Novas conversas divulgadas pela Vaza Jato mostram que grampo em Lula permitiu a
investigadores anteciparem ações de advogados e enganarem Rosa Weber em decisão poucos
dias antes da condução coercitiva do ex-presidente.
Novas conversas da Vaza Jato, divulgadas nesta terça-feira (5)
que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e investigadores
da Lava Jato sonegaram informações a ministra Rosa Weber, do
Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar influenciar no julgamento
de uma ação da defesa do ex-presidente para suspender as
investigações.
Entre as informações sonegadas estaria a menção da ministra em dois
grampos de conversas de Lula com o advogado Roberto Teixeira, sócio
do escritório que defende o ex-presidente. O acesso aos áudios da
conversa de Lula com a defesa permitiu aos investigadores anteciparem
ações para tentar incriminar o petista.
Para tentar barrar a proposta da defesa de Lula – de escalar o atual
senador Jaques Wagner para fazer contato com a ministra -, Deltan
Dallagnol disse que “um contato lá seria bom, mas teríamos que abrir a
existência do diálogo e poderia vazar”, em referência à menção de Rosa
Weber no grampo. “O moro pode neutralizar”, sugeriu Januário Paludo,
lembrando aos colegas que o juiz trabalhara com Rosa.
Antes da Lava Jato, Moro trabalhou como juiz instrutor no gabinete de
Rosa Weber durante o julgamento do escândalo do mensalão, em 2012.
Condução coercitiva
A articulação dos investigadores da Lava Jato ocorreu após a defesa de
Lula dar entrada na ação, em 26 de fevereiro de 2016. À época, Moro e
os procuradores já articulavam a condução coercitiva de Lula, em mais
um espetáculo midiático da Lava Jato, que aconteceu no dia 4 de março.
Neste intervalo, os procuradores da Lava Jato elaboraram um
documento com informações a serem levadas a Rosa pela Procuradoria-
Geral da República.
Para tentar barrar a proposta da defesa de Lula – de escalar o atual
senador Jaques Wagner para fazer contato com a ministra -, Deltan
Dallagnol disse que “um contato lá seria bom, mas teríamos que abrir a
existência do diálogo e poderia vazar”, em referência à menção de Rosa
Weber no grampo. “O moro pode neutralizar”, sugeriu Januário Paludo,
lembrando aos colegas que o juiz trabalhara com Rosa.
Antes da Lava Jato, Moro trabalhou como juiz instrutor no gabinete de
Rosa Weber durante o julgamento do escândalo do mensalão, em 2012.
Condução coercitiva
A articulação dos investigadores da Lava Jato ocorreu após a defesa de
Lula dar entrada na ação, em 26 de fevereiro de 2016. À época, Moro e
os procuradores já articulavam a condução coercitiva de Lula, em mais
um espetáculo midiático da Lava Jato, que aconteceu no dia 4 de março.
Neste intervalo, os procuradores da Lava Jato elaboraram um
documento com informações a serem levadas a Rosa pela Procuradoria-
Geral da República.
No mesmo dia, Rosa decidiu contra a defesa de Lula, afirmando que
que não encontrara indício de ilegalidade na condução das
investigações que justificasse interferir no trabalho do Ministério Público
em estágio tão prematuro.
A decisão foi comemorada pela Lava Jato no grupo de whatsapp. “Rosa
Weber mandou lils pastar”, escreveu o delegado Márcio Anselmo,
tratando o ex-presidente pelas iniciais do seu nome. “Uhuuuuuu”.
Moro mandou encerrar a interceptação e levantou o sigilo das
investigações duas semanas depois, tornando público o conteúdo dos
telefonemas de Lula, incluindo as conversas em que ele sugeriu aos
aliados que procurassem Rosa Weber e uma ligação feita por Dilma
após a interrupção do grampo.
A divulgação dos áudios, no mesmo dia em que a presidenta nomeou
Lula ministro do seu governo, aprofundou a crise e selou o início do
golpe que resultou na queda de Dilma da Presidência.
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