sábado, 20 de julho de 2019

AO REPUDIAR FAKE NEWS DO BOLSONARO CONTRA MIRIAM, A GANGUE DOS IRMÃOS METRALHAS MARINHO ATACA ESQUERDA E PT


Responsável direta pela ascensão de Jair Bolsonaro, ao promover uma campanha pela prisão 
ilegal do ex-presidente Lula e pela fraude eleitoral de 2018, a Globo provou que merece ter Jair 
Bolsonaro no seu encalço. Ao criticar o fato de Bolsonaro ter mentido e falsificado a história ao 
atacar Miriam Leitão, a Globo também atacou o PT por ter feito críticas democráticas à 
jornalista.
247 – A Globo não conseguiu criticar Jair Bolsonaro, que ontem mentiu e falsificou a história, ao 
dizer que a jornalista Miriam Leitão não foi torturada e pretendia participar da luta armada, sem 
também atacar o Partido dos Trabalhadores, alvo de uma campanha de ódio e desinformação 
promovida pela emissora há vários anos. Confira, abaixo, a nota da Globo sobre o caso:
O presidente recebeu hoje um grupo de jornalistas estrangeiros para um café da manhã. Os 
jornalistas cobraram do presidente um comentário sobre o ato de intolerância de que foi vítima a 
jornalista Miriam Leitão no fim de semana. Miriam e o marido, Sérgio Abranches, participariam de 
uma feira literária em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. 
Em redes sociais, foi organizado um movimento de ataques e insultos à jornalista, cuja postura, de 
absoluta independência, foi tratada como um posicionamento político de esquerda e de oposição ao 
governo Bolsonaro. Em resposta aos correspondentes internacionais, o presidente Jair Bolsonaro 
disse que sempre foi a favor da liberdade de imprensa, e que críticas devem ser aceitas numa 
democracia.
Mas, depois, afirmou que Miriam Leitão foi presa quando estava indo para a guerrilha do Araguaia, 
para tentar impor uma ditadura no Brasil. E repetiu, duas vezes, que Miriam mentiu sobre ter sido 
torturada e vítima de abuso em instalações militares durante a Ditadura Militar que governava o país 
então. Essas afirmações do presidente causam profunda indignação e merecem absoluto repúdio. Em 
defesa da verdade histórica, e da honra da jornalista Miriam Leitão, é preciso dizer com todas as 
letras que não é a jornalista quem mente.
Miriam Leitão nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PCdoB, 
Miriam atuou em atividades de propaganda. Ela foi presa e torturada grávida, aos 19 anos, quando 
estava detida no 38º Batalhão de Infantaria em Vitória. No auge da Ditadura de 64, em 1973, Miriam 
denunciou a tortura perante a primeira auditoria da Aeronáutica no Rio, enfrentando todos os riscos 
que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao juiz auditor, e esse relato 
consta nos autos para quem quiser pesquisar.
A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações formuladas contra ela pela Ditadura. A 
absolvição se deu em todas as instâncias. É importante ressaltar que Miriam Leitão, ao longo dos 
governos do Partido dos Trabalhadores, foi também alvo constante de ataques. Não questionaram 
como agora o sofrimento por qual passou na Ditadura, mas a ofenderam em sua honra pessoal e 
profissional.
Em discursos do ex-presidente Lula em palanques, e até mesmo a bordo de avião de carreira, quando 
Miriam Leitão ouviu insultos e ofensas por parte de militantes petistas que então lhe chamavam de 
neoliberal e direitista. Esses insultos, no passado, como agora, em sinais trocados, demonstram a 
maior das virtudes de Miriam como profissional: a independência em relação a governos, sejam de 
esquerda, de direita ou de qualquer tipo. A Globo aplaude essa independência, pedra de toque do
jornalismo profissional e se solidariza com Miriam Leitão.

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