terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ 2014 PARA TODOS E TODAS !

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2014 será um ano histórico para o Brasil



No Blog da Cidadania

O ano que o Brasil deixa para trás transcorreu sob o signo da convulsão social e da revolução política, mas, apesar dos eventos de expressiva importância que vimos eclodir ao longo desses 365 dias, 2013 não se compara ao que espera este país em 2014.
Dois fatos marcaram para sempre esta grande nação no ano que ora deixa nossas vidas para entrar para a história: a onda de protestos e o inédito encarceramento de políticos importantes.
Sobre os protestos de junho, o que impressiona é terem ocorrido em um momento em que a qualidade de vida nunca foi tão boa e tão promissora no país. Com salários crescendo e emprego farto, com distribuição de renda e com a pobreza despencando ano a ano, centenas de milhares de brasileiros foram as ruas protestar sem uma causa definida.
Não que todos os nossos problemas tenham sido solucionados. Muito pelo contrário. O nível de pobreza, de injustiça social, de violência urbana e rural e a péssima qualidade dos serviços públicos são, sim, razão muito mais do que suficiente para qualquer povo protestar.
Todavia, o que impressiona é que tais protestos tenham ocorrido em um momento em que a vida de todos melhorou tanto, ao passo que, há uma década, este país estava falido, todo mundo estava desempregado, os salários estavam cada vez mais aviltados e o povo não protestava.
Claro que não foi propriamente o povo que foi às ruas, mas um setor da sociedade que melhorou menos de vida do que a maioria empobrecida. Com efeito, a classe média viu os mais pobres avançarem bem mais do que si e esse foi o mote dos protestos.
Os brasileiros que foram às ruas em junho de 2013, pela primeira vez na história contemporânea não clamaram por mais empregos e por salários melhores, o que mostra que esses dramas o país deixou para trás; clamaram por melhores serviços públicos, como transporte.
Esse fenômeno é histórico, inédito e revelador de quanto a última década melhorou este país. Até a aurora do século XXI, as demandas dos brasileiros eram por empregos suficientes e salários decentes; o Brasil superou essas deficiências e poucos perceberam.
Já no campo estritamente político, o julgamento e o encarceramento relâmpago de políticos importantes em um país em que políticos de tal estatura só eram penalizados tão duramente pela lei durante ditaduras têm sido vistos como avanço, mas também como retrocesso.
É lícito dizer que a causa primeira da corrupção no Brasil – que, reconheçamos, é maior do que em nações em estágio civilizatório mais avançado – se deve à impunidade. Contudo, ao menos até o momento o encarceramento de políticos petistas soa muito mais como um golpe político do que como reversão da histórica impunidade que vige para os mais abastados neste país.
O que parece ter acontecido em 2013 não foram prisões de políticos, mas prisões políticas. Afinal, políticos envolvidos em processos análogos ao do mensalão do PT, só que da corrente política adversária – do PSDB –, foram beneficiados pelas rotas de fuga que o Judiciário sempre propiciou às elites.
O dito “mensalão do PSDB” ter sido tratado pela Justiça de forma tão diferente da que foi usada para o do PT, com o desmembramento do primeiro processo – que foi negado ao segundo – e com a demora muito maior para julgar o caso envolvendo tucanos desmonta a tese do “fim da impunidade”.
Não há perspectiva, pois, de ver políticos-símbolo da corrupção como um Paulo Maluf, um Demóstenes Torres, um Marconi Perillo, um Eduardo Azeredo e tantos outros serem penalizados como foram os petistas.
Qual é a novidade, então, na forma como a Justiça trata a classe política? Não é, infelizmente, a nossa Justiça tratar os membros das elites como trata o povão. A novidade é – durante suposta vigência da democracia – pessoas serem penalizadas por razões políticas.
É lícito dizer, pois, que 2013 não foi um bom ano para a democracia brasileira. Protestos políticos ocorrendo quando as razões para protestar diminuíram tanto e pessoas sendo encarceradas por razões políticas são fatos que desautorizam otimismo com 2014.
O pior é que os grupos políticos que engendraram e fizeram vingar protestos de rua e critérios políticos em um julgamento que, em respeito à democracia, deveria deixar a política de fora, prometem fazer tudo isso de novo em 2014, só que, agora, em ano eleitoral…
O que tornará 2014 um ano histórico para o país também tem relação com a Copa do Mundo. Passaram-se décadas e décadas desde que o Brasil sediou evento internacional de tal importância. Os olhos do mundo estarão voltados para nós no ano que entra.
Os protestos terão, reconhecidamente, potencial para apear do poder o grupo político que fez o Brasil avançar socialmente como nunca ocorrera em toda a sua história em período tão curto. E de desmoralizar o país perante o mundo.
Não é pouco.
A derrota imensurável que ameaça o país em 2014, porém, pode não ocorrer. O brasileiro poderá dar uma demonstração de maturidade premiando um governo – ou uma série de governos – que lhe melhorou a vida e poderá, assim, dizer não aos que pretendem sabotar a imagem do país e sua economia com fins eleitorais.
O caráter histórico de 2014, portanto, poderá decorrer não só da rendição do país aos interesses inconfessáveis que querem desmoralizá-lo internacionalmente e recolocar no poder os que tanto pioraram a vida do povo como poderá decorrer da recusa desse povo a se render.
A volta ao poder dos que fizeram o Brasil chegar ao século XXI de joelhos e que não se cansam de prometer o desmonte do Estado de Bem Estar Social que vai sendo construído a duras penas pode gerar, na segunda metade desta década, uma convulsão social.
A destruição da imagem do Brasil perante o mundo – via transformá-lo em um campo de guerra durante evento que deveria ser uma festa de reafirmação do país como potência emergente – aprofundaria o caos social e econômico que pode eclodir a partir de 2015.
O caráter histórico de 2014, portanto, estará em que este povo terá o próprio destino nas mãos como nunca terá tido antes. Teremos, no ano que entra, o poder de melhorar muito as nossas vidas, mas também teremos o poder piorá-las de forma dramática.
A decisão será nossa e só nossa. Assim sendo, o que de melhor se pode desejar para o povo brasileiro em 2014, além de “Muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender”, é, pura e simplesmente, muito, muito, mas muito juízo mesmo.
Um feliz e ajuizado 2014 para todos, pois.
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A ironia cruel do acidente de Schumacher, o homem que flertou com a morte em toda a carreira



Por : Harold Von Kursk

Em uma dessas reviravoltas incompreensíveis do destino, Michael Schumacher, sete vezes campeão de Fórmula 1, está em estado crítico após um acidente de esqui na estação francesa de Méribel. Schumacher bateu a cabeça enquanto esquiava com seu filho de 14 anos de idade.
O acidente provocou uma onda de solidariedade mundial ao piloto que se tornou uma lenda do automobilismo. É terrível e irônico que um homem que foi o mais rápido de seu tempo em uma pista de corrida, num esporte que já foi o mais mortal da Terra, agora esteja olhando a morte de frente como resultado de um passeio de esqui.
Como o grande Senna, Schumacher é idolatrado em sua Alemanha natal. Há um enorme respeito por sua extrema dedicação e perfeccionismo. Schumacher criou uma aura de invencibilidade gelada quando dominou o esporte em seis anos de Ferrari, entre 2000 e 2005.
Nenhum outro piloto, nem mesmo Senna, foi tão impiedosamente dedicado a todos os aspectos da corrida. Ele dirigiu com uma intensidade robótica que lhe permitia melhorar de forma constante durante o curso de uma prova.
Era também conhecido por suas táticas agressivas. Schumacher tinha perdido o controle e saído da pista no GP da Austrália, em dezembro de 1994, quando estava disputando com Damon Hill o título. O erro permitiu a Hill, cujo carro era claramente mais rápido, ultrapassar Schumi. Ganharia a corrida e o campeonato. Mas Schumacher não estava disposto a ceder. Voltou para a pista e deliberadamente bateu seu Benetton na Williams de Hill. A colisão deixou a Williams bastante danificada e ele parou na volta seguinte, dando o campeonato ao alemão.
Depois, em 1997, Schumacher tentou uma manobra semelhante com o canadense Jacques Villeneuve no autódromo de Jerez. Desta vez, no entanto, a crueldade de Schumi falhou. Apesar das imagens de TV mostrando claramente o que fez, Schumacher recusou-se a admitir que tinha deliberadamente batido em Villeneuve. Perdeu todos os pontos naquele ano. Foi a primeira vez na história da F1 que uma sanção tão grave foi imposta a um motorista por má conduta.
Apesar de sua agressividade, o público alemão considerou-o um herói nacional, emblemático da determinação nacional. Tinha, mesmo, uma vontade indomável de vencer. Em muitos outros países, no entanto, particularmente na Inglaterra, era um vilão que podia ser respeitado, mas nunca amado.
Em pessoa, sempre foi envolvente. Pode ter falado bobagens politicamente corretas em coletivas de imprensa, mas nunca se esquivou de entrevistas e estava sempre disposto a conversar com os fãs e dar-lhes autógrafos. Era visto sorrindo nos boxes e na área do paddock. Seu fanatismo pela perfeição era fascinante.
Schumacher foi generoso na vitória. Nunca tripudiou sobre os concorrentes. O czar da F1 Bernie Ecclestone achava que ele era o segundo melhor de todos os tempos, perdendo apenas para Senna. Em uma entrevista que fiz com ele, Bernie disse que o seguinte: “Michael está em uma classe própria. Você vê isso em suas tomadas de tempo, na consistência, na capacidade de encontrar um décimo de segundo onde ninguém mais podia encontrar, em sua capacidade de dar o máximo sem parar… É por isso que ganhou tantos mundiais”.
Durante sua carreira, só sofreu um grave acidente quando sua Ferrari colidiu com a barreira em Silverstone em 1999. Fraturou uma perna. Quem o operou foi o mesmo Gerard Saillant que agora tenta salvar sua vida. É triste que um homem tão abençoado com o dom para a velocidade tenha visto tal sede impulsioná-lo para um final infeliz nas encostas de Méribel.
Mas é um flerte antigo. Numa corrida de moto em fevereiro de 2009 em Cartagena, Espanha, Schumacher sofreu uma fratura na base do crânio que danificou sua coluna cervical. Estas lesões podem muito bem tê-lo prejudicado em retorno malfadado à F1, quando claramente não era mais o mesmo piloto de antes, conquistando apenas um pódio.
O legado de Schumacher não pode ser contestado. Ele figura entre os maiores e ninguém vai tirar isso dele. Como qualquer gladiador, soldado ou piloto de corridas, se a morte o encontrasse, que fosse na arena de combate e não numa viagem para esquiar com a família no Natal. Oremos para que Schumacher ainda seja capaz de viver muito. Um deus das pistas, sem dúvida, um deus da pistas.
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Por que o sonho americano se transformou num pesadelo


Os americanos estão muito mais para isso que para Bill Gates

por : Paulo Nogueira

Morris Berman, 67 anos, é um acadêmico americano que vale a pena conhecer.
Recomendo a leitura de “Por Que os Estados Unidos Fracassaram”, dele. A primeira coisa que me ocorre é: tomara que alguma editora brasileira se interesse por este pequeno – 196 páginas — grande livro.
A questão do título é respondida amplamente. Você fecha o livro com uma compreensão clara sobre o que levou os americanos a um declínio tão dramático.
O argumento inicial de Berman diz tudo. Uma sociedade em que os fundamentos são a busca de status e a aquisição de objetos não pode funcionar.
Berman cita um episódio que viu na televisão. Uma mulher desabou com o rosto no chão em um hospital em Nova York. Ela ficou tal como caiu por uma hora inteira, sob indiferença geral, até que finalmente alguém se movimentou. A mulher já estava morta.
“O psicoterapeuta Douglas LaBier, de Washington, tem um nome para esse tipo de comportamento, que ele afirma ser comuníssimo nos Estados Unidos: síndrome da falta de solidariedade”, diz Berman. “Basicamente, é um termo elegante para designar quem não dá a mínima para ninguém senão para si próprio. LaBier sustenta que solidariedade é uma emoção natural, mas logo cedo perdida pelos americanos porque nossa sociedade dá foco nas coisas materiais e evita reflexão interior.”
Berman afirma que você sente no ar um “autismo hostil” nas relações entre as pessoas nos Estados Unidos. “Isso se manifesta numa espécie de ausência de alma, algo de que a capital Washington é um exemplo perfeito. Se você quer ter um amigo na cidade, como Harry Truman disse, então compre um cachorro.”
Berman

O americano médio, diz ele, acredita no “mito” da mobilidade social. Berman nota que as estatísticas mostram que a imensa maioria das pessoas nos Estados Unidos morrem na classe em que nasceram. 
Ainda assim, elas acham que um dia vão ser Bill Gates. Têm essa “alucinação”, em vez de achar um absurdo que alguém possa ter mais de 60 bilhões de dólares, como Bill Gates.
“Estamos assistindo ao suicídio de uma nação”, diz Berman. “Um país cujo propósito é encorajar seus cidadãos a acumular mercadorias no maior volume possível, ou exportar ‘democracia’ à base de bombas, é um navio prestes a afundar. Nossa política externa gerou o 11 de Setembro, obra de pessoas que detestavam o que os Estados Unidos estavam fazendo com os países delas. A nossa política (econômica) interna criou a crise mundial de 2008.”
A soberba americana é sublinhada por Berman em várias situações. Ele cita, por exemplo, uma declaração de George W Bush de 1988: “Nunca peço desculpas por algo que os Estados Unidos tenham feito. Não me importam os fatos.” Essa fala foi feita pouco depois que um navio de guerra americano derrubou por alegado engano um avião iraniano com 290 pessoas a bordo, 66 delas crianças. Não houve sobreviventes.
Berman evoca também a Guerra do Vietnã. “Como entender que, depois de termos matado 3 milhões de camponeses vietnamitas e torturado dezenas de milhares, o povo americano ficasse mais incomodado com os protestos antiguerra do que com aquilo que nosso exército estava fazendo? É uma ironia que, depois de tudo, os reais selvagens sejamos – nós.”
Você pode perguntar: como alguém que tem uma visão tão crítica – e tão justificada – de seu país pode viver nele?
A resposta é que Berman desistiu dos Estados Unidos. Ele vive hoje no México, que segundo ele é visceralmente diferente do paraíso do narcotráfico pintado pela mídia americana — pela qual ele não tem a menor admiração. “Mudei para o México porque acreditava que ainda encontraria lá elementos de uma cultura tradicional, e acertei”, diz ele. “Só lamento não ter feito isso há vinte anos. Há uma decência humana no México que não existe nos Estados Unidos.”
Clap, clap, clap.
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O que você faria por 600.000 dólares?



600.000 dólares foi o dinheiro recebido por Anderson Silva por essa luta. Uma luta. 
Pelo câmbio atual (R$2,358) seriam R$ 1.414.800,00 por uma porradas e uma perna quebrada, seguidas de atendimento médico imediato e de alta qualidade.
Dividindo por um ano temos R$ 117.900.00 por mês, ou R$11.790,00 por mês durante dez anos.
Vocês topariam ?
Sei que topariam e sem pensar  duas vezes  
Qua...Qua...Qua....
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A decadência de CQC e Pânico

Altamiro Borges, Blog do Miro

"Na semana passada, o “irreverente” programa CQC, da Band, deixou o humor de lado e teve ares de velório. Segundo registro de Paulo Pacheco, do sítio Notícias da TV, “durante a despedida de Monica Iozzi, na noite de segunda-feira (23), o apresentador Marcelo Tas cutucou ex-integrantes que saíram fazendo críticas ao programa da Band. ‘Eu espero que você não saia falando mal do CQC para aparecer na mídia, como algumas pessoas fazem e que ficam eternamente um ex-CQC. Você não tem o direito de ser uma ex-CQC’, alfinetou Tas”.
O sítio lembra que o programa, conhecido por suas técnicas invasivas e sua cruzada fascistóide contra os políticos, já perdeu vários integrantes. Quando deixou o CQC, em 2012, Rafael Cortez, saiu atirando: “A gente teve que se submeter a essa coisa de cobrir celebridades, de falar com pessoas públicas, de ir a festas, porque o nosso público exige isso", criticou. Outro que não poupou críticas foi o tresloucado Rafinha Bastos, que saiu do CQC em 2011. “Virou um programa de bundão”, afirmou o ex-integrante no programa Roda Viva, da TV Cultura.
Na ocasião, Marcelo Tas reagiu irritadinho no Twitter: “Por que ao invés de assistir e julgar o CQC, esse rapaz não cuida do programa dele que vive às traças e traços?", afirmou, referindo-se ao “Saturday Night Live”, programa de Rafinha Bastos que fracassou na Rede TV. Agora, com a saída de Monica Iozzi, o chefão do CQC volta a manifestar seu incômodo e falta de humor. Mas não é apenas o CQC que está em crise. Outro programa invasivo, o Pânico, também da Band, parece não viver bem das pernas.
Na semana retrasada, a principal estrela do Pânico da Band, a apresentadora Sabrina Sato, confirmou a sua contratação pela concorrente Record. Não houve sequer despedida na sua saída. Keila Jimenez, em sua coluna na Folha, apontou a provável causa da surpreendente mudança. “Ex-BBB, Sabrina integra o ‘Pânico’ desde 2003, quando o programa era exibido pela RedeTV!. A atração, que desde abril de 2012 está na Band, sofre uma crise de audiência: enquanto na estreia a média atingida era de dez pontos, no mês passado foi de 5,7 pontos”.
Em outra coluna, Keila Jimenez esmiuçou o problema: “Com um dos maiores orçamentos de produção na Band e grandes salários, o ‘Pânico’ vem enfrentando sua pior crise de audiência na emissora... Atualmente, o programa briga pelo quarto lugar em ibope aos domingos, registrando audiência média de 5,7 pontos. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo. No último domingo (10), o programa deu um susto na Band, ao registrar cinco pontos. Essa é a audiência da atração quando ela está em período de férias, com a exibição de reprises”.
“Acontece que o ‘Pânico’ não só está indo ao ar ao vivo como também tem investido cada vez mais em sua produção. São muitas as coberturas de festas e eventos internacionais. Na edição passada, Sabrina Sato chegou a fazer uma viagem de dois dias a Portugal só para entrevistar o ‘verdadeiro rei do camarote’. A emissora não revela valores, mas produtores dizem que o programa tem verba de cerca de R$ 400 mil mensais. Isso sem contar os salários dos integrantes e a divisão de lucros fruto do faturamento da atração, um dos melhores da Band”.
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Carta de Ano Novo a três camaradas


"Vocês pagam o preço mais alto pela reação da oligarquia contra os que lutam pela 
emancipação de nosso povo. Derrotadas nas urnas desde a ascensão do presidente Lula, as 
forças conservadoras buscam incessantemente um atalho para deslegitimar a esquerda e 
recuperar o terreno perdido", diz o jornalista Breno Altman, em carta de Ano Novo, 
endereçada a José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares,

