quinta-feira, 9 de maio de 2019

M. Rubens Paiva mostra que boa parte dos ‘tuiteiros do Bolso’ são robôs



POR FERNANDO BRITO 
O cronista Marcelo Rubens Paiva traz hoje, no Estadão. uma informação muito mais útil do que a do 
algoritmo ideológico das “bolhas” sugerido hoje pela Folha como “GPS ideológico”.
Com ajuda de sites independentes, ele mapeou os seguidores de Jair Bolsonaro – 4,14 milhões! -, 
algumas vezes maior que seus ex-adversários eleitorais.
Mas, mostra Marcelo, uma parte imensa parte deles, com indicação de que sejam falsos, os famosos 
“robôs”, ou bots:
A companhia de software SparkToro afirma que 60,9% dos seguidores de Jair Bolsonaro são falsos 
(spam, bots, propaganda ou inativos).
A SparkToro chegou a esses dados após descobrir que 87% deles quase não têm seguidores, 69% 
usam locações que não se encaixam, 94% não têm URL e 61% das contas foram criadas há menos de 
60 dias, além de outros dados que usam para definir o que é falso.
O site StatusPeople vai mais longe: apenas 27% dos seguidores são comprovadamente reais, 7% são 
falsos e 66%, inativos.
Já a auditoria TwitterAudit atesta que apenas a metade dos seguidores é real. A outra metade é 
composta por falsos ou incertos.
É claro que Bolsonaro tem uma enorme presença nas redes sociais. É seu partido, seu palanque, seu 
critério de avaliação do que vai propor e fazer.
Mais é também o seu penacho, aquilo que usa para impressionar – tanto para intimidar quanto para 
atrair – e daquilo que ele mais cuida.
É por aí que se deve procurar as razões para o que parece simples maluquice.
É, claro, maluquice, mas não é só.

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