segunda-feira, 12 de junho de 2017

EMÍLIO ODEBRECHT INOCENTA LULA E CITA REUNIÃO COM FHC


Atual presidente do Conselho de Administração da empreiteira, Emílio Odebrecht foi ouvido 
novamente nesta segunda-feira 12 pela Justiça Federal no Paraná a pedido da defesa do ex-
presidente Lula; testemunha de acusação em um dos processos a que o petista responde na 
Lava Jato, o empresário disse que não se envolveu nos oito contratos firmados entre a 
empreiteira e a Petrobras, que são citados na ação penal, e disse não saber se tais contratos 
estavam condicionados à aquisição de um imóvel para o Instituto Lula; sobre uma conversa 
que teve com o ex-presidente FHC para discutir o projeto Gás Brasil, ele confirmou ser comum 
debater assuntos relacionados a óleo e gás com presidentes da República

POR FERNANDO BRITO 

Nas centenas de textos que a imprensa publicou sobre os documentos da Odebrecht, Lula é referido 
do o “o amigo do seu pai”, numa referência ao relacionamento entre Emílio, dono da empreiteira que 
leva seu nome pai de seu presidente, Marcelo, com Lula.
Aliás, Marcelo Odebrecht diz que tinha um mau relacionamento com o ex-presidente: “O Lula nunca 
gostou de mim. Quem sempre tratou de tudo com ele foram o meu pai e o Alexandrino (Alencar, 
diretor de relações institucionais)”disse ele num depoimento à Procuradoria Geral da República.
Portanto, nada mais natural, se houvesse pedidos de Lula, estes fossem feitos a Emilio Odebrecht ou 
dele fosse de conhecimento.
Hoje, na sua reinquirição de Sérgio Moro ao patriarca da empreiteira, Emílio, na desccrição 
insuspeita de O Globo, “negou envolvimento em contratos firmados entre a Petrobras e Odebrecht 
que teriam sido celebrados em troca de uma futura compra de um terreno para o Instituto Lula”.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, também perguntou se Emílio manteve reuniões com 
outros ex-presidentes da República que antecederam Lula no cargo. O empresário confirmou:— 
Desde a minha entrada na organização, praticamente todos ex-presidentes. Discutia várias 
coisas de interesse nacional, aquilo que era importante para o Brasil continuar crescendo – disse 
Emílio(…)
A outra pessoa que Marcelo Odebrecht disse ter relacionamento com Lula, Alexandrino Alencar, no 
seu depoimento, dias atrás, também negou ter tratado com o ex-presidente do tal terreno para o 
Instituto mas, ao contrário, havia recebido a incumbência do próprio Marcelo, que também o 
informou que o valor seria apropriado de uma suposta conta “Italiano”.
É de supor que, se Lula fosse pedir um terreno, o pediria àqueles com quem tinha relacionamento 
mais próximo. E ambos dizem que não pediu nada a eles e, muito menos, que fosse posto na conta de 
isso ou aquilo.
Como diz o ex-delegado federal Armando Coelho Neto, Lula está sendo processado pelo crime do 
“IA”: Ia receber, ia ganhar, ia se apropriar. Se é que ia, não foi.
Não foi, mas vai ser condenado por Sérgio Moro, Se não pelo triplex, pelo sítio; se não pelo sítio, 
pelo prédio; se não pelo prédio, pelos caixotes.
Mas certamente por ser o favorito nas eleições de 2018, como convém a processos que só tem de 
sólido o interesse político.

Zanin: Depoimentos a Moro comprovam isenção de Lula na 
Lava Jato
Jornal GGN - O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula dos processos da 
Lava Jato que tramitam na Vara Federal do juiz Sergio Moro, emitiu nota à imprensa, 
nesta segunda (12), afirmando que novos depoimentos colhidos pelo magistrado 
comprovam que o ex-presidente não tinha conhecimento de esquema de corrupção na 
Petrobras. 
Zanin destacou as falas de duas testemunhas. A primeira, Fábio Barbosa, que compôs o 
Conselho de Administração da Petrobras, apontou que nunca foi detectado por 
funcionários da Petrobras ou do governo Lula a existência do que esquema que foi 
revelado pela Lava Jato.  
Além disso, relatou que "a eleição de diretores é incumbência do conselho de 
administração, que avalia nomes levados pelo presidente executivo da companhia. Disse 
que não havia porque rejeitar nomes como os de Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e 
Renato Duque, considerando os currículos profissionais e os longos anos de companhia 
que cada um tinha e que, àquela altura, não se tinha conhecimento de qualquer 
elemento desabonador." 
Para a Lava Jato, Lula deve ser condenado por ter sido o chefe do chamado petrolão 
porque, como presidente da República, ele detinha o poder para lotear as diretorias da 
Petrobras com a finalidade de obter vantagens indevidas para si, para o PT, para partidos 
aliados e para os agentes que participam das ilicitudes. 
Para Zanin, está "cada vez mais difícil manter de pé a acusação do Ministério Público 
Federal de existência de corrupção sistêmica na Petrobras com o conhecimento de Lula". 
O defensor também destacou o depoimento de Emílio Odebrecht. Delator da Lava Jato, o 
patriarca da empresa reforçou "que seus contatos com Lula seguiram sempre o padrão 
que manteve com Fernando Henrique Cardoso e com os demais ex-presidentes da 
República. O objetivo desses encontros era debater assuntos de interesse do Brasil, 
relacionados à área tão estratégica como a de óleo e gás." 
Os depoimentos foram tomados por Moro no âmbito da ação penal em que Lula é 
acusado de receber propina da Odebrecht por meio da compra de um imóvel nunca 
usado pelo Instituto Lula, entre outras supostas benesses.
________________________________________________

Nenhum comentário: