quarta-feira, 31 de outubro de 2018

COMENTÁRIO DO DIA: BOLSONARO FORNECEU A ARMA PARA ATACÁ-LO

INTELIGENCIA PURA!! HELENO DEFENDE USO DE SNIPERS PARA MATAR CRIMINOSOS


O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro 
(PSL), disse nesta quarta-feira (31) à Rádio Nacional que apoia a deia do governador eleito do 
Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de usar snipers para matar criminosos em favelas do Rio.
Heleno pregou o endurecimento como forma de dissuadir os criminosos e negou que seja uma 
autorização para matar.
Agência Brasil 
O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), apoiou nesta (31) a polêmica proposta do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de usar atiradores de elite para conter criminosos que portem armamentos de uso restrito. O general da reserva disse que já fez uso da mesma "regra de engajamento", no linguajar militar, enquanto atuava no Haiti e que não se trata de uma autorização para matar de forma indiscriminada. As declarações foram feitas hoje (31) em entrevista exclusiva à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“Minha regra de engajamento no Haiti era muito parecida com essa que o futuro governador colocou. É óbvio que muita gente faz uma distorção nisso e acaba dizendo que é uma autorização para matar. É uma reação necessária à exibição ostensiva que tem sido feita no Rio de Janeiro de armas de guerra nas mãos, muitas vezes, de jovens”, disse.
O militar lembrou que esses fuzis, normalmente, são empregados em ações que resultam em mortes de inocentes e de policiais envolvidos em confrontos e defendeu a retomada do respeito pelas forças legais. “Nós não vamos readquirir esse respeito com as regras de engajamento benevolentes que temos hoje”, destacou.
“Não é uma autorização para matar indiscriminadamente. Precisa ter um critério muito bem consolidado. Precisa haver um treinamento bem feito das tropas para que isso seja respeitado. Tivemos essa regra no Haiti durante mais de dez anos e não há casos de execuções indiscriminadas. É uma questão de treinamento e, de pouco a pouco, se readquirir o respeito.”
Endurecimento das regras
“Não podemos, em prol de eliminar gente que não pode viver num Estado civilizado, que a gente cause efeitos colaterais e acabe matando inocentes. Tem que ser uma regra de engajamento muito bem consolidada junto àqueles que vão fazer uso dela", insistiu Augusto Heleno.
"Acho que a situação que estamos vivendo nos leva a pensar num endurecimento dessas regras. Isso tem que ser muito bem aplicado para não parecer que é isso que estão colocando: uma autorização para matar. Isso não é o que se pretende com esse endurecimento. É exatamente dissuadir que isso continue a acontecer”, destacou.
O futuro ministro da Defesa classificou a polícia do Rio de Janeiro como "talvez uma das mais valentes no mundo". "Quem já subiu o morro tomando tiro, quem já enfrentou uma comunidade tomando tiro que você não sabe de onde vem, sabe o que é isso. As polícias no Rio de Janeiro são muito corajosas, mas precisam ter na sua retaguarda um outro tipo de apoio – principalmente esse apoio logístico que foi implantado pela intervenção e que pode servir de modelo para o resto do país.”
Sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, o futuro ministro da Defesa avaliou que o general Braga Neto nomeou comandantes que classificou como “exemplares” e que ele segue norteando sua gestão na capital fluminense por uma nova mentalidade de logística, administração de bens, administração de pessoal e gestão de recursos humanos dentro das polícias.
“Isso tem mostrado um resultado sensacional na intervenção, pelo pouco prazo em que ela está acontecendo. Não dá para resolver o problema do Rio de Janeiro, que foi pouco a pouco se agravando até por isso. Aqueles que eram responsáveis por se apresentar como os faróis, como a referência para a força policial estavam, em boa parte, na cadeia. É óbvio que isso tem reflexos inevitáveis no desempenho da tropa.”
"Despolitização" das polícias
O general Heleno considera que não se deve estimular o emprego das Forças Armadas em situações de intervenção federal, como a que se instalou no Rio de Janeiro desde fevereiro deste ano nem que se banalizem as operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). "As Forças Armadas extrapolam em muito as suas missões constitucionais”, avaliou.
“Eu não acho que as Forças Armadas devam incentivar esse emprego [participação na garantia da lei e da ordem]. E não incentivam realmente. Elas são chamadas quando o governador do estado declara ao Ministério da Justiça que está numa situação difícil porque sua polícia esgotou as possibilidades de emprego ou entrou em greve, que é uma coisa inconstitucional, mas acontece.”
Para o militar, esse tipo de situação pode ser solucionada por meio do que chamou de “despolitização” das polícias, sejam elas militar, civil e mesmo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. De acordo com o general da reserva, não há espaço para politização em instituições que são de Estado e que, segundo ele, devem ser regidas por uma gestão baseada na meritocracia.
“Uma coisa que pode mudar muito esse panorama é o exemplo. Os comandantes necessariamente têm que dar o exemplo. Não podemos assistir casos de corrupção na cúpula de algumas polícias. Isso se alastra com muita facilidade. Essa é uma correção de rumos indispensável. Essas polícias precisam ter um outro tipo de gestão.”
Mesmo barco
O general da reserva disse ainda que é preciso esquecer o que chamou de “confrontos de campanha” e trabalhar pela reconstrução do país. O militar se referiu ao momento como uma oportunidade para exortar brasileiros a um novo período “de tolerância, de conciliação e de busca do bem comum”.
“Temos muito o que fazer. Temos que esquecer esses confrontos de campanha. Tudo isso tem que ser deixado de lado agora. Vamos trabalhar pela reconstrução desse país, que é um país fantástico e que merece chegar muito mais longe do que chegou até hoje."
E concluiu: "Estamos juntos. É preciso entender isso. Nós estamos todos no mesmo barco e precisamos todos remar. Ninguém pode colocar o remo n'água e não remar. Vamos colocar o remo na água para remar."

RUMO AO GOVERNO BOLSOMORO ?


O juiz federal Sérgio Moro deverá aceitar o convite para integrar o governo de Jair Bolsonaro; 
segundo os jornalistas Domingos Fraga e Marc Sousa, do R7, Moro assumirá o Ministério da 
Justiça e da Segurança Pública, uma fusão entre duas pastas que existem hoje; "Com isso, a 
Polícia Federal ficará subordinada a ele. Outra condição era receber o ministério com 
'porteira fechada' – ou seja, sem qualquer indicação política", dizem eles.
Leia, abaixo, o texto dos jornalistas:
Sergio Moro deve ser o próximo ministro do governo Jair Bolsonaro. Fontes próximas ao juiz e ao
presidente eleito garantem que as condições colocadas pelo juiz foram aceitas. O anúncio pode 
acontecer amanhã, após o encontro os dois no Rio de Janeiro.
Moro assumirá o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, uma fusão entre duas pastas que 
existem hoje. Com isso, a Polícia Federal ficará subordinada a ele. Outra condição era receber o 
ministério com "porteira fechada" – ou seja, sem qualquer indicação política.
As primeiras conversas aconteceram na semana passada, antes do segundo turno. Paulo Guedes 
esteve com o juiz e, ao longo de toda uma tarde, ouviu o que seria necessário para que o convite 
fosse aceito.
Bolsonaro e Moro se encontrarão amanhã na casa do presidente eleito, num condomínio na Barra da 
Tijuca.

Em Tempo: Moro impõe condições para assumir o Ministério da Justiça ! Ele não é candidato a Ministro, mas a Presidente!
- ter pleno apoio do Governo no Congresso para aprovar as Dez Medidas Contra a Corrupção (sic);
- ser Ministro para comandar uma pasta "mais fortalecida", um tipo de Ministério ampliado, em que, 
além da Justiça, cuidaria da Segurança Pública;
- o Ministério da Transparência voltaria ao status de Secretaria e também ficaria subordinado a ele.

Justiça Proibe Alcoa de entrar no Assentamento Agroextrativista PAE LAGO GRANDE em Santarém (PA)