A José Dirceu, José Genoino e Delubio Soares

Nasci em uma família na qual a palavra camarada sempre representou o valor supremo das relações humanas. Seu significado vai além de qualquer trato protocolar ou laço de sangue. 
Camarada é irmão de trincheira, parceiro de sonho, companheiro por quem se põe incondicionalmente a mão no fogo.
Tenho orgulho, como milhares de outros brasileiros, em podê-los chamar de meus camaradas. 
Nestas últimas horas do ano que se encerra, apropriadas para se pensar nas batalhas travadas e nas que ainda virão, esse sentimento de fraternidade e solidariedade é uma resposta ao partido do ódio e da covardia.
Vocês pagam o preço mais alto pela reação da oligarquia contra os que lutam pela emancipação de nosso povo. Derrotadas nas urnas desde a ascensão do presidente Lula, as forças conservadoras buscam incessantemente um atalho para deslegitimar a esquerda e recuperar o terreno perdido. Não é outra a razão de seu empenho para forjar a Ação Penal 470.
A partir de erros reais cometidos pelo Partido dos Trabalhadores, originários de um sistema político-eleitoral financiado pelo capital privado, fabricou-se uma das maiores farsas jurídicas da história de nosso país. Os setores mais retrógados da velha mídia e da corte suprema, de forma arbitrária e contra provas, deram curso a um processo de exceção.
Não há novidade neste estratagema. Da cabeça enferma do capitão integralista Olímpio Mourão Filho, depois general golpista em 1964, nasceu o Plano Cohen, nos idos de 1937, para justificar o Estado Novo e o banimento dos comunistas. O conservadorismo não esconde sua frustração pelo truque, dessa vez, não ter funcionado a contento. O chamado “mensalão”, afinal, não foi capaz de contaminar a vontade popular, apesar de ter golpeado duramente o PT.
Não tenho dúvidas que, mais cedo ou mais tarde, esta farsa terá o mesmo destino que outras fantasias reacionárias do mesmo naipe, como o Caso Dreyfus ou o Incêndio do Reichstag. A verdade acabará por prevalecer, desde que se lute incessantemente por seu restabelecimento. 
Foi dessa maneira que o tenente Alfred Dreyfus terminou inocentado da acusação de ter traído seu país. Também foi o bom combate que desmanchou a mentira sobre o papel do líder comunista Georgi Dimitrov nas chamas que consumiram o parlamento alemão, durante os primórdios da ditadura nazista.
O espírito de vingança e perseguição, que nutre o comportamento dos principais autores da AP 470, talvez seja um sinal que não está tão longe o dia no qual esta fraude estará definitivamente desmascarada. 
A raiva dos tiranetes, togados ou midiáticos, engravatados ou fardados, costuma ser a expressão reversa do medo de se verem nus, flagrados em suas manobras e intenções.
Esta gente gostaria de tê-los dobrados e cabisbaixos, apequenados como quem aceita a culpa e renega a identidade. Os punhos erguidos diante da Polícia Federal foram o símbolo maior de que a estatura histórica e moral dos camaradas presos é infinitamente superior a de seus algozes.
Aquela cena será a mais cálida lembrança do ano para inúmeros homens e mulheres que formam nas fileiras progressistas. O gesto de quem responde à dor e ao sacrifício com vontade inquebrável de resistir. De quem jamais se entrega.
Vou ficando por aqui. A vocês três, um grande abraço. Com votos de um bom ano novo para todos nós, queridos camaradas, cheio de saúde e esperança.

Breno Altman
31 de dezembro de 2013
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LULA: VITÓRIA DE MICHELLE BACHELET REFORÇA INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA


Em artigo, ex-presidente afirma que "a consagradora vitória" da candidata de esquerda 
Michelle Bachelet à presidência do Chile "revela também que o povo chileno, tal como os outros 
povos da região, anseia por um verdadeiro desenvolvimento"; segundo Lula, ela é uma 
"referência importante" no continente

Num artigo divulgado nesta segunda-feira 30 pelo site do Instituto Lula, o ex-presidente celebra 
"a consagradora vitória" de Michelle Bachelet à presidência do Chile e declara que ela é uma 
"referência importante" no continente.

Horizontes da Integração Latino-Americana

A volta de Michelle Bachelet à presidência do Chile é um fato muito auspicioso para a América do Sul e toda a América Latina. As notáveis qualidades humanas e políticas que ela demonstrou em seu primeiro governo e, posteriormente, no comando da ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas para igualdade de gênero, conferiram-lhe um merecido prestígio nacional e internacional. Sua liderança – ao mesmo tempo firme e agregadora – e o seu compromisso de vida com a liberdade e a justiça social, fazem de Bachelet uma referência importante em nosso continente.
A consagradora vitória que acaba de obter revela também que o povo chileno, tal como os outros povos da região, anseia por um verdadeiro desenvolvimento, capaz de combinar o econômico e o social, a expansão das riquezas com a sua equitativa distribuição, a modernização tecnológica com a redução das desigualdades e a universalização de direitos. E reivindica, além disso, uma democracia cada vez mais participativa.
Por outro lado, a eleição de Bachelet inegavelmente reforça o processo de integração sul-americana e latino-americana, na medida em que sempre apoiou com entusiasmo as iniciativas voltadas para o desenvolvimento compartilhado e a unidade política da região. Basta lembrar a sua contribuição decisiva para a criação e consolidação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), da qual foi a primeira presidente, e para a constituição da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Aliás, nunca houve na América Latina tantos governantes comprometidos com esse processo.
Estive no Chile durante o segundo turno das eleições justamente para debater as perspectivas da integração, participando de um seminário internacional promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Instituto Lula.
Durante dois dias, 120 lideranças politicas, sociais e intelectuais dos nossos países fizeram um diagnóstico atualizado e debateram uma agenda concreta para o desenvolvimento e a integração regional.
Discutiu-se francamente a inserção da América Latina na economia mundial; a arquitetura político-institucional da integração; o papel das políticas sociais, especialmente no combate à pobreza; as cadeias produtivas supra-nacionais; as empresas translatinas; as conexões físicas e energéticas; a cooperação financeira e os mecanismos de investimento; os direitos humanos e laborais; a defesa do patrimônio ambiental e da diversidade cultural.
Há um grande consenso sobre a necessidade da integração, que interessa na prática a todos os nossos povos e países, independentemente da coloração ideológica dos respectivos governos. As diversas regiões do mundo estão se integrando e constituindo blocos econômicos e políticos, e não faria sentido que apenas a América Latina e o Caribe deixassem de unir-se. Nossos países viveram secularmente de costas uns para os outros e todos sabemos o quanto isso foi nefasto em termos de fragilidade geopolítica e de atraso socioeconômico. 
Não se trata de um movimento contra os países desenvolvidos, com os quais queremos incrementar nosso intercâmbio em todos os níveis, mas de legítima afirmação da nossa própria região. O aprofundamento da integração latino-americana – política, cultural, social, de infraestrutura, de mercados – é um caminho natural e lógico, destinado a aproveitar a nossa proximidade territorial e cultural e as nossas vantagens comparativas. Sem falar que, juntos, seguramente teremos mais força para garantir nossos direitos no âmbito global.
É opinião geral que, na última década, tivemos conquistas extraordinárias em matéria de parcerias e cooperação. Aumentou a confiança e o diálogo substantivo entre os nossos países, sem o que não se conseguiria criar a UNASUL e a CELAC. Mas as relações econômicas também se expandiram consideravelmente. O comércio, por exemplo, cresceu de modo impressionante. Em 2002, segundo a CEPAL, o fluxo total do comércio intra-regional na América do Sul era de U$33 bilhões; em 2011, já havia atingido os U$ 135 bilhões. No mesmo período, o fluxo no conjunto da América Latina passou de U$ 49 bilhões para U$ 189 bilhões. E o seu horizonte de crescimento é enorme, pois somos um mercado de 400 milhões de pessoas e até agora só exploramos uma pequena parte do nosso potencial de trocas.
O mesmo acontece com os investimentos produtivos. As empresas da região estão se internacionalizando e investindo nos países vizinhos. No caso brasileiro, tínhamos poucos investimentos industriais na América Latina. Hoje, são centenas de plantas, em mais de 20 países. E a recíproca, felizmente, é verdadeira: existe um número crescente de empresas argentinas, mexicanas, chilenas, colombianas e peruanas, entre outras, produzindo no Brasil para o mercado brasileiro.
É evidente, no entanto, que precisamos avançar muito mais. Devemos acelerar a integração, que pode ser mais profunda e abrangente. Para isso, com certeza, não bastam as visões de curto prazo. Tenho dito que necessitamos de um pensamento realmente estratégico, capaz de encarar os desafios da integração na perspectiva do futuro, dando-lhes respostas corajosas e inovadoras. Temos que ir, igualmente, além dos governos, por fundamentais que eles sejam. A integração é uma bela empreitada histórica que só se concretizará plenamente se lograrmos comprometer toda a sociedade civil dos nossos países, os sindicatos, os empresários, as universidades, as igrejas, a juventude.
É imprescindível construir uma vontade popular de integração. O principal é que todos compreendam o quanto podemos ganhar coletivamente na economia, na soberania política, na igualdade social, no desenvolvimento cultural e científico com a associação dos nossos destinos.
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Retrospectiva 2013 da FIESP avisa: crise era mentira da Globo. Quem acreditou, perdeu dinheiro.


A Urubóloga Miriam Leitão e William Traak profetas dos prejuízos, na TV Globo. Quem se informa através dela costuma perder dinheiro.

O Comitê da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás da conservadora FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) soltou uma nota com o sugestivo título"Retrospectiva 2013 – Um ano de preparação para o crescimento no setor de petróleo e gás", informando que:
- O noticiário do PIG (Partido da Imprensa Golpista, composto pela Globo, Folha, Estadão, Veja, etc) detonando a Petrobras e apostando em crises era só mentirinha.
Enquanto eles detonavam a economia brasileira no noticiário, a FIESP promoveu o ano inteiro caravanas de treinamento para capacitar indústrias a aproveitarem o crescimento da indústria do petróleo que está acontecendo.
- Lamenta informar que quem acreditou na Miriam Leitão, no Sardenberg e no Aécio Neves, está perdendo negócios e dinheiro. Se quiser voltar a ganhar precisa correr atrás do prejuízo, e investir rápido na capacitação para se tornarem fornecedoras do setor de Petróleo e Gás, aproveitando a enorme oportunidade que está aberta.
Aliás, Miriam Leitão nesta semana fez mais uma surrada e previsível coluna dizendo que ouviu um economista tucano, dizendo que o empresariado estaria desanimado. É isso que a nota da FIESP desmente.
Eis a nota:
Retrospectiva 2013 – Um ano de preparação para o crescimento no setor de petróleo e gás
Em torno do Comitê da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás (Competro), a Fiesp levou às indústrias todas as informações necessárias para aproveitar as oportunidades desse mercado.
Dulce Moraes, Agência Indusnet Fiesp
2013 foi o ano de despertar as indústrias para o grande potencial de negócios e riquezas advindas da exploração de petróleo na camada do pré-sal na costa brasileira.

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Justiça determina que União proteja terra indígena em Humaitá


Caos começou com morte de cacique e sumiço de três não indígenas. A PF se reuniu com 
lideranças indígenas, que negaram envolvimento e se dispuseram a colaborar nas buscas.


AJustiça Federal no Amazonas determinou à União e à Fundação Nacional do Índio (Funai) que adotem medidas de segurança, no prazo de 24 horas, para proteger a terra indígena Tenharim Marmelos, no município de Humaitá, no sul do Amazonas, diante da ameaça de novas invasões por manifestantes não indígenas.
Ao acatar pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, a Justiça Federal também determinou que os órgãos promovam o retorno às aldeias dos indígenas que estão refugiados no 54º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército.

