco tempo depois de ser acusado de antissemita, brilhou.
Latuff ironizou o abominável comportamento da mídia diante de calamidades como a da casa noturna Kiss. Um repórter tenta extrair palavras de um familiar da vítima no enterro, numa exploração abjeta da dor alheia.
Clap, clap, clap. De pé.
Latuff deu voz a milhões de brasileiros que somaram à tristeza pelas centenas de mortes a indignação pela atitude de jornalistas que não respeitam a dor alheia e simulam, como canastrões, uma dor que não sentem.
O lado B veio com Chico Caruso, no Globo. Ele fez uma prisão em chamas, na qual ardem as pessoas ali dentro e da qual se exala uma fumaça sinistra. Dilma, sempre Dilma, observa de longe e exclama: “Santa Maria!”
Era para rir? Os leitores acharam que não. Mas viria uma segunda etapa. Numa decisão estapafurdiamente incompreensível, Ricardo Noblat republicou a charge em seu blogue com o acréscimo da palavra “humor”.
Latuff captou o comportamento abjeto da imprensa
A reação nas redes sociais foi imediata. Caruso e Noblat foram simplesmente abominados. No próprio blogue de Noblat, os leitores — em geral arqui-conservadores como o blogueiro — manifestaram repúdio. Um deles notou que a dupla conseguiu unir petistas e anti-petistas na mesma reprovação torrencial.
Noblat defendeu Chico Caruso, e sobretudo a si próprio, em linhas antológicas: quem não gostou da charge, foi o que ele essencialmente disse depois de uma cômica interpretação do desenho, não a entendeu. Os leitores são burros, portanto.
Tenho para mim que parte da raiva se deve ao fato de ambos estarem fortemente identificados com a Globo. Alguma coisa da rejeição que existe em boa parte da sociedade à Globo se transmite a seus funcionários.
Mas a questão vai além. É complicado, ficou claro, fazer charge decente para as Organizações Globo. A de Latuff jamais seria publicada pelo Globo. O espesso conservadorismo da empresa acaba por ceifar a possibilidade de iconoclastia, de inconformismo de cartunistas da Globo.
Se nas colunas políticas o reacionarismo nos veículos da Globo não chega a chocar, porque é esperado, na charge aparece como um estigma. De artistas se espera uma atitude diferente, mais arejada, mais provocativa.
Caruso, nos anos 1980, se destacou como um dos melhores chargistas de sua geração. Prometia mais do que entregou, é certo, mas fez uma carreira boa.
Agora, vai passar para a história como o autor da charge mais repudiada e mais infame da mídia brasileira em muitos anos — em parte por um mau momento, em parte por carregar no peito o crachá das Organizações Globo.
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O chileno que sepultou Victor Jara clandestinamente
O ministro da Corte de Apelações de Santiago, Miguel Vázquez, solicitou, na segunda-feira passada (21), à Suprema Corte a extradição dos Estados Unidos de Pedro Barrientos, processado como autor do homicídio de Víctor Jara, ocorrido no dia 16 de setembro de 1973 no Estádio Nacional do Chile, somente cinco dias depois do golpe militar encabeçado por Augusto Pinochet.
Barrientos foi processado no dia 28 de dezembro passado, junto com outras sete pessoas, pela responsabilidade no homicídio do popular artista e dramaturgo.
Após o bombardeio ao Palácio La Moneda e a morte de Salvador Allende, cerca de 500 professores e estudantes se entrincheiraram na Universidade Técnica do Estado (hoje Usach). Entre eles estava Jara, que ali lecionava.
Não resistiram muito. Houve mortes e os presos foram levados ao Estádio do Chile. Jara esteve preso quatro dias, tempo no qual foi duramente torturado. Sofreu inclusive a fratura de suas mãos com pancadas. “Toca o violão agora”, lhe teriam dito os algozes. O corpo de Jara foi encontrado alguns dias depois fora do Cemitério Metropolitano por Carabineiros que o levaram como N.N. ao Serviço Médico Legal.
Nesse lugar começa a história de Héctor Herrera. O ex-funcionário do Registro Civil está hoje com 62 anos e mora na França. De visita ao Chile, conversou com o Página/12 e contou detalhes de como, entre centenas de mortos, encontrou Jara, avisou sua esposa Joan Turner, a esposa inglesa do cantor, tiraram-no, arriscando suas vidas, do Serviço Médico Legal – SML [correspondente ao nosso Instituto Médico Legal – IML] e o enterraram em uma cova anônima no Cemitério Metropolitano.
Pagina/12: O que você estava fazendo no dia 11 de setembro de 1973?
Héctor Herrera: Tinha 23 anos e trabalhava como administrativo, fazendo as carteiras de identidade no Registro Civil. Retomei meu trabalho no dia 15 de setembro, antes não pude devido ao toque de recolher. Nesse dia, um militar gritou de cima de um caminhão: “Acabou a política, agora se trabalha”. Pediu voluntários para o Serviço Médico Legal, me levaram e acabaram com a minha vida.
Após o bombardeio ao Palácio La Moneda e a morte de Salvador Allende, cerca de 500 professores e estudantes se entrincheiraram na Universidade Técnica do Estado (hoje Usach). Entre eles estava Jara, que ali lecionava.
Não resistiram muito. Houve mortes e os presos foram levados ao Estádio do Chile. Jara esteve preso quatro dias, tempo no qual foi duramente torturado. Sofreu inclusive a fratura de suas mãos com pancadas. “Toca o violão agora”, lhe teriam dito os algozes. O corpo de Jara foi encontrado alguns dias depois fora do Cemitério Metropolitano por Carabineiros que o levaram como N.N. ao Serviço Médico Legal.
Nesse lugar começa a história de Héctor Herrera. O ex-funcionário do Registro Civil está hoje com 62 anos e mora na França. De visita ao Chile, conversou com o Página/12 e contou detalhes de como, entre centenas de mortos, encontrou Jara, avisou sua esposa Joan Turner, a esposa inglesa do cantor, tiraram-no, arriscando suas vidas, do Serviço Médico Legal – SML [correspondente ao nosso Instituto Médico Legal – IML] e o enterraram em uma cova anônima no Cemitério Metropolitano.
Pagina/12: O que você estava fazendo no dia 11 de setembro de 1973?
Héctor Herrera: Tinha 23 anos e trabalhava como administrativo, fazendo as carteiras de identidade no Registro Civil. Retomei meu trabalho no dia 15 de setembro, antes não pude devido ao toque de recolher. Nesse dia, um militar gritou de cima de um caminhão: “Acabou a política, agora se trabalha”. Pediu voluntários para o Serviço Médico Legal, me levaram e acabaram com a minha vida.
Nos deram instruções: tomar a altura, peso, sexo, cor da pele e olhos dos mortos que chegavam aos montes. Além disso, tirávamos as digitais dos 10 dedos.
Trabalhamos no estacionamento do SML ao ar livre. Chegavam caminhões e jogavam os corpos no chão. Nós os colocávamos um ao lado do outro. Estavam com feridas de todo tipo e havia muito sangue. Havia várias mulheres mortas, inclusive uma delas estava com seu bebê.
Eles tinham os olhos abertos e estavam amarrados com arame. Todos tinham os punhos fechados. Custava a abrir-lhes as mãos. Uma vez fichados, os corpos eram entregues ao departamento de datiloscopia para serem identificados. Daí em diante não sabíamos para onde iam.
Como reconheceu Víctor Jara?
Eu o vi em 1972 em um festival de teatro no centro de Santiago. Um amigo chilote que trabalhava no SML me avisou que estava entre os mortos. Era de dia, mas o pátio estava em penumbras. Custei a reconhecê-lo. Estava cheio de terra e com muitas feridas.
Como reconheceu Víctor Jara?
Eu o vi em 1972 em um festival de teatro no centro de Santiago. Um amigo chilote que trabalhava no SML me avisou que estava entre os mortos. Era de dia, mas o pátio estava em penumbras. Custei a reconhecê-lo. Estava cheio de terra e com muitas feridas.
O cabelo estava sujo de sangue e terra, e o rosto estava desfigurado pelos golpes. Não estava certo. Anotei seus dados, mas decidi guardar a ficha. Não a entreguei. Conto isso a uma amiga na datiloscopia. Ela sabia que eu era próximo da Unidade Popular e allendista.
Na hora do café, lhe passei o cartão de Víctor por baixo da mesa. Disse-lhe: “Não se deve avisar os milicos, mas sua família, para tirá-lo daí”.
A moça me confirmou que era Víctor. Procurei mais informações sobre ele e descobri que era casado com Joan e que o endereço de ambos batia. Quis ir à sua casa, mas o toque de recolher me impediu. Contei à minha família e no dia seguinte, 19 de setembro, parto, na primeira hora, rumo à casa dos Jara. Tomei vários ônibus, era longe. Numa das janelas aparece Joan preocupada, e me apresento.
Ela me faz entrar. No living estavam suas filhas. Uma delas cortava fotos de seu pai: “Você o conhece”, me perguntou. Joan pensava que eu estava trazendo uma mensagem de Víctor. Contei-lhe a verdade, tomou-me pelas mãos e chorou. Isso me fez reagir e decidi ajudá-la, a sepultá-lo antes que os milicos tomassem conhecimento de quem era.
Você arriscou sua vida?
Sim. Saímos de sua casa em uma caminhonete, levava em suas mãos um poncho andino. Chegamos ao SML. Havia militares na entrada. Me fizeram passar e disse que Joan era funcionária. Ela se sobressaltou com o espetáculo de mortos.
Você arriscou sua vida?