Justiça ordena que a Alcoa não entre mais no Assentamento Agroextrativista do Lago Grande, 
em Santarém (PA)
A Alcoa World Alumina Brasil e sua subsidiária Matapu Sociedade de Mineração estão proibidas de 
entrar no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande, por ordem da Justiça 
Federal em Santarém (PA). A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e exige 
que, mesmo para fazer pesquisa minerária, o direito das comunidades do Lago à consulta prévia, 
livre e informada, precisa ser respeitado.
Para o juiz Érico Freitas Pinheiro, da 2ª Vara da Justiça Federal em Santarém, a Alcoa tem um 
entendimento equivocado sobre o impacto de suas atividades na região do Lago Grande, ao 
considerar que a atividade de pesquisa minerária tem impacto reduzido. “Ainda que de impacto 
reduzido, a pesquisa interfere no cotidiano das comunidades tradicionais, em vista do trânsito de 
pessoas estranhas a sua organização social no território onde habitam e da utilização de maquinário, 
ainda que não invasivo, o qual pode interferir na sua rotina habitual”, diz na decisão.
O juiz entende que deve ser respeitado integralmente o direito previsto na Convenção 169 da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata dos direitos de comunidades tradicionais em 
todos os países signatários. “O texto da convenção é claro e direto ao estabelecer que a consulta deve 
ser realizada cada vez que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de 
afetá-los diretamente. Assim, tanto na fase de pesquisa como de lavra, a consulta às populações 
tradicionais é procedimento prévio a ser adotado”, ressalta.
A decisão aponta outro equívoco da Alcoa, que, em manifestação enviada à Justiça, indicou 
considerar que a consulta prévia consistiria apenas de “coleta de opiniões”. O juiz corrige na decisão: 
“o texto da Convenção é claro ao prever que a finalidade da consulta é a obtenção de acordo e 
consentimento quanto às medidas propostas”, diz, lembrando ainda que audiências públicas e 
reuniões informais não se confundem nem substituem a consulta prévia, que tem requisitos definidos.
Além da consulta prévia, a decisão judicial define que a Alcoa não possui as licenças ou autorizações 
minerárias da Agência Nacional de Mineração (ANM) para prosseguir trabalhando dentro do PAE 
Lago Grande. Na investigação sobre a questão, o MPF constatou que a empresa tem 11 processos 
minerários na região, mas nenhum deles está válido. Só depois de sanar esses problemas a 
multinacional poderá voltar à região.
O juiz lembra que existe jurisprudência nos tribunais brasileiros que aplica a Convenção 169 da OIT 
às populações tradicionais amazônicas e de outras regiões do Brasil, mesmo que não indígenas. A 
decisão cita manifestação da desembargadora Selene Almeida, do Tribunal Regional Federal da 1ª 
Região: “O povo tradicional não é apenas o índio. Em termos antropológicos, cresce a consciência 
de que há várias culturas com identidade própria, com as quais se estabelece uma unidade nacional 
em razão da religião cristã e da língua comum. No território da jurisdição do Tribunal Regional 
Federal da Primeira Região, encontramos grupos tradicionais que foram alcançados pelo processo de 
modernização desigual em áreas isoladas, como os jangadeiros do sul da Bahia, os caboclos, 
ribeirinhos amazônicos, sertanejos/vaqueiros do Piauí e do oeste da Bahia, os varzeiros, ribeirinhos 
que vivem as margens do rio São Francisco, os pantaneiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 
os quilombolas, os babaçueiros no Maranhão, Piauí e norte de Goiás. Os praieiros habitam a faixa 
litorânea da região amazônica entre o Piauí e o Amapá. Vivem em grandes extensões de mangue e 
ilhas”.
Entenda o caso - O Lago Grande, em Santarém, no Pará, é um Projeto de Assentamento 
Agroextrativista com 250 mil hectares onde moram 35 mil pessoas em 128 comunidades. A região é 
conhecida pela riqueza em recursos pesqueiros e florestais e pela força das tradições comunitárias, 
mas também é marcada historicamente por conflitos com madeireiros e grileiros que invadem 
porções da terra para atividades ilegais. Um novo conflito se instalou na região nos últimos anos com 
a presença da mineradora Alcoa World Alumina Brasil, que explora uma mina de bauxita no 
município vizinho ao assentamento, Juruti, mas também tem interesses minerários no Lago Grande.
Em visita às comunidades nos dias 12 e 13 de julho de 2018, o Ministério Público Federal (MPF) 
recebeu mais de uma dezena de denúncias contra a mineradora, por assediar as comunidades 
distribuindo propagandas de suas ações sociais no município vizinho e oferecendo, por meio de uma 
fundação, dinheiro para projetos nas escolas.As ofertas são feitas sem respeito à organização política 
das comunidades, para moradores que não fazem parte das associações representativas locais. Para o 
MPF, as visitas e ofertas da empresa na região são irregulares e violam normas ambientais, 
minerárias e a Convenção 169 da OIT, que protege o direito de comunidades tradicionais.
Um dos moradores ouvidos pelo MPF na investigação sobre a atuação da Alcoa explicou: “a gente 
fica preocupado quando uma empresa internacional está ameaçando nosso território, temos 
conhecimento do que já aconteceu e o que está acontecendo onde ela já está explorando, nós vemos 
o povo vivendo uma aflição, uma angústia muito grande em Juruti”. “É uma agressão brusca, e nós 
do Lago Grande estamos preocupados, mesmo eles não estando fazendo lavra, mas já estão 
impactando socialmente aquelas lideranças com mais influência, que são os polos, as escolas. Isso é 
para enfraquecer nossas lutas”, disse à equipe do MPF.
Antes de entrar na Justiça para impedir a entrada da Alcoa no Lago Grande, o MPF tinha 
recomendado à mineradora que respeitasse os direitos das comunidades, protegidos pela 
Constituição e pela Convenção 169. Mas a mineradora se recusou a acatar a recomendação.

Processo nº 1000362-21.2018.4.01.3902 - 2ª Vara da Justiça Federal em Santarém (PA)
Íntegra da decisão
Consulta processual
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GUEDES VAI MEXER NA PREVIDÊNCIA DO SUPREMO E DO EXERCITO? ..... KKKKKKKKKKK .....


Créditos: Nani
Saiu no PiG cheiroso: Equipe trabalha para impedir reajuste 
A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro está atuando nos bastidores para barrar medidas no 
Congresso Nacional que aumentem gastos em 2019, em especial com pessoal. Um dos alvos é o 
reajuste do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o teto dos servidores 
públicos, em tramitação no Senado. A estimativa da despesa adicional ultrapassa R$ 4 bilhões, 
quando se considera também a repercussão da medida nos Estados.
O subsídio de ministro do STF reajusta os salários de toda a magistratura federal e estadual e 
daqueles servidores que, atualmente, têm o vencimento reduzido porque ganham acima do teto 
salarial. A questão é se essa briga da equipe econômica realmente será comprada pelo presidente 
eleito e se ele terá influência sobre os parlamentares da atual legislatura.
O reajuste de 16,38% do subsídio de ministro do STF foi negociado pelo presidente do Supremo, 
Dias Toffoli, com o presidente Michel Temer, em troca da eliminação do auxílio-moradia concedido 
atualmente aos juízes. O problema é que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), válida para 2019, 
não prevê novos reajustes salariais para o próximo ano. Assim, para que o aumento do teto seja 
aprovado será necessário antes alterar a LDO.
A alteração nessa lei é uma iniciativa exclusiva do presidente da República e, até ontem, o Ministério 
do Planejamento não tinha enviado um projeto de lei nesse sentido, segundo apurou o Valor.
O time de Bolsonaro também, segundo fontes ouvidas pelo Valor, está nos bastidores apoiando a 
medida provisória que empurra para 2020 o reajuste dos servidores públicos federais, previsto para 
janeiro. Essa iniciativa já foi tentada pelo governo Michel Temer, sem sucesso, no ano passado e 
retomada agora para tentar tornar mais administrável a situação do Orçamento de 2019. (...)
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O Guedes não sabe ainda se mata os velhinhos com punhal ou faca: se faz a Reforma da 
Previdência do Pinochet ou a da Míriam Lúcia, para quem a reforma cura até dor de corno.
O chilenos repudiaram a do Pinochet e a primeira coisa que a Bachelet fez, no primeiro mandato, 
foi atenuar seus efeitos letais.
É a mesma reforma que o Príncipe da Privatariaqueria fazer, encomendou os estudos ao André 
Haras Resеnde e não conseguiu.
Nem esse Congresso de canalhas e canalhasque derrubou a Dilma por crime que não cometeu 
conseguiu cometer esse outro crime.
Seja qual for a opção do Guedes, punhal ou faca, uma coisa é certa: ele não vai chegar nem perto 
da Previdência dos Ministros do STF - e, portanto, dos juízes - e das Forças Armadas.
Foi o recado que o Ministro da Defesa, gal. Heleno já deu: não vem de garfo porque hoje é sopa!
Como disse o professor Wanderley Guilherme dos Santos, em magnífica entrevista à Maria 
Cristina Fernandes, esse será um Governo de ocupação.

PHA

GOVERNO BOZO VAI FUNDIR AGRICULTURA E AMBIENTE E CRIAR SUPERMINISTÉRIO PARA O (CAIXA) GUEDES


O coordenador político de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, e o seu economista, Paulo Guedes, 
informaram que os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura serão fundidos em uma pasta só e 
anunciaram ainda a criação de um “superministério” da Economia – união das pastas da Fazenda, do 
Planejamento e da Indústria e Comércio. De acordo com eles, o objetivo é reduzir o número de 29 
ministérios para 15 ou 16.
As informações foram confirmadas após a primeira reunião da equipe de Bolsonaro. As especulações 
agora são sobre quem vai assumir o ministério da Agricultura e Meio Ambiente do Brasil.
Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente classificou a extinção do ministério como algo 
desastroso: “A decisão de fundir o Ministério do Meio Ambiente ao da Agricultura será um triplo 
desastre. Estamos inaugurando o tempo trágico da proteção ambiental igual a nada. Nem bem 
começou o governo Bolsonaro e o retrocesso anunciado é incalculável”.
Representante de empresas exportadoras e importadoras, o presidente da Associação de Comércio 
Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, disse que, se o país quer aumentar sua participação 
no comércio global, “não pode ter um Ministério da Indústria relegado a segundo plano e sem voz 
ativa”.