Leia mais: AM: população queima prédios por causa de três desaparecidos

A juíza federal Marília Gurgel se baseou em argumentos e documentos apresentados pelo MPF, como fotos e notícias que relatam os atos de vandalismo e manifestos discriminatórios que tiveram os indígenas como alvo nos últimos dias.
A decisão da juíza afirma que a população indígena Tenharim está “acuada” e “relegada à própria sorte” diante dos ataques que tem sofrido por parte da população local, motivados pela suspeita de que os Tenharim tenham envolvimento no desaparecimento do professor da rede municipal de ensino de Apuí (AM), Stef Pinheiro de Souza, do gerente da Eletrobras em Santo Antonio do Matupi, Aldeney Ribeiro Salvador, e do representante comercial de Humaitá, Luciano da Conceição Ferreira Freire.
De acordo com a decisão liminar, concedida na noite de sábado (28), durante plantão da Justiça Federal, os órgãos devem elaborar um plano com a participação dos indígenas e o apoio das forças de segurança e instalar postos de fiscalização nos extremos da reserva.
O trânsito de não indígenas no trecho da rodovia Transamazônica (BR-230) que corta a terra indígena também deverá ser monitorado.
- Não paira dúvidas de que a população indígena em Humaitá vem sofrendo toda ordem de violência e desrespeito a seus direitos primários, enquanto seres humanos e minoria indígena, seja a partir da destruição e vandalismo de unidades dedicadas a seu amparo (Casai, Dsei, Funai, embarcação), seja pela depredação de suas aldeias e limitação de trânsito – destaca um trecho da decisão liminar.
A multa fixada por dia de descumprimento é de R$ 10 mil. A União e a Funai podem recorrer da decisão.
O MPF argumentou que a presença de forte efetivo de segurança apenas para fazer a busca de desaparecidos na terra indígena e depois retirar-se torna ainda maior o risco de novas ações violentas sobre o povo Tenharim, que já tiveram casas e bens queimados por um grupo de manifestantes, na sexta-feira (27).
A decisão determina que as forças de segurança que participam das buscas (Exército, Polícia Militar, Polícia Federal e Força de Segurança Nacional) também prestem apoio ao plano de proteção à reserva e ao povo indígena Tenharim.
Diante dos indícios de omissão por parte da União e da Funai em garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas durante o conflito em Humaitá, a Justiça Federal também determinou o envio de cópia do processo, após a apresentação das defesas, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Incitação à violência e preconceito
Na sexta, o MPF recomendou a retirada de publicações e abstenção de novas mensagens no Facebook, portais de notícia e outros veículos de imprensa da região dos municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí, que continham informações com conteúdo discriminatório, preconceituoso ou que incitavam a violência, o ódio e o racismo contra os povos indígenas da região, em especial o povo Tenharim.
O MPF pediu ainda aos organizadores e subscritores do manifesto de moradores de Santo Antônio do Matupi, distrito do município de Manicoré, que retirassem o material de circulação e não promovam novas manifestações preconceituosas e discriminatórias contra o povo indígena Tenharim.
No texto do manifesto, foram listadas quatro reivindicações, dentre elas a de que os signatários não querem mais nenhuma etnia indígena estudando nas escolas da comunidade e querem o afastamento das aldeias da margem da rodovia Transamazônica “para que não haja mais contato com a comunidade”.
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BELLUZZO CHUTOU O BALDE ?


A entrevista de Belluzzo não é sobre economia, é sobre política.

Por: Fernando Brito no Tijolaço

A longuíssima entrevista que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos integrantes do grupo que assessora a presidenta Dilma Rousseff, deu à Folha pode ter duas leituras.
Ou o professor Belluzzo entrou em rota de colisão com os demais integrantes desta assessoria ou, ao contrário, prenuncia uma mudança de rumos no alinhamento desta política.
É fato o que Belluzzo diz sobre termos ficado reféns de uma obsessão “inflacionista” que acabou por provocar um desequilíbrio no câmbio, que desequilibrou nossas trocas internacionais e o próprio funcionamento da economia industrial.
É fato também que ele, como integrante do seleto grupo com acesso a este nível de discussão com a presidência da República não dissentiu disso.
E ninguém saiu em defesa quando, no início do ano, ela disse que recusaria medidas de combate inflacionário que resultassem no fim do crescimento econômico.
Outros, como o economista Amir Kair, o faziam, há muito.
Mas Belluzzo, agora, “chuta o balde” em relação ao mercado financeiro.
E, mesmo reconhecendo que Dilma fez um imenso esforço para enfrenta-lo, sustenta que é preciso uma reação mais forte ao seu poder dominante.
Pela posição – ainda que informal – que todos sabem que ele ocupa junto à Presidente, o que Belluzzo diz ou é desafio ou é anúncio de mudança de postura.
Nem com uma imensa ingenuidade política poderia achar que aquilo que disse não vá ter repercussão.
Haverá efeitos políticos disso, para um lado ou para o outro.
Leiam um trecho da entrevista e tenham uma amostra de seu teor explosivo:

Dilma é desenvolvimentista?
A Dilma é desenvolvimentista só que não está conseguindo se livrar desses constrangimentos que vêm dos anos 1970 para cá. Ela recebeu a taxa de câmbio valorizada. Fez um esforço para desvalorizar. Porém, a inflação bateu no teto da meta. O que o BC fez e tinha que fazer? Subiu a taxa de juros.
Tinha que fazer?
Tinha. É preciso avaliar o que custa mais. Não tem regra. Se se perde o controle da inflação, ela vai para 7%, 8%, o risco de ela ir para 10% é muito maior. Não dá para num país que teve essa experiência hiperinflacionaria dar a sensação de que se está largando mão da inflação.
Depois de verbalizar uma posição mais firme em relação ao sistema financeiro, Dilma recuou? Ela foi enquadrada pelo sistema financeiro?
Não é que ela foi enquadrada. Essa palavra supõe…. Há um problema de relação de força. Não é saber quem razão. É saber quem tem mais poder de fogo, mas quem tem mais força.
Quem tem mais força: o mercado financeiro ou Presidência da República?
O mercado financeiro. No mundo inteiro. Ou se acha que os europeus fazem isso porque acham engraçado? É por que eles entregaram a rapadura!
Entregaram a rapadura para o mercado financeiro?
Sim, porque não se pode mexer naquilo que é essencial.
O que é essencial? Não deveria ser emprego, salário, bem-estar da população? É o sistema financeiro?
O essencial é o emprego, a renda, o bem-estar das pessoas. Mas estou dizendo que, nesse caso e depois de uma crise dessas proporções, houve uma inversão nas relações de poder se se comparar com os anos 1930. Porque nos anos 1930, o [Franklin] Roosevelt…Pam! Deu um murro na mesa, limpou e disse chega. Assim mesmo a economia foi devagar. O [Adolf] Hitler não só disse chega, como, no fundo, ele estatizou o crédito. Criou a Mefo, uma empresa privada para escapar do financiamento direto do tesouro das obras. O desemprego na Alemanha chegou a 43%; nos EUA foi 27%. Roosevelt sofreu oposição de todos os lados, inclusive da corte suprema.
Perdeu várias questões na corte suprema, sobre as primeiras instituições do New Deal. Ele foi costurando pelas beiradas. Hitler, não. Falou, é o seguinte: vão reconstruir a economia alemã. Criou essa Mefo, e um sistema de controle de preços duríssimo. No fundo, fez um acordo com empresários: querem sair dessa? Então vamos fazer assim. Eles emitiam papéis privados. Isso é a superpolitização da economia e a superautonomia do Estado em relação à sociedade civil. A economia do nazismo foi a estatização? Não. Foi, na verdade, a superprivatização da economia, com as forças do Estado, para preservar aquele bloco de empresas que estava ameaçado de destruição.
O que fazer agora?
Estamos discutindo uma questão crucial no capitalismo hoje, que é a autonomia do Estado. Um economista chinês disse outro dia que a diferença é que o Estado chinês é autônomo. Se pode fazer o que quiser na China: comprar, vender, montar empresa, quebrar. Só não se pode dar palpite na política do governo.
O Estado chinês é autônomo porque tem o seu próprio sistema financeiro?
Ter o seu próprio sistema financeiro está entre os elementos da autonomia. Em segundo lugar, ele controla o comércio exterior e regula o câmbio.
No Brasil o Estado não é autônomo?
Não, nunca foi. Houve momentos de uma certa autonomia. Com Getulio Vargas; com JK [Juscelino Kubitschek], menos. Getulio fez uma coisa: instituiu o confisco cambial, passou a mão nos excedentes de divisas do setor exportador para financiar a industrialização. O grande estadista brasileiro chama-se Getulio Vargas. Com todos os defeitos e qualidades que um estadista pode ter. Quem criou o Estado moderno brasileiro chama-se Getulio Vargas. O resto é tudo conversa mole.
Hoje o governo está de mãos atadas em relação ao mercado financeiro?
O governo está perdendo a batalha para o mercado financeiro. Perdendo a batalha ideológica e política para o mercado financeiro. Porque as pessoas estão convencidas de que é fundamental se ter essa liberdade do mercado financeiro e dos bancos. O que é o mercado financeiro? É uma espécie de sistema nervoso da economia capitalista, porque recebe as informações e as transmite. O que ele faz hoje, não só no Brasil, mas em outras partes do mundo?
É um setor que é autorreferencial. Como diz o papa, ele se voltou para os seus próprios motivos e não tem nada a ver com o resto. É um setor macroeconomicamente importante, mas cujo funcionamento está voltado para o enriquecimento de suas próprias funções ou dos seus participantes. Virou autorreferencial.
Ele já não tem a função de irrigar a produção?
As transformações no mercado financeiro fizeram com que ele deixasse de fazer a intermediação banco/empresa/investimento. Montam produtos que são do interesse deles. Por que eles resistem à intervenção no câmbio? A volatividade cambial é boa? É péssima para a decisão de investimento. Mas para eles é ótimo, porque ficam arbitrando.
É um setor vital e intocável? Dilma, com seu capital político, não pode mexer?
Não é um setor intocável. É que precisa ter base política nessa correlação de forças. Como Roosevelt teve no New Deal.
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LUIZ CARLOS BARRETO A DIRCEU: "VAMOS SAIR ENGRANDECIDOS"


Em mensagem ao ex-ministro, cineasta e fotógrafo brasileiro diz que imagem de José Dirceu de 
punhos erguidos, junto com Genoino, "vai ficar para a HISTÓRIA"; "temos certeza de que 
vamos vivenciar esta etapa de episódios sórdidos e sairmos todos engrandecidos".

