quinta-feira, 1 de junho de 2017

Donald Trump enterra esforço global para tentar deter mudança climática

Retirada dos EUA do Acordo de Paris foi anunciado nesta quinta-feira na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira a decisão de retirar o 
país do Acordo de Paris, que tenta minimizar os efeitos da mudança climática, após semanas de 
debate interno. O presidente do segundo maior emissor de gases poluentes renuncia ao pacto selado 
em 2015 e que estabelece um calendário de redução das emissões para retardar os efeitos do 
aquecimento global.
O anúncio foi feito em uma solene cerimônia na Casa Branca. O debate sobre o Acordo de Paris, 
considerado um marco histórico, dividiu seu Governo. “Fui eleito para representar os cidadãs de 
Pittsburgh, não de Paris”, disse Trump, que ouviu aplausos. A referência é aos empregos industriais 
da Pensilvânia, onde fica Pittsburgh, um dos Estados cruciais paraa vitória de republicano nas 
eleições de novembro. O presidente norte-americano disse que o acordo é prejudicial à "soberania" 
dos EUA e beneficia a China.
O Acordo de Paris é o pacto global de luta contra o aquecimento global assinado em 12 de dezembro 
de 2015 na Cúpula do Clima realizada na capital francesa, e entrou em vigor em novembro do ano 
passado. Foi aceito por 195 países, praticamente todos os Governos do mundo —no caso dos EUA, 
foi com a anuência do Governo Barack Obama —, e o objetivo é que o aumento da temperatura no 
final deste século fique entre 2 e 1,5 graus em relação aos níveis pré-industriais. Essa é a fronteira, 
definida pelos cientistas, para que as consequências do aquecimento não sejam tão desastrosas. Para 
atingir esse objetivo os países signatários do acordo se comprometeram a reduzir suas emissões de 
gases de efeito estufa.
O Acordo havia sido considerado um sucesso, justamente por, diferentemente do Protocolo de 
Quioto, ter conseguido o comprometimento dos dois maiores poluentes do mundo: a China e os 
Estados Unidos. Na ocasião, a adesão dos EUA à tentativa mundial de conter o aquecimento global 
foi considerada dos principais marcos do legado do ex-presidente Barack Obama —rapidamente 
desmantelado por seu sucessor.
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