APESAR DA MÍDIA GOLPISTA QUE ESCONDE, ONTEM NO BRASIL FOI DIA CONTRA O BOZO


Mulheres da UFPR resistem ao governo autoritário: “Ninguém 
solta a mão de ninguém”
O ato Ninguém Solta a Mão de Ninguém – Mulheres da UFPR Resistem foi realizado nesta terça-
feira (30/10) na praça Santos Andrade, em Curitiba.
O ato foi organizado pelas mulheres da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com o objetivo de 
traçar metas para os próximos meses e organizar a resistência feminista ao governo autoritário e 
machista eleito democraticamente neste domingo.
Ou seja, para debater o futuro e direitos.
A partir do ato estão sendo criado vários grupos de enfrentamento. O ato foi realizado no Brasil todo.
Fotos: Cláudio Kbene



AO VIVO: Manifestantes contra Bolsonaro ocupam a Paulista


GUEDES (O CAIXA DO BOZO) QUER QUEBRAR O QUE SOBROU DA INDÚSTRIA


Vai concluir o que Gustavo Franco e FHC começaram
'Nós vamos salvar a indústria apesar dos industriais' diz Paulo 
Guedes
(...) A nova pasta da Economia reunirá os atuais ministérios da Fazenda, do Planejamento e do Mdic
(Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e será comandada pelo economista Paulo 
Guedes.
Após pressão do setor industrial, Bolsonaro chegou a descartar a inclusão do Mdic no 
superministério. Mas voltou atrás, o que foi comemorado por Guedes —que ficou irritado ao ser 
questionado sobre a mudança de plano.
“Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos, nós vamos salvar a indústria brasileira 
apesar dos industriais brasileiros”, disse.
A proposta de junção consta do plano de governo apresentado por Bolsonaro à Justiça Eleitoral.
O anúncio de sua criação foi feito nesta terça-feira (30) por Guedes e Onyx Lorenzoni, futuro chefe 
da Casa Civil, após reunião para tratar da transição de governo.
O encontro foi realizado na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, zona sul do Rio 
de Janeiro.
Defesa da incorporação do MDIC
Guedes foi enfático na defesa da incorporação do Mdic à Fazenda. Afirmou haver um objetivo na 
medida: reduzir a carga tributária de forma sincronizada com uma política de abertura comercial. 
O futuro ministro afirmou que a abertura no governo Bolsonaro será gradual para não prejudicar a 
indústria, que, em sua avaliação, está usando o Mdic como trincheira para se defender de mudanças 
necessárias.
“O Ministério da Indústria e Comércio se transformou numa trincheira da Primeira Guerra Mundial. 
Eles [industriais] estão lá com arame farpado, lama, buraco, defendendo às vezes protecionismo, 
subsídio, desonerações setoriais, que prejudicam a indústria brasileira —em vez de lutarem pela 
redução de impostos, simplificação e uma integração competitiva na economia internacional.”
Essa guerra setorial, em sua avaliação, favorece apenas setores mais organizados e prejudica o país: 
“Quem tem lobby consegue desoneração e quem não tem vai para o Refis [programa de 
renegociação de dívidas tributárias]”. 
A redução da carga tributária e a simplificação dos impostos teriam como objetivo interromper esse 
círculo vicioso e permitir o ganho de competitividade por meio da abertura comercial, de acordo com 
Guedes.
“Não vamos fazer uma abertura abrupta para prejudicar a indústria brasileira. Ao contrário, vamos 
retomar o seu crescimento com juros baixos, reformas fiscais e desburocratização”, disse.
“A razão de o Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da economia é justamente para isso. 
Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar, e a turma da indústria abrir muito 
rápido. Isso tudo tem de ser sincronizado, com uma orientação única”, afirmou Guedes. (...)
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terça-feira, 30 de outubro de 2018

BOLSONARISTAS SOLTAM A PRIMEIRA "LISTA NEGRA" COM MAIS DE 700 INIMIGOS


Seguidores de Jair Bolsonaro convocam pelo Whatsapp o boicote a mais de 700 personalidades 
que se opuseram à candidatura do ex-capitão.
Entre eles estão o editor do Nocaute, o jornalista e escritor Fernando Morais, o jornalista Juca 
Kfouri, o escritor Marcelo Rubens Paiva, a cantora Anitta, as atrizes Camila Pitanga e Patrícia Pillar, 
o médico Dráuzio Varella, os apresentadores Zeca Camargo e Fernanda Lima, o ator Wagner Moura, 
e os cantores Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil.
Os nomes listados apoiaram o manifesto “Democracia Sim”, em defesa da democracia e contra a 
candidatura de Bolsonaro. Nos grupos de Whatsapp, a lista de famosos é acompanhada da 
mensagem: “Artistas que se manifestaram contra a vontade do povo, pois mamam do dinheiro 
público! Se faltou algum, acrescente o nome e passe adiante. A ordem é boicotar esses pilantras”.
Segundo o defensor público federal e presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos 
Federais (Anadef) Igor Roque, os citados na lista podem entrar com processos por ofensa à honra 
subjetiva e objetiva contra as pessoas que espalharam as mensagens. Cezar Britto, ex-presidente da 
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), explica ainda que ofensas, mesmo em grupos fechados no 
WhatsApp, podem render processos. A informação é do site Congresso em Foco.
Veja abaixo a lista na íntegra:
Adriana Lisboa - Alê Youssef - Alessandra Negrini - Alessandra Orofino - Alexandre Brasil Fonseca
Alexandre Nero - Alexandre Schneider - Alice Braga - Amon Barros - Ana Carolina Evangelista
Ana Claudia Souza - Ana Helena Altenfelder - Ana Lucia Carneiro da Cunha - Ana Moser - Ana Toni
André Corradi Moreira Luthier - Andre Degenszajn - André Fischer - André Pereira de Carvalho
Andre Perosa - André Vallias - Andrea Alvarez - Andrea Barata Ribeiro - Andrea Calabi - Andrea Magri - Andreia Horta - Anete Abramowicz - Anitta - Angela Alonso - Anna Penido - Antonia Pelegrino - Antonio Grassi - Antônio Nóbrega - Antônio Prata - Ariovaldo Ramos - Arnaldo Antunes
Aron Zylberman - Ary Oswaldo Mattos Filho - Astrid Fontenelle de Brito - Aurea Vieira - Bárbara Musumeci Mourão - Beatriz Bracher el Coelho - Bel Melo - Bela Gil - Belisario dos Santos Junior
Bernard Appy - Beth Pessoa - Beto Ricardo - Beto Vasconcelos - Beto Verissimo - Bia Barbosa
Binho Marques - Braulio Mantovani - Bruno Carazza dos Santos - Bruno Carvalho - Bruno Mazzeo
Bruno Torturra - Cadão Volpato - Caetano Veloso - Caio Magri - Caio Tendolini - Camila Pitanga
Carlos Mello - Carlos Nobre - Carlos Pitchu - Carlos Ritl - Carolina Bueno - Carolina Kotscho
Cazé Pecini - Cecilia Boal - Celia Cruz - Celso Athayde - Celso Lafer - Cesar Callegari - Chico Buarque - Chico Diaz - Chico Whitaker - Cicero Araujo - Ciro Biderman - Claudia Abreu - Claudia Costin - Cláudio Couto - Clemente Ganz Lucio - Clemir Fernandes - Cléo Regina Todaro Santos de Miranda - Daniel Augusto - Daniel Cerqueira - Daniel De Bonis - Daniel Ganjaman - Daniela Bianchi - Daniela Di Bonito - Daniela Mercury - Mônaco de Moraes - Daniela Frozi - Daniela Gleiser - Danilo Miranda - Danilo Santos de Miranda - Dario Guarita Neto - Dario Menezes
Débora Lamm - Denis Mizne - Dira Paes - Doriam Borges - Drauzio Varella - Edson Fernando de Almeida - Eduardo Calil Ohana - Eduardo Marques - Eliane Dias - Eliane Giardini - Enrique Diaz
Estevão Ciavatta - Esther Solano - Eugenia Moreyra - Eugenio Bucci - Fabiana Luci de Oliveira
Fabiana Pereira - Fabio Feldman - Felipe RosenoFernand Alphen - Fernanda Abreu - Fernanda Lima
Fernanda Thompson - Fernanda Torres - Fernando Abrucio - Fernando Burgos - Fernando Grostein Andrade - Fernando Meirelles - Fernando Morais - Flávia Gusmão Eid - Flávia Lacerda - Flávio Conrado - Flavio Tavares de Lyra - Flora Gil - Floriano de Azevedo Marques Neto - Francisco Sandro Rodrigues Holanda - Franklin Feder - Gabriel Feltran - Galeno Amorim - George Avelino Filho - Gerorgiana Goes - Gilberto Dimenstein - Gilberto Gil - Gilberto Saboia - Gisele Froes
Glória Kalil - Gregorio Duvivier - Gui Amabis - Guilherme Casarões - Guilherme Leal - Guilherme Werneck - Haroldo Torres - Heitor Dhalia - Helder Vasconcelos - Helena Kerr - Helio Santos - Helivete Ribeiro - Heloisa Buarque de Holanda - Heloísa Perisse - Henri Philippe Reichstul - Henrique Silveira - Hugo Possolo - Humberto Dantas - Ilona Szábo - Ilza Jorge - Inês Lafer - Ivam Cabral - Ivanir dos Santos - Ivo Herzog - Jailson Silva - Joana Jabace - João Biehl - Joaquim Falcao
Joel Zeferino - Joel Zito Araújo - Jorge Abrahao - Jorge Hage - Jorge Romano - Jorge Schwartz
Jose Carlos Dias - José Jobson de Andrade Arruda - José Marcelo Zacchi - Juana Kweitel - Juca Kfouri - Julia Michaels - Juliana Braga de Mattos - Juliana Sakai - Julita Lemgruber  -Jurandir Freire Costa - Jussara Silveira - Karina Buhr - Karine Carvalho - Katia Maia - Laerte - Lauro Gonzales
Leandra Leal - Leonardo Avritzer - Leonardo Letelier - Leopoldo Nosek - Leticia Colin - Lilia Schwarcz - Luana Lobo - Lúcia Nader - Luciana Guimarães - Lucio Maia - Luedji Luna - Luis Bolognesi - Luiz Armando Badin - Luiz Camillo Osorio - Luiz Eduardo Soares - Luiz Felipe de Alencastro - Luiz Nascimento - Luiz Ruffato - Luiz Weis - Luiza Lima - Lusmarina Campos Garcia
Malak Poppovic - Mano Brown - Manoela Miklos - Marcelo Behar - Marcelo Burgos Santos
Marcelo Furtado - Marcelo Issa - Marcelo Madureira - Marcelo Masagão - Marcelo Rubens Paiva
Marcia Pereira das Neves - Márcio Tavares Amaral - Marco Antônio Carvalho Teixeira - Marcos Cavalcanti - Marcos Fernandes - Marcos Flaksman - Marcos Fuchs - Marcos Joaquim Alves - Marcos Rolin - Marcus Vinícius Faustini - Marcus Vinicius Matos - Maria Alice Setubal - Maria Arminda do Nascimento Arruda - Maria Augusta Gomes Reichstul - Maria da Glória Bonelli - Maria de Medicis
Maria Filomena Gregori - Maria Gadu - Maria Hermínia Tavares de Almeida -Maria Ignez Barbosa
Maria Martha Cassiolato - Maria Stella Gregori - Maria Victoria Benevides - Mariana Lacorte Camponez do Brasil - Mariana Pamplona - Marília Librandi - Marina Dias Werneck - Marina Lima
Marina Person - Mário Aquino Alves - Mário Monzoni - Mário Shapiro - Marisa Moreira Salles
Mariza Abreu - Marta de Senna - Mary Camargo Neves Lafer - Mel Lisboa - Melina Risso - Michael Haradon - Miriam Krenzinger - Monica Almeida - Monica Franco - Monique evelle - Myrian Porto
Naercio Menezes Filho - Natacha Costa - Noa Bressane - Numa Ciro - Octavio de Barros - Oded Grajew - Olaya Hanashiro - Oscar Vilhena - Otávio Dias - Pablo Nunes - Pally Siqueira - Paloma Duarte - Patrícia Pilar - Paula Lavigne - Paulinho Moska - Paulo André - Paulo Barreto - Paulo Borges - Paulo Furquim - Paulo Miklos - Paulo Vannuchi - Pedro Abramovay - Pedro Meira  - onteiro
Pedro Mendes da Rocha - Pedro Paulo Poppovic - Pedro Strozenberg - Pedro Telles - Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva - Philip Yang - Pierpaolo Bottini - Pilar Lacerda - Priscila Cruz - Rafael Alcadipani - Rafael Parente - Raquel Nosek - Raul Santiago - Regina Braga - Regina Varela - Renata Motta - Renato Janine Ribeiro - Renato Sergio de Lima - Rica Amabis - Ricardo Abramovay - Ricardo Borges Martins - Ricardo Chaves - Ricardo Henriques - Ricardo Lisias - Ricardo Sennes
Ricardo Teperman - Ricardo Young - Roberta Maiorana - Roberta Martinelli - Roberto Amorim
Roberto Andrés - Roberto Dias - Roberto Waack - Rodrigo Martins Constante - Ronaldo Lemos
Rubens Barbosa
Rubens Naves
Rudi Rocha
Ruth Goldberg
Samira Bueno
Sarah Oliveira
Sergio Abranches
Sergio Adorno
Sergio Leitão
Sergio Miletto
Silvia Noronha dos Santos
Silvia Ramos
Silvia Taques Bittencourt
Silvio Eid
Sueli Carneiro
Tadeu Jungle
Tadeu Valadares
Tainá Müller
Talita Todaro Santos de Miranda
Tasso Azevedo
Tati Bernardi
Tereza Cristina
Theo Dias
Thiago Amparo
Thiago Lacerda
To Brandileone
Tulipa Ruiz
Valeria Macedo
Valerie Tomsic
Valmir Ortega
Valter Roberto Silverio
Valter Silvério
Vanessa Elias de Oliveira
Vera Iaconelli
Vítor Marchetti
Vítor Oliveira
Wagner Moura
Walter Casagrande Jr
Walter Salles
Washington Olivetto
Wilson Simoninha
Xis
Xixo Mauricio Piragino
Zeca Camargo
Zuza Homem de Mello