Sim. Saímos de sua casa em uma caminhonete, levava em suas mãos um poncho andino. Chegamos ao SML. Havia militares na entrada. Me fizeram passar e disse que Joan era funcionária. Ela se sobressaltou com o espetáculo de mortos.
O corpo de Víctor não estava onde o deixei. Pergunto a outro funcionário, subimos uma escada cheia de cadáveres no chão. Cerca de 30 corpos mais adiante estava Víctor vestido com a mesma roupa: jeans, camisa azul e uma jaqueta de má qualidade que alguém lhe emprestou, porque era pequena. Joan o vê. Chorou em silêncio, não gritou. O abraçou e o protegeu. Tratou de limpá-lo um pouco.
Eu estava observando: caso nos pegassem, não sei o que teria acontecido. Rapidamente faço os trâmites legais. Depois de vários minutos me dão o certificado para retirar o corpo, mas não tinha dinheiro para comprar o ataúde. Joan recorda-se de um amigo que mora perto dali, e o localizamos.
Compramos o ataúde. Tudo na mais absoluta discrição. Agora precisávamos de um carrinho de mão para levar o ataúde para dentro do cemitério, que ficava perto dali. Conto a outra funcionária do local que queremos enterrar Víctor, a senhora me faz um sinal como de um violão. “Sim”, lhe respondo. “Não diga nada a ninguém, mas às 14h30 três sepultureiros o esperarão na entrada e o ajudarão com o carrinho”, me disse. Ela me dá um papel especial. Tudo pronto.
Voltamos ao SML para pegar o corpo, mas outra vez não estava. O localizamos. Estava nu, pronto para a autópsia. Conseguimos tirá-lo dali e o colocamos assim como estava no ataúde.
Voltamos ao SML para pegar o corpo, mas outra vez não estava. O localizamos. Estava nu, pronto para a autópsia. Conseguimos tirá-lo dali e o colocamos assim como estava no ataúde.
Não havia tempo. O cobrimos com o poncho andino, colocamos sua roupa dobrada e o envolvemos. Em uma sala contígua o velamos com quatro horríveis lâmpadas que mal iluminavam. Joan ficou sozinha por alguns minutos. Carregamos o ataúde na caminhonete e saímos.
Exatamente nesta hora aparece um caminhão militar com mais mortos. Não queriam retroceder e aí Joan faz sua primeira ação mais brusca, com as mãos lhes disse que voltassem porque tínhamos prioridade, e os milicos retrocederam. Saímos.
Chegamos ao cemitério. Íamos Joan, Héctor, eu e o sepultureiro que empurrava o carro. Não levávamos flores. Caminhamos até o fundo do cemitério.
Chegamos ao humilde lugar que pudemos comprar. O lugar de Víctor ficava acima de uma fileira de seis nichos. Entre quatro erguemos o ataúde. Foi difícil, pois estava muito pesado. Nesse momento, o sepultureiro pega uma coroa fresca de outro enterro e a coloca no lugar de Víctor. Foi então que não aguentei mais e caí no choro. Joan me abraça e me diz: “Este não é o momento para nos lembrarmos de Víctor, deves lembrá-lo cantando ao Chile”. Nos retiramos em silêncio.
Chegamos ao humilde lugar que pudemos comprar. O lugar de Víctor ficava acima de uma fileira de seis nichos. Entre quatro erguemos o ataúde. Foi difícil, pois estava muito pesado. Nesse momento, o sepultureiro pega uma coroa fresca de outro enterro e a coloca no lugar de Víctor. Foi então que não aguentei mais e caí no choro. Joan me abraça e me diz: “Este não é o momento para nos lembrarmos de Víctor, deves lembrá-lo cantando ao Chile”. Nos retiramos em silêncio.
No mesmo momento estavam enterrando um militar de patente. Tinha muitas flores, havia muita gente. Disse: “Por Deus, dois mortos, um de cada lado, para quê, por quê?”. Me deixaram em casa, aí no bairro Conchalí. Não vi Joan por anos seguidos. Eu, depois de estar várias vezes preso por meu passado na UP, fui exilado na França. Os milicos me acusavam de falsificar identidades para que mais gente votasse em Allende. Eu jamais falsifiquei nada. Nunca.
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Frei Betto recebe Prêmio José Martí durante conferência em Cuba
Com mais de 800 delegados nacionais e estrangeiros começou a 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo em Cuba, em homenagem ao 160º aniversário do ideólogo da revolução pela independência da ilha, José Martí.
Entre os participantes do evento, que ocorre até a próxima quarta-feira (30), está a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, que deverá fazer uma intervenção sobre os esforços da humanidade pela paz mundial.
Também participam do fórum o editor do Portal Vermelho, José Reinaldo Carvalho, o escritor Frei Betto, o Prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel, os ex-presidentes Leonel Fernández, da República Dominicana, e Alvaro Colón, da Guatemala, entre outros.
