O procurador Deltan Dallagnol exaltou a companhia de tecnologia Neoway, delatada na
Operação Lava Jato, de acordo com reportagem do site Intercept; "A tecnologia é essencial
para podermos avançar contra a corrupção", disse ele em vídeo; "Isso nos faz precisar, se
queremos investigar melhor, usar sistemas de Big Data", afirmou;
O procurador da Lava Jato exaltou a companhia de tecnologia
Neoway, delatada na operação, de acordo com nova
reportagem do site Intercept Brasil.
"A tecnologia é essencial para podermos avançar contra a corrupção. Lidamos com uma imensa
massa de dados em investigações e que pode ser usada para avaliar potencial fornecedores. Isso nos
faz precisar, se queremos investigar melhor, usar sistemas de Big Data", afirmou o procurador em
vídeo.
"Se queremos um País com menos corrupção, precisamos caminhar na direção da formação de um
"Se queremos um País com menos corrupção, precisamos caminhar na direção da formação de um
consenso e caminhar no sentido de que todos nós busquemos autar contra a corrupção não só
coletivamente, mas também individualmente dentro das empresas promovendo ética e integridade",
acrescentou.
A matéria do Intercept destaca: "Quando finalmente percebeu que havia recebido dinheiro e feito
A matéria do Intercept destaca: "Quando finalmente percebeu que havia recebido dinheiro e feito
propaganda grátis para uma empresa investigada pela operação que comanda no Paraná, o
procurador confessou a colegas: 'Isso é um pepino para mim'. Mas só escreveu à corregedoria do
Ministério Público Federal para prestar 'informações sobre declaração de suspeição por motivo de
foro íntimo' quase um ano depois, quando o processo foi desmembrado no STF e uma parte foi
remetida à Lava Jato de Curitiba".
De acordo com a reportagem, o "procurador Deltan Dallagnol foi pago para dar uma palestra para
uma empresa investigada por corrupção pela Lava Jato, operação que ele comanda em Curitiba.
Dallagnol recebeu R$ 33 mil da Neoway, uma companhia de tecnologia, quando ela já estava citada
numa delação que tem como personagem central Cândido Vaccarezza, ex-líder de governos petistas
na Câmara que foi preso em 2017, e em negociatas na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras
privatizada na terça-feira".
"Não ficou só na palestra, realizada em março de 2018. Deltan também aproximou a Neoway de
"Não ficou só na palestra, realizada em março de 2018. Deltan também aproximou a Neoway de
outros procuradores com a intenção de comprar produtos para uso da Lava Jato. Ele chegou a gravar
um vídeo para a empresa, enaltecendo o uso de produtos de tecnologia em investigações – a Neoway
vende softwares de análise de dados".
Segundo a matéria, "a primeira citação à Neoway nos chats secretos da Lava Jato aconteceu dois
Segundo a matéria, "a primeira citação à Neoway nos chats secretos da Lava Jato aconteceu dois
anos antes da palestra de Deltan, em 22 de março de 2016, em um grupo no Telegram chamado
Acordo Jorge Luz. O grupo fora criado para que os procuradores da Lava Jato discutissem os termos
de delação de Jorge Antonio da Silva Luz, um operador do MDB que tentava negociar uma delação
com a força-tarefa. Dallagnol participava ativamente do grupo".
"Naquele dia, o procurador Paulo Galvão mandou um documento que trazia a primeira versão do que
viria a ser o depoimento de Luz sobre diversas empresas, entre elas a Neoway. No documento, o
candidato a delator narrava: 'Lembro-me ainda de um projeto de tecnologia para Petrobras com a
empresa Neoway que recorri ao Vandere Vaccarezzapara me ajudarem agendando uma reunião na
BR Distribuidora. Houve esta reunião e recebi valores por esta apresentação e destas repassei parte
para eles. Posteriormente a tecnologia foi contratada sem minha interferência ou dos deputados'".
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