O BOZO COMO ELE É VIRALIZA NA INTERNET


Mensagem em vídeo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), onde ele responde à críticas 
cita nominalmente diversos professores da Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais, 
começou a circular, nesta segunda-feira (29), no YouTube.
Jornal GGN - Um vídeo de Jair Bolsonaro nominando professores da Fundação João Pinheiro
cai de novo nas redes. Aparentemente, o vídeo foi gravado antes da facada e da eleição. É
claramente ameaçador para os professores da Fundação. 
Com a repercussão do vídeo, a Fundação achou por bem suspender as aulas, pois que os professores 
se sentiram ameaçados. Na manhã desta terça, houve reunião com os professores e a direção soltou 
nota assinada pelo presidente Roberto do Nascimento Rodrigues, que repudia o teor do vídeo. 
Na nota, uma afirmativa veemente, de que a "Fundação João Pinheiro não pode aceitar que 
manifestações de intransigência se voltem contra os seus servidores de maneira desrespeitosa à 
liberdade de expressão garantida pela Constituição cidadã de 1988". 
No vídeo, Bolsonaro afirma que, se 'nós vivêssemos no regime que vocês defendem, você não estaria 
vendo essa mensagem nesse aparelho maravilhoso que não é fabricado na Coréia do Norte e nem em 
Cuba". E vai mais longe, quando diz 'um abraço a vocês e acredito na recuperação de vocês', no claro 
discurso de consertar quem pensa diferente.
Leia a nota a seguir. 
Nota da Fundação João Pinheiro
A diretoria da Fundação João Pinheiro (FJP) manifesta o seu veemente repúdio ao teor do vídeo 
postado nas redes sociais na noite de ontem (29/10/2018), por meio do qual o candidato eleito para 
presidir o Brasil nos próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2019, se dirige nominalmente 
a um grupo de pesquisadores/professores da Escola de Governo da FJP de maneira não condizente 
com os valores civilizatórios e com o estado democrático de direito vigente no país. A ocorrência 
está sendo registrada no Ministério Público e providências judiciais estão sendo tomadas na tentativa 
de apurar o fato.
A Fundação João Pinheiro não pode aceitar que manifestações de intransigência se voltem contra os 
seus servidores de maneira desrespeitosa à liberdade de expressão garantida pela Constituição cidadã 
de 1988. Fiel ao legado constitucional, a Escola de Governo da FJP tem como uma de suas pedras 
angulares a manutenção de um ambiente diverso, plural, suprapartidário, de respeito à liberdade de 
pensamento e opinião e de combate à intolerância.
Roberto do Nascimento Rodrigues – Presidente
Vídeo parece ser antigo
O vídeo tem vários indícios de que foi gravado antes de Bolsonaro ser vítima de facada, durante a 
campanha, em Juiz de Fora, em setembro deste ano. Ele aparece com mais peso, está mais corado e 
bem disposto, de camisa social e gravata, traje que não usou mais desde que passou a portar a bolsa 
de colostomia. Ao final, ainda é possível ouvir alguém chama-lo de deputado.