O consagrado cineasta e fotógrafo brasileiro Luiz Carlos Barreto assina, com sua família, uma 
mensagem de solidariedade ao ex-ministro José Dirceu, preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. 

O texto foi publicado no blog de Zé Dirceu.

Prezado e muito querido Dirceu,

Tivemos muita dificuldade em encontrar as palavras que expressem nossas emoções e sentimentos.
Talvez estejamos querendo negar a realidade dos acontecimentos absurdos, inaceitáveis. Mas, como dizia nosso saudoso Hélio Pelegrino, não podemos perder a capacidade de nos indignarmos e transformar nossa IRA em combustível para agirmos e reagirmos.
Temos certeza de que vamos vivenciar esta etapa de episódios sórdidos e sairmos todos engrandecidos.
Sua imagem, junto com o Genoino, de punhos erguidos vai ficar para a HISTÓRIA.

Um forte e afetuoso abraço,

Lucy, Luiz Carlos Barreto e toda família Barreto (filhos, netos e bisnetos).
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LIRA MAIA AMBICIONA SER VICE GOVERNADOR !


Lira Maia e cia.

O Dep, Lira Maia no almoço oferecido á imprensa santarena controlada por ele, anunciou publicamente que "abre mão" de sua reeleição á câmara federal em 2014.
A única possibilidade de continuar na vida pública segundo Lira Maia é ser convidado para ser candidato a vice-governador do Estado do Pará. Sem definir em qual das chapas gostaria concorrer.
Do contrário, ele afirmou que se retira da cena política.
O Deputado aproveitou a ocasião para lançar em seu lugar o Dr. Nélio Aguiar, hoje Dep Estadual trânsfuga do PML, enquanto para a Assembleia Legislativa Maia cogita a candidatura de um seu parente próximo, o vereador Henderson Pinto, atual presidente da Câmara Municipal de Santarém.
O ruralista Lira Maia, sem nada de concreto para apresentar ao povo santareno, conseguiu subir nas paredes e mesmo assim, traçar um balanço positivo de sua atuação na Câmara Federal, onde segundo a revista Veja (SIC) figurou entre os 19 deputados mais atuantes.
Enfim.... se isso for verdade...... que o Helenilson Pontes se cuide, pois caso Lira Maia ficar com Jatene terá que fazer as malas e repensar ao que fazer de sua vida politica.
Mas que o PT também fique atento, pois uma adesão do ex Prefeito de Santarém á chapa de Helder Barbalho, poderá significar o "fundo do poço", caso sua direção insistir em querer fazer dobradinha com o PMDB.
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Construtora dá calote em operários e jornalista é ferida por PMs em Santarém

Márcia Reis (Foto jornal O Impacto)
Fonte: RG 15/O Impacto

A jornalista Márcia Reis, 32, da TV Guarany/Record de Santarém (Pará) foi ferida ontem quando fazia a cobertura de um protesto de centenas de operários de uma obra do governo federal, cuja empreiteira não realizou os pagamentos de fim de ano.
Funcionários da empresa Carmona Cabrera, responsável pela construção das casas do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, na Avenida Moaçara, em Santarém, Oeste do Pará, revoltados por não receberam o pagamento das duas parcelas do 13º salário, promoveram uma manifestação no escritório da empresa, localizada na Avenida Moaçara, na tarde de quinta-feira, dia 26.
Durante a manifestação, os funcionários colocaram fogo em alguns apartamentos que estão em fase de construção. Representantes da empresa acionaram a Polícia, para manter a segurança no local.
Os manifestantes fecharam a Avenida Moaçara, nos dois lados e também uma parte da Rodovia Santarém/Cuiabá.
ABUSO DE PODER: 
Um grupo de policiais militares foi até o local da manifestação e, na chegada teriam sido recebidos de modo agressivo pelos manifestantes. A polícia respondeu à agressão jogando bombas de gás lacrimogêneo e usando balas de borracha contra os manifestantes. Muitas pessoas foram atingidas, inclusive algumas tiveram que ser atendidas por uma equipe do Samu que foi até o local e levadas para o Pronto Socorro Municipal.
IMPRENSA FOI ALVO DA POLÍCIA:
Profissionais da imprensa foram atingidos pela falta de preparo dos PMs. A repórter da TV Guarany, Márcia Reis, foi atingida com estilhaços de bombas em várias partes do corpo, ficando em estado de choque e com vários ferimentos. O repórter Juscelino Campos também foi atingido com gás lacrimogêneo e teve sérios problemas em sua visão por várias horas.


PM respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

REPÓRTER ESTÁ GRÁVIDA: 
O mais grave de tudo, é que a repórter Márcia Reis está grávida e foi levada às pressas para a Maternidade São Camilo, onde recebe atendimento. Os médicos estão verificando a situação de seu bebê. Familiares da repórter estavam revoltados no Hospital e cobram providências da Justiça contra o abuso dos homens do Grupo Tático da PM.
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O QUE O PSDB NÂO FAZ: EDUCAÇÃO EM SP ABAIXO DA MÉDIA


“Se São Paulo fosse um país, estaria na 58.ª posição, abaixo de Brasil, Uruguai e Chile”

Saiu no Estadão, em estado comatoso: SÃO PAULO TEM EDUCAÇÃO ABAIXO DA 
MÉDIA DO PAÍS SEGUNDO DADOS DO PISA

Por Estados, só 4 redes públicas conseguem superar média; Brasil ficou em 57º lugar entre 65 países na avaliação internacional
Apenas quatro redes de ensino estaduais brasileiras têm resultados superiores à média geral do Brasil, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) de 2012. A rede de São Paulo, o Estado mais rico do País, fica abaixo do Brasil na média das áreas avaliadas.
Os dados desagregados pelas redes de cada Estado são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que trabalha com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na realização do Pisa. A OCDE realiza a avaliação nos 34 países considerados de primeiro mundo e em outros convidados, como o Brasil.
(…)
Se São Paulo fosse um país, estaria na 58.ª posição, abaixo de Brasil, Uruguai e Chile e acima somente de oito países, incluindo Jordânia, Argentina, Colômbia e Peru.
(…)
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A violência “sem regras” do UFC: saudades de Mike Tyson

Embora tenha regras, espírito que prevalece no MMA ainda é o do "vale tudo", onde o que prevalece é a lei do mais forte.

Por Haroldo C. Sereza (Opera Mundi)
A grave contusão de Anderson Silva e o interesse generalizado pelo destino do ex-campeão expõe, mais uma vez, a popularidade dessa luta incrivelmente aceita que é o UFC, o Ultimate Fight Championship – a grande competição mundial de artes marciais mistas, ou MMA.
As disputas de MMA surgiram nos anos 1990, e substituíram em prestígio, especialmente entre o público masculino, o boxe. Embora essas lutas tenham, conforme passaram a se tornar atração televisiva (especialmente no Pay Per View), adotado algumas restrições – proibiu-se o “dedo no olho”, o puxão de cabelos e o ataque a genitais, por exemplo -, o esporte foi criado e prosperou como negócio sob o slogan “There are no rules!”, ou seja, nada de regras.
A proposta inicial era criar uma espécie de competição entre as diversas artes marciais, sem diferenciação de peso (isso foi mudado depois das primeiras edições do UFC), para que os “especialistas” nas modalidades – boxe, kung fu, karatê, kickboxing, jiu-jítsu – se enfrentassem e se chegasse à conclusão de qual seria a mais completa e eficaz arte marcial.
Como na economia neoliberal e na natureza darwinista em sua simplificação mais improdutiva, a lógica era “que vença o mais apto” (Darwin pensa nos limites naturais como um fator de diversificação, a seleção que em geral estimula a diferença e, ao cabo, a convivência, e não a destruição de todos pelo mais forte). Mas o que aconteceu de fato nesse ambiente da luta sem regras pela sobrevivência no octógono?
O MMA não levou ao aprimoramento das artes marciais. Pelo contrário: as artes marciais se dissolveram em um grande vale-tudo. Quando é preciso ter uma regra que iniba o puxão de cabelos e o “dedo-no-olho”, é porque na prática tudo é permitido.
Nesse ambiente, a lesão de Anderson Silva não é um mero acidente, é consequência lógica de um tipo de luta que tem muito pouco de arte e um excesso de guerra. Não se sabe ainda como não passou pela cabeça dos organizadores a ideia genial de por um homem para lutar com um felino de grande porte. Que vença o melhor, afinal. 


O octógono, novo palco que substitui as antigas arenas e os ringues

Há algo de infantilmente belo em todas as lutas marciais. A ideia de treino, de dedicação, de perfeição pela repetição é algo de fato admirável. É essa beleza que explica sucessos como a série Karatê Kid e que inspira a filosofia que está por trás, por exemplo, do karatê e do judô.
Mas toda essa beleza convive com a ideia do grotesco, especialmente quando o respeito ao saber e ao conhecimento do adversário sucumbe diante da ideia de que o melhor espetáculo não é o do movimento perfeito, mas o da violência absoluta. Aquela que não apenas dá cabo ao adversário, mas que o destrói e o desfigura.
Nunca fui um fã de boxe, mas confesso que, ao abrir os portais de internet neste ano da graça de 2013 que não acaba, fiquei com saudades daquele bom moço chamado Mike Tyson. Para não falar de Mohammed Ali, Sugar Ray Leonard, George Foreman e Éder Jofre.
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O Ridículo Deputado Carlos Sampaio


CAUSA PRÓPRIA

Janio de Freitas


Enquanto os honrados do PSDB bloqueiam as investigações de seus feitos contra os cofres públicos de São Paulo, o líder de sua bancada na Câmara, deputado Carlos Sampaio, se ocupa com incriminações também do governo ou do PT. 
Sua ideia mais recente é uma ação contra Dilma Rousseff, na Justiça Eleitoral, por mandar cartões de Boas Festas aos funcionários. 
Sampaio, promotor de origem, considera que os cartões são abuso de poder, com finalidade eleitoral.
Então Dilma faz campanha desde o primeiro ano de governo. 
E Carlos Sampaio, para ser coerente, terá de processar muitos ministros, governadores e secretários de governo, inclusive do PSDB. 
Mas tem alternativa a esse trabalhão: é ser um pouco mais sério e menos ridículo, já que está pensando na sua própria reeleição.
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“VOCÊ MELHOROU DE VIDA ?” MELHOROU !

