Jornal GGN - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou na quarta (26) mais um
recurso da defesa de Lula, agora para anular uma decisão de Sergio Moro que mantém o
uso de provas com indícios de falsidade em processo envolvendo a Odebrecht.
Segundo informações do TRF-4, o recurso de Lula foi negado por unanimidade, em voto
puxado pelo relator da Lava Jato, desembargador João Gebran Neto.
Ele decidiu que “a partir da análise das provas produzidas não é possível extrair qualquer
indicativo de falsidade material dos documentos impugnados pelo recorrente, impondo-se
nesse sentido a manutenção da decisão que julgou improcedente o incidente de falsidade”.
Lula é réu em Curitiba por supostamente ter sido beneficiado com a compra de um imóvel,
pela Odebrecht, que o Instituto Lula nunca aceitou ou utilizou. Além disso, os procuradores
de Curitiba insistem que o dono de um apartamento vizinho ao de Lula, em São Bernardo
do Campo, teria utilizado recursos da Odebrecht para adquirir a propriedade.
Segundo a defesa, há indícios de que o sistema de pagamento de propinas da Odebrecht,
usado pelos procuradores para extrair documentos neste e em outras ações penais, teria
sido manipulado antes, durante e depois da Lava Jato.
Moro admitiu um incidente de falsidade após a defesa apontar suspeitas em documentos
específicos. Uma perícia foi autorizada, mas os advogados de Lula tiveram acesso limitado.
No final, Moro declarou que não iria descartar as provas. Foi quando a banca que defende o
ex-presidente precisou recorrer à segunda instância.
O mérito da ação penal ainda deve ser julgado por Moro.
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