sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

LOBISTAS DO MASSACRE.


Lobistas do massacre de Manaus tiveram financiamento de campanha e estão todos impunes; 
presos compravam regalias;

por Leandro Fortes, no Facebook

A Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa responsável pelo presídio privado onde ocorreu o 
recente massacre de presos, em Manaus, mantém um lobista de plantão no Congresso Nacional: o 
deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.
Em 2014, ela doou 200 mil reais para a campanha a deputado federal de Silas.
Expoente da chamada “bancada da bala”, Silas foi um dos 43 parlamentares responsáveis, na 
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, pela aprovação da admissibilidade da 
PEC 171/1993 — que prevê a redução da maioridade penal para 16 anos.
Ou seja, o nobre parlamentar trabalha para garantir carne fresca para os presídios privados da 
Umanizzare — ao todo, seis, no Amazonas, e dois, em Tocantins.
Também em 2014, a esposa de Silas, a bispa da Assembleia de Deus Antônia Lúcia Câmara (PSC-
AC), candidata a deputada federal, recebeu 400 mil reais da Umanizzare.
No mesmo ano, a filha do casal, Gabriela Ramos Câmara (PTC-AC), então candidata a deputada 
estadual, recebeu 150 mil reais.
Então, apenas com a família Câmara, a Umanizzare investiu nada menos que 750 mil reais!
Detalhe: ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Silas Câmara a 8 ANOS DE 
PRISÃO por uso de documento falso e falsidade ideológica. Ele só não está em cana porque o crime 
prescreveu antes da condenação.
A bispa Antônia Lucia, mulher de Silas, eleita deputada federal em 2010, foi CASSADA, em 2011, 
também por falsidade ideológica, formação de caixa dois e compra de votos, no Acre.
Ela é do mesmo partido de Marco Feliciano e Jair Messias Bolsonaro.
É esse o nível dos políticos que estão por trás dos interesses do bilionário negócio de presídios 
privados, no Brasil.
E estão todos com as mãos sujas de sangue, impunemente, pelo menos até agora.

PS do Viomundo: A Umanizzare leva cerca de R$ 5.700,00 mensais por preso mantido no Compaj, 
o regime fechado de Manaus, que tinha três vezes mais detentos do que a capacidade. A empresa diz 
que não era responsável pela vigilância ou pela segurança, ou seja, a ela interessava ter a cadeia 
superlotada por motivos financeiros. O contrato foi fechado por 27 anos, mas pode ser esticado até 
35! Mas, e o pessoal do Estado, supostamente responsável pela segurança? Ah, sim, representantes 
do Estado no complexo penitenciário faturam cobrando “facilidades” de todo tipo. Segundo agentes 
penitenciários, do acesso de aparelhos de ginástica e camas especiais a regalias como sex on demand 
e armas. Veja aqui.

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