Na abertura, o diretor do escritório do Programa Martiano e presidente do comitê organizador da conferência, Armando Hart Dávalos, destacou que "a humanidade está gravemente enferma devido à crise do capitalismo e às guerras de agressão e ocupação perpetradas pelo imperialismo" e que é dever de todos que se orientam pelo pensamento do herói nacional cubano lutar para evitar a catástrofe. Por sua vez, o vice-presidente do comitê organizador, Héctor Hernández, ressaltou que "Fidel Castro é o mais extraordinário discípulo de José Martí".
José Reinaldo contou que Frei Betto recebeu o Prêmio Internacional da Unesco José Martí, por sua atividade dedicada à solidariedade, criado em 1994, para pessoas que lutam pelos ideais martianos, na América Latina e no mundo.
"Frei Betto recebe o prêmio pelas suas qualidades como intelectual comprometido com os direitos humanos, como educador popular e também como lutador pelas causas dos povos latino-americanos", destacou a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
O homenageado dedicou o prêmio aos Cinco Cubanos, presos injustamente nos Estados Unidos, e pediu um minuto de silêncio aos mortos na trágedia que ocorreu em Santa Maria, no sul do Brasil.
A abertura do evento coincide com o fato de que Cuba assumiu nesta segunda-feira a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
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Na abertura, o diretor do escritório do Programa Martiano e presidente do comitê organizador da conferência, Armando Hart Dávalos, destacou que "a humanidade está gravemente enferma devido à crise do capitalismo e às guerras de agressão e ocupação perpetradas pelo imperialismo" e que é dever de todos que se orientam pelo pensamento do herói nacional cubano lutar para evitar a catástrofe. Por sua vez, o vice-presidente do comitê organizador, Héctor Hernández, ressaltou que "Fidel Castro é o mais extraordinário discípulo de José Martí".
José Reinaldo contou que Frei Betto recebeu o Prêmio Internacional da Unesco José Martí, por sua atividade dedicada à solidariedade, criado em 1994, para pessoas que lutam pelos ideais martianos, na América Latina e no mundo.
"Frei Betto recebe o prêmio pelas suas qualidades como intelectual comprometido com os direitos humanos, como educador popular e também como lutador pelas causas dos povos latino-americanos", destacou a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
O homenageado dedicou o prêmio aos Cinco Cubanos, presos injustamente nos Estados Unidos, e pediu um minuto de silêncio aos mortos na trágedia que ocorreu em Santa Maria, no sul do Brasil.
A abertura do evento coincide com o fato de que Cuba assumiu nesta segunda-feira a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
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CAMBAHYUBA VOLTA À CENA DO CRIME
Do incineramento ao assassinato de militantes políticos. A Guerra Suja não terminou.
O Conversa Afiada reproduz texto da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”: USINA USADA PARA INCINERAR CORPOS DE MILITANTES NA DITADURA É PALCO DE ASSASSINATOS DE SEM TERRA
A usina Cambahyuba, localizada no município de Campos de Goytacazes (RJ), onde, durante a ditadura militar (1964-1985) foram incinerados em fornos os corpos de 10 militantes políticos, é palco de novos assassinatos, mas desta vez de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na última sexta-feira (21-01), o coordenador da ocupação na usina, Cícero Guedes dos Santos, foi assassinado por pistoleiros, com tiros na cabeça, quando saía da ocupação de bicicleta. Guedes dos Santos é o terceiro líder do MST morto em Campos em menos de dois meses.
Em decisão do juiz federal Dario Ribeiro Machado Júnior, divulgada em junho, a área, que pertencia ao já falecido Heli Ribeiro Gomes, ex-vice governador biônico do Rio, foi considerada improdutiva.
A informação de que militantes mortos nos centros de repressão Doi-Codi e Casa da Morte, no Rio de Janeiro, foram trazidas a público em maio, de acordo com confissão do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Guerra. A informação consta do livro “Memórias de uma guerra suja”.
Segundo Guerra, o forno funcionou a partir de 1973, com assentimento de seu ex-proprietário, o então ex-vice governador do Rio de Janeiro, Heli Ribeiro.
“O complexo de fazendas tem sido palco de todo tipo de violência: exploração de trabalho infantil, exploração de mão de obra escrava, falta de pagamento de indenizações trabalhistas, além de crimes ambientais”, diz nota do MST.
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” condena a violência contra os militantes da reforma agrária e defende a pronta investigação para esclarecer os motivos e punir os responsáveis por esse crime. Além disso, defende que a usina Cambahyba seja preservada como espaço de memória.
“O complexo de fazendas tem sido palco de todo tipo de violência: exploração de trabalho infantil, exploração de mão de obra escrava, falta de pagamento de indenizações trabalhistas, além de crimes ambientais”, diz nota do MST.
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” condena a violência contra os militantes da reforma agrária e defende a pronta investigação para esclarecer os motivos e punir os responsáveis por esse crime. Além disso, defende que a usina Cambahyba seja preservada como espaço de memória.
