segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Construtora dá calote em operários e jornalista é ferida por PMs em Santarém

Márcia Reis (Foto jornal O Impacto)
Fonte: RG 15/O Impacto

A jornalista Márcia Reis, 32, da TV Guarany/Record de Santarém (Pará) foi ferida ontem quando fazia a cobertura de um protesto de centenas de operários de uma obra do governo federal, cuja empreiteira não realizou os pagamentos de fim de ano.
Funcionários da empresa Carmona Cabrera, responsável pela construção das casas do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, na Avenida Moaçara, em Santarém, Oeste do Pará, revoltados por não receberam o pagamento das duas parcelas do 13º salário, promoveram uma manifestação no escritório da empresa, localizada na Avenida Moaçara, na tarde de quinta-feira, dia 26.
Durante a manifestação, os funcionários colocaram fogo em alguns apartamentos que estão em fase de construção. Representantes da empresa acionaram a Polícia, para manter a segurança no local.
Os manifestantes fecharam a Avenida Moaçara, nos dois lados e também uma parte da Rodovia Santarém/Cuiabá.
ABUSO DE PODER: 
Um grupo de policiais militares foi até o local da manifestação e, na chegada teriam sido recebidos de modo agressivo pelos manifestantes. A polícia respondeu à agressão jogando bombas de gás lacrimogêneo e usando balas de borracha contra os manifestantes. Muitas pessoas foram atingidas, inclusive algumas tiveram que ser atendidas por uma equipe do Samu que foi até o local e levadas para o Pronto Socorro Municipal.
IMPRENSA FOI ALVO DA POLÍCIA:
Profissionais da imprensa foram atingidos pela falta de preparo dos PMs. A repórter da TV Guarany, Márcia Reis, foi atingida com estilhaços de bombas em várias partes do corpo, ficando em estado de choque e com vários ferimentos. O repórter Juscelino Campos também foi atingido com gás lacrimogêneo e teve sérios problemas em sua visão por várias horas.


PM respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

REPÓRTER ESTÁ GRÁVIDA: 
O mais grave de tudo, é que a repórter Márcia Reis está grávida e foi levada às pressas para a Maternidade São Camilo, onde recebe atendimento. Os médicos estão verificando a situação de seu bebê. Familiares da repórter estavam revoltados no Hospital e cobram providências da Justiça contra o abuso dos homens do Grupo Tático da PM.
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