ENTREVISTAS MOSTRAM PORQUE O “MITO” FUGIU DOS DEBATES COM HADDAD: SERIA MASSACRADO

“Você não acha que quem atua na sombra oculta a escuridão do seu passado?” (pergunta 
enviada pelo leitor Heraldo Campos ao Balaio).
Ricardo Kotscho
As primeiras entrevistas de Jair Bolsonaro depois de eleito a emissoras de TV, na noite de segunda-
feira, mostraram que os estrategistas nacionais e estrangeiros estavam certos ao não permitir que ele 
fosse aos debates com Fernando Haddad no segundo turno.
A diferença de preparo e conhecimento entre os dois candidatos era tão gritante que teria sido um 
massacre.
Tem toda razão o leitor que me enviou a pergunta que está na epígrafe, com o seguinte comentário: 
“Essas milícias da nova ordem já estavam aí atuando e agora elegeram um presidente para dar 
respaldo e legitimidade para elas”.
Passo a palavra ao colega Hélio Schwartsman, que lhe dá a resposta na coluna “Explorando as 
ambiguidades”, hoje na Folha:
“Jair Bolsonaro conseguiu a façanha de ser eleito presidente sem ter dito o que pretende fazer depois 
de 1º de janeiro”.
Também não precisou sair de casa no segundo turno para olhar na cara dos eleitores mantidos a 
distância.
Se escapou de falar do seu passado nada recomendável, como militar e deputado, Bolsonaro também 
não conseguiu dizer nada sobre o futuro nas entrevistas, pois não tem a menor ideia de como 
enfrentar os principais problemas brasileiros.
Para se ter uma ideia, até agora o presidente eleito nada disse em discursos e entrevistas sobre a 
grande tragédia do desemprego, que atinge 12,5 milhões de brasileiros, segundo os novos números 
divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.
Em suas respostas, com dificuldades para dar sentido a duas frases seguidas, o “Mito” só repete 
platitudes e generalidades, sem sair do varejo para apresentar um programa concreto de governo. 
“Precisa ver isso aí”, costuma repetir ao responder sobre qualquer assunto.
Eleito sob a bandeira do combate à corrupção, surfando na onda do antipetismo, com uma pauta 
evangélica nos costumes, a única coisa concreta que conseguiu dizer em cinco entrevistas é que vai 
convidar Sergio Moro para integrar o seu governo e cortar a verba de publicidade oficial dos órgãos 
de imprensa críticos e independentes.
A ameaça direta feita à Folha é um aviso para os demais: ou vocês me apoiam ou eu corto a grana.
Repete dessa forma o que Fernando Collor fez em 1989, quando levou para o Ministério da Justiça o 
então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Francisco Rezek, que tinha lhe facilitado a vida 
durante a campanha e sumiu nas horas decisivas daquela eleição.
E também repete o general Hugo Abreu, que no auge da ditadura cortou as verbas oficiais do Jornal 
do Brasil, um dos poucos que manteve posição crítica ao regime militar.
“Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem”, escreveu o ex-governador 
Geraldo Alckmin no Twitter sobre as ameaças à Folha.
Estamos agora vendo tudo acontecer de novo, as piores práticas anti-republicanas recicladas pelo 
presidente eleito.
Nomear Moro é mais ou menos como convidar o juiz da partida decisiva do Brasileirão para ser o 
novo diretor de futebol do clube vencedor.
Não é para menos a gratidão: foi o juiz Sergio Moro, no comando da República de Curitiba, quem 
mais se empenhou para tirar da disputa o ex-presidente Lula, principal concorrente de Bolsonaro, 
que liderava todas as pesquisas antes de ser impedido de participar das eleições pelo TSE.
Cada dia o presidente eleito fala uma coisa diferente, desmentindo hoje o que os integrantes da sua 
equipe anunciaram ontem, como no caso da reforma da previdência, em que ele não tem a menor 
ideia do que pretende fazer.
Depois de levar um susto com a queda da Bolsa e a alta do dólar, no dia seguinte à eleição, ao 
contrário do que se esperava, agora Bolsonaro já admite aprovar “ao menos parte” da proposta de 
Michel Temer, tão criticada pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que disse no 
começo de outubro:
“O Jair não era a favor dessa reforma, eu não sou a favor dessa reforma, a maioria das pessoas que 
apoiam o Bolsonaro não são a favor do que o Temer propôs porque ela é ruim, uma porcaria”.
Então, como ficamos? Que parte da proposta ele pretende que seja aprovada ainda este ano? Como 
não lhe perguntaram, também não se deu ao trabalho de esclarecer o distinto público.
Seus homens de confiança vivem dando trombadas entre si e com ele, dando uma ideia do que nos 
espera quando todos forem para o Palácio do Planalto em janeiro.
Assim como abri a coluna de hoje com uma pergunta do leitor Heraldo Campos, encerro também 
como uma frase de Carl Sagan que ele me enviou:
“Não seria demasia lembrar que os arautos das devassas ilegais, odiosas e fascistas acabam por ter 
que quebrar seus próprios espelhos”.
Ainda faltam dois meses para a posse.
Mas agora não há mais o que fazer a não ser rezar, de preferência bem longe do pastor Magno Malta, 
o capelão oficial, e do coroinha Alexandre Frota.
É o que nos espera.
Os primeiros sinais da nova ordem são assustadores e nada indica que as milícias bolsonarianas 
deponham as armas tão cedo, como relatei no post anterior.

ANÁLISE: HADDAD E CIRO, O NEGOCIADOR E O GUERREIRO


Luis Nassif

Peça 1 – o antipetismo e o antibolsonarismo

Depois do golpe que depôs Dilma Rousseff, o único fator de coesão dos seus articuladores foi o antipetismo. Era a bandeira maior, em nome da qual deixavam-se de lado diferenças em relação aos temas nacionais.
Agora ocorrerá o foco inverso. Com a vitória de Jair Bolsonaro para a presidência da República, há um motivo maior que deverá unir todas as forças democráticas, jogando para segundo plano quizílias pessoais, diferenças em relação a políticas econômicas e políticas públicas em geral: a defesa da democracia.
O grande pacto nacional pela democracia foi firmado nos últimos dias de campanha. Alguns jornais celebraram o fracasso do pacto, pela recusa de Fernando Henrique Cardoso e Ciro Gomes em aderir à candidatura Haddad. Bobagem! O pacto foi firmado de maneira horizontal, juntando petistas, antipetistas, ciristas, ex-ciristas, tucanos tendo em comum a defesa da democracia.
Mesmo com a derrota do candidato Fernando Haddad, a última semana de campanha ficará indelevelmente na mente de todos os que participaram, da mesma maneira que os comícios das diretas e outros momentos cruciais da vida nacional.
Esse movimento eclodiu devido a uma série de ameaças à democracia, às declarações de filhos de Bolsonaro contra o STF (Supremo Tribunal Federal), às ameaças de Bolsonaro no comício da Avenida Paulista, às invasões de universidades por juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Parece ter caído a ficha do STF, da Procuradoria Geral da República, do próprio Alto Comando das Forças Armadas, sobre os riscos à democracia da partidarização das respectivas corporações.
O resultado foi uma ADPF (Ação de Descumprimento de Preceitos Fundamentais) da PGR, para impedir a repetição das invasões de universidades. A ADPF foi aceita pela Ministra Carmen Lúcia, depois de constatar que grande parte de seus pares, mais a mídia, haviam se insurgido contra as violências praticadas e contra as tentativas da base – juízes e promotores de primeira instância, delegados, policiais em geral – de passar a formular suas próprias leis, seguindo o exemplo do Supremo.
Foi um despertar tardio, posto que não impediu a vitória de Bolsonaro. Mas antes tarde do que nunca, ficam postas na mesa política as condições para o grande pacto nacional, juntando partidos políticos, movimentos sociais, e instituições ameaçadas, como o STF e a própria mídia, em defesa da democracia.

Peça 2 – o formato do pacto

Nos próximos dias, haverá um debate intenso – e infrutífero – sobre os culpados por jogar o país nos braços do atraso.
A mídia insistirá nos erros de Lula e do PT – que, para manter o protagonismo político nas esquerdas, minimizaram o antipetismo.
Há uma enorme conta a ser assumida pela própria mídia, que criou o fantasma da guerra fria, do radicalismo de esquerda e outros factoides que ajudaram a alimentar o exército das trevas. Usou as prerrogativas da mídia, em uma democracia, para ajudar a destruir a democracia. Só no final da campanha se deu conta de que, em um ambiente de exceção, ela fica a reboque.
Nada será cobrado de Fernando Henrique Cardoso, porque a única coisa que teria a oferecer, caso apoiasse Haddad, seria sua impopularidade. Mas a idade ajudou a acentuar as piores características de sua personalidade, um egocentrismo vazio e uma inveja profunda.
A grande questão é a maneira como irá se montar o pacto em defesa da democracia.  Haverá fusões de partido, em função das cláusulas de barreira – que impõem condições para partidos terem acesso aos fundos partidários. Mas especialistas não veem condições, no curto prazo, para o aparecimento de um grande partido social democrata. Ou mesmo para uma refundação do PT, único partido que sobreviveu ao cataclismo das eleições, abrindo espaço para aliados de outros partidos.
O pacto se dará em torno de bandeiras comuns, das quais a mais relevante será a defesa da democracia, dos direitos sociais. Não haverá condutores de povos, mas organizadores do pacto, tarefa que exige sabedoria, discernimento, desprendimento e humildade.
Nesse quadro, despontam dois candidatos a liderar a oposição, ambos com perfis diametralmente oposto: Fernando Haddad, se propondo a ser o pacificador; e Ciro Gomes, pretendendo-se o condutor dos povos.

Peça 3 – o papel de Haddad, o conciliador

Nas últimas semanas de campanha, Haddad assumiu uma envergadura pública inédita.
Conhecidos os resultados das eleições, fez um discurso histórico, de improviso, conclamando à união de todos contra as ameaças de arbítrio representadas por Bolsonaro.
Relembrou seus antepassados, em uma lição pedagógica de que o país pelo qual se luta é resultado da construção de gerações que fincaram princípios, depois seguidos pelos filhos que os repassaram para os netos. Por isso, a luta é também por respeito aos nossos antepassados. No fundo, a grande batalha será entre os descendentes daqueles que plantaram sementes civilizatórias, de boa vontade, de respeito ao próximo, contra os bárbaros e os desinformados.
Levantou bandeiras comuns a todos os democratas, ampliou a conclamação para todas as forças da Nação, não apenas para o PT, ofereceu amparo aos que sentem medo. Antes, na fase final da campanha, mostrou desprendimento ao insistir no apoio de Ciro Gomes – sabendo que, em caso de derrota, Ciro seria candidato certo a disputar a liderança dos democratas.
Em suma, comportou-se como um líder nacional.