Comissão da Verdade do Estado de SP “RUBENS PAIVA”
Em tempo: como disse aquele anarquista espanhol: o problema não é dar anistia ao torturador; é dar anistia ao filho do torturador. PHA
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
LIDER DO MST FOI EXECUTADO NO RIO
Cicero em atividade em Cambahyba. A Justiça é uma das suspeitas do crime
Da Página do MST - Leia a íntegra em : http://www.mst.org.br/content/autoridades-lamentam-assassinato-de-coordenador-
A secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) lamentaram o assassinato do coordenador do MST Cícero Guedes e condenaram a violência do latifúndio, em Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio de Janeiro.
Cícero foi executado com 12 tiros na cabeça, na sexta-feira (25/1), em uma emboscada quando saia de uma reunião no acampamento de bicicleta. Nascido em Alagoas, ele foi cortador de cana e coordenava a ocupação do MST na Usina Cambahyba, um complexo de sete fazendas que totaliza 3.500 hectares.
O enterro foi realizado na tarde de domingo, no cemitério Campo da Paz. Estiveram presentes além de familiares, militantes do MST e assentados na região. Carlos Guedes, presidente do Incra, Marcelo Freixo, deputado estadual, e Dom Roberto Francisco Ferreira Paz, bispo de Campos, também acompanharam o velório.
Os órgãos do governo federal responsabilizam o Poder Judiciário pela lentidão para a criação do assentamento. Apenas em agosto de 2012, depois de 14 anos de uma disputa judicial, a Justiça autorizou o Incra a dar prosseguimento à desapropriação das fazendas.
“A situação de disputa fundiária na região entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra tem sido agravada pela morosidade na tramitação de processos judiciais que envolvem imóveis considerados improdutivos e, portanto, passíveis de desapropriação para a reforma agrária”, afirmou a ministra da secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário.
“O caso específico da ocupação liderada por Cícero é bastante ilustrativo: o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária havia determinado, há 14 anos, a desapropriação das fazendas que compõem a Usina Cambahyba. Mas só em agosto de 2012 a Justiça autorizou que a autarquia federal desse prosseguimento à desapropriação dos imóveis”, afirmou a ministra.
“O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra lamentam a morte de Cícero Guedes dos Santos. Assim que tomaram conhecimento do fato, entraram em contato com autoridades competentes solicitando prioridade nas investigações para elucidar a motivação e a punição dos responsáveis por esse bárbaro crime”, cobraram em nota os órgãis da Reforma Agrária.
O deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, acredita que Cícero foi executado em um crime político. “Existe um suspeito e tudo indica que foi execução, pois todos os pertences da vítima estavam no local. A região é de muitos conflitos pela grande quantidade de terra. Acredito em crime político”, disse.
“A morte é o sinal da incapacidade dos poderes em ver o que esta tão visível,a impunidade. É covardia não fazer a Reforma Agrária, mais covardia ainda é não punir os assassinos e mais ainda é permitir a lentidão da máquina publica em não realizar a sua parte levando os trabalhadores a morte. Cada um tem um pedaço da culpa. Reagir é necessário, vamos combater os crimes da Reforma Agraria, um dos caminhos é fazendo-a”, avalia Maria de Oliveira, ex-superintendente do Incra em Pernambuco e diretora técnica do Iterpe (Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco).
“Enquanto o Estado Brasileiro não fizer a Reforma Agrária, não tomar uma atitude com relação a concentração de terras, o povo brasileiro, e principalmente os que lutam de forma organizada, continuam morrendo por meio das mãos do poder. Não temos como chegar a paz no Campo sem a Reforma Agraria”, afirmou Oliveira.
Para o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Marcos Antonio Pedlowski, os movimentos sociais devem exigir a apuração e a prisão dos assassinos, além de continuar o esforço organizativo. “Cícero é mais um morto pelos que se opõem à Reforma Agrária e às transformações estruturais que precisamos no Brasil”, acredita o professor.
Cicero morreu com 12 tiiros na cabeça
MP PROCESSA JORNALISTA POR TEXTO DE FICÇÃO
Como disse Sepulveda Pertence sobre o Ministério Público: “criei um monstro !”
José Cristian Góes é a mais nova vítima do coronelismo instalado no MP
http://www.brasildefato.com.br/node/11744
MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA JORNALISTA POR TEXTO FICCIONAL
O Ministério Público de Sergipe denunciou criminalmente o jornalista José Cristian Góes, no último dia 23, por causa de um texto ficcional sobre coronelismo.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Edson Ulisses, é autor da ação e acusa Góes de ter ofendido a sua honra. Segundo a ação, o jornalista chamou o desembargador de “jagunço” e a sua mulher, irmã do governador Marcelo Déda (PT), de “feia”. A crônica, entretanto, sequer cita o nome e a função do desembargador.
