sábado, 19 de novembro de 2016

VIRA LATA PARENTE JÁ PREPARA NOVA ENTREGA DE LOTES DO PRE SAL PARA OS GRINGOS


O presidente da Petrobras, Pedro Parente, não perde tempo e já prepara uma nova entrega de 
lotes do pré-sal a estrangeiros; ele agora negocia a venda de uma das áreas mais cobiçadas do 
pré-sal, próxima aos megacampos de Lula e Sapinhoá, para o grupo francês Total; transação 
deve incluir também duas usinas térmicas e o aluguel de um terminal de gaseificação na Bahia; 
em seu "feirão", Parente já se desfez de empresas na Argentina e no Chile, ativos de 
distribuição e transporte de gás, a distribuidora Liquigás e o campo de Carcará; também estão 
à venda a participação da Petrobras na petroquímica Braskem –onde é sócia da Odebrecht–, 
em refinarias de petróleo e em unidades de produção de etanol, entre outros empreendimentos

"O objetivo é concluir a operação ainda neste ano, colaborando para a Petrobras obter US$ 15,1 
bilhões com a venda de ativos até dezembro. Esses recursos serão utilizados para reduzir o nível de 
endividamento da estatal.
Os campos em negociação com a Total ficam nos blocos BMS-9 e BMS-11 na Bacia de Santos –
região considerada a jóia da coroa do pré-sal por incluir os dois maiores campos em produção no 
país.
Lula e Sapinhoá não vão entrar no negócio, mas a infraestrutura montada nesses campos para 
escoamento de gás natural pode ser compartilhada, reduzindo os custos de novos investimentos.
Além disso, a operação na área permite usar em conjunto recursos como logística de transporte de 
suprimentos e pessoal para as plataformas.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), Lula é o campo com maior produção do país, com 
639,7 milhões de barris por dia, seguido por Sapinhoá, com 264 milhões de barris por dia.
Podem entrar no pacote dos franceses os campos de Iara, Berbigão, Sururu e Oeste de Atapu 
(situados no bloco BMS-11, onde está Lula) e também o campo Lapa (no BMS-9, vizinho a 
Sapinhoá). 
A expectativa é que haja disputa entre a Total e a Shell pelos campos que estão no bloco BMS-11. A 
Shell e a portuguesa Galp já são sócias da Petrobras nesse bloco, com 25% e 10% de participação, 
respectivamente. Como sócias, tem direito de preferência e poderiam cobrir a proposta feita pela 
Total."
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