segunda-feira, 12 de junho de 2017

APÓS CONDENAR ESPIONAGEM A FACHIN, VOVÓ ADAMS DIZ QUE NÃO TOMARÁ PROVIDÊNCIAS


Dois depois de (fingir) demonstrar indignação e criticar com veemência a suposta espionagem 
da Abin ao ministro Edson Fachin a mando de Michel Temer, a presidente do STF, ministra 
Vovo Adams, disse que não vai tomar nenhuma medida em relação ao caso; segundo a 
assessoria de imprensa da Corte, Temer teria garantido a Vovo da familia Adamds não ter 
ordenado qualquer ação de arapongas contra o relator da Lava Jato, e a ministras se deu por 
satisfeita; "Portanto, o tema está, por ora, esgotado"; ministro Gilmar Mendes repreendeu a 
presidente da Corte em entrevista à Folha; "Eu chamei a atenção da ministra Cármen: ela 
precisa assumir a defesa do tribunal em todos os ataques", disse Gilmar; "É preciso que ela 
assuma a defesa institucional do tribunal e de todo o Judiciário. E não só de um ou de outro. 
Essa é a missão dela, como presidente"

247 - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou que não 
vai tomar nenhuma medida em relação às notícias de espionagem e escuta conta ministros do 
Supremo Tribunal Federal (STF).
"A Ministra Presidente do Supremo Tribunal Federal não adotará qualquer providência sobre a 
notícia de que estaria havendo escuta ou medida irregular contra Ministros do Supremo. O 
Presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido. Não há o que 
questionar quanto à palavra do Presidente da República", diz trecho de texto divulgado pela 
assessoria de imprensa do STF, que conclui: "Portanto, o tema está, por ora, esgotado".
Nesse sábado, Cármen Lúcia havia emitido uma dura em que condenava com veemência a suposta 
ação de espionagem da Abin contra o relator da Lava Jato. "É inadmissível a prática de gravíssimo 
crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada 
informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", diz trecho da nota (leia aqui).
Denúncia feita nesta sexta-feira pela revista Veja aponta que Temer teria acionado o serviço secreto 
"para bisbilhotar a vida do ministro com o objetivo de encontrar qualquer detalhe que possa 
fragilizar sua posição de relator da Lava-Jato".
Guinada no posicionamento da presidente do STF ocorre no mesmo dia em que, em entrevista à 
Folha, o também ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, repreendeu Carmen Lúcia 
por não ter se posicionado em ataques a outros ministros da Corte.
"Agora, eu chamei a atenção da ministra Cármen: ela precisa assumir a defesa do tribunal em todos 
os ataques. O ministro [Dias] Toffoli já sofreu ataque, ligado a vazamento da Lava Jato. Já houve 
ataques ao [Luiz] Fux, ao [Ricardo] Lewandowski. A revista Veja noticiou que a PGR queria me 
envolver no caso [do senador] Aécio [Neves]. E houve silêncio [de Cármen Lúcia]. É preciso que ela 
assuma a defesa institucional do tribunal e de todo o Judiciário. E não só de um ou de outro. Essa é a 
missão dela, como presidente", disparou Gilmar.
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