Gebran valida delação de Palocci à PF (Foto: TRF-4)
Causou muita estranheza a rapidez demonstrada por Edson Fake-hin, em
cancelar o julgamento do pedido da defesa de Lula, menos de uma hora depois
da decisão do TRFde4, mas em consonância. O "verme" decidiu pelo
arquivamento depois que o TRFde4 responsável pela Lava Jato em segunda
instância, decidiu enviar o caso de Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e
não para o STF. O ministro entendeu, desta forma, que o pedido de liberdade
ficou 'prejudicado'. O TRFde4 tomou sua decisão poucas horas após a defesa de
Lula haver apresentado à vice-presidência da Corte, em uma audiência, o
memorial demonstrando todos os requisitos presentes para a admissibilidade
dos recursos especial e extraordinário interpostos em 23 de abril.
Jornal GGN - Após o próprio Ministério Público Federal (MPF) considerar que as supostas
acusações de Antonio Palocci careciam de provas, o relator da Lava Jato no Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, homologou a delação
premiada do ex-ministro Antônio Palocci com a Polícia Federal.
No ano passado, procuradores da Lava Jato de Curitiba admitiram que as informações do ex-
ministro não tinham sustentação ou como serem provadas, e retrocedeu de continuar um
acordo.
Preso preventivamente desde 2016, Palocci disse ao juiz Sérgio Moro, em setembro do
último ano, que o ex-presidente Lula fez um "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht para
ser beneficiado com repasses que chegariam a R$ 300 milhões para articulações políticas.
Entre as contrapartidas oferecidas pela empreiteira, estaria o terreno em São Bernardo
para a construção do Instituto Lula.
Mesmo sendo graves as acusações, os próprios procuradores da força-tarefa de Curitiba
negaram fechar o acordo porque, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, elas
teriam sido insuficientes para a negociação e um dos investigadores chegou a dizer que os
relatos eram mais "fofoca de Brasília".
Mas foi o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar nesta semana que delegados da Polícia
Federal fechem acordos, independentemente do MPF, que o relator da Lava Jato no TRF-4,
Gebran Neto, homologou o acordo de Palocci com a PF.
Os depoimentos tramitam em segredo de Justiça e o conteúdo não foi divulgado.
Entretanto, a Rede Globo já divulgou que o ex-ministro acusa supostos crimes contra o ex-
presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff.
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