Peça 3 – Ciro e a estratégia dos conflitos

Já sobre Ciro Gomes recairá uma conta pesada, por ter exibido um personalismo, um egocentrismo incompatível com o que se espera de um grande líder nacional.
E aí entram embates e interesses específicos que ajudaram a enterrar (momentaneamente) os avanços democráticos no país.
Desde o início, o PT pensou em Ciro como seu candidato. Mas pretendia apoiá-lo mantendo o controle do processo político – como vice de Lula, posteriormente como candidato. Tinha esse direito, na condição de único grande partido brasileiro que resistiu ao desmonte político.
De seu lado, Ciro e seu irmão Cid sempre foram refratários a partidos políticos. Seu voluntarismo, ainda que esclarecido, não cabe no figurino de um partido político. Aceitar a proposta do PT significaria se submeter a pactos com a Executiva do partido.
Tudo era uma questão de negociação. Mas elas não aconteceram.
Nem se atribua a vitória de Bolsonaro à ausência de Ciro: os ciristas votaram em peso em Haddad; o grande pacto aconteceu, mesmo com a ausência do líder. A falseta de Ciro foi contra seus próprios apoiadores.
A última semana de campanha foi um momento histórico na vida de todos os democratas, período em que aflorou uma solidariedade do nível dos grandes comícios pelas diretas, com artistas, intelectuais independentes, juristas, youtubers se irmanando em uma ação emocionante contra o arbítrio. Foi um momento inesquecível de solidariedade democrática, marcando o nascimento do novo contra o atraso do governo Bolsonaro e suas milícias.
Depois de um primeiro turno brilhante, Ciro seguiu para Paris abandonando seguidores, artistas e, especialmente, governadores aliados. Não atendeu sequer os telefonemas de governadores aliados. Enquanto isto, no Twitter, sua candidata a vice-presidente, Katia Abreu, dirigia todos seus ataques a Lula e ao PT, com uma falta notável de senso de oportunidade, não entendendo que a grande bandeira, aos olhos de seus seguidores, é a resistência a Bolsonaro, não a disputa por espólios da oposição.
A estratégia de Ciro será dividir a oposição, para cavalgar o antipetismo contra o antibolsonarismo, mostrando notável capacidade de dispersão de energias. O que pretende?  
Caso tivesse se empenhado no segundo turno, conseguiria juntar o antipetismo democrático com o petismo agradecido. Teria muito mais condições que Haddad para consolidar o grande pacto nacional pela democracia, por não carregar a herança petista.
Mas, enfim, preferiu o caminho solitário de quem não negocia: comanda. A incapacidade de negociar o impediu de ser presidente e dificultará bastante suas pretensões de liderar a oposição.

BOZO VIDEO SHOW: BOLSONETES SÃO EXPULSAS DA UNB








Armas para Todos: Bolsonaro defende posse e porte e define que os “inimigos internos” serão o MST e o MTST


Já passou da hora de parar de usar o termo “populista” para gente como Bolsonaro ou Trump. 
Não há nada na política deles para a classe trabalhadora, a não ser o racismo e a misoginia. 
Nacionalista branco — ou neofascista — é o termo correto. Economista Paul Krugman, 
colunista do New York Times, no twitter, corrigindo o próprio jornal, que se refere a Bolsonaro 
como “populista”
Da Redação
O presidente eleito Jair Bolsonaro (veja acima) lançou o que poderia ser chamado de programa Arma 
para Todos na primeira entrevista dada depois de ser conduzido ao Planalto nas eleições de domingo.
Na mesma ocasião, disse que o Programa Mais Médicos foi criado — pela presidenta Dilma Rousseff — para beneficiar a ditadura cubana.
Afirmou que fará mudanças no programa, com provável exigência de que os médicos cubanos façam 
o exame do Revalida antes de atuar no Brasil.
Médicos brasileiros fizeram intenso lobby contra o programa de Dilma quando ele foi lançado, em 
defesa de seu “monopólio” de mercado.
O Mais Médicos se tornou um grande sucesso entre pacientes e prefeitos, especialmente em 
municípios distantes, nos quais os médicos brasileiros não estavam interessados em trabalhar.
Falando à RecordTV, Bolsonaro disse que pretende aprovar ainda este ano modificações no Estatuto 
do Desarmamento, que reduziriam a idade mínima para ter posse de armas de 25 para 21 anos e 
tornariam a posse definitiva — sem renovação periódica.
Um projeto neste sentido já tramita no Congresso, sob intenso lobby da bancada da bala, que ajudou 
a eleger Bolsonaro.
O presidente eleito também defendeu que algumas categorias, como a dos caminhoneiros, possam 
portar armas.
Segundo a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio, PNAD, o Brasil tem cerca de 2 milhões de 
caminhoneiros.
Com a posse permitida em domicílios e na zona rural, o país teria um fabuloso mercado para a 
indústria das armas.
Diferentemente do que muitos imaginam, este mercado não seria suprido pela fabricante brasileira 
Taurus, do Rio Grande do Sul, que hoje praticamente exerce monopólio no fornecimento às polícias.
Nesta segunda-feira as ações da Taurus, que haviam disparado ao longo da campanha eleitoral por 
conta do favoritismo de Bolsonaro, cairam quase 25% na Bovespa.
Analistas disseram que a empresa tem cinco anos consecutivos de prejuízos e provavelmente terá de 
enfrentar fabricantes estrangeiros na disputa pelo mercado brasileiro.
O filho de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo, um dos mais próximos assessores do 
presidente eleito, é favorável à quebra do monopólio da empresa, alegando falta de qualidade.
No ano passado, quando o Fantástico, da TV Globo, denunciou problemas com as armas da Taurus, 
um coronel do Exército protestou.
Ele chegou a atribuir o problema ao DNA da “esquerda internacionalista”:
Esta campanha da Globo de fato busca fechar a Taurus Armas, e representa a vontade de parte da 
comunidade internacional. Isto é um risco, se não houver patriotismo mínimo nosso, senão pelo 
menos piedade, com os interesses maiores da nação. A Taurus existe há quase 80 anos, resistiu a 
tudo, mas não resistirá a falta de patriotismo desta era de cegueira e alienação estratégica, fruto da 
anarquia plantada pelo DNA da esquerda internacionalista, sem Pátria, em que vivemos. […] Muitos 
mistérios a desvendar no real motivo desta campanha demolidora da industria bélica nacional. O 
tempo dirá quem tem razão.
Eduardo Bolsonaro rebateu com sua própria postagem no Facebook:
Sempre digo: um pedaço de ferro pode sair da fábrica eventualmente com um ou outro produto 
defeituoso? Sim, óbvio. O complicado é fazer um produto defeituoso em série e, pior, esse material 
tratar da vida das pessoas. Eu trocaria todos os demitidos da Taurus pela vida da PM Izabelle Pereira 
e de todos os feridos e mortos em disparos “acidentais”. Não quero quebrar a Taurus, mas como 
fabricantes como Glock, CZ, Sig Sauer e outras têm competência para produzir armamento de 
qualidade no exterior mas não podem fabricar suas armas aqui no Brasil embora tenham tentado? 
Essa pergunta sim não tem resposta…
As três empresas citadas por Bolsonaro, da Áustria, da República Tcheca e da Alemanha, estão 
muito interessadas no mercado brasileiro.
Elas participaram de uma consulta da Polícia Rodoviária Federal, ao lado da Taurus, da Imbel 
(Exército), da Israel Weapon Industries (Israel), da Beretta (Itália) e da maior fabricante dos Estados 
Unidos, a Smith & Wesson.
Na entrevista à RecordTV, Bolsonaro ligou a questão das armas ao que chamou de “invasões” do 
MST e do MTST.
Segundo afirmou, a posse das armas daria aos proprietários o direito de se defender daqueles que o 
neofascista quer enquadrar como “terroristas”.
O discurso de Bolsonaro parece obedecer ao manual do ex-assessor de Donald Trump, Steve 
Bannon, que agora se ocupa de promover um “movimento” mundial rumo à extrema-direita.
Trump acaba de deslocar 5.200 soldados para a fronteira sul dos Estados Unidos, alegadamente para 
“enfrentar” uma caravana de imigrantes civis desarmados que ainda está a milhares de quilômetros 
de distância.
A jogada do presidente estadunidense é política: ele corre risco de perder as eleições legislativas de 
meio de mandato marcadas para o dia 6 de novembro.
A “ameaça” dos imigrantes é essencial para mobilizar a base e manter a maioria no Congresso. Além 
disso, desvia o foco da matança de 11 pessoas, num ataque antissemita a uma sinagoga dos Estados 
Unidos.
O terrorista era um nacionalista branco — na definição de Krugman — e proprietário de 21 armas.
Assim como Trump faz com os imigrantes, Bolsonaro definiu inimigos externo e interno para 
alimentar o rancor permanente de seus eleitores: Venezuela e os “vermelhos” do MST e do MTST.
Não por acaso, Trump já convidou Bolsonaro para visitar a Casa Branca.
Segundo a Small Arms Survey, os Estados Unidos são os maiores exportadores de armas leves do 
mundo, seguidos por Itália e Brasil.