A passagem “chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã” é causadora da polêmica (Leia aqui, na íntegra, o texto Eu, o coronel em mim). Góes propôs escrever um novo texto esclarecendo que jamais havia feito referência a pessoas concretas ou ao desembargador, mas Edson Ulisses rejeitou a proposta. O desembargador também negou a possibilidade de diálogo e acordo para que o processo não fosse adiante.
Diante do quadro, o MP propôs ao jornalista que aceitasse pagar três salários mínimos ou cumprir três meses de prestação de serviços à comunidade. A transação penal, uma espécie de confissão do crime, foi recusada pelo jornalista. “Em hipótese alguma aceito que cometi crime quando escrevi um texto ficcional que fala de um coronel irreal. Não aceito porque jamais citei, nem direta e nem indiretamente, o senhor Edson Ulisses. A prova é o texto”, disse. Diante disso, o MP denunciou criminalmente Góes.
A audiência foi acompanhada na parte externa por movimentos sociais, sindicais, religiosos e partidários, que reivindicavam o respeito à liberdade de expressão e o direito de comunicação. Outra audiência deve ocorrer no mês de março.
Entidades nacionais e internacionais de direitos humanos estão preparando uma série de manifestações para a data. Elas também escreveram uma nota em defesa do profissional .
Diante do quadro, o MP propôs ao jornalista que aceitasse pagar três salários mínimos ou cumprir três meses de prestação de serviços à comunidade. A transação penal, uma espécie de confissão do crime, foi recusada pelo jornalista. “Em hipótese alguma aceito que cometi crime quando escrevi um texto ficcional que fala de um coronel irreal. Não aceito porque jamais citei, nem direta e nem indiretamente, o senhor Edson Ulisses. A prova é o texto”, disse. Diante disso, o MP denunciou criminalmente Góes.
A audiência foi acompanhada na parte externa por movimentos sociais, sindicais, religiosos e partidários, que reivindicavam o respeito à liberdade de expressão e o direito de comunicação. Outra audiência deve ocorrer no mês de março.
Entidades nacionais e internacionais de direitos humanos estão preparando uma série de manifestações para a data. Elas também escreveram uma nota em defesa do profissional .
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Tapajós e Carajás não podiam. Pará, estado rico, pode construir mais palácios
O índice de desenvolvimento humano do Pará é dos mais baixos do Brasil. A violência coloca Belém entre as campeãs nacionais e até internacionais. Nada disso importa aos deputados. Com R$ 50 milhões daria para começar bons projetos de humanização geral da capital, mas os parlamentares acham que fazer mais um palácio é mais negócio. E que negócio certamente será!
Fotos: MD
A imponência prevista do novo Palácio que abrigará os deputados de uma cidade que precisa ser humanizada não com palácios, mas com saneamento e segurança pública. Isso pouco importa aos deputados |
Um dos mantras destacados de muitos políticos do Pará que fizeram a campanha do Não, no plebiscito de dezembro de 2011 sobre a criação dos Estados do Tapajós e Carajás, era justamente a questão da construção de novos prédios públicos para abrigar as novas administrações em Marabá e Santarém, as previstas capitais. Os discursos eram sobre o "desperdício" de dinheiro público numa região "tão carente" e necessitado de investimentos em "saúde, saneamento, segurança, educação".
Pois bem, mal passado um ano de oposição ao "desperdício", os deputados estaduais aprovam e começam a por em em ação um projeto para a construção de mais um palácio na capital do Pará, absolutamente desnecessário, que é a nova sede da Assembléia Legislativa, a mesma Assembléia dentro da qual diversos deputados e servidores estão, há mais de dois anos, debaixo das mais cabeludas denúncias de corrupção, na forma de desvios de dinheiro, documentos falsificados, nepotismo e outras cositas mais que parece não foram apuradas, pois ao que nós, eleitores saibamos, ninguém foi punido pelo judiciário.
Ainda não foram totalmente esclarecidos os casos de corrupção grossa tão denunciados nos últimos dois anos, e já os parlamentares partem para nova e milionária empreitada |
A nova sede é inteiramente desnecessária, pois o prédio onde hoje funciona a Assembleia, na Praça Dom pedro, no Centro Histórico de Belém, dispõe inclusive de um prédio anexo. Aliás, se lá dentro permanecessem tão somente os deputados e os funcionários indispensáveis, e fosse dispensada a massa de assessores cuja presença lá não se justifica a não ser pela politicagem e pelo nepotismo, os atuais prédios podem ser usados até século 22.
O projeto da nova sede localiza-se numa área que por décadas pertenceu à Força Aéreo Brasileira, na avenida Brigadeiro Protásio, ao lado do Hangar, que também foi local onde a FAB dava manutenção aos seus aviões. Aquela enorme áreas bem poderia ser aproveitada para a abertura de mais um espaço livre, um parque, ou área para prática de esportes ou outra destinação socialmente justificável.
Há seis meses, o então presidente da Assembléia Legislativa e hoje prefeito municipal de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), informou que a construção do novo palácio legislativo custará R$ 40 milhões que, acrescidos por outros R$ 10 milhões só com a transferência de sede, sairá por R$ 50 milhões. Até o final da obra, em quanto estará esse "orçamento"?