Pronunciamento de final de ano da presidenta Dilma

O pior brasileiro do ano


Um péssimo exemplo para os brasileiros.

Por : Paulo Nogueira

X é um querido amigo meu. Mesma profissão, mesma geração, mesma redação durante muitos anos.
X é uma pessoa boa, solidária, leal, atributos que me fizeram querer mantê-lo entre meus amigos no correr dos longos dias.
X é, também, uma prova do efeito deletério que Joaquim Barbosa vem exercendo sobre a índole bondosa, pacífica e cordial dos brasileiros.
O caráter dos brasileiros está sendo corrompido por JB, e poucas pessoas parecem se dar conta dessa potencial tragédia brasileira.
Dias atrás, X escreveu que Genoíno, “o mensaleiro”, estava querendo “moleza”.
Moleza, no caso, era simplesmente ficar em sua casa simples no Butantã, em São Paulo, o período provisório de prisão domiciliar. Hoje, “o mensaleiro” – meu amigo X não citou o nome – está numa casa de familiares em Brasília.
Esta é a “moleza”.
Vamos lembrar que estamos na época de Natal, propícia a atos de concórdia, perdão e tolerância. Com tudo isso, X se comportou com ódio e com absoluta distância do espírito natalino.
X vibrou com a decisão mesquinha, desnecessária e inclemente de JB de não permitir a transferência de Genoino.
Ele não se comoveu sequer com a luta épica que a filha de Genoino, Miruna, trava pelo pai. Você pode não gostar do pai. Mas desprezar o desespero de uma filha impotente é coisa para poucos.
X é uma vítima de JB, como tantos outros brasileiros que se fanatizaram na luta contra os “mensaleiros”.
Compare os sentimentos que o papa Francisco inspira sobre as pessoas. Jorram de Francisco amor, piedade, compaixão, solidariedade, tolerância.
De JB emana o oposto.
Não gosto de simplificar as coisas, mas Francisco encarna as virtudes mais elevadas da humanidade e JB os defeitos mais abomináveis.
Se o mundo seguir Francisco, a humanidade ficará melhor. Se o Brasil seguir JB, ficaremos todos piores.
No mesmo dia em que X ficou feliz com a mesquinharia de JB, Miruna mandou uma mensagem a alguns jornalistas, entre os quais eu. Ela acabara de saber da decisão de JB.
O título da mensagem é autoexplicativo: “Revolta!”
O manifesto de Miruna:
“Palavras textuais do presidente do STF sobre a situação do meu pai:
“Por fim, considerada a provisoriedade da prisão domiciliar na qual o condenado vem atualmente cumprindo sua pena, e a forte probabilidade do seu retorno ao regime semi-aberto ao fim do prazo solicitado pela Procuradoria-Geral da República, considero que a transferência ora requerida fere o interesse público.
Por todo o exposto, indefiro o pedido de cumprimento da pena em regime domiciliar em São Paulo.”
Eu sei que não posso falar tudo o que penso sobre o presidente da suprema corte de justiça de meu país. Mas também que adjetivo é possível usar para alguém que proíbe um condenado CARDÍACO de cumprir sua pena DOMICILIAR em seu DOMICÍLIO e ainda ameaça que em fevereiro vai colocá-lo de volta na prisão?
O próprio laudo feito pelos médicos escolhidos a dedo por Barbosa fala: “Desta feita, o tratamento anti-hipertensivo de longo prazo deve incluir (… cita a dieta, exercícios e tal) A RESTRIÇÃO DA INFLUÊNCIA DE FATORES PSICOLÓGICOS ESTRESSANTES”.
Que tal isso ser considerado a começar pelo presidente do Supremo? O que vocês acham que se pode dizer de alguém que já ameaça e anuncia, no dia 28 de dezembro, uma época realmente propícia para ameaças, que a pessoa vai voltar para a cadeia em dois meses????????????”
Assim termina a mensagem de Miruna, numa série de interrogações para as quais ela não encontra respostas.
Pelo efeito deletério que vem tendo sobre o caráter dos brasileiros, e particularmente pelo mal que ele vem fazendo à alma de meu amigo X, Joaquim Barbosa é o Pior Brasileiro do Ano.
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Estado de Schumacher é ‘crítico’


Nas últimas horas, piorou o estado de saúde de Schumacher. O ex-piloto está internado no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, perto de Méribel, onde sofreu hoje de manhã um acidente de esqui.
As informações, agora oficiais, mencionam uma hemorragia cerebral, cirurgia de emergência, estado crítico e coma.
É preciso muito cuidado com a leitura desses termos. Nenhum significa “morte”. Mas todos indicam, claro, que a situação é grave e o risco de vida existe — sob certo controle, como no caso de Massa em 2009, mas presente.
O comunicado do CHU de Grenoble divulgado agora há pouco diz:
L’ancien champion allemand souffrait d’un “traumatisme crânien grave avec coma à son arrivée” au CHU de Grenoble et a subi un “intervention neurochirurgicale”.
Schumacher, portanto, teria dado entrada no CHU em coma, já.
O Grande Prêmio , blog do jornalista especializado Flávio Gomes, está em regime de plantão. Todas as informações serão atualizadas lá ao longo da noite, madrugada e nos próximos dias.
Saiba Mais: Blog do Flávio Gomes
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Lula: 2014 será o ano de reconhecimento de Dilma


'Se tivesse que escolher uma palavra que definisse o caráter da presidenta Dilma Rousseff, essa seria coragem', diz o ex-presidente. Lutou desde muito jovem para transformar o Brasil. Na presidência, enfrentou, neste ano, com êxito, os protestos de junho e a espionagem dos Estados Unidos, que ela mesmo sofreu.

Dilma Rousseff, o poder da coragem

Por Luiz Inácio Lula da Silva (El Pais)

Se tivesse que escolher uma palavra que definisse o caráter da presidente Dilma Rousseff, essa seria coragem. Esta companheira lutou desde muito jovem para transformar o Brasil, para melhorar as condições de vida das pessoas mais humildes. Foi perseguida, presa e torturada durante a ditadura, mas nunca abandonou seus ideais. Em uma sociedade acostumada a ver sempre os homens em postos dirigentes, ela foi a primeira mulher secretária de Finanças do seu Estado, a primeira ministra de Minas e Energia do Brasil, a primeira chefe da Casa Civil, a primeira presidente.
Durante o meu governo, ela reorganizou o setor de energia levando a eletricidade a três milhões de casas nas zonas rurais. Dirigiu o maior programa de infraestrutura de nosso período que garantiu o crescimento econômico com uma grande inclusão social.
Em seu governo, o país alcançou a cifra de 36 milhões de pessoas resgatadas da miséria absoluta. Em meio a uma crise mundial, o Brasil da presidente Dilma é o país mais empenhado na luta contra o desemprego, que caiu para 5,2%.
2014 será um grande ano para o Brasil, e não só por causa da organização da Copa do Mundo de futebol. O país colherá os frutos que a presidente Dilma semeou: a exploração do petróleo na camada do pré-sal; as concessões dos aeroportos, da rede ferroviária e dos portos; os grandes investimentos em educação, saúde e saneamento. Será o ano do reconhecimento da seriedade e da competência desta mulher brasileira de tanta coragem.
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sábado, 28 de dezembro de 2013

Marina agora vai ter que "ralar muito". Apenas torcer por novos protestos em 2014 não basta


E a desigualdade?

Por : Paulo Nogueira

Em seu comentado artigo de ontem na Folha, Marina deixou claro qual é sua grande arma e grande esperança para 2014: os protestos.
É compreensível.
O único nome na política que saiu intacto nas chamadas Jornadas de Junho foi o dela.
Para muita gente, em geral desavisada, Marina simbolizou, naqueles dias, um “jeito diferente” de fazer política.
Nas pesquisas, o favoritismo absoluto de Dilma pareceu ameaçado. Sua popularidade desabou. Num triunfo da esperança, a oposição achou que Dilma poderia estar acabada como candidata a um segundo mandato, ou alguma coisa próxima disso.
Marina cresceu em tais circunstâncias. Mais tarde, o fracasso em legalizar seu partido e o casamento de conveniência com Eduardo Campos tiraram boa parte do brilho e do ímpeto conquistado por Marina nas manifestações.
No eleitorado progressista, Marina se desgastou também ao repetir um chavão dos conservadores – o risco de “chavismo” no Brasil.
E Dilma, ao mesmo tempo, foi se recuperando. Hoje, passados alguns meses, e com o impacto positivo de ações sociais como o programa Mais Médicos, Dilma recuperou o amplo favoritismo.
Na maior parte das pesquisas, ela ganha com uma certa facilidade. Parecem grandes as chances de vitória no primeiro turno, nas circunstâncias atuais.
Mas e se houver uma nova rodada de protestos? A disputa fica aberta de novo? Marina vira uma candidata forte a ponto de Campos ser obrigado a ceder a ela a cabeça de chapa no PSB?
Bem, ao contrário do que Marina mostrou desejar em seu artigo, dificilmente o quadro se repetirá.
Primeiro, o fator surpresa não existirá mais. Segundo, com a confusão programática e pragmática da aliança com Campos, a aura de “diferente” de Marina perdeu muito.
Terceiro, os reais articuladores das manifestações – os jovens do Passe Livre – aprenderam uma lição prática.
Os protestos, na sua origem, tinham uma clara aura de reivindicações sociais. O que estava sendo dito nas ruas é que a sociedade queria menos pobreza, menos desigualdade, menos violência contra os índios, menos concessões aos conservadores em nome da “governabilidade”.
Depois, com a ajuda entusiasmada da mídia, houve uma manipulação. Malandramente, tentou-se dar à manifestações um caráter – falso – de cansaço da “corrupção”.
Foi quando a Veja colocou em suas páginas amarelas um celerado carioca que era “o rosto que emergiu das ruas”, pausa para rir. Pouco tempo depois, sem a ajuda da esquerda jovem, o “líder” da Veja reuniu dez pessoas num protesto que ele convocou como se fosse Danton.
Os garotos do PL perceberam a usurpação que se quis fazer nos protestos, e se recolheram. O resultado é que as manifestações imediatamente começaram a minguar. Perderam seu motor.
Dilma parece ter compreendido a mensagem das ruas. A firmeza com que enfrentou a resistência retrógrada no Mais Médicos foi um sinal disso.
Acelerar ações sociais em curso e promover novas é a melhor forma de prevenir manifestações. No Brasil, como de resto em quase todo o mundo, o alvo delas é a desigualdade social.
Marina vai ter que fazer mais, caso queira ter relevância em 2014, que torcer por novas Jornadas de Junho.
Ela vai ter que mostrar que tem planos reais para reduzir a iniquidade brasileira.
Até aqui, ela falou não mostrou nada neste que é o maior desafio nacional, embora tenha falado muito.
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SUBCOMANDANTE MARCOS FALA: "A LUTA CONTINUA"


Porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional sugere novas ações e faz críticas ao 
governo federal e à administração do Estado de Chiapas, berço do grupo; “Não há batalhas 
definitivas, nem para vencedores nem para vencidos. A luta seguirá, e aqueles que agora se 
deleitam no triunfo verão seu mundo ser derrubado”, disse ele

A poucos dias do aniversário de 20 anos de seu primeiro levante, no estado de Chiapas, México, o principal porta-voz do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN), Subcomandante Marcos, lançou comunicado no qual promete que a luta do grupo continuará. No texto, ele sugere novas ações, faz críticas às diferentes correntes ideológicas mexicanas, à recente reforma energética aprovada pelo Congresso do país e questiona o governador de Chiapas pelos altos gastos públicos.
Em 1º de janeiro de 1994, um grupo de indígenas encapuzados e armados liderado pelo EZLN ocupou várias cidades chiapanecas no mesmo dia em que entrava em vigor o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), tratado assinado pelo México, Estados Unidos e Canadá. O presidente, então, era Carlos Salinas de Gortari, filiado ao Partido da Revolução Institucional (PRI), mesma sigla do atual mandatário, Enrique Peña Nieto.
Marcos afirma no comunicado que, “para as encapuzadas e encapuzados daqui, a luta que vale não é que foi ganha ou perdida, é a que segue, e para ela se preparam calendários e geografias”, insinua, sugerindo novas mobilizações do EZLN. “Não há batalhas definitivas, nem para vencedores nem para vencidos. A luta seguirá, e aqueles que agora se deleitam no triunfo verão seu mundo ser derrubado.”
Publicado esta semana, o texto faz uma reflexão sobre a luta e o tratamento dedicado aos revolucionários mortos, dando-lhes sentidos distantes da vida que tiveram. Além disso, Marcos afirma que os zapatistas querem ser “melhores” e que aceitam quando a realidade lhes diz que não alcançaram seu objetivo, mas que mesmo assim não deixaram de “seguir lutando”.
Sobre o governador de Chiapas, Manuel Velasco, o porta-voz do EZLN assegura que, apesar de “ter apertado o cinto com um programa de austeridade”, gastou “mais de 10 milhões de dólares em uma campanha publicitária nacional que, apesar de massiva e cara, é ridícula... e ilegal”. 
Sem mencionar seu nome, diz que o “autodenominado governador”, do Partido Verde Ecologista do México (PVEM), lançou uma campanha para promover o turismo e “põe nos turistas vendas para que não vejam os paramilitares, a miséria e o crime nas cidades chiapanecas”.
Marcos também questionou todas as reformas anunciadas no México, como a energética, que prevê a privatização do petróleo, e considerou que a “desapropriação” começou há muitos anos. “A desapropriação disfarçada de reforma constitucional não se iniciou com esse governo: começou com Carlos Salinas de Gortari (1988-1994). A desapropriação agrária foi então 'coberta' pelas mesmas mentiras que agora envolvem as más faladas reformas", sublinhou.
Sobre a situação do campo mexicano, Marcos disse que este está “completamente destroçado, como se um pacote de bombas atômicas o tivesse arrasado. E isso acontece com todas as reformas. A gasolina, a energia elétrica, a educação, a injustiça, tudo será mais caro, de pior qualidade, mais escasso.”
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Roberto Marinho quis demitir 17 jornalistas ‘comunistas’, diz documento do SNI recém-descoberto

Uma leva de documentos inéditos do Serviço Nacional de Informações (SNI) detalha o período em que a ditadura brasileira, acuada pela campanha internacional contra a tortura e as prisões de opositores, monitorou jornalistas.
O regime linha-dura de Ernesto Geisel demonstrava uma crescente preocupação com jornalistas e outros profissionais liberais.
Em 13 de março de 1976, uma lista com 127 nomes foi enviada ao comando
do I Exército. Nomes como Mino Carta, Milton Coelho da Graça e Millôr Fernandes compõem a lista.
O mesmo documento registra ainda um episódio que revela a proximidade do dono da Rede Globo com a alta cúpula do regime.
Nele está dito que Roberto Marinho, “que inicialmente se mostrou incrédulo quanto à infiltração comunista no ‘complexo O Globo’’, manifestou aos militares a intenção de demitir 17 jornalistas.
Os jornalistas eram comunistas, segundo a ditadura.
Ainda segundo o despacho, as demissões não ocorreram à época a pedido do próprio Exército: um general aconselhou Roberto Marinho a não despedir os jornalistas, “a fim de aguardar os trabalhos de ação psicológica, com o propósito de desmoralizá-los”.
Integrante do grupo de jornalistas monitorados, Milton Coelho da Graça lembra que o Globo estava “cheio de agentes responsáveis por passar informações à polícia e ao serviço secreto”.
Saiba Mais: Carta Capital
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CNMP QUER SABER POR QUE GURGEL PROTEGEU AGRIPINO


Conselho Nacional do Ministério Público vê em engavetamento do caso de caixa 2 do DEM 
prevaricação do ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel; denúncia contra a 
governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, e o presidente do DEM, Agripino 
Maia, de financiamento ilegal de campanha, chegou à PGR em 2009, mas foi solenemente 
ignorada por Gurgel; “Este é um exemplo da controvertida gestão de Roberto Gurgel. Trata-se 
de uma falta de clareza de critérios, que faz com que se pense que ele atuava com parcialidade”, 
afirma o conselheiro do CNMP Luiz Moreira.

247 - Hoje ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel ganhou notoriedade, durante sua passagem pelo cargo, por sua ávida atuação contra petistas no episódio do "mensalão". No entanto, quando as denúncias que chegavam até ele eram contra figuras de outros partidos, notadamente, os de oposição ao PT, não se percebia a mesma disposição para investigar. 
O caso que envolve a denúncia de caixa 2 do DEM no Rio Grande do Norte é mais um exemplo dessa indignação seletiva de Gurgel.
Denunciado na semana passada pela revista Istoé, o esquema envolvendo a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o presidente do partido, senador José Agripino Maia, no financiamento ilegal de campanha, foi ignorado por Gurgel em 2009, ano em que o caso chegou à Procuradoria-Geral da República. Ciarlini e Agripino Maia estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal por caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2006. 
Em umas das escutas telefônicas captadas pela Polícia Federal, Maia surge questionando a um interlocutor se a parcela de R$ 20 mil – em um total de R$ 60 mil prometidos a determinado aliado – foi repassada. A sequência das ligações revela que não era uma transição convencional. 
Segundo a investigação do MP, contas pessoais de assessores da campanha eram utilizadas para receber e transferir depósitos não declarados de doadores. Mas tudo isso foi ignorado por Gurgel, numa clara atitude de prevaricação.
Diante disso, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) quer saber por que o ex-procurador-geral Roberto Gurgel não investigou a denúncia. À Istoé, o conselheiro do CNMP Luiz Moreira questionou os motivos que levaram ao arquivamento dos grampos. “Este é um exemplo da controvertida gestão de Roberto Gurgel”, diz. “Trata-se de uma falta de clareza de critérios, que faz com que se pense que ele atuava com parcialidade”, complementa. Não é a primeira vez que um parlamentar do DEM se beneficia da vista grossa de Gurgel. O ex-senador Demóstenes Torres, flagrado em escutas da operação Vegas da Polícia Federal, deixou de ser investigado pela Procuradoria Geral da República até a deflagração de outra ação da PF, a Operação Monte Carlo, que confirmou a ligação do parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, lembra reportagem da revista que chega esta semana às bancas.
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BARBOSADAS: GENOINO EM PRISÃO DOMICILIAR. MAS QUE NÃO SEJA EM SUA RESIDÊNCIA


Mais um abuso de Joaquim Barbosa, ao negar pedido feito pela defesa de José Genoino, de transferência da prisão domiciliar de Brasília para São Paulo; solicitações semelhantes feita por outros condenados no mesmo processo, no entanto, estão sendo atendidas; para justificar posição, Barbosa diz que transferência de Genoino "fere o interesse público; enquanto isso, Roberto Jefferson, com pena já definida, continua solto.

BARBOSA NEGA DIREITOS A GENOÍNO. ILEGAL E DAÍ?

