domingo, 23 de setembro de 2018

ATAQUE A CIRO DOS IRMÃOS METRALHAS MARINHO É CALDO ESCALDADO


Faltando duas semanas para eleição, jornal apresenta delação de supostos recursos para 

campanha, pagos em 2010 e 2012
"Quinze dias, apenas, estão faltando para as eleições e vem essa história, sem 
pé nem cabeça, envolvendo um irmão meu, que é inocente, que é sério, que é 
trabalhador, que tem patrimônio modesto para suas posses normalmente", 
pontua Ciro Gomes em um vídeo veiculado nas redes sociais logo após a 
publicação da matéria. "Nunca na minha vida me envolvi em qualquer tipo de 
corrupção ou escândalo", completa Ciro declarando que irá processar que for o 
autor da denúncia.


A “denúncia” contra Ciro Gomes, sobre a qual o Jornal Nacional ontem dedicou extensa reportagem, 
praticamente copiando o texto publicado pelo Jornal O Globo é conhecida há, pelo menos, um ano.
Em 30 de setembro de 2017, a Veja publicou que ” a delação da Galvão Engenharia vem tirando o 
Gomes“.
Em novembro daquele ano, Luiz Edson Fachin pediu “ajustes pontuais” na delação.
Porque este ovo, chocado há tanto tempo, eclodiu ontem?
A “reportagem” do JN não traz nenhuma informação nova em relação às publicadas por O Globo. É, 
sem tirar nem por, uma coletânea de recortes do jornal, que se estende por quatro minutos e meio, 
um tempo que só se dá a grandes acontecimentos ou, como no caso, matéria de interesse editorial. 
Ainda mais sem nenhum material de apoio.
Destruir apoios de Ciro na classe-média para alimentar uma subida de Jair Bolsonaro neste 
eleitorado? Ou deter, neste mesmo segmento, um crescimento do ex-governador do Ceará que 
“contivesse” o crescimento de Fernando Haddad?
Desqualificar seu apoio, num segundo turno a Haddad?
Apenas demonstrar-se imparcial e por fim aos boatos de que estaria apostando numa “alternativa 
Ciro” na qual, entre todos os institutos, só o Datafolha, ainda que discretamente, põe suas fichas? Se 
é isso, assemelha-se às ilusões de Ciro com o ‘Centrão’, esperança que o fez cometer vários erros de 
condução da campanha.
Seja o que for, pela idade e qualidade do material usado, bom jornalismo não é.
Se fosse, um ano depois de levantada a acusação, o assunto já teria sido tema para muitos 
“exclusivos”, porque o conteúdo, como se viu pelo histórico, já tinha “aniversário de vazamento”.
Tem batata nessa chaleira, diria Leonel Brizola.

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