Belém, a capital paraense, ao lado de suas belezas e reconhecido valor histórico, tem hoje metade de sua população de mais 2 milhões de habitantes, aí incluídos os municípios metropolitanos, vivendo nas condições mais insalubres e desumanas, com imensos bairros totalmente desprovidos de saneamento e meios de mobilidade. O índice de desenvolvimento humano do Pará como um todo é dos mais baixos do Brasil. A violência coloca Belém entre as campeãs nacionais e até internacionais.
Nada disso importa aos deputados. Com R$ 50 milhões daria para começar bons projetos de humanização geral da capital, mas os parlamentares acham que fazer mais um palácio é mais negócio. E que negócio certamente será!
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Em carta, Hugo Chávez elogia Cuba e enaltece importância da Celac
Nesta segunda-feira (28), Cuba assumirá a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), bloco integracionista que encerra no Chile sua primeira reunião de cúpula.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enviou uma carta lida nesta segunda-feira (28/01) aos chefes de Estado presentes em cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Santiago, no Chile. Chávez está em Havana, Cuba, onde se recupera da quarta operação contra um câncer na região pélvica e, como idealizador do bloco, foi a principal ausência do evento.O vice venezuelano, Nicolás Maduro, lê a carta de Hugo Chávez na reunião da cúpula da Celac
Na mensagem, lida pelo vice-presidente Nicolás Maduro no início da sessão plenária, o presidente venezuelano afirmou que a Celac é o projeto de integração regional mais importante da história contemporânea da região. “A Celac é o projeto de união política, econômica, cultural e social mais importante de nossa história contemporânea. Podemos nos sentir orgulhosos: a ‘Nação das Repúblicas’, como era chamada por Simón Bolívar, começou a se tornar uma feliz realidade”.
Também na carta, assinada com tinta vermelha (foto abaixo), Chávez fez elogios a Cuba e destaca que, apesar dos mais de 50 anos de bloqueio impostos ao país pelos Estados Unidos, “a intenção de isolar a maior de todas as Antilhas fracassou”. Ele também celebrou o fato de Cuba ter recebido a Presidência pró-tempore da entidade, em razão dos “anos de resistência”. A próxima reunião da entidade será em Havana, em 2015.
“Quis o azar e assim ficará na história que precisamente no dia de hoje, 28 de janeiro, quando Cuba assume a Presidência da Celac, coincida o aniversário de 160 anos de nascimento do apóstolo da independência cubana e um dos maiores bolivarianos de todos os tempos, José Martí”, leu Maduro.
Além de Cuba, Chávez também abordou o que considera um processo de “militarização progressiva das Ilhas Malvinas”. “A justiça (internacional) está toda do lado de Cuba e Argentina. Se somos uma Nação de repúblicas, nossa soberania é de toda a ‘Grande Pátria’, e devemos fazê-la ser cumprida”.
O presidente venezuelano também pediu aos membros do bloco urgência em fazer cumprir os planos de alfabetização e erradicação da fome incluídos no Plano de Ação de Caracas.
“Através da Celac, nós poderemos sustentar o crescimento econômico com um forte investimento social, acordado em uma agenda comum para a igualdade e para o reconhecimento ao direito universal que tem cada um de nossos cidadãos, sem exclusão, para receber saúde e educação gratuitas”.
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ENERGIA: REQUIÃO DEFENDE DILMA E ATACA A PRIVATARIA
Requião não tem papas na língua: os que criticam a política de redução da tarifa de energia da Dilma querem a Privataria do FHC!
Ele se refere ao Aécio Never.
E ao Governo tucano do Paraná, que transformou a Copel – que Requião não deixou vender ao imaculado banqueiro – num centro de distribuição de lucros aos sócios privados, em prejuízo do investimento em energia.
São sempre os mesmos: os tucanos !
Nos Governos estaduais e no que ele, Requião, chama de “agressores da imprensa”, aqui chamados de PiG.
Requião diz que chegou a propor à Presidenta o fim das concessões, a estatização da energia elétrica, com operadores privados.
PHA
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BRINDEIRO GURGEL ATACA RENAN COM O RELÓGIO DO AYRES
Com a mesma precisão, o brindeiro Gurgel vai mandar processar o Lula. Dura lex sed lex no cabelo só Gumex.
Saiu no Globo, o 12.o voto no Supremo: PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA APRESENTA DENÚNCIA CONTRA RENAN CALHEIROS
Como se vê, Gurgel não comenta o teor do inquérito.
Mas, o teor do inquérito vaza para todos os membros do PiG
Como suspeita o senador Fernando Collor, quando interessa, a Procuradoria Geral da República tem mais buraco que queijo suíço.
O inquérito está nas mãos o brindeiro Gurgel desde 2007.