Por Miguel do Rosário


Leio na imprensa que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, negou pedido feito por José Genoíno para cumprir a sua pena de residência domicilar em sua… residência.
A lei diz que os presos tem direito de cumprir a sua pena no estado onde mantém residência. Trata-se de um direito humano, baseado na lógica, pois facilita o acesso dos familiares ao condenado.
Mas no Brasil de Joaquim Barbosa e Rede Globo, a única lei que vale é a da vingança e do justiçamento midiático. Barbosa também se negou a conceder, em caráter definitivo, a prisão domicilar para Genoíno. Prefere mantê-lo, e à sua família, em estado de torturante suspense, até fevereiro do ano que vem.
Condenados em regime semi-aberto seguem presos em regime fechado, e mesmo assim a Globo continua chamando-os de privilegiados, tentando produzir ainda mais animosidade contra os condenados.
Nenhum colunista levantou a voz para comentar alguma dessas ilegalidades. Chico Caruso hoje publica outra charge contra Dirceu, em mais um ato nojento de covardia contra um político que não pode responder porque está preso ilegalmente em regime fechado. A tropa midiática é organizada, fiel, e mau caráter.
O jornal O Globo tem um slogan que costuma usar para ironizar o chamado “jeitinho” brasileiro. A frase agora se volta contra o próprio jornal. O Globo sabe que Joaquim Barbosa está cometendo ilegalidades, e nem dá bola. Ilegal, e daí?
Além de ilegal, a atitude de Joaquim Barbosa, de negar conceder em caráter definitivo a prisão domiciliar para Genoíno, um cidadão brasileiro que foi torturado barbaramente durante a ditadura, reflete uma personalidade má, vingativa, mesquinha. Definitivamente, ele não tem as qualidades que se espera de um juíz.
Genoíno sofre de grave doença cardíaca, precisa de estabilidade emocional para viver um pouco mais. Ao manter o suspense sobre sua prisão domiciliar, estentida apenas provisoriamente até fevereiro, Joaquim Barbosa agride diretamente a saúde de Genoíno. Ao negar que ele cumpra sua prisão domicilar em sua própria casa, conforme manda a lei, ele se arvora em verdugo sem escrúpulos, disposto a afrontar a lei para satisfazer seu próprio sadismo.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Leilão da BR-40 mostra, de novo, que é possível conceder rodovia sem pedágio extorsivo



Por Fernando Brito

Curioso o comportamento do empresariado brasileiro.
O leilão de concessão da BR-40 foi suspenso porque as empresas interessadas achavam baixo demais o valor estabelecido para o pedágio, por trecho de 100 quilômetros: R$ 3,44.
Agora, o leilão foi realizado – aliás, com grande sucesso – do trecho da BR-40, ligando Brasília a Belo Horizonte saiu com um lance de R$ 3,22.
Ou 6,5% mais barato do que o inicialmente previsto.
O que ó comprova que o preço fixado antes era justo e factível.
Agora compare o preço de rodovias concedidas do período FHC e pelos governos dos estados, principalmente São Paulo.
Os pedágios são até quatro vezes mais caros por quilômetro rodado.
Pergunte a quem passa pela Bandeirantes ou pela Anhanguera.
Se alguém quer saber em que as concessões feitas nos governos Dilma e Lula são diferentes do que foi feito com FHC, basta olhar estes preços.
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O funesto império mundial das corporações


Por Leonardo Boff

Os bons votos de um ano feliz são rituais. Não passam de simples votos, pois não conseguem mudar o curso do mundo onde os super-poderosos seguem sua estratégia de dominação global. Sobre isso é que precisamos pensar e até rezar pois as consequências econômicas, sociais, culturais, espirituais e para o futuro da espécie e da natureza podem ser nefastas.
Muitos como J. Stiglitz e P. Krugman esperavam que o legado da crise de 2008 seria um grande debate sobre que tipo de sociedade queremos construir. Erraram feio. A discussão não se deu. Ao contrário, a lógica que provocou a crise foi retomada com mais furor. Richard Wilkinson, um dos maiores especialistas sobre o tema desigualdade foi mais atento e dissse, há tempos, nums entrevista ao jornal Die Zeit da Alemanha: ”a questão fundamental é esta: queremos ou não verdeiramente viver segundo o princípio que o mais forte se apropria de quase tudo e o mais fraco é deixado para trás?”
Os super-ricos e super-poderosos decidiram que querem viver segundo o princípio darwinista do mais forte e que se danem os mais fracos. Mas comenta Wilkinson: “creio que todos temos necessidade de uma maior cooperação e reciprocidade, pois as pessoas desejam uma maior igualdade social”. Esse desejo é intencionalmene negado por esses epulões.
Via de regra, a lógica capitalista é feroz: uma empresa engole a outra (eufemisticamente se diz que se fizeram fusões). Quando se chega a um ponto em que só restam apenas algumas grandes, elas mudam a lógica: ao invés de se guerrearem, fazem entre si uma aliança de lobos e comportam-se mutuamente como cordeiros. Assim articuladas detém mais poder, acumulam com mais certeza para si e para seus acionistas, desconsiderando totalmente o bem da sociedade.
A influência política e econômica que exercem sobre os governos, a maioria muito mais fracos que elas, é extremamente constrangedor, interferindo no preço das commodities, na redução dos investimentos sociais, na saúde, educação, transporte e segurança. Os milhares que ocupam as ruas no mundo e no Brasil intuíram essa dominação de um novo tipo de império, feito sob o lema:”a ganância é boa” (greed is good) e “devoremos o que pudermos devorar”.
Há excelentes estudos sobre a dominação do mundo por parte das grandes corporaçõesmultilaterais. Conhecido é o de David Korten”Quando as corporações regem o mundo”(When the Corporations rule the World). Mas fazia falta um estudo de síntese.
Este foi feito pelo Instituto Suiço de Pesquisa Tecnológica (ETH)” em Zurique em 2011 que se conta entre os mais respeitados centros de pesquisa, competindo com MIT. O documento envolve grandes nomes, é curto, não mais de 10 páginas e 26 sobre a metodologia para mostrar a total transparência dos resultados. Foi resumido pelo Prof. de economia da PUC-SP Ladislau Dowbor em seu site. Baseamo-nos nele.
Dentre as 30 milhões de corporações existentes, o Instituto selecionou 43 mil para estudar melhor a lógica de seu funcionamento. O esquema simplificado se articula assim: há um pequeno núcleo financeiro central que possui dois lados: de um, são as corporações que compõe o núcleo e do outro, aquelas que são controladas por ele. Tal articulação cria uma rede de controle corporativo global.
Essse pequeno núcleo (core) constitui uma super-entidade(super entity).
Dele emanam os controles em rede, o que facilita a redução dos custos, a proteção dos riscos, o aumento da confiança e, o que é principal, a definição das linhas da economia global que devem ser fortalecidas e onde.
Esse pequeno núcleo, fundamentalmente de grandes bancos, detém a maior parte das participações nas outras corporações. O topo controla 80% de toda rede de corporações. São apenas 737 atores, presentes em 147 grandes empresas. Ai estão o Deutsche Bank, o J.P. Morgan Chase, o UBS, o Santander, o Goldes Sachs, o BNP Paribas entre outros tantos. No final menos de 1% das empresas controla 40% de toda rede.
Este fato nos permite entender agora a indignação dos Occupies e de outros que acusam que 1% das empresas faz o que quer com os recursos suados de 99% da população. Eles não trabalham e nada produzem. Apenas fazem mais dinheiro com dinheiro lançado no mercado da especulação.
Foi esta absurda voraciade de acumular ilimitadamente que gestou a crise sistêmica de 2008.
Esta lógica aprofunda cada vez mais a desigualdade e torna mais difícil a saída da crise.
Quanto de desumanidade aquenta o estômago dos povos? Pois tudo tem seu limite nem a economia é tudo. Mas agora nos é dado ver as entranhas do monstro. Como diz Dowbor: ”A verdade é que temos ignorado o elefante que está no centro da sala”. Ele está quebrando tudo, critais, louças e pisoteando pessoas. Mas até quando? O senso ético mundial nos assegura que uma sociedade não pode subsistir por muito tempo assentada sobre a super exploração, a mentira e a anti-vida.
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Guitarrista do Queen detona o 'The Voice': programa mais burro da TV

"Guitarrista do Queen classifica programa The Voice como um insulto à música: “entediante, 
burro e deprimente”.

Pragmatismo Politico 

Há quem adore e não sai ada frente da TV para assistir o programa, mas tem aqueles que detestam o reality show musical “The Voice”, que aqui no Brasil é conhecido porThe Voice Brasil.
Brian May, guitarrista do “Queen” está entre os artistas que não aprovam o formato do programa. O reality é transmitido pela BBC no Reino Unido, onde ele mora e tem versões espalhadas pelo mundo todo, inclusive no Brasil.
May até pede desculpas em seu site, diz que detesta ser negativo, mas para ele, ‘The Voice’ é o programa mais entediante, mais burro, mais deprimente da TV. É o insulto definitivo à música e aos artistas.
A versão britânica, à qual os comentários de May foram dirigidos, conta com um júri composto por Jessie J, Tom Jones e will.i.am e Brian lamentou que Tom Jones, de quem ele é fã, participasse do programa.
Sobre a audição às cegas feita no programa ele não poupou críticas: “Toda vez que vejo alguns cantores jovens arrebentando suas tripas para tentar ganhar a atenção de alguém, que está sentado de maneira rude, virado de costas para eles…eu tenho nojo”, disparou. E mais, Brian deseja a morte natural do programa.
Não é a primeira vez que um roqueiro se manifesta contra reality shows musicais. Em entrevista à revista britânica “NME” em março, Dave Grohl, líder do Foo Fighters, disse que os jurados desses programas são muito duros com os competidores que não têm tanto talento musical. Será que eles estão pegando pesado?

Segue a íntegra da declaração do guitarrista do Queen

“Desculpe, eu odeio ser negativo – mas eu tenho que dizer isso.
Na minha opinião, o ‘The Voice’ é absolutamente o programa mais irritante, estúpido e depressivo na televisão. É também um insulto à música e aos músicos.

Toda vez que eu vejo jovens cantores arrebentando suas entranhas para tentar conquistar a atenção de alguém, que está grosseiramente sentado de costas para o cantor… eu me sinto enojado.
O programa rebaixa o ato de cantar a um nível de um obstáculo estúpido. Isso não é definitivamente o sentido da música.Quando alguém canta ou toca, de verdade, não precisa ficar se esgoelando para tentar persuadir alguém a notá-lo. Basta ter alguma mensagem, emoções sublimes, algo belo que possa ser compartilhado pelo músico com um público, que dá a atenção àquilo que ele acredita merecer. A apresentação é tudo que um músico pode oferecer… sua voz, seu som, sua linguagem corporal, sua expressão facial, um contato visual íntimo. É totalmente estúpida a ideia de que alguém possa julgar um cantor virado de costas para ele e perder todo esse contato. Para mim, isso não faz o menor sentido. É totalmente venenoso para o crescimento de jovens músicos.
Eu odeio ver o ótimo Tom Jones preso nesse cenário, que parece depravar todos a perderem sua dignidade.
Eu espero que esse programa tenha uma morte natural em breve.”
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