O MORO ENTREGAVA E O PIG COMPRAVA TUDO! Assessora de Sérgio Moro por seis anos fala sobre a Lava Jato


Intercept expõe as vísceras do conluio da Lava Jato com o Golpe
Do Intercept: Entrevista: ‘A imprensa comprava tudo.’ 
Assessora de Sérgio Moro por seis anos fala sobre a Lava Jato
Christianne Machiavelli costuma chamar cada repórter pelo nome, e não são poucos os que ela 
conheceu durante os seis anos em que trabalhou encastelada no vigiado e protegido prédio da Justiça 
Federal de Curitiba, de onde saem os despachos de busca, apreensão e prisão assinados pelo juiz 
Sérgio Moro.
Chris, como é conhecida, trabalhava sozinha no departamento de comunicação da Lava Jato até 
agosto, quando pediu demissão para abrir uma assessoria de imprensa voltada a clientes da área 
jurídica. Ela diz que identificou um filão de mercado no setor, e garante que não é beneficiada por ter 
trabalhado com Moro. “Ele é amado por uns e odiado por outros. Eu tenho que lidar com o ônus e o 
bônus disso.”
Ela não tinha ideia do volume de trabalho que teria pela frente quando passou no processo seletivo 
em 2012. Acostumada com a rotina tranquila de seu trabalho anterior, na comunicação da Igreja 
Metodista de Curitiba, ela passou a responder a dezenas de jornalistas todos os dias, das primeiras 
horas da manhã até a madrugada. Teve crises de estresse, começou a tomar remédios controlados, 
engordou 30 quilos.
O trabalho de Chris era a ponta de uma estratégia costurada acima dela. A imprensa foi responsável 
pelo sucesso da Lava Jato. E isso não foi por acaso: Moro se inspirou na operação Mãos Limpas – 
que prendeu centenas de pessoas e mudou o cenário político da Itália – ao definir que, sem a 
imprensa, a operação morreria nos primeiros meses, como tantas outras antes dela.
“Os responsáveis pela operação Mani Pulite [mãos limpas, em italiano] fizeram largo uso da 
imprensa. Com efeito: para o desgosto dos líderes do PSI [um dos partidos investigados, que acabou 
extinto], que, por certo, nunca pararam de manipular a imprensa, a investigação da ‘mani pulite’ 
vazava como uma peneira”, escreveu Moro em um artigo de 2004, dez anos antes de dar início a 
operação que o tornou conhecido nacionalmente. Ele fez um copia/cola das estratégias do procurador 
italiano Antonio Di Pietro.

