sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A JUSTA IRA DE ZÉ de ABREU DIANTE DO APOIO DO PT Á BEÓCIO NEVES


"Desisto. Se o PT for de novo 'republicano', desisto. Não estamos vivendo momentos normais", 
tuitou o ator; que ressaltou não concordar com a decisão do partido de se posicionar contra o 
afastamento de Aécio Neves do mandato, como determinou o Supremo.

O ator José de Abreu, petista declarado, disse que está desistindo do partido depois do 

posicionamento contra o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do 
mandato.“Desisto. Se o PT for de novo ‘republicano’, desisto. Não estamos vivendo momentos 
normais”, publicou o ator em sua conta no Twitter. Ele ressaltou não concordar com a decisão 
da legenda divulgada nesta quarta-feira 27.   "Não concordo com a decisão do PT. Esse 
republicanismo levado ao paroxismo já nos brindou com o golpe. Lula prestes a ser 
condenado... desisto", completou.  Ele disse ainda 'duvidar' que o PT "mantenha essa posição 
suicida até a próxima terça-feira" e ironizou a ida do partido ao Conselho de Ética contra 
Aécio. "Acreditar no Conselho de Ética é o mesmo que acreditar na isenção da Lava Jato".

Por Kiko Nogueira

A deliberação desastrosa do PT de apoiar Aécio Neves provocou uma hecatombe entre os militantes 
e deixou felizes os detratores que enxergaram nisso a prova de que todos os políticos são iguais e 
querem apenas se proteger para roubar.
A nota de Gleisi Hoffmann é herdeira do republicanismo suicida que teve no ex-ministro da Justiça 
José Eduardo Cardozo seu campeão.
Num tom rocambolesco, Aécio é descrito como alguém que “defronta-se hoje com o monstro que 
ajudou a criar”.
No entanto, ele não pode ser afastado pelo STF, cuja decisão de afastá-lo foi “esdrúxula” e “acima da 
Constituição”. Aécio Neves deve ser levado ao Conselho de Ética, diz o texto.
Ora, Aécio ganhou um puxão de orelha e foi proibido de sair à noite. E o Conselho de Ética vai 
absolvê-lo.
Por que se posicionar peremptoriamente e tão velozmente a favor do principal artífice do golpe, um 
jagunço que falava em corrupção diuturnamente enquanto ajudava a financiar milícias fascistas?
Que cálculo político — a decisão seria uma “armadilha do Supremo para suspender mandatos na 
esquerda”, afirmam alguns — justifica o desgaste?
Que sinal se queria passar? Se era o da “independência entre os poderes”, deu ruim. 
Nem José Dirceu teve de seus antigos companheiros uma resposta tão grave e direta. Muito pelo 
contrário, aliás.
Petista histórico, corajoso, José de Abreu vocalizou a frustração generalizada fora dos círculos dos 
fãs incondicionais empedernidos. “Desisto. Se o PT for de novo ‘republicano’, desisto. Não estamos 
vivendo momentos normais”, escreveu no Twitter.
“Esse republicanismo levado ao paroxismo já nos brindou com o golpe. Lula prestes a ser 
condenado… desisto”.
Dilma, que andava bastante loquaz, se calou até o momento. Está de acordo? Apoia a acochambrada 
no sujeito que a chamou de mentirosa e irresponsável e conspirou com seu vice Michel para colocar 
no poder uma corriola?
O pragmatismo levado ao extremo é burro e custa caro. Eventualmente, bem mais que um mandato 
ou uma eleição. Custa a esperança de quem acredita numa causa. Aí é a morte.

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