Cinco anos depois, na véspera de Calheiros disputar a Presidência do Senado, num acordo com a Presidenta Dilma Rousseff, em cima da hora, o brindeiro Gurgel tira a “denúncia” da gaveta.
Impressionante a cronologia.
Só comparável à do Ayres Britto, que usou um relógio implacável e conseguiu condenar o Dirceu no exato momento em que os eleitores de São Paulo tinham que escolher entre o Cerra e o Haddad.
Parecia um Big Ben de Aracaju !
É o mesmo relógio de que agora se serve o brindeiro Gurgel – que fala fino com a Privataria e engrossa a voz com tudo o que venha do lado da Dilma e do Lula.
Não é à toa que o Bessinha parece tão desapontado…
Ele talvez desconfie de que, breve, o brindeiro Gurgel, que levou tanto tempo para investigar o Demóstenes, vai mandar processar o Lula.
Tudo por conta de valiosas “informações” do Valeriodantas, esse que o Supremo e o PiG entronizaram no mesmo Panteão dos Heróis da Pátria, ao lado do Thomas Jefferson.
Viva (a Justiça d)o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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Igrejas arrecadam R$ 20 bilhões no Brasil em um ano
Sérgio Lima/Folhapress | |
Lucilda da Veiga paga dízimo com cartão de débito em igreja evangélica de Brasília |
Flávia Foreque, Folha de S. Paulo
Em um país onde só 8% da população declaram não seguir uma religião, os templos dos mais variados cultos registraram uma arrecadação bilionária nos últimos anos.
Apenas em 2011, arrecadaram R$ 20,6 bilhões, valor superior ao orçamento de 15 dos 24 ministérios da Esplanada --ou 90% do disponível neste ano para o Bolsa Família.
A soma (que inclui igrejas católicas, evangélicas e demais) foi obtida pela Folha junto à Receita Federal por meio da Lei de Acesso à Informação. Ela equivale a metade do Orçamento da cidade de São Paulo e fica próxima da receita líquida de uma empresa como a TIM.
A maior parte da arrecadação tem como origem a fé dos brasileiros: R$ 39,1 milhões foram entregues diariamente às igrejas, totalizando R$ 14,2 bilhões no ano.
Além do dinheiro recebido diretamente dos fiéis (dos quais R$ 3,47 bilhões por dízimo e R$ 10,8 bilhões por doações aleatórias), também estão entre as fontes de receita, por exemplo, a venda de bens e serviços (R$ 3 bilhões) e os rendimentos com ações e aplicações (R$ 460 milhões).
"A igreja não é uma empresa, que vende produtos para adquirir recursos. Vive sobretudo da doação espontânea, que decorre da consciência de cristão", diz dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
"A igreja não é uma empresa, que vende produtos para adquirir recursos. Vive sobretudo da doação espontânea, que decorre da consciência de cristão", diz dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Entre 2006 e 2011 (último dado disponível), a arrecadação anual dos templos apresentou um crescimento real de 11,9%, segundo informações declaradas à Receita e corrigidas pela inflação.
A tendência de alta foi interrompida apenas em 2009, quando, na esteira da crise financeira internacional, a economia brasileira encolheu 0,3% e a entrega de doações pesou no bolso dos fiéis. Mas, desde então, a trajetória de crescimento foi retomada.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
IMPOSTOS
Assim como partidos políticos e sindicatos, os templos têm imunidade tributária garantida pela Constituição.
"O temor é de que por meio de impostos você impeça o livre exercício das religiões", explica Luís Eduardo Schoueri, professor de direito tributário na USP. "Mas essa imunidade não afasta o poder de fiscalização do Estado."
As igrejas precisam declarar anualmente a quantidade e a origem dos recursos à Receita (que mantém sob sigilo os dados de cada declarante; por isso não é possível saber números por religião).
Diferentemente de uma empresa, uma organização religiosa não precisa pagar impostos sobre os ganhos ligados à sua atividade. Isso vale não só para o espaço do templo, mas para bens da igreja (como carros) e imóveis associados a suas atividades.
Os recursos arrecadados são apresentados ao governo pelas igrejas identificadas como matrizes. Cada uma delas tem um CNPJ próprio e pode reunir diversas filiais. Em 2010, a Receita Federal recebeu a declaração de 41.753 matrizes ou pessoas jurídicas.
PENTECOSTAIS
Pelo Censo de 2010, 64,6% da população brasileira são católicos, enquanto 22,2% pertencem a religiões evangélicas. Esse segmento conquistou 16,1 milhões de fiéis em uma década. As que tiveram maior expansão foram as de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus.
"Nunca deixei de ajudar a igreja, e Deus foi só abrindo as portas para mim", diz Lucilda da Veiga, 56, resumindo os mais de 30 anos de dízimo (10% de seu salário bruto) à Assembleia de Deus que frequenta, em Brasília.
"Esse dinheiro não me pertence. Eu pratico o que a Bíblia manda", justifica.
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