Daniel Dantas consegue acesso irrestrito a arquivos da Satiagraha
Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou uma liminar dada pelo ministro aposentado Eros Grau e concedeu à defesa de Daniel Dantas e do presidente do grupo Opportunity, Dório Ferman, o acesso a todos os arquivos originais contidos em meio digital (discos rígidos, DVDs e pen drives) que integram a Operação Satiagraha.
Deflagrada em 2008, a Satiagraha prendeu, entre outras pessoas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, suspeitos de praticar os crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.
Eles já tinham o acesso a praticamente tudo, mas não tinha ainda a permissão para verificar alguns arquivos que, segundo perícia da Polícia Federal, estavam vazios ou danificados.
O advogado de Ferman, Antônio Pitombo, que foi o autor do pedido no Supremo, argumentou que gostaria de verificar se, de fato, essas mídias estavam mesmo imprestáveis.
Tanto ele quando o advogado de Dantas, Andrei Zenkner Schmidt, reclamavam que o acesso às provas foi negado pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, argumentou que a questão era simples, já que as provas em questão não foram liberadas por haver um documento oficial da Polícia Federal, dizendo que elas não tinham conteúdo relevante.
O mesmo argumento já havia sido apresentado pelo então juiz Fausto Martins De Sanctis, que enviou ofício a Eros Grau, dizendo que a defesa do Opportunity teve acesso irrestrito às provas, com exceção de alguns arquivos corrompidos.
Os ministros entenderam, no entanto, que é um direto da defesa verificar as mídias, mesmo que sem conteúdo. Para a relatora, ministra Cármen Lúcia, o “direto de defesa foi, de certa forma, cerceado”.
Os advogados afirmam que querem verificar as provas com o objetivo de averiguar se a Operação Satiagraha foi “encomendada” por interesses privados.
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Essa notícia significa que o banqueiro condenado terá acesso IRRESTRITO às provas que o ínclito delegado Protógenes Queiroz localizou na parede falsa do apartamento do banqueiro condenado, em Ipanema, no Rio.
Foi nessa feliz ocasião que o banqueiro condenado foi em cana, a primeira vez.
Ele, agora, vai rever tudo o que guardava lá dentro.
É bom não esquecer que o banqueiro condenado tinha também, quando foi preso, uma mochila em cima da mesa do jantar.
E dela não queria se separar, em hipótese alguma.
É capaz de o Supremo lhe ter dado, também, aceso IRRESTRITO ao conteúdo da tão dileta mochila.
Agora, você, amigo navegante, jamais saberá o que estava atrás da parede falsa ou dentro da mochila.
Você, amigo navegante, definitivamente, não é o Daniel Dantas.
Ele pode.
Tudo !
Quem também tem acesso irrestrito à Satiagraha é uma revista da Globo, a Época.
A segunda etapa da Satiagraha foi presidida pelo delegado Saadi.
O trabalho de Saadi foi compartilhado, em dois capítulos, pela revista da Globo.
Num, sabe-se que Daniel Dantas nadava de braçada no Governo do Fernando Henrique Cardoso.
Dantas se relacionava com os ajudantes de ordens do Presidente da República e mandava bala.
No Governo FHC/Cerra, os ajudantes de ordens mandavam ilimitadamente.
Em outro capítulo, sabe-se que o
lobbista de Daniel Dantas mantinha próximas relações com o motorista do Padim Pade Cerra.
E mandava bala.
O motorista do Cerra deve ser um dos homens mais poderosos do Brasil !
Este ansioso blogueiro pediu ao líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira, que solicitasse à Polícia Federal acesso ao capítulo II da Satiagraha.
Se a Época pode, por que o
Conversa Afiada não pode ?
A resposta do Zé Cardozo (
clique aqui para saber que o pessoal do Dantas chama o Ministro da Justiça de “Zé”) foi taxativa: não, o
Conversa Afiada não pode ter o acesso que a revista da Globo tem.
Viva o Brasil !
Esta notícia da Folha – o acesso irrestrito do banqueiro condenado às provas que o condenaram – confirma o que assessor de Dantas disse ao jornal nacional: o problema do banqueiro condenado é nas instâncias inferiores – leia-se Fausto de Sanctis.
Como se sabe, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo foi quem articulou a tese de que estava em curso um Golpe de Estado: uma trama do De Sanctis, do Procurador De Grandis e do ínclito do delegado Protógenes Queiroz.
Eles iam dar um Golpe mortal.
Foi por isso que o ex-Supremo entrou para a História da Magistratura Ocidental.
Tentou ele mesmo, nas páginas imaculadas do Estadão, um Golpe de Estado de Direita, com ampla reforma da Constituição.
E deu dois HCs Canguru ao banqueiro condenado, em 48 horas.
Que rapidez !
Este ansioso blogueiro – alvo de
“40 ações judiciais que o enobrecem, sendo mais de uma dezena do banqueiro condenado” – se sente reanimado com os leitores comentaristas da Folha (*).
Acompanhe, amigo navegante, como os leitores da Folha celebram esta vitória de Dantas (no Supremo !).
Em tempo: o ministro Eros Grau entrou para a História com dois gestos inolvidáveis no Supremo. Primeiro, relatou decisão que anistiou a Lei da Anistia e, portanto, os torturadores do regime militar. Outro, foi sequestrar a provas contra Dantas que estavam com o Juiz De Sanctis e levar para o armário do Supremo. Um gesto jamais visto na História da Magistratura Ocidental. Mas, sabe como é, amigo navegante, o Dantas é um capitulo especial da História da Magistratura Ocidental.
Não deixe de ver o vídeo histórico: a reportagem de Cesar Tralli no jornal nacional. Ela mostra como Dantas subornou um agente da Policia Federal. O ex-Supremo Presidente Supremo ignorou este vídeo – deve ser porque teve um probleminha de áudio – e concedeu o segundo HC a Dantas, 48 horas depois do primeiro.
Viva (a Justiça d)o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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