“Tão logo alguém era preso, detalhes de sua confissão eram veiculados no L’Expresso, no La 
Republica e em outros jornais e revistas simpatizantes. Apesar de não existir nenhuma sugestão de 
que algum dos procuradores mais envolvidos com a investigação teria deliberadamente alimentado a 
imprensa com informações, os vazamentos serviram a um propósito útil. O constante fluxo de 
revelações manteve o interesse do público elevado e os líderes partidários na defensiva”, continuou o 
juiz, já dando pistas de como achava que uma operação desse tipo deveria ser tratada.
Desde o início, os órgãos da Lava Jato (Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça Federal) 
mantiveram vivo o interesse da imprensa, alimentando os veículos sobre qualquer movimento da 
operação. O Brasil assistiu extasiado ao desenrolar de cada nova fase como se fosse uma novela. “E 
hoje, quem será preso? Quem será delatado?”.
Foi para entender os bastidores desse processo que conversei com Christianne Machiavelli, por 
telefone, no começo de setembro. Ela tinha esvaziado suas gavetas na Justiça Federal poucos dias 
antes, em 30 de agosto. Levou consigo banais livros, canecas, documentos e outros objetos pessoais. 
Em especial, três dicionários que ganhou de presente do pai, que carrega consigo em todos os 
empregos, seus amuletos.
Por quatro anos, ela foi o único preposto entre os jornalistas e Moro – a quem ela chama de SFM, 
sigla para Sérgio Fernando Moro. Se tornou amiga pessoal de alguns repórteres. Os mais próximos 
ainda a convidam para os churrascos de confraternização de fim de ano onde todos os setoristas da 
cobertura se encontram – vários veículos de imprensa mantêm equipes permanentes em Curitiba só 
para atender à Lava Jato.
O trabalho, diz ela, a fez repensar a forma como as pessoas investigadas pela Lava Jato foram 
tratadas pela operação e, em especial, pela imprensa. Para ela, houve exageros. “Era tanto escândalo, 
um atrás do outro, que as pessoas não pensavam direito. As coisas eram simplesmente publicadas”.
Leia a seguir os principais trechos da conversa, editada para ficar mais clara, e alguns parágrafos 
de contexto.
Você atuou no centro nervoso da Lava Jato desde o início, em 
2014. Como vê a evolução da operação nestes anos?
A gente não tinha noção do que ia ser. No começo, a operação era contra doleiros que operavam no 
câmbio negro, e então apareceu o [ex-diretor da Petrobras] Paulo Roberto Costa, por causa de um 
presente que recebeu. Só fui entender o que era a Lava Jato na 7ª fase, em novembro de 2014, depois 
da delação do Júlio [Camargo] e do Augusto [Ribeiro, executivos da Toyo Setal]. Nesse momento é 
que apareceu a grande história: que existia um clube das empreiteiras, com as regras do jogo. Foi a 
partir daí que a imprensa comprou a Lava Jato.
A Lava Jato manteve o interesse da mídia por anos. Era uma 
estratégia pensada?
Não acho que houve estratégia, pelo menos por parte da Justiça Federal. Mas a responsabilidade da 
imprensa é tão importante quanto a da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. Talvez 
tenha faltado crítica da imprensa. Era tudo divulgado do jeito como era citado pelos órgãos da 
operação. A imprensa comprava tudo. Não digo que o trabalho não foi correto, ela se serviu do que 
tinha de informação. Mas as críticas à operação só vieram de modo contundente nos últimos dois 
anos. Antes praticamente não existia. Algumas vezes, integrantes da PF e do MPF se sentiam até 
melindrados porque foram criticados pela imprensa.
Pode citar exemplos?
O Maurício Moscardi Grillo [delegado da Lava Jato em Curitiba] quando deu entrevista para a Veja 
dizendo que perderam o timing para prender o Lula foi muito criticado, e a polícia ficou melindrada. 
Mesma coisa quando o Carlos Fernando Santos Lima falou que o MPF lançou “um grande 171″ para 
conseguir delações. O powerpoint do Deltan Dallagnol sobre o Lula. Eles ficaram muito chateados 
quando a imprensa não concordou com eles. Todo mundo fica magoado, mas não se dá conta daquilo 
que fala. Não posso dizer que ele [Sérgio Moro] não ficasse melindrado, mas uma única vez 
respondemos a um veículo. Foi um caso do Rodrigo Tacla Duran, num domingo de manhã. Ele me 
chamou para a gente responder à notícia que dizia que Carlos Zucolotto, amigo, padrinho de 
casamento e ex-sócio da esposa de Moro, fazia negociações paralelas sobre acordos com a força-
tarefa da Lava Jato . Nesse caso ele se sentiu ofendido, mais pelo processo do que pessoalmente.
A primeira fase da Lava Jato foi no dia 17 de março. Na época, ainda não havia nada sobre Lula, 
Aécio, Renan, Jucá, Odebrecht, Camargo Corrêa ou qualquer outro político e empresa que seriam 
notícia nos anos seguintes.
A imprensa noticiou, sem destaque, que a Polícia Federal havia deflagrado uma operação contra 
lavagem de dinheiro, cujo montante chegava a R$ 10 bilhões. O doleiro paranaense Alberto Youssef 
foi preso.
Youssef foi um dos principais doleiros do Banestado, considerado o maior caso de corrupção na 
década de 90, e o primeiro a fechar uma delação premiada no país. O escândalo reuniu os principais 
nomes da Lava Jato: Sérgio Moro e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.
Os casos citados podem ter incomodado a cúpula dos agentes da Lava Jato, mas tiveram pouca 
repercussão na imprensa em geral. O papel de crítica ficou a restrito a blogs e veículos mais 
identificados à esquerda – muitas vezes distorcendo fatos e apelando para fake news.
Para você, por que a imprensa comprou a Lava Jato sem 
questionar?
Era tanto escândalo, um atrás do outro, que as pessoas não pensavam direito, as coisas eram 
simplesmente publicadas. O caso da cunhada do [ex-tesoureiro do PT, João] Vaccari foi bem
significativo. Os jornalistas foram na onda do MPF e da PF. Todo mundo divulgou a prisão, mas ela 
foi confundida com outra pessoa. Foi um erro da polícia. Quando perceberam o erro, Inês já era 
morta. O estrago já tinha sido feito. Acho que a gente vem de uma fase que remonta à ditadura, em 
que a imprensa foi violentamente cerceada. Na Lava Jato a imprensa tinha muita informação nas 
mãos, dos processos, e entendeu que era o momento de se impor.
Qual a responsabilidade da imprensa?
Vou dar um exemplo. O áudio do Lula e da Dilma é delicado, polêmico, mas e o editor do jornal, 
telejornal, também não teve responsabilidade quando divulgou? Saíram áudios que não tinham nada 
a ver com o processo, conversas de casal, entre pais e filhos, e que estavam na interceptação. A gente 
erra a mão em nome de um suposto bem maior.
Cada dia de operação da Lava Jato seguia os mesmos rituais.
O celular dos jornalistas começava a apitar antes das 7h da manhã com um texto da PF. Por volta das 
10h, os policiais faziam uma coletiva de imprensa junto com membros do MPF. Em seguida, o MPF 
divulgava o seu release, já com os dados da denúncia. Por fim, a Justiça Federal informava o número 
da ação judicial, junto com a chave para o acesso.
Com essa ferramenta, os jornalistas tinham acesso a tudo relacionado à operação: das investigações 
iniciais até os pedidos de prisão. Nos próximos dias, podiam acompanhar o andamento em tempo 
real.
Quem estava acostumado a cobrir operações deste tipo, como eu, sentiu que havia algo de diferente 
na Lava Jato.
Geralmente, operações de combate à corrupção — principalmente as que envolvem poderosos — 
costumam ser difíceis de acompanhar. É preciso ter boas fontes, gastar sola de sapato e batalhar para 
conseguir qualquer informação.
Na Lava Jato, tudo ficou muito fácil. Havia uma profusão de documentos disponíveis. Os agentes 
responsáveis eram acessíveis. Todo dia havia algo novo.
Em um país marcado pela falta de transparência, os gestos eram tidos como exemplares – e não estou 
dizendo que não sejam.
Mas o fato é que as facilidades fizeram com que a imprensa “comprasse” a Lava Jato quase que 
imediatamente. Denúncias do Ministério Público eram publicadas em reportagens quase na íntegra, 
assim como os inquéritos da PF e as decisões de Moro.
Foram poucos os jornalistas que se valeram daquele mundaréu de elementos para fazer o papel que 
cabe à imprensa: o de usar os dados para construir investigações mais aprofundadas.
Você já disse que a Lava Jato mudou a visão sobre o direito. 
Antes era legalista, que olha apenas o cumprimento da lei. 
Agora é garantista, em que a lei deve ser cumprida reservando 
direitos. Por quê?
Como jornalista, minha base era na cobertura policial. Os repórteres que acompanham a polícia 
querem a imagem do preso, a história dele. Quanto mais sensacionalista, mais cliques, mais as 
pessoas vão ler. Mas, depois da Lava Jato, eu entendi o quanto a privacidade e intimidade do 
criminoso são necessárias. Lembro quando o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral 
apareceu com algemas nos pés e nas mãos e a imprensa abusou da imagem. Eu passei a olhar pro réu 
de uma maneira mais humanitária. Também acho que a lei de execução penal tem que ser aplicada, 
deve ser a base para garantir o direito dele de ser humano. Eu acho que bandido bom é o bandido que 
pode ser recuperado, apesar de tudo. A lei deve ser aplicada sempre. A questão aí é o peso da mão, 
da caneta, da maneira que o réu é tratado, o preso é tratado.
Isso envolve o hábito de levar os presos da operação para 
Curitiba e o circo midiático que se forma em torno disso?
Durante o período ostensivo das fases da Lava Jato, todos ficaram presos em Curitiba, com raras 
exceções, como Sérgio Cabral. Se criou essa cultura de trazer todos os presos pra cá, porque o juiz 
entende que o caso se desenrolou em Curitiba. Mas, no momento de uma execução penal, é a lei que 
vale, e ela diz que o preso tem direito a cumprir pena perto de seu domicílio, para a família poder 
visitá-lo. O José Dirceu, por exemplo, por um bom tempo não recebeu visita da família. Ele estava 
com os bens bloqueados e família não tinha condições. Os empreiteiros, por outro lado, as famílias 
vinham sempre.
Em geral, os presos ficam detidos no local onde moram. A Lava Jato é um dos poucos casos em que 
o juiz demanda que eles sejam deslocados para o local de onde saem as decisões. Estar em Curitiba 
facilita a negociação de delação premiada e a ida a audiências presenciais. Mas, ainda assim, não 
seria necessário manter o preso na cidade o tempo todo.
Essa exigência de Moro criou uma espécie de “rota das imagens”. Os cinegrafistas e fotógrafos 
começam a registrar a prisão na cidade de origem, mostram o embarque no avião, a chegada em 
Curitiba, o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e, finalmente, as visitas dos parentes.
Essa marcação faz com que qualquer pessoa saiba, por exemplo, que Eduardo Cunha jantou arroz, 
feijão e frango em sua primeira noite na prisão. Em que situação isso seria relevante?
Você questionava Moro sobre decisões controversas, como a de levar os presos para Curitiba?
O trabalho da assessoria não era de questioná-lo sobre suas decisões, mas dar publicidade aos seus 
atos.
Você acha que a Lava Jato influenciou as eleições deste ano? 
Por exemplo, o Moro ter levantado o sigilo da delação do 
Palocci na semana passada.
Só posso dizer que essa eleição é a mais atípica que vivi desde que tirei meu título. Quanto a 
colaboração do Palocci, entendo que quase a totalidade do termo divulgado já era se conhecimento 
público. Ele apenas deu nome aos bois, fato que também já teria sido mencionado pelo Paulo
Roberto Costa e, se não me engano, por Youssef também. Portanto, não sei se influenciou. O que
influenciou no resultado dessas eleições foram as notícias falsas, o ódio, o medo.
Além do Palocci, Moro adiou depoimento do Lula por causa do 
período eleitoral e o MPF pediu mais uma condenação a ele, 
dias antes da eleição. Acha que tem algo a ver?
Sim. Pelo que me lembre, o adiamento do depoimento do Lula ocorreu há alguns meses e o 
magistrado justificou em despacho. Sobre o pedido do MPF, não vejo relação também, pois estava 
no prazo das alegações finais. Destaco que o prazo para as alegações finais foi determinado há pouco 
tempo, pois ficou parado por meses a fio devido a quantidade de perícias peticionadas pela defesa de 
Lula e o MPF ao juízo. Caso nada disso tivesse acontecido, o processo já poderia ter sido 
sentenciado  autos conclusos para um possível julgamento de apelação no 2° grau. Ou seja, a juntada 
das alegações finais por parte do MPF é apenas coincidência decorrente de uma tramitação 
processual lenta.
Mesmo estando dentro dos prazos, é inegável que esses fatos podem favorecer ou prejudicar 
candidatos. Não seria possível esperar passar o pleito para fazê-los? Isso não pode colocar em risco a 
legitimidade da Lava jato?
A celeridade processual é uma premissa do Judiciário e inclusive exigência do CNJ. Não é possível 
que o Judiciário pare em detrimento de um processo eleitoral. A celeridade processual é em prol do 
réu e não do magistrado. Pense: se o MPF tivesse se manifestado em favor do réu, então a celeridade 
processual seria boa? Mas como a manifestação é condenatória, a celeridade é ruim? Não há dois 
pesos e duas medidas. Há prazo que precisa ser cumprido.
O juiz e os procuradores sempre dizem que agem de modo isento. Mas é difícil negar que a Lava 
Jato foi, no mínimo, associada a um forte antipetismo.
Dias antes das eleições, Moro levantou o sigilo sobre a delação do ex-ministro de Lula, Antonio 
Palocci, e o MPF pediu a condenação do petista no caso do sítio de Atibaia. Na semana desses 
acontecimentos, o presidenciável Jair Bolsonaro cresceu nas pesquisas de opinião frente ao 
candidato do PT, Fernando Haddad. Bolsonaro passou de 28% de intenções de voto em 28 de 
setembro para 39% em 4 de outubro, de acordo com o Datafolha.
O mesmo Moro havia decidido, semanas antes, adiar um depoimento de Lula alegando que poderia 
influenciar o período eleitoral.
Há até pouco tempo, Moro era avesso à imprensa. Aos poucos, foi se soltando. Em entrevista ao 
Roda Viva em março, ele até defendeu o auxílio-moradia – que recebe, mesmo tendo apartamento de 
meio milhão de reais em Curitiba. O juiz tampouco se sente constrangido ao aparecer em fotos ao 
lado de Aécio Neves e João Doria, ambos do PSDB.
Moro tampouco negou que Alvaro Dias, que concorreu pela presidência pelo Podemos, usasse o seu 
nome durante a campanha. Paranaense e ex-tucano, Dias usou quase todo o tempo que teve em 
debates para enaltecer a Lava Jato. Ainda assim, foi massacrado nas urnas.
Até o “japonês da Federal”, Newton Ishii, que ficou famoso por escoltar os presos da operação, se 
filiou ao Patriota, um partido abertamente antipetista, quando se aposentou da PF. Ele é o presidente 
da legenda no Paraná, que em nível nacional lançou Cabo Daciolo à presidência.)
Qual o seu maior acerto e o maior erro nesse período?
Meu maior acerto foi sistematizar e compilar todas as informações da Lava Jato em uma planilha, 
que servia para a imprensa acompanhar. E cumprir os deadlines dos jornalistas. Para mim foi sofrido. 
Eu engordei 30 quilos. Tomava remédio controlado para depressão e ansiedade. Cheguei a picotar 
um chip de celular porque as pessoas me ligavam até meia noite todos os dias. Eu trabalhava fim de 
semana, feriado… Agora chego em casa e vou fazer comida, ver série.
E agora, o que vai fazer?
Vou abrir uma empresa de gestão de crise, estou vendo nome, contador. Lidar com crise foi algo que 
aprendi na prática.